Resumo Micro
Resumo Micro
Resumo Micro
Microbiota normal
Microbiota Normal da pele
Predominam:
Gêneros:
● Staphylococcus
● Corynebacterium
● Propionibacterium
● Streptococcus
○ Microbiota Normal da pele
● Staphylococcus epidermidis
○ 90% das pessoas
● Staphylococcus aureus
○ 10 a 40 % das pessoas
● Staphylococcus saprophyticus
○ ~20 % das mulheres
Cavidade oral:
● Staphylococcus
● Streptococcus Neisseria
● Actinomyces e outros
● Candida*
Vias aéreas superiores:
● Staphylococcus
● Corynebacterium
Principais benefícios da microbiota do trato gastrointestinal (TGI):
1. sintetizam e excretam vitaminas:
a. Bact. entéricas →produzem vitamina K e B12
b. Bact. lácteas → produzem certas vitaminas do tipo B
2. previne a colonização de patógenos:
a. em animais de germ-free é de 10 célula de Salmonella
b. em animais convencionais é de 1000000
Microbiota normal da uretra:
● Staphylococcus epidermidis
● streptococcus faecalis
● E. colli (às vezes)
Microbiota normal da vagina:
● lactobacillus aeróbios (nascimento)
● lactobacillus sp. (fase adulta) - bacilo de doderlein
● candida albicans
● staphylococcus
● streptococcus
● bactérias gram+
Microbiota normal ocular:
● staphylococcus epidermidis
● propionibacterium acnes
● S. aureus
● haemophilus sp.
● neisseria sp. (ocasionalmente)
➢ Probióticos:benefícios à saúde
➢ Prebióticos: alimentos não digeríveis (bifidobactérias e lactobacillus)
❖ Exotoxinas: Proteínas secretadas tanto por bactérias gram-positivas quanto por gram-negativas.
➢ Botulismo – Clostridium botulinum: paralisia flácida
➢ Tétano – Clostridium tetani: contrações musculares incontroláveis
➢ Diarreia – E. coli: enterotoxinas em excesso causam diarreia
EXOTOXINAS E ENDOTOXINAS:
Staphylococcaceae
❖ Antiga Família: Micrococcacea • Planococcus, • Micrococcus, • Stomatococcus, • Staphylococcus.
Hoje: Família Staphylococcaceae • Staphylococcus: 37 espécies
❖ Staphylococcus:
➢ Cocos Gram-positivos medindo 0,5 a 1,5 µm de diâmetro; •
Imóveis; • Catalase positiva; • Não esporulados; •
Anaeróbios facultativos; • Usualmente ocorrem em
aglomerados característicos (cachos de uvas).
➢ Prova de catalase: peróxido de hidrogênio.
➢ Staphylococcus aureus • Fatores de virulência: – Cápsula
(nem todas cepas possuem) • Impedir a fagocitose; • Inibir
quimiotaxia; • Aderência. – Proteína A.• Presente na parede celular – ligada ao peptidoglicano; •
Une-se a região Fc da IgG – interferindo – fagocitose.
➢ Fatores de virulência: - Ácidos teicóicos. • Estas moléculas ativam as células do complemento
estimulando a produção de citocinas. Considerando esse aspecto se assemelham ao LPS das
gram-negativas
➢ Fatores de virulência: - Proteínas que se ligam à fibronectina, ao colágeno e ao fibrinogênio: •
Ancoradas no peptidoglicano; • Funcionam como adesinas, promovendo a colonização dos
tecidos.
➢ Fatores de virulência: – Hemolisinas - exotoxinas:
■ Alfa - hemolisina – tem ação letal sobre leucócitos e eritrócitos (Ágar sangue).
■ Beta - hemolisina – tem ação contra uma variedade de células (Ágar sangue).
■ Fatores de virulência: – Toxinas: Ex: Esfoliatinas ou Toxinas epidermolíticas: dissolvem
a matriz mucopolissacarídica da epiderme – Síndrome estafilocócica da pele escaldada.
❖ Fatores de virulência: – Enzimas: • Catalase – atua inativando peróxido de hidrogênio (antibacteriano) e
radicais livres tóxicos formados no interior das células fagocitárias.
❖ Coagulase ou fator de agregação - recobre as células bacterianas com fibrina – evitar fagocitose.
❖ Ágar Sal Manitol: muito usado para o isolamento de Staphylococcus aureus de amostras biológicas: •
como urina, • secreções, • feridas.
➢ A degradação do manitol com a produção de ácido muda a cor do meio de rosado a amarelo.
❖ Ágar DNase: usado para determinação da atividade enzimática desoxirribonuclease.
➢ Prova da Coagulase: A produção de coagulase é exclusiva ao Staphylococcus aureus. (dentro
da família Staphylococcaceae).
➢ Patogênese Staphylococcus aureus:
■ Infecções Superficiais: Infecções cutâneas: ✓ Foliculite, ✓ Furúnculos, ✓ Impetigo
■ Infecções Sistêmicas: a) Bacteremia. b) Endocardite. c) Pneumonia
■ Quadros Tóxicos: a) Intoxicação alimentar; b) Síndrome do choque tóxico; c) Síndrome
da pele escaldada
❖ Staphylococcus epidermidis
➢ Características laboratoriais: • Catalase Positiva • Coagulase Negativa • Manitol – não fermenta
• DNase – não quebra o DNA
➢ Fatores de virulência:
■ Toxinas: podem produzir toxinas (poucas cepas). Raramente esse microrganismo causa
doenças mediadas por toxinas.
■ Enzimas: algumas enzimas de parede - capacidade de degradar proteínas e
componentes do sistema imune do hospedeiro.
■ Biofilme: Principal fator de virulência
■ Doenças: bacteremias, endocardites, peritonites, artrites, infecções do trato urinário e
várias outras.
❖ Staphylococcus saprophyticus • É um habitante normal da pele e da região periuretral do homem e das
mulheres, e depois da Escherichia coli é o agente mais comum da infecção urinária.
➢ Características laboratoriais: • Catalase Positiva • Coagulase Negativa • Manitol – não fermenta
• DNase – não quebra o DNA.
➢ Sua patogenicidade está relacionada com a capacidade de se aderir às células do epitélio
urinário. Receptores específicos.
❖ Tratamento: • Realizar testes de suscetibilidade.
• A prevenção para infecções hospitalares é: –
utilização de antibióticos quando for realizado uma
cirurgia.
Família: Streptococcaceae
❖ Gênero: Streptococcus • Fisiologia e Estrutura: – Cocos Gram positivos em
cadeias curtas ou longas, – Imóveis, – Catalase negativos, – Anaeróbios
facultativos, – Nutricionalmente exigentes, – Crescem em Ágar sangue .
❖ São importantes patógenos humanos:
1. Propriedades sorológicas: grupos de Lancefield.
2. Padrões hemolíticos: hemólise completa(β), hemólise incompleta (α) e ausência de hemólise
(γ).
3. Propriedades bioquímicas (fisiológicas)
❖ Classificação dos Estreptococos
➢ Grupo A - Streptococcus pyogenes
➢ Grupo B - Streptococcus agalactiae
➢ Grupo C - S. equi, S. dysgalactiae
➢ Grupo D - S. bovis, S. equinus
➢ Streptococcus pneumoniae – não entra nessa classificação.
❖ Padrão de Hemólise Baseia-se na capacidade de causar lise em hemácias
➢ Gama-hemolítico: Não lisa hemácias. (branco)
➢ Beta-hemolítico: Lisa completamente as hemácias. (amarelo)
➢ Alfa-hemolítico: Lisa parcialmente as hemácias. (marrom)
❖ Escherichia Coli
➢ Pertencente à microbiota normal do intestino em humanos e outros animais.
➢ Apesar de fazer parte da microbiota normal, é considerada patogênica.
➢ Sua patogenicidade está na presença de plasmídeos distintos.
➢ Possui pili e fimbrias – importante para a aderência.
➢ Podem ser móveis ou imóveis dependendo da linhagem.
➢ Além dos fatores de virulência comuns temos: - Adesinas: altamente especializadas.
➢ Exotoxinas.
➢ São fermentadoras de lactose (Lac +)
➢ Importante característica: as diferencia da Salmonella e Shigella que são Lac-
➢ E. coli produz ácido e gás quando fermenta carboidratos
■ Significado clínico - doença intestinal
■ Rota principal fecal/oral
■ Cinco (principais) tipos de infecção intestinal foram identificados:
● ETEC – enterotoxigênica
● EPEC – enteropatogênica
● EHEC – êntero-hemorrágica
● EIEC – enteroinvasiva
● EAEC - enteroaderente
➢ Significado clínico: para doença extra intestinal.
■ Infecções do trato urinário: Causa mais comum de infecção urinária.
■ Linhagens caracterizadas por pili P (um fator de aderência)
■ Hemolisina.
❖ Salmonella
➢ Gram-negativa
➢ Anaeróbio facultativo;
➢ Fermenta glicose: produção de ácido e gás.
➢ Não fermenta lactose (LAC - )
➢ Oxidase negativa.
➢ Não formam endosporos.
➢ Móveis.
➢ Não Capsulado
❖ Além das características de virulência em comum:
➢ Tolerância aos ácidos nas vesículas fagocíticas:
■ Algumas cepas sobrevivem dentro dos macrófagos.
■ Liberação de uma substância capaz de bloquear a ação do macrófago.
■ Produz uma toxina que causa apoptose
➢ Habitat natural homem e animais;
■ Podendo ser encontrado na água e no solo.
■ Encontrado em alimentos (carnes e algumas verduras)
❖ Shigella
➢ Gram-negativa.
➢ Anaeróbio facultativo.
➢ Fermenta glicose – não produzem gás.
➢ Não fermenta lactose (LAC - ).
➢ Oxidase negativa.
➢ Não formam endosporos.
➢ Imóveis.
➢ Invadem e destroem a mucosa do intestino – invasinas. • Produz exotoxina – enterotóxicas e
citotóxicas. Morte celular. • São resistentes à fagocitose, • Induzem a apoptose do macrófago. •
Principal via de transmissão fecal-oral.
❖ Outras enterobactérias: Habitantes normais do intestino grosso. • Bactérias oportunistas • Frequentes
patógenos nosocomiais.
➢ Enterobacter:
■ Enterobacter: • Móveis. • LAC +. • Frequentemente associada a pacientes
hospitalizados - procedimentos invasivos e o uso de cateteres. • Infectam queimaduras,
ferimento e trato respiratório causando pneumonia ou infecção urinária.
■ Klebsiella: Imóveis. • Cápsula avolumada. • LAC +. • Causam pneumonia necrosante
em indivíduos comprometidos com o alcoolismo. • Pacientes hospitalizados –
bacteremia e infecções do trato urinário.
■ Serratia: Móveis. • Fermentam lactose lentamente ou não fermentam. ( na tabela de
identificação LAC - ) • Pacientes hospitalizados – bacteremia e infecções do trato
urinário.
■ Proteus: Móveis. • LAC -. • Produtor de urease, cliva a ureia em dióxido de carbono
(CO2 ) e amônia aumentando o pH. • Causa de infecções urinárias em pacientes
internados. O aumento da alcalinidade da urina é tóxico para o epitélio urinário. •
Acomete pacientes cateterizados, pós-cirúrgicos.
❖ Diagnóstico laboratorial:
➢ Secreções • Líquidos nobres e biópsias • Fezes • Urina • Alimento • Água.
➢ Exame macroscópico da cultura:
■ Aspecto morfológico das colônias. • Tempo de crescimento e tamanho da colônia. •
Observar a pureza da cultura.
■ Exame microscópico da cultura: Gram: tamanho, morfologia, reação tintorial, etc.
■ Meio Seletivo Diferencial MacConkey
● Lac+: fermentadoras de lactose utilizam a lactose disponível e produzem ácido
como produto final. Este ácido diminui o pH do meio para valores inferiores a
6.8, resultando na observação de colônias rosa choque/vermelhas.
● Lac-: As bactérias que não fermentam a lactose (Salmonella e Shigella)
utilizam a peptona. Isto forma amônia, que eleva o pH do ágar, levando à
formação de colônias brancas/sem cor)
❖ Meio Seletivo Diferencial Eosina-Azul de Metileno
➢ Composição: Peptona, lactose, eosina, azul de metileno, agar, água.
■ E. Coli LAC+
■ Klebsiella LAC+
■ Salmonella LAC-
❖ As bactérias lactose positiva (centro escuro e/ou brilho verde-metálico). As bactérias lactose negativas
são geralmente incolores.
❖ Ágar Salmonella - Shigella
➢ Sais biliares e Citrato de sódio inibem todas as Gram + e muitas Gram –
➢ Vermelho neutro é indicador para detecção de ácidos
➢ Tiossulfato de sódio: fonte de enxofre
➢ Salmonella: apresentam colônia incolor com centro negro
➢ Shigella: apresentam colônia incolor.
❖ Principais provas para a identificação das enterobactérias de importância clínica 1. Fermentação da
glicose. 2. Fermentação da lactose. 3. Motilidade. 4. Utilização de citrato. 5. Descarboxilação da lisina.
6. Produção de sulfeto de hidrogênio (H2S). 7. Produção de gás (CO2). 8. Oxidase. 9. Produção de
indol. 10. Produção de urease. 11. Produção de fenilalanina desaminase ou opção triptofanase. 12.
Produção de gelatinase ou opção DNAse.
❖ Citrato: Diferencia os microrganismos pela capacidade de usarem o Citrato como única fonte de
carbono. Ex: E. Coli – teste negativo
❖ Teste de urease: Determina a habilidade do microrganismo de degradar a ureia em duas moléculas de
amônia pela ação da enzima urease. → Em caso de reação positiva, irá ocorrer alcalinização intensa do
meio, tornando-o rosa pink.
➢ Fenilalanina Desaminase →Forma ácido fenilpirúvico
❖ Indol: Detecta a ação da enzima triptofanase, determinando a capacidade do microrganismo produzir
Indol. Ex: E. Coli – teste positivo
❖ Rugai/IAL: Indol → Sacarose → Observar produção de gás → Glicose → Ureia → H2S → Lisina →
Motilidade
❖ Bacilos Gram negativos não fermentadores
➢ Características gerais: -Microrganismos ubíquos. -Pouco exigentes nutricionalmente. -Bacilos
ou cocobacilos Gram-negativos (BGN). -Oportunistas: patógenos hospitalares importantes. -
Não fermentam carboidratos. - Oxidase positivo.
➢ Gêneros de importância médica: - Pseudomonas -Acinetobacter -Burkholderia
-Stenotrophomonas -Moraxella.
➢ Pseudomonas
■ Características do gênero: - Bacilos Gram-negativos aeróbios obrigatórios. - Não
fermentam glicose. - MacConkey: colônias lac –. - Crescimento entre as espécies : 4°C
até 43°C. - Odor adocicado (algumas) - Móveis
■ Conseguem crescer a temperaturas baixas e a temperaturas altas o que as tornam
agentes patogênicos (nosocomiais) e que provocam alterações em alimentos.
■ Algumas Pseudomonas produzem pigmentos: a. Piocianina (azul) b. Fluoresceína
-Pioverdina c. Piorrubina (vermelho para marrom)
■ Espécie mais frequente: - Pseudomonas aeruginosa; - Contaminação de líquidos e
soluções, como água, detergentes, antissépticos, desinfetantes, injetáveis, colírios.
➢ Pseudomonas aeruginosa – Virulência
■ Adesinas (pili comum/fímbrias – aderência). • Cápsula ( liga a bactéria às células do
hospedeiro; cápsula protege o microrganismo da fagocitose). • Endotoxina (Lipídio A). •
Piocianina (catalisa a produção de formas tóxicas de oxigênio: superóxido e peróxido
de hidrogênio – dano tecidual). • Exotoxina A (dermatonecrose: ex: em lesões por
queimadura). • Exoenzimas (destruição tecidual).
■ Doenças: - infecções do trato urinário (ITU); - infecções do trato respiratório (ITR); -
infecções de pele (foliculite, feridas, queimaduras); - infecção ocular; - Otite; -
Meningite; - endocardite (usuários de drogas); - Sepse.
■ Diagnóstico laboratorial: - Bacterioscopia; - Cultura (agar sangue, MacConkey); - Kits
Bioquímicos.
■ Tratamento: -Solicitar antibiograma; -Penicilinas (ticarcilina ou piperacilina);
cefalosporinas (ceftazidima); aminoglicosídeos; aztreonan; quinolonas (ciprofloxacino);
carbapenêmicos (imipenem).
■ Resistência a antibióticos: As pseudomonas são bastante resistentes à
antibioticoterapia →Pode sofrer mutações para cepas ainda mais resistentes durante o
tratamento.
❖ Acinetobacter / Burkholderia / Moraxella / Stenotrophomonas maltophilia
➢ Características Gerais: Geralmente são consideradas não-patogênicas em indivíduos
saudáveis. Entretanto, são encontradas em ambientes hospitalares e podem causar infecções
graves que ameaçam a vida de pacientes imunocomprometidos.
➢ Diagnóstico laboratorial:
■ MacConKey
■ Agar sangue
■ Agar chocolate
■ Cled
➢ Testes Bioquímicos
■ Rugai →Citrato → Ureia →SIM →Arginina→ Lisina → Ornitina
■ NF – Newprov • Para diferenciação e identificação de bactérias fermentadoras das não
fermentadoras.
■ TSI Tríplice Açúcar Ferro
❖ Patogênese Fúngica