Filosofia Da Arte

Filosofia da arte
Trabalho realizado por: Maria Arruda, Leonor

Bolarinho, Sara Melo e Inês Amorim 11ºA
A diversidade de artes
A Noite Estrelada, Vincent Van Gogh (1889)
Café A Brasileira, ao Chiado

O que é a arte?
Como distinguir o que é arte do que não é arte?
Qual é definição de arte?

A filosofia da arte é a disciplina filosófica que se dedica
ao estudo deste problema
Relevância do problema
A definição de arte
Terá de identificar as condiçôes necessárias e suficientes
se algo é uma obra de arte, então é x Basta um contraexemplo para a

definição de arte ser falsa:
uma obra de arte que não seja X

se algo é X, então é obra de arte
coisas que sejam X e não sejam arte
algo é uma obra de arte se, e só se, é X

Teorias essencialistas e não-essencialistas
Teorias essencialistas:
Aceitam a existência de uma essência da arte;
Tentam captar essa essência quando definem arte
teoria representacional Teoria formalista
Teoria expressivista
Teorias essencialistas e não-essencialistas
Teorias não essencialistas:
Há características comuns a todas as obras de arte e só a elas
Essas características não são observáveis nas próprias obras de arte:
têm a ver com o contexto social.
Teoria institucional Teoria histórica

Teoria da arte como representação
Se algo é arte, então é uma representação
Primeira teoria a surgir

Defendida por Platão e Aristóteles
Platão
Aristóteles
A arte era uma representação imitativa

Os artistas procuravam imitar as coisas do modo mais fiel possível
Quanto mais fossem parecidas com o que representavam mais valor artístico as
obras teriam
A imitação é apenas um tipo de representação entre outros
O conceito de representação é mais abrangente do que o de imitação

Uma coisa pode representar outra

mesmo que não a imite
Há obras que não imitam nada, embora

representem alguma coisa
exemplo: Madonna del cardellino, Raphael

Objeções à Teoria da representação
Não apresenta uma definição de arte:
“ se algo é arte, então é representação “ significa que todas as obras de arte são
representação, mas não significa que só a arte é representação
O conceito é muito abrangente, inclui coisas que não são arte ( ex: sinais de trânsito)
Objeções à Teoria da representação
contraexemplos:
A ideia de que a representação é uma condição necessária da arte

é muito discutível
Há muitas obras de arte que não representam nada

A teoria
expressivista
R.G. Collingwood- filósofo e

arqueólogo inglês;
Arte é expressão de sentimentos ou
emoções;
Exprimir=Clarificar
Expressão de emoções consiste num

esforço de clarificação das mesmas;
Emoções são involuntárias.
aquilo que genuinamente é arte
Arte autêntica Ofício
Algo que é planejado previamente, e não

merece ser dado o nome de “arte”
Raparigas Bretãs Dançando, Paul Gauguin (1888)
exemplo do expressivismo
Arte do
entretenimento
Collingwood diz que estes não são arte
e os seus autores não são artistas;
Objetivo: provocar emoções através de
situações que o seu criador concebe de
antemão.
Autoconhecimento
através da arte
A verdadeira arte não tem por

finalidade despertar emoções mas
sim clarificá-las;
O artista partilha a sua
experiência com o público e ambos
ganham consciência do seu
“interior”.
Desconhecimento do estado de
espírito dos artistas
Objeções
Falta de Consideração pela
Autonomia da Arte
A teoria
formalista
Filósofo defensor: Clive Bell (1881-1964)

Forma significante
Um objeto ou atividade é arte Tem o poder de provocar uma

se, e só se, tem forma emoção estética.
significante.
Só é sentida quando estamos diante de

uma obra de arte
Composição com Vermelho, Azul e Amarelo, Piet Mondrian, 1930
exemplo da teoria formalista
Sensibilidade
Segundo Bell, para sentir
essa emoção estética, é
necessário ter sensibilidade
estética.
Só a forma
importa
Não é obrigatório a arte representar

algo;
Black Square" (1915) de Kazimir Malevich.
Atenção à disposição das formas e à
relação entre as linhas e as cores, e
não ao tema.
Pintura
descritiva
Bell não considerou alguns quadros
famosos obras de arte, por não
terem forma significante;
Estas eram meros documentos e não
mereciam o nome de arte.
O Médico, Samuel Luke, 1891
Objeção
Teoria formalista
Há objetos artísticos que não se

"Guernica" de Pablo Picasso
distinguem de outros que não
são, logo, a forma significante
não permite diferenciar o que é
arte do que não é.
Circularidade
O significado de forma
significante e emoção
estética, remetem uma para a
outra, sucessivamente.
Ceticismo Filósofo defensor: Morris Weitz
acerca da Opinião dos ceticistas em

questão às teorias essencialistas;
possibilidade O que Weitz defende?

Diversidade da arte;
de definir arte
Arte é um conceito aberto
e o que isso implica;
possibilidade da arte tornar-
se outra coisa;
O Grito, Edvard Munch(1893)
Posição de Weitz é cética.
Pietà, Michelangelo
1. A arte é uma forma de expressão humana que
transcende fronteiras culturais e temporais. Mesmo
que não exista uma definição aceita de arte, isso não
significa que seja impossível defini-la. A diversidade e
variedade de formas de arte e a história indicam que a
arte é algo intrinsecamente humano e possível de ser
Objeções
definido.
2. A definição de arte pode ser construída a partir de

ceticismo elementos
comuns presentes em obras consideradas artísticas,
como a intencionalidade do artista, a expressão
de emoções e ideias, a habilidade técnica, a originalidade,
entre outros. Apesar de haver debates
sobre esses critérios, é possível chegar a uma definição
que englobe esses aspectos e
permita identificar o que é considerado arte.
Teoria Institucional Filósofo defensor: George Dickie
propriedades
Baseou-se em quê?
Essência da arte
Propriedades da arte Intrínsecas Extrínsecas
(intrínsecas e extrínsecas) observáveis nas obras e dependentes do contexto
Artefactos e o mundo da comuns a todas (institucional ou histórico)
arte
teorias teorias não-

essencialistas -essencialistas
Exemplos:
“The Blue Ship”, Alfred Wallis (1934)

Objeções à teoria
institucional
Contraexemplos Circularidade
Os entendidos em arte decidem o que É viciosamente circular;
deve ser considerado arte de acordo obras definidas como objetos
com razões ou o fazem que são aceitos como tais
arbitrariamente; pelas pessoas que entendem
Razões: constituem uma teoria que não de arte;
é a institucional (colapsa); Pessoas que entendem de arte
Arbitrariamente: não percebemos por são definidas como as que
que devemos dar importância à arte. aceitam certos objetos como
sendo obras de arte.
Indicar Condições necessárias e
Teoria suficientes;
Aspeto contextual (caráter histórico
historicista e modo intencional);
Filosofo defensor: Jerrold Levinson
teoria histórico-intencional
Intenção
Um objeto é arte quando o
seu autor quer que este seja a intenção de querer inserir
encarado como o foram as as obras numa tradição
obras do passado. E são arte histórica explica a unidade e
porque os autores queriam a continuidade da arte,
que elas fossem encaradas apesar da enorme
como foram encaradas as diversidade das suas
obras anteriores. manifestações.
Maria com o Menino Jesus
sem a intenção, a semelhança entre

as obras do passado pode ocorrer
ao acaso;
tem de ser firme e duradoura para
transparecer na própria obra;
E não implica:
que imitem obras do passado;
que se inspirem em obras do
passado;
Se isso acontecesse a arte não mudaria.
Mas a arte muda.
O Sepultamento de Cristo, Caravaggio

Para Levinson:
A intenção do autor do artefacto

Artefacto + para que o mesmo seja encarado como Obras de arte
outras criações do passado, reconhecidas
pela tradição histórica
X é uma obra de arte se, e
Definição de apenas se,
arte proposta X é um objeto acerca do qual
por Levinson uma pessoa (o artista),

possuindo o direito de
propriedade sobre X,
tem ou teve a intenção séria
de que seja encarado
como as obras de arte
anteriores foram encaradas
Objeções à teoria
histórica
O problema da
Contraexemplos
primeira obra de arte
É possível realizar obras artísticas e Se algo é uma obra de arte se for
não deter o direito de propriedade visto como o foram as obras
ex: nenhum graffiti é uma obra de anteriores como surgiu a primeira
arte pois não detem o direito de obra de arte?
propriedade
Resumo
Essencialistas: Não-essencialistas:
representacional: arte é institucional: arte é um artefacto
representação (imitativa ou a que alguém do mundo da arte
simbólica) atribui o estatuto de candidato a
expressivista: arte é expressão apreciação
imaginativa das emoções histórica: arte é um objeto ou
formalista: arte é a forma atividade cujo autor tem intenção
significante(causa emoção de que estes sejam encarados
estética como foram as obras anteriores
Assim o problema da definição de arte continua em aberto

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Trabalho realizado por: Maria Arruda, Leonor

A Noite Estrelada, Vincent Van Gogh (1889)

Café A Brasileira, ao Chiado

Como distinguir o que é arte do que não é arte?

Qual é definição de arte?

Terá de identificar as condiçôes necessárias e suficientes

se algo é uma obra de arte, então é x Basta um contraexemplo para a

uma obra de arte que não seja X

algo é uma obra de arte se, e só se, é X

teoria representacional Teoria formalista

Teoria institucional Teoria histórica

Se algo é arte, então é uma representação

Primeira teoria a surgir

A arte era uma representação imitativa

A imitação é apenas um tipo de representação entre outros

O conceito de representação é mais abrangente do que o de imitação

Uma coisa pode representar outra

Há obras que não imitam nada, embora

exemplo: Madonna del cardellino, Raphael

Não apresenta uma definição de arte:

A ideia de que a representação é uma condição necessária da arte

Há muitas obras de arte que não representam nada

R.G. Collingwood- filósofo e

Expressão de emoções consiste num

Arte autêntica Ofício

Algo que é planejado previamente, e não

A verdadeira arte não tem por

Filósofo defensor: Clive Bell (1881-1964)

Um objeto ou atividade é arte Tem o poder de provocar uma

Só é sentida quando estamos diante de

Não é obrigatório a arte representar

Há objetos artísticos que não se

acerca da Opinião dos ceticistas em

possibilidade O que Weitz defende?

2. A definição de arte pode ser construída a partir de

teorias teorias não-

“The Blue Ship”, Alfred Wallis (1934)

sem a intenção, a semelhança entre

O Sepultamento de Cristo, Caravaggio

A intenção do autor do artefacto

por Levinson uma pessoa (o artista),

Assim o problema da definição de arte continua em aberto

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