Apostila Introdução Bíblica Completa

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Introdu
ção
Bíblica
1

A BÍBLIA
 Vem do grego e significa “Livro”.
 Formada pelos livros canônicos:
 Inspirados
 Inerrantes
 Infalíveis
 Suficientes

 66 Livros considerados autoritativos.


Há duas passagens principais na Escritura que nos mostram o que a Bíblia diz
sobre si mesma: 2Tm 3.16 e 2Pe 1.20,21.
 É correto afirmar que a Bíblia é de autoria divina. Deus é seu autor.
 O Espírito Santo inspirou cerca de 40 autores de tempos e épocas diferentes.
Estes homens tinham temperamentos diversos, profissões diferentes, de lugares
diferentes, escreveram em línguas diferentes.
 Os escritores da Bíblia foram sábios, reis, fazendeiros, exilados, governadores,
pescadores, um médico e pregadores itinerantes.
 É interessante ressaltar que Deus não alterou a personalidade de nenhum deles,
antes as usou para seus propósitos.
 Foram cerca de 40 Autores.
A Bíblia apresenta gêneros literários variados, que muito provavelmente refletem a
literatura de seu tempo.
A Data de Composição da Bíblia:
A Bíblia inteira levou aproximadamente 1600 anos para ser escrita.
O Antigo Testamento foi escrito em um período de cerca de mil e quinhentos anos e os livros
do Novo Testamento foram escritos em pouco menos de cem anos.
Os nomes mais comuns dado a Bíblia
• Escrituras (Mt 21.42) • Sagradas Escrituras (Rm 1.2) • Livro do Senhor (Is 34.16)
• Palavra de Deus (Hb 4.12) • Oráculos de Deus (Rm 3.2)
As Línguas Originais da Bíblia:
 Hebraico, Aramaico e Grego
 O Antigo Testamento é um documento bilíngue, pois foi escrito em Hebraico e
Aramaico. Os textos do Antigo Testamento escritos em Aramaico são: Dn 2.4-
7.28 (o maior trecho do AT em Aramaico); Ed 4.8-6.18; 7.12-28; Jr 10.11; duas
palavras em Gn 31:47.
 O idioma do Novo Testamento é o Grego (Coinê).
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 A palavra “testamento” remonta através do latim testamentum ao termo grego


diathéke, o qual na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega significa
“concerto” em vez de “testamento”. Em Jr 31.31 foi profetizado uma nova
aliança que iria substituir aquela que Deus fez com seu povo no deserto (cf. Êx
24.7,8). Os escritores do Novo Testamento veem o cumprimento da profecia da
nova aliança na nova ordem inaugurada pela obra de Deus. Confira o texto de
Hb 8.6-13. As palavras de Cristo ao instituir esse concerto (pacto) em 1Co
11.25 dão autoridade a esta interpretação.
Materiais usados para escrever a Bíblia
 Pedra; Pergaminho; Papiro
Como a Bíblia foi escrita?

 A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolos. Cada livro era um


rolo. Assim, vemos que os livros sagrados não estavam unidos, como nós
temos agora. O que tornou a união possível foi a invenção do papel pelos
chineses no século II.
 Prensa de Gutemberg Inventada em 1450 e utilizada para a impressão do
primeiro livro que foi a bíblia completa de Martinho Lutero.
Por que acreditamos que a Bíblia é a Palavra de Deus?
 Evidências internas e externas.
• A Autoridade que se auto confirma (Mc 1.22) A evidência da autoridade que se
auto confirma – A Bíblia diz que Jesus ensinava com autoridade(Mc. 1:22) e de
modo semelhante a expressão contida no Velho Testamento “Assim diz o Senhor”,
fala por si mesma. As palavras da Bíblia não precisam ser defendidas, precisam
apenas ser ouvidas.
Isaias 43.1 - 37.6; Ezequiel 36.1; Jeremias 29.4 - 23.1; Malaquias 3.5
 O Testemunho interior do Espírito Santo - é aquela convicção que temos
por dentro, colocada pelo Espírito Santo. • A capacidade transformadora
da Bíblia - é a capacidade que tem a Bíblia de converter o incrédulo e de
edificá-lo na fé cristã.
 Evidências internas e externas. • A unidade da Bíblia - Quem diria! Uma
livro escrito por aproximadamente 4o escritores humanos em regiões e
épocas diferentes, num período de cerca de 1500 anos, em várias línguas
diferentes, com centenas de tópicos, resultar numa mensagem coerente! A
Bíblia, de Gênesis a Apocalipse, tem uma unidade incomparável. De capa a
capa ela fala sobre o Senhor Jesus Cristo. Sua mensagem aponta para a
salvação em Cristo. Isso não foi obra de uma mera casualidade.
 As informações Históricas - A Bíblia também contém uma grande
quantidade de profecias tratando de nações e cidades específicas ao longo
da história, todas as quais foram literalmente cumpridas
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 O Testemunho de Cristo - O testemunho de Cristo é evidência relacionada à


da historicidade dos documentos bíblicos. Visto que o Novo Testamento é
documentado como livro histórico e esses mesmos documentos históricos
nos fornecem o ensino de Cristo a respeito da inspiração da Bíblia, resta-
nos apenas presumir a veracidade de Cristo, para convencer-nos
firmemente da inspiração da Bíblia. Se Jesus Cristo possui alguma
autoridade ou integridade como mestre religioso, podemos concluir que a
Bíblia é inspirada por Deus.
Cânon
A palavra cânon vem da língua grega kanon e significa regra, padrão, vara de medir.
Esta palavra grega se originou do vocábulo hebraico qaneh que significa junco,
haste, vara de medir, cana (como unidade de medida). Esta palavra passou a ser
usada para o texto bíblico em meados do século IV. O sentido é que a bíblia é a
“regra” dos cristãos, é através dela que tudo o mais deve ser medido e julgado. É a
chamada “regra de fé e prática”.
 Cânon do Antigo Testamento.
O Antigo Testamento possui 39 livros e é dividido em 4 blocos:
 Pentateuco,
 Livros Históricos,
 Livros Poéticos e
 Livros Proféticos.
1. Pentateuco
Esta seção é chamada de Lei na Bíblia. Ela compreende os livros de Gênesis a
Deuteronômio. A palavra Pentateuco significa “cinco livros”. Esses livros tratam da
origem de todas as coisas, da Lei, e do estabelecimento da nação israelita.
1. Gênesis
2. Êxodo
3. Levítico
4. Números
5. Deuteronômio
 Autoria Atribuída à Moisés.
Pentateuco
 No AT é chamado de:
1. Lei: Js 8:34; Ed 10:3; Ne 8:2,7,14
2. Livro da Lei: 2 Rs 22:8;
3. Livro de Moisés: Ed 6:18; Ne 13:1;
4. Livro do Senhor: Ed7: 10; 1Cr 16:40;
5. Lei de Deus: Js 24:26; Ne 8:18;
6. Livro da Lei do Senhor: 2Cr 17:9
 No NT é chamado de:
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1. Livro da Lei Gl 3:10;


2. Livro de Moisés: Mc 12:26;
3. Lei: Mt 12:5; Lc16:16; Jo 7:19
4. Lei de Moisés: Lc 2:22; Jo 7:23
5. Lei do Senhor: Lc 2: 23-24.

Evidências da autoria Mosaica


 Evidências Internas
1. Deus manda Moisés escrever (Ex 17:14)
2. Moisés e o Livro da Aliança (Ex 24:4-8)
3. Moisés escreveu a caminhada (Ex 33:2)
4. Moisés é o escritor (Ex 31: 9, 24)
5. Foi testemunha ocular (Nm 11: 7-8)
6. Conhecia o Egito e o percurso do Êxodo;
7. Moisés teve tempo o suficiente para escrevê-lo.
 Evidências Externas
1. No livro de Josué, Moisés é tido como autor do pentateuco (Js1:7-8)
2. Em Jz, Moisés é o autor do Pentateuco (Jz 3:4)
3. As referências nos livros históricos (1Rs 2:3; 2Rs 14:6; 21:8; Ed 6:18; Ne 13:1);
 Evidências do Novo Testamento
1. Cristo cita Moisés como autor (Mt 19:8)
2. Circuncisão é “Lei de Moisés” ( Jo 7:23)
3. Outras referências (At 3: 22-23; 13: 38-39; 15:5,21; 26:22; 28:23; Rm 10:5,19;
1Co 9:9; 2Co 3:15; Ap 15:3).
 No último livro do Pentateuco, Moisés ordena aos levitas que
guardassem os livros que ele escreveu na Arca da Aliança (Dt 31.24-26),
é evidente que o mesmo aconteceu com os escritos de Josué (Js 24.26),
onde os eventos ali são registrados no Livro da Lei de Deus que estava
na Arca.
 Com o passar do tempo mais escritos eram produzidos, salmos foram
escritos, histórias de reinados foram registradas, os profetas escreviam o
que Deus lhes dizia e tudo isso era coletado e guardado pelos sacerdotes
em Israel. Malaquias é chamado por alguns de “selo dos profetas”, foi o
último profeta a falar e seus escritos foram os últimos a serem coletados.
Após Malaquias o ofício profético cessou em Israel por algum tempo.
 Flávio Josefo (historiador e apologista judaico-romano), afirmou que
desde a época de Malaquias, o oficio profético havia cessado e portanto
não haviam mais novas revelações ao povo de Israel, nenhum outro livro
foi acrescentado aos que já estavam inclusos.
2. Livros Históricos
1. Josué
2. Juízes
5

3. Rute
4. 1Samuel
5. 2Samuel
6. 1Reis
7. 2Reis
8. 1Crônicas
9. 2Crônicas
10. Esdras
11. Neemias
12. Ester
3. Livros Poéticos.
São 5 livros: de Jó a Cantares de Salomão. São chamados poéticos, não porque são
cheios de imaginação e fantasia, mas devido ao gênero do seu conteúdo.
1. Jó
2. Salmos
3. Provérbios
4. Eclesiastes
5. Cântico dos Cânticos
4. Livros Proféticos.
São 17 livros: de Isaías a Malaquias. Estão subdivididos em Profetas Maiores e Profetas
Menores.
 Profetas Maiores:
1. Isaías
2. Jeremias
3. Lamentações de Jeremias
4. Ezequiel
5. Daniel
 Profetas Menores:
1. Oseias 7. Naum
2. Joel 8. Habacuque
3. Amós 9. Sofonias
4. Obadias 10. Ageu
5. Jonas 11. Zacarias
6. Miqueias 12. Malaquias
A evidência interna também aponta para o fato de que nos tempos de Jesus o cânon já
estava fixo e era usado pela comunidade judaica, a evidência interna nos mostra que
Jesus leu o livro de Isaías em uma sinagoga (cf. Lc 4.17), e citou a divisão que existia
(cf. Lc 24.27) e com base nisso podemos concluir que o cânon já estava definido. Além
disso, os apóstolos em diversos momentos explicaram vários textos do Antigo
Testamento, endossando a sua inspiração (cf. Rm 4.1-8; Tg 2.19-24).
Portanto, podemos concluir que a ideia de que o cânon do Antigo Testamento não
estava fixo nos tempos de Jesus ignora totalmente as evidências externas e internas.
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Como explicar a diferença entre os cânones hebraico, católico e protestante?


O CÂNON PROTESTANTE DO ANTIGO TESTAMENTO
Origem
O cânon protestante do Antigo Testamento (composto por trinta e nove livros) é
exatamente igual ao cânon hebraico Massorético. O cânon Massorético é a Bíblia
hebraica em sua forma definitiva, vocalizada e acentuada pelos massoretas. A ordem
dos livros, entretanto, segue a da Vulgata e da Septuaginta.
Os Massoretas
 Os massoretas eram judeus estudiosos que se dedicavam à tarefa de guardar a
tradição oral (massora) da vocalização e acentuação correta do texto. À medida
que um sistema de vocalização foi sendo desenvolvido, entre 500 e 950 AD, o
texto consonantal que receberam dos soferim (escriba judeu/copista) foi sendo
por eles cuidadosamente vocalizado e acentuado.
 Além dos pontos vocálicos e dos acentos, os massoretas acrescentavam também
ao texto as massoras marginais, maiores e finais, calculadas pelos soferim. Essas
massoras (tradições) eram estatísticas colocadas ao lado das linhas, ao fim das
páginas e ao final dos livros, indicando quantas vezes uma determinada palavra
aparecia no livro, o número de versículos, palavras e letras. Elas indicavam até a
palavra e letra central do livro.
O CÂNON MASSORÉTICO
 Embora o conteúdo do cânon protestante seja o mesmo do cânon hebraico, a
divisão e a ordem dos livros são diferentes.
Eis a divisão e ordem do cânon hebraico:
O Pentateuco (Torá): Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.
Os Profetas (Neviim):
Anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis.
Posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Profetas Menores.
Os Escritos (Kêtuvim):
Poesia e Sabedoria: Salmos, Provérbios e Jó.
Rolos ou Megilloth (lidos no ano litúrgico): Cantares (na páscoa), Rute (no
pentecostes), Lamentações (no quinto mês), Eclesiastes (na festa dos tabernáculos) e
Ester (na festa de purim).
Históricos: Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
O Cânon Consonantal
A divisão e ordem dos livros no cânon hebraico consonantal (anterior) era a mesma. O
número de livros, entretanto, era diferente. O conteúdo era o mesmo, mas agrupado de
modo a formar apenas vinte e quatro livros. Os livros de 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis e 1 e 2
Crônicas eram unidos, formando apenas um livro cada (o que implica em três livros a
menos em relação ao nosso cânon). Os doze profetas menores eram agrupados em um
só livro (menos onze livros). Esdras e Neemias formavam um só livro, o Livro de
Esdras (menos um livro).
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Testemunhas Antigas do Cânon Protestante Hebraico


 A referência mais antiga ao cânon hebraico é do historiador judeu Josefo (37-95
AC).
 Josefo é suficientemente claro. Como historiador judeu, ele é fonte fidedigna.
Eram apenas vinte e dois os livros do cânon hebraico agrupados nas três
divisões do cânon massorético. E desde a época de Malaquias (Artaxerxes, 464-
424) até a sua época nada se lhe havia sido acrescentado. Outros livros foram
escritos, mas não eram considerados canônicos, com a autoridade divina dos
vinte e dois livros mencionados.
 Além de Josefo, Mileto, Bispo de Sardes, diz ter viajado para o Oriente, em 170,
com o propósito de investigar a ordem e o número dos livros do Antigo
Testamento; Orígenes, o erudito do Egito, que morreu em 254; Tertuliano (160-
250), pai latino contemporâneo de Orígenes; e Jerônimo (340-420), entre outros,
confirmam o cânon hebraico de vinte e dois ou vinte e quatro livros
(dependendo do agrupamento ou não de Rute e Lamentações).
 O CÂNON CATÓLICO DO ANTIGO TESTAMENTO
 Origem
 O cânon católico, composto pelos trinta e nove livros encontrados no cânon
protestante, acrescido das adições a Daniel e Ester, e dos livros de Baruque,
Carta de Jeremias, 1-2 Macabeus, Judite, Tobias, Eclesiástico e Sabedoria - 3 e 4
Esdras e a Oração de Manassés são acrescentadas depois do NT- origina-se da
Vulgata latina, que por sua vez provém da Septuaginta.
 A SEPTUAGINTA
 A Septuaginta é uma tradução dos livros judaicos para o grego feita,
possivelmente, durante o reinado de Ptolomeu Filadelfo (285-245 a.C.) ou até
meados do século I a.C., para a biblioteca de Alexandria, no Egito. Os tradutores
(72 anciãos de Jerusalém – seis representantes de cada tribo – foram para
Alexandria e lá traduziram todo o Antigo Testamento em 72 dias). Não se
limitaram a traduzir os livros considerados canônicos pelos judeus. Eles
traduziram os demais livros judaicos disponíveis
A VULGATA
No segundo século da Era Cristã foi feita por Jerônimo, uma tradução latina da Bíblia,
tomando como texto base para o Antigo Testamento a Septuaginta. Na sua tradução
Jerônimo incluiu os livros apócrifos, todavia, questionou a sua canocidade, fazendo uma
distinção de “status”, considerando-os secundários.
Todavia, no Concílio de Trento, em 1546, também em reação contra os protestantes,
que reconheceram apenas o cânon hebraico, a igreja de Roma declarou canônicos os
livros apócrifos, bem como autoritativas as tradições orais: “O Sínodo... recebe e venera
todos os livros, tanto do Antigo como do Novo Testamento... assim como as tradições
orais.”
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 Concluindo, o decreto adverte: “Se qualquer pessoa não aceitar como sagrado e
canônico os livros mencionados em todas as suas partes, do modo como eles
têm sido lidos nas igrejas católicas, e como se encontram na antiga Vulgata
latina, e deliberadamente rejeitar as tradições antes mencionadas, seja
anátema.”
 A inclusão oficial dos livros apócrifos no cânon da Igreja Católica foi
realizada somente no século dezesseis no concílio de Trento, e isso foi uma
resposta ao movimento da Reforma em toda a Europa. Os reformadores
buscaram corrigir os falsos ensinamentos da igreja naquele período e para fazer
isso eles basearam-se totalmente nas Escrituras. A igreja católica até os dias de
hoje defende doutrinas como a intercessão dos mortos, salvação por obras e
varias doutrinas que colidem com aquilo que a Bíblia ensina, os apócrifos
contêm várias heresias e falsas doutrinas e os católicos encontraram nesses
livros uma base para se apoiar.
 Toda a Escritura foi inspirada por Deus, e sendo então, produto da mente
divina não pode conter erros e contradições. Os católicos parecem ignorar isso,
ao analisar os livros apócrifos, é possível notar vários erros e textos que entram
em contradição com aquilo que as Escrituras nos ensinam.
A REJEIÇÃO DOS APÓCRIFOS
 O cânon protestante e judeu do Antigo Testamento possui trinta e nove livros,
porém, o cânon do Antigo Testamento da Igreja Católica é composto por sete
livros a mais do que o cânon protestante, esses livros são conhecidos como
“apócrifos” que significa “escondido” ou “duvidoso”. Os livros apócrifos são:
Tobias, Judite, I e II Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria e Baruque, além de
adições aos livros de Ester e Daniel.
 Um dos motivos para os protestantes não aceitarem a inclusão dos apócrifos no
cânon é devido ao fato de que nenhum desses apócrifos era aceito pela
comunidade judaica como livros inspirados por Deus.
 É interessante observar que o próprio Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, que
daria origem ao cânon católico, embora considerasse os livros apócrifos úteis
para a edificação, não os tinha como canônicos, ele escreveu que “deveriam ser
colocados entre os apócrifos,” afirmando que “não fazem parte do cânon.”
 O Testemunho de Jesus e dos Apóstolos
Embora as evidências já mencionadas sejam importantes, a principal testemunha do
cânon protestante do Antigo Testamento é o Novo Testamento. Jesus e os apóstolos não
questionaram o cânon hebraico da época (época de Josefo, convém lembrar). Eles
citaram-no cerca de seiscentas vezes, de modo autoritativo, incluindo praticamente
todos os livros do cânon hebraico. Entretanto, não citam nenhuma vez os livros
apócrifos. Pode-se concluir, portanto, que Jesus e os apóstolos deram
o imprimatur deles ao cânon hebraico e, consequentemente, ao cânon protestante.
Alguns dos apócrifos são realmente úteis como fontes de informação a respeito de uma
época importante da história do povo de Deus: o período intertestamentário. Os
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protestantes reconhecem o valor histórico deles. Seguindo a prática dos primeiros


cristãos, as edições modernas protestantes da Septuaginta normalmente incluem os
apócrifos, e até algumas Bíblias protestantes antigas os incluíam, no final,, apenas como
livros históricos.
A obra dos reformadores foi maior do que se pode pensar à primeira vista. Eles
não apenas redescobriram as doutrinas básicas do evangelho, como a doutrina da
salvação pela graça mediante a fé. Eles redescobriram também o cânon. Graças a
eles e ao testemunho do Espírito Santo, a igreja protestante reconhece como
canônicos, com relação ao Antigo Testamento (é claro), os mesmos livros que Jesus
e os apóstolos, e os judeus de um modo geral sempre reconheceram.
Mas as igrejas reformadas excluíram totalmente os apócrifos das suas edições da Bíblia,
e, “induziram a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira, sob pressão do puritanismo
escocês, a declarar que não editaria Bíblias que tivessem os apócrifos, e de não
colaborar com outras sociedades que incluíssem esses livros em suas edições, tendo em
vista o que aconteceu com a Vulgata! Melhor editá-los separadamente.
O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO
Por motivos óbvios, os judeus não aceitam os livros do Novo Testamento como
canônicos. Se não reconheceram a Jesus como o Messias, não poderiam aceitar os livros
do Novo Testamento como inspirados. Felizmente, entretanto, não precisamos falar de
um cânon protestante e de um cânon católico do NT, visto que todos os ramos do
cristianismo — incluindo a igreja oriental — aceitam exatamente os mesmos vinte e
sete livros, como os temos em nossas Bíblias.
É claro, entretanto, que não se poderia esperar que todos os vinte e sete livros do Novo
Testamento viessem a ser imediata e simultaneamente reconhecidos como inspirados,
por todas as igrejas, logo na época em que foram escritos. Algum tempo seria necessário
para que os quatro Evangelhos, o livro de Atos, as epístolas, e o livro de Apocalipse
alcançassem todas as igrejas. Afinal, no final do primeiro século e no início do segundo
a igreja já havia se espalhado por três continentes: Europa, Ásia e norte da África. Além
disso, é provável que haja um intervalo de quase cinquenta anos entre a data em que o
primeiro e o último livro do Novo Testamento foram escritos.
Por que os vinte e sete livros, e apenas estes, incluídos em nossas Bíblias são aceitos
como canônicos?
 A resposta a esta pergunta encontra-se, em última instância, na doutrina da
inspiração. São canônicos os livros que foram inspirados por Deus.
Mas como foi reconhecida a inspiração dos livros do NT? Quais os critérios que
levaram a igreja a aceitar todos os vinte e sete livros, e apenas estes, como
inspirados e consequentemente canônicos?
 O Testemunho Interno do Espírito Santo.
O critério essencial é o mesmo que levou ao reconhecimento do Antigo Testamento: o
testemunho interno do Espírito Santo na igreja como um todo.
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 Isso não significa dizer, entretanto, que seja a igreja quem tenha determinado o
cânon. Quem determinou o cânon foi o Espírito Santo que o inspirou. A igreja
apenas o reconheceu, o discerniu, pela iluminação do próprio Espírito Santo, que
habita nos seus membros individuais.
 As evidências históricas deste reconhecimento do cânon do Novo Testamento
pela igreja são abundantes.
O processo de compilação dos livros do
Novo Testamento
Critérios:
1. A apostolicidade: se não fosse provado que o livro foi escrito por um apóstolo ou
pessoa ligada ao círculo apostólico, o livro era rejeitado.
2. A confiabilidade do livro: qualquer escrito que tivesse um erro doutrinário ou
ensinamento que contrariasse um outro livro canônico deveria ser rejeitado.
 Esse é o principal motivo pelo qual os livros apócrifos não são aceitos pela
igreja.
 O processo de compilação dos livros do Novo Testamento
 Critérios:
 3. A questão da leitura pública do livro: os livros do Antigo Testamento eram
lidos nas sinagogas (Lc. 4.16-18), da mesma forma os livros escritos por
apóstolos ou pessoas do círculo apostólico eram lidos em públicos. Portanto, a
leitura pública dos livros era extremamente importante para que o livro fosse
reconhecido como canônico.
 4. Se o assunto da carta centralizava em Jesus: isso eliminava os diversos
escritos de fábulas que circulavam nos primeiros séculos, ao analisar os livros do
Novo Testamento.
 Jesus é o centro dos livros ou de alguma forma o assunto central aponta
para Cristo.
NO GERAL
Quais foram os critérios utilizados no Cânon? Como eles tinham certeza de que
esses livros foram inspirados por Deus?
1. Autoria
2. Antiguidade
3. Universalismo
4. Coerência dos Textos
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5. Evidências Internas das Escrituras - AUTENTICIDADE DA BÍBLIA:


EVIDENCIAS • Evidencias Bibliográficas •Evidencias Internas• Evidencias
Externas
6. Regula Fidei (regra de fé) Rm 12.6 7

Requisitos básicos da Interpretação


• Humildade e Submissão ao Espírito Santo
• Crer que a bíblia é a Palavra de Deus
• Conhecer alguns princípios de interpretação:

Princípios básicos da Interpretação


1.Contexto
2.Histórico
3.Gramatical
4.Teológico
5.Prático

Princípio do Contexto
Esse princípio é fundamental e deve ser observado com atenção e cautela, nunca
podemos avaliar um texto bíblico sem conhecer o seu contexto. O contexto pode
ser: Amplo ou Imediato.
- Exemplos
• Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo. Lucas 18:12
• Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. Filipenses 4:13
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• Pegarão nas serpentes; e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará dano
algum; e porão as mãos sobre os enfermos, e os curarão. Marcos 16:18

Princípio Histórico
Todo texto precisa ser interpretado a luz do seu contexto histórico.
• Aspecto Geográfico (geografia do lugar)
• Aspecto Econômico (economia em relação a sobrevivência)
• Aspecto Político
• Aspecto Social (classes sociais)
• Aspecto Cultural (educação no sentido de instrução)

Princípio Gramatical
Todo texto precisa ser interpretado a partir da sua língua original e seu uso.
• As línguas bíblicas • As mudanças de significado • As traduções da Bíblia • A leitura
correta da Bíblia.
Exemplos
• E achando-a, a põe sobre os seus ombros, gostoso (cheio de jubilo) – parábola da
ovelha perdida. Lucas 15:5;
• Então respondeu Satanás ao SENHOR, e disse: Porventura teme Jó a Deus debalde?
(em vão, inutilmente) - Jó 1:9
• E o SENHOR me disse: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, contudo
adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros
deuses, e amem os bolos de uvas. Oséias 3:1).

Princípio Teológico
Todo texto bíblico está inserido num contexto teológico que precisa ser identificado e
analisado.
• O que o texto em estudo diz sobre Deus e sobre o seu relacionamento com o homem.
• É preciso entender as informações de caráter doutrinário contidas em cada texto
bíblico.

Princípio Prático
Todo texto bíblico precisa ser interpretado com vistas a sua aplicação ao homem de
hoje.
• Conhecer o homem de hoje.
• Conhecer o mundo de hoje.
• O que o texto significa para nós?
• Aplicar o texto, viver!

Recursos disponíveis para interpretação da Bíblia


• Bíblias • Dicionários Bíblico • Atlas Bíblicos • Concordâncias • Comentários Bíblicos
• Livros O mercado nos oferece vários materiais de estudo.

PERÍODO INTERTESTAMENTÁRIO
“Denominamos “período Interbíblico” ou “período intertestamentário”, o tempo da
história do povo de Israel que vai desde cerca de 450 a.C., quando se entende que tenha
sido escrito o último livro do Antigo Testamento, o livro do profeta Malaquias, até o
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nascimento de João Batista e de Jesus, algo ocorrido por volta do ano 4 a.C. , ou seja,
um período de aproximadamente 400 anos.”

O QUE ACONTECEU NESSE PERÍODO?


 Alguns o chamam de “400 anos de silêncio”. A atmosfera política, religiosa e
social da Palestina mudou significantemente durante esse período.
 Entre 532-332 A.C. Israel esteve sob controle do Império Persa. Os persas
deixaram os judeus praticarem sua religião com pouca interferência, até mesmo
dando-lhes permissão para reconstruir e adorar no templo (2 Crônicas 36:22-23;
Esdras 1:1-4).
 Alexandre o Grande derrotou Dário da Pérsia, assim introduzindo o reinado
grego ao mundo. Alexandre foi um aluno de Aristóteles e era bem educado na
filosofia e política gregas. Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em
todo território conquistado.
 Como resultado, o Antigo Testamento hebraico foi traduzido ao grego,
tornando-se a tradução conhecida como a Septuaginta.
 Depois que Alexandre morreu, a Judeia foi reinada por uma série de sucessores,
culminando com Antíoco Epifânio. Ele fez muito mais do que apenas recusar
liberdade religiosa aos judeus. Em mais ou menos 167 A.C., ele aboliu a linha
do sacerdócio e profanou o templo com animais impuros e um altar pagão
(Marcos 13:14).
 Eventualmente a resistência judaica a Antíoco restaurou os sacerdotes e resgatou
o templo. O período que seguiu, no entanto, foi de guerra e violência.
 Alexandre o Grande derrotou Dário da Pérsia, assim introduzindo o reinado
grego ao mundo. Alexandre foi um aluno de Aristóteles e era bem educado na
filosofia e política gregas. Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em
todo território conquistado.
 Como resultado, o Antigo Testamento hebraico foi traduzido ao grego,
tornando-se a tradução conhecida como a Septuaginta.
 Depois que Alexandre morreu, a Judeia foi reinada por uma série de sucessores,
culminando com Antíoco Epifânio. Ele fez muito mais do que apenas recusar
liberdade religiosa aos judeus. Em mais ou menos 167 A.C., ele aboliu a linha
do sacerdócio e profanou o templo com animais impuros e um altar pagão
(Marcos 13:14).
 Eventualmente a resistência judaica a Antíoco restaurou os sacerdotes e resgatou
o templo. O período que seguiu, no entanto, foi de guerra e violência.
 Em mais ou menos 63 A.C., Pompeu de Roma conquistou a Palestina,
colocando toda Judeia sob o controle de César. Isso eventualmente fez com que
o imperador romano e senado fizessem de Herodes o rei da Judeia.
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 As culturas romana, grega e hebraica agora estavam misturadas na Judeia, com


todas as três línguas faladas comumente.
 Essa seria a nação que muito exigiu dos judeus, controlando-os
demasiadamente e eventualmente executando o Messias na cruz romana.
 Durante o período de ocupação grega e romana, dois grupos políticos e
religiosos bastante importantes passaram a existir.
 Os Fariseus adicionaram à Lei de Moisés através de tradição oral –
eventualmente considerando suas próprias leis como sendo mais importantes
(Marcos 7:1-23).
 Enquanto as ensinamentos de Cristo frequentemente concordavam com os dos
fariseus, Ele era contra o seu legalismo e falta de compaixão.
 Os Saduceus representaram os aristocratas e ricos. Os Saduceus, os quais
tinham bastante poder através do Sinédrio (algo parecido com a Suprema Corte),
rejeitaram todos os livros do Antigo Testamento, menos os Mosaicos. Eles se
recusaram a acreditar na ressurreição, e eram como uma sombra dos gregos, a
quem admiravam grandemente.
 O Novo Testamento conta a história de como a esperança surgiu, não só para os
judeus, mas para o mundo inteiro. A realização do Cristo das profecias foi
antecipada e reconhecida por muitos que o procuraram. As histórias do centurião
romano, dos magos e do fariseu Nicodemos mostram como Jesus foi
reconhecido como o Messias por aqueles que viveram no Seu tempo.
 Os “400 anos de silêncio” foram quebrados pela história mais maravilhosa
jamais contada – o Evangelho de Jesus Cristo!
Sintetizando:
No período Interbíblico, o que ocorreu quando cessaram as profecias?
1. Corrupção Generalizada
Grupos Sociais:
 Fariseus (Tradições e Superstições – (Mt. 23: 1-2)
 Saduceus (Descrença era a Palavra de Ordem)
 Zelotes (Movimento político judaico que defendia a rebelião do povo da Judeia
contra o Império Romano. Os zelotes pretendiam expulsar os romanos pela
força).
 Herodianos (Partido político que manifestava oposição a Jesus).
2. Surgimento de Falsos Messias.
3. Estagnação Religiosa
4. Surgimento dos Apócrifos.
Merecem Confiança os Livros Apócrifos?
Apócrifos do Novo Testamento
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 Os livros considerados “obras ocultas” e de procedência incerta também fazem


parte dos escritos diretamente relacionados a Jesus Cristo, elaborados num
período posterior ao seu nascimento, ministério, martírio e ressurreição.
 Os textos do Novo Testamento não tiveram adições de “obras ocultas”, antes
preservou-se a paridade entre as versões bíblicas existentes, contendo, todas
elas, 27 livros, dispostos na forma atual por influência da Vulgata Latina.
 Permanece quase no anonimato bíblico e literário, o rol de escritos
neotestamentários que não figuram entre os já consagrados.
 Tais escritos foram exaustivamente examinados pelos estudiosos judeus e
teólogos protestantes, não atenderam aos critérios estabelecidos pelo corpo
eclesiástico que deliberou acerca da matéria à época da conclusão do Canon do
Novo testamento
 Os pais da Igreja de épocas posteriores examinaram a abundância de literatura
religiosa para que pudessem definir, de forma oficial, quais, entre tantas,
estavam dotadas de inspiração divina, conforme o texto de Paulo em 2Timóteo
3.16.
Oito evangelhos despertaram a crítica dos estudiosos, que designaram posição
de destaque entre as inúmeras obras desse gênero:
 Proto-evangelho de Tiago
 Evangelho de Maria Madalena
 Evangelho de Pedro
 Evangelho segundo os egípcios
 Evangelho de Filipe
 Evangelho de Bartolomeu
 Evangelho de Tomé
 Evangelho segundo os Hebreu.
A Bíblia: Geografia e Arqueologia
Contribuições Arqueológicas a Historicidade da Bíblia.
 A Terra Santa, ás vezes chamada Canaã, Israel, Oriente ou Palestina, mudou de
dono muitas vezes e era centro de intermináveis conflitos.
 A arqueologia da Palestina é complexa quando se trata de refletir todas as eras
da longa história da região.
A CULTURA PRÉ-ISRAELITA
Pré-história e idade do Bronze Antigo
 Canaã é habitada desde o período pré-histórico. A mais antiga cultura da Idade
da Pedra, descoberta no monte Carmelo e que sobreviveu à cultura tardia da
Idade da Pedra, conhecida como natufianos, foi descoberta em Jericó.
 A agricultura e a produção de cerâmica começaram no Período Neolítico, que é
dividido em Pré-cerâmico e Cerâmico. Perto do final do V e IV milênios a.C.,
uma cultura chamada “gassuliana” emergiu ao sul do vale do Jordão. Com o
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local de descobertas em Berseba, ela marcou o início do Período Calcolítico na


região.
 O início da Idade do Bronze Antigo (3200-2200ª.C.). Importantes sítios do
Bronze Antigo I abrangem Megido, Jericó, Ai e Bete-Seã, todos ao norte da
Palestina ou na Palestina Central.
 Uma cultura mais avançada desenvolveu-se na parte sul da região algum tempo
depois. Um importante sítio de Bronze Antigo II no sul é Árabe. A idade do
Bronze Antigo viu o início da cultura urbana na região, quando algumas
cidades-estados com certa autonomia começaram a surgir ao redor de cidades
maiores e fortificadas.
 Por volta de 2650-2350 a.C., ocorreu uma ruptura de origem não especificada na
cultura urbana, especialmente ao norte.
 Abraão desceu ao Egito por causa da fome (Gn 12.10). O declínio da cultura do
Bronze Antigo em Canaã pode ser relacionado com o final do Reino do Egito,
no século XXII a. C., quando os asiáticos (povos semíticos de Canaã e da Síria)
investiram contra o Egito.
As idades do Bronze Médio e do Bronze Tardio
Uma nova cultura urbana, contemporânea à do início do reino Médio do Egito, surgiu
no início da Idade do Bronze Médio (ca. 2000-1550 a.C.). Entre as cidades
proeminentes desse período estão Tel Afeque, Biblos, Acco, Megido, Jericó e Bete-Seã.
 Houve um declínio na qualidade da cultura material, especialmente a cerâmica,
em Canaã no início da Idade do Bronze Tardio (ca. 1550-1200 a.C.), e parece ter
havido considerável decadência durante o Bronze Tardio I (ca. 1550-1400 a.C.).
 Governantes egípcios, especialmente Tutmés III (ca. 1479-1425 a,C.), fizeram
incursões a Canaã para manter as cidades-Estado de vários sítios da região
submissas às ordens e influências egípcias (e.g., Megido)
A CULTURA ISRAELITA
 Embora pareça que os israelitas invadiram Canaã por volta de 1400 a.C., eles
não deixaram nenhum indício até cerca de 1200 a.C., durante a Idade do Ferro I
(datada geralmente entre c. 1200 a.C.), a nação de Israel começou a tomar
forma.
 Exemplos do que parece ser sua cultura material, como “casas de quatro
aposentos” e “colar de argolas”, aparecem na arqueologia desse tempo.
Centenas de vilas da Canaã Central datadas desse período podem ser
considerados israelitas.
 Os filisteus apareceram em Canaã pela primeira vez pela mesma época durante a
migração dos “povos do mar”, e exemplos de sua cultura material começam a
aparecer.
 O relato bíblico indica que Israel já habitava aquela terra e guerreava contra
vários inimigos pouco anates dos filisteus se tornarem uma ameaça, o argumento
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de que os filisteus e os israelitas surgiram em Canaã na mesma época é errôneo.


Israel já estava bem estabelecido na região por volta de 1200 a. C., no início da
Idade do Ferro I.
 Durante o período dos Juízes, os israelitas mantiveram-se unificados pelo pacto
com Deus, mas a constante pressão dos inimigos externos os levou a procurar
uma unidade política mais forte (I Sm8. 19,20). Saul foi o primeiro rei de Israel,
mas a nação alcançou seu apogeu cultural e político sob a liderança de Davi e
Salomão (sec. X a.C.), quando Israel dominou todo o Oriente.
 Materiais importantes remanescentes do período da monarquia unida foram
escavados em Hazor, Megido, e Gezer, em que um portão de entrada para a
cidade com três portas e muros de casamata ilustram a fortificação
mencionada em 1Rs 9.15
 A supremacia israelita foi enfraquecida pela divisão do reino entre Roboão e
JeroboãoI (1Rs 12) e quebrada pela invasão do egípcio Sisaque (1Rs 14:25,26).
 A situação de Samaria (Reino do Norte de Israel) variou durante os dois séculos
seguintes . Samaria foi poderosa ás vezes, no governo de reis como Omri e
Jeroboão II, mas se mostrou notavelmente fraca outras vezes como quando
esteve sob pressão de reis como Hazael e Damasco.
 Finalmente, samaria sucumbiu diante da Assíria, por volta de 720 a.C., e Judá,
Um Estado relativamente menor, entrou em declínio até sua destruição por
Nabucodonosor da Babilônia, em 586 a. C.

Bibliografia Consultada:
- ANGLADA, Paulo. Sola Scriptura: A Doutrina Reformada das Escrituras (São
Paulo: Editora os Puritanos, 1998), 33-48.
- Cf. GEISLER, Norman. Apócrifos: Analisando as evidências. Disponível em:
http://www.monergismo.com/textos/bibliografia/apócrifos_analisando_geisler.htm
- KAISER, Walter. Documentos do Antigo Testamento: Sua relevância e
confiabilidade. (São Paulo: Cultura Cristã, 2007).
- COSTA, Hermisten. A Inspiração e Inerrância das Escrituras. (São Paulo:
Editora Cultura Cristã).
- MEIN, John. (1990) A Bíblia e como ela chegou até nós. 8ª ed. Rio de Janeiro:
JUERP

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