Projeto de Lei Complementar 13 - 2017 - Mensagem Do Poder Executivo 13 - 2017

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PROJETO SUBSTITUTIVO

OBS.: O PROJETO ORIGINAL ENCONTRA-SE NO FINAL DESTE ARQUIVO.


“AUTORIZA A PREFEITURA MUNICIPAL DE
POÇOS DE CALDAS A PROCEDER A
REGULARIZAÇÃO DO USO,
DESMEMBRAMENTOS E EDIFICAÇÕES E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, Sérgio Antônio Carvalho de
Azevedo, Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

DA REGULARIZAÇÃO DE USO

Seção I

Das disposições preliminares

Art. 1°. Para os fins específicos desta lei


complementar, e de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 92/2007, so-
mente serão admitidas regularizações dos seguintes usos:

I- residencial;

II - comercial ou serviços;

III - industrial;

IV - misto;

V- rural.

Art. 2º. Os usos das edificações, já estabeleci-


dos até a data de 30 de junho de 2017, respeitados os critérios desta lei com-
plementar, poderão ser regularizados, desde que tenham condições mínimas de
utilização, salubridade e segurança de uso.
§ 1º. O prazo para protocolar os pedidos de
regularização dos usos irregulares das edificações será de 360 (trezentos e ses-
senta) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 2º. As providências que se mostrarem ne-


cessárias deverão ser cumpridas pelos interessados no prazo de 720 (setecentos
e vinte) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

Art. 3°. Os pedidos de regularização de uso


deverão ser apresentados ao protocolo central e encaminhados à Secretaria Mu-
nicipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para análise,
acompanhados da seguinte documentação:

I- requerimento assinado pelo proprietário da empresa, solicitando a re-


gularização do uso;

II - cópia do título de propriedade do imóvel, registrado no Cartório de


Registro de Imóveis;

III - no caso de imóvel alugado, cópia do contrato de locação e documen-


to autorizando o uso a ser regularizado, reconhecida a firma do propri-
etário da edificação em cartório;

IV - documentação que comprove o início de sua atividade no local até a


data de 30 de junho de 2017;

V- no caso de estabelecimento em edificações coletivas, documento as-


sinado com anuência expressa de todos os proprietários do imóvel
em que se localizem, ou do síndico, quando houver administração
condominial, sendo indispensável a firma reconhecida em cartório em
ambos os casos;

VI - cópia do contrato social e suas alterações;

VII - declaração cadastral devidamente preenchida;

VIII - cópia do cartão do CNPJ da empresa.

Parágrafo único. A regularização do uso está


condicionada à regularização da edificação em que esteja localizada, quando
dentro do perímetro urbano.

Art. 4°. A Divisão de Controle de Parcelamen-


to e Uso do Solo da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente analisará as especificidades dos processos de regulariza-
ção de uso, levando em conta os critérios técnicos legais e as medidas mitigado-
ras, ambas previstas no artigo 28 da Lei Complementar nº 92/2007.

Art. 5°. Não serão passíveis de regularização


do uso para a obtenção de alvará de funcionamento as atividades que:

I- estiverem localizadas em parcelamento do solo irregular;

II - estiverem localizadas nos logradouros ou terrenos públicos sem a de-


vida autorização ou que avancem sobre eles para efetivarem o seu
funcionamento;

III - estiverem localizadas em áreas que envolvam desapropriações para


fins de implantação de projetos urbanos públicos;

IV - sejam consideradas poluentes, segundo critérios estabelecidos pelo


Departamento de Meio Ambiente e demais legislações pertinentes;

V- gerem transtornos na circulação viária devido às suas características


de implantação, a critério da Secretaria Municipal de Defesa Social;

VI - estiverem localizadas em imóveis objeto de concessão, oriundos de


programas habitacionais municipais ou similares, caso o concessioná-
rio ainda não tenha título de propriedade do imóvel;

VII - estiverem localizadas em Áreas de Preservação Permanente ou com


qualquer pendência junto aos órgãos ambientais.

Parágrafo único. O Conselho de Defesa do


Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas – CON-
DEPHACT-PC irá se manifestar sobre o uso em edificações que sejam tomba-
das, inventariadas ou estejam em processo de tombamento pelo órgão compe-
tente do Município, podendo ser deferido o pleito.

Art. 6°. A regularização dos alvarás de funcio-


namento estará sujeita aos pareceres favoráveis, licenciamentos e aprovações
pelos órgãos e departamentos envolvidos, conforme os tipos de repercussões de-
finidos na Seção II, art. 27, da Lei Complementar nº 92/2007, e, quando for o
caso, pelo CONDEPHACT, Vigilância Sanitária e Secretaria de Serviços Públicos.

Parágrafo único. Os pareceres favoráveis à


regularização e emissão de alvarás de funcionamento não implicam em aceitação
da edificação como ela se apresenta, podendo a regularização do uso estar con-
dicionada a modificações e adequações das edificações, conforme exigido pelos
órgãos competentes, que deverão ser cumpridas nos prazos por eles estipulados,
sem prejuízo do disposto no artigo 2º desta lei complementar.

Art. 7°. Os pedidos de regularização de usos


irregulares que não forem passíveis de aprovação serão comunicados aos seus
proprietários ou responsáveis, com o apontamento das irregularidades, para que
sejam tomadas as providências cabíveis, segundo os critérios desta lei comple-
mentar.

§ 1º. Caso estes usos irregulares apresentem


algum risco para a comunidade, deverá ser encaminhada a
documentação aos órgãos competentes, imediatamente depois de verificado o
risco iminente de caráter público, para as providências cabíveis.

§ 2º. Quando os pedidos de regularização de


usos irregulares não for possível, o proprietário será notificado para que suspen-
da as atividades.

Art. 8º. Constatada pela fiscalização do Muni-


cípio que não foram tomadas as providências para a regularização do uso, a in-
fração estará sujeita às penalidades previstas em lei.

Seção II

Do cálculo da multa pelo uso irregular

Art. 9º. Fica estabelecida a aplicação de multa


para fins de regularização de usos, baseado na Área Ocupada pela Atividade a
Regularizar - Aui, Unidade Fiscal do Município - UFM e Índice Multiplicador – IM,
conforme tabela disposta no § 1º deste artigo, aplicando-se a fórmula: Aui x (UFM
x IM) = valor da multa em reais, onde:

I- Aui = área do imóvel com uso irregular em metros quadrados, destinada ao


funcionamento de estabelecimento em desacordo com a legislação vigen-
te;

II - UFM = Unidade Fiscal do Município;

III - IM = índice multiplicador, onde se identifica o Grupo de Uso da atividade


pretendida, na linha horizontal da tabela do IM, conforme classificado no
Anexo V da Lei Complementar nº 92/07 e seu correspondente Grupo de
Uso em que se localiza a empresa, na coluna vertical onde se encontra o
Índice Multiplicador – IM.

§ 1º. Em casos de empresas com mais de uma


atividade, para o cálculo da multa, deverá ser utilizado o Grupo de Uso Não Con-
forme, que possua a atividade mais restrita, para classificação na seguinte tabela
IM, sendo que os cálculos não serão acumulativos ou somatórios, aplicando-se
apenas uma vez:
GRUPO DA
ATIVIDADE
PRETENDIDA
GRUPO DE USO
DA VIA
I II III IV V VI VII

I - 5 10 15 20 25 30
II - - 5 10 15 20 25
III - - - 5 10 15 20
IV - - - - 5 10 15
V - - - - - 5 10
VI - - - - - - 5
VII 10 10 10 10 10 10 -
Tabela do Índice Multiplicador – IM.

§ 2º. Se ocorrer uma situação em que a tabela


de que trata o § 1º deste artigo não se aplica, será utilizado o fator IM único de
grandeza 10 (dez) para aplicação na fórmula estabelecida neste artigo.

Art. 10. O valor de que trata o art. 9º desta lei


complementar será recolhido após comunicação da Prefeitura Municipal infor-
mando que o pedido de regularização está em condições de ser aceito, ficando a
aprovação final e a emissão do alvará de funcionamento condicionada a apresen-
tação do comprovante de pagamento da multa, de acordo com o disposto no art.
9º desta lei complementar.

CAPÍTULO II

DA REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

Seção I

Das disposições preliminares


Art. 11. Esta lei complementar estabelece as
normas e as condições para a regularização de edificações concluídas até a data
de 30 de junho de 2017, que estejam em desconformidade com os parâmetros da
legislação urbanística municipal.

§ 1º. O prazo para protocolar os projetos de


regularização das edificações clandestinas ou irregulares será de 360 (trezentos
e sessenta) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 2°. As providências que se fizerem necessá-


rias para o encerramento do processo deverão ser atendidas pelos interessados
no prazo de 720 (setecentos e vinte) dias, contados da data de publicação desta
lei complementar.

§ 3º. Para os efeitos desta lei complementar,


considera-se edificação concluída aquela com condições de habitabilidade, com
paredes concluídas, laje de cobertura impermeabilizada ou cobertura executada,
cumpridas as seguintes exigências:

I- instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas em condições de funci-


onamento;

II - contra piso concluído;

III - esquadrias instaladas e em condições de funcionamento;

IV - passeio público concluído.

§ 4º. As exigências contidas nos incisos I, II,


III e IV do § 3º desta lei complementar poderão ser executadas até a aprovação
do projeto de regularização, respeitado o prazo estabelecido no § 2° deste artigo.

§ 5º. Para fins de aplicação deste artigo, a


comprovação da existência da edificação até a data de 30 de junho de 2017 será
feita por meio de um dos seguintes documentos:

I- lançamento no Cadastro Imobiliário Municipal;

II - imagem de satélite com referência de data;

III - laudo de vistoria ou notificação da PMPC;


IV - declaração, por escrito, de, no mínimo, dois vizinhos, com firma
reconhecida.

Art. 12. Para efeito da aplicação do disposto


nesta lei complementar, as citações nela contidas, referentes aos parâmetros de
ocupação do solo e ao macro zoneamento, correspondem ao definido na Lei
Complementar n° 92/2007, que “Dispõe sobre o uso e ocupação do solo do Muni-
cípio de Poços de Caldas e dá outras providências”, e na Lei Complementar nº
74/2006, que “Dispõe sobre a revisão do Plano Diretor do Município de Poços de
Caldas, nos termos da Lei Federal nº 10.257/2001, altera, revoga e acrescenta
dispositivos à Lei n° 5.488, de 04 de janeiro de 1.994, e dá outras providências”.

Art. 13. Os pedidos de regularização deverão


ser protocolados na Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente para análise da Divisão de Controle de Parcelamento e
Uso do Solo, acompanhados da seguinte documentação:

I- requerimento assinado pelo proprietário e responsável técnico pelo


levantamento, solicitando a regularização da edificação à Secretaria
Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambi-
ente;

II - cópia do título de propriedade do imóvel, registrado no Cartório de


Registro de Imóveis, com a apresentação de certidão com, no máxi-
mo, 2 (dois) anos de sua emissão, anexando, se necessário, outro do-
cumento que comprove a posse do imóvel;

III - 01 (uma) cópia do projeto a ser regularizado, de acordo com o Decre-


to Municipal n° 11.687, de 05 de setembro de 2015.

Art. 14. Todos os projetos a serem apresenta-


dos deverão possuir cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica emitida
pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais – CREA-
MG, ou pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU, para a apro-
vação final do projeto, devendo estar assinados pelo proprietário, ou seu repre-
sentante legal, e por profissional habilitado e cadastrado na Prefeitura
Municipal, comprovando as anotações de Responsabilidade Técnica, em confor-
midade com o estabelecido do Decreto nº 9.532/2009 e suas alterações posterio-
res, e o recolhimento das taxas devidas.
Art. 15. A Divisão de Controle de Parcelamen-
to e Uso do Solo da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente poderá exigir outros documentos que venham dirimir e es-
clarecer dúvidas quanto aos projetos de regularização em tramitação.

Art. 16. Não serão passíveis de regularização


as edificações que:

I- estiverem localizadas nos logradouros públicos, ou terrenos públicos


não cedidos, ou que avancem sobre eles, exceto beirais com dimen-
são máxima de até 0,80m (zero vírgula oitenta metros), desde que
providos de calhas e condutores devidamente ligados às redes de
águas pluviais;

II - estiverem localizadas em áreas que sofreram parcelamento do solo


irregular;

III - estiverem localizados em áreas que envolvam desapropriações para


fins de implantação de projetos urbanos públicos.

§ 1º. O disposto neste capítulo não se aplica


aos imóveis situados em áreas fora do perímetro urbano e aquelas que possuam
qualquer tipo de acautelamento no sentido de proteção do Patrimônio Histórico.

§ 2º. Não serão passiveis de regularização por


esta lei complementar as restrições urbanísticas grafadas no projeto de loteamen-
to aprovado ou na matrícula do Serviço Único Registral de Imóveis da Comarca
de Poços de Caldas – MG.

Art. 17. Serão passíveis de regularização,


desde que sejam emitidos, quando necessário, os devidos licenciamentos e apro-
vações nos órgãos e departamentos envolvidos, as seguintes edificações:

I- tombadas, inventariadas ou em processo de tombamento pelo órgão


competente do Município, devendo ser encaminhada a documentação
ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e
Turístico de Poços de Caldas – CONDEPHACT-PC para emissão de
parecer;

II - que abriguem atividades de mineração, depósito, manipulação ou


pontos de venda de materiais inflamáveis, explosivos ou radioativos, e
indústrias de qualquer porte, devendo ser encaminhada a documenta-
ção ao Departamento de Meio Ambiente para emissão de parecer;
III - que abriguem atividades que emitam ruídos, gases, poeiras e líquidos
nocivos à saúde pública, devendo ser encaminhada a documentação
ao Departamento de Meio Ambiente para a realização de vistoria e
emissão de parecer.

Seção II

Da regularização de caráter social

Art. 18. Mediante protocolo de requerimento,


será regularizada a edificação de uso exclusivamente residencial, construída em
lote aprovado e inscrita no Cadastro Imobiliário Municipal, cuja metragem não ul-
trapasse 70m² (setenta metros quadrados) de área construída e o valor venal do
imóvel não ultrapasse R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).

§ 1º. Para as edificações de que trata este ar-


tigo não serão cobrados quaisquer tipos de multa referente à regularização pre-
tendida, salvo se:

I- estiverem enquadradas nas situações de que trata o art. 16 desta lei


complementar;

II - estiverem enquadradas nas situações de que trata o art. 17 desta lei


complementar;

III - contrariarem a legislação federal ou estadual vigente;

IV - o proprietário do imóvel for possuidor de mais de um lote no Municí-


pio.

§ 2º. Os processos de regularização de que


trata esta Seção serão de responsabilidade do Departamento de Projetos e De-
senvolvimento Habitacional.

Seção III

Das multas de edificações

Art. 19. Os valores das multas serão recolhi-


dos após comunicação da Prefeitura Municipal informando que o pedido de regu-
larização está em condições de ser aceito, ficando a aprovação final e a emissão
do habite-se ou certidão de construção condicionada à apresentação do compro-
vante do respectivo pagamento.

Art. 20. A regularização de edificação será


onerosa e calculada de acordo com o tipo de irregularidade e classificação da
edificação, conforme previsto na Seção IV desta lei complementar.

§ 1º. A multa a ser paga pela regularização da


edificação corresponderá à soma dos cálculos referentes a cada tipo de irregula-
ridade, de acordo com os critérios definidos nesta lei complementar.

§ 2º. Para os imóveis que já tenham sido obje-


to de regularização onerosa decorrente de legislações anteriores, a multa a ser
paga para regularização será o dobro do valor total calculado convencionado na
Seção IV deste capítulo.

§ 3º. Para os imóveis que já tenham sido obje-


to de Notificação Preliminar, de acordo com o Decreto Municipal nº. 9532/2009, a
multa a ser paga para regularização onerosa será o dobro do valor total calculado
convencionado na Seção IV deste capítulo.

§ 4º. Para os imóveis que já tenham sido obje-


to de embargo/interdição, de acordo com o Decreto Municipal nº. 9532/2009, a
multa a ser paga para regularização onerosa será o triplo do valor total calculado
convencionado na Seção IV deste capítulo.

Seção IV

Do cálculo das multas para edificações

Art. 21. Para efeito de cálculo das multas será


adotado o Valor Venal atualizado do metro quadrado do terreno, estabelecido na
Planta de Valores Genérica por Faixas, a ser informado pela Divisão de Cadastro
Imobiliário da Secretaria Municipal da Fazenda, e, também, em alguns casos, a
Unidade Fiscal do Município – UFM.

Art. 22. O não atendimento ao art. 9º da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o Coeficiente de Aproveitamento,
será passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calcu-
lada da seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro
quadrado do terreno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 23. O não atendimento ao art. 10 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a Taxa de Ocupação, será passível
de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguin-
te forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado do ter-
reno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 24. O não atendimento ao art. 11 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o Gabarito das Edificações, será
passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada
da seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadra-
do do terreno, multiplicado pelo volume invadido, em metros cúbicos, a partir da
altura máxima que a edificação pode atingir em determinada macro zona, não po-
dendo ultrapassar 4 m (quatro metros) a altura máxima prevista para cada macro
zona.

Parágrafo único. Os efeitos deste artigo não


se aplicam aos macros zoneamentos definidos como Zona de Proteção Especial
I, II e III, de acordo com a Lei Complementar nº 74/2006, não podendo ser regula-
rizados.

Art. 25. O não atendimento ao art. 12 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a Taxa de Permeabilidade, será
passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada
da seguinte forma: VAP = 35 x UFM x APF, onde:

I- VAP = valor em reais resultante do cálculo da formula;

II - UFM = Unidade Fiscal do Município;

III - APF = área permeável faltante em metros quadrados.

Art. 26. O não atendimento aos artigos 13, 15,


16 e 17 da Lei Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre os Afastamentos
Frontal, Laterais e Fundos mínimos e distancia entre unidades, será passível de
regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguinte
forma: 15% (quinze por cento) do valor venal do metro quadrado do terreno, mul-
tiplicado pela área irregular em metros cúbicos de invasão, a partir da limitação
imposta.
Art. 27. O não atendimento aos artigos 19, 20
e 21 da Lei Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o número mínimo de Va-
gas para Estacionamento de Veículos, será passível de regularização mediante o
recolhimento de multa que será calculada pela multiplicação do número de vagas
não atendidas por 03 (três) vezes o valor venal do metro quadrado do terreno.

Art. 28. O não atendimento ao art. 14 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a construção de Guaritas, será pas-
sível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da
seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado
do terreno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 29. Para o cálculo da multa a que se refe-


re o inciso I do art. 16 desta lei complementar, que trata do beiral sobre logradou-
ro público até o comprimento máximo de 80 cm (oitenta centímetros) e que aten-
da a definição de beiral do Anexo I da Lei Complementar 92/2007, será passível
de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguin-
te forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado do ter-
reno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 30. Os imóveis situados em áreas cujo


macro zoneamento definido pela Lei Complementar n° 92/2007 seja correspon-
dente ao Grupo I – Unifamiliar, e que possuem mais de uma unidade residencial
construída, poderão ser regularizados com base no disposto nesta Lei Comple-
mentar.

Parágrafo único. Para efeito de análise do dis-


posto no caput deste artigo, poderão ser regularizadas todas as unidades cons-
truídas e existentes, atendidos os requisitos desta lei complementar, em cada lote
considerado Unifamiliar, mediante o recolhimento de multa que será calculada da
seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado
do terreno multiplicado pela área em metros quadrados da unidade irregular.

CAPÍTULO III

DO DESMEMBRAMENTO

Seção I
Das disposições preliminares

Art. 31. Serão passíveis de regularização, me-


diante o pagamento de multa, os desmembramentos de lotes oriundos de parce-
lamentos regulares, aprovados e registrados no Cartório de Registro de Imóveis –
CRI, que foram subdivididos posteriormente à sua aprovação e não atendem as
testadas e áreas mínimas estabelecidas pela Lei Complementar n° 92/2007, bem
como as condições definidas pela Lei Complementar nº 18/2000, desde que obe-
decida a Lei Federal nº 6.766/1979, que permite a testada mínima de 5,00m (cin-
co metros) e área mínima de 125,00m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados).

§ 1º. O prazo para protocolar os projetos de


desmembramento irregulares de lotes será de 360 (trezentos e sessenta) dias,
contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 2º. Para fins de regularização, não será ad-


mitido desmembramento que resulte em lote vago.

§ 3º. Somente poderão ser desmembrados os


lotes que possuírem edificações devidamente regularizadas junto à Secretaria
Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

§ 4º. A apresentação dos projetos deverá


atender ao padrão exigido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvol-
vimento Urbano e Meio Ambiente, visando a garantir a perfeita compreensão das
informações.

§ 5º. As providências que se mostrarem ne-


cessárias deverão ser cumpridas pelos interessados no prazo de 720 (setecentos
e vinte) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 6º. Para fins de aplicação desta lei com-


plementar, não será admitido desmembramento que gere irregularidades de ou-
tros parâmetros urbanísticos previstos na da Lei Complementar n° 92/2007.

§ 7º. Somente poderão ser aceitas regulariza-


ções de desmembramentos de lotes que possuírem testadas para via oficial,
acesso independente e divisão física consolidada até a data de 30 de junho de
2017.
Art. 32. Não serão passíveis de regularização
parcelamentos onde conste como restrição urbanística a não divisão de lotes.

Seção II

Do cálculo das multas para desmembramento

Art. 33. O cálculo do valor da multa para fins


de regularização de desmembramento de lotes que não atendem as testadas e
área mínima estabelecidas pela legislação vigente observará o percentual de
30% (trinta por cento) do valor venal do metro quadrado do terreno, estabelecido
na Planta Genérica de Valores por Faixas, e será obtido pelas fórmulas elenca-
das neste artigo, conforme caso específico.

§ 1º. No caso da irregularidade ter se dado


pela área, os valores das multas serão expressos em reais e obtidos através do
seguinte cálculo: Ali x Vv x P = valor da multa em reais, onde:

I- Ali = área que falta em metros quadrados para atendimento ao Anexo II da


Lei Complementar n° 92/2007, para cada lote resultante do desmembra-
mento;

II - Vv = valor venal atual do m² (metro quadrado) do terreno, estabelecido


pela Planta Genérica de Valores por Faixas;

III - P = percentual atribuído para o cálculo conforme o disposto no caput deste


artigo.

§ 2º. No caso da irregularidade ter se dado


pela testada, os valores das multas serão expressos em reais e obtidos através
do seguinte cálculo: Ali x Vv x P = valor da multa em reais, onde:

I- Ali = área obtida pelo produto da dimensão da testada que falta para aten-
dimento ao Anexo II da Lei Complementar n° 92/2007, pela profundidade
média do lote, em metros quadrados;

II - Vv = valor venal atual do m² (metro quadrado) do terreno, estabelecido


pela Planta Genérica de Valores por Faixas;

III - P = percentual atribuído para o cálculo conforme o caput deste artigo.


§ 3º. Nos casos previstos nos §§ 1° e 2° deste
artigo, o valor total da multa será o somatório dos valores obtidos pela irregulari-
dade de cada lote.

§ 4º. Nos casos em que a irregularidade se


der tanto pela área quanto pela testada será adotada a situação que apresentar a
maior área para efeito de cálculo do valor da multa.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34. O valor das multas para fins de regula-


rização das edificações, desmembramentos e usos poderá ser quitado em cota
única ou parcelada da seguinte forma:

I- as multas poderão ser parceladas em até 24 (vinte e quatro) vezes, sendo


que o valor da parcela não poderá ser inferior a 54 (cinquenta e quatro)
Unidades Fiscais do Município – UFM’s.

II - o atraso do pagamento de 02 (duas) parcelas determinará o cancelamen-


to do parcelamento e o débito remanescente será imediatamente encami-
nhado para inscrição na Dívida Ativa do Município de Poços de Caldas.

Art. 35. A Secretaria Municipal de Planeja-


mento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente publicará edital informando os
processos que estiverem protocolados para aprovação por esta lei complementar:

I- quanto ao uso: a razão social, nome fantasia, endereço da empresa,


para eventuais impugnações dos processos em tramitação, cujo pra-
zo será de 30 (trinta) dias corridos;

II - quanto ao desmembramento e edificações: o endereço do imóvel e se


é para fins de desmembramento ou regularização da edificação, para
eventuais impugnações dos processos em tramitação, cujo prazo será
de 30 (trinta) dias corridos.

§ 1º. Qualquer cidadão poderá requerer im-


pugnação de processos em andamento, baseado nas diretrizes da legislação vi-
gente.
§ 2º. O pedido de que trata o § 1º deste artigo
será apreciado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente, que analisará as razões da impugnação requerida e, ha-
vendo necessidade, solicitará pareceres de outros órgãos, podendo indeferir o
processo de regularização.

§ 3º. Dentro do prazo estabelecido nos incisos


do caput deste artigo, fica garantido o direito de protocolar, na Secretaria Munici-
pal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, eventuais im-
pugnações, que deverão conter o endereço do requerente e exposição dos moti-
vos que o levaram a solicitar o impedimento da regularização onerosa pretendida.

Art. 36. A regularização de uso de que trata


esta lei complementar fica condicionada ao atendimento dos níveis de ruído e po-
luição ambiental e à obediência aos horários de funcionamento, conforme legisla-
ção pertinente.

Art. 37. Constatadas, a qualquer tempo, diver-


gências nas informações apresentadas ou discrepâncias nos valores recolhidos,
o interessado será notificado a saná-las ou a prestar esclarecimentos, no prazo
de 30 (trinta) dias, sob pena de ser tornada nula a regularidade da edificação e
aplicadas às sanções cabíveis.

Art. 38. A regularização de que cuida esta lei


complementar não implica em reconhecimento, pela Prefeitura Municipal, da pro-
priedade do imóvel, das dimensões e da regularidade do lote.

Art. 39. Para garantir a consecução dos objeti-


vos desta lei complementar, competirá ao Poder Público promover sua divulga-
ção por todos os meios possíveis.

Art. 40. Os processos de regularização, proto-


colados até o dia 10 de março de 2017 em conformidade com o Anexo II do De-
creto nº 11.551, serão analisados segundo os critérios estabelecidos pela Lei
Complementar nº 162, com a redação dada pela Lei Complementar nº 177, e
seus respectivos regulamentos.

Ar. 41. Ficam revogadas as Leis Complemen-


tares nºs 162 e 177 e os Decretos nºs 11.551 e 12.035.

Art. 42. Esta lei complementar entra em vigor


na data de sua publicação.
PROJETO ORIGINAL

“AUTORIZA A PREFEITURA MUNICIPAL DE


POÇOS DE CALDAS A PROCEDER A
REGULARIZAÇÃO DO USO,
DESMEMBRAMENTOS E EDIFICAÇÕES E
DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.”

Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu, Sérgio Antônio Carvalho de
Azevedo, Prefeito Municipal, sanciono e promulgo a seguinte lei complementar:

CAPÍTULO I

DA REGULARIZAÇÃO DE USO

Seção I

Das disposições preliminares

Art. 1°. Para os fins específicos desta lei


complementar, e de acordo com o disposto na Lei Complementar nº 92/2007, so-
mente serão admitidas regularizações dos seguintes usos:

I- residencial;

II - comercial ou serviços;

III - industrial;

IV - misto;

V- rural.

Art. 2º. Os usos das edificações, já estabeleci-


dos até a data de 31 de março de 2017, respeitados os critérios desta lei com-
plementar, poderão ser regularizados, desde que tenham condições mínimas de
utilização, salubridade e segurança de uso.

§ 1º. O prazo para protocolar os pedidos de


regularização dos usos irregulares das edificações será de 360 (trezentos e ses-
senta) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 2º. As providências que se mostrarem ne-


cessárias deverão ser cumpridas pelos interessados no prazo de 720 (setecentos
e vinte) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

Art. 3°. Os pedidos de regularização de uso


deverão ser apresentados ao protocolo central e encaminhados à Secretaria Mu-
nicipal de Planejamento Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente para análise,
acompanhados da seguinte documentação:

I- requerimento assinado pelo proprietário da empresa, solicitando a re-


gularização do uso;

II - cópia do título de propriedade do imóvel, registrado no Cartório de


Registro de Imóveis;

III - no caso de imóvel alugado, cópia do contrato de locação e documen-


to autorizando o uso a ser regularizado, reconhecida a firma do propri-
etário da edificação em cartório;

IV - documentação que comprove o início de sua atividade no local até a


data de 31 de março de 2017;

V- no caso de estabelecimento em edificações coletivas, documento as-


sinado com anuência expressa de todos os proprietários do imóvel
em que se localizem, ou do síndico, quando houver administração
condominial, sendo indispensável a firma reconhecida em cartório em
ambos os casos;

VI - cópia do contrato social e suas alterações;

VII - declaração cadastral devidamente preenchida;

VIII - cópia do cartão do CNPJ da empresa.

Parágrafo único. A regularização do uso está


condicionada à regularização da edificação em que esteja localizada, quando
dentro do perímetro urbano.
Art. 4°. A Divisão de Controle de Parcelamen-
to e Uso do Solo da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente analisará as especificidades dos processos de regulariza-
ção de uso, levando em conta os critérios técnicos legais e as medidas mitigado-
ras previstas no artigo 28 da Lei Complementar nº 92/2007.

Art. 5°. Não serão passíveis de regularização


do uso para a obtenção de alvará de funcionamento as atividades que:

I- estiverem localizadas em parcelamento do solo irregular;

II - estiverem localizadas nos logradouros ou terrenos públicos sem a de-


vida autorização ou que avancem sobre eles para efetivarem o seu
funcionamento;

III - estiverem localizadas em áreas que envolvam desapropriações para


fins de implantação de projetos urbanos públicos;

IV - sejam consideradas poluentes, segundo critérios estabelecidos pelo


Departamento de Meio Ambiente e demais legislações pertinentes;

V- gerem transtornos na circulação viária devido às suas características


de implantação, a critério da Secretaria Municipal de Defesa Social;

VI - estiverem localizadas em imóveis objeto de concessão, oriundos de


programas habitacionais municipais ou similares, caso o concessioná-
rio ainda não tenha título de propriedade do imóvel;

VII - estiverem localizadas em Áreas de Preservação Permanente ou com


qualquer pendência junto aos órgãos ambientais.

Parágrafo único. O Conselho de Defesa do


Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas – CON-
DEPHACT-PC irá se manifestar sobre o uso em edificações que sejam tomba-
das, inventariadas ou estejam em processo de tombamento pelo órgão compe-
tente do Município, podendo ser deferido o pleito.

Art. 6°. A regularização dos alvarás de funcio-


namento estará sujeita aos pareceres favoráveis, licenciamentos e aprovações
pelos órgãos e departamentos envolvidos, conforme os tipos de repercussões de-
finidos na Seção II, art. 27, da Lei Complementar nº 92/2007, e se os usos:

I- estiverem implantados em edificações inventariadas, tombadas ou


que estejam em processo de tombamento pelo órgão competente do
Município, devendo ser encaminhado ao Conselho de Defesa do Pa-
trimônio Histórico, Artístico, Cultural e Turístico de Poços de Caldas –
CONDEPHACT-PC;

II - estiverem ligados a atividades de mineração, depósito, manipulação


ou pontos de venda de materiais inflamáveis, explosivos ou radioati-
vos, devendo ser encaminhado ao Departamento de Meio Ambiente,
que emitirá parecer e, quando favorável, os critérios para a regulariza-
ção e licenciamento;

III - emitirem ruídos, poeiras e gases, devendo ser encaminhado ao De-


partamento de Meio Ambiente, que realizará a vistoria, emitirá parecer
e, quando favorável, os critérios para a regularização;

IV - estiverem ligados a atividades de produção e consumo de alimentos,


devendo ser encaminhado aos órgãos responsáveis pelo respectivo
controle para emissão de critérios para a regularização;

V- estiverem ligados a atividades de lazer e diversão, devendo ser enca-


minhado à Secretaria Municipal de Serviços Públicos – SMSP para
comprovação do cumprimento dos dispositivos do Código de Posturas
Municipais.

Parágrafo único. Os pareceres favoráveis à


regularização e emissão de alvarás de funcionamento não implicam em aceitação
da edificação como ela se apresenta, podendo a regularização do uso estar con-
dicionada a modificações e adequações das edificações, conforme exigido pelos
órgãos competentes, que deverão ser cumpridas nos prazos por eles estipulados,
sem prejuízo do disposto no artigo 2º desta lei complementar.

Art. 7°. Os pedidos de regularização de usos


irregulares que não forem passíveis de aprovação serão comunicados aos seus
proprietários ou responsáveis, com o apontamento das irregularidades, para que
sejam tomadas as providências cabíveis, segundo os critérios desta lei comple-
mentar.

Parágrafo único. Caso estes usos irregulares


apresentem algum risco para a comunidade, deverá ser encaminhada a
documentação aos órgãos competentes, imediatamente depois de verificado o
risco iminente de caráter público, para as providências cabíveis.
Art. 8º. Constatada pela fiscalização do Muni-
cípio que não foram tomadas as providências para a regularização do uso, a in-
fração estará sujeita às penalidades previstas em lei.

Seção II

Do cálculo da multa pelo uso irregular

Art. 9º. Fica estabelecida a aplicação de multa


para fins de regularização de usos, baseado na Área Ocupada pela Atividade a
Regularizar - Aui, Unidade Fiscal do Município - UFM e Índice Multiplicador – IM,
conforme tabela disposta no § 1º deste artigo, aplicando-se a fórmula: Aui x (UFM
x IM) = valor da multa em reais, onde:

I- Aui = área do imóvel com uso irregular em metros quadrados, destinada ao


funcionamento de estabelecimento em desacordo com a legislação vigen-
te;

II - UFM = Unidade Fiscal do Município;

III - IM = índice multiplicador, onde se identifica o Grupo de Uso da atividade


pretendida, na linha horizontal da tabela do IM, conforme classificado no
Anexo V da Lei Complementar nº 92/07 e seu correspondente Grupo de
Uso em que se localiza a empresa, na coluna vertical onde se encontra o
Índice Multiplicador – IM.

§ 1º. Em casos de empresas com mais de uma


atividade, para o cálculo da multa, deverá ser utilizado o Grupo de Uso Não Con-
forme, que possua a atividade mais restrita, para classificação na seguinte tabela
IM, sendo que os cálculos não serão acumulativos ou somatórios, aplicando-se
apenas uma vez:
GRUPO DA
ATIVIDADE
PRETENDIDA
GRUPO DE USO
DA VIA
I II III IV V VI VII

I - 5 10 15 20 25 30
II - - 5 10 15 20 25
III - - - 5 10 15 20
IV - - - - 5 10 15
V - - - - - 5 10
VI - - - - - - 5
VII 10 10 10 10 10 10 -
Tabela do Índice Multiplicador – IM.

§ 2º. Se ocorrer uma situação em que a tabela


de que trata o § 1º deste artigo não se aplica, será utilizado o fator IM único de
grandeza 10 (dez) para aplicação na fórmula estabelecida neste artigo.

Art. 10. O valor de que trata o art. 9º desta lei


complementar será recolhido após comunicação da Prefeitura Municipal infor-
mando que o pedido de regularização está em condições de ser aceito, ficando a
aprovação final e a emissão do alvará de funcionamento condicionada a apresen-
tação do comprovante de pagamento da multa, de acordo com o disposto no art.
9º desta lei complementar.

CAPÍTULO II

DA REGULARIZAÇÃO DE EDIFICAÇÕES

Seção I

Das disposições preliminares

Art. 11. Esta lei complementar estabelece as


normas e as condições para a regularização de edificações concluídas até a data
de 31 de março de 2017, que estejam em desconformidade com os parâmetros
da legislação urbanística municipal.

§ 1º. O prazo para protocolar os projetos de


regularização das edificações clandestinas ou irregulares será de 360 (trezentos
e sessenta) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 2°. As providências que se fizerem necessá-


rias para o encerramento do processo deverão ser atendidas pelos interessados
no prazo de 720 (setecentos e vinte) dias, contados da data de publicação desta
lei complementar.

§ 3º. Para os efeitos desta lei complementar,


considera-se edificação concluída aquela com condições de habitabilidade, com
paredes concluídas, laje de cobertura impermeabilizada ou cobertura executada,
cumpridas as seguintes exigências:

I- instalações hidráulicas, sanitárias e elétricas em condições de funci-


onamento;

II - contra piso concluído;

III - esquadrias instaladas e em condições de funcionamento;

IV - passeio público concluído.

§ 4º. As exigências contidas nos incisos I, II,


III e IV do § 3º desta lei complementar poderão ser executadas até a aprovação
do projeto de regularização, respeitado o prazo estabelecido no § 2° deste artigo.

Art. 12. Para efeito da aplicação do disposto


nesta lei complementar, as citações nela contidas, referentes aos parâmetros de
ocupação do solo e ao macro zoneamento, correspondem ao definido na Lei
Complementar n° 92/2007, que “Dispõe sobre o uso e ocupação do solo do Muni-
cípio de Poços de Caldas e dá outras providências”, e na Lei Complementar nº
74/2006, que “Dispõe sobre a revisão do Plano Diretor do Município de Poços de
Caldas, nos termos da Lei Federal nº 10.257/2001, altera, revoga e acrescenta
dispositivos à Lei n° 5.488, de 04 de janeiro de 1.994, e dá outras providências”.

Art. 13. Os pedidos de regularização deverão


ser protocolados na Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente para análise da Divisão de Controle de Parcelamento e
Uso do Solo, acompanhados da seguinte documentação:

I- requerimento assinado pelo proprietário e responsável técnico pelo


levantamento, solicitando a regularização da edificação à Secretaria
Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambi-
ente;

II - cópia do título de propriedade do imóvel, registrado no Cartório de


Registro de Imóveis, atualizado com no máximo 2 (dois) anos de sua
emissão, anexando, se necessário, outro documento que comprove a
propriedade do imóvel;

III - 01 (uma) cópia do projeto a ser regularizado, de acordo com o Decre-


to Municipal n° 11.687, de 05 de setembro de 2015.
Art. 14. Todos os projetos a serem apresenta-
dos deverão possuir cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica emitida
pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais – CREA-
MG, ou pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil – CAU, para a apro-
vação final do projeto, devendo estar assinados pelo proprietário, ou seu repre-
sentante legal, e por profissional habilitado e cadastrado na Prefeitura
Municipal, comprovando as anotações de Responsabilidade Técnica, em confor-
midade com o estabelecido do Decreto nº 9.532/2009 e suas alterações posterio-
res, e o recolhimento das taxas devidas.

Art. 15. A Divisão de Controle de Parcelamen-


to e Uso do Solo da Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente poderá exigir outros documentos que venham dirimir e es-
clarecer dúvidas quanto aos projetos de regularização em tramitação.

Art. 16. Não serão passíveis de regularização


as edificações que:

I- estiverem localizadas nos logradouros públicos, ou terrenos públicos


não cedidos, ou que avancem sobre eles, exceto beirais com dimen-
são máxima de até 0,80m (zero vírgula oitenta metros), desde que
providos de calhas e condutores devidamente ligados às redes de
águas pluviais;

II - estiverem localizadas em Áreas de Preservação Permanente, deven-


do ser encaminhada a documentação ao Departamento de Meio Am-
biente, sendo que o projeto somente poderá ser regularizado depois
de sanadas as irregularidades perante aos órgãos ambientais;

III - estiverem localizadas em áreas que sofreram parcelamento do solo


irregular;

IV - estiverem localizados em áreas que envolvam desapropriações para


fins de implantação de projetos urbanos públicos;

§ 1º. O disposto nesta lei complementar não


se aplica aos imóveis situados em áreas fora do perímetro urbano, em Zona Ru-
ral, em Zonas de Proteção Ambiental e aquelas que possuam qualquer tipo de
acautelamento no sentido de proteção do Patrimônio Histórico, ressalvadas as hi-
póteses previstas no art. 18 desta lei complementar.
§ 2º. Não serão passiveis de regularização por
esta lei complementar as restrições urbanísticas grafadas no projeto de loteamen-
to aprovado ou na matrícula do Serviço Único Registral de Imóveis da Comarca
de Poços de Caldas – MG.

Art. 17. Serão passíveis de regularização,


desde que sejam emitidos os critérios especiais e, quando necessário, os devidos
licenciamentos e aprovações nos órgãos e departamentos envolvidos, as seguin-
tes edificações:

I- tombadas, inventariadas ou em processo de tombamento pelo órgão


competente do Município, devendo ser encaminhada a documentação
ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Cultural e
Turístico de Poços de Caldas – CONDEPHACT-PC para emissão de
parecer e, quando favorável, os critérios para a regularização;

II - que abriguem atividades de mineração, depósito, manipulação ou


pontos de venda de materiais inflamáveis, explosivos ou radioativos, e
indústrias de qualquer porte, devendo ser encaminhada a documenta-
ção ao Departamento de Meio Ambiente para emissão de parecer e,
quando favorável, os critérios para a regularização;

III - que abriguem atividades que emitam ruídos, gases, poeiras e líquidos
nocivos à saúde pública, devendo ser encaminhada a documentação
ao Departamento de Meio Ambiente para a realização de vistoria e
emissão de parecer e, quando favorável, os critérios para a regulari-
zação.

Seção II

Da regularização de caráter social

Art. 18. Mediante protocolo de requerimento,


será regularizada a edificação de uso exclusivamente residencial, construída em
lote aprovado e inscrita no Cadastro Imobiliário Municipal, cuja metragem não ul-
trapasse 70m² (setenta metros quadrados) de área construída e o valor venal do
imóvel não ultrapasse R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais).
§ 1º. Para as edificações de que trata este ar-
tigo não serão cobrados quaisquer tipos de multa referente à regularização pre-
tendida, salvo se:

I- estiverem enquadradas nas situações de que trata o art. 16 desta lei


complementar;

II - estiverem enquadradas nas situações de que trata o art. 17 desta lei


complementar;

III - contrariarem a legislação federal ou estadual vigente;

IV - o proprietário do imóvel for possuidor de mais de um lote no Municí-


pio.

§ 2º. Os procedimentos previstos nesta Seção


e demais atos ficarão a cargo do Departamento de Projetos e Desenvolvimento
Habitacional.

Seção III

Das multas de edificações

Art. 19. Os valores das multas serão recolhi-


dos após comunicação da Prefeitura Municipal informando que o pedido de regu-
larização está em condições de ser aceito, ficando a aprovação final e a emissão
do habite-se ou certidão de construção condicionada à apresentação do compro-
vante do respectivo pagamento.

Art. 20. A regularização de edificação será


onerosa e calculada de acordo com o tipo de irregularidade e classificação da
edificação, conforme previsto na Seção IV desta lei complementar.

§ 1º. A multa a ser paga pela regularização da


edificação corresponderá à soma dos cálculos referentes a cada tipo de irregula-
ridade, de acordo com os critérios definidos nesta lei complementar.

§ 2º. Para os imóveis que já tenham sido obje-


to de regularização onerosa decorrente de legislações anteriores, a multa a ser
paga para regularização será o dobro do valor total calculado convencionado na
Seção IV deste capítulo.
§ 3º. Para os imóveis que já tenham sido obje-
to de Notificação Preliminar, de acordo com o Decreto Municipal nº. 9532/2009, a
multa a ser paga para regularização onerosa será o dobro do valor total calculado
convencionado na Seção IV deste capítulo.

§ 4º. Para os imóveis que já tenham sido obje-


to de embargo/interdição, de acordo com o Decreto Municipal nº. 9532/2009, a
multa a ser paga para regularização onerosa será o triplo do valor total calculado
convencionado na Seção IV deste capítulo.

Seção IV

Do cálculo das multas para edificações

Art. 21. Para efeito de cálculo das multas será


adotado o Valor Venal atualizado do metro quadrado do terreno, estabelecido na
Planta de Valores Genérica por Faixas, a ser informado pela Divisão de Cadastro
Imobiliário da Secretaria Municipal da Fazenda, e, também, em alguns casos, a
Unidade Fiscal do Município – UFM.

Art. 22. O não atendimento ao art. 9º da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o Coeficiente de Aproveitamento,
será passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calcu-
lada da seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro
quadrado do terreno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 23. O não atendimento ao art. 10 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a Taxa de Ocupação, será passível
de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguin-
te forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado do ter-
reno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 24. O não atendimento ao art. 11 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o Gabarito das Edificações, será
passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada
da seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadra-
do do terreno, multiplicado pelo volume invadido, em metros cúbicos, a partir da
altura máxima que a edificação pode atingir em determinada macro zona, não po-
dendo ultrapassar 4 m (quatro metros) a altura máxima prevista para cada macro
zona.

Parágrafo único. Os efeitos deste artigo não


se aplicam aos macros zoneamentos definidos como Zona de Proteção Especial
I, II e III, de acordo com a Lei Complementar nº 74/2006, não podendo ser regula-
rizados.

Art. 25. O não atendimento ao art. 12 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a Taxa de Permeabilidade, será
passível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada
da seguinte forma: VAP = 35 x UFM x APF, onde:

I- VAP = valor em reais resultante do cálculo da formula;

II - UFM = Unidade Fiscal do Município;

III - APF = área permeável faltante em metros quadrados.

Art. 26. O não atendimento aos artigos 13, 15,


16 e 17 da Lei Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre os Afastamentos
Frontal, Laterais e Fundos mínimos e distancia entre unidades, será passível de
regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguinte
forma: 15% (quinze por cento) do valor venal do metro quadrado do terreno, mul-
tiplicado pela área irregular em metros cúbicos de invasão, a partir da limitação
imposta.

Art. 27. O não atendimento aos artigos 19, 20


e 21 da Lei Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre o número mínimo de Va-
gas para Estacionamento de Veículos, será passível de regularização mediante o
recolhimento de multa que será calculada pela multiplicação do número de vagas
não atendidas por 03 (três) vezes o valor venal do metro quadrado do terreno.

Art. 28. O não atendimento ao art. 14 da Lei


Complementar n° 92/2007, que dispõe sobre a construção de Guaritas, será pas-
sível de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da
seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado
do terreno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 29. Para o cálculo da multa a que se refe-


re o inciso I do art. 16 desta lei complementar, que trata do beiral sobre logradou-
ro público até o comprimento máximo de 80 cm (oitenta centímetros) e que aten-
da a definição de beiral do Anexo I da Lei Complementar 92/2007, será passível
de regularização mediante o recolhimento de multa que será calculada da seguin-
te forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado do ter-
reno multiplicado pela área irregular em metros quadrados.

Art. 30. Os imóveis situados em áreas cujo


macro zoneamento definido pela Lei Complementar n° 92/2007 seja correspon-
dente ao Grupo I – Unifamiliar, e que possuem mais de uma unidade residencial
construída, poderão ser regularizados com base no disposto nesta Lei Comple-
mentar.

Parágrafo único. Para efeito de análise do dis-


posto no caput deste artigo, poderão ser regularizadas todas as unidades cons-
truídas e existentes, atendidos os requisitos desta lei complementar, em cada lote
considerado Unifamiliar, mediante o recolhimento de multa que será calculada da
seguinte forma: 25% (vinte e cinco por cento) do valor venal do metro quadrado
do terreno multiplicado pela área em metros quadrados da unidade irregular.

CAPÍTULO III

DO DESMEMBRAMENTO

Seção I

Das disposições preliminares

Art. 31. Serão passíveis de regularização, me-


diante o pagamento de multa, os desmembramentos de lotes oriundos de parce-
lamentos regulares, aprovados e registrados no Cartório de Registro de Imóveis –
CRI, que foram subdivididos posteriormente à sua aprovação e não atendem as
testadas e áreas mínimas estabelecidas pela Lei Complementar n° 92/2007, bem
como as condições definidas pela Lei Complementar nº 18/2000, desde que obe-
decida a Lei Federal nº 6.766/1979, que permite a testada mínima de 5,00m (cin-
co metros) e área mínima de 125,00m2 (cento e vinte e cinco metros quadrados).

§ 1º. O prazo para protocolar os projetos de


desmembramento irregulares de lotes será de 360 (trezentos e sessenta) dias,
contados a partir da data de publicação desta lei complementar.
§ 2º. Para fins de regularização, não será ad-
mitido desmembramento que resulte em lote vago.

§ 3º. Somente poderão ser desmembrados os


lotes que possuírem edificações devidamente regularizadas junto à Secretaria
Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.

§ 4º. A apresentação dos projetos deverá


atender ao padrão exigido pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvol-
vimento Urbano e Meio Ambiente, visando a garantir a perfeita compreensão das
informações.

§ 5º. As providências que se mostrarem ne-


cessárias deverão ser cumpridas pelos interessados no prazo de 720 (setecentos
e vinte) dias, contados a partir da data de publicação desta lei complementar.

§ 6º. Para fins de aplicação desta lei com-


plementar, não será admitido desmembramento que gere irregularidades de ou-
tros parâmetros urbanísticos previstos na da Lei Complementar n° 92/2007.

§ 7º. Somente poderão ser aceitas regulariza-


ções de desmembramentos de lotes que possuírem testadas para via oficial,
acesso independente e divisão física consolidada até a data de 31 de março de
2017.

Art. 32. Não serão passíveis de regularização


parcelamentos onde conste como restrição urbanística a não divisão de lotes.

Seção II

Do cálculo das multas para desmembramento

Art. 33. O cálculo do valor da multa para fins


de regularização de desmembramento de lotes que não atendem as testadas e
área mínima estabelecidas pela legislação vigente observará o percentual de
30% (trinta por cento) do valor venal do metro quadrado do terreno, estabelecido
na Planta Genérica de Valores por Faixas, e será obtido pelas fórmulas elenca-
das neste artigo, conforme caso específico.
§ 1º. No caso da irregularidade ter se dado
pela área, os valores das multas serão expressos em reais e obtidos através do
seguinte cálculo: Ali x Vv x P = valor da multa em reais, onde:

I- Ali = área que falta em metros quadrados para atendimento ao Anexo II da


Lei Complementar n° 92/2007, para cada lote resultante do desmembra-
mento;

II - Vv = valor venal atual do m² (metro quadrado) do terreno, estabelecido


pela Planta Genérica de Valores por Faixas;

III - P = percentual atribuído para o cálculo conforme o disposto no caput deste


artigo.

§ 2º. No caso da irregularidade ter se dado


pela testada, os valores das multas serão expressos em reais e obtidos através
do seguinte cálculo: Ali x Vv x P = valor da multa em reais, onde:

I- Ali = área obtida pelo produto da dimensão da testada que falta para aten-
dimento ao Anexo II da Lei Complementar n° 92/2007, pela profundidade
média do lote, em metros quadrados;

II - Vv = valor venal atual do m² (metro quadrado) do terreno, estabelecido


pela Planta Genérica de Valores por Faixas;

III - P = percentual atribuído para o cálculo conforme o caput deste artigo.

§ 3º. Nos casos previstos nos §§ 1° e 2° deste


artigo, o valor total da multa será o somatório dos valores obtidos pela irregulari-
dade de cada lote.

§ 4º. Nos casos em que a irregularidade se


der tanto pela área quanto pela testada será adotada a situação que apresentar a
maior área para efeito de cálculo do valor da multa.

CAPÍTULO IV

DAS DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 34. O valor das multas para fins de regula-


rização das edificações, desmembramentos e usos poderá ser quitado em cota
única ou parcelada da seguinte forma:
I- as multas poderão ser parceladas em até 24 (vinte e quatro) vezes, sendo
que o valor da parcela não poderá ser inferior a 54 (cinquenta e quatro)
Unidades Fiscais do Município – UFM’s.

II - o atraso do pagamento de 02 (duas) parcelas determinará o cancelamen-


to do parcelamento e o débito remanescente será imediatamente encami-
nhado para inscrição na Dívida Ativa do Município de Poços de Caldas.

Art. 35. A Secretaria Municipal de Planeja-


mento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente publicará edital informando os
processos que estiverem protocolados para aprovação por esta lei complementar:

I- quanto ao uso: a razão social, nome fantasia, endereço da empresa,


para eventuais impugnações dos processos em tramitação, cujo pra-
zo será de 30 (trinta) dias corridos;

II - quanto ao desmembramento e edificações: o endereço do imóvel e se


é para fins de desmembramento ou regularização da edificação, para
eventuais impugnações dos processos em tramitação, cujo prazo será
de 30 (trinta) dias corridos.

§ 1º. Somente poderão requerer a impugna-


ção de processos em andamento, baseados nas diretrizes desta lei complemen-
tar, os proprietários de imóveis localizados num raio de 50 m (cinquenta metros),
medidos a partir do centro geométrico do lote objeto da regularização, no caso de
desmembramento, e do centro da edificação ou unidade cadastral, no caso de re-
gularização de edificação ou de uso, respectivamente.

§ 2º. O pedido de que trata o § 1º deste artigo


será apreciado pela Secretaria Municipal de Planejamento, Desenvolvimento Ur-
bano e Meio Ambiente, que analisará as razões da impugnação requerida e, ha-
vendo necessidade, solicitará pareceres de outros órgãos, podendo indeferir o
processo de regularização.

§ 3º. Dentro do prazo estabelecido nos incisos


do caput deste artigo, fica garantido o direito de protocolar, na Secretaria Munici-
pal de Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, eventuais im-
pugnações, que deverão conter o endereço do requerente e exposição dos moti-
vos que o levaram a solicitar o impedimento da regularização onerosa pretendida.

Art. 36. A regularização de uso de que trata


esta lei complementar fica condicionada ao atendimento dos níveis de ruído e po-
luição ambiental e à obediência aos horários de funcionamento, conforme legisla-
ção pertinente.

Art. 37. Constatadas, a qualquer tempo, diver-


gências nas informações apresentadas ou discrepâncias nos valores recolhidos,
o interessado será notificado a saná-las ou a prestar esclarecimentos, no prazo
de 30 (trinta) dias, sob pena de ser tornada nula a regularidade da edificação e
aplicadas às sanções cabíveis.

Art. 38. A regularização de que cuida esta lei


complementar não implica em reconhecimento, pela Prefeitura Municipal, da pro-
priedade do imóvel, das dimensões e da regularidade do lote.

Art. 39. Para garantir a consecução dos objeti-


vos desta lei complementar, competirá ao Poder Público promover sua divulga-
ção por todos os meios possíveis.

Art. 40. Esta lei complementar entra em vigor


na data de sua publicação.

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