Pequeno Manual Do Diretor de Escola VOL 5

PEQUENO MANUAL DO Volume
CLÁUDIO GERALDO - DIRETOR DE ESCOLA

Siga @diretordeescola no Instagram
02
TERMOS DE USO
Este material foi produzido pelo professor Cláudio
Geraldo da Silva, sendo proibido a reprodução total
ou parcial deste material para fins lucrativos, bem
como a publicação em sites, blogs, redes sociais e
afins sem prévia autorização do titular.
Este material foi feito para uso pessoal para
gestores escolares, especialistas,
coordenadores e professores e assistentes
técnicos da educação.
PROIBIDO vender, revender ou plagiar esse
material.
PROIBIDO compartilhar em grupos redes
sociais (FACEBOOK, INSTAGRAM,
WHATSSAP, TELEGRAM, ETC.)
PROIBIDO arquivar em drives ou sites públicos
para que outras pessoas tenham acesso.
Em caso de publicação em redes sociais, solicito
que mencione a autoria dando os devidos créditos
para meu INSTAGRAM. @diretordeescola
DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS PELA LEI 9610/98
GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

03
O AUTOR
Professor Cláudio Geraldo, bacharel e

licenciado em filosofia e letras, especialista em
gestão escolar e ensino religioso e acadêmico
de direito.
Gestor da Escola Estadual Alberto Azevedo, no

município de Inhapim (SRE de Caratinga).
Casado, pai da pequena Maria. Produz e

compartilha materiais de apoio à gestão
escolar, através do seu perfil no Instagram
@diretordeescola.

04
MEUS E-BOOKS
VOL 1 - Dispensa de licitação
O Volume 1 do Pequeno Manual do Diretor de Escola
apresenta um passo a passo detalhado para o
procedimento de Dispensa de Licitação conforme a
Nova Lei de Licitações, além do acesso a uma pasta
no Google Drive com os modelos editáveis para a
instrução do processo.
Clique para adquirir o Vol. 1 - Apenas R$24,90
VOL 2 - Inexigibilidade
Já o Volume 2 apresenta um passo a passo
detalhado para o novo procedimento de
Inexigibilidade de Licitação. Contém um conteúdo
bônus sobre o Regime Especial de Adiantamento.
Também conta com o acesso a uma pasta no
Google Drive com os modelos editáveis.
Clique para adquirir o Vol. 2 Apenas R$ 24,90
PROMOCIONAL - VOLUMES 1 E 2 JUNTOS

Clique para adquirir os Volumes 1 e 2 - Apenas R$ 44,90
VOL 3 - Protocolo Disciplinar

O nosso Volume 3 é um compartilhamento de
experiência. Nele, apresento a forma como
organizamos nossa rotina disciplinar,
apresentando a todos os envolvidos com clareza
o que, quando e como fazer para manter uma
escola em ordem.
Clique para adquirir o Vol. 3 - Apenas R$14,90
VOL 4 - Livro de ponto personalizado

No volume 4, faço um compartilhamento de
experiência, explicando como, em nossa escola, nós
reduzimos a zero os erros no livro de ponto, tanto
do magistério quanto do administrativo, através de
um controle organizado e personalizado da
frequência. Contém um drive com os modelos.
Clique para adquirir o Vol. 4 Apenas R$ 14,90
Acesse meu site:

www.diretordeescola.com.br

05
PAPO DE DIRETOR
Este não é apenas mais um volume do nosso
Pequeno Manual do Diretor de Escola.
Embora eu o tenha numerado como Volume
5, diferente dos volumes anteriores, que
eram muito específicos para os nobres
colegas que estão na linha de frente da
escola, na função de diretor, o material que
apresento aqui é mais que isso. É uma
partilha de experiência, que busca ir além do
pragmatismo da função, abrindo os
horizontes para qualquer educador (ou
mesmo qualquer liderança em outras áreas)
que almejam o sucesso da escola.
Evidentemente, a compreensão será mais

fácil e a reflexão mais profunda quando o
leitor for gestor de escola. Afinal, estamos
falando do nosso dia a dia, dos desafios,
medos e angústias que todos nós temos, mas,
mais do que isso, principalmente das
potencialidades e habilidades que devemos
desenvolver para liderar com maestria uma
equipe, por vezes tão diversa e desmotivada.
Por outro lado, quando o leitor não for o
gestor da escola, mas qualquer outro
servidor, membro da equipe, o conhecimento
deste conteúdo poderá despertar o interesse
por uma atitude colaborativa, aumentando o
seu engajamento profissional e a sua
percepção de participação.

06
Embora não exista uma receita de bolo

quando se fala de gestão, todos nós temos
algo exitoso a compartilhar. Uma prática aqui
e outra ali que vêm fortalecendo nossas
equipes e nos ajudando a nos estabelecer
como bons líderes. As ideias que eu
apresento neste material, embora por efeito
de publicidade sejam chamadas de segredos,
não são descobertas mirabolantes. Pelo
contrário, são percepções sensíveis do meu
dia a dia, do que deu certo na minha equipe
e, acredito, pode ajudar também nas equipes
de vocês.
Minha sugestão é que você leia cada um

desses “segredos” com a imaginação ativada.
Abandone, desde o primeiro momento, as
afirmações como “isso não funciona”, “isso
não vai dar certo”, “onde ele tirou isso?”,
“seria fácil se não tivesse fulano na equipe”.
Diferentemente, em cada um dos “segredos”,
pergunte-se: “Qual é a primeira coisa que eu
preciso fazer para concretizar isso?”. Daí em
diante, é só trabalho e conquista. E cá pra
nós, se sofremos o processo do trabalho,
merecemos celebrar as glórias das
conquistas!
Um abraço e boa leitura!

07
1º SEGREDO
COMPARTILHE SEUS SONHOS:
É possível realizá-los!
O gestor de escola é antes de tudo um
sonhador. Antes de ser diretor, na prática da
docência, eu vivia com a cabeça a mil,
sonhando com a escola que eu queria para dar
aula. Quando assumi a gestão da escola, senti o
peso de ver os papéis se invertendo. Descobri
que as demandas administrativas consomem
nosso tempo de modo absurdo. Obviamente,
isso é um terror na cabeça do professor que
acabou de se tornar diretor. A gente quer fazer
a diferença, mas sem experiência e orientação,
acabamos não fazendo mais do que continuar
reproduzindo um sistema já estabelecido e
vencido pela rotina.
O desafio começa aqui. Como sonhar se não

temos tempo para sequer pensar a escola?
Conforme o tempo vai passando, vamos
percebendo que o sonhar do diretor de escola é
diferente. Passamos a sonhar com perspectivas,
mesmo que remotas. Compartilho o sonho que
eu tinha, quando assumi a gestão, de que todas
as salas de aula tivessem uma estrutura
multimídia para que realmente as aulas
pudessem ser diversificadas. Lembro que
comentei isso na sala dos professores e os
colegas visualizaram como impossível. E talvez

08
fosse mesmo naquele momento. À medida que
as oportunidades de realizar vão surgindo, os
sonhos vão saindo do papel e ganhando forma
no chão da escola. Aí a gente já se vê sonhando
e fazendo ao mesmo tempo.
É por isso que eu digo sempre que tão

importante quanto sonhar é compartilhar os
sonhos que temos. É meio clichê dizer que as
palavras têm força e que nós atraímos aquilo
que nós falamos, mas não é de todo engano. Os
sonhos que ficam presos em nossa mente se
perdem no medo. Já os que nós compartilhamos
encontram eco naqueles que comungam dos
mesmos objetivos e produzem encorajamento
em nós.
Mas não ache que estou falando somente dos

sonhos grandes, que demandam altos recursos
financeiros. Há sonhos que são cotidianos e
dependem somente de organização no trabalho.
Muitas vezes um ambiente limpo, organizado e
agradável para o trabalho se conquista a partir
de um sonho. Recordo-me de fato: um dia, em
meio a tantas obras acontecendo dentro da
escola, uma professora, com baixa estatura, me
perguntou com toda discrição do mundo se não
seria possível baixar um pouco o bebedouro da
sala dos professores, pois era incômodo para
ela ter de sustentar sobre as pontas dos pés
para encher uma garrafinha de água. Confesso
que senti vergonha. Sonhei com tantos feitos
grandiosos, dos quais me sentia orgulhoso por
poder realizar, que sequer percebi que havia
um detalhe, talvez insignificante pra mim, que
para aquela servidora era essencial.

09
Aprendi naquele dia que era preciso criar
oportunidades de observar a escola, ver como
os estudantes, os professores, outros
profissionais e a comunidade ao redor se
movimentam e se comportam dentro dela.
Aprendi a prestar atenção nos sinais de alegria
e de insatisfação e, a partir deles, idealizar
novas formas de trabalho, sejam estruturais ou
organizacionais.
Não sou capaz de relacionar aqui os sonhos que

já realizei na gestão da escola. Sinto-me
privilegiado por isso. Dentro de uma escola, os
sonhos que nós temos não são para nós, são
para toda uma comunidade escolar. Tenho
outros sonhos a conquistar e não me canso de
compartilhá-los, criando um ambiente de
otimismo para o que ainda poderemos.
Gestor escolar que não sonha, não transforma a

escola. Com tristeza eu digo que uma escola
abandonada, suja e mal cuidada reflete a mente
vazia do gestor. Se o gestor já deixou de
sonhar, ele já não tem mais com o que
contribuir, seu trabalho está fadado ao
fracasso. Dedique tempo ao sonho, conheça
outras escolas, inspire-se! Em um mundo que
está em constante evolução, as demandas de
trabalho mudam e os desafios se renovam a
cada dia, por isso é fundamental que o diretor
de escola se lembre do poder transformador
dos sonhos. Como líderes nas instituições de
ensino, nós temos o privilégio e a
responsabilidade de guiar não apenas a jornada
acadêmica, mas também de cultivar um
ambiente onde os sonhos florescem e se
tornam realidade.

10
2º SEGREDO
DÊ A SUA CARA À ESCOLA:
Ela é um espelho de quem você é!
Começo falando desse segredo batendo forte.
Não é verdade que escola é tudo igual!
Infelizmente, se você ainda acredita nesta tese
é sinal que você está somente representando o
sistema, sem nenhum investimento em
criatividade e transformação.
É preciso cuidar da escola como se fosse nossa

casa. Afinal, dificilmente algum de nós
consegue fazer somente a jornada de trabalho
pela qual somos remunerados. Muitas vezes
abrimos e fechamos a escola e ainda levamos
serviço para casa. E não é exagero dizer que a
escola é nossa segunda casa (ou às vezes até
nossa primeira casa, dado o tempo útil do
nosso dia que passamos nela). Se pela nossa
casa, onde vivemos e convivemos com os
nossos familiares, nós temos zelo e cuidado,
não podemos negligenciar o ambiente escolar.
O aconchego que existe nele é fruto e
consequência do nosso trabalho.
É claro que não é fácil fazer uma reforma geral.

E nem sempre ela é necessária. Às vezes, o que
precisa ser feito é uma boa limpeza, a troca de
alguns móveis de lugar, colocar algumas
plantas aqui e ali e fazer alguns retoques
pontuais na estrutura. Dedique-se o tempo todo

11
a criar estratégias para concretizar seus sonhos
no chão da escola. Eles se expressam lá
também e manifestam exatamente o que você
quer para a gestão que desenvolve.
Talvez a necessidade deste “segredo” seja o

que mais nos confronta. Uma escola suja, mal
cuidada e desorganizada reflete a forma como
ela é gerida. Mostram o lado “lambão” do
diretor e condenam ao fracasso qualquer
iniciativa que, na melhor intenção, você tenha
para a equipe.
Agora, da mesma forma que eu penso que os

aspectos físicos da escola demonstram a cara
do gestor, eu penso também que os aspectos
organizacionais demonstram o seu espírito. Não
é só a aparência que importa, óbvio! É preciso
que a nossa imagem esteja refletida na escola
como um todo. Na beleza, na organização e no
clima. Este aspecto é muito sério. Um gestor
estressado orquestra uma equipe estressada,
assim como um gestor sem proatividade
mantém funcionando uma equipe parada.
Nossas qualidades se tornam qualidades de
nossas equipe e nossos defeitos se tornam
pontos de atenção para todos na escola.
Portanto, é inegável que a escola reflete não

apenas o ambiente físico que a compõe, mas
também a mentalidade e o espírito de sua
gestão. Assim como cuidamos de nossas casas,
devemos dedicar atenção e zelo à instituição
escolar, reconhecendo-a como um espaço de
convivência e aprendizado que influencia
diretamente no desenvolvimento de todos os
envolvidos. A busca por melhorias não se limita

12
apenas à estética, mas abrange também a
organização e o clima interno, refletindo o
comprometimento e a dedicação da equipe
gestora em criar um ambiente propício ao
crescimento e ao bem-estar de todos. Em
última análise, ao darmos nossa cara à escola,
estamos investindo não apenas em sua imagem
externa, mas também na construção de uma
comunidade educativa sólida e acolhedora.
É preciso cuidar da escola como

se fosse nossa casa. E não é
exagero dizer que a escola é
nossa segunda casa. Se pela
nossa casa, onde vivemos e
convivemos com os nossos
familiares, nós temos zelo e
cuidado, não podemos
negligenciar o ambiente escolar.

13
3º SEGREDO
MOTIVE A SUA EQUIPE A
PARTIR DE SI MESMO
Você é o exemplo!
Na mesma esteira do “segredo” anterior, este
“segredo” trata, antes de tudo, da motivação do
gestor, que é a motivação da equipe. Um gestor
desanimado e incrédulo produz uma equipe
descompromissada, sem a necessária esperança
de que é possível alcançar resultados além dos
já existentes.
A motivação começa pelo nosso afeto, pelo

nosso senso de humanidade com todos dentro
da escola. Muitas vezes, precisaremos ser
duros, objetivos, pontuais no direcionamento
ao servidor, ao estudante ou à sua família. Mas
em momento nenhum poderemos deixar de
demonstrar compaixão, empatia e respeito.
Quando a equipe percebe que o gestor é
humano no trato, minimizam-se as barreiras no
relacionamento.
Lembro-me de ouvir uma história sobre uma

diretora que quando o servidor informava que
estava doente e, por isso, se afastaria em uma
licença para se tratar, ao invés de perguntar se
estava bem, se precisava de alguma coisa ou
mesmo de desejar melhoras, disparava em

14
reclamações sobre as dificuldades de se
trabalhar sem o servidor, que ninguém tem
compromisso com o serviço etc etc etc… É
impossível que uma equipe tratada assim esteja
empenhada em alcançar os melhores
resultados. Naturalmente, a falta do professor
nos desestabiliza e nos impõe um desafio
imediato. Mas, por outro lado, a dificuldade que
teremos de enfrentar para contornar a falta do
professor não resolve a situação causadora
desta falta, não demonstra compreensão e,
principalmente, não motiva o professor a voltar
ao trabalho tão logo tenha condições de fazê-
lo. Em situações assim, por mais difícil que
seja, o gestor precisa agir com calma, colocar-
se à disposição para ajudar e orientar sobre os
procedimentos legais para o afastamento.
Ninguém se esquece do acolhimento recebido
no momento do sofrimento.
A motivação do gestor à equipe é uma das

principais chaves do sucesso da escola. O
diretor da escola é quem deve acreditar
primeiro em seus projetos. Cada proposta de
intervenção, cada metodologia proposta, cada
investimento em equipamento, cada decisão
tomada… antes de tudo, o diretor é a pessoa
que fala que vai dar certo e cria todos os
mecanismos necessários para que a equipe
acredite que realmente será um sucesso.
Infelizmente, muitas vezes, principalmente em

razão do pouco reconhecimento profissional
que nós recebemos das nossas redes de ensino
(expressos principalmente nos baixos salários)
ou mesmo das políticas públicas para educação,

15
que nos causam a sensação de serem
ineficientes, nós já começamos o nosso
discurso frente à equipe com postura de
desânimo. Falar que “eles querem que seja
assim” é o maior erro do gestor de escola.
Precisamos mudar o discurso para “o objetivo a
ser alcançado é este e para fazê-lo bem
precisamos agir de tal modo…”. O diretor é o
maestro da escola. É ele quem dá o ritmo e o
tom, para que a equipe unida dê o resultado
final esperado.
Assim, posso afirmar que a motivação da

equipe é um elemento crucial para o sucesso da
escola, e cabe ao gestor liderar esse processo
com empatia, respeito e confiança. Ao
demonstrar humanidade no trato com todos os
membros da comunidade escolar, o gestor cria
um ambiente propício para o engajamento e o
comprometimento de todos. É essencial que o
diretor acredite nos projetos e nas metas
estabelecidas, agindo como um catalisador do
entusiasmo e da determinação da equipe.
Apesar dos desafios e das adversidades, é
fundamental manter um discurso positivo e
proativo, focado na busca pelo sucesso
coletivo. Ao cultivar um ambiente de motivação
e confiança, o gestor não apenas impulsiona o
desempenho da equipe, mas também fortalece
os laços de colaboração e a capacidade da
escola de alcançar seus objetivos educacionais.

16
4º SEGREDO
SEJA FLEXÍVEL:
Mas, estabeleça seus limites!
Antes de qualquer coisa, nós diretores de
escola, precisamos ter em mente que a
legislação é uma moldura, uma cerca. Nenhuma
decisão, escolha ou flexibilização pode
extrapolar esses limites. Especialmente em
escolas públicas, nas quais os gestores são
agentes públicos, essa visão precisa ser ainda
mais criteriosa, uma vez que na administração
pública as deliberações devem estar em plena
conformidade com o dispositivo legal, não
havendo discricionariedade para decisões
particulares nas questões que envolvem
diretamente a aplicação da lei.
Por outro lado, nem todas as perguntas têm

respostas prontas na legislação. Algumas vezes,
a solução da demanda passa pelo bom senso do
gestor e de sua equipe gestora. Muitas
situações no dia a dia requerem do gestor
respostas rápidas e muitas vezes inusitadas.
Este ponto é crucial para que o diretor da
escola ganhe a confiança e o respeito da sua
equipe.
Atendimentos a pedidos que não sejam

proibidos e não prejudiquem o funcionamento
da unidade escolar, muitas vezes precisam ser

17
feitos. Entre uma solicitação atendida e outra
não atendida, a equipe vai entendendo com
clareza em que pontos você pode e não pode
flexibilizar. O importante é que o diretor seja
claro quanto aos motivos para atender ou não
uma solicitação de algum servidor. E que
nunca, nunca mesmo, o diretor se dê ao direito
de permitir o proibido dizendo: “Vou deixar,
mas não fala nada com ninguém!” Podemos ter
certeza de que este servidor irá contar e, em
outro momento, quando você não puder ceder
na mesma questão para outro servidor, você
será confrontado com “mas para o fulano pode,
né?”. Neste momento sua autoridade estará
colocada abaixo.
A capacidade de ser flexível no atendimento às

solicitações da equipe é uma qualidade do
gestor, da mesma que a firmeza quanto ao que
é inflexível também o é, de modo que não
ultrapasse os parâmetros legais estabelecidos.
Todos na equipe precisam saber o que podem e
o que não podem nos pedir. À medida que esta
relação se consolida, as questões para as quais
as respostas seriam negativas deixam de
aparecer.
Ao agir com transparência e consistência, o

diretor constrói confiança e respeito entre sua
equipe, evitando desafios à sua autoridade e
criando um ambiente de trabalho mais
harmônico e eficiente. Ao estabelecer essa
dinâmica, as questões que demandariam
respostas negativas tendem a diminuir,
promovendo uma gestão mais eficaz e
colaborativa.

18
5º SEGREDO
TENHA UMA COMUNICAÇÃO
CLARA COM A SUA EQUIPE:
Tudo por escrito!
Em qualquer ambiente corporativo, a
comunicação é um dos elementos mais
importantes. O fluxo de informação deve ser
inequívoco, livre de qualquer ruído ou vício. O
estabelecimento de uma comunicação clara
também é parte da manifestação da sua
personalidade frente à sua equipe.
Para uma comunicação eficiente, antes de

qualquer coisa é importante que o diretor e sua
equipe gestora estejam alinhados. O
planejamento do trabalho deve partir da ação
coletiva entre aqueles que estão à frente da
escola. Isto é essencial para que todos falem a
mesma língua, sem divergir informações, afinal,
dentro de uma escola todos falam em nome do
diretor e, por isso, precisam estar alinhados.
Contudo, diferente do que muitos gestores

estão acostumados a fazer, a clareza na
comunicação não tem nada a ver com fixação
de cartazes nas paredes e recados nos murais.
Acreditem: esta é a forma menos eficiente de
comunicar, pois, além de não serem lidos,

19
produzem poluição visual. Desconheço alguém
que fique confortável com placas e cartazes de
advertência ou lembretes ao seu redor ou
mesmo que fique de pé lendo recados no mural.
Há ferramentas mais eficientes, que são

comuns a todos nós e às vezes passam sem a
sua melhor utilização. Particularmente, eu
tenho preferência pela utilização do e-mail.
Você pode criar um marcador no e-mail da sua
escola com todos os endereços de e-mail dos
servidores. É bom ter um marcador com todos e
outros marcadores separados por grupos (um
para efetivos, outro para convocados, outro
para regentes, outro para especialistas, outro
para pessoal de secretaria etc). Toda
informação importante é bom que seja,
primeiramente, repassada por e-mail. Isto
profissionaliza a relação institucional e cria em
todos da equipe uma segurança quanto ao
conhecimento do que é realmente necessário
para a organização do trabalho.
Outra prática de nossa gestão que eu considero

muito eficaz no aspecto da comunicação é a
definição prévia das pautas de reunião,
produzindo-se um documento completo, com
tudo que será tratado na reunião. Este
documento é compartilhado com todos os
participantes no início da reunião e serve como
fonte de consulta e de orientação para o
desenvolvimento das atividades alinhadas
coletivamente. Isto evita que haja divergência
na interpretação e mantém a padronização das
ações.

20
Aqui entra um aspecto essencial da gestão
escolar. Todo o procedimento que será adotado
na prática das ações (sejam pedagógicas ou
administrativas) devem estar alinhadas com
todos da equipe gestora. Diretor, vice-diretores,
supervisores e coordenadores pedagógicos,
pessoal de secretaria, todos precisam ter pleno
conhecimento das informações que serão
repassadas à equipe, pois todos falam em nome
do diretor e não podem divergir na orientação.
Além disso, em nossa escola eu desenvolvi um

site, ao qual somente os servidores têm acesso,
estando logados com o e-mail cadastrado.
Neste site dividimos as informações por áreas
(pedagógico, vida funcional, finanças,
secretaria etc). Toda a informação necessária
ao funcionamento da escola está vinculada a
ele. É uma experiência exitosa, que pretendo
compartilhar com mais detalhes em outro
material.
E os grupos de WhatsApp? Tê-los ou não? Não

acredito que ter o grupo seja ruim de tudo.
Para os recados rápidos eles podem ser aliados.
Mas é preciso ter cuidado na organização dos
grupos. Nossa sugestão é que, caso o gestor
pense no grupo como uma ferramenta de
comunicação institucional, existam dois grupos.
Um mais social, aberto e de livre participação,
em que os participantes possam conversar
entre si, manifestarem suas alegrias, tristezas
etc,. e outro fechado e objetivo, em que sejam
dados apenas os recados curtos. Outra
percepção que temos é de que os recados nos
grupos devem ser por escrito (sem uso de

21
imagens ou figurinhas chamativas) e apenas
reforcem o que foi orientado formalmente por
e-mail.
A eficácia da comunicação dentro da escola é

fundamental para o bom funcionamento e a
coesão da equipe. A capacidade de organizar do
diretor será o ponto chave desta transformação,
que depende, antes de tudo, de planejamento e
alinhamento com equipe. Este enfoque claro e
organizado na comunicação não só promoverá a
eficiência operacional, mas também fortalecerá
o vínculo entre os membros da equipe e a
gestão escolar.
Para uma comunicação eficiente,

antes de qualquer coisa é
importante que o diretor e sua
equipe gestora estejam
alinhados. Se todos falam em
nome do diretor, o que você quer
falar deve estar muito claro para
todos, sem ruídos ou desvios.

22
6º SEGREDO
ESCUTE A TODOS:
Mas, saiba em quem confiar!
Infelizmente, a escola, como qualquer outro
ambiente corporativo, é sempre marcada por
disputas de poder e atenção. Ao mesmo tempo
em que ninguém quer ser “amigo do diretor”,
todos querem “ser vistos e escutados” por ele.
Este clima acaba por exigir do gestor um jogo
de cintura diferenciado.
Nem sempre é fácil distinguir quem quer ser

privilegiado de quem realmente quer ajudar a
fazer. Do mesmo modo que nem sempre é fácil
distinguir quem “fala mal e reclama de tudo” de
quem identifica as falhas da gestão e propõe
mudanças.
O diretor de escola precisa se mostrar aberto a

todos, disponível para escutar e humilde para
reconhecer eventuais erros. Ao mesmo tempo,
precisa ter a perspicácia de saber confrontar as
opiniões, identificando as motivações que as
fazem ser manifestadas. Por isso digo que é
necessário ouvir a todos, mas sabendo em
quem iremos confiar.
Nisto, é imprescindível ter um pequeno grupo

de confiança em cada setor. Profissionais que

23
você identifica como comprometidos com a
instituição, com os quais você pode falar sobre
seus planos e dúvidas, antes de torná-los
públicos. Estes pequenos grupos, quando
verdadeiramente identificados, ajudam o gestor
a pensar os rumos da gestão e vão apoiá-lo
quando necessário.
Mas, atenção: aja com sabedoria e discrição. O

gestor precisa ser ponto de convergência
dentro da escola, de integração. Uma má
gerência neste aspecto da gestão pode criar
conflitos entre grupos. O ideal é que o gestor
ouça a todos, aprecie cada sugestão ou crítica
apresentada, troque ideia discretamente com
servidores da sua confiança e, antes da decisão,
alinhe tudo com a sua equipe. Como foi
lembrado no “segredo” anterior, todos precisam
estar alinhados, pois todos falam em seu nome.
Ouvir a todos, em qualquer

ambiente, é, antes de tudo, uma
virtude humana. Nenhum líder se
consolida em cima das próprias
ideias apenas. O gestor da
escola deve ouvir a todos,
considerar as sugestões e
críticas, fortalecendo a gestão
participativa.

24
7º SEGREDO
TREINE A SUA EQUIPE A SEU
MODO:
Não espere que saibam o que você espera!
Se a escola tem a cara do gestor, todos na
escola precisam agir de modo alinhado ao
modo de agir do gestor. Treinar a equipe de
acordo com suas expectativas é uma parte
crucial da gestão eficaz. Muitas vezes, os
líderes presumem que os funcionários
compreendem intuitivamente o que é esperado
deles, mas essa suposição pode levar a mal-
entendidos e resultados insatisfatórios. É
fundamental comunicar claramente as metas,
os padrões de desempenho e os procedimentos
específicos que você espera que sua equipe
siga.
Comece estabelecendo uma cultura

organizacional sólida, em que os valores e
objetivos da escola sejam claramente definidos
e comunicados. Isso proporciona uma base
sólida para o treinamento, garantindo que
todos os membros da equipe estejam alinhados
com a missão e visão da organização. Além
disso, ofereça orientações claras sobre as
responsabilidades de cada função e as
expectativas de desempenho associadas a elas.

25
Ao treinar sua equipe, adapte os métodos de
ensino ao estilo de aprendizagem de cada
indivíduo. Algumas pessoas aprendem melhor
por meio de instruções verbais, enquanto
outras preferem demonstrações práticas ou
aprendizagem visual. Ao reconhecer e respeitar
essas diferenças, você pode garantir que todos
os membros da equipe recebam o treinamento
necessário de forma eficaz e produtiva.
Além de transmitir conhecimentos técnicos,

invista também no desenvolvimento de
habilidades interpessoais e de comunicação.
Isso inclui treinar os servidores para trabalhar
em equipe, resolver conflitos de forma
construtiva e se comunicar de maneira clara e
eficaz. Essas habilidades são essenciais para o
sucesso individual e coletivo dentro da escola.
O gestor escolar deve dividir as tarefas e

delegar as funções, mas sem deixar de
monitorar todos os processos. Para isso, é
importante estabelecer um sistema de feedback
regular para avaliar o progresso da equipe e
fornecer orientações adicionais conforme
necessário. Isso pode incluir reuniões
individuais ou em grupo, avaliações de
desempenho formais e feedback informal no dia
a dia. Ao fornecer feedback construtivo e
incentivar o desenvolvimento contínuo, você
demonstra seu compromisso em apoiar o
crescimento e o sucesso de cada membro da
equipe.
Por fim, e não menos importante, não

subestime a importância do exemplo pessoal

26
no treinamento da equipe. Seja um modelo de
excelência em termos de ética de trabalho,
profissionalismo e comprometimento com a
qualidade. Se a escola é espelho do diretor, a
sua conduta servirá como inspiração e
referência para os outros membros da equipe,
incentivando-os a alcançar seu melhor
desempenho e contribuir positivamente para o
sucesso da escola como um todo.
Se a escola é o espelho do
gestor que tem, o modo de
gerenciar do gestor deve se
manifestar nas ações de todos
da equipe. É preciso criar uma
unidade, pois todos falam em
nome do gestor.

27
8º SEGREDO
ANTECIPE-SE ÀS AÇÕES DA
REDE:
Você já sabe o que precisa ser feito!
Cotidianamente, vejo colegas diretores se
queixando que não têm tempo para pensar a
gestão escolar porque tudo chega em cima da
hora para as escolas. Claro que, quando falo
disso, penso na minha realidade de gestor de
escola estadual de Minas Gerais. Contudo, não
acho que seja diferente em outras redes. As
ações são, realmente, tempestivas. Conseguir
realizar todas as entregas no tempo certo é
uma obrigação, claro, mas requer planejamento
e zelo especial do gestor.
Na prática, o dia a dia da escola é previsível.

Sabemos mais ou menos quando será o período
de execução e entrega de cada tarefa.
Organizar nossa equipe para receber com
tranquilidade cada uma das demandas é uma
estratégia que se mostra valiosa em nossos
resultados.
Isto passa por uma ação criteriosa do gestor. Se

tradicionalmente o período de matrículas
começa em janeiro, em novembro o gestor já
deve ter em mente o plano de atendimento,

28
o contato com as escolas de origem dos
estudantes, a orientação para a comunidade
que espera pela matrícula, o suprimento de
materiais para a efetivação da matrícula etc.
De modo geral, salvo exceções que surgem por

mudanças repentinas em relação à legislação,
todas as ações podem ser organizadas
previamente. A manutenção de dados
atualizados, a previsão de turmas para o ano
seguinte, a possível composição dos cargos, a
correta administração da caixa escolar, o
controle da frequência e do aproveitamento,
entre outras ações, são rotinas que se mantidas
organizadas simplificam os processo e
minimizam o tempo de entregas quando
solicitadas.
Para o diretor organizado, antecipar-se às

ações da rede é mais do que uma estratégia, é
um hábito essencial. Ao compreender os
padrões e ciclos do ambiente escolar, ele pode
planejar com antecedência as atividades e
garantir que sua equipe esteja preparada para
lidar com cada demanda de forma eficiente.
Isso inclui desde o período de matrículas, como
mencionado anteriormente, até eventos
sazonais como o cumprimento das datas
comemorativas e períodos educativos previstos
no calendário escolar.
Manter dados atualizados e documentação em

ordem não só facilita o cumprimento das
exigências burocráticas, mas também ajuda a
identificar áreas de melhoria e oportunidades
de desenvolvimento. Por exemplo, ao analisar

29
os dados de desempenho dos alunos e a
frequência escolar, o diretor pode identificar
tendências e implementar intervenções
precoces para melhorar a proficiência e manter
o correto fluxo escolar.
Ao adotar uma abordagem proativa para a

gestão escolar, o gestor não apenas reduz o
estresse e a carga de trabalho associados a
prazos apertados, mas também promove um
ambiente mais organizado e eficiente para toda
a equipe. Antecipar-se às ações da rede permite
que ele se concentre no que é mais importante:
fornecer uma educação de qualidade para os
alunos e cultivar um ambiente de aprendizado
positivo e inspirador dentro da escola,
distribuindo o trabalho entre todos os membros
da equipe, com prazos razoáveis para o
cumprimento.
Quando o gestor se antecipa às

ações da rede, ele cria condições
para que toda a sua equipe
receba as demandas com
tranquilidade, sem sustos,
promovendo um ambiente
colaborativo e produtivo.

30
9º SEGREDO
GERENCIE FINANÇAS SEM
MEDO:
Realizar seus sonhos depende disto!
Sobre este aspecto já falamos mais
detalhadamente em nosso volume 1.
Obviamente que nenhum de nós pode ousar
dizer que a gestão financeira da escola é a mais
fácil. Pelo contrário! Nós, diretores de escola
públicas, somos produtos de um paradoxo que
é, no mínimo, estranho: exigem-nos
licenciatura, obrigatoriamente devemos ser de
uma das funções da carreira do magistério,
mas, ao mesmo tempo, entregam-nos a
gerência de uma associação privada sem fins
lucrativos, uma empresa que chamamos de
Caixa Escolar.
Dedicamos nossos planos ao magistério e, de

um momento para o outro, nos vemos à frente
de dezenas de contas bancárias e de uma
escola para se manter. E não basta que nos
digam: “A legislação é clara!”. E pior, ela não é
somente obscura. Ela é viva, dinâmica, e,
muitas vezes, antes mesmo que tenhamos
aprendido a executá-la, novas orientações
surgem e nós, que nos formamos para dar
aulas, nos vemos sendo eternos aprendizes de
processos totalmente diferentes daqueles que
realmente conhecemos.

31
Então é preciso que o gestor escolar e sua
equipe de administração se empenhem em
estudar sobre a administração financeira da
instituição. É necessário buscar conhecer as
legislações e os processos que envolvem a
execução dos recursos. Não basta dizer que
gostaria de fazer. É preciso saber fazer, para
que os recursos sejam utilizados da melhor
forma possível, com transparência e
responsabilidade.
Por experiência própria, digo que a gestão

financeira, embora desafiante, é o elemento
essencial, que torna possível que todas as
outras gestões se deem com eficiência e bons
resultados. É pela gestão financeira que se cria
um ambiente acolhedor, organizado e
abastecido para que servidores e estudantes se
sintam valorizados no ambiente escolar. É por
ela que o gestor supre a escola de materiais
necessários à boa prática pedagógica. A gestão
financeira é a engrenagem por trás dos
ponteiros da escola, a partir dela surgem os
indicadores dos resultados e a percepção que a
comunidade escolar tem do gestor.
Assim, além dos elementos conhecimento e

preparo, para uma boa gestão, é preciso, antes
de tudo, um intenso planejamento do que se
pretende executar. O gestor precisa ter em
mente o recurso que estará disponível no
exercício e as prioridades para sua aplicação. A
definição das prioridades também é um
trabalho de escuta. Em minha prática de
gestão, ao término do exercício, quando realizo
a prestação de contas anual, procuro fazer uma

32
espécie de audiência pública com os servidores,
membros do colegiado escolar e conselho de
representantes de turmas, colhendo deles quais
as ações que esperam ser realizadas no
exercício seguinte. Depois eu compilo essas
informações, analiso a viabilidade financeira e
os requisitos legais e, sendo possível, incluo no
planejamento do próximo ano. Este trabalho de
escuta fortalece o aspecto participativo da
gestão, divide responsabilidades e compromete
a todos os envolvidos no alcance dos
resultados.
No caso específico das escolas públicas, cujo

recurso é descentralizado para as caixas
escolares, o gestor deve trabalhar com atenção
na elaboração dos planos de aplicação, que são
uma prévia do que será feito com os recursos
recebidos. Especialmente, os recursos oriundos
do PDDE, que nos dão mais liberdade para
definição do que adquirir, são fortes aliados de
uma gestão financeira transformadora. Em
nossa escola, por exemplo, sempre peço 100%
do PDDE Básico (aquele do cartão) na natureza
capital. Também os outros PDDEs (chamados de
ação agregada) têm uma ampla lista de itens
disponíveis, que se encaixam nas necessidades
que as nossas escolas têm.
Outra sugestão é separar as despesas ordinárias

das extraordinárias. Ordinárias são as despesas
comuns (telefonia, gás de cozinha, material de
papelaria, alimentação, contabilidade etc.).
Extraordinárias são tanto as despesas que não
estavam previstas, como uma manutenção

33
emergencial, como também as despesas
relacionadas às melhorias da escola. A
realização das extraordinárias depende de
saldo em relação às ordinárias. O gestor não
pode querer por cortina nas salas de aula e
deixar faltar material de papelaria para a
prática pedagógica ou de limpeza para a
conservação da escola. Não pode preferir
comprar xícara com pires para que os
servidores tomem café e deixar faltar pratos
para que os estudantes se alimentem. É
possível fazer tudo, mas a definição do que é
prioritário é essencial.
A grande questão é a disposição para realizar

os procedimentos necessários para a boa
execução dos recursos. A legislação é dura com
relação à responsabilidade do gestor na
administração financeira, fazendo-o responder
pessoalmente pela correta prestação de contas.
Muitos gestores se perdem no medo de serem
responsabilizados e não oferecem à escola o
melhor que poderiam, preferindo ver a escola
suja, mal cuidada e desabastecida do que
instruir os muitos e diferentes processos
necessários para o verdadeiro cuidado que ela
precisa. O gestor escolar precisa ser uma
pessoa de coragem, determinada a fazer, de
modo correto, tudo o que precisa para que sua
escola seja um espelho de si. É, principalmente,
na gestão financeira que nossos sonhos
encontram terreno para se realizar. Ela é o
meio, o caminho para alcançarmos nossos
objetivos à frente da escola.

34
10º SEGREDO
TRAGA O PEDAGÓGICO EM
SUAS MÃOS:
Ele é o mais importante na escola!
Aqui se encontra uma verdade fundamental: o
pedagógico é o coração pulsante da escola, e
cabe ao diretor segurá-lo com firmeza em suas
mãos. No universo da escola, as mãos do gestor
têm o poder de moldar não apenas o presente,
mas também o futuro de cada estudante que ali
está. O pedagógico da escola não é apenas um
conjunto de técnicas e teorias, restrito às
supervisoras e coordenadoras educacionais,
mas sim uma filosofia de educação que permeia
todas as atividades escolares, passando pelas
gestões administrativa, de pessoal e financeira.
Ao reconhecer o pedagógico como o elemento

mais vital, o diretor assume a responsabilidade
de criar um ambiente que nutre o crescimento
acadêmico e pessoal de cada estudante. Isso
significa promover uma cultura escolar que
valorize a aprendizagem significativa, a
colaboração e a inovação. As mãos do diretor
têm o poder de inspirar os professores a se
tornarem facilitadores do conhecimento,
orientando-os na criação de experiências
educacionais que estimulem a curiosidade e o
pensamento crítico dos alunos.

35
Além disso, ao segurar o pedagógico em suas
mãos, o diretor também está comprometido em
garantir a equidade e a inclusão dentro da
escola. Isso implica em criar políticas e práticas
que reconheçam e respeitem a diversidade de
experiências e necessidades dos alunos,
garantindo que todos tenham acesso às
mesmas oportunidades de aprendizado e
desenvolvimento. Essas mãos têm o poder de
promover um ambiente onde cada aluno se
sinta valorizado e apoiado em sua jornada
escolar.
A grande questão contida no 10º “segredo” é

que o pedagógico não é uma responsabilidade
que pode ser delegada ou negligenciada. O
diretor é o guardião desse aspecto essencial da
escola e deve estar constantemente engajado
em sua melhoria contínua. Isso significa buscar
constantemente novas estratégias e abordagens
pedagógicas, bem como avaliar e ajustar o
currículo e as práticas de ensino para garantir
que atendam às necessidades em constante
evolução dos alunos.
Para garantia de êxito no campo pedagógico, o

gestor deve adotar medidas contínuas de
monitoramento das ações e resultados. Assim,
surgem ideias simples que podem ser
facilmente implementadas em todas as escolas,
como um controle rígido da frequência que já
desencadeie ações de busca ativa e minimize o
risco de evasão; o acompanhamento da
elaboração e cumprimento do planejamento
pelos professores; o monitoramento dos
processos avaliativos e do aproveitamento, com

36
atenção especial para as ações de intervenção
pedagógica para os estudantes que estiverem
abaixo do resultado esperado; a participação no
planejamento e execução de projeto, dentre
outras. Estas ações, que muitos diretores
consideram responsabilidade das supervisoras e
coordenadores são, antes de tudo,
responsabilidade do próprio diretor e, sem sua
atenção, não terão os resultados que a escola
deveria alcançar.
Ao reconhecer a importância do pedagógico e

segurá-lo com firmeza em suas mãos, o diretor
demonstra um compromisso inabalável com a
excelência que sonha para a sua escola. Tudo
na escola converge para o pedagógico. As
mesmas mãos que controlam o ponto do
servidor, que executa finanças, que cuida do
prédio, deve fazer tudo isso para melhorar o
pedagógico. Essas mãos têm o poder de
transformar não apenas a escola, mas também
as vidas daqueles que por ela passam. No cerne
deste “segredo” está a compreensão de que a
educação não é apenas um processo, mas sim
uma jornada que molda o futuro da sociedade.
E cabe ao diretor liderar essa jornada,
mantendo o pedagógico sempre em foco e em
suas mãos.

37
RELEMBRANDO:
1. Sonhe e compartilhe seus sonhos: é
possível realizá-los!
2. Dê a sua cara à escola: ela é um espelho

de quem você é!
3. Motive a sua equipe a partir de si

mesmo: você é o exemplo!
4. Seja flexível: mas, estabeleça seus

limites!
5. Tenha uma comunicação clara com a sua

equipe: tudo por escrito!
6. Escute a todos: mas, saiba em quem

confiar!
7. Treine a sua equipe a seu modo: Não

espere que saibam o que você espera.
8. Antecipe-se às ações da rede: Você já

sabe o que precisa ser feito!
9. Gerencie finanças sem medo: Realizar

seus sonhos depende disto!
10. Traga o pedagógico em suas mãos: ele

é o mais importante na escola!

38
OBRIGADO!
Queridos colegas diretores,
Quero começar este agradecimento

expressando minha profunda gratidão a cada
um de vocês que dedicou seu tempo e
atenção para ler o meu e-book "10 segredos
para uma gestão escolar de sucesso". Saber
que vocês investiram esse tempo precioso
para explorar ideias e estratégias é
incrivelmente gratificante.
Ao compartilhar esses “segredos”, meu

objetivo era oferecer insights práticos e
inspiração para enfrentar os desafios da
gestão escolar com confiança e
determinação. Sonhar e compartilhar nossos
sonhos é o primeiro passo para transformá-
los em realidade, e estou feliz por termos
tido essa conversa sobre como fazer isso
acontecer.
Acredito firmemente que a essência de uma

escola reside na identidade de seus líderes.
Por isso, é crucial dar a sua cara à escola,
refletindo seus valores e visão em cada
aspecto da gestão. Motivar a equipe a partir
de nós mesmos é uma responsabilidade que
carregamos com orgulho, pois somos os
exemplos vivos do que buscamos alcançar.

39
A flexibilidade é uma virtude, mas também é
importante estabelecer limites claros. Devemos
manter uma comunicação transparente com
nossa equipe, colocando tudo por escrito para
evitar mal-entendidos e garantir uma
colaboração eficaz. Escutar a todos é
fundamental, mas devemos saber em quem
confiar para tomar decisões informadas.
Treinar nossa equipe conforme nossas

expectativas e antecipar as ações da rede são
estratégias-chave para o sucesso. Gerenciar
finanças com coragem e trazer o pedagógico
para nossas mãos são passos essenciais para
alcançar nossos sonhos e garantir o melhor
para nossos alunos.
Agradeço novamente pelo tempo e

consideração dedicados a este material. Espero
sinceramente que esses segredos sejam úteis
em sua jornada como líderes educacionais.
Juntos, podemos criar escolas vibrantes e
inspiradoras onde cada aluno possa alcançar
seu pleno potencial.
Com gratidão,
Prof. Cláudio Geraldo

Gestor escolar

PEQUENO MANUAL DO
O verdadeiro segredo para a

gestão escolar de sucesso é o
comprometimento. Não basta
querer fazer. É preciso se
preparar para fazer melhor e em
menos tempo, otimizando os
processos, evitando retrabalho e
alcançando resultados cada vez
maiores.
www.diretordeescola.com.br

Pequeno Manual Do Diretor de Escola VOL 5

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Pequeno Manual Do Diretor de Escola VOL 5

Enviado por

Dados do documento

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Pequeno Manual Do Diretor de Escola VOL 5

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

PEQUENO MANUAL DO Volume

CLÁUDIO GERALDO - DIRETOR DE ESCOLA

DIREITOS AUTORAIS PROTEGIDOS PELA LEI 9610/98

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Professor Cláudio Geraldo, bacharel e

Gestor da Escola Estadual Alberto Azevedo, no

Casado, pai da pequena Maria. Produz e

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

PROMOCIONAL - VOLUMES 1 E 2 JUNTOS

VOL 3 - Protocolo Disciplinar

VOL 4 - Livro de ponto personalizado

Acesse meu site:

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Evidentemente, a compreensão será mais

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Embora não exista uma receita de bolo

Minha sugestão é que você leia cada um

Um abraço e boa leitura!

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

O desafio começa aqui. Como sonhar se não

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

É por isso que eu digo sempre que tão

Mas não ache que estou falando somente dos

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Não sou capaz de relacionar aqui os sonhos que

Gestor escolar que não sonha, não transforma a

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

É preciso cuidar da escola como se fosse nossa

É claro que não é fácil fazer uma reforma geral.

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Talvez a necessidade deste “segredo” seja o

Agora, da mesma forma que eu penso que os

Portanto, é inegável que a escola reflete não

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

É preciso cuidar da escola como

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

A motivação começa pelo nosso afeto, pelo

Lembro-me de ouvir uma história sobre uma

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

A motivação do gestor à equipe é uma das

Infelizmente, muitas vezes, principalmente em

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Assim, posso afirmar que a motivação da

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Por outro lado, nem todas as perguntas têm

Atendimentos a pedidos que não sejam

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

A capacidade de ser flexível no atendimento às

Ao agir com transparência e consistência, o

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Para uma comunicação eficiente, antes de

Contudo, diferente do que muitos gestores

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Há ferramentas mais eficientes, que são

Outra prática de nossa gestão que eu considero

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

Além disso, em nossa escola eu desenvolvi um

E os grupos de WhatsApp? Tê-los ou não? Não

GESTÃO ESCOLAR FÁCIL NO DIA-A-DIA

A eficácia da comunicação dentro da escola é