Apostila Introdução Bíblica Completa
Apostila Introdução Bíblica Completa
Apostila Introdução Bíblica Completa
Introdu
ção
Bíblica
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A BÍBLIA
Vem do grego e significa “Livro”.
Formada pelos livros canônicos:
Inspirados
Inerrantes
Infalíveis
Suficientes
3. Rute
4. 1Samuel
5. 2Samuel
6. 1Reis
7. 2Reis
8. 1Crônicas
9. 2Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester
3. Livros Poéticos.
São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque são
cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo.
1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cântico dos Cânticos
4. Livros Proféticos.
São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em Profetas Maiores e Profetas
Menores.
Profetas Maiores:
1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações de Jeremias
4. Ezequiel
5. Daniel
Profetas Menores:
1. Oseias 7. Naum
2. Joel 8. Habacuque
3. Amós 9. Sofonias
4. Obadias 10. Ageu
5. Jonas 11. Zacarias
6. Miqueias 12. Malaquias
A evidência interna também aponta para o fato de que nos tempos de Jesus o cânon já
estava fixo e era usado pela comunidade judaica, a evidência interna nos mostra que
Jesus leu o livro de Isaías em uma sinagoga (cf. Lc 4.17), e citou a divisão que existia
(cf. Lc 24.27) e com base nisso podemos concluir que o cânon já estava definido. Além
disso, os apóstolos em diversos momentos explicaram vários textos do Antigo
Testamento, endossando a sua inspiração (cf. Rm 4.1-8; Tg 2.19-24).
Portanto, podemos concluir que a ideia de que o cânon do Antigo Testamento não
estava fixo nos tempos de Jesus ignora totalmente as evidências externas e internas.
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Concluindo, o decreto adverte: “Se qualquer pessoa não aceitar como sagrado e
canônico os livros mencionados em todas as suas partes, do modo como eles
têm sido lidos nas igrejas católicas, e como se encontram na antiga Vulgata
latina, e deliberadamente rejeitar as tradições antes mencionadas, seja
anátema.”
A inclusão oficial dos livros apócrifos no cânon da Igreja Católica foi
realizada somente no século dezesseis no concílio de Trento, e isso foi uma
resposta ao movimento da Reforma em toda a Europa. Os reformadores
buscaram corrigir os falsos ensinamentos da igreja naquele período e para fazer
isso eles basearam-se totalmente nas Escrituras. A igreja católica até os dias de
hoje defende doutrinas como a intercessão dos mortos, salvação por obras e
varias doutrinas que colidem com aquilo que a Bíblia ensina, os apócrifos
contêm várias heresias e falsas doutrinas e os católicos encontraram nesses
livros uma base para se apoiar.
Toda a Escritura foi inspirada por Deus, e sendo então, produto da mente
divina não pode conter erros e contradições. Os católicos parecem ignorar isso,
ao analisar os livros apócrifos, é possível notar vários erros e textos que entram
em contradição com aquilo que as Escrituras nos ensinam.
A REJEIÇÃO DOS APÓCRIFOS
O cânon protestante e judeu do Antigo Testamento possui trinta e nove livros,
porém, o cânon do Antigo Testamento da Igreja Católica é composto por sete
livros a mais do que o cânon protestante, esses livros são conhecidos como
“apócrifos” que significa “escondido” ou “duvidoso”. Os livros apócrifos são:
Tobias, Judite, I e II Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruque, além de
adições aos livros de Ester e Daniel.
Um dos motivos para os protestantes não aceitarem a inclusão dos apócrifos no
cânon é devido ao fato de que nenhum desses apócrifos era aceito pela
comunidade judaica como livros inspirados por Deus.
É interessante observar que o próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, que
daria origem ao cânon católico, embora considerasse os livros apócrifos úteis
para a edificação, não os tinha como canônicos, ele escreveu que “deveriam ser
colocados entre os apócrifos,” afirmando que “não fazem parte do cânon.”
O Testemunho de Jesus e dos Apóstolos
Embora as evidências já mencionadas sejam importantes, a principal testemunha do
cânon protestante do Antigo Testamento é o Novo Testamento. Jesus e os apóstolos não
questionaram o cânon hebraico da época (época de Josefo, convém lembrar). Eles
citaram-no cerca de seiscentas vezes, de modo autoritativo, incluindo praticamente
todos os livros do cânon hebraico. Entretanto, não citam nenhuma vez os livros
apócrifos. Pode-se concluir, portanto, que Jesus e os apóstolos deram
o imprimatur deles ao cânon hebraico e, consequentemente, ao cânon protestante.
Alguns dos apócrifos são realmente úteis como fontes de informação a respeito de uma
época importante da história do povo de Deus: o período intertestamentário. Os
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Isso não significa dizer, entretanto, que seja a igreja quem tenha determinado o
cânon. Quem determinou o cânon foi o Espírito Santo que o inspirou. A igreja
apenas o reconheceu, o discerniu, pela iluminação do próprio Espírito Santo, que
habita nos seus membros individuais.
As evidências históricas deste reconhecimento do cânon do Novo Testamento
pela igreja são abundantes.
O processo de compilação dos livros do
Novo Testamento
Critérios:
1. A apostolicidade: se não fosse provado que o livro foi escrito por um apóstolo ou
pessoa ligada ao círculo apostólico, o livro era rejeitado.
2. A confiabilidade do livro: qualquer escrito que tivesse um erro doutrinário ou
ensinamento que contrariasse um outro livro canônico deveria ser rejeitado.
Esse é o principal motivo pelo qual os livros apócrifos não são aceitos pela
igreja.
O processo de compilação dos livros do Novo Testamento
Critérios:
3. A questão da leitura pública do livro: os livros do Antigo Testamento eram
lidos nas sinagogas (Lc. 4.16-18), da mesma forma os livros escritos por
apóstolos ou pessoas do círculo apostólico eram lidos em públicos. Portanto, a
leitura pública dos livros era extremamente importante para que o livro fosse
reconhecido como canônico.
4. Se o assunto da carta centralizava em Jesus: isso eliminava os diversos
escritos de fábulas que circulavam nos primeiros séculos, ao analisar os livros do
Novo Testamento.
Jesus é o centro dos livros ou de alguma forma o assunto central aponta
para Cristo.
NO GERAL
Quais foram os critérios utilizados no Cânon? Como eles tinham certeza de que
esses livros foram inspirados por Deus?
1. Autoria
2. Antiguidade
3. Universalismo
4. Coerência dos Textos
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Princípio do Contexto
Esse princípio é fundamental e deve ser observado com atenção e cautela, nunca
podemos avaliar um texto bíblico sem conhecer o seu contexto. O contexto pode
ser: Amplo ou Imediato.
- Exemplos
• Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. Lucas 18:12
• Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. Filipenses 4:13
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• Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Marcos 16:18
Princípio Histórico
Todo texto precisa ser interpretado a luz do seu contexto histórico.
• Aspecto Geográfico (geografia do lugar)
• Aspecto Econômico (economia em relação a sobrevivência)
• Aspecto Político
• Aspecto Social (classes sociais)
• Aspecto Cultural (educação no sentido de instrução)
Princípio Gramatical
Todo texto precisa ser interpretado a partir da sua língua original e seu uso.
• As línguas bíblicas • As mudanças de significado • As traduções da Bíblia • A leitura
correta da Bíblia.
Exemplos
• E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso (cheio de jubilo) – parábola da
ovelha perdida. Lucas 15:5;
• Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
(em vão, inutilmente) - Jó 1:9
• E o SENHOR me disse: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, contudo
adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros
deuses, e amem os bolos de uvas. Oséias 3:1).
Princípio Teológico
Todo texto bíblico está inserido num contexto teológico que precisa ser identificado e
analisado.
• O que o texto em estudo diz sobre Deus e sobre o seu relacionamento com o homem.
• É preciso entender as informações de caráter doutrinário contidas em cada texto
bíblico.
Princípio Prático
Todo texto bíblico precisa ser interpretado com vistas a sua aplicação ao homem de
hoje.
• Conhecer o homem de hoje.
• Conhecer o mundo de hoje.
• O que o texto significa para nós?
• Aplicar o texto, viver!
PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
“Denominamos “período Interbíblico” ou “período intertestamentário”, o tempo da
história do povo de Israel que vai desde cerca de 450 a.C., quando se entende que tenha
sido escrito o último livro do Antigo Testamento, o livro do profeta Malaquias, até o
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nascimento de João Batista e de Jesus, algo ocorrido por volta do ano 4 a.C. , ou seja,
um período de aproximadamente 400 anos.”
Bibliografia Consultada:
- ANGLADA, Paulo. Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras (São
Paulo: Editora os Puritanos, 1998), 33-48.
- Cf. GEISLER, Norman. Apócrifos: Analisando as evidências. Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/bibliografia/apócrifos_analisando_geisler.htm
- KAISER, Walter. Documentos do Antigo Testamento: Sua relevância e
confiabilidade. (São Paulo: Cultura Cristã, 2007).
- COSTA, Hermisten. A Inspiração e Inerrância das Escrituras. (São Paulo:
Editora Cultura Cristã).
- MEIN, John. (1990) A Bíblia e como ela chegou até nós. 8ª ed. Rio de Janeiro:
JUERP