Mudancas No Parque

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93 4 Anais XIV Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Natal, Brasil, 25-30 abril 2009, INPE, p. 6369-6376.

Mudanças no parque cafeeiro da região de Machado – MG, 2000-2007:


estudo espaço-temporal

Tatiana Grossi Chquiloff Vieira 1,3


Helena Maria Ramos Alves 1,2
Margarete Marin Lordelo Volpato 1,3
Vanessa Cristina Oliveira de Souza1
1
Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – EPAMIG
Caixa Postal 176 - 37200-000 - Lavras - MG, Brasil
{tatiana, helena, margarete, vanessa}@epamig.ufla.br
2
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA/CAFÉ
3
Bolsista FAPEMIG

Abstract. The study area of this work is located in Machado, South of the state of Minas Gerais. This area is
representative of the region’s coffee production, including plain smooth until strongly undulated landscapes. The
region produces quality and organic coffees in small holding farms. Due to its importance, Machado’s coffee
production has been studied by the Epamig Geotechnology Laboratory since the year 2000. The objective of this
work was to evaluate the region’s coffee lands in time and space. The region was mapped using remote sensing
images and the GIS SPRING for the years 2000, 2003, 2005 and 2007. It was observed the Machado’s coffee
production is not static and is being renovated since 2000. Using GIS it was possible to quantify and map the
changes that occurred during these seven years.

Palavras-chave: mapping, cooffe, Minas Gerais, geotechnologies, GIS, mapeamento, cafeicultura, Minas
Gerais, geotecnologias, SIG

1. Introdução
Minas Gerais é o maior produtor brasileiro de café e a região Sul de Minas contribui com
mais de 50% da produção mineira. A região produz café arábica e a altitude média é de
aproximadamente 950 metros. As variedades mais cultivadas são o Catuaí e o Mundo Novo.
A cafeicultura foi inserida na região na década de 1850 e muitas cidades surgiram a partir das
grandes fazendas (Coffee Break, 2008). Devido a aspectos climáticos, a região também é a
principal produtora dos cafés tipo goumert, cafés especiais que possuem nuances diferentes e
se destacam pelo sabor diferenciado e pelo aroma mais acentuado. Por esta razão são
considerados diferentes comercialmente e tornam-se muito valorizados no mercado. Com
70% da renda das propriedades rurais do Sul de Minas vindas do café, percebe-se a
importância dessa cultura na região.
A região de Machado encontra-se entre as mais importantes regiões cafeeiras do Sul de
Minas, com uma cafeicultura caracterizada por estar num relevo acidentado e com
predominância de produtores de médio porte.
A cafeicultura mineira não é estática, ou seja, está em constante transformação,
especialmente pela necessidade atual de renovação do parque cafeeiro mineiro. Mudanças na
área ocupada pela cultura na região refletem mudanças econômicas e ambientais. Daí a
importância da realização de uma análise espaço-temporal, que responderá como o parque
cafeeiro evolui num determinado período de tempo.
Nesse contexto, o setor de agronegócio café é desafiado a renovar constantemente sua
metodologia de estimativa da área plantada, além de traçar planos estratégicos para
compreender melhor e reagir ao ambiente em que estão inseridas. Daí surge a necessidade de

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utilizar ferramentas e metodologias modernas para viabilizar o conhecimento e


monitoramento de suas áreas.
Segundo Sanches et al. (2005), para o monitoramento da atividade agrícola, é preciso
fazer um acompanhamento periódico, visto que as culturas levam um determinado tempo para
se desenvolver. Para acompanhar a dinâmica agrícola, o caráter global, sinóptico,
multiespectral e repetitivo do sensoriamento remoto tornam-se altamente qualificados para
essa atividade, principalmente em países de grandes dimensões como o Brasil.
Define-se sensoriamento remoto como o conjunto de processos e técnicas usados para
medir propriedades eletromagnéticas de uma superfície, ou de um objeto, sem que haja
contato físico entre o objeto e o equipamento sensor. Em outras palavras, é a tecnologia que
permite obter imagens e outros tipos de dados da superfície terrestre, através da captação do
registro da energia refletida ou emitida pela superfície (Crosta, 1992). Sistemas de
Informações Geográficas (SIGs) são ferramentas computacionais especializadas na aquisição,
edição, armazenamento, integração, análise e saída de dados espacialmente distribuídos
(Bailey e Gatrell, 1995). Esse conjunto de tecnologias é chamado geotecnologia.
Estudos empregando geotecnologias para o mapeamento de áreas cafeeiras (Dallemand,
1987; Moreira et al., 2004; Vieira et al., 2006; Vieira et al., 2007) demonstram o potencial
dessas ferramentas, assim como o potencial dessas em estudos temporais.
O objetivo desse trabalho é fazer um estudo espaço-temporal da cafeicultura da região de
Machado/MG, entre os anos 2000 e 2007, utilizando geotecnologias.

2. Metodologia de Trabalho

2.1. Área de Estudo

A área de estudo compreende 520 km2 (figura 1) delimitada pelas coordenadas s


21º42’05’’ e s 21º31’10’’ e entre o 46º02’08’’ e o 45º47’30’’, nas folhas topográficas do
IBGE, escala 1:50.000, de Machado (SF-23-I-III-1) e Campestre (SF-23-V-D-IV-2). A região
foi assim escolhida por abranger tanto um área de relevo acidentado, quanto uma área de
cerrado, localizada mais a nordeste da região.
O ambiente é caracterizado por áreas elevadas, com altitudes de 780 a 1260 metros, clima
ameno, sujeito a geadas, moderada deficiência hídrica, relevo suave ondulado a forte
ondulado, predomínio de Latossolos e solos com B textural, com grande possibilidade de
produção de bebidas finas, sistemas de produção de médio a alto nível tecnológico,
considerando diversos fatores como características dos cafezais, dimensões médias das áreas
plantadas, cultivares mais utilizadas, técnicas de manejo, características do meio físico (tipo
de solo e relevo) e outras.

2.1. Metodologia

A metodologia do trabalho segue a Figura 2. Foram classificadas imagens dos anos 2000,
2003, 2005 e 2007, das datas 17/06/2000, 23/04/2003, 10/07/2005 e 16/08/2007
respectivamente. As imagens dos anos 2000, 2003 são do satélite Landsat 7, órbita ponto
219/75, sensor TM, com resolução espacial de 30 metros. A imagem de 2005 é do satélite
Spot 5, sensor HRV, com resolução espacial de 10 metros e a imagem do ano de 2007 é do
satélite Landsat 5, órbita ponto 219/75, sensor TM, restaurada para 10 metros (Fonseca,
1988).
A classificação foi feita nas seguintes classes temáticas: café em produção, café em
formação/renovação, mata, reflorestamento, corpos d´água, área urbana e outros usos e, a

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partir do ano de 2005, também foi classificada a classe Solo Exposto. Todo o processamento
foi feito no software SPRING (Câmara et al., 1996), versão 4.2.

Figura 1. Área de estudo, região Sul de Minas

Figura 2. Metodologia

A classe café em formação/renovação compreende cafeeiros com menos de três anos de


idade e cafés podados e ressepados. A classe outros usos compreende demais alvos presentes
na imagem, como solo exposto, pastos e outras culturas agrícolas.
A etapa de refinamento constituiu uma avaliação por intérpretes experientes e pela
conferência em campo dos pontos de dúvida. Essa etapa foi necessária porque a resposta
espectral do café é complexa e muito semelhante a resposta espectral da mata nativa. Além
disso, o relevo acentuado de Machado produz sombras e interfere no padrão visto na imagem.
Na Figura 3 é apresentado o padrão típico de café numa imagem TM/Landsat. A região

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apresentada na figura compreende a região mais plana de Machado. Na Figura 4a é


apresentado o padrão encontrado na região de relevo mais acentuado em Machado. Pela
fotografia da região (Figura 4b) vê-se uma área coberta pela cultura cafeeira.

Figura 3. Padrão de café numa imagem TM/Landsat.

Figura 4a. Padrão espectral da cultura Figura 4b . Fotografia do ambiente de Machado


afeeira no relevo acidentado em Machado

Na etapa análise espaço-temporal, foram extraídos e analisados os dados numéricos e


gerou-se os mapas de uso da terra do café para cada uma das datas. Foram feitos ainda
cruzamentos entre os mapas de uso da terra, usando-se a Linguagem Espacial para
Geoprocessamento Algébrico (LEGAL) do SPRING. Desses cruzamentos, outros dados
numéricos foram extraídos e analisados.

3. Resultados e Discussão
A evolução do uso da terra da área de estudo está exposta nas Figuras 5 e 6, sendo que na
Figura 5 todas as classes temáticas mapeadas são apresentadas, excluindo-se a classe outros
usos. Na Tabela 1 são apresentados os valores, em porcentagem, que cada classe temática
ocupa na região, nos anos estudados.

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A Figura 6 e a Tabela 2 apresentam a evolução das áreas cafeeiras na região, reunindo as


classes café em produção e café em formação. Esta figura reflete bem a evolução do parque
nesses sete anos. Percebe-se que no ano de 2003 houve uma queda acentuada nas áreas
cafeeiras. Esse fato deve-se a uma alta safra no ano de 2002, acompanhada de a uma forte
geada no fim deste mesmo ano. Esses dois eventos contribuíram para podas e replantios da
cafeicultura na região, minimizando as áreas passíveis de serem mapeadas por sensores
remotos. Os valores da Tabela 2 estão expressos em hectares.
Por meio dos dados apresentados, percebe-se que, em valores quantitativos, o parque
cafeeiro da região diminuiu 1,36%. No entanto, é provável que a produtividade da região
tenha crescido, pois, como se vê na Figura 4 e na Tabela 1, há um crescimento das áreas de
café em produção.
De 2000 a 2007, as áreas de café em produção tiveram aumento de 7,62%, tendo seu
ápice em 2005, onde 86.74% dos cafés da região estavam produzindo. De fato, dos anos
estudados, o ano de 2000 possui a maior quantidade de café em formação, indicando uma
renovação do parque da região. Como dito anteriormente, essa é uma região tradicional de
café em Minas Gerais e possui cafezais antigos, de menor produtividade. Por conta disso,
muitos produtores tem renovado seus cafezais, a fim de alcançar uma melhor safra.
Os resultados alcançados pelo mapeamento consolidam os dados de produção da
Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Da série histórica de área em produção do
café na região Sul e Centro-Oeste de Minas Gerais (Conab, 2008), foi gerado o gráfico da
Figura 7. Comparando o mesmo com o da Figura 6, vê-se padrões semelhantes, apesar dos
dados da Figura 7 referenciarem toda a região Sul e Centro-Oeste, o que permite concluir que
a região de Machado caracteriza bem a região Sul do Estado.

Tabela 1. Porcentagem da área ocupada pelas classes temáticas mapeadas.


Uso da Terra - Machado/MG
2000 2003 2005 2007
Café em Produção 13.92 18.79 24.85 21.54
Café em Formação 11.67 3.48 3.80 2.69
Mata 14.86 21.92 19.80 21.25
Reflorestamento 0.53 0.46 0.00 0.00
Corpos D'água 0.82 0.87 1.17 1.50
Área Urbana 56.78 53.32 49.13 51.67
Outros Usos 1.41 1.17 1.25 1.36
Total 100 100 100 100

Tabela 2. Área ocupada pela cafeicultura na região entre os anos 2000 e 2007, em hectares.
2000 2003 2005 2007
Café 13338.54 11607.93 14903.26 12602.01

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Evolução do Uso da Terra - Machado/MG


30.00
25.00
Percentagem 20.00
15.00
10.00
5.00
0.00
2000 2003 2005 2007
Anos

Café em Produção Café em Formação/Renovação


Mata Reflorestamento
Corpos D'água Área Urbana

Figura 5. Uso da terra entre os anos 2000 e 2003.

Evolução Áreas Cafeeiras

26
25
Percentagem

24
23
22
21
20
2000 2003 2005 2007
Anos

Café

Figura 6. Evolução das áreas cafeeiras na região.

A Figura 8 e a Tabela 3 mostram como o parque cafeeiro mudou nesses sete anos. As
áreas de interseção são as áreas que estavam ocupadas com café no ano 2000 e continuaram
sendo em 2007. As Novas Áreas são as áreas que não estavam ocupadas pela cafeicultura em
2000 e passaram a estar em 2007. Já as Áreas Extintas eram áreas cafeeiras em 2000 e não são
mais em 2007.

Tabela 3. Evolução do parque cafeeiro entre os anos de 2000 e 2007, em hectares.


Uso entre os anos 2000 e 2007 - ha
Áreas de Interseção 6406.35
Novas Áreas 6195.66
Áreas Extintas 6932.19

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Produção

8.000

7.000
Mil Sacas
6.000

5.000

4.000
2001 2003 2005 2007
Produção 7.600 5.360 6.750 6.825
Anos

Figura 7. Produção de café na região Sul e Centro-Oeste de Minas Gerais.


Fonte: (Conab, 2008)

Figura 8. Evolução do uso da terra entre os anos 2000 e 2007 na região.

4. Conclusões
Com as ferramentas de análise espacial do SPRING e dados de sensoriamento remoto foi
possível quantificar e mapear as mudanças do parque cafeeiro da região de Machado. Dessa
análise, conclui-se que o parque está em constante modificação e que, apesar de passar por
períodos onde a área mapeada decresce, a tendência é que a cafeicultura ocupe cada vez mais
espaço na região. A avaliação de tais mudanças pode subsidiar tomada de decisão por parte de
toda cadeia produtiva do café, incluindo planejadores e legisladores. Visto que, uma região
que possui sua cobertura do solo mapeada está mais apta a obter melhores estimativas de
safra, e ter uma melhor política de uso da terra para o desenvolvimento da região.
Percebe-se que, nesses sete anos estudados, a região sudoeste da área de estudo foi onde
mais surgiram áreas cafeeiras. Tal região é caracterizada por maiores altitudes e relevos mais
acidentados. Uma possível explicação da migração do parque para essa região seria a
produção de cafés de bebida de melhor qualidade, onde a altitude é tida como fator relevante.

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O mapeamento da região é dificultado pelas características ambientais de relevo e pela


produção em áreas pequenas. Relevos muito acidentados originam sombras e ocultam as
plantações. Portanto, áreas pequenas podem não ser captadas pelos sensores de média
resolução espacial, como é o caso do TM/Landsat. No entanto, apesar da dificuldade, os
mapeamentos têm estado em concordância com os valores de produção da CONAB,
representado de forma satisfatória o que realmente ocorre na região. Por essa concordância,
conclui-se que estudos feitos em Machado podem ser extrapolados para o Sul de Minas.

Agradecimentos
Este trabalho foi financiado pelo Consórcio Brasileiro de Pesquisa & Desenvolvimento do
Café (CBP&D Café). Os autores agradecem também à Fundação de Amparo à Pesquisa do
Estado de Minas Gerais (FAPEMIG) por financiar bolsas de pesquisas.

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