Zebinix Epar Product Information Pt
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1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimidos brancos, oblongos, gravados ‘ESL 200’ numa face e com uma ranhura na outra, com um
comprimento de 11 mm. O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Zebinix é indicado:
• como monoterapia no tratamento de crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, em
doentes adultos com epilepsia recentemente diagnosticada;
• como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade, com
crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.
Posologia
Adultos
Zebinix pode ser tomado como monoterapia ou ser adicionado a uma terapêutica anticonvulsivante existente. A
dose inicial recomendada é de 400 mg uma vez por dia que deve ser aumentada para 800 mg uma vez por dia,
após uma ou duas semanas. Dependendo da resposta individual de cada doente, esta dose pode ser aumentada
para 1200 mg uma vez por dia. Alguns doentes em regime de monoterapia poderão beneficiar de uma dose de
1600 mg, uma vez por dia (ver secção 5.1).
Populações especiais
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com
compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo com a depuração da creatinina (CLCR) como se segue:
- CLCR > 60 ml/min: não é necessário ajuste da dose.
- CLCR 30-60 ml/min: dose inicial de 200 mg (ou 5 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) uma vez
por dia ou 400 mg (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) em dias alternados durante
2 semanas seguida de uma dose de 400 mg uma vez por dia (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de
idade). Contudo, com base na resposta individual do doente, a dose pode ser aumentada.
- CLCR < 30 ml/min: não é recomendado o uso em doentes com compromisso renal grave dado que a
informação é limitada.
Compromisso Hepático
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
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A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi avaliada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secção 4.4 e 5.2) pelo que a sua utilização nestes doentes não é recomendada.
População pediátrica
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina em crianças com 6 anos de idade ou menos não foram
ainda estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos nas secções 4.8, 5.1 e 5.2, mas nenhuma
recomendação posológica pode ser feita.
Modo de administração
Via oral.
Zebinix pode ser tomado com e sem alimentos.
No caso de doentes que não sejam capazes de engolir comprimidos inteiros, os comprimidos podem ser
esmagados e misturados com água ou alimentos moles, como por exemplo puré de maçã, imediatamente antes
de utilizar, e administrados por via oral.
Substituição de formulações
Com base nos dados de biodisponibilidade comparativos entre os comprimidos e a suspensão oral, pode ser feita
a substituição de uma formulação para a outra.
4.3 Contraindicações
Ideação suicida
Em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações, foram notificados ideação e
comportamento suicida. Uma metanálise de ensaios clínicos aleatorizados controlados com placebo, de
medicamentos antiepiléticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. O mecanismo deste risco não é ainda conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de
um risco aumentado para o acetato de eslicarbazepina. Assim, os sinais de ideação e comportamento suicida
devem ser monitorizados e deve ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e seus
cuidadores) devem ser aconselhados a procurar assistência médica caso surjam sinais de ideação ou
comportamento suicida.
O acetato de eslicarbazepina foi associado a algumas reações adversas a nível do sistema nervoso central, como
tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de acidentes.
Se Zebinix for descontinuado, recomenda-se a diminuição gradual da dose para minimizar o potencial aumento
da frequência de crises.
Reações cutâneas
Em estudos clínicos em doentes epiléticos, observou-se a ocorrência de erupção cutânea, como reação adversa,
em 1,2% do total da população tratada com Zebinix como terapêutica adjuvante. Foram notificados casos de
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urticária e angioedema em doentes que tomavam Zebinix. O angioedema no contexto de uma reação de
hipersensibilidade/ anafilática associado a edema da laringe pode ser fatal. Se ocorrerem sinais ou sintomas de
hipersensibilidade o tratamento com acetato de eslicarbazepina deverá ser interrompido imediatamente e deve
der iniciado um tratamento alternativo.
Foram notificadas com o tratamento com Zebinix, na experiência pós-comercialização, reações adversas
cutâneas graves (conhecidas como SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), que
podem colocar a vida em risco ou ser fatais. No momento da prescrição os doentes devem ser alertados sobre os
sinais e sintomas e monitorizados cuidadosamente para o aparecimento de reações cutâneas. Se surgirem sinais e
sintomas sugestivos destas reações, Zebinix deverá ser interrompido imediatamente e considerar-se um
tratamento alternativo (conforme adequado). Se os doentes desenvolverem estas reações, o tratamento com
Zebinix nunca mais pode ser reiniciado nestes doentes.
Alelo HLA-B*1502 - em indivíduos de etnia chinesa Han, de etnia Thai e outras populações Asiáticas
O HLA-B*1502 em indivíduos de etnia chinesa Han ou de etnia Thai tem demonstrado estar fortemente
associado ao risco de desenvolverem as reações severas cutâneas conhecidas como síndrome de Stevens-Johnson
(SJS) quando tratados com carbamazepina.
A estrutura química do acetato de eslicarbazepina é similar à da carbamazepina, e é possível que doentes que são
positivos para o HLA-B*1502 possam também estar em risco para o SJS após tratamento com acetato de
eslicarbazepina.
A prevalência de portadores do HLA-B*1502 é de aproximadamente 10% nas populações de etnia chinesa Han
ou de etnia Thai.
Sempre que possível, estes indivíduos devem ser rastreados relativamente à presença deste alelo antes de
iniciarem tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas.
Se os doentes dessas origens étnicas forem testados positivamente para o alelo HLA-B*1502, o uso do acetato
de eslicarbazepina deve ser considerado se se considerar que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Devido à prevalência deste alelo em outras populações Asiáticas (ex. acima de 15% nas Filipinas e Malásia)
pode-se considerar a possibilidade de testar geneticamente as populações em risco relativamente à presença do
HLA-B*1502.
Existem alguns dados que sugerem que o HLA- A*3101 está associado ao risco aumentado de reações adversas
cutâneas induzidas pela carbamazepina incluindo, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica,
síndrome de DRESS, ou menos severa pustulose exantematosa generalizada aguda e erupção cutânea
maculopapulosa em descendestes Europeus ou em Japoneses.
A frequência do alelo HLA-A*3101 varia muito entre etnias. O alelo HLA-A*3101 tem uma prevalência de 2 a
5% nas populações Europeias e aproximadamente 10% na população Japonesa.
A presença do alelo HLA-A*3101 pode aumentar o risco de reações cutâneas induzidas pela carbamazepina
(sobretudo menos severas) de 5.0% na população em geral até 26.0% entre os indivíduos de ascendência
europeia, enquanto a sua ausência pode reduzir o risco de 5.0% para 3.8%.
Não há dados suficientes que suportem a recomendação para o rastreio do HLA-A*3101 antes de iniciar o
tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas. Se se souber que doentes
descendentes de Europeus ou de origem Japonesa são positivos para o alelo HLA-A*3101, o uso da
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas pode ser considerado caso se considere que os
benefícios são superiores aos riscos.
Hiponatremia
Foi notificada hiponatremia, como reação adversa, em 1,5% dos doentes tratados com Zebinix. A hiponatremia é
assintomática na maioria dos casos. Contudo, pode ser acompanhada por sintomatologia clínica, como
agravamento das convulsões, confusão e diminuição da consciência.
A frequência da hiponatremia aumentou com o aumento da dose de acetato de eslicarbazepina. Em doentes com
doença renal preexistente predispondo a hiponatremia, ou em doentes tratados concomitantemente com
medicamentos que possam desencadear hiponatremia (ex. diuréticos, desmopressina, carbamazepina), os níveis
de sódio sérico devem ser avaliados antes e durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina. Os níveis
séricos de sódio devem ainda ser determinados se surgirem sinais clínicos de hiponatremia. Além disso, os
níveis séricos de sódio devem ser determinados nas análises laboratoriais de rotina. Se ocorrer hiponatremia
clinicamente relevante, o acetato de eslicarbazepina deverá ser descontinuado.
Intervalo PR
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Nos estudos clínicos com acetato de eslicarbazepina foram observados prolongamentos do intervalo PR.
Recomenda-se precaução em doentes com situações clínicas (ex. níveis baixos de tiroxina, anomalias da
condução cardíaca), ou que tomam medicamentos, que se sabe estarem associados a prolongamento do intervalo
PR.
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo
com a depuração da creatinina (ver secção 4.2). Em doentes com CLCR < 30 ml/min a utilização não é
recomendada devido à insuficiência de informação.
Compromisso hepático
Como os dados clínicos são limitados em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado e não existem
dados farmacocinéticos e clínicos em doentes com compromisso hepático grave, o acetato de eslicarbazepina
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, não estando
recomendado o seu uso em doentes com compromisso hepático grave.
Carbamazepina
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 800 mg uma
vez por dia e carbamazepina 400 mg duas vezes por dia resultou numa redução em média de 32% na exposição à
eslicarbazepina, provavelmente causada pela indução de glucoronidação. Não se observou alteração na
exposição à carbamazepina ou ao seu metabolito carbamazepina.epoxido. Com base na resposta individual, a
dose de acetato de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada se usada concomitantemente com
carbamazepina. Resultados obtidos em estudos com doentes mostraram que o tratamento concomitante
aumentou o risco das seguintes reações adversas: diplopia alterações da coordenação e tonturas. Não pode ser
excluído o risco de aumento de outras reações adversas específicas causadas pela coadministração de
carbamazepina e acetato de eslicarbazepina.
Fenitoína
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e fenitoína resultou numa redução em média de 31-33% na exposição à eslicarbazepina,
provavelmente causada pela indução de glucoronidação, e num aumento médio de 31-35% na exposição à
fenitoína, provavelmente causada pela inibição do CYP2C19. Com base na resposta individual, a dose de acetato
de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada e a dose de fenitoína pode ter de ser diminuída.
Lamotrigina
A glucoronidação é a principal via metabólica para a eslicarbazepina e lamotrigina e, portanto, é de esperar uma
interação. Um estudo realizado em voluntários saudáveis com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por
dia mostrou uma interação farmacocinética média mínima (a exposição à lamotrigina diminuiu 15%) entre o
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acetato de eslicarbazepina e a lamotrigina e consequentemente não é necessário fazer ajustes da dose. Contudo,
devido à variabilidade interindividual, o efeito pode ser clinicamente relevante nalguns indivíduos.
Topiramato
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e topiramato não mostrou alteração significativa na exposição à eslicarbazepina, mas observou-se
uma redução de 18% na exposição ao topiramato, provavelmente causada por uma redução da
biodisponibilidade do topiramato. Não é necessário ajuste da dose.
Valproato e levetiracetam
Uma análise farmacocinética dos estudos de fase III em doentes adultos epiléticos mostrou que a administração
concomitante com valproato ou levetiracetam não afetou a exposição à eslicarbazepina, mas tal não foi
verificado por estudos convencionais de interação.
Oxcarbazepina
O uso concomitante de acetato de eslicarbazepina com oxcarbazepina não é recomendado devido à possível
sobrexposição a metabolitos ativos.
Outros medicamentos
Contracetivos orais
A administração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia a mulheres que faziam contraceção oral
combinada mostrou uma redução média de 37% e 42% na exposição sistémica ao levonorgestrel e
etinilestradiol, respetivamente, provavelmente causada pela indução do CYP3A4. Por conseguinte, as mulheres
em idade fértil deverão fazer contraceção adequada durante o tratamento com Zebinix, e até ao final do ciclo
menstrual em curso no momento da descontinuação do tratamento (ver secção 4.6).
Sinvastatina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou uma redução média de 50% na exposição sistémica à sinvastatina
quando coadministrada com acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia, provavelmente causada pela
indução do CYP3A4. Pode ser necessário aumentar a dose de sinvastatina quando usada concomitantemente
com acetato de eslicarbazepina.
Rosuvastatina
Houve uma redução em média de 36-39% na exposição sistémica em voluntários saudáveis quando
coadministrada com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia. O mecanismo desta redução é
desconhecido, mas pode ser devido à interferência no transporte para rosuvastatina isolada ou em combinação
com indução do seu metabolismo. Como a relação entre a exposição e a atividade da substância não é clara, a
monitorização da resposta ao tratamento (ex.níveis de colesterol) é recomendada.
Varfarina
A coadministração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia com varfarina mostrou uma pequena
(23%), mas significativa redução da exposição à S-varfarina. Não houve qualquer efeito sobre a farmacocinética
da R-varfarina ou na coagulação. Porém, devido à variabilidade interindividual da interação, recomenda-se
especial atenção à monitorização do INR (coeficiente internacional normalizado) nas primeiras semanas após o
início ou o fim do tratamento concomitante de varfarina e acetato de eslicarbazepina.
Digoxina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou que o acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia não
produz efeito sobre a farmacocinética da digoxina, sugerindo que o acetato de eslicarbazepina não tem efeito
sobre o transportador glicoproteína-P.
Gravidez
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Foi demonstrado que nos descendentes de mulheres com epilepsia que utilizam um tratamento antiepilético, a
prevalência de malformações é duas a três vezes superior à taxa de aproximadamente 3% na população geral. As
mais frequentemente notificadas são lábio leporino, malformações cardiovasculares e malformações do tubo
neural. Deve ser prestado um aconselhamento médico especializado, no que diz respeito a potenciais riscos para
o feto que podem ser provocados quer pelas crises epiléticas, quer pelo tratamento antiepilético, a todas as
mulheres com potencial para engravidar em tratamento antiepilético, especialmente a mulheres que planeiam
gravidez ou que se encontrem grávidas. A descontinuação abrupta do tratamento com fármacos antiepiléticos
(FAE) deve ser evitada dado que pode provocar crises epiléticas que podem ter consequências graves para a
mulher e para o embrião ou feto.
Sempre que seja possível, a monoterapia é preferível no tratamento da epilepsia na gravidez, uma vez que o
tratamento com vários FAE pode estar associado a um maior risco de malformações congénitas,
comparativamente com a monoterapia, dependendo dos FAE associados.
Foram observadas perturbações do neurodesenvolvimento em crianças de mães com epilepsia que utilizam um
tratamento antiepilético. Não existem dados disponíveis para o acetato de eslicarbazepina sobre este risco.
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento
com acetato de eslicarbazepina. O acetato de eslicarbazepina contraria os efeitos dos contracetivos orais.
Portanto deve ser utilizado um método de contraceção alternativo, eficaz e seguro, durante o tratamento e até ao
final do ciclo menstrual em curso na descontinuação do tratamento. Mulheres com potencial para engravidar
devem ser aconselhadas sobre o recurso a outros métodos anticoncepcionais eficazes. Deve ser utilizado pelo
menos um método de contracepção eficaz (como por exemplo um dispositivo intra-uterino) ou duas formas
complementares de contracepção incluindo um método de barreira. As circunstâncias individuais devem ser
avaliadas em cada caso, envolvendo a doente na discussão, aquando da escolha do método anticoncepcional.
A quantidade de dados sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. Estudos
em animais demostraram toxicidade reprodutiva (ver Fertilidade secção 5.3). O risco em humanos (incluindo
malformações congénitas relevantes, perturbações do neurodesenvolvimento e outros efeitos tóxicos
reprodutivos) é desconhecido.
O acetato de eslicarbazepina não deve ser utilizado durante a gravidez, a não ser que o benefício seja
considerado superior ao risco, após cuidadosa avaliação de outras opções terapêuticas consideradas alternativas e
adequadas.
Se as mulheres a tomar acetato de eslicarbazepina ficarem grávidas ou se planeiam engravidar, o uso de Zebinix
deve ser cuidadosamente reavaliado. Devem ser administradas as doses mínimas eficazes, e sempre que possível
deve preferir-se a monoterapia pelo menos durante os três primeiros meses da gravidez. Tendo em conta a
possibilidade de um risco aumentado de malformações as doentes devem ser aconselhadas e deve ser-lhes dada a
oportunidade de rastreio pré-natal.
Monitorização e prevenção
Os medicamentos antiepiléticos podem contribuir para a deficiência em ácido fólico, uma potencial causa de
malformações fetais. A suplementação em ácido fólico é recomendada antes e durante a gravidez. Atendendo a
que a eficácia desta suplementação não está demonstrada, deve ser proposto um diagnóstico pré-natal mesmo
nas mulheres que fazem tratamento suplementar com ácido fólico.
Na criança recém-nascida
Foram notificadas alterações hemorrágicas no recém-nascido causadas por medicamentos antiepiléticos. Por
precaução e como medida preventiva, deve ser administrada a vitamina K1 durante as últimas semanas da
gravidez e ao recém-nascido.
Amamentação
Desconhece-se se o acetato de eslicarbazepina/metabolitos são excretados no leite humano. Estudos em animais
demonstraram a excreção da eslicarbazepina no leite materno. Como não se pode excluir o risco para o lactente,
a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina.
Fertilidade
Não existem dados sobre o efeito do acetato de eslicarbazepina na fertilidade humana. Estudos em animais
demonstraram disfunção da fertilidade após o tratamento com acetato de eslicarbazepina (ver secção 5.3).
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4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Os efeitos de Zebinix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos a moderados Alguns
doentes podem sentir tonturas, sonolência ou alterações da visão, especialmente no início do tratamento.
Portanto, os doentes devem ser alertados de que as suas capacidades físicas e/ou mentais necessárias para a
utilização de máquinas ou condução podem ser prejudicadas e devem ser aconselhados a não fazê-lo até que seja
estabelecido que as capacidades necessárias para executar estas atividades não são afetadas.
Em estudos clínicos (tratamento como terapêutica adjuvante e monoterapia), 2434 doentes com crises epiléticas
parciais foram tratados com acetato de eslicarbazepina (1983 doentes adultos e 451 doentes pediátricos), tendo
51% experimentado reações adversas.
Os riscos que foram identificados para Zebinix são maioritariamente de classe, efeitos indesejáveis dependentes
da dose. As reacções adversas mais comuns relatadas nos estudos controlados com placebo em terapêutica
adjuvante com doentes epiléticos adultos, bem como num estudo controlado com substância ativa em
monoterapia, comparando o acetato de eslicarbazepina com carbamazepina de libertação controlada, são
tonturas, sonolência, dor de cabeça e náusea. A maioria das reações adversas foram reportadas em <3% dos
sujeitos em qualquer grupo de tratamento.
Reações adversas cutâneas graves (SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), foram notificadas
no tratamento com Zebinix na experiência pós-comercialização (ver secção 4.4).
Foi utilizada a seguinte convenção na classificação de reações adversas: muito frequentes (≥1/10), frequentes
(≥1/100 a <1/10), pouco frequentes (≥1/1.000 a <1/100), e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Quadro 1: Reações adversas emergentes do tratamento associadas a Zebinix, obtidas de estudos clínicos e da
vigilância pós-comercialização
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Doenças endócrinas Hipotiroidismo Síndrome tipo
SIADH (Secreção
inapropriada de
hormona
antidiurética) com
sinais e sintomas de
letargia, náusea,
tontura, diminuição
da osmolalidade
sérica (sangue),
vómitos, cefaleia,
estado confusional
ou outros sinais e
sintomas
neurológicos
Doenças do Hiponatremia, Desequilíbrio
metabolismo e da perda de apetite eletrolítico,
nutrição desidratação,
hipocloremia
Perturbações do foro Insónia Perturbações
psiquiátrico psicóticas, apatia,
depressão,
nervosismo, agitação,
irritabilidade, défice
de atenção/
hiperatividade, estado
confusional,
alterações do humor,
choro, lentificação
psicomotora,
ansiedade
Doenças do sistema Tonturas, Cefaleia, Dificuldade de
nervoso sonolência perturbação da coordenação,
atenção, deterioração da
tremores, ataxia, memória, amnésia,
alterações do hipersónia, sedação,
equilíbrio afasia, disestesia,
distonia, letargia,
parosmia, síndrome
cerebeloso,
convulsão, neuropatia
periférica, nistagmo,
alterações do
discurso, disartria,
sensação de ardor,
parestesia, enxaqueca
Afeções oculares Diplopia, visão Insuficiência visual,
turva oscilopsia, alterações
de movimento
binocular, hiperemia
ocular
Afeções do ouvido e Vertigem Hipoacúsia, zumbido
do labirinto
Cardiopatias Palpitações,
bradicardia
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Vasculopatias Hipertensão
(incluindo crise
hipertensiva),
hipotensão,
hipotensão
ortostática,
afrontamento,
extremidades frias
Doenças Epistaxis, dor
respiratórias, torácica
torácicas e do
mediastino
Doenças Náuseas, Obstipação, Pancreatite
gastrointestinais vómitos, diarreia dispepsia, gastrite,
dor abdominal, boca
seca, desconforto
abdominal, distensão
abdominal, gengivite,
melenas, odontalgia
Afeções Doença hepática
hepatobiliares
Afeções dos tecidos Erupção cutânea Alopecia, pele seca, Necrólise
cutâneos e hiperidrose, eritema, epidérmica tóxica,
subcutâneos alterações cutâneas, síndrome de
prurido, dermatite Stevens-Johnson,
alérgica reação a fármaco
com eosinofilia e
sintomas sistémicos
(DRESS),
angioedema,
urticária.
Afeções músculo- Mialgia, alteração
esqueléticas e do metabólica óssea,
tecido conjuntivo fraqueza muscular,
dores nas
extremidades
Doenças renais e Infeção do trato
urinárias urinário
Perturbações gerais e Fadiga, Mal-estar, arrepios,
alterações no local da alterações da edema periférico
administração marcha, astenia
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Descrição das reações adversas selecionadas
Intervalo PR
O uso de acetato de eslicarbazepina está associado a um aumento do intervalo PR. Podem surgir reações
adversas associadas ao prolongamento do intervalo PR (ex. bloqueio AV, síncope, bradicardia).
Existem registos de diminuição da densidade mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas em doentes sob
terapêutica de longa duração com os antiepiléticos estruturalmente relacionados, carbamazepina e
oxcarbazepina. O mecanismo pelo qual o metabolismo ósseo é afetado não foi identificado.
População pediátrica
Em estudos controlados com placebo que envolveram doentes com idades entre os 2 e os 18 anos com crises
epiléticas parciais (238 a receber tratamento com acetato de eslicarbazepina e 189 com placebo) verificou-se que
35,7% dos doentes tratados com acetato de eslicarbazeina e 19% dos doentes tratados com placebo apresentaram
reações adversas ao tratamento. As reações adversas mais comuns no grupo tratado com acetato de
eslicarbazepina foram diplopia (5,0%), sonolência (8,0%) e vómitos (4,6%).
O perfil de reações adversas ao acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante em ambos os grupos. No
grupo de doentes com idades entre os 6 e os 11 anos, as reações adversas mais comuns, observadas em mais de
dois doentes tratados com acetato de eslicarbazepina, foram diplopia (9,5%), sonolência (7,4%), tonturas (6,3%),
convulsões (6,3%) e náuseas (3,2%); no grupo de doentes com idades entre os 12 e os 18 anos foram sonolência
(7,4%), vómitos (4,2%), diplopia (3,2%) e fadiga (3,2%). A segurança de Zebinix em crianças com seis anos ou
menos ainda não está estabelecida.
O perfil de segurança do acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante entre adultos e doentes pediátricos,
com exceção da agitação (comum, 1,3%) e dor abdominal (comum, 2,1%) que foram mais comuns nas crianças
do que nos adultos. Tonturas, sonolência, vertigem, astenia, perturbações na marcha, tremor, ataxia, perturbações
no equilíbrio, visão turva, diarreia; rash e hiponatrémia foram reações menos comuns em crianças do que nos
adultos. Dermatite alérgica (pouco frequente, 0,8%) foi reportada apenas na população pediátrica.
Os dados de segurança a longo prazo na população pediátrica, obtidos em extensões abertas do estudo de fase
III, foram consistentes com o conhecido perfil de segurança do produto, sem novas descobertas relevantes.
4.9 Sobredosagem
Após uma sobredosagem com acetato de eslicarbazepina foram observados sintomas principalmente associados
ao sistema nervoso central (ex. convulsões de todos os tipos, status epilepticus) e distúrbios cardíacos (ex.
arritmia cardíaca). Desconhece-se a existência de um antídoto específico. Deve ser administrado tratamento
sintomático e de suporte apropriado. Se necessário, os metabolitos do acetato de eslicarbazepina podem ser
eficazmente removidos por hemodiálise (ver secção 5.2).
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5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação exato do acetato de eslicarbazepina não está completamente esclarecido. Todavia, estudos
eletrofisiológicos in vitro mostram que quer o acetato de eslicarbazepina quer os seus metabolitos estabilizam os
canais de sódio dependentes da voltagem no seu estado inativo, impedindo o seu retorno ao estado ativo e
prevenindo assim o disparo neuronal repetitivo.
Efeitos farmacodinâmicos
O acetato de eslicarbazepina e os seus metabolitos ativos inibem o desenvolvimento de crises epiléticas em
modelos não-clínicos preditivos da eficácia anticonvulsivante no Homem. A atividade farmacológica do acetato
de eslicarbazepina em seres humanos exerce-se maioritariamente através do metabolito ativo eslicarbazepina.
Eficácia clínica
População adulta
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante foi demonstrada em quatro ensaios de fase
III, em dupla ocultação, controlados com placebo, efetuados em 1.703 doentes adultos randomizados com
epilepsia parcial refratária ao tratamento com um a três antiepiléticos concomitantes. A oxcarbazepina e o
felbamato não foram autorizados como medicamentos concomitantes nestes estudos. O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 400 mg (apenas nos ensaios -301 e -302), 800 mg e 1200 mg, uma vez
por dia. O acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia e 1200 mg uma vez por dia foram
significativamente mais eficazes do que o placebo na redução da frequência de crises durante um período de
manutenção de 12 semanas. Considerando os estudos de fase III, a percentagem de indivíduos com uma redução
≥ 50% (analisados 1581) na frequência de crises foi de 19,3% com o placebo, 20,8% com acetato de
eslicarbazepina 400 mg, 30,5% com acetato de eslicarbazepina 800 mg e 35,3% com acetato de eslicarbazepina
1200 mg diários.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como monoterapia foi demonstrada num estudo em dupla ocultação
controlado com substância ativa (carbamazepina de libertação controlada) envolvendo 815 doentes adultos
aleatorizados com crises epiléticas parciais recentemente diagnosticadas. O acetato de eslicarbazepina foi testado
a doses de 800 mg, 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As doses do comparador ativo, a carbamazepina de
libertação controlada, foram de 200 mg, 400 mg e 600 mg, duas vezes por dia. Todos os indivíduos foram
aleatorizados para a dose mais baixa e, apenas depois da ocorrência de uma crise epilética, escalados para o nível
de dosagem seguinte. Dos 815 doentes aleatorizados, 401 doentes foram tratados com acetato de eslicarbazepina
uma vez por dia [271 doentes (67,6%) permaneceram no nível de dosagem de 800 mg, 70 doentes (17,5%)
permaneceram no nível de dosagem de 1200 mg e 60 doentes (15,0%) foram tratados com 1600 mg]. Na análise
de eficácia primária, na qual os doentes que abandonaram o estudo foram considerados como não tendo
respondido ao tratamento, 71,1% dos indivíduos foram classificados como livres de crises no grupo de acetato
de eslicarbazepina e 75,6% no grupo de carbamazepina de libertação controlada durante o período de avaliação
de 26 semanas (diferença de riscos média -4,28%, intervalo de confiança de 95%: [-10,30; 1,74]. O efeito do
tratamento observado durante o período de avaliação de 26 semanas manteve-se ao longo de 1 ano de
tratamento, com 64,7 % dos doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e 70,3% doentes tratados com
carbamazepina de libertação controlada classificados como livres de crises (diferença de riscos média -5,46%,
intervalo de confiança de 95%: [-11,88; 0,97]. Na análise de falha do tratamento (risco de crise) baseada na
análise de tempo até ao evento (análise Kaplan-Meier e regressão Cox), a análise Kaplan-Meier estima que o
risco de crise no final do período de avaliação foi de 0,06 com carbamazepina e 0,12 com acetato de
eslicarbazepina e verifica um aumento adicional do risco para 0,11 com carbamazepina e 0,19 com acetato de
eslicarbazepina (p=0,0002), no final do período de 1 ano.
Ao fim de 1 ano, a probabilidade de um doente descontinuar o tratamento devido a reações adversas ou falta de
eficácia foi calculada em 0,26 em relação ao acetato de eslicarbazepina e em 0,21 em relação à carbamazepina
de libertação controlada.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina na conversão para monoterapia foi avaliada em 2 estudos aleatorizados
e controlados, em dupla ocultação, envolvendo 365 doentes adultos com crises epiléticas parciais. O acetato de
eslicarbazepina foi testado em doses de 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As taxas de doentes que ficaram
12
livres de crises durante o total do período de 10 semanas de monoterapia foram, respetivamente, 7,6% (1600 mg)
e 8,3 % (1200 mg) num dos estudos, e 10,0% (1600 mg) e 7,4 % (1200 mg) no outro.
Populaçao idosa
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante em doentes idosos com crises
epiléticas parciais foram avaliadas num estudo não controlado, com duração de 26 semanas, envolvendo 72
doentes idosos (idade ≥ 65 anos). Os dados evidenciam que a incidência das reacções adversas nesta população
(65,3%), é semelhante ao da população geral envolvida nos estudos de epilepsia em dupla ocultação (66,8%). As
reacções adversas individuais mais frequentes foram tonturas (12,5 % dos indivíduos), sonolência (9,7%),
fadiga, convulsão e hiponatremia (8,3%, cada), nasofaringite (6,9%) e infeção do tracto respiratório superior
(5,6%). Cinquenta dos 72 indivíduos completaram o período de 26 semanas de tratamento, o que corresponde a
uma taxa de retenção de 69,4% (ver na secção 4.2 a informação sobre o uso em idosos). Os dados sobre o regime
de monoterapia na população idosa são limitados. Apenas poucos indivíduos (N=27) com idade superior a 65
anos foram tratados com acetato de eslicarbazepina no estudo de monoterapia.
População pediátrica
A eficácia e segurança do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante nas crises epiléticas parciais em
crianças foi avaliada num estudo de fase II em crianças com idades entre os 6 e os 16 anos (n=123) e num estudo
de fase III em crianças com idades entre os 2 e os 18 anos (n=304). Ambos os estudos foram de dupla ocultação
e controlados com placebo, com uma duração da fase de manutenção de 8 semanas (estudo 208) e 12 semanas
(estudo 305), respetivamente. O estudo 208 incluiu 2 extensões abertas adicionais, subsequentes de longo-prazo
(1 ano para a parte II e 2 anos para a parte III) e o estudo 305 incluiu 4 períodos de extensão aberta
subsequentes, de longo-prazo (1 ano para as Partes II, III e IV e 2 anos para a Parte V). O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 20 mg/kg/dia e 30 mg/kg/dia, até um máximo de 1200 mg/dia. A dose
alvo foi de 30 mg/kg/dia no estudo 208 e 20 mg/kg/dia no estudo 305. As doses foram ajustadas com base na
tolerabilidade e resposta ao tratamento.
No período de dupla ocultação do estudo de fase II, o endpoint secundário foi a avaliação da eficácia. A redução
da média dos mínimos quadrados relativamente à frequência padronizada de crises desde a baseline ao período
de manutenção foi significativamente (p<0,001) maior com acetato de eslicarbazepina (-34,8%) do que com o
placebo (-13,8%). O número de respondedores (doentes com redução ≥50% da frequência padronizada de crises)
foi de 42 doentes (50,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 10 doentes (25,0%) no
grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente significativa (p=0,009).
No período de dupla ocultação do estudo de fase III, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises com acetato de eslicarbazepina (-18,1% versus baseline) foi diferente da obtida
com o placebo (-8,6% versus baseline), mas estatisticamente não significativa (p=0,2490). O número de
respondedores foi de 41 doentes (30,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 40 doentes
(31,0%) no grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente não significativa (p=0,9017). Foram
realizadas análises post-hoc de subgrupos do estudo de fase III em grupos etários a partir dos 6 anos e por dose.
Relativamente às crianças com mais de 6 anos, o número de respondedores foi de 36 doentes (35,0%) no grupo
do acetato de eslicarbazepina em comparação com 29 doentes (30,2%) no grupo do placebo (p=0,4759). A
redução da média dos mínimos quadrados na frequência padronizada de crises foi também superior no grupo
tratado com acetato de eslicarbazepina (-24,4% versus -10,5%), ainda que a diferença de 13,9% não seja
estatisticamente significativa (p=0,1040). 39% dos doentes no estudo 305 foram sujeitos a titulação até à dose
máxima possível (30 mg/kg/dia). De entre estes, excluindo os doentes com 6 anos ou menos, o número de
respondedores foi de 14 (48,3%) doentes no grupo do acetato de eslicarbazepina e 11 (30,6%) no grupo do
placebo, (p=0,1514). Apesar da robustez destas análises post-hoc de subgrupos ser limitada, os dados obtidos
sugerem a existência de um aumento do efeito dependente da idade e da dose.
Na extensão aberta subsequente de 1 ano (Parte II) do estudo de fase III (análise Intenção de Tratar, N=225), a
taxa total de respondedores foi de 46.7% (aumentando de forma constante de 44.9% (semanas 1-4) para 57.5%
(semanas > 40)). A mediana total da frequência de crises padronizada foi de 6.1 (diminuindo de 7.0 (semanas 1-
4) para 4.0 (semanas > 40), resultando numa variação relativa mediana de -46.7%, em comparação com a
baseline). A variação relativa mediana foi maior no grupo placebo anterior (-51.4%) do que no grupo ESL
anterior (-40.4%). A proporção de doentes com exacerbação (aumento de ≥25%) comparado com a baseline foi
14.2%.
Nas 3 extensões abertas subsequentes (análise Intenção de Tratar, N=148), a taxa de respondedores global foi de
26.6% quando comparado com as baseline das partes III-V (i.e. nas últimas 4 semanas da parte II). A mediana
total da frequência de crises padronizada foi de 2.4 (resultando numa variação relativa mediana desde a baseline
das partes III-V de -22.9%). A redução relativa mediana global na Parte I foi maior nos doentes tratados com
13
ESL (-25.8%) do que nos doentes tratados com placebo (-16.4%). A proporção global de doentes com
exacerbação (aumento de ≥25%) quando comparado com a baseline das Partes III-V foi de 25.7%.
Dos 183 doentes que completaram as partes I e II do estudo, 152 doentes foram envolvidos na parte III. Destes,
65 doentes receberam ESL e 87 doentes receberam placebo durante a parte de dupla-ocultação do estudo. 14
doentes (9.2%) completaram a fase aberta do tratamento com ESL até à parte V. A razão mais frequente para
descontinuação durante qualquer parte do estudo foi por pedido do promotor (30 doentes na parte III [19.7% dos
doentes que entraram na parte III], 9 na parte IV [9.6% dos doentes que entraram na parte IV], e 43 na parte V
[64.2% dos doentes que entraram na Parte V]).
Tendo em consideração as limitações da natureza de dados não controlados de fase aberta, a resposta a longo-
prazo ao acetato de eslicarbazepina nas partes abertas do estudo foi globalmente mantida.
A Agência Europeia do Medicamento diferiu a obrigação de apresentação dos resultados dos estudos com
Zebinix em um ou mais subgrupos da população pediátrica no tratamento da epilepsia com crises parciais (ver
secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica).
Absorção
O acetato de eslicarbazepina é extensivamente transformado em eslicarbazepina. Após a administração oral, os
níveis plasmáticos do acetato de eslicarbazepina mantêm-se geralmente abaixo do limite de quantificação. A
Cmax da eslicarbazepina é alcançada 2 a 3 h após a dose (tmax). A biodisponibilidade pode ser considerada elevada
porque a quantidade de metabolitos recuperados na urina corresponde a mais de 90% de uma dose de
eslicarbazepina.
A biodisponibilidade (AUC e Cmax) da eslicarbazepina após administração por via oral na forma de um
comprimido esmagado misturado com puré de maça e administrado com água é comparável à administração do
comprimido inteiro.
Distribuição
A ligação da eslicarbazepina às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (<40%) e independente da
concentração. Estudos in vitro mostraram que a ligação às proteínas plasmáticas não foi relevantemente afetada
pela presença de varfarina, diazepam, digoxina, fenitoína e tolbutamida. A ligação da varfarina, diazepam,
digoxina, fenitoína e tolbutamida não foi significativamente afetada pela presença de eslicarbazepina.
Biotransformação
O acetato de eslicarbazepina é rápida e extensivamente biotransformado no seu metabolito primário
eslicarbazepina, por hidrólise de primeira passagem. O estado estacionário das concentrações plasmáticas é
atingido após 4 a 5 dias, de toma única diária, consistente com uma semivida efetiva na ordem das 20-24 h. Em
estudos realizados em indivíduos saudáveis e doentes adultos epiléticos, a semivida aparente da eslicarbazepina
foi de 10-20 h e 13-20 h, respetivamente. Os metabolitos secundários no plasma são R-licarbazepina e
oxcarbazepina, que demonstraram ser ativos, e os conjugados de ácido glucurónico de acetato de
eslicarbazepina, eslicarbazepina, R-licarbazepina e oxcarbazepina.
A eslicarbazepina é um indutor fraco do CYP3A4 e tem propriedades inibitórias do CYP2C19 (como indicado
na secção 4.5).
Em estudos com eslicarbazepina em hepatócitos humanos frescos observou-se uma ligeira indução da
glucoronidação mediada por UGT1A1.
Eliminação
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal, sob a forma intacta e de glucorono-conjugados. No total, a eslicarbazepina e o seu glucoronado
correspondem a mais de 90% do total de metabolitos excretados na urina, aproximadamente dois terços na forma
intacta e um terço como glucorono-conjugado.
Linearidade/não-linearidade
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina é linear e proporcional às doses entre 400-1200 mg, quer em
indivíduos saudáveis quer em doentes.
14
Idosos (com mais de 65 anos)
O perfil farmacocinético do acetato de eslicarbazepina não foi afetado nos doentes idosos com depuração da
creatinina > 60 ml/min (ver secção 4.2).
Compromisso renal
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal. Um estudo realizado em doentes adultos com compromisso renal ligeiro a moderado mostrou
que a depuração depende da função renal. Durante o tratamento com Zebinix recomenda-se o ajuste da dose em
doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com depuração da creatinina inferior a 60 ml/min (ver
secção 4.2).
Não se recomenda o uso de acetato de eslicarbazepina em crianças com idade compreendida entre 2 e 6 anos.
Nesta idade a atividade intrínseca do processo de eliminação ainda não atingiu a maturação.
Compromisso hepático
A farmacocinética e o metabolismo do acetato de eslicarbazepina foram avaliados em indivíduos saudáveis e em
doentes com compromisso hepático moderado após administração de doses orais múltiplas. O compromisso
hepático moderado não afetou a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina. Não se recomenda o ajuste
posológico em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 4.2).
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave.
Sexo
Estudos em indivíduos saudáveis e em doentes mostraram que a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina
não é afetada pelo sexo do indivíduo.
População pediátrica
As reações adversas observadas em estudos animais ocorreram em níveis de exposição apreciavelmente mais
baixos do que os níveis de exposição clínicos à eslicarbazepina (o metabolito principal e farmacologicamente
ativo do acetato de eslicarbazepina). Assim, não foram estabelecidas as margens de segurança com base na
exposição comparativa.
Em estudos de toxicidade de dose repetida no rato, foi evidenciada nefrotoxicidade, que não foi observada nos
estudos em ratinhos e cães, e que é consistente com uma exacerbação de nefropatia espontânea progressiva
crónica nesta espécie.
Nos estudos de toxicidade de dose repetida em ratinhos e ratos foi observada hipertrofia centrolobular do fígado
e um aumento da incidência de tumores no fígado num estudo de carcinogenicidade em ratinhos; estes resultados
são consistentes com a indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito que não foi observado em doentes
que tomaram acetato de eslicarbazepina.
15
Em estudos de dose repetida em cães jovens, o perfil de toxicidade foi semelhante ao observado em animais
adultos. Num estudo de 10 meses em fêmeas a receber doses altas foram observadas diminuições no conteúdo
mineral ósseo, área óssea e/ou densidade mineral óssea nas vertebras lombares e/ou no fémur, para níveis de
exposição menores do que os níveis de exposição clínica à eslicarbazepina verificados em crianças.
Os estudos de genotoxicidade com acetato de eslicarbazepina não mostraram riscos especiais para os seres
humanos.
Foi observada disfunção da fertilidade em ratos fêmea; as diminuições na implantação e nos embriões vivos
observadas no estudo de fertilidade em ratos podem indicar consequências na fertilidade das fêmeas, não tendo
sido, no entanto, avaliada a contagem dos corpos lúteos. O acetato de eslicarbazepina não apresentou efeito
teratogénico em ratos e coelhos, mas verificaram-se anomalias no esqueleto de ratinhos. Foram observados
atrasos na ossificação, baixo peso fetal, aumento das anomalias minor esqueléticas e viscerais para doses tóxicas
maternas em estudos de embriotoxicidade em ratinhos, ratos e coelhos. Em estudos peri/pós-natais em ratinhos e
ratos foi observado um atraso no desenvolvimento sexual da geração F1.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Povidona K29/32
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
4 anos.
Frascos de polietileno de alta densidade, com fecho de segurança para crianças, colocados em embalagens de
cartão contendo 60 comprimidos.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
16
EU/1/09/514/021-023
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
17
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimidos brancos, circulares biconvexos, gravados ‘ESL 400’ numa face e com uma ranhura na outra, com
diâmetro de 11 mm. A ranhura destina-se apenas a facilitar a divisão, para ajudar a deglutição e não para dividir
em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Zebinix é indicado:
• como monoterapia no tratamento de crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, em
doentes adultos com epilepsia recentemente diagnosticada;
• como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade, com
crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.
Posologia
Adultos
Zebinix pode ser tomado como monoterapia ou ser adicionado a uma terapêutica anticonvulsivante existente. A
dose inicial recomendada é de 400 mg uma vez por dia que deve ser aumentada para 800 mg uma vez por dia,
após uma ou duas semanas. Dependendo da resposta individual de cada doente, esta dose pode ser aumentada
para 1200 mg uma vez por dia. Alguns doentes em regime de monoterapia poderão beneficiar de uma dose de
1600 mg, uma vez por dia (ver secção 5.1).
Populações especiais
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes, adultos e crianças com mais de 6 anos de idade, com
compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo com a depuração da creatinina (CLCR) como se segue:
- CLCR > 60 ml/min: não é necessário ajuste da dose.
- CLCR 30-60 ml/min: dose inicial de 200 mg (ou 5 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) uma vez
por dia ou 400 mg (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) em dias alternados durante
2 semanas, seguida de uma dose de 400 mg uma vez por dia (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos
de idade). Contudo, com base na resposta individual do doente, a dose pode ser aumentada.
- CLCR < 30 ml/min: não é recomendado o uso em doentes com compromisso renal grave dado que a
informação é limitada.
18
Compromisso hepático
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi avaliada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secção 4.4 e 5.2) pelo que a sua utilização nestes doentes não é recomendada.
População pediátrica
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina em crianças com 6 anos de idade ou menos não foram ainda
estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos nas secções 4.8, 5.1 e 5.2, mas nenhuma
recomendação posológica pode ser feita.
Modo de administração
Via oral.
Zebinix pode ser tomado com e sem alimentos.
No caso de doentes que não sejam capazes de engolir comprimidos inteiros, os comprimidos podem ser
esmagados e misturados com água ou alimentos moles, como por exemplo puré de maçã, imediatamente antes
de utilizar, e administrados por via oral.
Substituição de formulações
Com base nos dados de biodisponibilidade comparativos entre os comprimidos e a suspensão oral, pode ser feita
a substituição de uma formulação para a outra.
4.3 Contraindicações
Ideação suicida
Em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações, foram notificados ideação e
comportamento suicida. Uma metanálise de ensaios clínicos aleatorizados controlados com placebo, de
medicamentos antiepiléticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. O mecanismo deste risco não é ainda conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de
um risco aumentado para o acetato de eslicarbazepina. Assim, os sinais de ideação e comportamento suicida
devem ser monitorizados e deve ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e seus
cuidadores) devem ser aconselhados a procurar assistência médica caso surjam sinais de ideação ou
comportamento suicida.
O acetato de eslicarbazepina foi associado a algumas reações adversas a nível do sistema nervoso central, como
tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de acidentes.
Reações cutâneas
19
Em estudos clínicosem doentes epiléticos, observou-se a ocorrência de erupção cutânea, como reação adversa,
em 1,2% do total da população tratada com Zebinix como terapêutica adjuvante. Foram notificados casos de
urticária e angioedema em doentes que tomavam Zebinix. O angioedema no contexto de uma reação de
hipersensibilidade/ anafilática associado a edema da laringe pode ser fatal. Se ocorrerem sinais ou sintomas de
hipersensibilidade o tratamento com acetato de eslicarbazepina deverá ser interrompido imediatamente e deve
der iniciado um tratamento alternativo.
Foram notificadas com o tratamento com Zebinix, na experiência pós-comercialização, reações adversas
cutâneas graves (conhecidas como SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), que
podem colocar a vida em risco ou ser fatais. No momento da prescrição os doentes devem ser alertados sobre os
sinais e sintomas e monitorizados cuidadosamente para o aparecimento de reações cutâneas. Se surgirem sinais e
sintomas sugestivos destas reações, Zebinix deverá ser interrompido imediatamente e considerar-se um
tratamento alternativo (conforme adequado). Se os doentes desenvolverem estas reações, o tratamento com
Zebinix nunca mais pode ser reiniciado nestes doentes.
Alelo HLA-B*1502 - em indivíduos de etnia chinesa Han, de etnia Thai e outras populações Asiáticas
O HLA-B*1502 em indivíduos de etnia chinesa Han ou de etnia Thai tem demonstrado estar fortemente
associado ao risco de desenvolverem as reações severas cutâneas conhecidas como síndrome de Stevens-Johnson
(SJS) quando tratados com carbamazepina.
A estrutura química do acetato de eslicarbazepina é similar à da carbamazepina, e é possível que doentes que são
positivos para o HLA-B*1502 possam também estar em risco para o SJS após tratamento com acetato de
eslicarbazepina.
A prevalência de portadores do HLA-B*1502 é de aproximadamente 10% nas populações de etnia chinesa Han
ou de etnia Thai.
Sempre que possível, estes indivíduos devem ser rastreados relativamente à presença deste alelo antes de
iniciarem tratamento com carbamazepina ou substância ativas quimicamente relacionadas.
Se os doentes dessas origens étnicas forem testados positivamente para o alelo HLA-B*1502, o uso do acetato
de eslicarbazepina deve ser considerado se se considerar que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Devido à prevalência deste alelo em outras populações Asiáticas (ex. acima de 15% nas Filipinas e Malásia)
pode-se considerar a possibilidade de testar geneticamente as populações em risco relativamente à presença do
HLA-B*1502.
Existem alguns dados que sugerem que o HLA- A*3101 está associado ao risco aumentado de reações adversas
cutâneas induzidas pela carbamazepina incluindo, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica,
síndrome de DRESS, ou menos severa pustulose exantematosa generalizada aguda e erupção cutânea
maculopapulosa em descendestes Europeus ou em Japoneses.
A frequência do alelo HLA-A*3101 varia muito entre etnias. O alelo HLA-A*3101 tem uma prevalência de 2 a
5% nas populações Europeias e aproximadamente 10% na população Japonesa.
A presença do alelo HLA-A*3101 pode aumentar o risco de reações cutâneas induzidas pela carbamazepina
(sobretudo menos severas) de 5.0% na população em geral até 26.0% entre os indivíduos de ascendência
europeia, enquanto a sua ausência pode reduzir o risco de 5.0% para 3.8%.
Não há dados suficientes que suportem a recomendação para o rastreio do HLA-A*3101 antes de iniciar o
tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas. Se se souber que doentes
descendentes de Europeus ou de origem Japonesa são positivos para o alelo HLA-A*3101, o uso da
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas pode ser considerado caso se considere que os
benefícios são superiores aos riscos.
Hiponatremia
Foi notificada hiponatremia, como reação adversa, em 1,5% dos doentes tratados com Zebinix. A hiponatremia é
assintomática na maioria dos casos. Contudo, pode ser acompanhada por sintomatologia clínica, como
agravamento das convulsões, confusão e diminuição da consciência.
A frequência da hiponatremia aumentou com o aumento da dose de acetato de eslicarbazepina. Em doentes com
doença renal preexistente predispondo a hiponatremia, ou em doentes tratados concomitantemente com
medicamentos que possam desencadear hiponatremia (ex. diuréticos, desmopressina, carbamazepina), os níveis
de sódio sérico devem ser avaliados antes e durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina. Os níveis
séricos de sódio devem ainda ser determinados se surgirem sinais clínicos de hiponatremia. Além disso, os
níveis séricos de sódio devem ser determinados nas análises laboratoriais de rotina. Se ocorrer hiponatremia
clinicamente relevante, o acetato de eslicarbazepina deverá ser descontinuado.
20
Intervalo PR
Nos estudos clínicos com acetato de eslicarbazepina foram observados prolongamentos do intervalo PR.
Recomenda-se precaução em doentes com situações clínicas (ex. níveis baixos de tiroxina, anomalias da
condução cardíaca), ou que tomam medicamentos, que se sabe estarem associados a prolongamento do intervalo
PR.
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo
com a depuração da creatinina (ver secção 4.2). Em doentes com CLCR < 30 ml/min a utilização não é
recomendada devido à insuficiência de informação.
Compromisso Hepático
Como os dados clínicos são limitados em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado e não existem
dados farmacocinéticos e clínicos em doentes com compromisso hepático grave, o acetato de eslicarbazepina
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, não estando
recomendado o seu uso em doentes com compromisso hepático grave.
Carbamazepina
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 800 mg uma
vez por dia e carbamazepina 400 mg duas vezes por dia resultou numa redução em média de 32% na exposição à
eslicarbazepina, provavelmente causada pela indução de glucoronidação. Não se observou alteração na
exposição à carbamazepina ou ao seu metabolito carbamazepina.epoxido. Com base na resposta individual, a
dose de acetato de eslicarbazepinapode necessitar de ser aumentada se usada concomitantemente com
carbamazepina. Resultados obtidos em estudos com doentes mostraram que o tratamento concomitante
aumentou o risco das seguintes reações adversas: diplopia, alterações da coordenação e tonturas. Não pode ser
excluído o risco de aumento de outras reações adversas específicas causadas pela coadministração de
carbamazepina e acetato de eslicarbazepina.
Fenitoína
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e fenitoína resultou numa redução em média de 31-33% na exposição à eslicarbazepina,
provavelmente causada pela indução de glucoronidação, e num aumento médio de 31-35% na exposição à
fenitoína, provavelmente causada pela inibição do CYP2C19. Com base na resposta individual, a dose de acetato
de eslicarbazepinapode necessitar de ser aumentada e a dose de fenitoína pode ter de ser diminuída.
Lamotrigina
A glucoronidação é a principal via metabólica para a eslicarbazepina e lamotrigina e portanto é de esperar uma
interação. Um estudo realizado em voluntários saudáveis com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por
21
dia mostrou uma interação farmacocinética média mínima (a exposição à lamotrigina diminuiu 15%) entre o
acetato de eslicarbazepina e a lamotrigina e consequentemente não é necessário fazer ajustes da dose. Contudo,
devido à variabilidade interindividual, o efeito pode ser clinicamente relevante nalguns indivíduos.
Topiramato
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e topiramato não mostrou alteração significativa na exposição à eslicarbazepina, mas observou-se
uma redução de 18% na exposição ao topiramato, provavelmente causada por uma redução da
biodisponibilidade do topiramato. Não é necessário ajuste da dose.
Valproato e levetiracetam
Uma análise farmacocinética dos estudos de fase III em doentes adultos epiléticos mostrou que a administração
concomitante com valproato ou levetiracetam não afetou a exposição à eslicarbazepina, mas tal não foi
verificado por estudos convencionais de interação.
Oxcarbazepina
O uso concomitante de acetato de eslicarbazepina com oxcarbazepina não é recomendado devido à possível
sobrexposição a metabolitos ativos.
Outros medicamentos
Contracetivos orais
A administração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia a mulheres que faziam contraceção oral
combinada mostrou uma redução média de 37% e 42% na exposição sistémica ao levonorgestrel e
etinilestradiol, respetivamente, provavelmente causada pela indução do CYP3A4. Por conseguinte, as mulheres
em idade fértil deverão fazer contraceção adequada durante o tratamento com Zebinix, e até ao final do ciclo
menstrual em curso no momento da descontinuação do tratamento (ver secção 4.6).
Sinvastatina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou uma redução média de 50% na exposição sistémica à sinvastatina
quando coadministrada com acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia, provavelmente causada pela
indução do CYP3A4. Pode ser necessário aumentar a dose de sinvastatina quando usada concomitantemente
com acetato de eslicarbazepina.
Rosuvastatina
Houve uma redução em média de 36-39% na exposição sistémica em voluntários saudáveis quando
coadministrada com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia. O mecanismo desta redução é
desconhecido, mas pode ser devido à interferência no transporte para rosuvastatina isolada ou em combinação
com indução do seu metabolismo. Como a relação entre a exposição e a atividade da substância não é clara, a
monitorização da resposta ao tratamento (ex. níveis de colesterol) é recomendada.
Varfarina
A coadministração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia com varfarina mostrou uma pequena
(23%) mas significativa redução da exposição à S-varfarina. Não houve qualquer efeito sobre a farmacocinética
da R-varfarina ou na coagulação. Porém, devido à variabilidade interindividual da interação, recomenda-se
especial atenção à monitorização do INR (coeficiente internacional normalizado) nas primeiras semanas após o
início ou o fim do tratamento concomitante de varfarina e acetato de eslicarbazepina.
Digoxina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou que o acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia não
produz efeito sobre a farmacocinética da digoxina, sugerindo que o acetato de eslicarbazepina não tem efeito
sobre o transportador glicoproteína-P.
Gravidez
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Foi demonstrado que nos descendentes de mulheres com epilepsia que utilizam um tratamento antiepilético, a
prevalência de malformações é duas a três vezes superior à taxa de aproximadamente 3% na população geral. As
mais frequentemente notificadas são lábio leporino, malformações cardiovasculares e malformações do tubo
neural. Deve ser prestado um aconselhamento médico especializado, no que diz respeito a potenciais riscos para
o feto que podem ser provocados quer pelas crises epiléticas, quer pelo tratamento antiepilético, a todas as
mulheres com potencial para engravidar em tratamento antiepilético, especialmente a mulheres que planeiam
gravidez ou que se encontrem grávidas. A descontinuação abrupta do tratamento com fármacos antiepiléticos
(FAE) deve ser evitada dado que pode provocar crises epiléticas que podem ter consequências graves para a
mulher e para o embrião ou feto.
Sempre que seja possível, a monoterapia é preferível no tratamento da epilepsia na gravidez, uma vez que o
tratamento com vários (FAE) pode estar associado a um maior risco de malformações congénitas,
comparativamente com a monoterapia, dependendo dos FAE associados.
Foram observadas perturbações do neurodesenvolvimento em crianças de mães com epilepsia que utilizam um
tratamento antiepiléptico. Não existem dados disponíveis para o acetato de eslicarbazepina sobre este risco.
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento
com acetato de eslicarbazepina. O acetato de eslicarbazepina contraria os efeitos dos contracetivos orais.
Portanto deve ser utilizado um método de contraceção alternativo, eficaz e seguro, durante o tratamento e até ao
final do ciclo menstrual em curso na descontinuação do tratamento.
Mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas sobre o recurso a outros métodos
anticoncepcionais eficazes. Deve ser utilizado pelo menos um método de contracepção eficaz (como por
exemplo um dispositivo intra-uterino) ou duas formas complementares de contracepção incluindo um método de
barreira. As circunstâncias individuais devem ser avaliadas em cada caso, envolvendo a doente na discussão,
aquando da escolha do método anticoncepcional.
Se as mulheres a tomar acetato de eslicarbazepina ficarem grávidas ou se planeiam engravidar, o uso de Zebinix
deve ser cuidadosamente reavaliado. Devem ser administradas as doses mínimas eficazes, e sempre que possível
deve preferir-se a monoterapia pelo menos durante os três primeiros meses da gravidez. Tendo em conta a
possibilidade de um risco aumentado de malformações as doentes devem ser aconselhadas e deve ser-lhes dada a
oportunidade de rastreio pré-natal.
Monitorização e prevenção
Os medicamentos antiepiléticos podem contribuir para a deficiência em ácido fólico, uma potencial causa de
malformações fetais. A suplementação em ácido fólico é recomendada antes e durante a gravidez. Atendendo a
que a eficácia desta suplementação não está demonstrada, deve ser proposto um diagnóstico pré-natal mesmo
nas mulheres que fazem tratamento suplementar com ácido fólico.
Na criança recém-nascida
Foram notificadas alterações hemorrágicas no recém-nascido causadas por medicamentos antiepiléticos. Por
precaução e como medida preventiva, deve ser administrada a vitamina K1 durante as últimas semanas da
gravidez e ao recém-nascido.
Amamentação
Desconhece-se se o acetato de eslicarbazepina/metabolitos são excretados no leite humano. Estudos em animais
demonstraram a excreção da eslicarbazepina no leite materno. Como não se pode excluir o risco para o lactente,
a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina.
Fertilidade
23
Não existem dados sobre o efeito do acetato de eslicarbazepina na fertilidade humana. Estudos em animais
demonstraram disfunção da fertilidade após o tratamento com acetato de eslicarbazepina (ver secção 5.3).
Os efeitos de Zebinix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos a moderados. Alguns
doentes podem sentir tonturas, sonolência ou alterações da visão, especialmente no início do tratamento.
Portanto, os doentes devem ser alertados de que as suas capacidades físicas e/ou mentais necessárias para a
utilização de máquinas ou condução podem ser prejudicadas e devem ser aconselhados a não fazê-lo até que seja
estabelecido que as capacidades necessárias para executar estas atividades não são afetadas.
Os riscos que foram identificados para Zebinix são maioritariamente de classe, efeitos indesejáveis dependentes
da dose. As reacções adversas mais comuns relatadas nos estudos controlados com placebo em terapêutica
adjuvante com doentes epiléticos adultos, bem como num estudo controlado com substância ativa em
monoterapia, comparando o acetato de eslicarbazepina com carbamazepina de libertação controlada, são
tonturas, sonolência, dor de cabeça e náusea. A maioria das reações adversas foram reportadas em <3% dos
sujeitos em qualquer grupo de tratamento.
Reações adversas cutâneas graves (SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), foram notificadas
no tratamento com Zebinix na experiência pós-comercialização (ver secção 4.4).
Foi utilizada a seguinte convenção na classificação de reações adversas: muito frequentes (≥1/10), frequentes(
≥1/100 a <1/10), pouco frequentes( ≥1/1.000 a <1/100) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Quadro 1: Reações adversas emergentes do tratamento associadas a Zebinix, obtidas de estudos clínicos e da
vigilância pós-comercialização
24
Doenças do Hiponatremia, Desequilíbrio
metabolismo e da perda de apetite eletrolítico,
nutrição desidratação,
hipocloremia
Perturbações do foro Insónia Perturbações
psiquiátrico psicóticas, apatia,
depressão,
nervosismo, agitação,
irritabilidade, défice
de atenção/
hiperatividade, estado
confusional,
alterações do humor,
choro, lentificação
psicomotora,
ansiedade
25
Doenças Náuseas, Obstipação, Pancreatite
gastrointestinais vómitos, diarreia dispepsia, gastrite,
dor abdominal, boca
seca, desconforto
abdominal, distensão
abdominal, gengivite,
melenas, odontalgia
Afeções Doença hepática
hepatobiliares
Afeções dos tecidos Erupção cutânea Alopecia, pele seca, Necrólise
cutâneos e hiperidrose, eritema, epidérmica tóxica,
subcutâneos alterações cutâneas, síndrome de
prurido, dermatite Stevens-Johnson,
alérgica reação a fármaco
com eosinofilia e
sintomas sistémicos
(DRESS),
angioedema,
urticária.
Afeções músculo- Mialgia, alteração
esqueléticas e do metabólica óssea,
tecido conjuntivo fraqueza muscular,
dores nas
extremidades
Doenças renais e Infeção do trato
urinárias urinário
Perturbações gerais e Fadiga, Mal-estar, arrepios,
alterações no local da alterações da edema periférico
administração marcha, astenia
Intervalo PR
26
O uso de acetato de eslicarbazepina está associado a um aumento do intervalo PR. Podem surgir reações
adversas associadas ao prolongamento do intervalo PR (ex. bloqueio AV, síncope, bradicardia).
Existem registos de diminuição da densidade mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas em doentes sob
terapêutica de longa duração com os antiepiléticos estruturalmente relacionados, carbamazepina e
oxcarbazepina. O mecanismo pelo qual o metabolismo ósseo é afetado não foi identificado.
População pediátrica
Em estudos controlados com placebo que envolveram doentes com idades entre os 2 e os 18 anos com crises
epiléticas parciais (238 a receber tratamento com acetato de eslicarbazepina e 189 com placebo) verificou-se que
35,7% dos doentes tratados com acetato de eslicarbazeina e 19% dos doentes tratados com placebo apresentaram
reações adversas ao tratamento. As reações adversas mais comuns no grupo tratado com acetato de
eslicarbazepina foram diplopia (5,0%), sonolência (8,0%) e vómitos (4,6%).
O perfil de reações adversas ao acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante em ambos os grupos. No
grupo de doentes com idades entre os 6 e os 11 anos, as reações adversas mais comuns, observadas em mais de
dois doentes tratados com acetato de eslicarbazepina, foram diplopia (9,5%), sonolência (7,4%), tonturas
(6,3%), convulsões (6,3%) e náuseas (3,2%); no grupo de doentes com idades entre os 12 e os 18 anos foram
sonolência (7,4%), vómitos (4,2%), diplopia (3,2%) e fadiga (3,2%). A segurança de Zebinix em crianças com
seis anos ou menos ainda não está estabelecida.
O perfil de segurança do acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante entre adultos e doentes pediátricos,
com exceção da agitação (comum, 1,3%) e dor abdominal (comum, 2,1%) que foram mais comuns nas crianças
do que nos adultos. Tonturas, sonolência, vertigem, astenia, perturbações na marcha, tremor, ataxia, perturbações
no equilíbrio, visão turva, diarreia; rash e hiponatrémia foram reações menos comuns em crianças do que nos
adultos. Dermatite alérgica (pouco frequente, 0,8%) foi reportada apenas na população pediátrica.
Os dados de segurança a longo prazo na população pediátrica, obtidos em extensões abertas do estudo de fase
III, foram consistentes com o conhecido perfil de segurança do produto, sem novas descobertas relevantes.
4.9 Sobredosagem
Após uma sobredosagem com acetato de eslicarbazepina foram observados sintomas principalmente associados
ao sistema nervoso central (ex. convulsões de todos os tipos, status epilepticus) e distúrbios cardíacos (ex.
arritmia cardíaca). Desconhece-se a existência de um antídoto específico. Deve ser administrado tratamento
sintomático e de suporte apropriado. Se necessário, os metabolitos do acetato de eslicarbazepina podem ser
eficazmente removidos por hemodiálise (ver secção 5.2).
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação exato do acetato de eslicarbazepina não está completamente esclarecido. Todavia, estudos
eletrofisiológicos in vitro mostram que quer o acetato de eslicarbazepina quer os seus metabolitos estabilizam os
27
canais de sódio dependentes da voltagem no seu estado inativo, impedindoo seu retorno ao estado ativo e
prevenindo assim o disparo neuronal repetitivo.
Efeitos farmacodinâmicos
O acetato de eslicarbazepina e os seus metabolitos ativos inibem o desenvolvimento de crises epiléticas em
modelos não-clínicos preditivos da eficácia anticonvulsivante no Homem. A atividade farmacológica do acetato
de eslicarbazepina em seres humanos exerce-se maioritariamente através do metabolito ativo eslicarbazepina.
Eficácia clínica
População adulta
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante foi demonstrada em quatro ensaios de fase
III, em dupla ocultação, controlados com placebo, efetuados em 1.703 doentes adultos randomizados com
epilepsia parcial refratária ao tratamento com um a três antiepiléticos concomitantes. A oxcarbazepina e o
felbamato não foram autorizados como medicamentos concomitantes nestes estudos. O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 400 mg (apenas nos estudos -301 e -302), 800 mg e 1200 mg, uma vez
por dia. O acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia e 1200 mg uma vez por dia foram
significativamente mais eficazes do que o placebo na redução da frequência de crises durante um período de
manutenção de 12 semanas. Considerando os estudos de fase III, a percentagem de indivíduos com uma redução
≥ 50% (analisados 1581) na frequência de crises foi de 19,3% com o placebo, 20,8% com acetato de
eslicarbazepina 400 mg, 30,5% com acetato de eslicarbazepina 800 mg e 35,3% com acetato de eslicarbazepina
1200 mg diários.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como monoterapia foi demonstrada num estudo em dupla ocultação
controlado com substância ativa (carbamazepina de libertação controlada) envolvendo 815 doentes adultos
aleatorizados com crises epiléticas parciais recentemente diagnosticadas. O acetato de eslicarbazepina foi testado
a doses de 800 mg, 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As doses do comparador ativo, a carbamazepina de
libertação controlada, foram de 200 mg, 400 mg e 600 mg, duas vezes por dia. Todos os indivíduos foram
aleatorizados para a dose mais baixa e, apenas depois da ocorrência de uma crise epilética, escalados para o nível
de dosagem seguinte. Dos 815 doentes aleatorizados, 401 doentes foram tratados com acetato de eslicarbazepina
uma vez por dia [271 doentes (67,6%) permaneceram no nível de dosagem de 800 mg, 70 doentes (17,5%)
permaneceram no nível de dosagem de 1200 mg e 60 doentes (15,0%) foram tratados com 1600 mg]. Na análise
de eficácia primária, na qual os doentes que abandonaram o estudo foram considerados como não tendo
respondido ao tratamento, 71,1% dos indivíduos foram classificados como livres de crises no grupo de acetato
de eslicarbazepina e 75,6% no grupo de carbamazepina de libertação controlada durante o período de avaliação
de 26 semanas (diferença de riscos média -4,28%, intervalo de confiança de 95%: [-10,30; 1,74]. O efeito do
tratamento observado durante o período de avaliação de 26 semanas manteve-se ao longo de 1 ano de
tratamento, com 64,7 % dos doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e 70,3% doentes tratados com
carbamazepina de libertação controlada classificados como livres de crises (diferença de riscos média -5,46%,
intervalo de confiança de 95%: [-11,88; 0,97]. Na análise de falha do tratamento (risco de crise) baseada na
análise de tempo até ao evento (análise Kaplan-Meier e regressão Cox), a análise Kaplan-Meier estima que o
risco de crise no final do período de avaliação foi de 0,06 com carbamazepina e 0,12 com acetato de
eslicarbazepina e verifica um aumento adicional do risco para 0,11 com carbamazepina e 0,19 com acetato de
eslicarbazepina (p=0,0002), no final do período de 1 ano.
Ao fim de 1 ano, a probabilidade de um doente descontinuar o tratamento devido a reações adversas ou falta de
eficácia foi calculada em 0,26 em relação ao acetato de eslicarbazepina e em 0,21 em relação à carbamazepina
de libertação controlada.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina na conversão para monoterapia foi avaliada em 2 estudos aleatorizados
e controlados, em dupla ocultação, envolvendo 365 doentes adultos com crises epiléticas parciais. O acetato de
eslicarbazepina foi testado em doses de 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As taxas de doentes que ficaram
livres de crises durante o total do período de 10 semanas de monoterapia foram, respetivamente, 7,6% (1600 mg)
e 8,3 % (1200 mg) num dos estudos, e 10,0% (1600 mg) e 7,4 % (1200 mg) no outro.
População idosa
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante em doentes idosos com crises
epiléticas parciais foram avaliadas num estudo não controlado, com duração de 26 semanas, envolvendo 72
doentes idosos (idade ≥ 65 anos). Os dados evidenciam que a incidência das reacções adversas nesta população
(65,3%), é semelhante ao da população geral envolvida nos estudos de epilepsia em dupla ocultação (66,8%). As
reacções adversas individuais mais frequentes foram tonturas (12,5 % dos indivíduos), sonolência (9,7%),
fadiga, convulsão e hiponatremia (8,3%, cada), nasofaringite (6,9%) e infeção do tracto respiratório superior
(5,6%). Cinquenta dos 72 indivíduos completaram o período de 26 semanas de tratamento, o que corresponde a
28
uma taxa de retenção de 69,4% (ver na secção 4.2 a informação sobre o uso em idosos). Os dados sobre o regime
de monoterapia na população idosa são limitados. Apenas poucos indivíduos (N=27) com idade superior a 65
anos foram tratados com acetato de eslicarbazepina no estudo de monoterapia.
População pediátrica
A eficácia e segurança do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante nas crises epiléticas parciais em
crianças foi avaliada num estudo de fase II em crianças com idades entre os 6 e os 16 anos (n=123) e num estudo
de fase III em crianças com idades entre os 2 e os 18 anos (n=304). Ambos os estudos foram de dupla ocultação
e controlados com placebo, com uma duração da fase de manutenção de 8 semanas (estudo 208) e 12 semanas
(estudo 305), respetivamente. O estudo 208 incluiu 2 extensões abertas adicionais, subsequentes de longo-prazo
(1 ano para a parte II e 2 anos para a parte III) e o estudo 305 incluiu 4 períodos de extensão aberta
subsequentes, de longo-prazo (1 ano para as Partes II, III e IV e 2 anos para a Parte V). O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 20 mg/kg/dia e 30 mg/kg/dia, até um máximo de 1200 mg/dia. A dose
alvo foi de 30 mg/kg/dia no estudo 208 e 20 mg/kg/dia no estudo 305. As doses foram ajustadas com base na
tolerabilidade e resposta ao tratamento.
No período de dupla ocultação do estudo de fase II, o endpoint secundário foi a avaliação da eficácia. A redução
da média dos mínimos quadrados relativamente à frequência padronizada de crises desde a baseline ao período
de manutenção foi significativamente (p<0,001) maior com acetato de eslicarbazepina (-34,8% ) do que com o
placebo (-13,8% ). O número de respondedores (doentes com redução ≥50% da frequência padronizada de
crises) foi de 42 doentes (50,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 10 doentes
(25,0%) no grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente significativa (p=0,009).
No período de dupla ocultação do estudo de fase III, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises com acetato de eslicarbazepina (-18,1% versus baseline) foi diferente da obtida
com o placebo (-8,6% versus baseline), mas estatisticamente não significativa (p=0,2490). O número de
respondedores foi de 41 doentes (30,6%) no grupo do ESL em comparação com 40 doentes (31,0%) no grupo do
placebo, com uma diferença estatisticamente não significativa (p=0,9017). Foram realizadas análises post-hoc de
subgrupos do estudo de fase III em grupos etários a partir dos 6 anos e por dose.
Relativamente às crianças com mais de 6 anos, o número de respondedores foi de 36 doentes (35,0%) no grupo
do acetato de eslicarbazepina em comparação com 29 doentes (30,2%) no grupo do placebo (p=0,4759). A
redução da média dos mínimos quadrados na frequência padronizada de crises foi também superior no grupo
tratado com acetato de eslicarbazepina (-24,4% versus -10,5%), ainda que a diferença de 13,9% não seja
estatisticamente significativa (p=0,1040). 39% dos doentes no estudo 305 foram sujeitos a titulação até à dose
máxima possível (30 mg/kg/dia). De entre estes, excluindo os doentes com 6 anos ou menos, o número de
respondedores foi de 14 (48,3%) doentes no grupo do acetato de eslicarbazepina e 11 (30,6%) no grupo do
placebo, (p=0,1514). Apesar da robustez destas análises post-hoc de subgrupos ser limitada, os dados obtidos
sugerem a existência de um aumento do efeito dependente da idade e da dose.
Na extensão aberta subsequente de 1 ano (Parte II) do estudo de fase III (análise Intenção de Tratar, N=225), a
taxa total de respondedores foi de 46.7% (aumentando de forma constante de 44.9% (semanas 1-4) para 57.5%
(semanas > 40)). A mediana total da frequência de crises padronizada foi de 6.1 (diminuindo de 7.0 (semanas 1-
4) para 4.0 (semanas > 40), resultando numa variação relativa mediana de -46.7%, em comparação com a
baseline). A variação relativa mediana foi maior no grupo placebo anterior (-51.4%) do que no grupo ESL
anterior (-40.4%). A proporção de doentes com exacerbação (aumento de ≥25%) comparado com a baseline foi
14.2%.
Nas 3 extensões abertas subsequentes (análise Intenção de Tratar, N=148), a taxa de respondedores global foi de
26.6% quando comparado com as baseline das partes III-V (i.e. nas últimas 4 semanas da parte II). A mediana
total da frequência de crises padronizada foi de 2.4 (resultando numa variação relativa mediana desde a baseline
das partes III-V de -22.9%). A redução relativa mediana global na Parte I foi maior nos doentes tratados com
ESL (-25.8%) do que nos doentes tratados com placebo (-16.4%). A proporção global de doentes com
exacerbação (aumento de ≥25%) quando comparado com a baseline das Partes III-V foi de 25.7%.
Dos 183 doentes que completaram as partes I e II do estudo, 152 doentes foram envolvidos na parte III. Destes,
65 doentes receberam ESL e 87 doentes receberam placebo durante a parte de dupla-ocultação do estudo. 14
doentes (9.2%) completaram a fase aberta do tratamento com ESL até à parte V. A razão mais frequente para
descontinuação durante qualquer parte do estudo foi por pedido do promotor (30 doentes na parte III [19.7% dos
doentes que entraram na parte III], 9 na parte IV [9.6% dos doentes que entraram na parte IV], e 43 na parte V
[64.2% dos doentes que entraram na Parte V]).
Tendo em consideração as limitações da natureza de dados não controlados de fase aberta, a resposta a longo-
prazo ao acetato de eslicarbazepina nas partes abertas do estudo foi globalmente mantida.
29
A Agência Europeia do Medicamento diferiu a obrigação de submissão dos resultados dos estudos com Zebinix
em um ou mais subgrupos da população pediátrica no tratamento da epilepsia com crises parciais (ver secção 4.2
para informação sobre utilização pediátrica).
Absorção
O acetato de eslicarbazepina é extensivamente transformado em eslicarbazepina. Após a administração oral, os
níveis plasmáticos do acetato de eslicarbazepina mantêm-se geralmente abaixo do limite de quantificação. A
Cmax da eslicarbazepina é alcançada 2 a 3 h após a dose (tmax). A biodisponibilidade pode ser considerada elevada
porque a quantidade de metabolitos recuperados na urina corresponde a mais de 90% de uma dose de
eslicarbazepina.
A biodisponibilidade (AUC e Cmax) da eslicarbazepina após administração por via oral na forma de um
comprimido esmagado misturado com puré de maça e administrado com água é comparável à administração do
comprimido inteiro.
Distribuição
A ligação da eslicarbazepina às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (<40%) e independente da
concentração. Estudos in vitro mostraram que a ligação às proteínas plasmáticas não foi relevantemente afetada
pela presença de varfarina, diazepam, digoxina, fenitoína e tolbutamida. A ligação da varfarina, diazepam,
digoxina, fenitoína e tolbutamida não foi significativamente afetada pela presença de eslicarbazepina.
Biotransformação
O acetato de eslicarbazepina é rápida e extensivamente biotransformado no seu metabolito primário
eslicarbazepina, por hidrólise de primeira passagem. O estado estacionário das concentrações plasmáticas é
atingido após 4 a 5 dias, de toma única diária, consistente com uma semivida efetiva na ordem das 20-24 h. Em
estudos realizados em indivíduos saudáveis e doentes adultos epiléticos, a semivida aparente da eslicarbazepina
foi de 10-20 h e 13-20 h, respetivamente. Os metabolitos secundários no plasma são R-licarbazepina e
oxcarbazepina, que demonstraram ser ativos, e os conjugados de ácido glucurónico de acetato de
eslicarbazepina, eslicarbazepina, R-licarbazepina e oxcarbazepina.
A eslicarbazepina é um indutor fraco do CYP3A4 e tem propriedades inibitórias do CYP2C19 (como indicado
na secção 4.5).
Em estudos com eslicarbazepina em hepatócitos humanos frescos observou-se uma ligeira indução da
glucoronidação mediada por UGT1A1.
Eliminação
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal, sob a forma intacta e de glucorono-conjugados. No total, a eslicarbazepina e o seu glucoronado
correspondem a mais de 90% do total de metabolitos excretados na urina, aproximadamente dois terços na forma
intacta e um terço como glucorono-conjugado.
Linearidade/não-linearidade
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina é linear e proporcional às doses entre 400-1200 mg, quer em
indivíduos saudáveis quer em doentes.
Compromisso renal
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal. Um estudo realizado em doentes adultos com compromisso renal ligeiro a moderada mostrou
que a depuração depende da função renal. Durante o tratamento com Zebinix recomenda-se o ajuste da dose em
doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com depuração da creatinina inferior a 60 ml/min (ver
secção 4.2).
Não se recomenda o uso de acetato de eslicarbazepina em crianças com idade compreendida entre 2 e 6 anos.
Nesta idade a atividade intrínseca do processo de eliminação ainda não atingiu a maturação.
30
Compromisso hepático
A farmacocinética e o metabolismo do acetato de eslicarbazepina foram avaliados em indivíduos saudáveis e em
doentes com compromisso hepático moderado após administração de doses orais múltiplas. O compromisso
hepático moderado não afetou a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina. Não se recomenda o ajuste
posológico em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 4.2).
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave.
Sexo
Estudos em indivíduos saudáveis e em doentes mostraram que a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina
não é afetada pelo sexo do indivíduo.
População pediátrica
As reações adversas observadas em estudos animais ocorreram em níveis de exposição apreciavelmente mais
baixos do que os níveis de exposição clínicos à eslicarbazepina (o metabolito principal e farmacologicamente
ativo do acetato de eslicarbazepina). Assim, não foram estabelecidas as margens de segurança com base na
exposição comparativa.
Em estudos de toxicidade de dose repetida no rato, foi evidenciada nefrotoxicidade, que não foi observada nos
estudos em ratinhos e cães, e que é consistente com uma exacerbação de nefropatia espontânea progressiva
crónica nesta espécie.
Nos estudos de toxicidade de dose repetida em ratinhos e ratos foi observada hipertrofia centrolobular do fígado
e um aumento da incidência de tumores no fígado num estudo de carcinogenicidade em ratinhos; estes resultados
são consistentes com a indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito que não foi observado em doentes
que tomaram acetato de eslicarbazepina.
Os estudos de genotoxicidade com acetato de eslicarbazepina não mostraram riscos especiais para os seres
humanos.
Foi observada disfunção da fertilidade em ratos fêmea; as diminuições na implantação e nos embriões vivos
observadas no estudo de fertilidade em ratos podem indicar consequências na fertilidade das fêmeas, não tendo
sido, no entanto, avaliada a contagem dos corpos lúteos. O acetato de eslicarbazepina não apresentou efeito
teratogénico em ratos e coelhos, mas verificaram-se anomalias no esqueleto de ratinhos. Foram observados
atrasos na ossificação, baixo peso fetal, aumento das anomalias minor esqueléticas e viscerais para doses tóxicas
maternas em estudos de embriotoxicidade em ratinhos, ratos e coelhos. Em estudos peri/pós-natais em ratinhos e
ratos foi observado um atraso no desenvolvimento sexual da geração F1.
31
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Povidona K29/32
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
5 anos.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
EU/1/09/514/001-006
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
32
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimidos brancos, oblongos, gravados ‘ESL 600’ numa face e com uma ranhura na outra, com um
comprimento de 17,3 mm. O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Zebinix é indicado:
• como monoterapia no tratamento de crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, em
doentes adultos com epilepsia recentemente diagnosticada;
• como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade, com
crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.
Posologia
Adultos
Zebinix pode ser tomado como monoterapia ou ser adicionado a uma terapêutica anticonvulsivante existente. A
dose inicial recomendada é de 400 mg uma vez por dia que deve ser aumentada para 800 mg uma vez por dia,
após uma ou duas semanas. Dependendo da resposta individual de cada doente, esta dose pode ser aumentada
para 1200 mg uma vez por dia. Alguns doentes em regime de monoterapia poderão beneficiar de uma dose de
1600 mg, uma vez por dia (ver secção 5.1).
Populações especiais
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes, adultos e crianças com mais de 6 anos de idade,com
compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo com a depuração da creatinina (CLCR) como se segue:
- CLCR > 60 ml/min: não é necessário ajuste da dose.
- CLCR 30-60 ml/min: dose inicial de 200 mg (ou 5 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) uma vez
por dia ou 400 mg (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) em dias alternados durante
2 semanas seguida de uma dose de 400 mg uma vez por dia (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos
de idade). Contudo, com base na resposta individual do doente, a dose pode ser aumentada.
- CLCR < 30 ml/min: não é recomendado o uso em doentes com compromisso renal grave dado que a
informação é limitada.
Compromisso hepático
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
33
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi avaliada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secção 4.4 e 5.2) pelo que a sua utilização nestes doentes não é recomendada.
População pediátrica
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina em crianças com 6 anos de idade ou menos não foram ainda
estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos nas secções 4.8, 5.1 e 5.2, mas nenhuma
recomendação posológica pode ser feita.
Modo de administração
Via oral.
Zebinix pode ser tomado com e sem alimentos.
No caso de doentes que não sejam capazes de engolir comprimidos inteiros, os comprimidos podem ser
esmagados e misturados com água ou alimentos moles, como por exemplo puré de maçã, imediatamente antes
de utilizar, e administrados por via oral.
Substituição de formulações
Com base nos dados de biodisponibilidade comparativos entre os comprimidos e a suspensão oral, pode ser feita
a substituição de uma formulação para a outra.
4.3 Contraindicações
Ideação suicida
Em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações, foram notificados ideação e
comportamento suicida. Uma metanálise de ensaios clínicos aleatorizados controlados com placebo, de
medicamentos antiepiléticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. O mecanismo deste risco não é ainda conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de
um risco aumentado para o acetato de eslicarbazepina. Assim, os sinais de ideação e comportamento suicida
devem ser monitorizados e deve ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e seus
cuidadores) devem ser aconselhados a procurar assistência médica caso surjam sinais de ideação ou
comportamento suicida.
O acetato de eslicarbazepina foi associado a algumas reações adversas a nível do sistema nervoso central, como
tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de acidentes.
Se Zebinix for descontinuado, recomenda-se a diminuição gradual da dose para minimizar o potencial aumento
da frequência de crises.
Reações cutâneas
Em estudos clínicos em doentes epiléticos, observou-se a ocorrência de erupção cutânea, como reação adversa,
em 1,2% do total da população tratada com Zebinix como terapêutica adjuvante. Foram notificados casos de
34
urticária e angioedema em doentes que tomavam Zebinix. O angioedema no contexto de uma reação de
hipersensibilidade/ anafilática associado a edema da laringe pode ser fatal. Se ocorrerem sinais ou sintomas de
hipersensibilidade o tratamento com acetato de eslicarbazepina deverá ser interrompido imediatamente e deve
der iniciado um tratamento alternativo.
Foram notificadas com o tratamento com Zebinix, na experiência pós-comercialização, reações adversas
cutâneas graves (conhecidas como SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), que
podem colocar a vida em risco ou ser fatais. No momento da prescrição os doentes devem ser alertados sobre os
sinais e sintomas e monitorizados cuidadosamente para o aparecimento de reações cutâneas. Se surgirem sinais e
sintomas sugestivos destas reações, Zebinix deverá ser interrompido imediatamente e considerar-se um
tratamento alternativo (conforme adequado). Se os doentes desenvolverem estas reações, o tratamento com
Zebinix nunca mais pode ser reiniciado nestes doentes.
Alelo HLA-B*1502 - em indivíduos de etnia chinesa Han, de etnia Thai e outras populações Asiáticas
O HLA-B*1502 em indivíduos de etnia chinesa Han ou de etnia Thai tem demonstrado estar fortemente
associado ao risco de desenvolverem as reações severas cutâneas conhecidas como síndrome de Stevens-Johnson
(SJS) quando tratados com carbamazepina.
A estrutura química do acetato de eslicarbazepina é similar à da carbamazepina, e é possível que doentes que são
positivos para o HLA-B*1502 possam também estar em risco para o SJS após tratamento com acetato de
eslicarbazepina.
A prevalência de portadores do HLA-B*1502 é de aproximadamente 10% nas populações de etnia chinesa Han
ou de etnia Thai.
Sempre que possível, estes indivíduos devem ser rastreados relativamente à presença deste alelo antes de
iniciarem tratamento com carbamazepina ou substância ativas quimicamente relacionadas.
Se os doentes dessas origens étnicas forem testados positivamente para o alelo HLA-B*1502, o uso do acetato
de eslicarbazepina deve ser considerado se se considerar que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Devido à prevalência deste alelo em outras populações Asiáticas (ex. acima de 15% nas Filipinas e Malásia)
pode-se considerar a possibilidade de testar geneticamente as populações em risco relativamente à presença do
HLA-B*1502.
Existem alguns dados que sugerem que o HLA- A*3101 está associado ao risco aumentado de reações adversas
cutâneas induzidas pela carbamazepina incluindo, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica,
síndrome de DRESS, ou menos severa pustulose exantematosa generalizada aguda e erupção cutânea
maculopapulosa em descendestes Europeus ou em Japoneses.
A frequência do alelo HLA-A*3101 varia muito entre etnias. O alelo HLA-A*3101 tem uma prevalência de 2 a
5% nas populações Europeias e aproximadamente 10% na população Japonesa.
A presença do alelo HLA-A*3101 pode aumentar o risco de reações cutâneas induzidas pela carbamazepina
(sobretudo menos severas) de 5.0% na população em geral até 26.0% entre os indivíduos de ascendência
europeia, enquanto a sua ausência pode reduzir o risco de 5.0% para 3.8%.
Não há dados suficientes que suportem a recomendação para o rastreio do HLA-A*3101 antes de iniciar o
tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas. Se se souber que doentes
descendentes de Europeus ou de origem Japonesa são positivos para o alelo HLA-A*3101, o uso da
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas pode ser considerado caso se considere que os
benefícios são superiores aos riscos.
Hiponatremia
Foi notificada hiponatremia, como reação adversa, em 1,5% dos doentes tratados com Zebinix. A hiponatremia é
assintomática na maioria dos casos. Contudo, pode ser acompanhada por sintomatologia clínica, como
agravamento das convulsões, confusão e diminuição da consciência.
A frequência da hiponatremia aumentou com o aumento da dose de acetato de eslicarbazepina. Em doentes com
doença renal preexistente predispondo a hiponatremia, ou em doentes tratados concomitantemente com
medicamentos que possam desencadear hiponatremia (ex. diuréticos, desmopressina, carbamazepina), os níveis
de sódio sérico devem ser avaliados antes e durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina. Os níveis
séricos de sódio devem ainda ser determinados se surgirem sinais clínicos de hiponatremia. Além disso, os
níveis séricos de sódio devem ser determinados nas análises laboratoriais de rotina. Se ocorrer hiponatremia
clinicamente relevante, o acetato de eslicarbazepina deverá ser descontinuado.
Intervalo PR
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Nos estudos clínicos com acetato de eslicarbazepina foram observados prolongamentos do intervalo PR.
Recomenda-se precaução em doentes com situações clínicas (ex. níveis baixos de tiroxina, anomalias da
condução cardíaca), ou que tomam medicamentos, que se sabe estarem associados a prolongamento do intervalo
PR.
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo
com a depuração da creatinina (ver secção 4.2). Em doentes com CLCR < 30 ml/min a utilização não é
recomendada devido à insuficiência de informação.
Compromisso hepático
Como os dados clínicos são limitados em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado e não existem
dados farmacocinéticos e clínicos em doentes com compromisso hepático grave, o acetato de eslicarbazepina
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, não estando
recomendado o seu uso em doentes com compromisso hepático grave.
Carbamazepina
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 800 mg uma
vez por dia e carbamazepina 400 mg duas vezes por dia resultou numa redução em média de 32% na exposição à
eslicarbazepina, provavelmente causada pela indução de glucoronidação. Não se observou alteração na
exposição à carbamazepina ou ao seu metabolito carbamazepina.epoxido. Com base na resposta individual, a
dose de acetato de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada se usada concomitantemente com
carbamazepina. Resultados obtidos em estudos com doentes mostraram que o tratamento concomitante
aumentou o risco das seguintes reações adversas: diplopia, alterações da coordenação e tonturas. Não pode ser
excluído o risco de aumento de outras reações adversas específicas causadas pela coadministração de
carbamazepina e acetato de eslicarbazepina.
Fenitoína
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e fenitoína resultou numa redução em média de 31-33% na exposição à eslicarbazepina,
provavelmente causada pela indução de glucoronidação, e num aumento médio de 31-35% na exposição à
fenitoína, provavelmente causada pela inibição do CYP2C19. Com base na resposta individual, a dose de acetato
de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada e a dose de fenitoína pode ter de ser diminuída.
Lamotrigina
A glucoronidação é a principal via metabólica para a eslicarbazepina e lamotrigina e portanto é de esperar uma
interação. Um estudo realizado em voluntários saudáveis com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por
dia mostrou uma interação farmacocinética média mínima (a exposição à lamotrigina diminuiu 15%) entre o
36
acetato de eslicarbazepina e a lamotrigina e consequentemente não é necessário fazer ajustes da dose. Contudo,
devido à variabilidade interindividual, o efeito pode ser clinicamente relevante nalguns indivíduos.
Topiramato
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e topiramato não mostrou alteração significativa na exposição à eslicarbazepina, mas observou-se
uma redução de 18% na exposição ao topiramato, provavelmente causada por uma redução da
biodisponibilidade do topiramato. Não é necessário ajuste da dose.
Valproato e levetiracetam
Uma análise farmacocinética dos estudos de fase III em doentes adultos epiléticos mostrou que a administração
concomitante com valproato ou levetiracetam não afetou a exposição à eslicarbazepina, mas tal não foi
verificado por estudos convencionais de interação.
Oxcarbazepina
O uso concomitante de acetato de eslicarbazepina com oxcarbazepina não é recomendado devido à possível
sobrexposição a metabolitos ativos.
Outros medicamentos
Contracetivos orais
A administração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia a mulheres que faziam contraceção oral
combinada mostrou uma redução média de 37% e 42% na exposição sistémica ao levonorgestrel e
etinilestradiol, respetivamente, provavelmente causada pela indução do CYP3A4. Por conseguinte, as mulheres
em idade fértil deverão fazer contraceção adequada durante o tratamento com Zebinix, e até ao final do ciclo
menstrual em curso no momento da descontinuação do tratamento (ver secção 4.6).
Sinvastatina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou uma redução média de 50% na exposição sistémica à sinvastatina
quando coadministrada com acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia, provavelmente causada pela
indução do CYP3A4. Pode ser necessário aumentar a dose de sinvastatina quando usada concomitantemente
com acetato de eslicarbazepina.
Rosuvastatina
Houve uma redução em média de 36-39% na exposição sistémica em voluntários saudáveis quando
coadministrada com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia. O mecanismo desta redução é
desconhecido, mas pode ser devido à interferência no transporte para rosuvastatina isolada ou em combinação
com indução do seu metabolismo. Como a relação entre a exposição e a atividade da substância não é clara, a
monitorização da resposta ao tratamento (ex. níveis de colesterol) é recomendada.
Varfarina
A coadministração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia com varfarina mostrou uma pequena
(23%) mas significativa redução da exposição à S-varfarina. Não houve qualquer efeito sobre a farmacocinética
da R-varfarina ou na coagulação. Porém, devido à variabilidade interindividual da interação, recomenda-se
especial atenção à monitorização do INR (coeficiente internacional normalizado) nas primeiras semanas após o
início ou o fim do tratamento concomitante de varfarina e acetato de eslicarbazepina.
Digoxina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou que o acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia não
produz efeito sobre a farmacocinética da digoxina, sugerindo que o acetato de eslicarbazepina não tem efeito
sobre o transportador glicoproteína-P.
Gravidez
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Foi demonstrado que nos descendentes de mulheres com epilepsia que utilizam um tratamento antiepilético, a
prevalência de malformações é duas a três vezes superior à taxa de aproximadamente 3% na população geral. As
mais frequentemente notificadas são lábio leporino, malformações cardiovasculares e malformações do tubo
neural. Deve ser prestado um aconselhamento médico especializado, no que diz respeito a potenciais riscos para
o feto que podem ser provocados quer pelas crises epiléticas, quer pelo tratamento antiepilético, a todas as
mulheres com potencial para engravidar em tratamento antiepilético , especialmente a mulheres que planeiam
gravidez ou que se encontrem grávidas. A descontinuação abrupta do tratamento com fármacos antiepiléticos
(FAE) deve ser evitada dado que pode provocar crises epiléticas que podem ter consequências graves para a
mulher e para o embrião ou feto.
Sempre que seja possível, a monoterapia é preferível no tratamento da epilepsia na gravidez, uma vez que o
tratamento com vários FAE pode estar associado a um maior risco de malformações congénitas,
comparativamente com a monoterapia, dependendo dos FAE associados.
Foram observadas perturbações do neurodesenvolvimento em crianças de mães com epilepsia que utilizam um
tratamento antiepiléptico. Não existem dados disponíveis para o acetato de eslicarbazepina sobre este risco.
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento
com acetato de eslicarbazepina. O acetato de eslicarbazepina contraria os efeitos dos contracetivos orais.
Portanto deve ser utilizado um método de contraceção alternativo, eficaz e seguro, durante o tratamento e até ao
final do ciclo menstrual em curso na descontinuação do tratamento.
Mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas sobre o recurso a outros métodos
anticoncepcionais eficazes. Deve ser utilizado pelo menos um método de contracepção eficaz (como por
exemplo um dispositivo intra-uterino) ou duas formas complementares de contracepção incluindo um método de
barreira. As circunstâncias individuais devem ser avaliadas em cada caso, envolvendo a doente na discussão,
aquando da escolha do método anticoncepcional.
A quantidade de dados sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. Estudos
em animais demostraram toxicidade reprodutiva (ver Fertilidade secção 5.3). O risco em humanos (incluindo
malformações congénitas relevantes, perturbações do neurodesenvolvimento e outros efeitos tóxicos
reprodutivos) é desconhecido.
O acetato de eslicarbazepina não deve ser utilizado durante a gravidez, a não ser que o benefício seja
considerado superior ao risco, após cuidadosa avaliação de outras opções terapêuticas consideradas alternativas e
adequadas.
Se as mulheres a tomar acetato de eslicarbazepina ficarem grávidas ou se planeiam engravidar, o uso de Zebinix
deve ser cuidadosamente reavaliado. Devem ser administradas as doses mínimas eficazes, e sempre que possível
deve preferir-se a monoterapia pelo menos durante os três primeiros meses da gravidez. Tendo em conta a
possibilidade de um risco aumentado de malformações as doentes devem ser aconselhadas e deve ser-lhes dada a
oportunidade de rastreio pré-natal.
Monitorização e prevenção
Os medicamentos antiepiléticos podem contribuir para a deficiência em ácido fólico, uma potencial causa de
malformações fetais. A suplementação em ácido fólico é recomendada antes e durante a gravidez. Atendendo a
que a eficácia desta suplementação não está demonstrada, deve ser proposto um diagnóstico pré-natal mesmo
nas mulheres que fazem tratamento suplementar com ácido fólico.
Na criança recém-nascida
Foram notificadas alterações hemorrágicas no recém-nascido causadas por medicamentos antiepiléticos. Por
precaução e como medida preventiva, deve ser administrada a vitamina K1 durante as últimas semanas da
gravidez e ao recém-nascido.
Amamentação
Desconhece-se se o acetato de eslicarbazepina/metabolitos são excretados no leite humano. Estudos em animais
demonstraram a excreção da eslicarbazepina no leite materno. Como não se pode excluir o risco para o lactente,
a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina.
Fertilidade
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Não existem dados sobre o efeito do acetato de eslicarbazepina na fertilidade humana. Estudos em animais
demonstraram disfunção da fertilidade após o tratamento com acetato de eslicarbazepina (ver secção 5.3).
Os efeitos de Zebinix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos a moderados. Alguns
doentes podem sentir tonturas, sonolência ou alterações da visão, especialmente no início do tratamento.
Portanto, os doentes devem ser alertados de que as suas capacidades físicas e/ou mentais necessárias para a
utilização de máquinas ou condução podem ser prejudicadas e devem ser aconselhados a não fazê-lo até que seja
estabelecido que as capacidades necessárias para executar estas atividades não são afetadas.
Os riscos que foram identificados para Zebinix são maioritariamente de classe, efeitos indesejáveis dependentes
da dose. As reações adversas mais comuns relatadas nos estudos controlados com placebo em terapêutica
adjuvantecom doentes epiléticos adultos, bem como num estudo controlado com substância ativa em
monoterapia, comparando o acetato de eslicarbazepina com carbamazepina de libertação controlada, são
tonturas, sonolência, dor de cabeça e náusea. A maioria das reações adversas foram reportadas em <3% dos
sujeitos em qualquer grupo de tratamento.
Reações adversas cutâneas graves (SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), foram notificadas
no tratamento com Zebinix na experiência pós-comercialização (ver secção 4.4).
Foi utilizada a seguinte convenção na classificação de reações adversas: muito frequentes(≥1/10), frequentes(
≥1/100 a <1/10), pouco frequentes( ≥1/1.000 a <1/100) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Quadro 1: Reações adversas emergentes do tratamento associadas a Zebinix, obtidas de estudos clínicos e da
vigilância pós-comercialização
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Doenças do Hiponatremia, Desequilíbrio
metabolismo e da perda de apetite eletrolítico,
nutrição desidratação,
hipocloremia
Perturbações do foro Insónia Perturbações
psiquiátrico psicóticas,patia,
depressão,
nervosismo, agitação,
irritabilidade, défice
de atenção/
hiperatividade, estado
confusional,
alterações do humor,
choro, lentificação
psicomotora,
ansiedade
Doenças do sistema Tonturas, Cefaleia, Dificuldade de
nervoso sonolência perturbação da coordenação,
atenção, deterioração da
tremores, ataxia, memória, amnésia,
alterações do hipersónia, sedação,
equilíbrio afasia, disestesia,
distonia, letargia,
parosmia, síndrome
cerebeloso,
convulsão, neuropatia
periférica, nistagmo,
alterações do
discurso, disartria,
sensação de ardor,
parestesia, enxaqueca
Afeções oculares Diplopia, visão Insuficiência visual,
turva oscilopsia, alterações
de movimento
binocular, hiperemia
ocular
Afeções do ouvido e Vertigem Hipoacúsia, zumbido
do labirinto
Cardiopatias Palpitações,
bradicardia
Vasculopatias Hipertensão
(incluindo crise
hipertensiva),
hipotensão,
hipotensão
ortostática,
afrontamento,
extremidades frias
Doenças Epistaxis, dor
respiratórias, torácica
torácicas e do
mediastino
Doenças Náuseas, Obstipação, Pancreatite
gastrointestinais vómitos, diarreia dispepsia, gastrite,
dor abdominal, boca
seca, desconforto
abdominal, distensão
abdominal, gengivite,
melenas, odontalgia
Afeções Doença hepática
hepatobiliares
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Afeções dos tecidos Erupção cutânea Alopecia, pele seca, Necrólise
cutâneos e hiperidrose, eritema, epidérmica tóxica,
subcutâneos alterações cutâneas, síndrome de
prurido, dermatite Stevens-Johnson,
alérgica reação a fármaco
com eosinofilia e
sintomas sistémicos
(DRESS),
angioedema,
urticária.
Afeções músculo- Mialgia, alteração
esqueléticas e do metabólica óssea,
tecido conjuntivo fraqueza muscular,
dores nas
extremidades
Doenças renais e Infeção do trato
urinárias urinário
Perturbações gerais e Fadiga, Mal-estar, arrepios,
alterações no local da alterações da edema periférico
administração marcha, astenia
Exames Aumento de Redução da pressão
complementares de peso arterial, diminuição
diagnóstico do peso, aumento da
pressão arterial,
redução dos níveis de
sódio no sangue,
cloretemia anormal
diminuída,
osteocalcina
aumentada, redução
do hematócrito,
redução da
hemoglobina,
aumento das enzimas
hepáticas
Complicações de Intoxicação
intervenções medicamentosa,
relacionadas com queda, queimadura
lesões e intoxicações térmica
Intervalo PR
O uso de acetato de eslicarbazepina está associado a um aumento do intervalo PR. Podem surgir reações
adversas associadas ao prolongamento do intervalo PR (ex. bloqueio AV, síncope, bradicardia).
Existem registos de diminuição da densidade mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas em doentes sob
terapêutica de longa duração com os antiepiléticos estruturalmente relacionados, carbamazepina e
oxcarbazepina. O mecanismo pelo qual o metabolismo ósseo é afetado não foi identificado.
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População pediátrica
Em estudos controlados com placebo que envolveram doentes com idades entre os 2 e os 18 anos com crises
epiléticas parciais (238 a receber tratamento com acetato de eslicarbazepina e 189 com placebo) verificou-se que
35,7% dos doentes tratados com acetato de eslicarbazeina e 19% dos doentes tratados com placebo apresentaram
reações adversas ao tratamento. As reações adversas mais comuns no grupo tratado com acetato de
eslicarbazepina foram diplopia (5,0%), sonolência (8,0%) e vómitos (4,6%).
O perfil de reações adversas ao acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante em ambos os grupos. No
grupo de doentes com idades entre os 6 e os 11 anos, as reações adversas mais comuns, observadas em mais de
dois doentes tratados com acetato de eslicarbazepina, foram diplopia (9,5%), sonolência (7,4%), tonturas
(6,3%), convulsões (6,3%) e náuseas (3,2%); no grupo de doentes com idades entre os 12 e os 18 anos foram
sonolência (7,4%), vómitos (4,2%), diplopia (3,2%) e fadiga (3,2%). A segurança de Zebinix em crianças com
seis anos ou menos ainda não está estabelecida.
O perfil de segurança do acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante entre adultos e doentes pediátricos,
com exceção da agitação (comum, 1,3%) e dor abdominal (comum, 2,1%) que foram mais comuns nas crianças
do que nos adultos. Tonturas, sonolência, vertigem, astenia, perturbações na marcha, tremor, ataxia, perturbações
no equilíbrio, visão turva, diarreia; rash e hiponatrémia foram reações menos comuns em crianças do que nos
adultos. Dermatite alérgica (pouco frequente, 0,8%) foi reportada apenas na população pediátrica.
Os dados de segurança a longo prazo na população pediátrica, obtidos em extensões abertas do estudo de fase
III, foram consistentes com o conhecido perfil de segurança do produto, sem novas descobertas relevantes.
4.9 Sobredosagem
Após uma sobredosagem com acetato de eslicarbazepina foram observados sintomas principalmente associados
ao sistema nervoso central (ex. convulsões de todos os tipos, status epilepticus) e distúrbios cardíacos (ex.
arritmia cardíaca). Desconhece-se a existência de um antídoto específico. Deve ser administrado tratamento
sintomático e de suporte apropriado. Se necessário, os metabolitos do acetato de eslicarbazepina podem ser
eficazmente removidos por hemodiálise (ver secção 5.2).
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação exato do acetato de eslicarbazepina não está completamente esclarecido. Todavia, estudos
eletrofisiológicos in vitro mostram que quer o acetato de eslicarbazepina quer os seus metabolitos estabilizam os
canais de sódio dependentes da voltagem no seu estado inativo, impedindoo seu retorno ao estado ativo e
prevenindo assim o disparo neuronal repetitivo.
Efeitos farmacodinâmicos
O acetato de eslicarbazepina e os seus metabolitos ativos inibem o desenvolvimento de crises epiléticas em
modelos não-clínicos preditivos da eficácia anticonvulsivante no Homem. A atividade farmacológica do acetato
de eslicarbazepina em seres humanos exerce-se maioritariamente através do metabolito ativo eslicarbazepina.
Eficácia clínica
População adulta
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante foi demonstrada em quatro ensaios de fase
III, em dupla ocultação, controlados com placebo, efetuados em 1.703 doentes adultos randomizados com
epilepsia parcial refratária ao tratamento com um a três antiepiléticos concomitantes. A oxcarbazepina e o
42
felbamato não foram autorizados como medicamentos concomitantes nestes estudos. O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 400 mg (apenas nos estudos -301 e -302), 800 mg e 1200 mg, uma vez
por dia. O acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia e 1200 mg uma vez por dia foram
significativamente mais eficazes do que o placebo na redução da frequência de crises durante um período de
manutenção de 12 semanas. Considerando os estudos de fase III, a percentagem de indivíduos com uma redução
≥50% (analisados 1581) na frequência de crises foi de 19,3% com o placebo, 20,8% com acetato de
eslicarbazepina 400 mg, 30,5% com acetato de eslicarbazepina 800 mg e 35,3% com acetato de eslicarbazepina
1200 mg diários.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como monoterapia foi demonstrada num estudo em dupla ocultação
controlado com substância ativa (carbamazepina de libertação controlada) envolvendo 815 doentes adultos
aleatorizados com crises epiléticas parciais recentemente diagnosticadas. O acetato de eslicarbazepina foi testado
a doses de 800 mg, 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As doses do comparador ativo, a carbamazepina de
libertação controlada, foram de 200 mg, 400 mg e 600 mg, duas vezes por dia. Todos os indivíduos foram
aleatorizados para a dose mais baixa e, apenas depois da ocorrência de uma crise epilética, escalados para o nível
de dosagem seguinte. Dos 815 doentes aleatorizados, 401 doentes foram tratados com acetato de eslicarbazepina
uma vez por dia [271 doentes (67,6%) permaneceram no nível de dosagem de 800 mg, 70 doentes (17,5%)
permaneceram no nível de dosagem de 1200 mg e 60 doentes (15,0%) foram tratados com 1600 mg]. Na análise
de eficácia primária, na qual os doentes que abandonaram o estudo foram considerados como não tendo
respondido ao tratamento, 71,1% dos indivíduos foram classificados como livres de crises no grupo de acetato
de eslicarbazepina e 75,6% no grupo de carbamazepina de libertação controlada durante o período de avaliação
de 26 semanas (diferença de riscos média -4,28%, intervalo de confiança de 95%: [-10,30; 1,74]. O efeito do
tratamento observado durante o período de avaliação de 26 semanas manteve-se ao longo de 1 ano de
tratamento, com 64,7 % dos doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e 70,3% doentes tratados com
carbamazepina de libertação controlada classificados como livres de crises (diferença de riscos média -5,46%,
intervalo de confiança de 95%: [-11,88; 0,97]. Na análise de falha do tratamento (risco de crise) baseada na
análise de tempo até ao evento (análise Kaplan-Meier e regressão Cox), a análise Kaplan-Meier estima que o
risco de crise no final do período de avaliação foi de 0,06 com carbamazepina e 0,12 com acetato de
eslicarbazepina e verifica um aumento adicional do risco para 0,11 com carbamazepina e 0,19 com acetato de
eslicarbazepina (p=0,0002), no final do período de 1 ano.
Ao fim de 1 ano, a probabilidade de um doente descontinuar o tratamento devido a reações adversas ou falta de
eficácia foi calculada em 0,26 em relação ao acetato de eslicarbazepina e em 0,21 em relação à carbamazepina
de libertação controlada.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina na conversão para monoterapia foi avaliada em 2 estudos aleatorizados
e controlados, em dupla ocultação, envolvendo 365 doentes adultos com crises epiléticas parciais. O acetato de
eslicarbazepina foi testado em doses de 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As taxas de doentes que ficaram
livres de crises durante o total do período de 10 semanas de monoterapia foram, respetivamente, 7,6% (1600 mg)
e 8,3 % (1200 mg) num dos estudos, e 10,0% (1600 mg) e 7,4 % (1200 mg) no outro.
População idosa
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante em doentes idosos com crises
epiléticas parciais foram avaliadas num estudo não controlado, com duração de 26 semanas, envolvendo 72
doentes idosos (idade ≥ 65 anos). Os dados evidenciam que a incidência das reacções adversas nesta população
(65,3%), é semelhante ao da população geral envolvida nos estudos de epilepsia em dupla ocultação (66,8%). As
reacções adversas individuais mais frequentes foram tonturas (12,5 % dos indivíduos), sonolência (9,7%),
fadiga, convulsão e hiponatremia (8,3%, cada), nasofaringite (6,9%) e infeção do trato respiratório superior
(5,6%). Cinquenta dos 72 indivíduos completaram o período de 26 semanas de tratamento, o que corresponde a
uma taxa de retenção de 69,4% (ver na secção 4.2 a informação sobre o uso em idosos). Os dados sobre o regime
de monoterapia na população idosa são limitados. Apenas poucos indivíduos (N=27) com idade superior a 65
anos foram tratados com acetato de eslicarbazepina no estudo de monoterapia.
População pediátrica
A eficácia e segurança do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante nas crises epiléticas parciais em
crianças foi avaliada num estudo de fase II em crianças com idades entre os 6 e os 16 anos (n=123) e num estudo
de fase III em crianças com idades entre os 2 e os 18 anos (n=304). Ambos os estudos foram de dupla ocultação
e controlados com placebo, com uma duração da fase de manutenção de 8 semanas (estudo 208) e 12 semanas
(estudo 305), respetivamente. O estudo 208 incluiu 2 extensões abertas adicionais, subsequentes de longo-prazo
(1 ano para a parte II e 2 anos para a parte III) e o estudo 305 incluiu 4 períodos de extensão aberta
subsequentes, de longo-prazo (1 ano para as Partes II, III e IV e 2 anos para a Parte V). O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 20 e 30 mg/kg/dia, até um máximo de 1200 mg/dia. A dose alvo foi de
43
30 mg/kg/dia no estudo 208 e 20 mg/kg/dia no estudo 305. As doses foram ajustadas com base na tolerabilidade
e resposta ao tratamento.
No período de dupla ocultação do estudo de fase II, o endpoint secundário foi a avaliação da eficácia. A redução
da média dos mínimos quadrados relativamente à frequência padronizada de crises desde a baseline ao período
de manutenção foi significativamente (p<0,001) maior com acetato de eslicarbazepina (-34,8%) do que com o
placebo (-13,8% ). O número de respondedores (doentes com redução ≥50% da frequência padronizada de
crises) foi de 42 doentes (50,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 10 doentes
(25,0%) no grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente significativa (p=0,009).
No período de dupla ocultação do estudo de fase III, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises com acetato de eslicarbazepina (-18,1% versus baseline) foi diferente da obtida
com o placebo (-8,6% versus baseline), mas estatisticamente não significativa (p=0,2490). O número de
respondedores foi de 41 doentes (30,6%) no grupo do ESL em comparação com 40 doentes (31,0%) no grupo do
placebo, com uma diferença estatisticamente não significativa (p=0,9017). Foram realizadas análises post-hoc de
subgrupos do estudo de fase III em grupos etários a partir dos 6 anos e por dose.
Relativamente às crianças com mais de 6 anos, o número de respondedores foi de 36 doentes (35,0%) no grupo
do acetato de eslicarbazepina em comparação com 29 doentes (30,2%) no grupo do placebo (p=0,4759). A
redução da média dos mínimos quadrados na frequência padronizada de crises foi também superior no grupo
tratado com acetato de eslicarbazepina (-24,4% versus -10,5%), ainda que a diferença de 13,9% não seja
estatisticamente significativa (p=0,1040). 39% dos doentes no estudo 305 foram sujeitos a titulação até à dose
máxima possível (30 mg/kg/dia). De entre estes, excluindo os doentes com 6 anos ou menos, o número de
respondedores foi de 14 (48,3%) doentes no grupo do acetato de eslicarbazepina e 11 (30,6%) no grupo do
placebo, (p=0,1514). Apesar da robustez destas análises post-hoc de subgrupos ser limitada, os dados obtidos
sugerem a existência de um aumento do efeito dependente da idade e da dose.
Na extensão aberta subsequente de 1 ano (Parte II) do estudo de fase III (análise Intenção de Tratar, N=225), a
taxa total de respondedores foi de 46.7% (aumentando de forma constante de 44.9% (semanas 1-4) para 57.5%
(semanas > 40)). A mediana total da frequência de crises padronizada foi de 6.1 (diminuindo de 7.0 (semanas 1-
4) para 4.0 (semanas > 40), resultando numa variação relativa mediana de -46.7%, em comparação com a
baseline). A variação relativa mediana foi maior no grupo placebo anterior (-51.4%) do que no grupo ESL
anterior (-40.4%). A proporção de doentes com exacerbação (aumento de ≥25%) comparado com a baseline foi
14.2%.
Nas 3 extensões abertas subsequentes (análise Intenção de Tratar, N=148), a taxa de respondedores global foi de
26.6% quando comparado com as baseline das partes III-V (i.e. nas últimas 4 semanas da parte II). A mediana
total da frequência de crises padronizada foi de 2.4 (resultando numa variação relativa mediana desde a baseline
das partes III-V de -22.9%). A redução relativa mediana global na Parte I foi maior nos doentes tratados com
ESL (-25.8%) do que nos doentes tratados com placebo (-16.4%). A proporção global de doentes com
exacerbação (aumento de ≥25%) quando comparado com a baseline das Partes III-V foi de 25.7%.
Dos 183 doentes que completaram as partes I e II do estudo, 152 doentes foram envolvidos na parte III. Destes,
65 doentes receberam ESL e 87 doentes receberam placebo durante a parte de dupla-ocultação do estudo. 14
doentes (9.2%) completaram a fase aberta do tratamento com ESL até à parte V. A razão mais frequente para
descontinuação durante qualquer parte do estudo foi por pedido do promotor (30 doentes na parte III [19.7% dos
doentes que entraram na parte III], 9 na parte IV [9.6% dos doentes que entraram na parte IV], e 43 na parte V
[64.2% dos doentes que entraram na Parte V]).
Tendo em consideração as limitações da natureza de dados não controlados de fase aberta, a resposta a longo-
prazo ao acetato de eslicarbazepina nas partes abertas do estudo foi globalmente mantida.
A Agência Europeia do Medicamento diferiu a obrigação de submissão dos resultados dos estudos com Zebinix
em um ou mais subgrupos da população pediátrica no tratamento da epilepsia com crises parciais (ver secção 4.2
para informação sobre utilização pediátrica).
Absorção
O acetato de eslicarbazepina é extensivamente transformado em eslicarbazepina. Após a administração oral, os
níveis plasmáticos do acetato de eslicarbazepina mantêm-se geralmente abaixo do limite de quantificação. A
Cmax da eslicarbazepina é alcançada 2 a 3 h após a dose (tmax). A biodisponibilidade pode ser considerada elevada
44
porque a quantidade de metabolitos recuperados na urina corresponde a mais de 90% de uma dose de
eslicarbazepina.
A biodisponibilidade (AUC e Cmax) da eslicarbazepina após administração por via oral na forma de um
comprimido esmagado misturado com puré de maça e administrado com água é comparável à administração do
comprimido inteiro.
Distribuição
A ligação da eslicarbazepina às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (<40%) e independente da
concentração. Estudos in vitro mostraram que a ligação às proteínas plasmáticas não foi relevantemente afetada
pela presença de varfarina, diazepam, digoxina, fenitoína e tolbutamida. A ligação da varfarina, diazepam,
digoxina, fenitoína e tolbutamida não foi significativamente afetada pela presença de eslicarbazepina.
Biotransformação
O acetato de eslicarbazepina é rápida e extensivamente biotransformado no seu metabolito primário
eslicarbazepina, por hidrólise de primeira passagem. O estado estacionário das concentrações plasmáticas é
atingido após 4 a 5 dias, de toma única diária, consistente com uma semivida efetiva na ordem das 20-24 h. Em
estudos realizados em indivíduos saudáveis e doentes adultos epiléticos, a semivida aparente da eslicarbazepina
foi de 10-20 h e 13-20 h, respetivamente. Os metabolitos secundários no plasma são R-licarbazepina e
oxcarbazepina, que demonstraram ser ativos, e os conjugados de ácido glucurónico de acetato de
eslicarbazepina, eslicarbazepina, R-licarbazepina e oxcarbazepina.
A eslicarbazepina é um indutor fraco do CYP3A4 e tem propriedades inibitórias do CYP2C19 (como indicado
na secção 4.5).
Em estudos com eslicarbazepina em hepatócitos humanos frescos observou-se uma ligeira ativação da
glucoronidação mediada por UGT1A1.
Eliminação
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal, sob a forma intacta e de glucorono-conjugados. No total, a eslicarbazepina e o seu glucoronado
correspondem a mais de 90% do total de metabolitos excretados na urina, aproximadamente dois terços na forma
intacta e um terço como glucorono-conjugado.
Linearidade/não-linearidade
A farmacocinética do acetato deeslicarbazepina é linear e proporcional às doses entre 400-1200 mg, quer em
indivíduos saudáveis quer em doentes.
Compromisso renal
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal. Um estudo realizado em doentes adultos com compromisso renal ligeiro a moderada mostrou
que a depuração depende da função renal. Durante o tratamento com Zebinix recomenda-se o ajuste da dose em
doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com depuração da creatinina inferior a 60 ml/min (ver
secção 4.2).
Não se recomenda o uso de acetato de eslicarbazepina em crianças com idade compreendida entre 2 e 6 anos.
Nesta idade a atividade intrínseca do processo de eliminação ainda não atingiu a maturação.
Compromisso hepático
45
Sexo
Estudos em indivíduos saudáveis e em doentes mostraram que a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina
não é afetada pelo sexo do indivíduo.
População pediátrica
As reações adversas observadas em estudos animais ocorreram em níveis de exposição apreciavelmente mais
baixos do que os níveis de exposição clínicos à eslicarbazepina (o metabolito principal e farmacologicamente
ativo do acetato de eslicarbazepina). Assim, não foram estabelecidas as margens de segurança com base na
exposição comparativa.
Em estudos de toxicidade de dose repetida no rato, foi evidenciada nefrotoxicidade, que não foi observada nos
estudos em ratinhos e cães, e que é consistente com uma exacerbação de nefropatia espontânea progressiva
crónica nesta espécie.
Nos estudos de toxicidade de dose repetida em ratinhos e ratos foi observada hipertrofia centrolobular do fígado
e um aumento da incidência de tumores no fígado num estudo de carcinogenicidade em ratinhos; estes resultados
são consistentes com a indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito que não foi observado em doentes
que tomaram acetato de eslicarbazepina.
Os estudos de genotoxicidade com acetato de eslicarbazepina não mostraram riscos especiais para os seres
humanos.
Foi observada disfunção da fertilidade em ratos fêmea; as diminuições na implantação e nos embriões vivos
observadas no estudo de fertilidade em ratos podem indicar consequências na fertilidade das fêmeas, não tendo
sido, no entanto, avaliada a contagem dos corpos lúteos. O acetato de eslicarbazepina não apresentou efeito
teratogénico em ratos e coelhos, mas verificaram-se anomalias no esqueleto de ratinhos. Foram observados
atrasos na ossificação, baixo peso fetal, aumento das anomalias minor esqueléticas e viscerais para doses tóxicas
maternas em estudos de embriotoxicidade em ratinhos, ratos e coelhos. Em estudos peri/pós-natais em ratinhos e
ratos foi observado um atraso no desenvolvimento sexual da geração F1.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Povidona K29/32
Croscarmelose sódica
46
Estearato de magnésio
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
5 anos.
Frascos de polietileno de alta densidade, com fecho de segurança para crianças, colocados em embalagens de
cartão contendo 90 comprimidos.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
EU/1/09/514/007-011
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
47
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Comprimido.
Comprimidos brancos, oblongos, gravados ‘ESL 800’ numa face e com uma ranhura na outra, com um
comprimento de 19 mm. O comprimido pode ser dividido em doses iguais.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Zebinix é indicado:
• como monoterapia no tratamento de crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, em
doentes adultos com epilepsia recentemente diagnosticada;
• como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade com
crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.
Posologia
Adultos
Zebinix pode ser tomado como monoterapia ou ser adicionado a uma terapêutica anticonvulsivante existente. A
dose inicial recomendada é de 400 mg uma vez por dia que deve ser aumentada para 800 mg uma vez por dia,
após uma ou duas semanas. Dependendo da resposta individual de cada doente, esta dose pode ser aumentada
para 1200 mg uma vez por dia.Alguns doentes em regime de monoterapia poderão beneficiar de uma dose de
1600 mg, uma vez por dia (ver secção 5.1).
Populações especiais
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes, adultos e crianças com mais de 6 anos de idade, com
compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo com a depuração da creatinina (CLCR) como se segue:
- CLCR > 60 ml/min: não é necessário ajuste da dose.
- CLCR 30-60 ml/min: dose inicial de 200 mg (ou 5 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) uma vez
por dia ou 400 mg (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) em dias alternados durante
2 semanas seguida de uma dose de 400 mg uma vez por dia (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de
idade). Contudo, com base na resposta individual do doente, a dose pode ser aumentada.
- CLCR < 30 ml/min: não é recomendado o uso em doentes com compromisso renal grave dado que a
informação é limitada.
Compromisso hepático
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
48
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi avaliada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secção 4.4 e 5.2) pelo que a sua utilização nestes doentes não é recomendada.
População pediátrica
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina em crianças com 6 anos de idade ou menos não foram ainda
estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos nas secções 4.8, 5.1 e 5.2, mas nenhuma
recomendação posológica pode ser feita.
Modo de administração
Via oral.
Zebinix pode ser tomado com e sem alimentos.
No caso de doentes que não sejam capazes de engolir comprimidos inteiros, os comprimidos podem ser
esmagados e misturados com água ou alimentos moles, como por exemplo puré de maçã, imediatamente antes
de utilizar, e administrados por via oral.
Substituição de formulações
Com base nos dados de biodisponibilidade comparativos entre os comprimidos e a suspensão oral, pode ser feita
a substituição de uma formulação para a outra.
4.3 Contraindicações
Ideação suicida
Em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações, foram notificados ideação e
comportamento suicida. Uma metanálise de ensaios clínicos aleatorizados controlados com placebo, de
medicamentos antiepiléticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. O mecanismo deste risco não é ainda conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de
um risco aumentado para o acetato de eslicarbazepina. Assim, os sinais de ideação e comportamento suicida
devem ser monitorizados e deve ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e seus
cuidadores) devem ser aconselhados a procurar assistência médica caso surjam sinais de ideação ou
comportamento suicida.
Se Zebinix for descontinuado, recomenda-se a diminuição gradual da dose para minimizar o potencial aumento
da frequência de crises.
Reações cutâneas
Em estudos clínicos em doentes epiléticos, observou-se a ocorrência de erupção cutânea, como reação adversa,
em 1,2% do total da população tratada com Zebinix como terapêutica adjuvante. Foram notificados casos de
urticária e angioedema em doentes que tomavam Zebinix. O angioedema no contexto de uma reação de
hipersensibilidade/ anafilática associado a edema da laringe pode ser fatal. Se ocorrerem sinais ou sintomas de
49
hipersensibilidade o tratamento com acetato de eslicarbazepina deverá ser interrompido imediatamente e deve
der iniciado um tratamento alternativo.
Foram notificadas com o tratamento com Zebinix, na experiência pós-comercialização, reações adversas
cutâneas graves (conhecidas como SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), que
podem colocar a vida em risco ou ser fatais. No momento da prescrição os doentes devem ser alertados sobre os
sinais e sintomas e monitorizados cuidadosamente para o aparecimento de reações cutâneas. Se surgirem sinais e
sintomas sugestivos destas reações, Zebinix deverá ser interrompido imediatamente e considerar-se um
tratamento alternativo (conforme adequado). Se os doentes desenvolverem estas reações, o tratamento com
Zebinix nunca mais pode ser reiniciado nestes doentes.
Alelo HLA-B*1502 - em indivíduos de etnia chinesa Han, de etnia Thai e outras populações Asiáticas
O HLA-B*1502 em indivíduos de etnia chinesa Han ou de etnia Thai tem demonstrado estar fortemente
associado ao risco de desenvolverem as reações severas cutâneas conhecidas como síndrome de Stevens-Johnson
(SJS) quando tratados com carbamazepina.
A estrutura química do acetato de eslicarbazepina é similar à da carbamazepina, e é possível que doentes que são
positivos para o HLA-B*1502 possam também estar em risco para o SJS após tratamento com acetato de
eslicarbazepina.
A prevalência de portadores do HLA-B*1502 é de aproximadamente 10% nas populações de etnia chinesa Han
ou de etnia Thai.
Sempre que possível, estes indivíduos devem ser rastreados relativamente à presença deste alelo antes de
iniciarem tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas.
Se os doentes dessas origens étnicas forem testados positivamente para o alelo HLA-B*1502, o uso do acetato
de eslicarbazepina deve ser considerado se se considerar que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Devido à prevalência deste alelo em outras populações Asiáticas (ex. acima de 15% nas Filipinas e Malásia)
pode-se considerar a possibilidade de testar geneticamente as populações em risco relativamente à presença do
HLA-B*1502.
Existem alguns dados que sugerem que o HLA- A*3101 está associado ao risco aumentado de reações adversas
cutâneas induzidas pela carbamazepina incluindo, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica,
síndrome de DRESS, ou menos severa pustulose exantematosa generalizada aguda e erupção cutânea
maculopapulosa em descendestes Europeus ou em Japoneses.
A frequência do alelo HLA-A*3101 varia muito entre etnias. O alelo HLA-A*3101 tem uma prevalência de 2 a
5% nas populações Europeias e aproximadamente 10% na população Japonesa.
A presença do alelo HLA-A*3101 pode aumentar o risco de reações cutâneas induzidas pela carbamazepina
(sobretudo menos severas) de 5.0% na população em geral até 26.0% entre os indivíduos de ascendência
europeia, enquanto a sua ausência pode reduzir o risco de 5.0% para 3.8%.
Não há dados suficientes que suportem a recomendação para o rastreio do HLA-A*3101 antes de iniciar o
tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas. Se se souber que doentes
descendentes de Europeus ou de origem Japonesa são positivos para o alelo HLA-A*3101, o uso da
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas pode ser considerado caso se considere que os
benefícios são superiores aos riscos.
Hiponatremia
Foi notificada hiponatremia, como reação adversa, em 1,5% dos doentes tratados com Zebinix. A hiponatremia é
assintomática na maioria dos casos. Contudo, pode ser acompanhada por sintomatologia clínica, como
agravamento das convulsões, confusão e diminuição da consciência.
A frequência da hiponatremia aumentou com o aumento da dose de acetato de eslicarbazepina. Em doentes com
doença renal preexistente predispondo a hiponatremia, ou em doentes tratados concomitantemente com
medicamentos que possam desencadear hiponatremia (ex. diuréticos, desmopressina, carbamazepina), os níveis
de sódio sérico devem ser avaliados antes e durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina. Os níveis
séricos de sódio devem ainda ser determinados se surgirem sinais clínicos de hiponatremia. Além disso, os
níveis séricos de sódio devem ser determinados nas análises laboratoriais de rotina. Se ocorrer hiponatremia
clinicamente relevante, o acetato de eslicarbazepina deverá ser descontinuado.
Intervalo PR
Nos estudos clínicos com acetato de eslicarbazepina foram observados prolongamentos do intervalo PR.
50
Recomenda-se precaução em doentes com situações clínicas (ex. níveis baixos de tiroxina, anomalias da
condução cardíaca), ou que tomam medicamentos, que se sabe estarem associados a prolongamento do intervalo
PR.
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo
com a depuração da creatinina (ver secção 4.2). Em doentes com CLCR < 30 ml/min a utilização não é
recomendada devido à insuficiência de informação.
Compromisso hepático
Como os dados clínicos são limitados em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado e não existem
dados farmacocinéticos e clínicos em doentes com compromisso hepático grave, o acetato de eslicarbazepina
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, não estando
recomendado o seu uso em doentes com compromisso hepático grave.
Carbamazepina
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 800 mg uma
vez por dia e carbamazepina 400 mg duas vezes por dia resultou numa redução em média de 32% na exposição à
eslicarbazepina, provavelmente causada pela indução de glucoronidação. Não se observou alteração na
exposição à carbamazepina ou ao seu metabolito carbamazepina.epoxido. Com base na resposta individual, a
dose de acetato de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada se usada concomitantemente com
carbamazepina. Resultados obtidos em estudos com doentes mostraram que o tratamento concomitante
aumentou o risco das seguintes reações adversas: diplopia, alterações da coordenação e tonturas. Não pode ser
excluído o risco de aumento de outras reações adversas específicas causadas pela coadministração de
carbamazepina e acetato de eslicarbazepina.
Fenitoína
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e fenitoína resultou numa redução em média de 31-33% na exposição à eslicarbazepina,
provavelmente causada pela indução de glucoronidação, e num aumento médio de 31-35% na exposição à
fenitoína, provavelmente causada pela inibição do CYP2C19. Com base na resposta individual, a dose de acetato
de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada e a dose de fenitoína pode ter de ser diminuída.
Lamotrigina
A glucoronidação é a principal via metabólica para a eslicarbazepina e lamotrigina e portanto é de esperar uma
interação. Um estudo realizado em voluntários saudáveis com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por
dia mostrou uma interação farmacocinética média mínima (a exposição à lamotrigina diminuiu 15%) entre o
acetato de eslicarbazepina e a lamotrigina e consequentemente não é necessário fazer ajustes da dose. Contudo,
devido à variabilidade interindividual, o efeito pode ser clinicamente relevante nalguns indivíduos.
51
Topiramato
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e topiramato não mostrou alteração significativa na exposição à eslicarbazepina, mas observou-se
uma redução de 18% na exposição ao topiramato, provavelmente causada por uma redução da
biodisponibilidade do topiramato. Não é necessário ajuste da dose.
Valproato e levetiracetam
Uma análise farmacocinética dos estudos de fase III em doentes adultos epiléticos mostrou que a administração
concomitante com valproato ou levetiracetam não afetou a exposição à eslicarbazepina, mas tal não foi
verificado por estudos convencionais de interação.
Oxcarbazepina
O uso concomitante de acetato de eslicarbazepina com oxcarbazepina não é recomendado devido à possível
sobrexposição a metabolitos ativos.
Outros medicamentos
Contracetivos orais
A administração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia a mulheres que faziam contraceção oral
combinada mostrou uma redução média de 37% e 42% na exposição sistémica ao levonorgestrel e
etinilestradiol, respetivamente, provavelmente causada pela indução do CYP3A4. Por conseguinte, as mulheres
em idade fértil deverão fazer contraceção adequada durante o tratamento com Zebinix, e até ao final do ciclo
menstrual em curso no momento da descontinuação do tratamento (ver secção 4.6).
Sinvastatina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou uma redução média de 50% na exposição sistémica à sinvastatina
quando coadministrada com acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia, provavelmente causada pela
indução do CYP3A4. Pode ser necessário aumentar a dose de sinvastatina quando usada concomitantemente
com acetato de eslicarbazepina.
Rosuvastatina
Houve uma redução em média de 36-39% na exposição sistémica em voluntários saudáveis quando
coadministrada com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia. O mecanismo desta redução é
desconhecido, mas pode ser devido à interferência no transporte para rosuvastatina isolada ou em combinação
com indução do seu metabolismo. Como a relação entre a exposição e a atividade da substância não é clara, a
monitorização da resposta ao tratamento (ex. níveis de colesterol) é recomendada.
Varfarina
A coadministração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia com varfarina mostrou uma pequena
(23%), mas significativa redução da exposição à S-varfarina. Não houve qualquer efeito sobre a farmacocinética
da R-varfarina ou na coagulação. Porém, devido à variabilidade interindividual da interação, recomenda-se
especial atenção à monitorização do INR (coeficiente internacional normalizado) nas primeiras semanas após o
início ou o fim do tratamento concomitante de varfarina e acetato de eslicarbazepina.
Digoxina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou que o acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia não
produz efeito sobre a farmacocinética da digoxina, sugerindo que o acetato de eslicarbazepina não tem efeito
sobre o transportador glicoproteína-P.
Gravidez
Foi demonstrado que nos descendentes de mulheres com epilepsia que utilizam um tratamento antiepilético, a
prevalência de malformações é duas a três vezes superior à taxa de aproximadamente 3% na população geral. As
mais frequentemente notificadas são lábio leporino, malformações cardiovasculares e malformações do tubo
neural. Deve ser prestado um aconselhamento médico especializado, no que diz respeito a potenciais riscos para
52
o feto que podem ser provocados quer pelas crises epiléticas, quer pelo tratamento antiepilético, a todas as
mulheres com potencial para engravidar em tratamento antiepilético, especialmente a mulheres que planeiam
gravidez ou que se encontrem grávidas. A descontinuação abrupta do tratamento com fármacos antiepiléticos
(FAE) deve ser evitada dado que pode provocar crises epiléticas que podem ter consequências graves para a
mulher e para o embrião ou feto.
Sempre que seja possível, a monoterapia é preferível no tratamento da epilepsia na gravidez, uma vez que o
tratamento com vários FAE pode estar associado a um maior risco de malformações congénitas,
comparativamente com a monoterapia, dependendo dos FAE associados.
Foram observadas perturbações do neurodesenvolvimento em crianças de mães com epilepsia que utilizam um
tratamento antiepiléptico. Não existem dados disponíveis para o acetato de eslicarbazepina sobre este risco.
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento
com acetato de eslicarbazepina. O acetato de eslicarbazepina contraria os efeitos dos contracetivos orais.
Portanto deve ser utilizado um método de contraceção alternativo, eficaz e seguro, durante o tratamento e até ao
final do ciclo menstrual em curso na descontinuação do tratamento.
Mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas sobre o recurso a outros métodos
anticoncepcionais eficazes. Deve ser utilizado pelo menos um método de contracepção eficaz (como por
exemplo um dispositivo intra-uterino) ou duas formas complementares de contracepção incluindo um método de
barreira. As circunstâncias individuais devem ser avaliadas em cada caso, envolvendo a doente na discussão,
aquando da escolha do método anticoncepcional.
A quantidade de dados sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. Estudos
em animais demostraram toxicidade reprodutiva (ver Fertilidade secção 5.3). O risco em humanos (incluindo
malformações congénitas relevantes, perturbações do neurodesenvolvimento e outros efeitos tóxicos
reprodutivos) é desconhecido.
O acetato de eslicarbazepina não deve ser utilizado durante a gravidez, a não ser que o benefício seja
considerado superior ao risco, após cuidadosa avaliação de outras opções terapêuticas consideradas alternativas e
adequadas.
Se as mulheres a tomar acetato de eslicarbazepina ficarem grávidas ou se planeiam engravidar, o uso de Zebinix
deve ser cuidadosamente reavaliado. Devem ser administradas as doses mínimas eficazes, e sempre que possível
deve preferir-se a monoterapia pelo menos durante os três primeiros meses da gravidez. Tendo em conta a
possibilidade de um risco aumentado de malformações as doentes devem ser aconselhadas e deve ser-lhes dada a
oportunidade de rastreio pré-natal.
Monitorização e prevenção
Os medicamentos antiepiléticos podem contribuir para a deficiência em ácido fólico, uma potencial causa de
malformações fetais. A suplementação em ácido fólico é recomendada antes e durante a gravidez. Atendendo a
que a eficácia desta suplementação não está demonstrada, deve ser proposto um diagnóstico pré-natal mesmo
nas mulheres que fazem tratamento suplementar com ácido fólico.
Na criança recém-nascida
Foram notificadas alterações hemorrágicas no recém-nascido causadas por medicamentos antiepiléticos. Por
precaução e como medida preventiva, deve ser administrada a vitamina K1 durante as últimas semanas da
gravidez e ao recém-nascido.
Amamentação
Desconhece-se se o acetato de eslicarbazepina/metabolitos são excretados no leite humano. Estudos em animais
demonstraram a excreção da eslicarbazepina no leite materno. Como não se pode excluir o risco para o lactente,
a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina.
Fertilidade
Não existem dados sobre o efeito do acetato de eslicarbazepina na fertilidade humana. Estudos em animais
demonstraram disfunção da fertilidade após o tratamento com acetato de eslicarbazepina (ver secção 5.3).
53
Os efeitos de Zebinix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos a moderados. Alguns
doentes podem sentir tonturas, sonolência ou alterações da visão, especialmente no início do tratamento.
Portanto, os doentes devem ser alertados de que as suas capacidades físicas e/ou mentais necessárias para a
utilização de máquinas ou condução podem ser prejudicadas e devem ser aconselhados a não fazê-lo até que seja
estabelecido que as capacidades necessárias para executar estas atividades não são afetadas.
Os riscos que foram identificados para Zebinix são maioritariamente de classe, efeitos indesejáveis dependentes
da dose. As reações adversas mais comuns relatadas nos estudos controlados com placebo em terapêutica
adjuvante com doentes epiléticos adultos, bem como num estudo controlado com substância ativa em
monoterapia, comparando o acetato de eslicarbazepina com carbamazepina de libertação controlada, são
tonturas, sonolência, dor de cabeça e náusea. A maioria das reações adversas foram reportadas em <3% dos
sujeitos em qualquer grupo de tratamento.
Reações adversas cutâneas graves (SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), foram notificadas
no tratamento com Zebinix na experiência pós-comercialização (ver secção 4.4).
Foi utilizada a seguinte convenção na classificação de reações adversas: muito frequentes (≥1/10), frequentes(
≥1/100 a <1/10), pouco frequentes ( ≥1/1.000 a <1/100) e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos
dados disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada
classe de frequência.
Quadro 1: Reações adversas emergentes do tratamento associadas a Zebinix, obtidas de estudos clínicos e da
vigilância pós-comercialização
54
Doenças do Hiponatremia, Desequilíbrio
metabolismo e da perda de apetite eletrolítico,
nutrição desidratação,
hipocloremia
Perturbações do foro Insónia Perturbações
psiquiátrico psicóticas,apatia,
depressão,
nervosismo, agitação,
irritabilidade, défice
de atenção/
hiperatividade, estado
confusional,
alterações do humor,
choro, lentificação
psicomotora,
ansiedade
Doenças do sistema Tonturas, Cefaleia, Dificuldade de
nervoso sonolência perturbação da coordenação,
atenção, deterioração da
tremores, ataxia, memória, amnésia,
alterações do hipersónia, sedação,
equilíbrio afasia, disestesia,
distonia, letargia,
parosmia, síndrome
cerebeloso,
convulsão, neuropatia
periférica, nistagmo,
alterações do
discurso, disartria,
sensação de ardor,
parestesia, enxaqueca
Afeções oculares Diplopia, visão Insuficiência visual,
turva oscilopsia, alterações
de movimento
binocular, hiperemia
ocular
Afeções do ouvido e Vertigem Hipoacúsia, zumbido
do labirinto
Cardiopatias Palpitações,
bradicardia
Vasculopatias Hipertensão
(incluindo crise
hipertensiva),
hipotensão,
hipotensão
ortostática,
afrontamento,
extremidades frias
Doenças Epistaxis, dor
respiratórias, torácica
torácicas e do
mediastino
Doenças Náuseas, Obstipação, Pancreatite
gastrointestinais vómitos, diarreia dispepsia, gastrite,
dor abdominal, boca
seca, desconforto
abdominal, distensão
abdominal, gengivite,
melenas, odontalgia
Afeções Doença hepática
hepatobiliares
55
Afeções dos tecidos Erupção cutânea Alopecia, pele seca, Necrólise
cutâneos e hiperidrose, eritema, epidérmica tóxica,
subcutâneos alterações cutâneas, síndrome de
prurido, dermatite Stevens-Johnson,
alérgica reação a fármaco
com eosinofilia e
sintomas sistémicos
(DRESS),
angioedema,
urticária.
Afeções músculo- Mialgia, alteração
esqueléticas e do metabólica óssea,
tecido conjuntivo fraqueza muscular,
dores nas
extremidades
Doenças renais e Infeção do trato
urinárias urinário
Perturbações gerais e Fadiga, Mal-estar, arrepios,
alterações no local da alterações da edema periférico
administração marcha, astenia
Intervalo PR
O uso de acetato de eslicarbazepina está associado a um aumento do intervalo PR. Podem surgir reações
adversas associadas ao prolongamento do intervalo PR (ex. bloqueio AV, síncope, bradicardia).
56
Existem registos de diminuição da densidade mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas em doentes sob
terapêutica de longa duração com os antiepiléticos estruturalmente relacionados, carbamazepina e
oxcarbazepina. O mecanismo pelo qual o metabolismo ósseo é afetado não foi identificado.
População pediátrica
Em estudos controlados com placebo que envolveram doentes com idades entre os 2 e os 18 anos com crises
epiléticas parciais (238 a receber tratamento com acetato de eslicarbazepina e 189 com placebo) verificou-se que
35,7% dos doentes tratados com acetato de eslicarbazeina e 19% dos doentes tratados com placebo apresentaram
reações adversas ao tratamento. As reações adversas mais comuns no grupo tratado com acetato de
eslicarbazepina foram diplopia (5,0%), sonolência (8,0%) e vómitos (4,6%).
O perfil de reações adversas ao acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante em ambos os grupos. No
grupo de doentes com idades entre os 6 e os 11 anos, as reações adversas mais comuns, observadas em mais de
dois doentes tratados com acetato de eslicarbazepina, foram diplopia (9,5%), sonolência (7,4%), tonturas
(6,3%), convulsões (6,3%) e náuseas (3,2%); no grupo de doentes com idades entre os 12 e os 18 anos foram
sonolência (7,4%), vómitos (4,2%), diplopia (3,2%) e fadiga (3,2%). A segurança de Zebinix em crianças com
seis anos ou menos ainda não está estabelecida.
O perfil de segurança do acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante entre adultos e doentes pediátricos,
com exceção da agitação (comum, 1,3%) e dor abdominal (comum, 2,1%) que foram mais comuns nas crianças
do que nos adultos. Tonturas, sonolência, vertigem, astenia, perturbações na marcha, tremor, ataxia, perturbações
no equilíbrio, visão turva, diarreia; rash e hiponatrémia foram reações menos comuns em crianças do que nos
adultos. Dermatite alérgica (pouco frequente, 0,8%) foi reportada apenas na população pediátrica.
Os dados de segurança a longo prazo na população pediátrica, obtidos em extensões abertas do estudo de fase
III, foram consistentes com o conhecido perfil de segurança do produto, sem novas descobertas relevantes.
4.9 Sobredosagem
Após uma sobredosagem com acetato de eslicarbazepina foram observados sintomas principalmente associados
ao sistema nervoso central (ex. convulsões de todos os tipos, status epilepticus) e distúrbios cardíacos (ex.
arritmia cardíaca). Desconhece-se a existência de um antídoto específico. Deve ser administrado tratamento
sintomático e de suporte apropriado. Se necessário, os metabolitos do acetato de eslicarbazepina podem ser
eficazmente removidos por hemodiálise (ver secção 5.2).
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação exato do acetato de eslicarbazepina não está completamente esclarecido. Todavia, estudos
eletrofisiológicos in vitro mostram que quer o acetato de eslicarbazepina quer os seus metabolitos estabilizam os
canais de sódio dependentes da voltagem no seu estado inativo, impedindoo seu retorno ao estado ativo e
prevenindoassim o disparo neuronal repetitivo.
Efeitos farmacodinâmicos
O acetato de eslicarbazepina e os seus metabolitos ativos inibem o desenvolvimento de crises epiléticas em
modelos não-clínicos preditivos da eficácia anticonvulsivante no Homem. A atividade farmacológica do acetato
de eslicarbazepina em seres humanos exerce-se maioritariamente através do metabolito ativo eslicarbazepina.
Eficácia clínica
População adulta
57
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante foi demonstrada em quatro ensaios de fase
III, em dupla ocultação, controlados com placebo, efetuados em 1.703 doentes adultos randomizados com
epilepsia parcial refratária ao tratamento com um a três antiepiléticos concomitantes. A oxcarbazepina e o
felbamato não foram autorizados como medicamentos concomitantes nestes estudos. O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 400 mg (apenas nos ensaios -301 e -302), 800 mg e 1200 mg, uma vez
por dia. O acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia e 1200 mg uma vez por dia foram
significativamente mais eficazes do que o placebo na redução da frequência de crises durante um período de
manutenção de 12 semanas. Considerando os estudos de fase III, a percentagem de indivíduos com uma redução
≥50% (analisados 1581) na frequência de crises foi de 19,3% com o placebo, 20,8% com acetato de
eslicarbazepina 400 mg, 30,5% com acetato de eslicarbazepina 800 mg e 35,3% com acetato de eslicarbazepina
1200 mg diários.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como monoterapia foi demonstrada num estudo em dupla ocultação
controlado com substância ativa (carbamazepina de libertação controlada) envolvendo 815 doentes adultos
aleatorizados com crises epiléticas parciais recentemente diagnosticadas. O acetato de eslicarbazepina foi testado
a doses de 800 mg, 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As doses do comparador ativo, a carbamazepina de
libertação controlada, foram de 200 mg, 400 mg e 600 mg, duas vezes por dia. Todos os indivíduos foram
aleatorizados para a dose mais baixa e, apenas depois da ocorrência de uma crise epilética, escalados para o nível
de dosagem seguinte. Dos 815 doentes aleatorizados, 401 doentes foram tratados com acetato de eslicarbazepina
uma vez por dia [271 doentes (67,6%) permaneceram no nível de dosagem de 800 mg, 70 doentes (17,5%)
permaneceram no nível de dosagem de 1200 mg e 60 doentes (15,0%) foram tratados com 1600 mg]. Na análise
de eficácia primária, na qual os doentes que abandonaram o estudo foram considerados como não tendo
respondido ao tratamento, 71,1% dos indivíduos foram classificados como livres de crises no grupo de acetato
de eslicarbazepina e 75,6% no grupo de carbamazepina de libertação controlada durante o período de avaliação
de 26 semanas (diferença de riscos média -4,28%, intervalo de confiança de 95%: [-10,30; 1,74]. O efeito do
tratamento observado durante o período de avaliação de 26 semanas manteve-se ao longo de 1 ano de
tratamento, com 64,7 % dos doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e 70,3% doentes tratados com
carbamazepina de libertação controlada classificados como livres de crises (diferença de riscos média -5,46%,
intervalo de confiança de 95%: [-11,88; 0,97]. Na análise de falha do tratamento (risco de crise) baseada na
análise de tempo até ao evento (análise Kaplan-Meier e regressão Cox), a análise Kaplan-Meier estima que o
risco de crise no final do período de avaliação foi de 0,06 com carbamazepina e 0,12 com acetato de
eslicarbazepina e verifica um aumento adicional do risco para 0,11 com carbamazepina e 0,19 com acetato de
eslicarbazepina (p=0,0002), no final do período de 1 ano.
Ao fim de 1 ano, a probabilidade de um doente descontinuar o tratamento devido a reações adversas ou falta de
eficácia foi calculada em 0,26 em relação ao acetato de eslicarbazepina e em 0,21 em relação à carbamazepina
de libertação controlada.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina na conversão para monoterapia foi avaliada em 2 estudos aleatorizados
e controlados, em dupla ocultação, envolvendo 365 doentes adultos com crises epiléticas parciais. O acetato de
eslicarbazepina foi testado em doses de 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As taxas de doentes que ficaram
livres de crises durante o total do período de 10 semanas de monoterapia foram, respetivamente, 7,6% (1600 mg)
e 8,3 % (1200 mg) num dos estudos, e 10,0% (1600 mg) e 7,4 % (1200 mg) no outro.
População idosa
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante em doentes idosos com crises
epiléticas parciais foram avaliadas num estudo não controlado, com duração de 26 semanas, envolvendo 72
doentes idosos (idade ≥ 65 anos). Os dados evidenciam que a incidência das reacções adversas nesta população
(65,3%), é semelhante ao da população geral envolvida nos estudos de epilepsia em dupla ocultação (66,8%). As
reacções adversas individuais mais frequentes foram tonturas (12,5 % dos indivíduos), sonolência (9,7%),
fadiga, convulsão e hiponatremia (8,3%, cada), nasofaringite (6,9%) e infeção do tracto respiratório superior
(5,6%). Cinquenta dos 72 indivíduos completaram o período de 26 semanas de tratamento, o que corresponde a
uma taxa de retenção de 69,4% (ver na secção 4.2 a informação sobre o uso em idosos). Os dados sobre o regime
de monoterapia na população idosa são limitados. Apenas poucos indivíduos (N=27) com idade superior a 65
anos foram tratados com acetato de eslicarbazepina no estudo de monoterapia.
População pediátrica
A eficácia e segurança do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante nas crises epiléticas parciais em
crianças foi avaliada num estudo de fase II em crianças com idades entre os 6 e os 16 anos (n=123) e num estudo
de fase III em crianças com idades entre os 2 e os 18 anos (n=304). Ambos os estudos foram de dupla ocultação
e controlados com placebo, com uma duração da fase de manutenção de 8 semanas (estudo 208) e 12 semanas
(estudo 305), respetivamente. O estudo 208 incluiu 2 extensões abertas adicionais, subsequentes de longo-prazo
(1 ano para a parte II e 2 anos para a parte III) e o estudo 305 incluiu 4 períodos de extensão aberta
58
subsequentes, de longo-prazo (1 ano para as Partes II, III e IV e 2 anos para a Parte V). O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 20 e 30 mg/kg/dia, até um máximo de 1200 mg/dia. A dose alvo foi de
30 mg/kg/dia no estudo 208 e 20 mg/kg/dia no estudo 305. As doses foram ajustadas com base na tolerabilidade
e resposta ao tratamento.
No período de dupla ocultação do estudo de fase II, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises desde a baseline ao período de manutenção foi significativamente (p<0,001)
maior com acetato de eslicarbazepina (-34,8% ) do que com o placebo (-13,8% ). O número de respondedores
(doentes com redução ≥50% da frequência padronizada de crises) foi de 42 doentes (50,6%) no grupo do acetato
de eslicarbazepina em comparação com 10 doentes (25,0%) no grupo do placebo, com uma diferença
estatisticamente significativa (p=0,009).
No período de dupla ocultação do estudo de fase III, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises com acetato de eslicarbazepina (-18,1% versus baseline) foi diferente da obtida
com o placebo (-8,6% versus baseline), mas estatisticamente não significativa (p=0,2490). O número de
respondedores foi de 41 doentes (30,6%) no grupo do ESL em comparação com 40 doentes (31,0%) no grupo do
placebo, com uma diferença estatisticamente não significativa (p=0,9017). Foram realizadas análises post-hoc de
subgrupos do estudo de fase III em grupos etários a partir dos 6 anos e por dose.
Relativamente às crianças com mais de 6 anos, o número de respondedores foi de 36 doentes (35,0%) no grupo
do acetato de eslicarbazepina em comparação com 29 doentes (30,2%) no grupo do placebo (p=0,4759). A
redução da média dos mínimos quadrados na frequência padronizada de crises foi também superior no grupo
tratado com acetato de eslicarbazepina (-24,4% versus -10,5%), ainda que a diferença de 13,9% não seja
estatisticamente significativa (p=0,1040). 39% dos doentes no estudo 305 foram sujeitos a titulação até à dose
máxima possível (30 mg/kg/dia). De entre estes, excluindo os doentes com 6 anos ou menos, o número de
respondedores foi de 14 (48,3%) doentes no grupo do acetato de eslicarbazepina e 11 (30,6%) no grupo do
placebo, (p=0,1514). Apesar da robustez destas análises post-hoc de subgrupos ser limitada, os dados obtidos
sugerem a existência de um aumento do efeito dependente da idade e da dose.
Na extensão aberta subsequente de 1 ano (Parte II) do estudo de fase III (análise Intenção de Tratar, N=225), a
taxa total de respondedores foi de 46.7% (aumentando de forma constante de 44.9% (semanas 1-4) para 57.5%
(semanas > 40)). A mediana total da frequência de crises padronizada foi de 6.1 (diminuindo de 7.0 (semanas 1-
4) para 4.0 (semanas > 40), resultando numa variação relativa mediana de -46.7%, em comparação com a
baseline). A variação relativa mediana foi maior no grupo placebo anterior (-51.4%) do que no grupo ESL
anterior (-40.4%). A proporção de doentes com exacerbação (aumento de ≥25%) comparado com a baseline foi
14.2%.
Nas 3 extensões abertas subsequentes (análise Intenção de Tratar, N=148), a taxa de respondedores global foi de
26.6% quando comparado com as baseline das partes III-V (i.e. nas últimas 4 semanas da parte II). A mediana
total da frequência de crises padronizada foi de 2.4 (resultando numa variação relativa mediana desde a baseline
das partes III-V de -22.9%). A redução relativa mediana global na Parte I foi maior nos doentes tratados com
ESL (-25.8%) do que nos doentes tratados com placebo (-16.4%). A proporção global de doentes com
exacerbação (aumento de ≥25%) quando comparado com a baseline das Partes III-V foi de 25.7%.
Dos 183 doentes que completaram as partes I e II do estudo, 152 doentes foram envolvidos na parte III. Destes,
65 doentes receberam ESL e 87 doentes receberam placebo durante a parte de dupla-ocultação do estudo. 14
doentes (9.2%) completaram a fase aberta do tratamento com ESL até à parte V. A razão mais frequente para
descontinuação durante qualquer parte do estudo foi por pedido do promotor (30 doentes na parte III [19.7% dos
doentes que entraram na parte III], 9 na parte IV [9.6% dos doentes que entraram na parte IV], e 43 na parte V
[64.2% dos doentes que entraram na Parte V]).
Tendo em consideração as limitações da natureza de dados não controlados de fase aberta, a resposta a longo-
prazo ao acetato de eslicarbazepina nas partes abertas do estudo foi globalmente mantida.
A Agência Europeia do Medicamento diferiu a obrigação de submissão dos resultados dos estudos com Zebinix
em um ou mais subgrupos da população pediátrica no tratamento da epilepsia com crises parciais (ver secção 4.2
para informação sobre utilização pediátrica).
Absorção
O acetato de eslicarbazepina é extensivamente transformado em eslicarbazepina. Após a administração oral, os
níveis plasmáticos do acetato de eslicarbazepina mantêm-se geralmente abaixo do limite de quantificação. A
Cmax da eslicarbazepina é alcançada 2 a 3 h após a dose (tmax). A biodisponibilidade pode ser considerada elevada
59
porque a quantidade de metabolitos recuperados na urina corresponde a mais de 90% de uma dose de
eslicarbazepina.
A biodisponibilidade (AUC e Cmax) da eslicarbazepina após administração por via oral na forma de um
comprimido esmagado misturado com puré de maça e administrado com água é comparável à administração do
comprimido inteiro.
Distribuição
A ligação da eslicarbazepina às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (<40%) e independente da
concentração. Estudos in vitro mostraram que a ligação às proteínas plasmáticas não foi relevantemente afetada
pela presença de varfarina, diazepam, digoxina, fenitoína e tolbutamida. A ligação da varfarina, diazepam,
digoxina, fenitoína e tolbutamida não foi significativamente afetada pela presença de eslicarbazepina.
Biotransformação
O acetato de eslicarbazepina é rápida e extensivamente biotransformado no seu metabolito primário
eslicarbazepina, por hidrólise de primeira passagem. O estado estacionário das concentrações plasmáticas é
atingido após 4 a 5 dias, de toma única diária, consistente com uma semivida efetiva na ordem das 20-24 h. Em
estudos realizados em indivíduos saudáveis e doentes adultos epiléticos, a semivida aparente da eslicarbazepina
foi de 10-20 h e 13-20 h, respetivamente. Os metabolitos secundários no plasma são R-licarbazepina e
oxcarbazepina, que demonstraram ser ativos, e os conjugados de ácido glucurónico de acetato de
eslicarbazepina, eslicarbazepina, R-licarbazepina e oxcarbazepina.
A eslicarbazepina é um indutor fraco do CYP3A4 e tem propriedades inibitórias do CYP2C19 (como indicado
na secção 4.5).
Em estudos com eslicarbazepina em hepatócitos humanos frescos observou-se uma ligeira indução da
glucoronidação mediada por UGT1A1.
Eliminação
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal, sob a forma intacta e de glucorono-conjugados. No total, a eslicarbazepina e o seu glucoronado
correspondem a mais de 90% do total de metabolitos excretados na urina, aproximadamente dois terços na forma
intacta e um terço como glucorono-conjugado.
Linearidade/não-linearidade
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina é linear e proporcional às doses entre 400-1200 mg, quer em
indivíduos saudáveis quer em doentes.
Compromisso renal
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal. Um estudo realizado em doentes adultos com compromisso renal ligeiro a moderada mostrou
que a depuração depende da função renal. Durante o tratamento com Zebinix recomenda-se o ajuste da dose em
doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com depuração da creatinina inferior a 60 ml/min (ver
secção 4.2).
Não se recomenda o uso de acetato de eslicarbazepina em crianças com idade compreendida entre 2 e 6 anos.
Nesta idade a atividade intrínseca do processo de eliminação ainda não atingiu a maturação.
Compromisso hepático
A farmacocinética e o metabolismo do acetato de eslicarbazepina foram avaliados em indivíduos saudáveis e em
doentes com compromisso hepático moderado após administração de doses orais múltiplas. O compromisso
hepático moderado não afetou a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina. Não se recomenda o ajuste
posológico em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 4.2).
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave.
Sexo
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Estudos em indivíduos saudáveis e em doentes mostraram que a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina
não é afetada pelo sexo do indivíduo.
População pediátrica
As reações adversas observadas em estudos animais ocorreram em níveis de exposição apreciavelmente mais
baixos do que os níveis de exposição clínicos à eslicarbazepina (o metabolito principal e farmacologicamente
ativo do acetato de eslicarbazepina). Assim, não foram estabelecidas as margens de segurança com base na
exposição comparativa.
Em estudos de toxicidade de dose repetida no rato, foi evidenciada nefrotoxicidade, que não foi observada nos
estudos em ratinhos e cães, e que é consistente com uma exacerbação de nefropatia espontânea progressiva
crónica nesta espécie.
Nos estudos de toxicidade de dose repetida em ratinhos e ratos foi observada hipertrofia centrolobular do fígado
e um aumento da incidência de tumores no fígado num estudo de carcinogenicidade em ratinhos; estes resultados
são consistentes com a indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito que não foi observado em doentes
que tomaram acetato de eslicarbazepina.
Os estudos de genotoxicidade com acetato de eslicarbazepina não mostraram riscos especiais para os seres
humanos.
Foi observada disfunção da fertilidade em ratos fêmea; as diminuições na implantação e nos embriões vivos
observadas no estudo de fertilidade em ratos podem indicar consequências na fertilidade das fêmeas, não tendo
sido, no entanto, avaliada a contagem dos corpos lúteos. O acetato de eslicarbazepina não apresentou efeito
teratogénico em ratos e coelhos, mas verificaram-se anomalias no esqueleto de ratinhos. Foram observados
atrasos na ossificação, baixo peso fetal, aumento das anomalias minor esqueléticas e viscerais para doses tóxicas
maternas em estudos de embriotoxicidade em ratinhos, ratos e coelhos. Em estudos peri/pós-natais em ratinhos e
ratos foi observado um atraso no desenvolvimento sexual da geração F1.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
Povidona K29/32
Croscarmelose sódica
Estearato de magnésio
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6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
5 anos.
Frascos de polietileno de alta densidade, com fecho de segurança para crianças, colocados em embalagens de
cartão contendo 90 comprimidos.
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
EU/1/09/514/012-020
EU/1/09/514/025-026
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
62
1. NOME DO MEDICAMENTO
3. FORMA FARMACÊUTICA
Suspensão oral.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
Zebinix é indicado:
• como monoterapia no tratamento de crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, em
doentes adultos com epilepsia recentemente diagnosticada;
• como terapêutica adjuvante em doentes adultos, adolescentes e crianças com mais de 6 anos de idade,
com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária.
Posologia
Adultos
Zebinix pode ser tomado como monoterapia ou ser adicionado a uma terapêutica anticonvulsivante existente. A
dose inicial recomendada é de 400 mg uma vez por dia que deve ser aumentada para 800 mg uma vez por dia,
após uma ou duas semanas. Dependendo da resposta individual de cada doente, esta dose pode ser aumentada
para 1200 mg uma vez por dia. Alguns doentes em regime de monoterapia poderão beneficiar de uma dose de
1600 mg, uma vez por dia (ver secção 5.1).
Populações especiais
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes adultos e crianças com mais de 6 anos de idade com
compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo com a depuração da creatinina (CLCR) como se segue:
- CLCR > 60 ml/min: não é necessário ajuste da dose.
- CLCR 30-60 ml/min: dose inicial de 200 mg (ou 5 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade) uma vez
por dia ou 400 mg (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de idade em dias alternados durante
2 semanas seguida de uma dose de 400 mg uma vez por dia (ou 10 mg/kg em crianças com mais de 6 anos de
idade). Contudo, com base na resposta individual do doente, a dose pode ser aumentada.
- CLCR < 30 ml/min: não é recomendado o uso em doentes com compromisso renal grave dado que a
informação é limitada.
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Compromisso hepático
Não é necessário ajuste da dose em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado.
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi avaliada em doentes com compromisso hepático grave
(ver secção 4.4 e 5.2) pelo que a sua utilização nestes doentes não é recomendada.
População pediátrica
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina em crianças com 6 anos de idade ou menos não foram ainda
estabelecidas. Os dados atualmente disponíveis estão descritos nas secções 4.8, 5.1 e 5.2, mas nenhuma
recomendação posológica pode ser feita.
Modo de administração
Via oral.
Zebinix pode ser tomado com e sem alimentos.
4.3 Contraindicações
Ideação suicida
Em doentes tratados com medicamentos antiepiléticos, em várias indicações, foram notificados ideação e
comportamento suicida. Uma metanálise de ensaios clínicos aleatorizados controlados com placebo, de
medicamentos antiepiléticos, mostrou também um pequeno aumento do risco de ideação e comportamento
suicida. O mecanismo deste risco não é ainda conhecido e os dados disponíveis não excluem a possibilidade de
um risco aumentado para o acetato de eslicarbazepina. Assim, os sinais de ideação e comportamento suicida
devem ser monitorizados e deve ser considerada a necessidade de tratamento adequado. Os doentes (e seus
cuidadores) devem ser aconselhados a procurar assistência médica caso surjam sinais de ideação ou
comportamento suicida.
O acetato de eslicarbazepina foi associado a algumas reações adversas a nível do sistema nervoso central, como
tonturas e sonolência, que podem aumentar a ocorrência de acidentes.
Reações cutâneas
Em estudos clínicos em doentes epiléticos, observou-se a ocorrência de erupção cutânea, como reação adversa,
em 1,2% do total da população tratada com Zebinix como terapêutica adjuvante. Foram notificados casos de
urticária e angioedema em doentes que tomavam Zebinix. O angioedema no contexto de uma reação de
64
hipersensibilidade/ anafilática associado a edema da laringe pode ser fatal. Se ocorrerem sinais ou sintomas de
hipersensibilidade o tratamento com acetato de eslicarbazepina deverá ser interrompido imediatamente e deve
der iniciado um tratamento alternativo.
Foram notificadas com o tratamento com Zebinix, na experiência pós-comercialização, reações adversas
cutâneas graves (conhecidas como SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SJS)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), que
podem colocar a vida em risco ou ser fatais. No momento da prescrição os doentes devem ser alertados sobre os
sinais e sintomas e monitorizados cuidadosamente para o aparecimento de reações cutâneas. Se surgirem sinais e
sintomas sugestivos destas reações, Zebinix deverá ser interrompido imediatamente e considerar-se um
tratamento alternativo (conforme adequado). Se os doentes desenvolverem estas reações, o tratamento com
Zebinix nunca mais pode ser reiniciado nestes doentes.
Alelo HLA-B*1502 - em indivíduos de etnia chinesa Han, de etnia Thai e outras populações Asiáticas
O HLA-B*1502 em indivíduos de etnia chinesa Han ou de etnia Thai tem demonstrado estar fortemente
associado ao risco de desenvolverem as reações severas cutâneas conhecidas como síndrome de Stevens-Johnson
(SJS) quando tratados com carbamazepina.
A estrutura química do acetato de eslicarbazepina é similar à da carbamazepina, e é possível que doentes que são
positivos para o HLA-B*1502 possam também estar em risco para o SJS após tratamento com acetato de
eslicarbazepina.
A prevalência de portadores do HLA-B*1502 é de aproximadamente 10% nas populações de etnia chinesa Han
ou de etnia Thai.
Sempre que possível, estes indivíduos devem ser rastreados relativamente à presença deste alelo antes de
iniciarem tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas.
Se os doentes dessas origens étnicas forem testados positivamente para o alelo HLA-B*1502, o uso do acetato
de eslicarbazepina deve ser considerado se se considerar que os benefícios sejam superiores aos riscos.
Devido à prevalência deste alelo em outras populações Asiáticas (ex. acima de 15% nas Filipinas e Malásia)
pode-se considerar a possibilidade de testar geneticamente as populações em risco relativamente à presença do
HLA-B*1502.
Existem alguns dados que sugerem que o HLA- A*3101 está associado ao risco aumentado de reações adversas
cutâneas induzidas pela carbamazepina incluindo, Síndrome de Stevens-Johnson, Necrólise epidérmica tóxica,
síndrome de DRESS, ou menos severa pustulose exantematosa generalizada aguda e erupção cutânea
maculopapulosa em descendestes Europeus ou em Japoneses.
A frequência do alelo HLA-A*3101 varia muito entre etnias. O alelo HLA-A*3101 tem uma prevalência de 2 a
5% nas populações Europeias e aproximadamente 10% na população Japonesa.
A presença do alelo HLA-A*3101 pode aumentar o risco de reações cutâneas induzidas pela carbamazepina
(sobretudo menos severas) de 5.0% na população em geral até 26.0% entre os indivíduos de ascendência
europeia, enquanto a sua ausência pode reduzir o risco de 5.0% para 3.8%.
Não há dados suficientes que suportem a recomendação para o rastreio do HLA-A*3101 antes de iniciar o
tratamento com carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas. Se se souber que doentes
descendentes de Europeus ou de origem Japonesa são positivos para o alelo HLA-A*3101, o uso da
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas pode ser considerado caso se considere que os
benefícios são superiores aos riscos.
Hiponatremia
Foi notificada hiponatremia, como reação adversa, em 1,5% dos doentes tratados com Zebinix. A hiponatremia é
assintomática na maioria dos casos. Contudo, pode ser acompanhada por sintomatologia clínica, como
agravamento das convulsões, confusão e diminuição da consciência.
A frequência da hiponatremia aumentou com o aumento da dose de acetato de eslicarbazepina. Em doentes com
doença renal preexistente predispondo a hiponatremia, ou em doentes tratados concomitantemente com
medicamentos que possam desencadear hiponatremia (ex. diuréticos, desmopressina, carbamazepina), os níveis
de sódio sérico devem ser avaliados antes e durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina. Os níveis
séricos de sódio devem ainda ser determinados se surgirem sinais clínicos de hiponatremia. Além disso, os
níveis séricos de sódio devem ser determinados nas análises laboratoriais de rotina. Se ocorrer hiponatremia
clinicamente relevante, o acetato de eslicarbazepina deverá ser descontinuado.
Intervalo PR
65
Nos estudos clínicos com acetato de eslicarbazepina foram observados prolongamentos do intervalo PR.
Recomenda-se precaução em doentes com situações clínicas (ex. níveis baixos de tiroxina, anomalias da
condução cardíaca), ou que tomam medicamentos, que se sabe estarem associados a prolongamento do intervalo
PR.
Compromisso renal
Recomenda-se precaução no tratamento de doentes com compromisso renal e a dose deve ser ajustada de acordo
com a depuração da creatinina (ver secção 4.2). Em doentes com CLCR < 30 ml/min a utilização não é
recomendada devido à insuficiência de informação.
Compromisso hepático
Como os dados clínicos são limitados em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado e não existem
dados farmacocinéticos e clínicos em doentes com compromisso hepático grave, o acetato de eslicarbazepina
deverá ser usado com precaução em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado, não estando
recomendado o seu uso em doentes com compromisso hepático grave.
Zebinix suspensão oral contém parahidroxibenzoato de metilo (E218) e sulfitos que podem causar reações
alérgicas (possivelmente tardias), podendo causar (raramente) reações graves de hipersensibilidade e
broncospoasmo, respetivamente.
Carbamazepina
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 800 mg uma
vez por dia e carbamazepina 400 mg duas vezes por dia resultou numa redução em média de 32% na exposição à
eslicarbazepina, provavelmente causada pela indução de glucoronidação. Não se observou alteração na
exposição à carbamazepina ou ao seu metabolito carbamazepina.epoxido. Com base na resposta individual, a
dose de acetato de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada se usada concomitantemente com
carbamazepina. Resultados obtidos em estudos com doentes mostraram que o tratamento concomitante
aumentou o risco das seguintes reações adversas: diplopia alterações da coordenação e tonturas. Não pode ser
excluído o risco de aumento de outras reações adversas específicas causadas pela coadministração de
carbamazepina e acetato de eslicarbazepina.
Fenitoína
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e fenitoína resultou numa redução em média de 31-33% na exposição à eslicarbazepina,
provavelmente causada pela indução de glucoronidação, e num aumento médio de 31-35% na exposição à
fenitoína, provavelmente causada pela inibição do CYP2C19. Com base na resposta individual, a dose de acetato
de eslicarbazepina pode necessitar de ser aumentada e a dose de fenitoína pode ter de ser diminuída.
Lamotrigina
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A glucoronidação é a principal via metabólica para a eslicarbazepina e lamotrigina e, portanto, é de esperar uma
interação. Um estudo realizado em voluntários saudáveis com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por
dia mostrou uma interação farmacocinética média mínima (a exposição à lamotrigina diminuiu 15%) entre o
acetato de eslicarbazepina e a lamotrigina e consequentemente não é necessário fazer ajustes da dose. Contudo,
devido à variabilidade interindividual, o efeito pode ser clinicamente relevante nalguns indivíduos.
Topiramato
Num estudo em voluntários saudáveis, a administração concomitante de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma
vez por dia e topiramato não mostrou alteração significativa na exposição à eslicarbazepina, mas observou-se
uma redução de 18% na exposição ao topiramato, provavelmente causada por uma redução da
biodisponibilidade do topiramato. Não é necessário ajuste da dose.
Valproato e levetiracetam
Uma análise farmacocinética dos estudos de fase III em doentes adultos epiléticos mostrou que a administração
concomitante com valproato ou levetiracetam não afetou a exposição à eslicarbazepina, mas tal não foi
verificado por estudos convencionais de interação.
Oxcarbazepina
O uso concomitante de acetato de eslicarbazepina com oxcarbazepina não é recomendado devido à possível
sobrexposição a metabolitos ativos.
Outros medicamentos
Contracetivos orais
A administração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia a mulheres que faziam contraceção oral
combinada mostrou uma redução média de 37% e 42% na exposição sistémica ao levonorgestrel e
etinilestradiol, respetivamente, provavelmente causada pela indução do CYP3A4. Por conseguinte, as mulheres
em idade fértil deverão fazer contraceção adequada durante o tratamento com Zebinix, e até ao final do ciclo
menstrual em curso no momento da descontinuação do tratamento (ver secção 4.6).
Sinvastatina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou uma redução média de 50% na exposição sistémica à sinvastatina
quando coadministrada com acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia, provavelmente causada pela
indução do CYP3A4. Pode ser necessário aumentar a dose de sinvastatina quando usada concomitantemente
com acetato de eslicarbazepina.
Rosuvastatina
Houve uma redução em média de 36-39% na exposição sistémica em voluntários saudáveis quando
coadministrada com acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia. O mecanismo desta redução é
desconhecido, mas pode ser devido à interferência no transporte para rosuvastatina isolada ou em combinação
com indução do seu metabolismo. Como a relação entre a exposição e a atividade da substância não é clara, a
monitorização da resposta ao tratamento (ex. níveis de colesterol) é recomendada.
Varfarina
A coadministração de acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia com varfarina mostrou uma pequena
(23%), mas significativa redução da exposição à S-varfarina. Não houve qualquer efeito sobre a farmacocinética
da R-varfarina ou na coagulação. Porém, devido à variabilidade interindividual da interação, recomenda-se
especial atenção à monitorização do INR (coeficiente internacional normalizado) nas primeiras semanas após o
início ou o fim do tratamento concomitante de varfarina e acetato de eslicarbazepina.
Digoxina
Um estudo em voluntários saudáveis mostrou que o acetato de eslicarbazepina 1200 mg uma vez por dia não
produz efeito sobre a farmacocinética da digoxina, sugerindo que o acetato de eslicarbazepina não tem efeito
sobre o transportador glicoproteína-P.
Gravidez
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Foi demonstrado que nos descendentes de mulheres com epilepsia que utilizam um tratamento antiepilético, a
prevalência de malformações é duas a três vezes superior à taxa de aproximadamente 3% na população geral. As
mais frequentemente notificadas são lábio leporino, malformações cardiovasculares e malformações do tubo
neural. Deve ser prestado um aconselhamento médico especializado, no que diz respeito a potenciais riscos para
o feto que podem ser provocados quer pelas crises epiléticas, quer pelo tratamento antiepilético, a todas as
mulheres com potencial para engravidar em tratamento antiepiléticos , especialmente a mulheres que planeiam
gravidez ou que se encontrem grávidas. A descontinuação abrupta do tratamento com fármacos antiepiléticos
(FAE) deve ser evitada dado que pode provocar crises epiléticas que podem ter consequências para a mulher e
para o embrião ou feto.
Sempre que seja possível, a monoterapia é preferível no tratamento da epilepsia na gravidez, uma vez que o
tratamento com vários FAE pode estar associado a um maior risco de malformações congénitas,
comparativamente com a monoterapia, dependendo dos FAE associados.
Foram observadas perturbações do neurodesenvolvimento em crianças de mães com epilepsia que utilizam um
tratamento antiepiléptico. Não existem dados disponíveis para o acetato de eslicarbazepina sobre este risco.
Mulheres com potencial para engravidar devem utilizar métodos contraceptivos eficazes durante o tratamento
com acetato de eslicarbazepina. O acetato de eslicarbazepina contraria os efeitos dos contracetivos orais.
Portanto deve ser utilizado um método de contraceção alternativo, eficaz e seguro, durante o tratamento e até ao
final do ciclo menstrual em curso na descontinuação do tratamento.
Mulheres com potencial para engravidar devem ser aconselhadas sobre o recurso a outros métodos
anticoncepcionais eficazes. Deve ser utilizado pelo menos um método de contracepção eficaz (como por
exemplo um dispositivo intra-uterino) ou duas formas complementares de contracepção incluindo um método de
barreira. As circunstâncias individuais devem ser avaliadas em cada caso, envolvendo a doente na discussão,
aquando da escolha do método anticoncepcional.
A quantidade de dados sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. Estudos
em animais demostraram toxicidade reprodutiva (ver Fertilidade secção 5.3). O risco em humanos (incluindo
malformações congénitas relevantes, perturbações do neurodesenvolvimento e outros efeitos tóxicos
reprodutivos) é desconhecido.
O acetato de eslicarbazepina não deve ser utilizado durante a gravidez, a não ser que o benefício seja
considerado superior ao risco, após cuidadosa avaliação de outras opções terapêuticas consideradas alternativas e
adequadas.
Se as mulheres a tomar acetato de eslicarbazepina ficarem grávidas ou se planeiam engravidar, o uso de Zebinix
deve ser cuidadosamente reavaliado. Devem ser administradas as doses mínimas eficazes, e sempre que possível
deve preferir-se a monoterapia pelo menos durante os três primeiros meses da gravidez. Tendo em conta a
possibilidade de um risco aumentado de malformações as doentes devem ser aconselhadas e deve ser-lhes dada a
oportunidade de rastreio pré-natal.
Monitorização e prevenção
Os medicamentos antiepiléticos podem contribuir para a deficiência em ácido fólico, uma potencial causa de
malformações fetais. A suplementação em ácido fólico é recomendada antes e durante a gravidez. Atendendo a
que a eficácia desta suplementação não está demonstrada, deve ser proposto um diagnóstico pré-natal mesmo
nas mulheres que fazem tratamento suplementar com ácido fólico.
Na criança recém-nascida
Foram notificadas alterações hemorrágicas no recém-nascido causadas por medicamentos antiepiléticos. Por
precaução e como medida preventiva, deve ser administrada a vitamina K1 durante as últimas semanas da
gravidez e ao recém-nascido.
Amamentação
Desconhece-se se o acetato de eslicarbazepina/metabolitos são excretados no leite humano. Estudos em animais
demonstraram a excreção da eslicarbazepina no leite materno. Como não se pode excluir o risco para o lactente,
a amamentação deve ser descontinuada durante o tratamento com acetato de eslicarbazepina.
68
Fertilidade
Não existem dados sobre o efeito do acetato de eslicarbazepina na fertilidade humana. Estudos em animais
demonstraram disfunção da fertilidade após o tratamento com acetato de eslicarbazepina (ver secção 5.3).
Os efeitos de Zebinix sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas são reduzidos a moderados Alguns
doentes podem sentir tonturas, sonolência ou alterações da visão, especialmente no início do tratamento.
Portanto, os doentes devem ser alertados de que as suas capacidades físicas e/ou mentais necessárias para a
utilização de máquinas ou condução podem ser prejudicadas e devem ser aconselhados a não fazê-lo até que seja
estabelecido que as capacidades necessárias para executar estas atividades não são afetadas.
Os riscos que foram identificados para Zebinix são maioritariamente de classe, efeitos indesejáveis dependentes
da dose. As reacções adversas mais comuns consequentes do tratamento relatadas nos estudos controlados com
placebo em terapêutica adjuvante com doentes epiléticos adultos, bem como num estudo controlado com
substância ativa em monoterapia, comparando o acetato de eslicarbazepina com carbamazepina de libertação
controlada, são tonturas, sonolência, dor de cabeça e náusea. A maioria das reações adversas foram reportadas
em <3% dos sujeitos em qualquer grupo de tratamento.
Reações adversas cutâneas graves (SCARS) incluindo a síndrome de Stevens-Johnson (SSJ)/ necrólise
epidérmica tóxica (NET) e erupção cutânea com eosinofilia e sintomas sistémicos (DRESS), foram notificadas
no tratamento com Zebinix na experiência pós-comercialização (ver secção 4.4).
Foi utilizada a seguinte convenção na classificação de reações adversas: muito frequentes:≥1/10, frequentes:
≥1/100 a <1/10, pouco frequentes: ≥1/1.000 a <1/100, e desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados
disponíveis). As reações adversas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade dentro de cada classe de
frequência.
Quadro 1: Reações adversas emergentes do tratamento associadas a Zebinix,, obtidas de estudos clínicos e da
vigilância pós-comercialização
69
Doenças endócrinas Hipotiroidismo Síndrome tipo
SIADH (Secreção
inapropriada de
hormona
antidiurética) com
sinais e sintomas de
letargia, náusea,
tontura, diminuição
da osmolalidade
sérica (sangue),
vómitos, cefaleia,
estado confusional
ou outros sinais e
sintomas
neurológicos
Doenças do Hiponatremia, Desequilíbrio
metabolismo e da perda de apetite eletrolítico,
nutrição desidratação,
hipocloremia
Perturbações do foro Insónia Perturbações
psiquiátrico psicóticas, apatia,
depressão,
nervosismo, agitação,
irritabilidade, défice
de atenção/
hiperatividade, estado
confusional,
alterações do humor,
choro, lentificação
psicomotora,
ansiedade
Doenças do sistema Tonturas, Cefaleia, Dificuldade de
nervoso sonolência perturbação da coordenação,
atenção, deterioração da
tremores, ataxia, memória, amnésia,
alterações do hipersónia, sedação,
equilíbrio afasia, disestesia,
distonia, letargia,
parosmia, síndrome
cerebeloso,
convulsão, neuropatia
periférica, nistagmo,
alterações do
discurso, disartria,
sensação de ardor,
parestesia, enxaqueca
Afeções oculares Diplopia, visão Insuficiência visual,
turva oscilopsia, alterações
de movimento
binocular, hiperemia
ocular
Afeções do ouvido e Vertigem Hipoacúsia, zumbido
do labirinto
Cardiopatias Palpitações,
bradicardia
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Vasculopatias Hipertensão
(incluindo crise
hipertensiva),
hipotensão,
hipotensão
ortostática,
afrontamento,
extremidades frias
Doenças Epistaxis, dor
respiratórias, torácica
torácicas e do
mediastino
Doenças Náuseas, Obstipação, Pancreatite
gastrointestinais vómitos, diarreia dispepsia, gastrite,
dor abdominal, boca
seca, desconforto
abdominal, distensão
abdominal, gengivite,
melenas, odontalgia
Afeções Doença hepática
hepatobiliares
Afeções dos tecidos Erupção cutânea Alopecia, pele seca, Necrólise
cutâneos e hiperidrose, eritema, epidérmica tóxica,
subcutâneos alterações cutâneas, síndrome de
prurido, dermatite Stevens-Johnson,
alérgica reação a fármaco
com eosinofilia e
sintomas sistémicos
(DRESS),
angioedema,
urticária.
Afeções músculo- Mialgia, alteração
esqueléticas e do metabólica óssea,
tecido conjuntivo fraqueza muscular,
dores nas
extremidades
Doenças renais e Infeção do trato
urinárias urinário
Perturbações gerais e Fadiga, Mal-estar, arrepios,
alterações no local da alterações da edema periférico
administração marcha, astenia
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Descrição das reações adversas selecionadas
Intervalo PR
O uso de acetato de eslicarbazepina está associado a um aumento do intervalo PR. Podem surgir reações
adversas associadas ao prolongamento do intervalo PR (ex. bloqueio AV, síncope, bradicardia).
Existem registos de diminuição da densidade mineral óssea, osteopenia, osteoporose e fraturas em doentes sob
terapêutica de longa duração com os antiepiléticos estruturalmente relacionados, carbamazepina e
oxcarbazepina. O mecanismo pelo qual o metabolismo ósseo é afetado não foi identificado.
População pediátrica
Em estudos controlados com placebo que envolveram doentes com idade entre os 2 e os 18 anos com crises
epiléticas parciais (238 a receber tratamento com acetato de eslicarbazepina e 189 com placebo) verificou-se que
35,7% dos doentes tratados com acetato de eslicarbazeina e 19% dos doentes tratados com placebo apresentaram
reações adversas ao tratamento. As reações adversas mais comuns no grupo tratado com acetato de
eslicarbazepina foram diplopia (5,0%), sonolência (8,0%) e vómitos (4,6%).
O perfil de reações adversas ao acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante em ambos os grupos. No
grupo de doentes com idades entre os 6 e os 11 anos, as reações adversas mais comuns, observadas em mais de
dois doentes tratados com acetato de eslicarbazepina, foram diplopia (9,5%), sonolência (7,4%), tonturas (6,3%),
convulsões (6,3%) e náuseas (3,2%); no grupo de doentes com idade entre os 12 e os 18 anos foram sonolência
(7,4%), vómitos (4,2%), diplopia (3,2%) e fadiga (3,2%). A segurança de Zebinix em crianças com seis anos ou
menos ainda não está estabelecida.
O perfil de segurança do acetato de eslicarbazepina foi, em geral, semelhante entre adultos e doentes pediátricos,
com exceção da agitação (comum, 1,3%) e dor abdominal (comum, 2,1%) que foram mais comuns nas crianças
do que nos adultos. Tonturas, sonolência, vertigem, astenia, perturbações na marcha, tremor, ataxia, perturbações
no equilíbrio, visão turva, diarreia; rash e hiponatrémia foram reações menos comuns em crianças do que nos
adultos. Dermatite alérgica (pouco frequente, 0,8%) foi reportada apenas na população pediátrica.
Os dados de segurança a longo prazo na população pediátrica, obtidos em extensões abertas do estudo de fase
III, foram consistentes com o conhecido perfil de segurança do produto, sem novas descobertas relevantes.
4.9 Sobredosagem
Após uma sobredosagem com acetato de eslicarbazepinaforam observados sintomas principalmente associados
aosistema nervoso central (ex. convulsões de todos os tipos, status epilepticus) e distúrbios cardíacos (ex.
arritmia cardíaca). Desconhece-se a existência de um antídoto específico. Deve ser administrado tratamento
sintomático e de suporte apropriado. Se necessário, os metabolitos do acetato de eslicarbazepina podem ser
eficazmente removidos por hemodiálise (ver secção 5.2).
72
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação exato do acetato de eslicarbazepina não está completamente esclarecido. Todavia, estudos
eletrofisiológicos in vitro mostram que quer o acetato de eslicarbazepina quer os seus metabolitos estabilizam os
canais de sódio dependentes da voltagem no seu estado inativo, impedindo o seu retorno ao estado ativo e
prevenindo assim o disparo neuronal repetitivo.
Efeitos farmacodinâmicos
O acetato de eslicarbazepina e os seus metabolitos ativos inibem o desenvolvimento de crises epiléticas em
modelos não-clínicos preditivos da eficácia anticonvulsivante no Homem. A atividade farmacológica do acetato
de eslicarbazepina em seres humanos exerce-se maioritariamente através do metabolito ativo eslicarbazepina.
Eficácia clínica
População adulta
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante foi demonstrada em quatro ensaios de fase
III, em dupla ocultação, controlados com placebo, efetuados em 1.703 doentes adultos randomizados com
epilepsia parcial refratária ao tratamento com um a três antiepiléticos concomitantes. A oxcarbazepina e o
felbamato não foram autorizados como medicamentos concomitantes nestes estudos. O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 400 mg (apenas nos ensaios -301 e -302), 800 mg e 1200 mg, uma vez
por dia. O acetato de eslicarbazepina 800 mg uma vez por dia e 1200 mg uma vez por dia foram
significativamente mais eficazes do que o placebo na redução da frequência de crises durante um período de
manutenção de 12 semanas. Considerando os estudos de fase III, a percentagem de indivíduos com uma redução
≥ 50% (analisados 1581) na frequência de crises foi de 19,3% com o placebo, 20,8% com acetato de
eslicarbazepina 400 mg, 30,5% com acetato de eslicarbazepina 800 mg e 35,3% com acetato de eslicarbazepina
1200 mg diários.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina como monoterapia foi demonstrada num estudo em dupla ocultação
controlado com substância ativa (carbamazepina de libertação controlada) envolvendo 815 doentes adultos
aleatorizados com crises epiléticas parciais recentemente diagnosticadas. O acetato de eslicarbazepina foi testado
a doses de 800 mg, 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As doses do comparador ativo, a carbamazepina de
libertação controlada, foram de 200 mg, 400 mg e 600 mg, duas vezes por dia. Todos os indivíduos foram
aleatorizados para a dose mais baixa e, apenas depois da ocorrência de uma crise epilética, escalados para o nível
de dosagem seguinte. Dos 815 doentes aleatorizados, 401 doentes foram tratados com acetato de eslicarbazepina
uma vez por dia [271 doentes (67,6%) permaneceram no nível de dosagem de 800 mg, 70 doentes (17,5%)
permaneceram no nível de dosagem de 1200 mg e 60 doentes (15,0%) foram tratados com 1600 mg]. Na análise
de eficácia primária, na qual os doentes que abandonaram o estudo foram considerados como não tendo
respondido ao tratamento, 71,1% dos indivíduos foram classificados como livres de crises no grupo de acetato
de eslicarbazepina e 75,6% no grupo de carbamazepina de libertação controlada durante o período de avaliação
de 26 semanas (diferença de riscos média -4,28%, intervalo de confiança de 95%: [-10,30; 1,74]. O efeito do
tratamento observado durante o período de avaliação de 26 semanas manteve-se ao longo de 1 ano de
tratamento, com 64,7 % dos doentes tratados com acetato de eslicarbazepina e 70,3% doentes tratados com
carbamazepina de libertação controlada classificados como livres de crises (diferença de riscos média -5,46%,
intervalo de confiança de 95%: [-11,88; 0,97]. Na análise de falha do tratamento (risco de crise) baseada na
análise de tempo até ao evento (análise Kaplan-Meier e regressão Cox), a análise Kaplan-Meier estima que o
risco de crise no final do período de avaliação foi de 0,06 com carbamazepina e 0,12 com acetato de
eslicarbazepina e verifica um aumento adicional do risco para 0,11 com carbamazepina e 0,19 com acetato de
eslicarbazepina (p=0,0002), no final do período de 1 ano.
Ao fim de 1 ano, a probabilidade de um doente descontinuar o tratamento devido a reações adversas ou falta de
eficácia foi calculada em 0,26 em relação ao acetato de eslicarbazepina e em 0,21 em relação à carbamazepina
de libertação controlada.
A eficácia do acetato de eslicarbazepina na conversão para monoterapia foi avaliada em 2 estudos aleatorizados
e controlados, em dupla ocultação, envolvendo 365 doentes adultos com crises epiléticas parciais. O acetato de
eslicarbazepina foi testado em doses de 1200 mg e 1600 mg, uma vez por dia. As taxas de doentes que ficaram
73
livres de crises durante o total do período de 10 semanas de monoterapia foram, respetivamente, 7,6% (1600 mg)
e 8,3 % (1200 mg) num dos estudos, e 10,0% (1600 mg) e 7,4 % (1200 mg) no outro.
Populaçao idosa
A segurança e eficácia do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante em doentes idosos com crises
epiléticas parciais foram avaliadas num estudo não controlado, com duração de 26 semanas, envolvendo 72
doentes idosos (idade ≥ 65 anos). Os dados evidenciam que a incidência das reacções adversas nesta população
(65,3%) é semelhante ao da população geral envolvida nos estudos de epilepsia em dupla ocultação (66,8%). As
reacções adversas individuais mais frequentes foram tonturas (12,5 % dos indivíduos), sonolência (9,7%),
fadiga, convulsão e hiponatremia (8,3%, cada), nasofaringite (6,9%) e infeção do trato respiratório superior
(5,6%). Cinquenta dos 72 indivíduos completaram o período de 26 semanas de tratamento, o que corresponde a
uma taxa de retenção de 69,4% (ver na secção 4.2 a informação sobre o uso em idosos). Os dados sobre o regime
de monoterapia na população idosa são limitados. Apenas poucos indivíduos (N=27) com idade superior a 65
anos foram tratados com acetato de eslicarbazepina no estudo de monoterapia.
População pediátrica
A eficácia e segurança do acetato de eslicarbazepina como terapêutica adjuvante nas crises epiléticas parciais em
crianças foi avaliada num estudo de fase II em crianças com idades entre os 6 e os 16 anos (n=123) e num estudo
de fase III em crianças com idades entre os 2 e os 18 anos (n=304). Ambos os estudos foram de dupla ocultação
e controlados com placebo, com uma duração da fase de manutenção de 8 semanas (estudo 208) e 12 semanas
(estudo 305), respetivamente. O estudo 208 incluiu 2 extensões abertas adicionais, subsequentes de longo-prazo
(1 ano para a parte II e 2 anos para a parte III) e o estudo 305 incluiu 4 períodos de extensão aberta
subsequentes, de longo-prazo (1 ano para as Partes II, III e IV e 2 anos para a Parte V). O acetato de
eslicarbazepina foi testado nas doses de 20 mg/kg/dia e 30 mg/kg/dia, até um máximo de 1200 mg/dia. A dose
alvo foi de 30 mg/kg/dia no estudo 208 e 20 mg/kg/dia no estudo 305. As doses foram ajustadas com base na
tolerabilidade e resposta ao tratamento.
No período de dupla ocultação do estudo de fase II, o endpoint secundário foi a avaliação da eficácia. A redução
da média dos mínimos quadrados relativamente à frequência padronizada de crises desde a baseline ao período
de manutenção foi significativamente (p<0,001) maior com acetato de eslicarbazepina (-34,8%) do que com o
placebo (-13,8%). O número de respondedores (doentes com redução ≥50% da frequência padronizada de crises)
foi de 42 doentes (50,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 10 doentes (25,0%) no
grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente significativa (p=0,009).
No período de dupla ocultação do estudo de fase III, a redução da média dos mínimos quadrados relativamente à
frequência padronizada de crises com acetato de eslicarbazepina (-18,1% versus baseline) foi diferente da obtida
com o placebo (-8,6% versus baseline), mas estatisticamente não significativa (p=0,2490). O número de
respondedores foi de 41 doentes (30,6%) no grupo do acetato de eslicarbazepina em comparação com 40 doentes
(31,0%) no grupo do placebo, com uma diferença estatisticamente não significativa (p=0,9017). Foram
realizadas análises post-hoc de subgrupos do estudo de fase III em grupos etários a partir dos 6 anos e por dose.
Relativamente às crianças com mais de 6 anos, o número de respondedores foi de 36 doentes (35,0%) no grupo
do acetato de eslicarbazepina em comparação com 29 doentes (30,2%) no grupo do placebo (p=0,4759). A
redução da média dos mínimos quadrados na frequência padronizada de crises foi também superior no grupo
tratado com acetato de eslicarbazepina (-24,4% versus -10,5%), ainda que a diferença de 13,9% não seja
estatisticamente significativa (p=0,1040). 39% dos doentes no estudo 305 foram sujeitos a titulação até à dose
máxima possível (30 mg/kg/day). De entre estes, excluindo os doentes com 6 anos ou menos, o número de
respondedores foi de 14 (48,3%) doentes no grupo do acetato de eslicarbazepina e 11 (30,6%) no grupo do
placebo, (p=0,1514). Apesar da robustez destas análises post-hoc de subgrupos ser limitada, os dados obtidos
sugerem a existência de um aumento do efeito dependente da idade e da dose.
Na extensão aberta subsequente de 1 ano (Parte II) do estudo de fase III (análise Intenção de Tratar, N=225), a
taxa total de respondedores foi de 46.7% (aumentando de forma constante de 44.9% (semanas 1-4) para 57.5%
(semanas > 40)). A mediana total da frequência de crises padronizada foi de 6.1 (diminuindo de 7.0 (semanas 1-
4) para 4.0 (semanas > 40), resultando numa variação relativa mediana de -46.7%, em comparação com a
baseline). A variação relativa mediana foi maior no grupo placebo anterior (-51.4%) do que no grupo ESL
anterior (-40.4%). A proporção de doentes com exacerbação (aumento de ≥25%) comparado com a baseline foi
14.2%.
Nas 3 extensões abertas subsequentes (análise Intenção de Tratar, N=148), a taxa de respondedores global foi de
26.6% quando comparado com as baseline das partes III-V (i.e. nas últimas 4 semanas da parte II). A mediana
total da frequência de crises padronizada foi de 2.4 (resultando numa variação relativa mediana desde a baseline
das partes III-V de -22.9%). A redução relativa mediana global na Parte I foi maior nos doentes tratados com
74
ESL (-25.8%) do que nos doentes tratados com placebo (-16.4%). A proporção global de doentes com
exacerbação (aumento de ≥25%) quando comparado com a baseline das Partes III-V foi de 25.7%.
Dos 183 doentes que completaram as partes I e II do estudo, 152 doentes foram envolvidos na parte III. Destes,
65 doentes receberam ESL e 87 doentes receberam placebo durante a parte de dupla-ocultação do estudo. 14
doentes (9.2%) completaram a fase aberta do tratamento com ESL até à parte V. A razão mais frequente para
descontinuação durante qualquer parte do estudo foi por pedido do promotor (30 doentes na parte III [19.7% dos
doentes que entraram na parte III], 9 na parte IV [9.6% dos doentes que entraram na parte IV], e 43 na parte V
[64.2% dos doentes que entraram na Parte V]).
Tendo em consideração as limitações da natureza de dados não controlados de fase aberta, a resposta a longo-
prazo ao acetato de eslicarbazepina nas partes abertas do estudo foi globalmente mantida.
A Agência Europeia do Medicamento diferiu a obrigação de apresentação dos resultados dos estudos com
Zebinix em um ou mais subgrupos da população pediátrica no tratamento da epilepsia com crises parciais (ver
secção 4.2 para informação sobre utilização pediátrica).
Absorção
O acetato de eslicarbazepina é extensivamente transformado em eslicarbazepina. Após a administração oral, os
níveis plasmáticos do acetato de eslicarbazepina mantêm-se geralmente abaixo do limite de quantificação. O
Cmax x da eslicarbazepina é alcançado 2 a 3 h após a dose (tmax). A biodisponibilidade pode ser considerada
elevada porque a quantidade de metabolitos recuperados na urina corresponde a mais de 90% de uma dose de
eslicarbazepina.
Distribuição
A ligação da eslicarbazepina às proteínas plasmáticas é relativamente baixa (<40%) e independente da
concentração. Estudos in vitro mostraram que a ligação às proteínas plasmáticas não foi relevantemente afetada
pela presença de varfarina, diazepam, digoxina, fenitoína e tolbutamida. A ligação da varfarina, diazepam,
digoxina, fenitoína e tolbutamida não foi significativamente afetada pela presença de eslicarbazepina.
Biotransformação
O acetato de eslicarbazepina é rápida e extensivamente biotransformado no seu metabolito primário
eslicarbazepina, por hidrólise de primeira passagem. O estado estacionário das concentrações plasmáticas é
atingido após 4 a 5 dias, de toma única diária, consistente com uma semivida efetiva na ordem das 20-24 h. Em
estudos realizados em indivíduos saudáveis e doentes adultos epiléticos, a semivida aparente da eslicarbazepina
foi de 10-20 h e 13-20 h, respetivamente. Os metabolitos secundários no plasma são R-licarbazepina e
oxcarbazepina, que demonstraram ser ativos, e os conjugados de ácido glucurónico de acetato de
eslicarbazepina, eslicarbazepina, R-licarbazepina e oxcarbazepina.
A eslicarbazepina é um indutor fraco do CYP3A4 e tem propriedades inibitórias do CYP2C19 (como indicado
na secção 4.5).
Em estudos com eslicarbazepina em hepatócitos humanos frescos observou-se uma ligeira indução da
glucoronidação mediada por UGT1A1.
Eliminação
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal, sob a forma intacta e de glucorono-conjugados. No total, a eslicarbazepina e o seu glucoronado
correspondem a mais de 90% do total de metabolitos excretados na urina, aproximadamente dois terços na forma
intacta e um terço como glucorono-conjugado.
Linearidade/não-linearidade
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina é linear e proporcional às doses entre 400-1200 mg, quer em
indivíduos saudáveis quer em doentes.
75
Compromisso renal
Os metabolitos do acetato de eslicarbazepina são eliminados da circulação sistémica essencialmente por
excreção renal. Um estudo realizado em doentes adultos com compromisso renal ligeiro a moderado mostrou
que a depuração depende da função renal. Durante o tratamento com Zebinix recomenda-se o ajuste da dose em
doentes, adultos e crianças com mais de 6 anos de idade, com depuração da creatinina inferior a 60 ml/min (ver
secção 4.2).
Não se recomenda o uso de acetato de eslicarbazepina em crianças com idade compreendida entre 2 e 6 anos.
Nesta idade a atividade intrínseca do processo de eliminação ainda não atingiu a maturação.
Compromisso hepático
A farmacocinética e o metabolismo do acetato de eslicarbazepina foram avaliados em indivíduos saudáveis e em
doentes com compromisso hepático moderado após administração de doses orais múltiplas. O compromisso
hepático moderado não afetou a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina. Não se recomenda o ajuste
posológico em doentes com compromisso hepático ligeiro a moderado (ver secção 4.2).
A farmacocinética do acetato de eslicarbazepina não foi estudada em doentes com compromisso hepático grave.
Sexo
Estudos em indivíduos saudáveis e em doentes mostraram que a farmacocinética do acetato de eslicarbazepina
não é afetada pelo sexo do indivíduo.
População pediátrica
As reações adversas observadas em estudos animais ocorreram em níveis de exposição apreciavelmente mais
baixos do que os níveis de exposição clínicos à eslicarbazepina (o metabolito principal e farmacologicamente
ativo do acetato de eslicarbazepina). Assim, não foram estabelecidas as margens de segurança com base na
exposição comparativa.
Em estudos de toxicidade de dose repetida no rato, foi evidenciada nefrotoxicidade, que não foi observada nos
estudos em ratinhos e cães, e que é consistente com uma exacerbação de nefropatia espontânea progressiva
crónica nesta espécie.
Nos estudos de toxicidade de dose repetida em ratinhos e ratos foi observada hipertrofia centrolobular do fígado
e um aumento da incidência de tumores no fígado num estudo de carcinogenicidade em ratinhos; estes resultados
são consistentes com a indução de enzimas microssomais hepáticas, um efeito que não foi observado em doentes
que tomaram acetato de eslicarbazepina.
76
Os estudos de genotoxicidade com acetato de eslicarbazepina não mostraram riscos especiais para os seres
humanos.
Foi observada disfunção da fertilidade em ratos fêmea; as diminuições na implantação e nos embriões vivos
observadas no estudo de fertilidade em ratos podem indicar consequências na fertilidade das fêmeas, não tendo
sido, no entanto, avaliada a contagem dos corpos lúteos. O acetato de eslicarbazepina não apresentou efeito
teratogénico em ratos e coelhos, mas verificaram-se anomalias no esqueleto de ratinhos. Foram observados
atrasos na ossificação, baixo peso fetal, aumento das anomalias minor esqueléticas e viscerais para doses tóxicas
maternas em estudos de embriotoxicidade em ratinhos, ratos e coelhos. Em estudos peri/pós-natais em ratinhos e
ratos foi observado um atraso no desenvolvimento sexual da geração F1.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
3 anos.
Após primeira abertura: 2 meses
Frascos de vidro âmbar tipo III com fecho de polietileno de alta densidade (HDPE) resistente à abertura por
crianças, com 200 ml de suspensão oral, dentro de embalagem de cartão. Cada embalagem contém uma seringa
graduada de polipropileno de 10 ml com graduação a cada 0,2 ml, e um adaptador de plástico para o frasco .
Qualquer medicamento não utilizado ou resíduos devem ser eliminados de acordo com as exigências locais.
EU/1/09/514/024
77
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE
INTRODUÇÃO NO MERCADO
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
78
ANEXO II
79
A FABRICANTE(S) RESPONSÁVEL(VEIS) PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
80
ANEXO III
81
A. ROTULAGEM
82
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Caixa de 20 ou 60 comprimidos
1. NOME DO MEDICAMENTO
20 comprimidos
60 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
83
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Lote
zebinix 200 mg
PC:
SN
NN:
84
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS
Blister PVC/ALU
1. NOME DO MEDICAMENTO
BIAL
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTROS
85
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
1. NOME DO MEDICAMENTO
60 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
86
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/09/514/023
Lote
zebinix 200 mg
PC:
SN:
NN:
87
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Caixa de 7, 14 ou 28 comprimidos
1. NOME DO MEDICAMENTO
7 comprimidos
14 comprimidos
28 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
88
Portugal
Lote
zebinix 400 mg
PC:
SN:
NN:
89
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS
Blister ALU/ALU
Blister PVC/ALU
1. NOME DO MEDICAMENTO
BIAL
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTROS
90
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
Caixa de 30 ou 60 comprimidos
1. NOME DO MEDICAMENTO
30 comprimidos
60 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
91
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Lote
zebinix 600 mg
PC:
SN:
NN:
92
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS
Blister ALU/ALU
Blister PVC/ALU
1. NOME DO MEDICAMENTO
BIAL
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTROS
93
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
1. NOME DO MEDICAMENTO
90 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
94
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/09/514/011
Lote
zebinix 600 mg
PC:
SN:
NN:
95
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
1. NOME DO MEDICAMENTO
20 comprimidos
30 comprimidos
60 comprimidos
90 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
96
4745-457 S. Mamede do Coronado
Portugal
Lote
zebinix 800 mg
PC:
SN:
NN:
(só no acondicionamento secundário)
97
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR NAS EMBALAGENS “BLISTER” OU FITAS CONTENTORAS
Blister ALU/ALU
Blister PVC/ALU
1. NOME DO MEDICAMENTO
BIAL
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. OUTROS
98
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
1. NOME DO MEDICAMENTO
90 comprimidos
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
99
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/09/514/020
Lote
zebinix 800 mg
PC:
SN:
NN:
100
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
1. NOME DO MEDICAMENTO
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
101
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/09/514/025-026
Lote
zebinix 800 mg
PC:
SN:
NN:
(só no acondicionamento secundário)
1. NOME DO MEDICAMENTO
102
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
90 comprimidos. Componente de uma embalagem múltipla. Não pode ser vendido separadamente.
Via oral.
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
EU/1/09/514/025-026
Lote
103
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
zebinix 800 mg
PC:
SN:
NN:
(só no acondicionamento secundário)
104
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO E NO
ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
Caixa exterior / frasco
1. NOME DO MEDICAMENTO
suspensão oral
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
105
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO
MERCADO
EU/1/09/514/024
Lot
zebinix 50 mg/ml
PC:
SN:
NN:
(só no acondicionamento secundário
106
B. FOLHETO INFORMATIVO
107
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar ou dar este medicamento à sua criança, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Zebinix é usado:
Advertências e precauções
108
Por favor informe o seu médico:
• se tem doenças dos rins. O seu médico poderá ter de ajustar a dose. O Zebinix não é recomendado para
doentes com doença renal grave.
• se tem doenças do fígado. Zebinix não é recomendado em doentes com doenças graves no fígado.
• se está a tomar algum medicamento que possa causar uma anomalia no ECG (eletrocardiograma),
conhecida por aumento do intervalo do PR. Se não tem a certeza de que os medicamentos que está a
tomar tenham este efeito, fale com o seu médico.
• se sofre de uma doença do coração tal como disfunção cardíaca ou ataque cardíaco, ou tem qualquer
alteração do ritmo cardíaco.
• se sofre de crises epiléticas que começam com descargas elétricas generalizadas envolvendo ambos os
lados do cérebro.
Um pequeno número de doentes a fazer tratamento com antiepiléticos tem pensamentos de autoagressão ou
suicídio. Se nalgum momento tiver esses pensamentos enquanto estiver a tomar Zebinix, contacte imediatamente
o seu médico.
Zebinix pode fazê-lo sentir tonturas e/ou sonolência, particularmente no início do tratamento. Tome especial
cuidado enquanto estiver a tomar Zebinix para evitar acidentes, como quedas.
Em doentes de etnia chinesa Han ou de etnia Thai, o risco de reações graves da pele, associado com a
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas, pode ser previsto através de um teste ao sangue
destes doentes. O seu médico poderá informá-lo no caso de ser necessário fazer um teste ao sangue antes de
tomar Zebinix.
Crianças
Zebinix não deve ser administrado a crianças com 6 anos ou menos.
Gravidez e aleitamento
Não é recomendado tomar Zebinix se estiver grávida, pois os efeitos de Zebinix na gravidez e no bebé em
gestação são desconhecidos.
109
Se está a planear uma gravidez, fale com o seu médico antes de interromper a contracepção e antes de
engravidar. O seu médico pode decidir alterar o seu tratamento.
Se está ou pensa que poderá estar grávida, informe o seu médico imediatamente. Não deverá parar de tomar o
seu medicamento sem antes discutir o assunto com o seu médico. Parar de tomar a medicação sem consultar o
seu médico pode causar crises convulsivas, que podem ser perigosas para si e para o bebé em gestação. O seu
médico poderá decidir alterar o seu tratamento.
Se é uma mulher em idade fértil e não está a planear engravidar; deve utilizar métodos contracetivos eficazes
durante o tratamento com Zebinix. Zebinix poderá afetar a forma como os contraceptivos hormonais (como a
pílula contraceptiva) atuam, podendo torná-los menos eficazes na prevenção da gravidez.
Por conseguinte, recomenda-se que use outras formas de contraceção seguras e efetivas, durante o tratamento
com Zebinix e até ao final do ciclo menstrual se parar o tratamento. Fale com o seu médico, que irá discutir
consigo o tipo de contracepção mais adequado a utilizar enquanto estiver a tomar Zebinix. Se o tratamento com
Zebinix for interrompido, deve continuar a utilizar métodos contracetivos eficazes até ao final do ciclo menstrual
em curso.
Se tomar Zebinix durante a gravidez, o seu bebé poderá também ter algum risco de ter problemas hemorrágicos
logo após o nascimento. O seu médico poderá prescrever um medicamento para prevenir essa situação.
Não amamente enquanto estiver a tomar Zebinix. Não se sabe se o mesmo passa para o leite materno.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se
tiver dúvidas.
Adultos
Dose para início do tratamento
400 mg, uma vez por dia durante uma a duas semanas, antes de aumentar para a dose de manutenção. O seu
médico decidirá se deve fazer esta dose durante uma ou duas semanas.
Dose de manutenção
A dose habitual de manutenção é de 800 mg uma vez por dia.
Dependendo do modo como vai reagir ao Zebinix, a sua dose pode ser aumentada para 1200 mg uma vez por
dia. Caso esteja a tomar Zebinix em monoterapia, o seu médico poderá considerar que pode beneficiar de uma
dose de 1600 mg, uma vez por dia.
Doentes renais
Se tem doenças dos rins, ser-lhe-á dada uma dose mais baixa de Zebinix. O seu médico indicará qual a dose
adequada para si. Zebinix não é recomendado se tem doença renal grave.
Dose de manutenção
110
Dependendo da resposta ao Zebinix, a dose pode ser aumentada em incrementos de 10 mg por kg de peso
corporal, em intervalos de uma ou duas semanas, até ao máximo de 30 mg por kg de peso corporal. A dose
máxima é 1200 mg uma vez por dia.
Para crianças poderá ser mais adequada outra forma farmacêutica, como a suspensão oral. Informe-se com o seu
médico ou farmacêutico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Os seguintes efeitos secundários podem ser muito graves. Se eles surgirem deverá parar de tomar Zebinix e
informar um médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital, pois pode necessitar de tratamento médico urgente:
• bolhas ou descamação da pele e/ou mucosas, erupção na pele, dificuldade em engolir ou respirar, inchaço
dos lábios, cara, pálpebras, garganta ou língua. Estes podem ser sinais de reação alérgica.
111
• dificuldade em adormecer
• dificuldade na coordenação dos movimentos (ataxia).
• aumento de peso
Os efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas) são:
• sensação de peso
• alergia
• prisão de ventre
• convulsões
• menor funcionamento da tiroide. Os sintomas incluem redução dos níveis das hormonas tiroideias
(observada nas análises ao sangue), intolerância ao frio, língua volumosa, unhas ou cabelos finos e
quebradiços e baixa temperatura corporal.
• problemas de fígado (como por exemplo, o aumento das enzimas do fígado)
• tensão alta ou aumento severo da tensão arterial
• tensão baixa ou queda na tensão arterial ao levantar-se
• análises de sangue que mostram que tem níveis baixos de sais (incluindo cloreto) no sangue ou redução dos
glóbulos vermelhos
• desidratação
• alteração dos movimentos oculares, visão enevoada ou vermelhidão nos olhos
• quedas
• queimadura térmica
• falta de memória ou esquecimento
• choro, sensação de depressão, nervosismo ou confusão, falta de interesse ou emoção
• dificuldade em falar ou escrever ou compreender a linguagem falada ou escrita
• agitação
• défice de atenção/ hiperatividade
• irritabilidade
• alterações do humor ou alucinações
• dificuldade em falar
• hemorragia (sangramento) nasal
• dor no peito
• formigueiro e/ou sentir um adormecimento em qualquer parte do corpo
• enxaqueca
• sensação de queimadura
• sensibilidade táctil anormal
• alterações do odor
• zumbidos
• dificuldade na audição
• inchaço nas pernas e braços
• azia, indisposição gástrica, dor abdominal, abdómen distendido e desconforto ou boca seca
• fezes escuras (como carvão)
• gengivas inflamadas e dores de dentes
• suor ou pele seca
• comichão
• alterações na pele (por ex. pele vermelha)
• queda de cabelo
• infeção do trato urinário
• sensação de fraqueza, mal-estar geral ou de arrepios
• perda de peso
• dor muscular, dor nos membros, fraqueza muscular
• alteração metabólica óssea
• aumento de uma proteína relacionada com o metabolismo ósseo
• afrontamento, membros frios
• batimentos cardíacos lentos ou irregulares
• sonolência excessiva
• sedação
• doenças neurológicas do movimento, em que os seus músculos se contraem causando movimentos de torção
e repetitivos ou postura anormal. Os sintomas incluem tremores, dor, cãibras.
• intoxicação medicamentosa
112
• ansiedade
Os efeitos secundários desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
• Redução dos níveis de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento ou equimose;
• Dor forte nas costas e no estômago (causada por inflamação do pâncreas);
• Redução dos glóbulos brancos, o que facilita a ocorrência de infeções;
• Manchas avermelhadas tipo-alvo ou manchas circulares, geralmente com bolhas centrais no tronco,
descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e olhos, olhos vermelhos e inchados e
podem ser precedidos por febre e/ou sintomas de tipo gripal (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica);
• Inicialmente sintomas de tipo gripal, erupção cutânea no rosto e depois erupção no resto do corpo,
temperatura corporal elevada, aumento das enzimas do fígado, alterações no sangue (eosinofilia), gânglios
linfáticos aumentados e envolvimento de outros órgãos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistémicos também conhecido por DRESS ou síndrome de hipersensibilidade a medicamentos);
• Reação alérgica grave causando inchaço da face, garganta, mãos, pés,tornozelos ou pernas;
• Urticária (erupção cutânea com comichão);
• Letargia, confusão, espasmos musculares ou agravamento significativo das convulsões (possíveis sintomas
de baixos níveis de sódio no sangue devido a síndrome tipo de secreção inapropriado de hormona
antidiurética).
O uso de Zebinix está associado a uma alteração no ECG (eletrocardiograma) designada por aumento do
intervalo PR. Podem ocorrer efeitos secundários associados com esta alteração do ECG (ex. desmaio ou redução
da frequência cardíaca).
Existem registos de distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose (diminuição da densidade óssea) e
fraturas com antiepiléticos estruturalmente relacionados como a carbamazepina e oxcarbazepina. Contacte o seu
médico ou farmacêutico se está sob tratamento de longa duração com medicamentos antiepiléticos, se tem
histórico de osteoporose ou se está a tomar esteroides.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister, no frasco ou na embalagem exterior,
a seguir a “EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
113
Os comprimidos são acondicionados em blisters em caixas de cartão contendo 20 ou 60 comprimidos e em
frascos de polietileno de alta densidade com fecho de segurança para crianças em caixas de cartão contendo 60
comprimidos.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da
Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien Luxembourg/Luxemburg
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tél/Tel: + 351 22 986 61 0 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
България Magyarország
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Teл.: + 351 22 986 61 00 Tel.: + 351 22 986 61 0
(Португалия) (Portugália)
Danmark Nederland
Nordicinfu Care AB BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tlf: +45 (0) 70 28 10 24 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal)
Deutschland Norge
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tlf: +47 (0) 22 20 60 00
(Portugal)
Eesti Österreich
BIAL-Portela & Cª, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: +351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
Ελλάδα Polska
ΑΡΡΙΑΝΙ ΦΑΡΜΑΚΕΥΤΙΚΗ Α.Ε. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Τηλ: + 30 210 668 3000 Tel.: + 351 22 986 61 00
(Portugália)
España Portugal
Laboratorios BIAL, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: + 34 91 562 41 96 Tel.: + 351 22 986 61 00
France România
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tél: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalia)
114
Hrvatska Slovenija
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Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalska)
Ísland Suomi/Finland
Nordicinfu Care AB Nordicinfu Care AB
Sími: +46 (0) 8 601 24 40 Puh/Tel: +358 (0) 207 348 760
Italia Sverige
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: +46 (0) 8 601 24 40
(Portogallo)
Latvija
BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugāle)
Lietuva
BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugalija)
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
115
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar ou dar este medicamento à sua criança, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Zebinix é usado:
Advertências e precauções
116
• se tem doenças do fígado. Zebinix não é recomendado em doentes com doenças graves no fígado.
• se está a tomar algum medicamento que possa causar uma anomalia no ECG (eletrocardiograma),
conhecida por aumento do intervalo do PR. Se não tem a certeza de que os medicamentos que está a
tomar tenham este efeito, fale com o seu médico.
• se sofre de uma doença do coração tal como disfunção cardíaca ou ataque cardíaco, ou tem qualquer
alteração do ritmo cardíaco.
• se sofre de crises epiléticas que começam com descargas elétricas generalizadas envolvendo ambos os
lados do cérebro.
Um pequeno número de doentes a fazer tratamento com antiepiléticos tem pensamentos de autoagressão ou
suicídio. Se nalgum momento tiver esses pensamentos enquanto estiver a tomar Zebinix, contacte imediatamente
o seu médico.
Zebinix pode fazê-lo sentir tonturas e/ou sonolência, particularmente no início do tratamento. Tome especial
cuidado enquanto estiver a tomar Zebinix para evitar acidentes, como quedas.
Em doentes de etnia chinesa Han ou de etnia Thai, o risco de reações graves da pele, associado com a
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas, pode ser previsto através de um teste ao sangue
destes doentes. O seu médico poderá informá-lo no caso de ser necessário fazer um teste ao sangue antes de
tomar Zebinix.
Crianças
Zebinix não deve ser administrado a crianças com 6 anos ou menos.
Gravidez e aleitamento
Não é recomendado tomar Zebinix se estiver grávida, pois os efeitos de Zebinix na gravidez e no bebé em
gestação são desconhecidos. Se está a planear uma gravidez, fale com o seu médico antes de interromper a
contracepção e antes de engravidar. O seu médico pode decidir alterar o seu tratamento.
117
neurodesenvolvimento (desenvolvimento cerebral) em crianças nascidas de mães que tomavam antiepiléticos,
particularmente, quando mais que um antiepilético era tomado ao mesmo tempo.
Se está ou pensa que poderá estar grávida, informe o seu médico imediatamente. Não deverá parar de tomar o
seu medicamento sem antes discutir o assunto com o seu médico. Parar de tomar a medicação sem consultar o
seu médico pode causar crises convulsivas, que podem ser perigosas para si e para o bebé em gestaçção. O seu
médico poderá decidir alterar o seu tratamento.
Se é uma mulher em idade fértil e não está a planear engravidar; deve utilizar métodos contracetivos eficazes
durante o tratamento com Zebinix. Zebinix poderá afetar a forma como os contraceptivos hormonais (como a
pílula contraceptiva) atuam, podendo torná-los menos eficazes na prevenção da gravidez.
Por conseguinte, recomenda-se que use outras formas de contraceção seguras e efetivas, durante o tratamento
com Zebinix e até ao final do ciclo menstrual se parar o tratamento. Fale com o seu médico, que irá discutir
consigo o tipo de contracepção mais adequado a utilizar enquanto estiver a tomar Zebinix. Se o tratamento com
Zebinix for interrompido, deve continuar a utilizar métodos contracetivos eficazes até ao final do ciclo menstrual
em curso.
Se tomar Zebinix durante a gravidez, o seu bebé poderá também ter algum risco de ter problemas hemorrágicos
logo após o nascimento. O seu médico poderá prescrever um medicamento para prevenir essa situação.
Não amamente enquanto estiver a tomar Zebinix. Não se sabe se o mesmo passa para o leite materno.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se
tiver dúvidas.
Adultos
Dose de manutenção
A dose habitual de manutenção é de 800 mg uma vez por dia.
Dependendo do modo como vai reagir ao Zebinix, a sua dose pode ser aumentada para 1200 mg uma vez por
dia. Caso esteja a tomar Zebinix em monoterapia, o seu médico poderá considerar que pode beneficiar de uma
dose de 1600 mg, uma vez por dia.
Doentes renais
Se tem doenças dos rins, ser-lhe-á dada uma dose mais baixa de Zebinix. O seu médico indicará qual a dose
adequada para si. Zebinix não é recomendado se tem doença renal grave.
Dose de manutenção
Dependendo da resposta ao Zebinix, a dose pode ser aumentada em incrementos de 10 mg por kg de peso
corporal, em intervalos de uma ou duas semanas, até ao máximo de 30 mg por kg de peso corporal. A dose
máxima é 1200 mg uma vez por dia.
118
Crianças com peso igual ou superior a 60 kg devem ser tratados com dose igual à dos adultos.
Para crianças poderá ser mais adequada outra forma farmacêutica, como a suspensão oral. Informe-se com o seu
médico ou farmacêutico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Os seguintes efeitos secundários podem ser muito graves. Se eles surgirem deverá parar de tomar Zebinix e
informar um médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital, pois pode necessitar de tratamento médico urgente:
• bolhas ou descamação da pele e/ou mucosas, erupção na pele, dificuldade em engolir ou respirar, inchaço
dos lábios, cara, pálpebras, garganta ou língua. Estes podem ser sinais de reação alérgica.
Os efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas) são:
119
• sensação de peso
• alergia
• prisão de ventre
• convulsões
• menor funcionamento da tiroide. Os sintomas incluem redução dos níveis das hormonas tiroideias
(observada nas análises ao sangue), intolerância ao frio, língua volumosa, unhas ou cabelos finos e
quebradiços e baixa temperatura corporal.
• problemas de fígado (como por exemplo, o aumento das enzimas do fígado)
• tensão alta ou aumento severo da tensão arterial
• tensão baixa ou queda na tensão arterial ao levantar-se
• análises de sangue que mostram que tem níveis baixos de sais (incluindo cloreto) no sangue ou redução dos
glóbulos vermelhos
• desidratação
• alteração dos movimentos oculares, visão enevoada ou vermelhidão nos olhos
• quedas
• queimadura térmica
• falta de memória ou esquecimento
• choro, sensação de depressão, nervosismo ou confusão, falta de interesse ou emoção
• dificuldade em falar ou escrever ou compreender a linguagem falada ou escrita
• agitação
• défice de atenção/ hiperatividade
• irritabilidade
• alterações do humor ou alucinações
• dificuldade em falar
• hemorragia (sangramento) nasal
• dor no peito
• formigueiro e/ou sentir um adormecimento em qualquer parte do corpo
• enxaqueca
• sensação de queimadura
• sensibilidade táctil anormal
• alterações do odor
• zumbidos
• dificuldade na audição
• inchaço nas pernas e braços
• azia, indisposição gástrica, dor abdominal, abdómen distendido e desconforto ou boca seca
• fezes escuras (como carvão)
• gengivas inflamadas e dores de dentes
• suor ou pele seca
• comichão
• alterações na pele (por ex. pele vermelha)
• queda de cabelo
• infeção do trato urinário
• sensação de fraqueza, mal-estar geral ou de arrepios
• perda de peso dor muscular, dor nos membros, fraqueza muscular
• alteração metabólica óssea
• aumento de uma proteína relacionada com o metabolismo ósseo
• afrontamento, membros frios
• batimentos cardíacos lentos ou irregulares
• sonolência excessiva
• sedação
• doenças neurológicas do movimento, em que os seus músculos se contraem causando movimentos de torção
e repetitivos ou postura anormal. Os sintomas incluem tremores, dor, cãibras.
• intoxicação medicamentosa
• ansiedade
Os efeitos secundários desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
• Redução dos níveis de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento ou equimose;
• Dor forte nas costas e no estômago (causada por inflamação do pâncreas)
• Redução dos glóbulos brancos, o que facilita a ocorrência de infeções
120
• Manchas avermelhadas tipo-alvo ou manchas circulares, geralmente com bolhas centrais no tronco,
descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e olhos, olhos vermelhos e inchados e
podem ser precedidos por febre e/ou sintomas de tipo gripal (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica);
• Inicialmente sintomas de tipo gripal, erupção cutânea no rosto e depois erupção no resto do corpo,
temperatura corporal elevada, aumento das enzimas do fígado, alterações no sangue (eosinofilia), gânglios
linfáticos aumentados e envolvimento de outros órgãos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistémicos também conhecido por DRESS ou síndrome de hipersensibilidade a medicamentos);
• Reação alérgica grave causando inchaço da face, garganta, mãos, pés,tornozelos ou pernas;
• Urticária (erupção cutânea com comichão);
• Letargia, confusão, espasmos musculares ou agravamento significativo das convulsões (possíveis sintomas
de baixos níveis de sódio no sangue devido a síndrome tipo de secreção inapropriado de hormona
antidiurética).
O uso de Zebinix está associado a uma alteração no ECG (eletrocardiograma) designada por aumento do
intervalo PR. Podem ocorrer efeitos secundários associados com esta alteração do ECG (ex. desmaio ou redução
da frequência cardíaca).
Existem registos de distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose (diminuição da densidade óssea) e
fraturas com antiepiléticos estruturalmente relacionados como a carbamazepina e oxcarbazepina. Contacte o seu
médico ou farmacêutico se está sob tratamento de longa duração com medicamentos antiepiléticos, se tem
histórico de osteoporose ou se está a tomar esteroides.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister ou na embalagem exterior, a seguir a
“EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
121
tel: +351 22 986 61 00
fax: +351 22 986 61 99
e-mail: [email protected]
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da
Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien Luxembourg/Luxemburg
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tél/Tel: + 351 22 986 61 0 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
България Magyarország
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Teл.: + 351 22 986 61 00 Tel.: + 351 22 986 61 0
(Португалия) (Portugália)
Danmark Nederland
Nordicinfu Care AB BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tlf: +45 (0) 70 28 10 24 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal)
Deutschland Norge
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tlf: +47 (0) 22 20 60 00
(Portugal)
Eesti Österreich
BIAL-Portela & Cª, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: +351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
Ελλάδα Polska
ΑΡΡΙΑΝΙ ΦΑΡΜΑΚΕΥΤΙΚΗ Α.Ε. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Τηλ: + 30 210 668 3000 Tel.: + 351 22 986 61 00
(Portugália)
España Portugal
Laboratorios BIAL, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: + 34 91 562 41 96 Tel.: + 351 22 986 61 00
France România
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tél: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalia)
Hrvatska Slovenija
BIAL-Portela & Cª, S.A. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalska)
122
Ísland Suomi/Finland
Nordicinfu Care AB Nordicinfu Care AB
Sími: +46 (0) 8 601 24 40 Puh/Tel: +358 (0) 207 348 760
Italia Sverige
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: +46 (0) 8 601 24 40
(Portogallo)
Latvija
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Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugāle)
Lietuva
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Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugalija)
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
123
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar ou dar este medicamento à sua criança, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Zebinix é usado:
Advertências e precauções
124
• se tem doenças do fígado. Zebinix não é recomendado em doentes com doenças graves no fígado.
• se está a tomar algum medicamento que possa causar uma anomalia no ECG (eletrocardiograma),
conhecida por aumento do intervalo do PR. Se não tem a certeza de que os medicamentos que está a
tomar tenham este efeito, fale com o seu médico.
• se sofre de uma doença do coração tal como disfunção cardíaca ou ataque cardíaco, ou tem qualquer
alteração do ritmo cardíaco.
• se sofre de crises epiléticas que começam com descargas elétricas generalizadas envolvendo ambos os
lados do cérebro.
Um pequeno número de doentes a fazer tratamento com antiepiléticos tem pensamentos de autoagressão ou
suicídio. Se nalgum momento tiver esses pensamentos enquanto estiver a tomar Zebinix, contacte imediatamente
o seu médico.
Zebinix pode fazê-lo sentir tonturas e/ou sonolência, particularmente no início do tratamento. Tome especial
cuidado enquanto estiver a tomar Zebinix para evitar acidentes, como quedas.
Em doentes de etnia chinesa Han ou de etnia Thai, o risco de reações graves da pele associado com a
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas, pode ser previsto através de um teste ao sangue
destes doentes. O seu médico poderá informá-lo no caso de ser necessário fazer um teste ao sangue antes de
tomar Zebinix.
Crianças
Zebinix não deve ser administrado a crianças com 6 anos ou menos.
Gravidez e aleitamento
Não é recomendado tomar Zebinix se estiver grávida, pois os efeitos de Zebinix na gravidez e no bebé em
gestação são desconhecidos.
Se está a planear uma gravidez, fale com o seu médico antes de interromper a contracepção e antes de
engravidar. O seu médico pode decidir alterar o seu tratamento.
125
A informação existente sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. A
investigação revelou um risco aumentado de malformações e de problemas relacionados com o
neurodesenvolvimento (desenvolvimento cerebral) em crianças nascidas de mães que tomavam antiepiléticos,
particularmente, quando mais que um antiepilético era tomado ao mesmo tempo.
Se está ou pensa que poderá estar grávida, informe o seu médico imediatamente. Não deverá parar de tomar o
seu medicamento sem antes discutir o assunto com o seu médico. Parar de tomar a medicação sem consultar o
seu médico pode causar crises convulsivas, que podem ser perigosas para si e para o bebá em gestação. O seu
médico poderá decidir alterar o seu tratamento.
Se é uma mulher em idade fértil e não está a planear engravidar; deve utilizar métodos contracetivos eficazes
durante o tratamento com Zebinix. Zebinix poderá afetar a forma como os contraceptivos hormonais (como a
pílula contraceptiva) atuam, podendo torná-los menos eficazes na prevenção da gravidez.
Por conseguinte, recomenda-se que use outras formas de contraceção seguras e efetivas, durante o tratamento
com Zebinix e até ao final do ciclo menstrual se parar o tratamento.
Fale com o seu médico, que irá discutir consigo o tipo de contracepção mais adequado a utilizar enquanto estiver
a tomar Zebinix. Se o tratamento com Zebinix for interrompido, deve continuar a utilizar métodos contracetivos
eficazes até ao final do ciclo menstrual em curso.
Se tomar Zebinix durante a gravidez, o seu bebé poderá também ter algum risco de ter problemas hemorrágicos
logo após o nascimento. O seu médico poderá prescrever um medicamento para prevenir essa situação.
Não amamente enquanto estiver a tomar Zebinix. Não se sabe se o mesmo passa para o leite materno.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se
tiver dúvidas.
Adultos
Dose de manutenção
A dose habitual de manutenção é de 800 mg uma vez por dia.
Dependendo do modo como vai reagir ao Zebinix, a sua dose pode ser aumentada para 1200 mg uma vez por
dia. Caso esteja a tomar Zebinix em monoterapia, o seu médico poderá considerar que pode beneficiar de uma
dose de 1600 mg, uma vez por dia.
Doentes renais
Se tem doenças dos rins, ser-lhe-á dada uma dose mais baixa de Zebinix. O seu médico indicará qual a dose
adequada para si. Zebinix não é recomendado se tem doença renal grave.
Dose de manutenção
Dependendo da resposta ao Zebinix, a dose pode ser aumentada em incrementos de 10 mg por kg de peso
corporal, em intervalos de uma ou duas semanas, até ao máximo de 30 mg por kg de peso corporal. A dose
máxima é 1200 mg uma vez por dia.
126
Crianças com peso ≥ 60 kg
Crianças com peso igual ou superior a 60 kg devem ser tratados com dose igual à dos adultos.
Para crianças poderá ser mais adequada outra forma farmacêutica, como a suspensão oral. Informe-se com o seu
médico ou farmacêutico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Os seguintes efeitos secundários podem ser muito graves. Se eles surgirem deverá parar de tomar Zebinix e
informar um médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital, pois pode necessitar de tratamento médico urgente:
• bolhas ou descamação da pele e/ou mucosas, erupção na pele, dificuldade em engolir ou respirar, inchaço
dos lábios, cara, pálpebras, garganta ou língua. Estes podem ser sinais de reação alérgica
127
Os efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas) são:
• sensação de peso
• alergia
• prisão de ventre
• convulsões
• menor funcionamento da tiroide. Os sintomas incluem redução dos níveis das hormonas tiroideias
(observada nas análises ao sangue), intolerância ao frio, língua volumosa, unhas ou cabelos finos e
quebradiços e baixa temperatura corporal.
• problemas de fígado (como por exemplo, o aumento das enzimas do fígado)
• tensão alta ou aumento severo da tensão arterial
• tensão baixa ou queda na tensão arterial ao levantar-se
• análises de sangue que mostram que tem níveis baixos de sais (incluindo cloreto) no sangue ou redução dos
glóbulos vermelhos
• desidratação
• alteração dos movimentos oculares, visão enevoada ou vermelhidão nos olhos e dor ocular
• quedas
• queimadura térmica
• falta de memória ou esquecimento
• choro, sensação de depressão, nervosismo ou confusão, falta de interesse ou emoção
• dificuldade em falar ou escrever ou compreender a linguagem falada ou escrita
• agitação
• défice de atenção/ hiperatividade
• irritabilidade
• alterações do humor ou alucinações
• dificuldade em falar
• hemorragia (sangramento) nasal
• dor no peito
• formigueiro e/ou sentir um adormecimento em qualquer parte do corpo
• enxaqueca
• sensação de queimadura
• sensibilidade táctil anormal
• alterações do odor
• zumbidos
• dificuldade na audição
• inchaço nas pernas e braços
• azia, indisposição gástrica, dor abdominal, abdómen distendido e desconforto ou boca seca
• fezes escuras (como carvão)
• gengivas inflamadas e dores de dentes
• suor ou pele seca
• comichão
• alterações na pele (por ex. pele vermelha)
• queda de cabelo
• infeção do trato urinário
• sensação de fraqueza, mal-estar geral ou de arrepios
• perda de peso
• dor muscular, dor nos membros, fraqueza muscular
• alteração metabólica óssea
• aumento de uma proteína relacionada com o metabolismo ósseo
• afrontamento, membros frios
• batimentos cardíacos lentos ou irregulares
• sonolência excessiva
• sedação
• doenças neurológicas do movimento, em que os seus músculos se contraem causando movimentos de torção
e repetitivos ou postura anormal. Os sintomas incluem tremores, dor, cãibras.
• intoxicação medicamentosa
• ansiedade
Os efeitos secundários desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
• Redução dos níveis de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento ou equimose;
128
• Dor forte nas costas e no estômago (causada por inflamação do pâncreas)
• Redução dos glóbulos brancos, o que facilita a ocorrência de infeções
• Manchas avermelhadas tipo-alvo ou manchas circulares, geralmente com bolhas centrais no tronco,
descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e olhos, olhos vermelhos e inchados e
podem ser precedidos por febre e/ou sintomas de tipo gripal (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica);
• Inicialmente sintomas de tipo gripal, erupção cutânea no rosto e depois erupção no resto do corpo,
temperatura corporal elevada, aumento das enzimas do fígado, alterações no sangue (eosinofilia), gânglios
linfáticos aumentados e envolvimento de outros órgãos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistémicos também conhecido por DRESS ou síndrome de hipersensibilidade a medicamentos);
• Reação alérgica grave causando inchaço da face, garganta, mãos, pés,tornozelos ou pernas;
• Urticária (erupção cutânea com comichão);
• Letargia, confusão, espasmos musculares ou agravamento significativo das convulsões (possíveis sintomas
de baixos níveis de sódio no sangue devido a síndrome tipo de secreção inapropriado de hormona
antidiurética).
O uso de Zebinix está associado a uma alteração no ECG (eletrocardiograma) designada por aumento do
intervalo PR. Podem ocorrer efeitos secundários associados com esta alteração do ECG (ex. desmaio ou redução
da frequência cardíaca).
Existem registos de distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose (diminuição da densidade óssea) e
fraturas com antiepiléticos estruturalmente relacionados como a carbamazepina e oxcarbazepina. Contacte o seu
médico ou farmacêutico se está sob tratamento de longa duração com medicamentos antiepiléticos, se tem
histórico de osteoporose ou se está a tomar esteroides.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister, no frasco ou na embalagem exterior,
a seguir a “EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
129
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
BIAL - Portela & Cª., S.A.
À Av. da Siderurgia Nacional
4745-457 S. Mamede do Coronado - Portugal
tel: +351 22 986 61 00
fax: +351 22 986 61 99
e-mail: [email protected]
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da
Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien Luxembourg/Luxemburg
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tél/Tel: + 351 22 986 61 0 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
България Magyarország
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Teл.: + 351 22 986 61 00 Tel.: + 351 22 986 61 0
(Португалия) (Portugália)
Danmark Nederland
Nordicinfu Care AB BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tlf: +45 (0) 70 28 10 24 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal)
Deutschland Norge
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tlf: +47 (0) 22 20 60 00
(Portugal)
Eesti Österreich
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Tel: +351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
Ελλάδα Polska
ΑΡΡΙΑΝΙ ΦΑΡΜΑΚΕΥΤΙΚΗ Α.Ε. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Τηλ: + 30 210 668 3000 Tel.: + 351 22 986 61 00
(Portugália)
España Portugal
Laboratorios BIAL, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: + 34 91 562 41 96 Tel.: + 351 22 986 61 00
France România
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Tél: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalia)
Hrvatska Slovenija
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Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalska)
130
Ireland Slovenská republika
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Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalsko)
Ísland Suomi/Finland
Nordicinfu Care AB Nordicinfu Care AB
Sími: +46 (0) 8 601 24 40 Puh/Tel: +358 (0) 207 348 760
Italia Sverige
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: +46 (0) 8 601 24 40
(Portogallo)
Latvija
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Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugāle)
Lietuva
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Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugalija)
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
131
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar ou dar este medicamento à sua criança, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Zebinix é usado:
Advertências e precauções
132
• se tem doenças do fígado. Zebinix não é recomendado em doentes com doenças graves no fígado.
• se está a tomar algum medicamento que possa causar uma anomalia no ECG (eletrocardiograma),
conhecida por aumento do intervalo do PR. Se não tem a certeza de que os medicamentos que está a
tomar tenham este efeito, fale com o seu médico.
• se sofre de uma doença do coração tal como disfunção cardíaca ou ataque cardíaco, ou tem qualquer
alteração do ritmo cardíaco.
• se sofre de crises epiléticas que começam com descargas elétricas generalizadas envolvendo ambos os
lados do cérebro.
Um pequeno número de doentes a fazer tratamento com antiepiléticos tem pensamentos de autoagressão ou
suicídio. Se nalgum momento tiver esses pensamentos enquanto estiver a tomar Zebinix, contacte imediatamente
o seu médico.
Zebinix pode fazê-lo sentir tonturas e/ou sonolência, particularmente no início do tratamento. Tome especial
cuidado enquanto estiver a tomar Zebinix para evitar acidentes, como quedas.
Em doentes de etnia chinesa Han ou de etnia Thai, o risco de reações graves da pele, associado com a
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas, pode ser previsto através de um teste ao sangue
destes doentes. O seu médico poderá informá-lo no caso de ser necessário fazer um teste ao sangue antes de
tomar Zebinix.
Crianças
Zebinix não deve ser administrado a crianças com 6 anos ou menos.
Gravidez e aleitamento
Não é recomendado tomar Zebinix se estiver grávida, pois os efeitos de Zebinix na gravidez e no bebé em
gestação são desconhecidos.
Se está a planear uma gravidez, fale com o seu médico antes de interromper a contracepção e antes de
engravidar. O seu médico pode decidir alterar o seu tratamento.
133
A informação existente sobre a utilização do acetato de eslicarbazepina em mulheres grávidas é limitada. A
investigação revelou um risco aumentado de malformações e de problemas relacionados com o
neurodesenvolvimento (desenvolvimento cerebral) em crianças nascidas de mães que tomavam antiepiléticos,
particularmente, quando mais que um antiepilético era tomado ao mesmo tempo.
Se está ou pensa que poderá estar grávida, informe o seu médico imediatamente. Não deverá parar de tomar o
seu medicamento sem antes discutir o assunto com o seu médico. Parar de tomar a medicação sem consultar o
seu médico pode causar crises convulsivas, que podem ser perigosas para si e para o bebé em gestação. O seu
médico poderá decidir alterar o seu tratamento.
Se é uma mulher em idade fértil e não está a planear engravidar; deve utilizar métodos contracetivos eficazes
durante o tratamento com Zebinix. Zebinix poderá afetar a forma como os contraceptivos hormonais (como a
pílula contraceptiva) atuam, podendo torná-los menos eficazes na prevenção da gravidez.
Por conseguinte, recomenda-se que use outras formas de contraceção seguras e efetivas, durante o tratamento
com Zebinix e até ao final do ciclo menstrual se parar o tratamento. Fale com o seu médico, que irá discutir
consigo o tipo de contracepção mais adequado a utilizar enquanto estiver a tomar Zebinix. Se o tratamento com
Zebinix for interrompido, deve continuar a utilizar métodos contracetivos eficazes até ao final do ciclo menstrual
em curso.
Se tomar Zebinix durante a gravidez, o seu bebé poderá também ter algum risco de ter problemas hemorrágicos
logo após o nascimento. O seu médico poderá prescrever um medicamento para prevenir essa situação.
Não amamente enquanto estiver a tomar Zebinix. Não se sabe se o mesmo passa para o leite materno.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se
tiver dúvidas.
Adultos
Dose de manutenção
A dose habitual de manutenção é de 800 mg uma vez por dia.
Dependendo do modo como vai reagir ao Zebinix, a sua dose pode ser aumentada para 1200 mg uma vez por
dia. Caso esteja a tomar Zebinix em monoterapia, o seu médico poderá considerar que pode beneficiar de uma
dose de 1600 mg, uma vez por dia.
Doentes renais
Se tem doenças dos rins, ser-lhe-á dada uma dose mais baixa de Zebinix. O seu médico indicará qual a dose
adequada para si. Zebinix não é recomendado se tem doença renal grave.
Dose de manutenção
Dependendo da resposta ao Zebinix, a dose pode ser aumentada em incrementos de 10 mg por kg de peso
corporal, em intervalos de uma ou duas semanas, até ao máximo de 30 mg por kg de peso corporal. A dose
máxima é 1200 mg uma vez por dia.
134
Crianças com peso ≥ 60 kg
Crianças com peso igual ou superior a 60 kg devem ser tratados com dose igual à dos adultos.
Para crianças poderá ser mais adequada outra forma farmacêutica, como a suspensão oral. Informe-se com o seu
médico ou farmacêutico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
Os seguintes efeitos secundários podem ser muito graves. Se eles surgirem deverá parar de tomar Zebinix e
informar um médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital, pois pode necessitar de tratamento médico urgente:
• bolhas ou descamação da pele e/ou mucosas, erupção na pele, dificuldade em engolir ou respirar, inchaço
dos lábios, cara, pálpebras, garganta ou língua. Estes podem ser sinais de reação alérgica
135
Os efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas) são:
• sensação de peso
• alergia
• prisão de ventre
• convulsões
• menor funcionamento da tiroide. Os sintomas incluem redução dos níveis das hormonas tiroideias
(observada nas análises ao sangue), intolerância ao frio, língua volumosa, unhas ou cabelos finos e
quebradiços e baixa temperatura corporal.
• problemas de fígado (como por exemplo, o aumento das enzimas do fígado)
• tensão alta ou aumento severo da tensão arterial
• tensão baixa ou queda na tensão arterial ao levantar-se
• análises de sangue que mostram que tem níveis baixos de sais (incluindo cloreto) no sangue ou redução dos
glóbulos vermelhos
• desidratação
• alteração dos movimentos oculares, visão enevoada ou vermelhidão nos olhos quedas
• queimadura térmica
• falta de memória ou esquecimento
• choro, sensação de depressão, nervosismo ou confusão, falta de interesse ou emoção
• dificuldade em falar ou escrever ou compreender a linguagem falada ou escrita
• agitação
• défice de atenção/ hiperatividade
• irritabilidade
• alterações do humor ou alucinações
• dificuldade em falar
• hemorragia (sangramento) nasal
• dor no peito
• formigueiro e/ou sentir um adormecimento em qualquer parte do corpo
• enxaqueca
• sensação de queimadura
• sensibilidade táctil anormal
• alterações do odor
• zumbidos
• dificuldade na audição
• inchaço nas pernas e braços
• azia, indisposição gástrica, dor abdominal, abdómen distendido e desconforto ou boca seca
• fezes escuras (como carvão)
• gengivas inflamadas e dores de dentes
• suor ou pele seca
• comichão
• alterações na pele (por ex. pele vermelha)
• queda de cabelo
• infeção do trato urinário
• sensação de fraqueza, mal-estar geral ou de arrepios
• perda de peso
• dor muscular, dor nos membros, fraqueza muscular
• alteração metabólica óssea
• aumento de uma proteína relacionada com o metabolismo ósseo
• afrontamento, membros frios
• batimentos cardíacos lentos ou irregulares
• sonolência excessiva
• sedação;
• doenças neurológicas do movimento, em que os seus músculos se contraem causando movimentos de torção
e repetitivos ou postura anormal. Os sintomas incluem tremores, dor, cãibras.
• intoxicação medicamentosa
• ansiedade
Os efeitos secundários desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
• Redução dos níveis de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento ou equimose;
• Dor forte nas costas e no estômago (causada por inflamação do pâncreas)
136
• Redução dos glóbulos brancos, o que facilita a ocorrência de infeções
• Manchas avermelhadas tipo-alvo ou manchas circulares, geralmente com bolhas centrais no tronco,
descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e olhos, olhos vermelhos e inchados e
podem ser precedidos por febre e/ou sintomas de tipo gripal (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica);
• Inicialmente sintomas de tipo gripal, erupção cutânea no rosto e depois erupção no resto do corpo,
temperatura corporal elevada, aumento das enzimas do fígado, alterações no sangue (eosinofilia), gânglios
linfáticos aumentados e envolvimento de outros órgãos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistémicos também conhecido por DRESS ou síndrome de hipersensibilidade a medicamentos);
• Reação alérgica grave causando inchaço da face, garganta, mãos, pés,tornozelos ou pernas;
• Urticária (erupção cutânea com comichão);
• Letargia, confusão, espasmos musculares ou agravamento significativo das convulsões (possíveis sintomas
de baixos níveis de sódio no sangue devido a síndrome tipo de secreção inapropriado de hormona
antidiurética).
O uso de Zebinix está associado a uma alteração no ECG (eletrocardiograma) designada por aumento do
intervalo PR. Podem ocorrer efeitos secundários associados com esta alteração do ECG (ex. desmaio ou redução
da frequência cardíaca).
Existem registos de distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose (diminuição da densidade óssea) e
fraturas com antiepiléticos estruturalmente relacionados como a carbamazepina e oxcarbazepina. Contacte o seu
médico ou farmacêutico se está sob tratamento de longa duração com medicamentos antiepiléticos, se tem
histórico de osteoporose ou se está a tomar esteroides.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister, no frasco ou na embalagem exterior,
a seguir a “EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
Os comprimidos são acondicionados em blisters em caixas de cartão contendo 20, 30, 60 ou 90 comprimidos ou
em embalagens múltiplas contendo 180 (2x90) comprimidos, e em frascos de polietileno de alta densidade com
fecho de segurança para crianças em caixas de cartão contendo 90 comprimidos.
137
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À Av. da Siderurgia Nacional
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fax: +351 22 986 61 99
e-mail: [email protected]
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da
Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien Luxembourg/Luxemburg
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Tél/Tel: + 351 22 986 61 0 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
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(Portugalija)
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
139
Folheto informativo: Informação para o utilizador
Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar ou dar este medicamento à sua criança, pois
contém informação importante para si.
- Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o ler novamente.
- Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
- Este medicamento foi receitado apenas para si. Não deve dá-lo a outros. O medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sinais de doença.
- Se tiver quaisquer efeitos secundários, incluindo possíveis efeitos secundários não indicados neste
folheto, fale com o seu médico ou farmacêutico. Ver secção 4.
Zebinix é usado:
Advertências e precauções
140
Por favor informe o seu médico:
• se tem doenças dos rins. O seu médico poderá ter de ajustar a dose. O Zebinix não é recomendado para
doentes com doença renal grave.
• se tem doenças do fígado. Zebinix não é recomendado em doentes com doenças graves no fígado.
• se está a tomar algum medicamento que possa causar uma anomalia no ECG (eletrocardiograma),
conhecida por aumento do intervalo do PR. Se não tem a certeza de que os medicamentos que está a
tomar tenham este efeito, fale com o seu médico.
• se sofre de uma doença do coração tal como disfunção cardíaca ou ataque cardíaco, ou tem qualquer
alteração do ritmo cardíaco.
• se sofre de crises epiléticas que começam com descargas elétricas generalizadas envolvendo ambos os
lados do cérebro.
Um pequeno número de doentes a fazer tratamento com antiepiléticos tem pensamentos de autoagressão ou
suicídio. Se nalgum momento tiver esses pensamentos enquanto estiver a tomar Zebinix, contacte imediatamente
o seu médico.
Zebinix pode fazê-lo sentir tonturas e/ou sonolência, particularmente no início do tratamento. Tome especial
cuidado enquanto estiver a tomar Zebinix para evitar acidentes, como quedas.
Em doentes de etnia chinesa Han ou de etnia Thai, o risco de reações graves da pele, associado com a
carbamazepina ou substâncias ativas quimicamente relacionadas, pode ser previsto através de um teste ao sangue
destes doentes. O seu médico poderá informá-lo no caso de ser necessário fazer um teste ao sangue antes de
tomar Zebinix.
Crianças
Zebinix não deve ser administrado a crianças com 6 anos ou menos.
Gravidez e aleitamento
Não é recomendado tomar Zebinix se estiver grávida, pois os efeitos de Zebinix na gravidez e no bebé em
gestação são desconhecidos.
141
Se está a planear uma gravidez, fale com o seu médico antes de interromper a contracepção e antes de
engravidar. O seu médico pode decidir alterar o seu tratamento.
Se está ou pensa que poderá estar grávida, informe o seu médico imediatamente. Não deverá parar de tomar o
seu medicamento sem antes discutir o assunto com o seu médico. Parar de tomar a medicação sem consultar o
seu médico pode causar crises convulsivas, que podem ser perigosas para si e para o bebé em gestação. O seu
médico poderá decidir alterar o seu tratamento.
Se é uma mulher em idade fértil e não está a planear engravidar; deve utilizar métodos contracetivos eficazes
durante o tratamento com Zebinix. Zebinix poderá afetar a forma como os contraceptivos hormonais (como a
pílula contraceptiva) atuam, podendo torná-los menos eficazes na prevenção da gravidez.
Por conseguinte, recomenda-se que use outras formas de contraceção seguras e efetivas, durante o tratamento
com Zebinix e até ao final do ciclo menstrual se parar o tratamento. Fale com o seu médico, que irá discutir
consigo o tipo de contracepção mais adequado a utilizar enquanto estiver a tomar Zebinix. Se o tratamento com
Zebinix for interrompido, deve continuar a utilizar métodos contracetivos eficazes até ao final do ciclo menstrual
em curso.
Se tomar Zebinix durante a gravidez, o seu bebé poderá também ter algum risco de ter problemas hemorrágicos
logo após o nascimento. O seu médico poderá prescrever um medicamento para prevenir essa situação.
Não amamente enquanto estiver a tomar Zebinix. Não se sabe se o mesmo passa para o leite materno.
Tome este medicamento exatamente como indicado pelo seu médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se
tiver dúvidas.
Adultos
Dose de manutenção
A dose habitual de manutenção é de 800 mg uma vez por dia.
Dependendo do modo como vai reagir ao Zebinix, a sua dose pode ser aumentada para 1200 mg uma vez por
dia. Caso esteja a tomar Zebinix em monoterapia, o seu médico poderá considerar que pode beneficiar de uma
dose de 1600 mg, uma vez por dia.
Doentes renais
Se tem doenças dos rins, ser-lhe-á dada uma dose mais baixa de Zebinix. O seu médico indicará qual a dose
adequada para si. Zebinix não é recomendado se tem doença renal grave.
142
Dose para início do tratamento
10 mg por kg de peso corporal, uma vez por dia durante uma ou duas semanas, antes de aumentar para a dose de
manutenção.
Dose de manutenção
Dependendo da resposta ao Zebinix, a dose pode ser aumentada em incrementos de 10 mg por kg de peso
corporal, em intervalos de uma ou duas semanas, até ao máximo de 30 mg por kg de peso corporal. A dose
máxima é 1200 mg uma vez por dia.
Para crianças poderá ser mais adequada outra forma farmacêutica, como a suspensão oral. Informe-se com o seu
médico ou farmacêutico.
Utilize sempre a seringa para uso oral fornecida para tomar o seu medicamento.
Instruções de utilização:
Passo 1. Retire da caixa o frasco, o adaptador do frasco e a seringa para uso oral.
Passo 2. Agite o frasco durante pelo menos 10 segundos e remova a tampa com o fecho resistente à abertura por
crianças pressionando-o para baixo e rodando ao mesmo tempo no sentido contrário ao dos ponteiros do relógio
(para a esquerda).
Passo 3. Colocar o adaptador no gargalo do frasco. Pode ser necessário aplicar alguma pressão para o inserir
corretamente. Uma vez colocado, o adaptador não deverá ser mais removido do frasco. O frasco pode ser
fechado com a respetiva tampa mesmo com o adaptador introduzido.
143
Passo 4. Para facilitar o processo deverá marcar o volume desejado na seringa movendo o êmbolo. Insira a ponta
da seringa para uso oral na abertura do adaptador do frasco, mantendo-o na posição vertical. Empurre o êmbolo
até ao fim. Isto irá criar pressão no interior do frasco o que irá ajudar no doseamento da suspensão, forçando-a a
sair do frasco para a seringa.
Passo 5. Mantenha a seringa para uso oral introduzida e inverta o frasco. Cuidadosamente desloque o êmbolo da
seringa até ao volume desejado.
Passo 6. Se vir qualquer bolha de ar na seringa para uso oral pressione o êmbolo para a frente apenas o suficiente
para expulsar completamente qualquer bolha de ar grande. Cuidadosamente desloque novamente o êmbolo até à
dose prescrita pelo seu médico.
Passo 7. Endireite o frasco, voltando a colocá-lo na posição vertical, e remova a seringa para uso oral. Tenha
cuidado, não empurre o êmbolo da seringa para baixo ao removê-la do frasco.
144
Passo 8. Volte a fechar o frasco com a tampa rodando-a no sentido dos ponteiros do relógio (para a direita).
Passo 9. Coloque a seringa para uso oral na boca contra o interior da bochecha. Pressione o êmbolo para baixo
lentamente de modo a libertar a suspensão de Zebinix no interior da boca.
Passo 10. Limpe a seringa vazia após cada utilização colocando-a num copo com água limpa. Repita este
processo de limpeza 3 vezes.
Guarde o frasco e a seringa para uso oral juntos dentro da caixa até à próxima utilização.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Como todos os medicamentos, este medicamento pode causar efeitos secundários, embora estes não se
manifestem em todas as pessoas.
145
Os seguintes efeitos secundários podem ser muito graves. Se eles surgirem deverá parar de tomar Zebinix e
informar um médico ou dirigir-se imediatamente ao hospital, pois pode necessitar de tratamento médico urgente:
• bolhas ou descamação da pele e/ou mucosas, erupção na pele, dificuldade em engolir ou respirar, inchaço
dos lábios, cara, pálpebras, garganta ou língua. Estes podem ser sinais de reação alérgica.
Os efeitos secundários pouco frequentes (podem afetar até 1 em 100 pessoas) são:
• sensação de peso
• alergia
• prisão de ventre
• convulsões
• menor funcionamento da tiroide. Os sintomas incluem redução dos níveis das hormonas tiroideias
(observada nas análises ao sangue), intolerância ao frio, língua volumosa, unhas ou cabelos finos e
quebradiços e baixa temperatura corporal.
• problemas de fígado (como por exemplo, o aumento das enzimas do fígado)
• tensão alta ou aumento severo da tensão arterial
• tensão baixa ou queda na tensão arterial ao levantar-se
• análises de sangue que mostram que tem níveis baixos de sais (incluindo cloreto) no sangue ou redução dos
glóbulos vermelhos
• desidratação
• alteração dos movimentos oculares, visão enevoada ou vermelhidão nos olhos
• quedas
• queimadura térmica
• falta de memória ou esquecimento
• choro, sensação de depressão, nervosismo ou confusão, falta de interesse ou emoção
• dificuldade em falar ou escrever ou compreender a linguagem falada ou escrita
• agitação
• défice de atenção/ hiperatividade
• irritabilidade
• alterações do humor ou alucinações
• dificuldade em falar
• hemorragia (sangramento) nasal
• dor no peito
• formigueiro e/ou sentir um adormecimento em qualquer parte do corpo
• enxaqueca
• sensação de queimadura
• sensibilidade táctil anormal
• alterações do odor
• zumbidos
• dificuldade na audição
• inchaço nas pernas e braços
• azia, indisposição gástrica, dor abdominal, abdómen distendido e desconforto ou boca seca
146
• fezes escuras (como carvão)
• gengivas inflamadas e dores de dentes
• suor ou pele seca
• comichão
• alterações na pele (por ex. pele vermelha)
• queda de cabelo
• infeção do trato urinário
• sensação de fraqueza, mal-estar geral ou de arrepios
• perda de peso
• dor muscular, dor nos membros, fraqueza muscular
• alteração metabólica óssea
• aumento de uma proteína relacionada com o metabolismo ósseo
• afrontamento, membros frios
• batimentos cardíacos lentos ou irregulares
• sonolência excessiva
• sedação
• doenças neurológicas do movimento, em que os seus músculos se contraem causando movimentos de torção
e repetitivos ou postura anormal. Os sintomas incluem tremores, dor, cãibras.
• intoxicação medicamentosa
• ansiedade
Os efeitos secundários desconhecidos (a frequência não pode ser calculada a partir dos dados disponíveis):
• Redução dos níveis de plaquetas no sangue, o que aumenta o risco de sangramento ou equimose;
• Dor forte nas costas e no estômago (causada por inflamação do pâncreas)
• Redução dos glóbulos brancos, o que facilita a ocorrência de infeções
• Manchas avermelhadas tipo-alvo ou manchas circulares, geralmente com bolhas centrais no tronco,
descamação da pele, úlceras na boca, garganta, nariz, órgãos genitais e olhos, olhos vermelhos e inchados e
podem ser precedidos por febre e/ou sintomas de tipo gripal (síndrome de Stevens-Johnson/necrólise
epidérmica tóxica);
• Inicialmente sintomas de tipo gripal, erupção cutânea no rosto e depois erupção no resto do corpo,
temperatura corporal elevada, aumento das enzimas do fígado, alterações no sangue (eosinofilia), gânglios
linfáticos aumentados e envolvimento de outros órgãos (erupção cutânea medicamentosa com eosinofilia e
sintomas sistémicos também conhecido por DRESS ou síndrome de hipersensibilidade a medicamentos);
• Reação alérgica grave causando inchaço da face, garganta, mãos, pés,tornozelos ou pernas;
• Urticária (erupção cutânea com comichão);
• Letargia, confusão, espasmos musculares ou agravamento significativo das convulsões (possíveis sintomas
de baixos níveis de sódio no sangue devido a síndrome tipo de secreção inapropriado de hormona
antidiurética).
O uso de Zebinix está associado a uma alteração no ECG (eletrocardiograma) designada por aumento do
intervalo PR. Podem ocorrer efeitos secundários associados com esta alteração do ECG (ex. desmaio ou redução
da frequência cardíaca).
Existem registos de distúrbios ósseos incluindo osteopenia e osteoporose (diminuição da densidade óssea) e
fraturas com antiepiléticos estruturalmente relacionados como a carbamazepina e oxcarbazepina. Contacte o seu
médico ou farmacêutico se está sob tratamento de longa duração com medicamentos antiepiléticos, se tem
histórico de osteoporose ou se está a tomar esteroides.
147
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso no blister, no frasco ou na embalagem exterior,
a seguir a “EXP”. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Após a primeira abertura do frasco, não deve utilizar a suspensão oral após 2 meses.
Não deite fora quaisquer medicamentos na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico
como deitar fora os medicamentos que já não utiliza. Estas medidas ajudarão a proteger o ambiente.
A suspensão oral é acondicionada em frascos de vidro âmbar com fecho resistente à abertura por crianças de
HDPE, contendo 200 ml de suspensão oral, dentro de uma embalagem de cartão. Cada embalagem contém uma
seringa de polipropileno graduada de 10 ml, com graduações de 0,2 ml, e um adaptador de plástico para o frasco.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da
Autorização de Introdução no Mercado:
België/Belgique/Belgien Luxembourg/Luxemburg
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tél/Tel: + 351 22 986 61 0 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
България Magyarország
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Teл.: + 351 22 986 61 00 Tel.: + 351 22 986 61 0
(Португалия) (Portugália)
Danmark Nederland
Nordicinfu Care AB BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tlf: +45 (0) 70 28 10 24 Tél/Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal)
148
Deutschland Norge
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tlf: +47 (0) 22 20 60 00
(Portugal)
Eesti Österreich
BIAL-Portela & Cª, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: +351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugal)
Ελλάδα Polska
ΑΡΡΙΑΝΙ ΦΑΡΜΑΚΕΥΤΙΚΗ Α.Ε. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Τηλ: + 30 210 668 3000 Tel.: + 351 22 986 61 00
(Portugália)
España Portugal
Laboratorios BIAL, S.A. BIAL-Portela & Cª., S.A.
Tel: + 34 91 562 41 96 Tel.: + 351 22 986 61 00
France România
BIAL-Portela & Cª., S.A. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tél: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalia)
Hrvatska Slovenija
BIAL-Portela & Cª, S.A. BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugal) (Portugalska)
Ísland Suomi/Finland
Nordicinfu Care AB Nordicinfu Care AB
Sími: +46 (0) 8 601 24 40 Puh/Tel: +358 (0) 207 348 760
Italia Sverige
BIAL-Portela & Cª., S.A. Nordicinfu Care AB
Tel: + 351 22 986 61 00 Tel: +46 (0) 8 601 24 40
(Portogallo)
Latvija
BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugāle)
Lietuva
BIAL-Portela & Cª, S.A.
Tel: + 351 22 986 61 00
(Portugalija)
Está disponível informação pormenorizada sobre este medicamento no sítio da internet da Agência Europeia de
Medicamentos: http://www.ema.europa.eu.
149
Anexo IV
Conclusões científicas e fundamentos da alteração aos termos da(s) autorização(ões) de
introdução no mercado
150
Conclusões científicas
Tendo em linha de conta o relatório de avaliação do PRAC sobre o PSUR do acetato de eslicarbazepina, as
conclusões científicas do CHMP são as seguintes:
Tendo por base os dados disponíveis sobre SIADH ou síndrome tipo SIADH - ocorreram dois casos com relação
provável e 13 casos com possível relação causal com ESL - o PRAC considera que as informações de produto
devem ser atualizadas em conformidade. O texto proposto está de acordo com a informação de produto de outros
fármacos da família das dibenzazepinas, como por exemplo, a carbamazepina e a oxcarbazepina.
Tendo em linha de conta os dados disponíveis sobre lesão hepática induzida pelo fármaco, existiram seis casos
de aumento da gama-glutamiltransferase (GGT) que estavam possivelmente relacionados com o ESL de acordo
com RUCAM. A evidência de DILI de maior gravidade, como hepatite aguda ou lesão hepatocelular, não foi
suficiente para estabelecer uma relação causal. Ocorreu apenas um caso de DILI de maior gravidade (hepatite
aguda) associado a um de-challenge positivo sugestivo para o ESL (possível de acordo com RUCAM). Como o
aumento das transaminases pode ser acompanhado pelo aumento da GGT, recomenda-se a colocação no texto de
um termo mais abrangente "aumento das enzimas hepáticas".
Considerando os dados disponíveis sobre a utilização durante a gravidez e em mulheres com potencial para
engravidar, o PRAC recomenda a atualização do texto da secção 4.6. Atualmente, não se encontra no texto
nenhuma frase sobre se a utilização de ESL durante a gravidez é ou não recomendada. Além disso, a informação
partilhada deve ser alterada de acordo com a informação de produto de outros fármacos antiepiléticos, a qual,
recentemente, foi revista com o objetivo de refletir a informação sobre os riscos associados à sua utilização
durante a gravidez, à necessidade de contracepção eficaz e ao aconselhamento em mulheres com potencial para
engravidar e no que diz respeito à sua interação com a contracepção hormonal, com o objetivo de uniformizar a
informação. O CHMP concorda com as conclusões científicas do PRAC.
Com base nas conclusões científicas sobre o acetato de eslicarbazepina, o CHMP considera que a relação risco-
benefício do medicamento que contém acetato de eslicarbazepina não foi alterada, encontrando-se sujeita às
alterações propostas na informação de produto.
O CHMP recomenda que os termos da(s) autorização(ões) de introdução no mercado sejam variados.
151