Lei Complementar nº 142 de 06 de Dezembro de 2018..docx PDF (1)
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A Câmara Municipal de Araruama aprova e a Exma. Sra. Prefeita sanciona a seguinte Lei:
Art. 1º. Fica dispensado o ajuizamento de execução fiscal para a cobrança dos créditos
tributários e não tributários inscritos em dívida ativa do Município de Araruama, cujos valores consolidados,
por devedor, sejam iguais ou inferiores aos seguintes valores:
§ 1º. Entende-se por valor consolidado o somatório dos créditos tributários e não tributários,
pendentes de pagamento, devidamente atualizados, incluídos juros moratórios, multas e demais acréscimos
legais, discriminados por inscrição cadastral na Dívida Ativa.
§ 2°. Na hipótese de existência de vários débitos de um mesmo devedor inferiores ao limite
fixado no caput que, consolidados por identificação de inscrição cadastral na Dívida Ativa, superarem o
referido limite, deverá ser ajuizada uma única execução fiscal, a depender de implementação de sistema
informatizado que possibilite a reunião das diferentes inscrições em Dívida Ativa para a instrução de uma só
execução fiscal.
§ 3°. A dispensa de ajuizamento de execução fiscal não autoriza a emissão de Certidão Negativa
de Débito - CND e não afasta a obrigatoriedade de Procuradoria Geral do Município de promover medidas
extrajudiciais de cobrança dos créditos tributários, inclusive o protesto do título e a inscrição em cadastro de
inadimplentes, quando cabíveis, em observância aos critérios de eficiência administrativa e economicidade.
§ 4º. Os créditos tributários e não tributários mencionados nos incisos I e II podem,
excepcionalmente, ser objeto de execução fiscal, mediante juízo de conveniência da Procuradoria Geral do
Município.
§ 5º. Decorrido o prazo prescricional para cobrança judicial dos créditos tributários e não
tributários será promovida a baixa da inscrição e extinção destes, desde que não verificadas quaisquer das
causas interruptivas previstas no parágrafo único do art. 174 da Lei Federal n° 5.172, de 25 de outubro de
1966, Código Tributário Nacional - CTN.
Art. 2º. A Procuradoria Geral do Município fica autorizada a requerer desistência das ações de
execução fiscal sem renúncia ao crédito tributário, inexistindo ônus para as partes, nos casos de processos
ajuizados há mais de 5 (cinco) anos, cujo valor do débito corrigido seja o estabelecido nos incisos I e II do
artigo 1º desta Lei, cujo executado não tenha sido localizado para citação ou que não tenham sido localizados
bens passíveis de penhora, desde que esgotados todos os meios de localização do devedor, corresponsáveis e
bens para satisfação do crédito.
Parágrafo Único. Os créditos em cobrança nas execuções fiscais tratadas no caput deste artigo
estarão sujeitos a medidas extrajudiciais de cobrança, enquanto não decorrido o prazo prescricional.
Art. 4º. A adoção das medidas previstas nesta Lei não afasta a incidência de atualização
monetária, multa e juros de mora, nem elide a exigência de prova da quitação para com a Fazenda Pública
Municipal, quando prevista em Lei.
Art. 5º. O disposto nesta Lei não autoriza a restituição ou compensação de valores já recolhidos,
a qualquer título.
Art. 6º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogadas as disposições
em contrário.
Lívia Bello
“Lívia de Chiquinho”
Prefeita