Centro Universitário Do Vale Do Araguaia: Formulário de Relatório

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO VALE DO ARAGUAIA

Portaria MEC/GM nº 1.328 de 12/12/2018 publicada no D.O.U. em 13/12/2018


Rua Moreira Cabral, nº 1.000, Domingos Mariano
CEP: 78.603-209 - Barra do Garças, Mato Grosso

FORMULÁRIO DE RELATÓRIO
PBL II

1. IDENTIFICAÇÃO
1.1 - Componentes do Grupo
Amanda Carine da Silva Reis; Ana Maria Pehu Ai`Rero; Carieli Gomes Silva; Carla Silva
Aguiar; Damares wa’utõmõnhibdza; Gabriela Malaquias Soares; Kellen Cristyna Lopes
Santos; Larissa Fernanda de Almeida; Noemy Rodrigues da Silva
1.2 - Curso e Semestre
Pedagogia 6° Semestre
1.3 - Disciplina(s)
Fundamentações e Metodologias: Alfabetização e Letramento, Fundamentações e
Metodologias: Educação Física, Fundamentações e Metodologias: Língua Portuguesa
1.4 - Professor(es)
Marcia Camila Souza de Amorim, Me. Lais Cristina Barbosa, Josiani Alves Moreira
2. INTRODUÇÃO
O processo de alfabetização vai muito além do simples ensino de letras e palavras,
sendo fundamental para o desenvolvimento global da criança, que envolve não apenas
aspectos cognitivos, mas também emocionais e motores. De acordo com Ferreiro (1999),
algumas crianças começam a se alfabetizar de maneira espontânea, muito antes de
ingressarem na escola, por meio do contato com a linguagem escrita no ambiente familiar e
social. Já outras necessitam da mediação escolar para se apropriar desse conhecimento.
Nesse sentido, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017) destaca que a
alfabetização deve ser tratada como um processo integral, que respeita os diferentes ritmos e
formas de aprendizagem de cada aluno.
Neste contexto, metodologias ativas, como jogos e atividades físicas, têm se mostrado
ferramentas poderosas, pois integram o movimento ao processo de aprendizagem da leitura e
escrita, tornando o ensino mais dinâmico e envolvente. Além disso, essas abordagens
promovem o desenvolvimento motor e social, aspectos essenciais para o crescimento global
da criança. A avaliação contínua, por meio de ferramentas como portfólios e listas de
verificação, também se torna um recurso valioso para que o professor possa acompanhar e
ajustar suas práticas pedagógicas, atendendo às necessidades individuais dos alunos.
Neste trabalho, serão discutidas essas estratégias pedagógicas inovadoras, com ênfase
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na interdisciplinaridade, que integra áreas como Educação Física e Língua Portuguesa,


favorecendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. O objetivo é compreender
como a alfabetização, quando tratada de forma holística e dinâmica, pode contribuir para uma
formação mais completa e significativa para a criança. A seguir, exploraremos como essas
metodologias e abordagens podem ser aplicadas na prática escolar, destacando suas
contribuições para um processo de ensino mais enriquecedor e eficaz.

3. DESENVOLVIMENTO
3.1. Resumo do Problema
O problema identificado refere-se a alunos do 2º ano do Ensino Fundamental I que
estão enfrentando dificuldades em três áreas principais: alfabetização, habilidades motoras e
socialização durante as aulas. Essas dificuldades estão prejudicando o desenvolvimento
integral das crianças, tanto no aspecto cognitivo (leitura e escrita), quanto no motor
(coordenação e movimento) e social (interação com os colegas e professores). Como resposta,
a coordenação pedagógica propõe um projeto interdisciplinar que combina atividades físicas
com a alfabetização, buscando motivar as crianças e tornar o aprendizado mais interessante e
significativo. Com o objetivo de desenvolver de maneira lúdica suas habilidades, tanto sociais
quanto motoras e racionais.

3.2. Hipóteses de Aprendizagem


Para garantir uma alfabetização eficaz e integral, é necessário adotar uma abordagem
que vá além do ensino tradicional e contemple as múltiplas dimensões do desenvolvimento
infantil. As hipóteses de aprendizagem aqui apresentadas envolvem estratégias diversificadas,
como o incentivo ao contato com a linguagem escrita desde cedo, metodologias ativas que
coloquem o aluno no centro do processo de aprendizagem, atividades que estimulem a
motricidade e o desenvolvimento social, além de abordagens interdisciplinares e tecnologias
educacionais. Essas ações visam criar um ambiente escolar acolhedor e estimulante, onde o
aprendizado seja significativo e adaptado às necessidades individuais de cada criança,
promovendo assim um processo educativo mais inclusivo e eficaz. A segui estão algumas
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hipóteses de aprendizagem:

- Promoção do Contato com a Linguagem Escrita no Ambiente Familiar e Escolar;


- Implementação de Metodologias Ativas na Alfabetização;
- Uso de Atividades Multissensoriais;
- Avaliação Formativa e Personalização das Estratégias de Ensino;
- Incentivo ao Protagonismo do Aluno;
- Desenvolvimento da Motricidade para Apoio à Alfabetização;
- Adoção de Abordagens Interdisciplinares;
- Desenvolvimento da Motricidade para Apoio à Alfabetização;
- Criação de um Ambiente Escolar Acolhedor e Estimulante;
- Incentivo ao Desenvolvimento das Habilidades Sociais;
- Inclusão de Atividades Esportivas e Artísticas na Alfabetização;
- Uso de Portfólios e Registros de Progresso;
- Fortalecimento da Coordenação entre Família e Escola;
- Estímulo ao Aprendizado Significativo por Meio de Contextos Reais;
- Introdução de Tecnologias Educacionais e Ferramentas Digitais;
- Adaptação das Atividades ao Ritmo de Cada Criança .
3.3. Fundamentação Teórica e Discussão
Há crianças que chegam à escola sabendo que a escrita serve para escrever
coisas inteligentes, divertidas ou importantes. Essas são as que terminam de
alfabetizar-se na escola, mas começaram a alfabetizar muito antes, através da
possibilidade de entrar em contato, de interagir com a língua escrita. Há outras
crianças que necessitam da escola para apropriar-se da escrita. (Ferreiro, 1999, p.23)

Seguindo a linha de pensamento de Ferreiro (1999), a capacidade de alfabetização da


criança se estabelece antes mesmo do inicio da sua vida escolar. A maneira com que a leitura
e a escrita foram apresentadas para ela, determina sua forma de enxergar esse processo e
como será trilhado o seu caminho na alfabetização, criando seu anseio ou desinteresse por
aprender, estabelecendo assim, o ritmo com que seu desenvolvimento irá se desenrolar. E a
alfabetização, segundo a BNCC, deve envolver o desenvolvimento completo da criança,
incluindo não só o lado cognitivo, mas também os aspectos emocionais e motores (Brasil,
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2017). Ou seja, para engajar as crianças de verdade e respeitar o ritmo e as habilidades delas,
o programa sugere metodologias ativas, como brincadeiras e atividades em grupo. Esse jeito
de ensinar deixa os alunos envolvidos em atividades que combinam movimento físico com o
aprendizado da linguagem, por meio de brincadeiras, jogos e movimentos do corpo, sempre
incentivando a leitura e a escrita. Com isso, a alfabetização se torna bem mais interessante e
significativa.

Atividades como jogos com letras e palavras, por exemplo, ajudam as crianças a fazer
uma conexão entre os sons, imagens e os movimentos do corpo, criando um ambiente de
aprendizado que junta fala e gestos. Assim, a prática de ensino não só apoia as atividades dos
alunos, mas também valoriza o conhecimento contextualizado. Dessa forma, atividades que
envolvem movimento tornam o aprendizado mais interativo e ajudam a desenvolver tanto as
habilidades sociais quanto as linguísticas dos alunos.

A avaliação do progresso dos alunos precisa ser constante, certo? A avaliação


formativa, por exemplo, acompanha o progresso de cada um em etapas e permite que os
professores ajustem as estratégias, caso precise. Esse acompanhamento do desenvolvimento
das habilidades motoras e de alfabetização é feito com listas de verificação e portfólios.
Assim, os professores conseguem observar como a coordenação motora, as habilidades
sociais, leitura e escrita de cada criança estão se desenvolvendo. Isso é ótimo porque o foco
não fica só no resultado final, mas no processo de aprendizado como um todo, permitindo
intervenções pontuais quando necessário.

Como Pacheco (2014) colocou, “a metodologia ativa vai além da simples adoção de
novas práticas pedagógicas; ela busca transformar a cultura escolar. No centro desse conceito
está o protagonismo do aluno, onde ele assume o controle do seu próprio processo de
aprendizagem, com o professor atuando como um mediador”. Esse tipo de aprendizado deixa
de ser algo passivo, onde a criança só recebe o conteúdo, para se tornar um processo em que
ela mesma é protagonista, envolvida na resolução de problemas e no desenvolvimento de
habilidades úteis para vida toda. A flexibilidade das metodologias ativas permite que os
alunos aprendam por meio da prática, experimentação e colaboração, sendo desafiados a
pensar criticamente, a tomar decisões e a aplicar o conhecimento em vários contextos.
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Essa abordagem interdisciplinar e ativa, combinada com uma avaliação contínua,


oferece um caminho promissor para lidar com as dificuldades de alfabetização e
desenvolvimento motor das crianças. Além disso, o esporte também integra o aprendizado,
envolvendo os alunos de forma ativa.

Para enfatizar a importância de um desenvolvimento integral, Vygotsky (1998) afirma


que:

A criança, ao se desenvolver, apropria-se do patrimônio cultural que lhe é


oferecido pelo meio em que vive, em interações que possibilitam o aprendizado de
novos saberes e habilidades. Esse processo não se dá isoladamente, mas por meio de
um contexto em que aspectos sociais, afetivos e motores estão inter-relacionados, e
é nesse ponto que a escola e o professor desempenham papel fundamental. Não
basta transmitir o conhecimento; é preciso considerar a criança em sua totalidade,
incluindo suas necessidades emocionais e suas interações sociais para o
desenvolvimento de suas habilidades cognitivas (Vygotsky, 1998, p. 55).

Isso deixa claro que o processo de alfabetização e desenvolvimento não é só técnico


ou formal; ele precisa incorporar o contexto emocional e social da criança para que o
aprendizado seja realmente significativo e útil.

Para melhorar a alfabetização e o desenvolvimento motor, é essencial lembrar que


esses processos não são coisas separadas, mas envolvem várias habilidades que se
desenvolvem juntas. Então, alfabetizar é muito mais do que ensinar letras e sons: é construir
conhecimentos que têm tudo a ver com a forma da criança pensar, sentir e interagir
fisicamente com o mundo.

Quando se faz colaboração entre atividades de leitura e escrita com movimentos


corporais e dinâmicas em grupo, estamos oferecendo uma experiência de aprendizado mais
envolvente e próxima da realidade das crianças. Em vez de ensinar letras de forma parada e
repetitiva, o professor pode criar jogos de movimento que ajudam a criança a associar som,
imagem e gesto. Dessa forma, a alfabetização fica mais concreta e as crianças aprendem com
o corpo e fala, assim o aprendizado ganha sentido.

Trazer o esporte e o movimento físico pra dentro da alfabetização também reforça


valores importantes, como o trabalho em equipe e o respeito às regras. Brincadeiras em grupo
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ajudam a criança a se comunicar melhor e a entender a importância de ouvir e respeitar o


colega. Isso amplia as habilidades sociais e melhora o clima da sala.

Para acompanhar o desenvolvimento das crianças, é de extrema importância que o


professor observe e registre o progresso de cada uma, usando portfólios e listas de
verificação. Essas anotações não servem só pra medir o que foi aprendido, mas para entender
como cada aluno está evoluindo. Assim, o professor consegue ajustar o ensino e criar
atividades mais adequadas às necessidades do grupo.

Essa avaliação contínua permite ver o aprendizado de um jeito mais completo,


considerando o crescimento de cada aluno nas áreas motora, social e cognitiva, e não só na
parte de leitura e escrita. Dessa forma, a alfabetização se torna um processo que valoriza o
desenvolvimento integral e promove um aprendizado mais prazeroso e significativo.

O ambiente escolar desempenha um papel crucial não apenas no desenvolvimento


cognitivo dos alunos, mas também no aprimoramento das habilidades motoras. A escola
oferece uma série de oportunidades para o desenvolvimento físico das crianças, como as aulas
de educação física e atividades artísticas que envolvem movimentos manuais, como a escrita,
o desenho e a pintura. Esses momentos são essenciais, pois ajudam a fortalecer a coordenação
motora, a percepção espacial e a destreza manual, habilidades importantes para o aprendizado
de diversas outras áreas, além de contribuir para o bem-estar geral da criança.

As aulas de educação física, por exemplo, são espaços dedicados ao desenvolvimento


do corpo e à prática de movimentos, sendo fundamentais para o fortalecimento muscular, a
flexibilidade, o equilíbrio e a coordenação motora grossa. Já as atividades artísticas, como a
escrita e a pintura, contribuem para a coordenação motora fina, estimulando o controle
preciso dos movimentos das mãos e dedos, além de favorecerem a criatividade e a expressão
pessoal. Essas práticas ajudam a criança a melhorar sua destreza manual e a se sentir mais
confortável e confiante em relação ao seu corpo e às suas habilidades físicas.

Miller (2014) já havia reforçado a importância da escola no desenvolvimento motor


infantil:

O ambiente escolar oferece não apenas uma base para o desenvolvimento


cognitivo, mas também um contexto essencial para a promoção das habilidades
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motoras. As atividades pedagógicas que envolvem movimentos, como as aulas de


educação física e as práticas artísticas, são fundamentais para o desenvolvimento da
coordenação motora das crianças. A observação contínua dos professores sobre as
dificuldades motoras e a adaptação dos métodos de ensino são essenciais para
identificar necessidades específicas e promover o desenvolvimento integral dos
alunos (Miller, 2014, p. 88).

No entanto, é importante reconhecer que cada criança possui um ritmo de


desenvolvimento único, com diferentes tempos e necessidades. Nesse sentido, é fundamental
que o professor ou educador esteja atento às particularidades de cada aluno, observando suas
dificuldades e progressos ao longo das atividades motoras. Algumas crianças podem
demonstrar uma maior facilidade para realizar certos movimentos, enquanto outras podem
enfrentar mais desafios, o que é natural e parte do processo de crescimento.

Já fazendo o uso da interdisciplinaridade, o professor pode trabalhar várias


habilidades, tanto motoras quanto cognitivas. Afinal, a motricidade e a fala andam lado a
lado, influenciando juntas o processo cognitivo.

A motricidade e a fala, inicialmente, são separadas, mas em um


determinado momento do desenvolvimento elas se interligam e tornam-se funções
mentais integradas. A atividade motora, no início, é puramente externa e ligada ao
movimento físico, mas, com o tempo, ela se transforma em uma função interna que
organiza a ação mental, dando forma ao pensamento.
(Vygotsky, 1984, p. 98)

De acordo com Vygotsky, a motricidade começa como uma ação externa, ou seja, um
movimento físico que a criança realiza no ambiente, mas à medida que a criança cresce, essa
atividade motora se internaliza, passando a organizar o pensamento e a ação mental. Sendo
assim, dando início a um processo no qual a linguagem, inicialmente utilizada para expressar
ações físicas, se torna uma ferramenta de organização do pensamento, contribuindo para a
construção da inteligência e da percepção do mundo. A integração entre a motricidade e a
fala, portanto, não é apenas uma questão de coordenação física, mas sim um processo
psicológico fundamental para a evolução das capacidades mentais da criança.

Atividades interdisciplinares que envolvem Educação Física e Língua Portuguesa, por


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exemplo, são uma excelente estratégia, pois permitem que as crianças desenvolvam
habilidades cognitivas e motoras de forma significativa. Uma boa opção é o "Jogo das
Palavras em Movimento", onde os alunos são desafiados a realizar atividades físicas, como
pular, correr ou se equilibrar, enquanto associam essas ações a palavras ou frases que devem
ser lidas ou escritas. Por exemplo, ao passar por um determinado ponto da brincadeira, a
criança pode ter que ler uma palavra escrita em um cartão, formar uma frase com ela ou até
mesmo associá-la a um objeto ou situação do seu cotidiano. Essas atividades não só
estimulam a coordenação motora, mas também favorecem o desenvolvimento da leitura e da
escrita, promovendo o reconhecimento de palavras e a ampliação do vocabulário de forma
divertida e envolvente. Além disso, ao combinar movimento físico e linguagem, a atividade
contribui para a aprendizagem de forma mais dinâmica, incentivando a cooperação entre os
alunos e o trabalho em grupo.

Atividades que misturam Educação Física e Língua Portuguesa ajudam a criar um


ambiente de aprendizado mais interessante, onde o movimento e a linguagem se
complementam. Ao juntar o exercício físico com o desenvolvimento da leitura e escrita, essas
atividades tornam o aprendizado mais divertido e eficaz, estimulando a percepção, a
coordenação motora e o conhecimento de forma conjunta.
(Marques, 2015, p. 102)

A interdisciplinaridade nas aulas, também é uma estratégia pedagógica poderosa que


contribui significativamente para o desenvolvimento social das crianças, pois permite que elas
vivenciem uma aprendizagem mais conectada à realidade do seu cotidiano. Ao integrar
diferentes áreas do conhecimento, como Educação Física, Língua Portuguesa, Matemática e
Ciências, os alunos não apenas ampliam seus saberes, mas também têm a oportunidade de
trabalhar em grupo, exercitar habilidades de comunicação, colaboração e resolução de
problemas em conjunto.

Durante as atividades interdisciplinares, as crianças são desafiadas a compartilhar


ideias, discutir soluções e colaborar com os colegas, o que fortalece suas competências
sociais. Esse ambiente de troca e interação favorece o desenvolvimento de atitudes como o
respeito à opinião do outro, a empatia, a cooperação e a capacidade de trabalhar em equipe,
competências essenciais para a convivência social. Além disso, ao explorar temas diversos,
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elas percebem a conexão entre o que aprendem na escola e o mundo fora dela, o que pode
tornar o aprendizado mais significativo e motivador.

Em atividades interdisciplinares, como jogos, projetos e trabalhos em grupo, as


crianças também têm a oportunidade de desenvolver a capacidade de liderança e a
responsabilidade, pois, frequentemente, precisam dividir tarefas e organizar as ações de forma
conjunta. Ao trabalhar com diferentes áreas do conhecimento de forma integrada, elas não só
aprendem o conteúdo de maneira mais dinâmica, mas também se tornam mais seguras em
suas habilidades sociais e emocionais, essenciais para sua formação como cidadãos. Dessa
forma, a interdisciplinaridade, ao estimular a colaboração e a interação entre os alunos, é uma
ferramenta fundamental para o desenvolvimento social das crianças.

O ambiente escolar não se limita ao ensino acadêmico, mas é um espaço fundamental


para o aprendizado de habilidades sociais. É dentro da escola que as crianças têm a
oportunidade de aprender a conviver com os outros, respeitar as diferenças e colaborar em
grupos. Esses processos são essenciais para a formação da identidade social e para o
desenvolvimento de competências emocionais, como a empatia e a comunicação, que são
indispensáveis para a convivência no grupo social e para a construção de uma cidadania
plena.

A escola, ao proporcionar um ambiente de interações sociais, desempenha


um papel fundamental no desenvolvimento social das crianças, pois é nela que elas
aprendem a conviver com o outro, a respeitar as diferenças e a colaborar em grupos.
As experiências compartilhadas dentro do ambiente escolar são essenciais para a
formação da identidade social e para o desenvolvimento de competências
emocionais, como a empatia, o autocontrole e a capacidade de comunicação.
(Piaget, 2004, p. 124)

Assim, o desenvolvimento motor e a formação social são processos que se


interconectam e se fortalecem para a evolução da alfabetização no ambiente escolar. À
medida que as crianças aprendem a ler e escrever, também aprimoram suas habilidades
motoras, como a coordenação motora fina, essencial para escrever, e a motricidade grossa,
que se desenvolve através de atividades físicas. Essas habilidades motoras, por sua vez,
influenciam a interação social, pois as brincadeiras e jogos em grupo promovem a
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cooperação, o respeito e a empatia. Assim, a integração dessas áreas no processo educativo


favorece o desenvolvimento integral das crianças, contribuindo tanto para o aprendizado
acadêmico quanto para a formação social.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, a integração entre alfabetização, desenvolvimento motor e social é essencial
para o aprendizado integral das crianças, como demonstrado ao longo deste trabalho. Ao
compreender que a alfabetização não se restringe ao ensino da leitura e escrita, mas se
expande para incluir as habilidades motoras e sociais, podemos observar a importância de um
ambiente escolar que respeite o ritmo individual de cada criança e promova um aprendizado
significativo e envolvente. A utilização de metodologias ativas, como jogos e atividades
interdisciplinares, que combinam movimento físico com a aprendizagem da língua, facilita a
internalização do conhecimento e estimula o desenvolvimento das competências cognitivas,
emocionais e motoras. Além disso, a prática constante de avaliação formativa permite que o
professor acompanhe o progresso das crianças de maneira contínua, ajustando as abordagens
pedagógicas conforme as necessidades individuais de cada aluno. Ao incorporar atividades
que promovem a interação social, a escola se torna um espaço onde as crianças não apenas
aprendem conteúdos acadêmicos, mas também desenvolvem habilidades essenciais para a
convivência, como respeito, cooperação e empatia. Portanto, é fundamental que a educação
reconheça a conexão entre essas áreas e proporcione experiências de aprendizagem que
favoreçam o desenvolvimento holístico da criança, preparando-a para os desafios do futuro.

5. REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: Educação é a Base. Brasília: MEC,
2017.

Freire, P. (1996). *Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa*. São Paulo: Paz
e Terra.

Luckesi, C. C. (2011). *Avaliação da aprendizagem escolar*. São Paulo: Cortez.

MARQUES, M. A. (2015). Atividades interdisciplinares no Ensino Fundamental: A


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integração entre corpo e linguagem. São Paulo: Editora Pedagógica.

MILLER, J. L. (2014). Desenvolvimento motor na infância: Teorias e práticas pedagógicas.


São Paulo: Editora Acadêmica.

Moran, J. (2015). *Metodologias ativas para uma educação inovadora: abordagem teórico-prática*.
Campinas: Papirus.

**Pacheco, J.** (2014). *A Escola com que Sempre Sonhei Sem Imaginar que Pudesse Existir*. São
Paulo: Editora Ática.

PIAGET, J. (2004). A psicologia da criança. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil.

VYGOTSKY, L. S. (1984). A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes.

http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/
File/2010/artigos_teses/2010/Pedagogia/aprocesso_alfab_ferreiro.pdf

6. MAPA MENTAL
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