História 4º Ano
História 4º Ano
História 4º Ano
a inclusão da etapa do
Ensino Médio, e, assim, atingimos o objetivo de uma Base para toda a Educação Básica brasileira."
É assim que se inicia o texto com o qual o governo federal apresentou a BNCC (Base Nacional Comum Curricular), aprovada e homologada pelo MEC em
dezembro de 2017. Ao elaborar a BNCC, o governo federal cumpriu o estabelecido em vários marcos legais que determinam a elaboração de um currículo único
para todo o país, entre eles a Constituição Federal de 1988, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), o Plano Nacional de Educação, algumas Diretrizes
Curriculares Nacionais e pareceres do Conselho Nacional de Educação, além de se alinhar com o disposto na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas
(ONU).
A BNCC foi elaborada por especialistas com a contribuição de educadores de todo o Brasil e de diversos membros da sociedade civil, em amplos debates,
valorizando os currículos regionais, por permitir a adequação dos mesmos às realidades locais, e buscando garantir o conjunto de aprendizagens essenciais aos
estudantes, apoiando suas escolhas para seus projetos de vida e incentivando a continuidade dos estudos.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de conhecimentos que
todos os alunos devem adquirir ao longo das etapas e modalidades da sua formação. Ela integra a Política Nacional da Educação Básica e busca alinhar- se com
outras políticas e ações federais, estaduais e municipais, referentes à formação dos professores, à avaliação, à elaboração dos conteúdos educacionais e à oferta
de infraestrutura adequada para uma educação plena. Visa também permitir aos estudantes que desenvolvam as dez competências gerais que consubstanciam, no
âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e conhecimento. Por meio da indicação clara do que os alunos devem "saber" e, sobretudo, do que devem "saber
fazer", oferece referências para o fortalecimento de ações que assegurem as aprendizagens essenciais e a superação da fragmentação do conhecimento.
A BNCC também, fortalece o compromisso com a educação integral, buscando um olhar inovador e inclusivo sobre as questões centrais do processo
educativo: "o que aprender" , "para que aprender", "como ensinar", "como promover redes de aprendizagem colaborativa" e "como avaliar". O conceito de
educação integral com o qual está comprometida se refere à construção intencional de processos educativos que promovam aprendizagens sintonizadas com as
necessidades, as possibilidades e os interesses dos estudantes, e também com os desafios da sociedade contemporânea, independentemente da duração da
jornada escolar.
A BNCC propõe, ainda, um olhar minucioso aos povos indígenas originários, às populações das comunidades remanescentes de quilombos e demais
afrodescendentes e às pessoas que não puderam estudar ou completar sua escolaridade na idade própria. E requer o compromisso com os alunos com
deficiências, reconhecendo a necessidade de práticas pedagógicas inclusivas e de diferenciação curricular, conforme estabelecido na Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015).
A Secretaria Municipal de Educação de Rio das Ostras, tendo como foco a melhoria da qualidade do ensino ofertado, promoveu, desde meados de 2018,
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diversos estudos sobre a BNCC, com a participação dos profissionais da Educação, visando à adequação do RECRO às diretrizes do documento oficial. É este
trabalho que apresentamos agora e que, a partir deste ano de 2020, norteará as práticas pedagógicas da rede pública municipal.
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REFERÊNCIAS
1-Portaria MEC nº 1570/2017, que homologa o Parecer 15/17 do CNE, que institui e orienta a implantação da BNCC. Disponível em
https://www.jusbrasil.com.br/diarios/173147412/dou-secao-1-21-12- 2017-pg-146
2-Lei Federal 13005/14, que aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Disponível em
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm.
Acesso em outubro/2019.
3-Resolução CNE/CP Nº 2/2017 que institui e orienta a implantação da Base Nacional Comum Curricular, a ser respeitada obrigatoriamente ao longo das etapas e
respectivas modalidades no âmbito da Educação Básica. Disponível em
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=79631-rcp002-17-pdf&category_slug=dezembro-2017- pdf&Itemid=30192
5-Lei Federal nº 9394/96, que estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Disponível em
https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/109224/lei-de-diretrizes-e-bases-lei- 9394-96 8
"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.". Paulo Freire
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento normativo, completo e contemporâneo que define o conjunto progressivo de aprendizagens
essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo da Educação Básica. Ela garante direitos de aprendizagem e o desenvolvimento de habilidades,
valores e atitudes.
A parte referente à Educação Infantil e Ensino Fundamental foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) e homologada pelo MEC em
dezembro de 2017, depois de audiências públicas realizadas em todas as regiões do Brasil.
Legitimada pelo pacto interfederativo, nos termos da Lei nº 13.005/ 2014, que promulgou o PNE, a BNCC estabelece a necessidade da participação coletiva
em regime de colaboração para alcançar os objetivos, adequando e preservando as peculiaridades do espaço em que a escola está inserida.
Em todo momento, ela faz menção à formação integral, determinando que as escolas pensem o currículo de uma forma mais integrada, focada em apoiar e
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ajudar a construir projetos de vida desde os primeiros anos de escolaridade.
Como previsto pelo documento, após a aprovação da BNCC, todos os municípios se empenharam para construir suas propostas curriculares fazendo
adaptações para contemplarem as especificidades de suas localidades.
Enquanto Secretaria Municipal de Educação, traçamos um percurso de implementação da BNCC na rede pública do Município de Rio das Ostras, com
propostas de ações pautadas na construção coletiva de um referencial curricular com foco nas aprendizagens apontadas pela BNCC. Nesta etapa de
implementação e (re)elaboração, realizamos um trabalho articulado para formular um documento orientador da prática docente que pudesse aprofundar
conhecimentos que revelem, preservem e valorizem a identidade e a diversidade de nosso município.
Em 2018, o trabalho se iniciou com a apresentação da versão final da BNCC e incentivo ao estudo, seguido de debates desse documento em Reuniões
Pedagógicas nas escolas durante todo o ano. Paralelo a esses estudos, a Coordenação de Acompanhamento Pedagógico da Secretaria Municipal de Educação,
Esporte e Lazer, iniciou o processo de interseção e construção do novo referencial, utilizando como referências a versão final da BNCC e o antigo documento
curricular.
No início do ano letivo de 2019, o intitulado "RECRO" (Referencial Curricular de Rio das Ostras), na ocasião, ainda em construção, foi encaminhado às
Unidades Escolares com o objetivo de nortear a prática docente. Este documento foi uma importante ferramenta de transição e adaptação entre a BNCC e o antigo
Referencial Curricular do nosso município. Enquanto vivenciavam as competências, direitos de aprendizagem e habilidades expressas no documento, os docentes
puderam compartilhar suas experiências e propor alterações para uma melhor adequação do novo RECRO à realidade local.
Durante o processo de implementação, realizamos encontros periódicos por componente curricular para analisar as necessidades locais e adequar o
documento a tais necessidades, tornando-o significativo. Em paralelo, uma plataforma on-line foi disponibilizada para favorecer a participação de todos os
educadores neste processo. Nela era possível fazer considerações a respeito do documento e sugerir novas possibilidades e estratégias no processo de
ensino-aprendizagem. Coube aos educadores, a responsabilidade de ler o documento oficial, participar dos debates e contribuir com suas proposições para a
construção do novo RECRO.
Dessa forma, o documento que apresentamos se coloca como fruto do compromisso de todos os profissionais que se empenharam e contribuíram para sua
elaboração. No entanto, é imprescindível que nos conscientizemos que o trabalho não acaba por aqui, e que o êxito dependerá do engajamento de todos. Através
da construção coletiva e da troca de experiências, foi possível garantir um processo democrático de elaboração que culminou com um documento significativo para
todos os envolvidos no processo educacional. Agora é o momento de torná-lo realidade nas nossas salas de aula, ressignificando o ambiente escolar e
contribuindo, de forma eficaz, para a formação integral dos nossos estudantes.
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ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS
APRESENTAÇÃO
O Ensino Fundamental, com nove anos de duração, é a etapa mais longa da Educação Básica, atendendo estudantes entre 6 e 14 anos.
Há crianças e adolescentes que, ao longo desse período, passam por uma série de mudanças relacionadas a aspectos físicos, cognitivos, afetivos, sociais,
emocionais, entre outros. Como já indicado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de Nove Anos (Resolução CNE/CEB nº 7/2010)28,
essas mudanças impõem desafios à elaboração de currículos para essa etapa de escolarização, no que tange a superar as rupturas que ocorrem na passagem
não somente entre as etapas da Educação Básica, mas também entre as duas fases do Ensino Fundamental: Anos Iniciais e Anos Finais.
Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo
mesmas, com os outros e com o mundo. Como destacam as DCN, "a maior desenvoltura e a maior autonomia nos movimentos e deslocamentos ampliam suas
interações com o espaço; a relação com múltiplas linguagens, incluindo os usos sociais da escrita e da matemática, permite a participação no mundo letrado e a
construção de novas aprendizagens, na escola e para além dela; a afirmação de sua identidade em relação ao coletivo no qual se inserem resulta em formas mais
ativas de se relacionarem com esse coletivo e com as normas que regem as relações entre as pessoas dentro e fora da escola, pelo reconhecimento de suas
potencialidades e pelo acolhimento e pela valorização das diferenças."
O estímulo ao pensamento criativo, lógico e crítico, por meio da construção e do fortalecimento da capacidade de fazer perguntas e de avaliar respostas, de
argumentar, de interagir com diversas produções culturais, de fazer uso de tecnologias de informação e comunicação possibilita aos alunos que ampliem sua
compreensão de si mesmos, do mundo natural e social, das relações dos seres humanos entre si e com a natureza.
As características dessa faixa etária demandam um trabalho no ambiente escolar que se organize em torno dos interesses manifestos pelas crianças, de suas
vivências mais imediatas, para que, com base nessas vivências, elas possam, progressivamente, ampliar essa compreensão. O que se dá pela mobilização de
operações cognitivas cada vez mais complexas e pela sensibilidade para apreender o mundo, expressar-se sobre ele e nele atuar.
Nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental, a ação pedagógica deve ter como foco a alfabetização, a fim de garantir amplas oportunidades aos alunos de se
apropriarem do sistema de escrita alfabética, de modo articulado ao desenvolvimento de outras habilidades de leitura e de escrita e ao seu envolvimento em
práticas diversificadas de letramentos. No Município de Rio das Ostras, a Meta 5 do PME é mobilizar para que os alunos do 1º ano cheguem ao final do ano na
hipótese de escrita alfabética e garantir que os alunos que não atingiram a meta no 1º ano, consolidem a escrita alfabética e adquiram autonomia para desenvolver
as competências do 2º ano.
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Para articular e integrar as ações pedagógicas de alfabetização das Unidades Escolares da Rede Municipal de Ensino, o Município implementou o PROALFA
(Programa Municipal de Alfabetização), que tem como objetivo desenvolver ações que contribuam para melhorar o desempenho do aluno na sua vida escolar e
auxiliar os professores nessa jornada.
Ao longo do Ensino Fundamental, a progressão do conhecimento ocorre pela consolidação das aprendizagens anteriores e pela ampliação das práticas de
linguagem e da experiência estética e intercultural das crianças, considerando tanto seus interesses e suas expectativas quanto o que ainda precisam aprender.
Ampliam-se a autonomia intelectual, a compreensão de normas e os interesses pela vida social, o que lhes possibilita lidar com sistemas mais amplos, que dizem
respeito às relações dos sujeitos entre si, com a natureza, com a história, com a cultura, com as tecnologias e com o ambiente.
Além desses aspectos relativos à aprendizagem e ao desenvolvimento, na elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas devem ainda ser consideradas
medidas para assegurar aos alunos um percurso contínuo de aprendizagens entre a Educação Infantil e as duas fases do Ensino Fundamental, de modo a
promover uma maior integração entre elas.
Os estudantes dessa fase inserem-se em uma faixa etária que corresponde à transição entre infância e adolescência, marcada por intensas mudanças decorrentes
de transformações biológicas, psicológicas, sociais e emocionais. Tornam-se capazes de ver e avaliar os fatos pelo ponto de vista do outro, exercendo a
capacidade de descentralização, " importante na construção da autonomia e na aquisição de valores e éticos" (Brasil, 2010)
As mudanças próprias dessa fase da vida implicam a compreensão do adolescente como sujeito em desenvolvimento, com singularidades e formações identitárias
e culturais próprias, que demandam práticas escolares diferenciadas, capazes de contemplar suas necessidades e diferentes modos de inserção social.
Há que se considerar, ainda, que a cultura digital tem promovido mudanças sociais significativas nas sociedades contemporâneas. Os jovens têm se engajado
cada vez mais como protagonistas da cultura digital, envolvendo-se diretamente em novas formas de interação multimidiática e multimodal e de atuação social em
rede, que se realizam de modo cada vez mais ágil.
Todo esse quadro impõe à escola desafios ao cumprimento do seu papel em relação à formação das novas gerações. É importante que a instituição escolar
preserve seu compromisso de estimular a reflexão e a análise aprofundada e contribua para o desenvolvimento de uma atitude crítica em relação ao conteúdo e à
multiplicidade de ofertas midiáticas e digitais. Contudo, também é imprescindível que a escola compreenda e incorpore mais as novas linguagens e seus modos de
funcionamento, desvendando possibilidades de comunicação (e também de manipulação), e que eduque para usos mais democráticos das tecnologias e para uma
participação mais consciente na cultura digital. Ao aproveitar o potencial de comunicação do universo digital, a escola pode instituir novos modos de promover a
aprendizagem, a interação e o compartilhamento de significados entre professores e estudantes.
Além disso, e tendo por base o compromisso da escola de propiciar uma formação integral, balizada pelos direitos humanos e princípios democráticos, é preciso
considerar a necessidade de desnaturalizar qualquer forma de violência nas sociedades contemporâneas, incluindo a violência simbólica de grupos sociais que
impõem normas, valores e conhecimentos tidos como universais e que não estabelecem diálogo entre as diferentes culturas presentes na comunidade e na escola.
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Para contribuir com essa formação plena e integral do estudante, a escola deverá inserir em sua proposta curricular e Projeto Político Pedagógico (PPP), os temas
contemporâneos transversais, visando contextualizar o que é ensinado, com itens do interesse dos estudantes e de relevância para o seu desenvolvimento.
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LEGENDA DO CÓDIGO DAS HABILIDADES DE ACORDO COM A BNCC
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LEGENDA DO CÓDIGO DAS HABILIDADES DO RECRO
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HISTÓRIA
O processo de ensino e aprendizagem da História no Ensino Fundamental está pautado na formação integral dos estudantes, no processo de constituição do
sujeito, na valorização do desenvolvimento cognitivo dos alunos e alunas, na perspectiva crítica de compreensão da realidade e das possibilidades de sua
transformação, no respeito e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos
de origem, etnia, gênero, orientação sexual, idade, habilidade/necessidade, convicção religiosa ou de qualquer outra natureza. Portanto, um processo educativo
pautado na promoção de aprendizagens sintonizadas com princípios éticos e políticos para a construção de uma sociedade efetivamente justa, democrática,
inclusiva e solidária.
Entende-se que para a apropriação adequada e significativa do conhecimento histórico é necessário o desenvolvimento de competências básicas para que o ato de
compreender, descobrir, construir e reconstruir o conhecimento não seja efêmero, mas se mantenha ao longo do tempo. A prática pedagógica deve estar
subsidiada pelas seguintes competências básicas:
Alinhados ao desenvolvimento das competências, devem estar os conteúdos históricos a serem trabalhados em sala de aula, os procedimentos metodológicos no
ensino de História, as concepções e usos de materiais didáticos, os usos didáticos de documentos (fontes históricas), reconhecendo e respeitando a autonomia
relativa dos professores de História, norteada por diferentes perspectivas e concepções históricas, que reflete um posicionamento diante do mundo e daquela
realidade que está sendo descrita nos estudos históricos. Não obstante a diversidade de tendências historiográficas, não se deve perder a visão de conjunto da
sociedade e de suas diferentes instâncias, nem a preocupação com as articulações entre a escala micro e o conjunto social.
Portanto, o professor de História deve considerar, na abordagem dos conteúdos históricos, uma visão globalizante das sociedades humanas, conforme nos reitera
o historiador Pierre Vilar, quando afirma que "a história é um conjunto dentro do qual existem interconexões contínuas" . Trata-se, entretanto, de uma totalidade
hierarquizada, que não deve ser confundida - como querem alguns - com um simples inventário dos acontecimentos do passado, algo impossível e absurdo de ser
realizado. Mas uma totalidade que englobe os aspectos substantivos e essenciais da realidade social abordada, contribuindo para que esta possa ser
racionalmente explicada.
Concluindo, cabe destacar o papel dos professores de História, nas escolas, nas salas de aula, no trabalho de pesquisa de pesquisa histórica, na formação jovens
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questionadores do senso comum, entendendo assim para que serve a História:
.Para cultivar um saudável ceticismo, no sentido de "uma história que nasce nos problemas do presente e que sugere pontos de vista
ancorados num estudo rigoroso do passado".
.Para compreender a lógica das identidades múltiplas, "através da qual se definem memórias e tradições, pertenças e filiações, crenças e
solidariedades. [...] À história cumpre elucidar este processo e, por esta via, ajudar as pessoas (e as comunidades) a darem um sentido ao
seu trabalho educativo".
.Para pensar os indivíduos como produtores de história, entendendo que "a reflexão histórica, mormente no campo educativo, não serve
para descrever o passado, mas sim para nos colocar perante um patrimônio de ideias, de projetos e de experiências".
.Para explicar que não há mudança sem história, compreendendo que "as políticas conservadoras" revestem-se de vernizes tradicionais
ou inovadores
dependendo o seu sucesso "de um aniquilamento da história, por excesso ou por defeito" , respectivamente, "pela referência nostálgica
ao passado, à mistificação dos valores de outrora". e "pelo anúncio repetido até a exaustão, de um futuro transformado em prospectiva e
em tecnologia". Sendo "importante denunciar a vã ilusão da mudança, imaginada a partir de um não lugar sem raízes e sem história.
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4º ANO - HISTÓRIA
1o. TRIMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF04HI01) Reconhecer a história como resultado da ação do ser humano no
tempo e no espaço, com base na identificação de mudanças e permanências ao
A ação das pessoas, grupos sociais e longo do tempo.
comunidades no tempo e no espaço:
Transformações e permanências nomadismo, agricultura, escrita, navegações, (EF04HI02) Identificar mudanças e permanências ao longo do tempo, discutindo
indústria, entre outras os sentidos dos grandes marcos da história da humanidade (nomadismo, a
nas trajetórias dos grupos
divisão do trabalho, bem como o desenvolvimento da agricultura e do pastoreio,
humanos
atividades comerciais, criação da indústria etc.)
O passado e o presente: a noção de (EF04HI03) Identificar as mudanças e permanências ocorridas na cidade ao longo
permanência e as lentas transformações sociais do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes,
e culturais tomando como ponto de partida o presente.
(EF04HI04) Identificar as relações entre os indivíduos e a natureza e discutir o
significado do nomadismo e da fixação das primeiras comunidades humanas.
Circulação de pessoas, produtos A circulação de pessoas e as transformações (EF4HI01RO) Conhecer a formação dos povos coletores e caçadores,
e culturas no meio natural seminômades, por meio dos sambaquis no município de Rio das Ostras.
(EF04HI05) Relacionar os processos de ocupação do campo e as intervenções
na natureza, avaliando os seus resultados.
4º ANO - HISTÓRIA
2o. TRIMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
(EF04HI06) Identificar as transformações ocorridas nos processos de
A invenção do comércio e a circulação de
deslocamento das pessoas e mercadorias, analisando as formas de inclusão e
produtos
exclusão social.
As rotas terrestres, fluviais e marítimas e seus
(EF04HI07) Identificar e descrever a importância dos caminhos terrestres, fluviais
Circulação de pessoas, produtos impactos para a formação de cidades e as
e marítimos para a dinâmica da vida comercial.
e culturas transformações do meio natural
(EF04HI08) Identificar as transformações ocorridas nos meios de comunicação
O mundo da tecnologia: a integração de (cultura oral, imprensa, rádio, televisão, cinema, internet e demais tecnologias
pessoas e as exclusões sociais e culturais digitais de informação e comunicação) e discutir seus significados para os
diferentes grupos ou estratos sociais.
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4º ANO - HISTÓRIA
3o. TRIMESTRE
UNIDADE TEMÁTICA OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES
O surgimento da espécie humana no continente (EF04HI09) Identificar as motivações dos processos migratórios em diferentes
africano e sua expansão pelo mundo tempos e espaços e avaliar o papel desempenhado pela migração nas regiões de
destino.
Os processos migratórios para a formação do
Brasil: os grupos indígenas, a presença (EF04HI10) Analisar diferentes fluxos populacionais e suas contribuições para a
As questões históricas relativas portuguesa e a diáspora forçada dos africanos formação da sociedade brasileira.
às migrações
Os processos migratórios do final do século XIX
e início do século XX no Brasil
(EF04HI11) Analisar, na sociedade em que vive, a existência ou não de
As dinâmicas internas de migração no Brasil a mudanças associadas à migração (interna e internacional).
partir dos anos 1960
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