2021 DRI 105_08 Junho 11

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Terça-feira, 8 de Junho de 2021 I Série – N.

º 105

DIÁRIO DA REPÚBLICA
ÓRGÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE ANGOLA
Preço deste número - Kz: 510,00
Toda a correspondência, quer oficial, quer ASSINATURA O preço de cada linha publicada nos Diários
relativa a anúncio e assinaturas do «Diário . Ano da República 1.ª e 2.ª série é de Kz: 75.00 e para
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SUMÁRIO MEDIDAS EXCEPCIONAIS E TEMPORÁRIAS


A VIGORAR DURANTE A SITUAÇÃO
Presidente da República DE CALAMIDADE PÚBLICA DECLARADA
POR FORÇA DA COVID-19
Decreto Presidencial n.º 150/21:
Actualiza as Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus
SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras de funciona- CAPÍTULO I
mento dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
Disposições Gerais
e outras actividades durante a vigência da Situação de Calamidade ARTIGO 1.º
Pública. — Revoga o Decreto Presidencial n.º 119/21, de 8 de Maio, (Objecto)
e demais legislação que contrarie o disposto no presente Diploma. O presente Decreto Presidencial actualiza as Medidas de
Prevenção e Controlo da Propagação do Vírus SARS-CoV-2
e da COVID-19, assim como as regras de funcionamento
PRESIDENTE DA REPÚBLICA dos serviços públicos e privados, dos equipamentos sociais
e outras actividades durante a vigência da Situação de
Calamidade Pública.
Decreto Presidencial n.º 150/21
ARTIGO 2.º
de 8 de Junho
(Âmbito territorial)
Tendo em conta que se começa a verificar a eficácia Sem prejuízo do disposto em artigos específicos, as
das Medidas de Prevenção e Controlo da Propagação do medidas previstas no presente Diploma abrangem todo o
Vírus SARS-CoV-2 e da COVID-19, assim como as regras território nacional.
de funcionamento dos serviços públicos e privados e dos ARTIGO 3.º
(Vigência e aplicação)
equipamentos sociais, durante a vigência da Situação de
1. As medidas previstas no presente Diploma vigoram
Calamidade Pública tomadas no Decreto Presidencial
até às 23h59 do dia 8 de Julho de 2021.
n.º 119/21, de 8 de Maio; 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, as medi-
Convindo estabilizar a situação epidemiológica no País, das previstas no presente Diploma podem ser alteradas em
reforçando o rigor das medidas até agora tomadas; função da evolução da situação epidemiológica.
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- ARTIGO 4.º
(Medidas de protecção individual)
nea 1) do artigo 120.º e do n.º 3 do artigo 125.º, ambos da
Constituição da República de Angola, conjugados com os 1. Sem prejuízo do disposto no presente Diploma em
domínios específicos, é obrigatório o uso correcto de más-
artigos 5.º e 19.º da Lei n.º 5/87, de 23 de Fevereiro, a alínea c)
cara facial na via pública, nos espaços fechados de acesso
do n.º 2 do artigo 11.º da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, público, nos transportes públicos e transportes colectivos,
com as alterações introduzidas pela Lei n.º 14/20, de 22 de nos estabelecimentos de ensino, na venda ambulante e nos
Maio, o seguinte: mercados.
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2. A não utilização de máscara facial, quando obrigatória, b) Entrada de profissionais estrangeiros que prestam
ou a sua utilização incorrecta, dá lugar à aplicação de multa serviço em Angola tanto a entidades públicas
que varia entre os Kz: 15.000,00 (quinze mil Kwanzas) e os quanto a entidades privadas;
Kz: 20.000,00 (vinte mil Kwanzas). c) Regresso de cidadãos estrangeiros aos respectivos
3. Para efeitos do presente Diploma, considera-se uti-
países;
lização incorrecta de máscara facial quando não se cubra,
d) Viagens oficiais de e para o território nacional;
simultaneamente, o nariz e a boca.
e) Entrada e saída de carga, mercadoria e encomendas
4. Os responsáveis dos locais onde seja obrigatória a uti-
lização de máscara facial devem adoptar todas as medidas postais;
necessárias com vista a impedir o acesso e/ou recusar a pres- f) Ajuda humanitária;
tação de serviços aos cidadãos sem máscara facial. g) Emergências médicas;
ARTIGO 5.º h) Escalas técnicas;
(Dever cívico de recolhimento domiciliar) i) Entrada e saída de pessoal diplomático e consular.
1. Recomenda-se a todos os cidadãos que se abstenham 3. Sem prejuízo de outras formalidades, as entradas e
de circular em espaços e vias públicas e equiparadas, e que saídas do território nacional, nos termos do número ante-
permaneçam no respectivo domicílio, excepto para desloca- rior, não carecem de qualquer tipo de autorização, estando
ções necessárias e inadiáveis. dependentes da realização de teste pré-embarque do Vírus
2. É especialmente recomendada a abstenção de circula-
SARS-CoV-2, com resultado negativo, efectuado nas 72 horas
ção ou permanência na via pública das 22h00 às 5h00.
anteriores à viagem, de preenchimento de formulário de
3. As Forças de Defesa e Segurança devem zelar pelo
registo de viagem e termo de compromisso.
cumprimento do disposto no presente artigo, reforçando a
4. Sempre que se verifiquem sérios riscos de importa-
fiscalização no período entre as 22h00 e as 5h00.
ção do Vírus SARS-CoV-2 para o território nacional, os
ARTIGO 6.º
(Recomendação de imunização) Departamentos Ministeriais competentes podem determi-

1. É especialmente recomendada a imunização dos pro- nar o encerramento ou suspensão temporária da circulação

fissionais dos Sectores da Saúde e da Educação, bem como aérea, terrestre, marítima e fluvial com países determinados,
das Forças de Defesa e Segurança e dos demais profissionais devendo as Forças de Defesa e Segurança zelar pelo reforço
indicados pelas autoridades sanitárias, por via de vacina, do controlo fronteiriço.
com vista a prevenir o contágio em massa e preservar a ARTIGO 8.º
saúde de todos com os quais entrem em contacto. (Cerca sanitária provincial ou municipal)
2. A vacinação referida no número anterior deve ser pro- 1. Nas províncias ou municípios onde seja fixada cerca
movida pelas instituições às quais os profissionais estejam sanitária, ficam as respectivas fronteiras sujeitas a controlo
vinculados.
sanitário.
ARTIGO 7.º
2. As saídas das zonas sujeitas à cerca sanitária, nos ter-
(Defesa e controlo sanitário das fronteiras)
mos do presente artigo, estão condicionadas à realização
1. As fronteiras da República de Angola mantêm-
prévia do teste do SARS-CoV-2.
-se encerradas, estando as entradas e saídas do território
3. As cercas sanitárias provinciais ou municipais podem
nacional sujeitas a controlo sanitário definido pelas autori-
ser fixadas, modificadas ou prorrogadas mediante acto con-
dades competentes, de acordo com o Regulamento Sanitário
junto dos Ministros da Saúde e do Interior.
Internacional e com o Regulamento Sanitário Nacional.
2. Sem prejuízo do disposto no número anterior, são per- 4. Sem prejuízo das sanções criminais aplicáveis, a vio-
mitidas entradas e saídas do território nacional para efeitos lação da cerca sanitária provincial ou municipal, nos termos
de: referidos no n.º 2 do presente artigo, é punível com multa
a) Regresso de cidadãos nacionais e estrangeiros que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
residentes em Angola, bem como de cidadãos Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil
estrangeiros detentores de visto de trabalho; Kwanzas).
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ARTIGO 9.º 2. Para os casos de cidadãos estrangeiros não residentes


(Circulação interprovincial em caso de circulação comunitária)
provenientes do exterior do País e possuidores de residência
Havendo circulação comunitária do Vírus SARS-CoV-2, própria é obrigatória a observância de quarentena domi-
declarada pelas autoridades competentes, as saídas do ter- ciliar, salvo se as autoridades sanitárias considerarem não
ritório da respectiva província estão condicionadas à existirem condições para o efeito.
apresentação de teste serológico com resultado negativo, o 3. Os cidadãos sujeitos à quarentena domiciliar assinam
qual tem a validade de sete dias. um termo de responsabilidade, nos termos definidos pelas
ARTIGO 10.º autoridades sanitárias.
(Transladação de cadáveres)
4. Considera-se concluída a quarentena domiciliar com
É proibida a transladação internacional e interprovincial a emissão do título de alta pela autoridade sanitária compe-
de cadáveres cuja causa da morte seja a COVID-19. tente, a qual acontece após teste SARS-CoV-2 com resultado
ARTIGO 11.º negativo, realizado até dez dias após o início da quarentena
(Voos regulares)
domiciliar.
1. Para efeitos do disposto nos artigos 6.º e 7.º do pre- 5. Sempre que a situação epidemiológica recomendar
sente Diploma, é permitida a realização de voos regulares ou as autoridades sanitárias considerarem não existirem
nacionais e internacionais, devendo limitar-se ao mínimo condições para a quarentena domiciliar, nomeadamente a
necessário e adequado à situação epidemiológica, sem pre- observância do distanciamento físico, é determinada qua-
juízo da possibilidade de suspensão temporária de certas rentena institucional.
rotas. 6. Sem prejuízo do disposto no presente artigo, os
2. Para embarque nos voos internacionais de e para
Ministérios da Saúde e da Juventude e Desportos podem
Angola é obrigatória a apresentação de teste RT-PCR com
determinar regime específico para a quarentena de atletas de
resultado negativo, efectuado nas 72 horas anteriores à via-
alta competição.
gem, sendo dispensada qualquer autorização.
7. Sem prejuízo da responsabilização criminal, nos ter-
3. Todos os cidadãos provenientes do exterior estão
mos da lei, a violação da quarentena domiciliar é sancionada
sujeitos à realização de teste à chegada ao território nacio-
com multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e
nal, nas instalações aeroportuárias.
cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 350.000,00 (trezentos e
4. O teste referido no número anterior é do tipo rápido
cinquenta mil Kwanzas), para além da transformação em
antigénio SARS-CoV-2 e está sujeito à comparticipação nos
quarentena institucional.
termos a definir pelos Departamentos Ministeriais da Saúde,
ARTIGO 13.º
das Finanças e dos Transportes.
(Regime especial de quarentena)
5. Em caso de resultado positivo, os cidadãos estão sujei-
tos a isolamento institucional. 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 11.º, é dispensada

6. Para embarque nos voos domésticos é obrigatória a a quarentena nas viagens oficiais de curto prazo não supe-
apresentação de teste serológico com resultado negativo riores a 72 horas.
efectuado nas 72 horas anteriores à viagem, sendo dispen- 2. O Ministério da Saúde pode definir regime especial de
sada qualquer autorização. quarentena ou determinar a sua dispensa em casos de via-
7. Os Departamentos Ministeriais competentes em gens de Estado ou por motivos profissionais e empresariais,
razão da matéria definem a cadência gradual dos voos, a sempre que a natureza da actividade o justificar por razões
sua programação e as regras gerais a observar por todos os de urgência ou de interesse público relevante.
intervenientes. ARTIGO 14.º
(Isolamento domiciliar)
ARTIGO 12.º
(Quarentena) 1. Nos casos definidos pelas autoridades sanitá-
1. Para os cidadãos nacionais, estrangeiros residentes e rias, os cidadãos que tenham resultado positivo no teste
membros do corpo diplomático acreditado em Angola pro- SARS-CoV-2 e que não apresentem sintomas observam o
venientes do exterior do País é obrigatória a observância de isolamento domiciliar e as demais medidas definidas pelas
quarentena domiciliar de até dez dias. autoridades competentes.
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2. Sempre que as autoridades sanitárias considera- 3. Independentemente do previsto no número anterior,


rem não existirem condições para o isolamento domiciliar, por acordo entre a entidade empregadora e o trabalhador,
quando o cidadão seja proveniente de um País com circula- podem ser criados regimes que permitam a realização de tra-
ção de novas estirpes do Vírus SARS-CoV-2 ou nos casos balho presencial em condições de segurança.
em que o cidadão possua outras doenças que recomendem 4. Os cidadãos vulneráveis sujeitos à protecção especial,
protecção especial ou ainda quando coabite com cidadãos nos termos da alínea b) do n.º 1, devem fazer prova da sua
considerados vulneráveis, nos termos do presente Diploma, condição através da apresentação de documento emitido por
é determinado o isolamento institucional. médico.
3. Os cidadãos que coabitem com cidadãos em isola-
CAPÍTULO II
mento domiciliar estão sujeitos à quarentena domiciliar.
Medidas
4. Considera-se concluído o isolamento domiciliar ou
institucional com a emissão do título de alta pela autoridade ARTIGO 17.º
(Serviços públicos e privados)
sanitária competente, a qual acontece após a realização do
teste SARS-CoV-2 com resultado negativo. 1. Os serviços públicos administrativos funcionam, em
5. A violação do isolamento domiciliar dá origem à res- todo o território nacional, no período das 8h00 às 15h00, nos
ponsabilização criminal, nos termos da lei, sem prejuízo da seguintes termos:
colocação compulsiva do infractor em isolamento institucio- a) Na Província de Luanda: presença de até 50% da
nal e de aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00 força de trabalho;
(trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000,00 b) Nas demais províncias: presença de até 75% da
(quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas). força de trabalho.
ARTIGO 15.º 2. Excepcionam-se do disposto no número anterior os
(Comparticipação nos testes) serviços portuários, aeroportuários e conexos, os serviços
A realização de teste do Vírus SARS-CoV-2 por inicia- tributários, os Órgãos de Defesa e Segurança, serviços de
tiva dos cidadãos, quando efectuada nas unidades sanitárias saúde, serviços de comunicações electrónicas, comunicação
públicas, está sujeita à comparticipação, nos termos defini- social, energia, águas, recolha de resíduos, agências bancá-
dos pelos Departamentos Ministeriais responsáveis pelas rias e estabelecimentos de ensino que podem operar com
Finanças Públicas e pela Saúde. 100% da força de trabalho.
ARTIGO 16.º 3. Os profissionais afectos aos serviços descritos no
(Protecção especial de cidadãos vulneráveis) número anterior não estão sujeitos ao dever de abstenção
1. Estão sujeitos à protecção especial os cidadãos vulne- de circulação definido no n.º 2 do artigo 5.º do presente
ráveis à infecção por COVID-19, nomeadamente: Diploma.
a) Pessoas com idade igual ou superior a 60 anos; 4. Os serviços previstos no n.º 2 devem, sempre que pos-
b) Pessoas com doença crónica considerada de risco, sível, adoptar o regime de turno.
de acordo com as orientações das autoridades 5. Sem prejuízo do disposto em norma específica, os
sanitárias, designadamente os imuno-compro- serviços administrativos do Sector Privado e as empresas
metidos, os doentes renais, os hipertensos, os públicas funcionam entre as 6h00 e as 16h00, nos seguin-
diabéticos, os doentes cardiovasculares, doentes tes termos:
respiratórios crónicos, doentes oncológicos, a) Na Província de Luanda: presença de até 50% da
doentes com anemia falciforme e pessoas com força de trabalho;
obesidade; b) Nas demais províncias: presença de até 75% da
c) Gestantes. força de trabalho.
2. Os cidadãos abrangidos pelo disposto no número 6. Os serviços públicos e privados devem, sempre que
anterior, quando detentores de vínculo laboral com entidade possível, privilegiar o regime de turnos, o teletrabalho ou
pública ou privada, estão dispensados da actividade laboral outros mecanismos para a prestação de actividade laboral de
presencial. modo remoto.
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ARTIGO 18.º c) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes


(Estabelecimentos de ensino)
e o professor, não podendo, em caso algum, ser
1. Mantêm-se as actividades lectivas presenciais nos inferior a 1,5 m;
estabelecimentos de ensino públicos e privados, em todos d) Dispensa da actividade lectiva presencial de
os níveis de ensino. professores e alunos com doenças crónicas
2. Sem prejuízo de regras específicas definidas em consideradas particularmente vulneráveis pelas
diploma próprio, o funcionamento dos estabelecimentos de autoridades sanitárias, devendo ser criadas con-
ensino deve observar o seguinte:
dições para a actividade lectiva não presencial;
a) Distanciamento físico entre os alunos e entre estes
e) Duração máxima de três horas por período lectivo;
e o professor, não podendo, em caso algum, ser
f) Abertura de refeitórios para uso exclusivo do
inferior a 1,5 m;
Ensino Pré-Escolar.
b) Uso obrigatório de máscara facial no interior do 3. Enquanto durar a interdição de funcionamento dos
estabelecimento de ensino; refeitórios para os alunos dos demais níveis de ensino, os
c) Dispensa da actividade lectiva presencial de lanches individuais devem ser realizados na sala de aulas
professores e alunos com doenças crónicas consi- durante o período de intervalo.
deradas particularmente vulneráveis confirmadas 4. Sem prejuízo da autonomia funcional prevista na alí-
por médico, devendo ser criadas condições para a nea b) do n.º 2 do presente artigo, as Instituições de Ensino
actividade lectiva não presencial; de Estados Estrangeiros e as Escolas Internacionais têm
d) Proibição de utilização de zonas comuns com forte o dever de diálogo permanente com as Instituições res-
probabilidade de criar aglomerados; ponsáveis pelo Sector da Educação e com as autoridades
e) Duração máxima de três horas por período lectivo; sanitárias, devendo, especialmente, comunicar sobre todas
f) Abertura de refeitório para uso exclusivo do Ensino as alterações ocorridas na actividade lectiva.
Pré-Escolar. ARTIGO 20.º
3. Enquanto durar a interdição de funcionamento dos (Competições e treinos desportivos)

refeitórios para os alunos dos demais níveis de ensino, os 1. Mantêm-se autorizadas as competições desportivas
lanches individuais devem ser realizados na sala de aulas nas modalidades federadas.
durante o período de intervalo. 2. Inclui-se na autorização referida no número anterior
4. Por decisão das autoridades sanitárias locais pode as modalidades de combate, natação e pesca desportiva
ser determinado o encerramento temporário de estabeleci- com observância obrigatória das regras gerais e especiais de
mentos de ensino, verificada a inexistência das condições biossegurança.
de biossegurança e de distanciamento físico definidas pelas 3. As competições de modalidades desportivas federa-
autoridades sanitárias. das são realizadas à porta fechada na Província de Luanda.
ARTIGO 19.º 4. Sem prejuízo do disposto no número anterior é permi-
(Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros tida a presença de até 10% do público nas demais províncias,
e Escolas Internacionais)
com observância das regras de biossegurança e do distancia-
1. Mantém-se autorizada a actividade lectiva presencial mento físico.
nas Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e nas 5. Ao ente responsável pela organização da competição
Escolas Internacionais, em todos os níveis de ensino. compete tomar as medidas necessárias com vista a observân-
2. Sem prejuízo de outras regras fixadas no pre- cia do disposto no número anterior, sob pena de aplicação de
sente Decreto Presidencial ou em diploma específico, as multa que vai de Kz: 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil
Instituições de Ensino de Estados Estrangeiros e as Escolas Kwanzas) a Kz: 500.000,00 (quinhentos mil Kwanzas).
Internacionais funcionam, nos seguintes termos: 6. A prática de competições desportivas, prevista no pre-
a) Obediência a calendário escolar próprio; sente artigo, está condicionada a realização de teste do Vírus
b) Autonomia funcional na determinação do modelo SARS-CoV-2 aos agentes intervenientes no evento despor-
de reinício das aulas e distribuição das classes; tivo, realizado no dia da competição.
4274 DIÁRIO DA REPÚBLICA

7. A testagem referida no número anterior é da responsa- 2. A actividade prevista no número anterior funciona nos
bilidade das instituições intervenientes no evento desportivo. seguintes termos:
8. A violação do disposto no presente artigo é sancio- a) Na Província de Luanda: entre as 7h00 e as 18h00,
nada com multa que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos com até 50% da força de trabalho e 50% de

e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos clientes no interior do estabelecimento;


b) Nas demais províncias: entre as 7h00 e as 20h00,
mil Kwanzas).
com até 75% da força de trabalho e 75% de
ARTIGO 21.º
clientes no interior do estabelecimento.
(Prática desportiva individual e de lazer)
3. A violação do disposto no presente artigo é sancionada
1. A prática desportiva individual e de lazer em espaços com multa, que varia entre os Kz: 250.000,00 (duzentos e
abertos é feita, todos os dias, nos seguintes termos: cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos
a) Em Luanda: entre as 5h00 e as 7h00 e entre as mil Kwanzas).
17h00 e as 19h00, com observância de distan- 4. Sempre que as autoridades de ordem pública tiverem
ciamento físico entre os participantes; conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
b) Nas demais províncias: entre as 6h00 e as 20h00,
mento, nos termos da lei.
com observância de distanciamento físico entre
ARTIGO 23.º
os participantes. (Restaurantes e similares)
2. Em caso algum a prática desportiva individual pode 1. Os restaurantes e similares mantêm-se em funciona-
agrupar mais do que 5 pessoas. mento, nos seguintes termos:
3. Na realização de prática desportiva não é obrigatório a) Na Província de Luanda:
o uso de máscara facial. i. De segunda a sexta: entre as 6h00 e as 18h00
4. Mantém-se autorizada a abertura de ginásios de acesso para atendimento presencial no local e take
ao público e equiparados que funcionam em espaço aberto. away e entrega ao domicílio até às 22h00;
5. Os ginásios referidos na primeira parte do número ii. Aos sábados e domingos: encerrado o aten-
dimento presencial, sendo o atendimento
anterior funcionam com observância do distanciamento
através de take away e entrega ao domicílio
físico entre os praticantes, com até 25% da capacidade do
até às 20h00.
espaço na Província de Luanda, e até 50% nas demais pro-
b) Nas demais províncias: entre as 6h00 e as 20h00
víncias, devendo ser feita higienização regular dos espaços
para o atendimento no local, sendo permitidos
e dos equipamentos. os serviços de take away e entrega ao domicílio
6. Mantêm-se encerrados os ginásios que funcionam em até às 22h00.
espaço fechado. 2. Sem prejuízo de outras regras específicas, o funcio-
7. A violação do disposto no presente artigo é sancio- namento dos restaurantes e similares obedece às seguintes
nada com multa que varia entre os Kz: 20.000,00 (vinte mil regras:
Kwanzas) e os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas). a) A ocupação dos estabelecimentos não deve exce-
der 50% da sua capacidade;
ARTIGO 22.º
(Comércio de bens e serviços)
b) Limite máximo de quatro pessoas por mesa;
c) Proibição de atendimentos ao balcão devendo
1. O exercício da actividade comercial de bens e servi-
todos atendimentos ser feitos em mesa;
ços em geral, incluindo nas cantinas e similares, pode ser
d) Proibição de serviços de alimentação em regime
realizado observadas as regras de biossegurança e de dis-
self service;
tanciamento físico, devendo ainda ser adoptada a regra de e) Observância das regras de biossegurança e do dis-
controlo da temperatura no acesso e a instalação de pon- tanciamento físico entre os clientes.
tos de higienização das mãos à entrada e no interior das 3. É expressamente proibido o uso das pistas de dança
instalações. nos restaurantes e similares.
I SÉRIE –– N.º 105 –– DE 8 DE JUNHO DE 2021 4275

4. A violação do disposto nos números anteriores dá 3. O disposto no número anterior aplica-se às activida-
lugar à aplicação de multa que varia entre os Kz: 350.000,00 des políticas e cívicas massivas realizadas na via pública,
(trezentos e cinquenta mil Kwanzas) e os Kz: 450.000, 00 nos seguintes termos:
(quatrocentos e cinquenta mil Kwanzas). a) Na Província de Luanda: limite de até 50 pessoas
5. Sempre que as forças de ordem e segurança tiverem
por actividade;
conhecimento das infracções ao disposto no presente artigo,
b) Nas demais províncias: limite de até 100 pessoas
devem determinar o encerramento temporário do estabeleci-
por actividade.
mento, por um período entre os 30 e os 90 dias, calculados
4. Nos casos previstos nos números anteriores, reco-
em função da gravidade da infracção.
menda-se que os eventos levem o mínimo necessário de
ARTIGO 24.º
(Mercados e venda ambulante) tempo, com vista a reduzir o período de exposição das pes-
1. É permitido o funcionamento dos mercados públicos soas e, sempre que possível, se opte por meios digitais de
e dos mercados de artesanato, bem como a venda ambulante comunicação.
de terça-feira a sábado, entre as 6h00 e as 16h00. 5. As actividades e reuniões com número superior aos
2. Para os vendedores e compradores nos mercados é limites previstos no presente artigo estão sujeitas à comuni-
obrigatório o uso de máscara facial e a observância do dis- cação prévia às autoridades sanitárias locais.
tanciamento físico. 6. A violação do disposto no presente artigo é sancionada
3. Sem prejuízo do disposto no n.º 1 do presente artigo, com multa que varia entre os Kz: 400.000,00 (quatrocen-
verificando-se incumprimento reiterado das medidas de bios- tos mil Kwanzas) e os Kz: 500.000,00 (quinhentos mil
segurança nos mercados públicos e de artesanato, os órgãos
Kwanzas).
da Administração Municipal podem ordenar o encerramento
7. A multa pela infracção prevista no número anterior é
temporário compulsivo dos mesmos, sem aviso prévio.
da responsabilidade do promotor do evento.
4. Os órgãos competentes da administração local devem
ARTIGO 26.º
criar as condições para a higienização regular dos mercados,
(Actividades recreativas, culturais e de lazer na via pública
nomeadamente nos dias de encerramento.
ou em espaço público)
5. A venda ambulante realizada fora dos dias e horas
permitidos dá lugar à aplicação de multa que varia entre os 1. Os museus, teatros, monumentos e similares, bem
Kz: 15.000,00 (quinze mil Kwanzas) e os Kz: 20.000,00 como as bibliotecas e mediatecas, mantêm-se em funciona-
(vinte mil Kwanzas). mento, até às 18h00, sendo obrigatório o uso de máscara
6. É proibida a aquisição de produtos em venda ambu- facial e a observância das regras de biossegurança e de
lante fora dos dias e horas permitidos, estando o infractor distanciamento físico, não devendo exceder 50% da sua
sujeito à multa que varia entre os Kz: 20.000,00 (vinte mil capacidade.
Kwanzas) e os Kz: 30.000,00 (trinta mil Kwanzas). 2. Mantém-se permitida a realização de feiras de cultura
ARTIGO 25.º e arte, bem como de exposições de moda ou similares, em
(Actividades e reuniões)
espaços públicos ou privados, até às 18h00 na Província de
1. As actividades e reuniões realizadas em espaço Luanda e até às 20h00 nas demais províncias, sendo obri-
fechado não devem exceder a lotação de 50% da capacidade gatório o uso de máscara facial e a observância das regras
da sala, nem o número máximo de 50 pessoas na Província
de biossegurança e de distanciamento físico, não devendo
de Luanda e 100 pessoas nas demais províncias, sendo obri-
exceder 50% da capacidade do local.
gatório o uso da máscara facial e a observância das medidas
3. É suspenso o funcionamento dos cinemas na Província
de biossegurança e de distanciamento físico.
de Luanda, mantendo-se autorizado nas demais províncias,
2. As actividades e reuniões realizadas em espaço
aberto devem observar o distanciamento físico mínimo funcionando até às 20h00, sendo observada a obrigação de
de 2 m entre os participantes e ser realizadas em espaço uso de máscara facial, do distanciamento físico e das demais
delimitado, devendo os organizadores assegurar a disponi- regras de biossegurança fixadas pelos Departamentos
bilidade de máscara facial e o cumprimento das medidas de Ministeriais competentes, não devendo, em caso algum,
biossegurança. exceder 50% da capacidade de lotação das salas.
4276 DIÁRIO DA REPÚBLICA

4. Mantém-se interdito o funcionamento dos clubes de 3. Com vista a evitar o confinamento prolongado de fiéis
diversão nocturna, casinos e salas de jogos. nos lugares de culto, reduzindo o risco de exposição, é reco-
5. São permitidos espectáculos de música com carácter mendado que as celebrações em espaço fechado tenham
não dançante, nos seguintes termos: uma duração máxima de duas horas.
a) Na Província de Luanda: até às 18h00; 4. As autorizações previstas no presente artigo são cir-
b) Nas demais províncias: até às 20h00.
cunscritas às entidades religiosas legalmente reconhecidas e
6. Os espectáculos permitidos no número anterior obede-
que possuam condições de biossegurança para a realização
cem às seguintes regras:
das celebrações.
a) Limitação de até 50% da capacidade do espaço;
5. As celebrações religiosas devem ser realizadas em
b) Plateia sentada, com um distanciamento mínimo
espaço aberto sempre que o local de culto não ofereça con-
de 2 m;
dições para suficiente ventilação e para o distanciamento
c) Uso obrigatório de máscara facial.
7. Sempre que se verifique o incumprimento do disposto físico entre os fiéis, mediante autorização das autoridades
no número anterior, os órgãos competentes determinam o locais competentes, nos termos do n.º 2 do artigo 24.º da
encerramento compulsivo dos estabelecimentos por um Lei n.º 12/19, de 14 de Maio, não devendo, em caso algum,
período entre os 30 e os 90 dias, calculados em função da exceder o limite de 150 pessoas.
gravidade da infracção, podendo a desobediência origi- 6. Não podem ser realizadas celebrações entre as 22h00
nar crime, nos termos do artigo 39.º do presente Diploma, e as 5h00.
e determinar a apreensão definitiva dos respectivos bens e 7. É proibida a realização de peregrinações.
equipamentos e posterior comercialização em hasta pública
8. A violação do disposto no presente artigo pode dar
nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
lugar à suspensão, interdição ou encerramento das activida-
8. As violações ao disposto no presente artigo são san-
des, nos termos do artigo 52.º da Lei n.º 12/19, de 14 de
cionadas com multas que variam entre os Kz: 400.000,00
Maio.
(quatrocentos mil Kwanzas) e os Kz: 600.000,00 (seiscen-
tos mil Kwanzas), sem prejuízo do encerramento temporário ARTIGO 28.º
(Ajuntamentos)
dos locais, nos termos da lei.
ARTIGO 27.º 1. São permitidos ajuntamentos domiciliares até ao
(Actividades religiosas) máximo de 15 pessoas.
1. É permitida a realização de actividades religiosas 2. Não são permitidos ajuntamentos de carácter festivo
todos os dias da semana. em local não domiciliar, sendo interdito o acesso a salões de
2. Sem prejuízo das regras específicas fixadas pelos festas e estabelecimentos similares.
Departamentos Ministeriais competentes, as actividades 3. A violação do disposto no número anterior dá lugar
religiosas funcionam nos seguintes termos:
à aplicação de multa, que varia entre Kz: 600.000,00 (seis-
a) Uso obrigatório de máscara facial;
centos mil Kwanzas) e os Kz: 800.000,00 (oitocentos mil
b) Distanciamento físico durante as celebrações;
Kwanzas), ao encerramento compulsivo do estabelecimento
c) Lotação limitada a 50% da capacidade do lugar de
por um período entre 30 e 90 dias, calculados em função
celebração, quando realizadas em local fechado,
da gravidade da infracção, havendo apreensão definitiva dos
com o limite máximo de 100 pessoas, sendo res-
bens e equipamentos e posterior comercialização em hasta
peitada a distância mínima de 2 m entre os fiéis;
pública, nos termos da Lei n.º 12/11, de 16 de Fevereiro.
d) Afixação no exterior dos lugares de culto da capa-
cidade de lotação do espaço; 4. A violação do disposto no n.º 1 dá lugar à aplicação de

e) Colocação de recipientes para a oferta em pontos multa, que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem mil kwanzas)
de fácil acesso, devendo os fiéis deslocar-se ao e os Kz: 200.000,00 (duzentos mil Kwanzas).
respectivo local observando o devido distancia- 5. São individualmente responsáveis pelo pagamento das
mento físico; multas previstas no número anterior as entidades responsá-
f) Desinfecção e ventilação regular dos lugares de veis pela promoção dos ajuntamentos e os proprietários ou
culto. responsáveis dos locais onde estes se realizem.
I SÉRIE –– N.º 105 –– DE 8 DE JUNHO DE 2021 4277

ARTIGO 29.º 2. As empresas que prestem os serviços previstos no


(Ajuntamentos na via pública)
número anterior devem adequar a sua força de trabalho, de
1. Não são permitidos ajuntamentos, de qualquer natu- forma a garantir a continuidade dos serviços, e realizar a
reza, superiores a 10 pessoas na via pública. higienização e desinfecção regular dos veículos.
2. Para efeitos do número anterior, as forças de segu- 3. Sem prejuízo de poder dar lugar à apreensão do veí-
rança e ordem pública asseguram a circulação dos cidadãos, culo e à suspensão da respectiva licença quando aplicável, a
intervindo sobre os aglomerados de mais de 10 pessoas, violação do disposto no n.º 1 do presente artigo é sancionada
sendo que a resistência às ordens directas das autoridades com multa que varia entre os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil
é sancionada como crime de desobediência, nos termos do Kwanzas) e os Kz: 100.000,00 (cem mil Kwanzas).
artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de Novembro, com a redac- ARTIGO 33.º
ção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de Maio, sem prejuízo das (Moto-táxi)

sanções administrativas aplicáveis. 1. Nos serviços de moto-táxi é obrigatório o uso de más-


3. A violação do disposto no presente artigo dá lugar à cara facial para o passageiro e o condutor.
aplicação de multa que varia entre Kz: 200.000,00 (duzen- 2. A violação do previsto no presente artigo é sancio-
tos mil Kwanzas) e os Kz: 400.000,00 (quatrocentos mil nada com multa que varia entre os Kz: 5.000,00 (cinco mil
Kwanzas). Kwanzas) e os Kz: 10.000,00 (dez mil Kwanzas).
4. A multa prevista no número anterior é da responsa- ARTIGO 34.º
bilidade da pessoa, individual ou colectiva, promotora do (Praias, piscinas e marinas)

ajuntamento. 1. O acesso às praias, piscinas de acesso ao público e


ARTIGO 30.º demais zonas balneares mantém-se interdito.
(Bebidas alcoólicas) 2. A violação do disposto no número anterior dá lugar à
1. É interdita a comercialização e o consumo de bebidas aplicação de multa que varia entre os Kz: 30.000,00 (trinta
alcoólicas na via pública. mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil Kwanzas).
2. A infracção ao disposto no presente artigo é sancio- 3. É permitido o acesso aos clubes navais e marinas para
nada com multa que varia entre os Kz: 25.000,00 (vinte fins desportivos, bem como a utilização de embarcações
e cinco mil Kwanzas) e os Kz: 50.000,00 (cinquenta mil para fins recreativos.
Kwanzas). 4. A utilização de embarcações para fins recreativos obe-
dece a uma lotação não superior a 50% da capacidade.
ARTIGO 31.º
(Cerimónias fúnebres) 5. A violação do disposto no número anterior dá lugar à
aplicação de multa que varia entre os Kz: 100.000,00 (cem
1. São permitidas cerimónias fúnebres com até 10 par-
mil Kwanzas) e os Kz: 300.000,00 (trezentos mil Kwanzas).
ticipantes, devendo os funerais realizar-se no período
compreendido entre as 8h00 e as 13h00, obedecendo às CAPÍTULO III
regras de biossegurança e distanciamento físico. Infracções
2. Nos funerais de pessoas que tenham como causa de ARTIGO 35.º
morte a COVID-19 são permitidos até cinco participantes, (Multas)
sem prejuízo de outras regras definidas pelas autoridades 1. A determinação do valor da multa aplicável, nos casos
sanitárias, devendo os funerais realizar-se apenas no período previstos no presente Diploma, varia consoante o tipo de
da tarde. infracção, a culpa, o benefício e capacidade económica do
3. Nas cerimónias fúnebres realizadas nos termos do agente.
disposto nos números anteriores é obrigatório o uso de más- 2. O disposto no presente Diploma não prejudica a res-
cara facial e a observância do distanciamento físico, sendo ponsabilidade civil do infractor.
vedado o acesso ao cemitério por parte de pessoas sem más- ARTIGO 36.º
cara facial. (Processamento das multas)

ARTIGO 32.º As multas decorrentes de penalização por violação das


(Transportes colectivos de pessoas e bens) medidas previstas no presente Diploma podem ser pro-
1. Os transportes colectivos urbanos e interurbanos de cessadas e cobradas por qualquer instrumento destinado a
passageiros, públicos e privados, funcionam com até 75% possibilitar a sua recolha para a Conta Única do Tesouro
da sua lotação. Nacional.
4278 DIÁRIO DA REPÚBLICA

ARTIGO 37.º d) Transladação de cadáveres, com até dois acompa-


(Receita das multas)
nhantes;
1. A totalidade da receita resultante das multas aplica-
e) Outras saídas essenciais nos termos determinados
das por violação das medidas previstas no presente Diploma
pelas autoridades competentes.
reverte a favor da província onde a mesma é aplicada,
2. As entradas e saídas da Província de Luanda realiza-
devendo ser exclusivamente destinada à melhoria das suas
das nos termos do número anterior estão dependentes da
condições de biossegurança.
2. A receita referida no número anterior é disponibilizada realização prévia de testes do SARS-Cov-2 com resultado
aos Governos Provinciais a título de quota financeira. negativo.
3. Compete ao Departamento Ministerial responsável 3. As entradas e saídas realizadas por motivos profissio-
pelas Finanças Públicas assegurar a operacionalização téc- nais, nos termos da alínea c) do n.º 1 do presente artigo não
nica do pagamento das multas referidas no número anterior. carecem de qualquer tipo autorização, estando apenas sujei-
ARTIGO 38.º tas à apresentação de guia de missão emitida pela entidade
(Fiscalização)
patronal, que deve indicar o motivo e a duração da desloca-
1. A fiscalização do cumprimento dos deveres previstos ção, devendo limitar-se ao número mínimo de membros em
no presente Diploma, incluindo a aplicação de multas, é da função da natureza da actividade.
responsabilidade das autoridades de ordem pública, de ins-
4. Os Departamentos Ministeriais competentes devem
pecção e fiscalização legalmente competentes.
adoptar medidas eficazes de modo a conferir celeridade aos
2. Nos termos do disposto no número anterior, as autori-
processos de entradas e saídas da cerca sanitária, particular-
dades de ordem pública podem determinar as medidas que
mente para o exercício da actividade económica.
se revelem necessárias para o cumprimento do disposto no
presente Diploma, incluindo o encerramento compulsivo ARTIGO 41.º

de estabelecimentos comerciais, mercados, restaurantes e (Interdição temporária de entrada)

similares. 1. Sem prejuízo do disposto no artigo 7.º, mantém-se


3. O encerramento compulsivo previsto no número temporariamente suspensa a entrada no País, por qualquer
anterior pode ser realizado mesmo depois de consumada a via, de cidadãos provenientes da República Federativa do
infracção desde que as autoridades de ordem pública tenham Brasil e da República da Índia.
conhecimento por qualquer meio de prova disponível.
2. A interdição prevista no número anterior é também
ARTIGO 39.º
aplicável aos cidadãos que tenham feito trânsito em qual-
(Desobediência)
quer dos dois países.
A resistência ao cumprimento das medidas previstas no
3. Exceptuam-se do âmbito do presente artigo os cida-
presente Decreto Presidencial constitui crime de desobe-
dãos de nacionalidade angolana e os estrangeiros residentes
diência, nos termos do artigo 24.º da Lei n.º 28/03, de 7 de
Novembro, com a redacção dada pela Lei n.º 14/20, de 22 de que, em caso de proveniência ou trânsito em qualquer dos

Maio, sem prejuízo das sanções administrativas aplicáveis. países designados no n.º 1, são obrigados à observância de
quarentena institucional nos termos definidos pelas autori-
CAPÍTULO IV
dades sanitárias.
Disposições Finais e Transitórias
4. A quarentena institucional prevista no número anterior
ARTIGO 40.º
está sujeita à comparticipação nos termos definidos pelos
(Cerca sanitária na Província de Luanda)
Departamentos Ministeriais competentes.
1. Mantém-se a cerca sanitária na Província de Luanda
ARTIGO 42.º
até às 23h59 do dia 8 de Julho de 2021, sendo interditas as
(Falsas declarações)
entradas e saídas da Província de Luanda, excepto para efei-
tos de: As informações falsas prestadas nos casos das situações
a) Entrada e saída de bens e serviços; previstas no n.º 3 do artigo 7.º e do n.º 3 do artigo 12.º do
b) Entrada e saída de doentes; presente Diploma são sancionadas nos termos gerais da Lei
c) Entradas e saídas por motivos profissionais; Penal.
I SÉRIE –– N.º 105 –– DE 8 DE JUNHO DE 2021 4279

ARTIGO 43.º ARTIGO 45.º


(Aplicação subsidiária) (Dúvidas e omissões)

As dúvidas e omissões resultantes da interpretação e


Em tudo não previsto no presente Diploma, são subsi-
aplicação do presente Decreto Presidencial são resolvidas
diariamente aplicáveis as normas constantes do Decreto pelo Presidente da República.
Presidencial n.º 142/20, de 25 de Maio, que não contrariem ARTIGO 46.º
(Entrada em vigor)
o disposto no presente Decreto Presidencial.
O presente Diploma entra em vigor à meia-noite (0h00)
ARTIGO 44.º do dia 9 de Junho de 2021.
(Revogação)
Publique-se.
É revogado o Decreto Presidencial n.º 119/21, de 8 de Luanda, aos 7 de Junho de 2021.
Maio, e demais legislação que contrarie o disposto no pre- O Presidente da República, João Manuel Gonçalves
sente Diploma. Lourenço. (21-4727-A-PR)

O. E. 812 - 6/105 - 150 ex. - I.N.-E.P. - 2021

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