Resumo Das Teorias de Platão

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RESUMO DAS TEORIAS DE PLATÃO

por Professor Renato Borges


De forma resumida, apresento aqui as principais ideias e conceitos do filósofo Platão
As principais ideias de Platão:
Teoria das Formas (ou Ideias):
Platão sustentava que além do mundo físico e mutável que percebemos pelos nossos
sentidos, existe um mundo das Formas ou Ideias, que são realidades eternas e imutáveis.
As Formas são padrões ou modelos perfeitos dos quais as coisas no mundo sensível são
apenas cópias imperfeitas. Por exemplo, uma mesa no mundo sensível é apenas uma
cópia imperfeita da Forma da Mesa
no mundo das Ideias.Teoria das Formas (ou Ideias): Platão sustentava que além do
mundo físico e mutável que percebemos pelos nossos sentidos, existe um mundo das
Formas ou Ideias, que são realidades eternas e imutáveis. As Formas são padrões ou
modelos perfeitos dos quais as coisas no mundo sensível são apenas cópias imperfeitas.
Por exemplo, uma mesa no mundo sensível é apenas uma cópia imperfeita da Forma da
Mesa no mundo das Ideias.
Alegoria da Caverna:
A alegoria da caverna é uma metáfora poderosa usada por Platão para explicar a
diferença entre o mundo sensível e o mundo das Ideias. Na alegoria, Platão descreve
pessoas que passaram a vida inteira acorrentadas em uma caverna, vendo apenas
sombras projetadas na parede. Essas sombras representam a realidade ilusória do mundo
sensível. A libertação ocorre quando uma pessoa escapa da caverna e entra no mundo
externo, vendo a luz do sol e percebendo a verdade das Formas. Essa alegoria ilustra a
jornada do conhecimento, da ignorância à sabedoria.
Teoria da reminiscência: De acordo com Platão, a alma humana existe antes do
nascimento e possui conhecimento das Formas, mas esse conhecimento é esquecido
quando nascemos. O processo de aprendizado, então, é um processo de relembrar
(reminiscência) o conhecimento que já possuímos. O mundo sensível é apenas um
lembrete das Formas que a alma conhecia anteriormente.
Teoria da justiça:
Platão acreditava que a justiça está relacionada à harmonia e ao equilíbrio entre as três
partes da alma humana: a razão, o espírito e os desejos. A justiça é alcançada quando
cada parte desempenha seu papel adequado e segue a orientação da razão. A justiça
individual reflete-se na justiça da cidade-estado ideal de Platão, onde cada pessoa
cumpre sua função apropriadamente.
Teoria das almas: Platão propôs uma visão tripartida da alma. Segundo ele, a alma
humana é composta por três partes: a razão (ou mente), o espírito (ou coragem) e os
desejos (ou apetites). A razão busca a verdade e a sabedoria, o espírito lida com
questões de honra e moralidade, e os desejos estão ligados às necessidades físicas e aos
prazeres mundanos. A justiça e a harmonia são alcançadas quando essas partes estão em
equilíbrio adequado.
Teoria do conhecimento:
Platão desenvolveu uma teoria do conhecimento conhecida como teoria do
conhecimento como reminiscência. Ele argumentava que o verdadeiro conhecimento só
pode ser alcançado por meio da razão e da contemplação das Formas eternas. O
conhecimento sensível, obtido pelos sentidos, é instável e imperfeito. O conhecimento
verdadeiro, portanto
Teoria dos Reis filósofos e a Divisão do Trabalho:
Teoria dos Reis filósofos: Platão argumentava que o governo ideal deveria ser liderado
por filósofos, que possuem o conhecimento das Formas e são capazes de discernir o que
é verdadeiro, bom e justo. Os filósofos, de acordo com Platão, são aqueles que
alcançaram a sabedoria e têm a capacidade de governar com base nessa sabedoria. Eles
são os mais aptos a tomar decisões justas e sábias para o bem da sociedade como um
todo.Teoria dos Reis filósofos: Platão argumentava que o governo ideal deveria ser
liderado por filósofos, que possuem o conhecimento das Formas e são capazes de
discernir o que é verdadeiro, bom e justo. Os filósofos, de acordo com Platão, são
aqueles que alcançaram a sabedoria e têm a capacidade de governar com base nessa
sabedoria. Eles são os mais aptos a tomar decisões justas e sábias para o bem da
sociedade como um todo.Para Platão, a filosofia não se limitava apenas ao
conhecimento teórico, mas também envolvia a busca do conhecimento prático, ou seja,
a aplicação dos princípios filosóficos na governança e na tomada de decisões políticas.
Portanto, os filósofos-reis seriam aqueles que combinam a sabedoria filosófica com a
capacidade de governar de forma justa e eficaz.
Divisão do trabalho: Platão defendia que a sociedade ideal deveria ser estruturada com
base na divisão do trabalho, onde cada pessoa desempenharia a função para a qual é
mais adequada, de acordo com suas habilidades e natureza. Ele argumentava que as
pessoas têm diferentes talentos e capacidades inatas, e a sociedade funcionaria melhor
se cada indivíduo se especializasse em uma tarefa específica.Platão propunha uma
divisão da sociedade em três classes principais: os governantes (os filósofos-reis), os
guerreiros (ou guardiões) e os produtores (trabalhadores e agricultores). Cada classe
teria uma função específica: os filósofos-reis governariam com sabedoria e justiça, os
guerreiros protegeriam a cidade-estado e os produtores supririam as necessidades
materiais da sociedade.
A ideia por trás dessa divisão era alcançar a harmonia e a estabilidade na sociedade.
Cada classe desempenharia seu papel apropriadamente, contribuindo para o bem-estar
geral. Além disso, Platão argumentava que a divisão do trabalho permitiria que cada
indivíduo desenvolvesse suas habilidades específicas de maneira mais eficaz, resultando
em um todo social mais eficiente e harmonioso.
Em resumo, a teoria dos Reis filósofos de Platão defende que o governo ideal deve ser
liderado por filósofos sábios, enquanto a divisão do trabalho propõe que a sociedade
seja estruturada de acordo com as habilidades e funções específicas de cada indivíduo,
com o objetivo de alcançar uma sociedade justa e harmoniosa.
Sobre o Amor
Platão apresentou várias formas do amor em sua obra “O Banquete”. Nesse diálogo,
diferentes personagens discutem e apresentam diferentes perspectivas sobre o amor.
Aqui estão as principais formas de amor que são discutidas no diálogo:Platão
apresentou várias formas do amor em sua obra “O Banquete”. Nesse diálogo, diferentes
personagens discutem e apresentam diferentes perspectivas sobre o amor. Aqui estão as
principais formas de amor que são discutidas no diálogo:
Eros ou Amor Erótico: O amor erótico é o amor romântico e sensual entre amantes. É
caracterizado por um desejo apaixonado e uma busca pela beleza e pelo prazer. Platão
reconhece o amor erótico como uma forma de amor, mas ele também destaca que o
amor erótico pode servir como um degrau para alcançar formas de amor mais elevadas.
Amor Platônico: O termo “amor platônico” é derivado do filósofo Platão. Para Platão,
o amor platônico transcende o amor meramente físico e sensual. É um amor que busca a
beleza e a perfeição eternas, representadas pelas Formas ou Ideias. O amor platônico se
concentra na conexão das almas e na busca da verdade e da sabedoria juntas.
Amor Altruísta ou Amor Ágape: O amor ágape é um amor desinteressado e altruísta.
É um amor que busca o bem-estar e a felicidade do outro, sem esperar algo em troca.
Platão considerava esse tipo de amor como o mais elevado e nobre, pois é baseado na
virtude e na generosidade.
Amor Amizade ou Amor Filial: Platão também discute o amor entre amigos e o amor
entre familiares. Ele destaca que o amor verdadeiro nessas relações é baseado na
afinidade de almas, no respeito mútuo e no apoio mútuo.
Essas são algumas das várias formas de amor discutidas por Platão em “O Banquete”.
Cada forma de amor representa uma perspectiva e uma experiência diferentes, mas
todas elas estão relacionadas à busca da beleza, da verdade, da sabedoria e do bem-estar
do outro.
Sobre o Amor Fati
O amor Fati não é um tipo de amor postulado por Platão, mas por Nietzsche e alguns
estoicos
“Amor fati” é uma expressão em latim que significa “amor ao destino” ou “amor ao
destino próprio”. Essa expressão foi popularizada pelo filósofo alemão Friedrich
Nietzsche, que a utilizou em suas obras para transmitir uma filosofia de aceitação e
afirmação da vida em sua totalidade, incluindo todas as experiências, alegrias e
adversidades.”Amor fati” é uma expressão em latim que significa “amor ao destino” ou
“amor ao destino próprio”. Essa expressão foi popularizada pelo filósofo alemão
Friedrich Nietzsche, que a utilizou em suas obras para transmitir uma filosofia de
aceitação e afirmação da vida em sua totalidade, incluindo todas as experiências,
alegrias e adversidades.
Para Nietzsche, o “amor fati” envolve a aceitação incondicional do destino e a
valorização de todas as circunstâncias da vida, mesmo as difíceis e dolorosas. Significa
abraçar cada momento e cada aspecto da existência como uma expressão única e
irrevogável da vida. É um convite para abraçar tanto os momentos positivos quanto os
negativos, reconhecendo que todas as experiências contribuem para a totalidade da vida
e para a nossa própria evolução como indivíduos.
O “amor fati” também pode ser entendido como uma recusa em lamentar ou resistir ao
que já aconteceu, uma aceitação ativa do presente e uma crença na ordem natural das
coisas. Significa encontrar significado e valor em cada aspecto da vida, mesmo nas
adversidades, e buscar a transformação e o crescimento pessoal através dessas
experiências.
Em essência, o “amor fati” é uma atitude afirmativa em relação à vida, onde se busca
encontrar alegria e propósito em todos os momentos e em cada aspecto do destino
pessoal. É uma filosofia que incentiva a aceitação, a gratidão e o amor incondicional
pela vida, independentemente das circunstâncias.
Para finalizar, sugiro os seguintes estudos acadêmicos.
Estudo acadêmico sobre a Verdade em Platão: “The Nature of Truth in Plato’s
Philosophy” (A Natureza da Verdade na Filosofia de Platão). Esse tipo de estudo pode
explorar as concepções de Platão sobre a natureza da verdade, examinando suas obras,
como “A República” e “O Sofista”, e analisando a relação entre a teoria das Formas e a
busca pela verdade em seu pensamento filosófico.
Estudo acadêmico sobre o Amor em Platão: “Platonic Love: Eros and the Quest for
Beauty” (Amor Platônico: Eros e a Busca pela Beleza). Essa pesquisa pode abordar o
conceito de amor em Platão, explorando o diálogo “O Banquete” e investigando como
Platão concebeu diferentes formas de amor, como o amor erótico, o amor platônico e o
amor altruísta, bem como a relação entre o amor e a busca pela beleza e sabedoria.
Estudo acadêmico sobre a Justiça em Platão: “Plato’s Theory of Justice: From the Ideal
City to the Just Soul” (A Teoria da Justiça em Platão: Da Cidade Ideal à Alma Justa).
Esse tipo de estudo pode analisar a concepção de Platão sobre a justiça, examinando seu
diálogo “A República” e investigando como ele desenvolveu sua teoria da justiça na
cidade-estado ideal, além de explorar a correspondência entre a justiça na sociedade e a
justiça na alma individual.

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