Verificação Da Prevalência de Microrganismos

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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE - UNESC

CURSO DE FARMÁCIA

JULY STAMER MADRUGA

VERIFICAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS


RESISTENTES A ANTIMICROBIANOS EM ANÁLISE DE INFECÇÕES
GENITURINÁRIAS EM HOMENS E MULHERES DE UM
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DO MUNICÍPIO DE
CRICIÚMA.

CRICIÚMA, MAIO DE 2021


2

JULY STAMER MADRUGA

VERIFICAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS


RESISTENTES A ANTIMICROBIANOS EM ANÁLISE DE INFECÇÕES
GENITURINÁRIAS EM HOMENS E MULHERES DE UM
LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DO MUNICÍPIO DE
CRICIÚMA.

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado


para obtenção do grau de Bacharel em
Farmácia, no curso de Farmácia da
Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC.

Orientador: Prof. Ms. Hugo da Silva Dal Pont.

CRICIÚMA, MAIO DE 2021


3
4

Dedico este trabalho à minha família,


namorado, professores e amigos, que
sempre estiveram presentes direta ou
indiretamente em todos os momentos para
minha formação acadêmica.
5

AGRADECIMENTOS

Agradeço a todas as pessoas que se fizeram presente ao longo desses anos


de felicidades e tristeza na fase da graduação. À Deus primeiramente por ter me
concedido a oportunidade de cursar uma faculdade apesar de todos os obstáculos.
Agradeço a minha família que sempre vibrou cada conquista, e principalmente
aos meus pais, Vera e Carlos, que em toda minha trajetória nunca mediram esforços
para me ajudar, amparar e me dar forças para poder chegar até aqui.
Ao meu namorado Henrique que me apoiou nos melhores e piores dias,
vibrou com cada conquista e me ajudou a me reerguer dia após dia em cada
obstáculo.
A todos os colegas que tive ao longo da graduação, que contribuíram para o
conhecimento, e alegrias do dia a dia. Aos meus amigos de fora da universidade e
da vida toda. E principalmente as minhas colegas que se tornaram minhas amigas
dentro e fora da universidade que se tornaram minha família nesse período,
compartilhando todos os momentos, Camila, Liza, Francieli e Ana Carolina.
Aos professores que ao longo desses anos foram como pais dentro da
universidade, compartilhando conhecimento, colaborando com meu crescimento
tanto na vida profissional como pessoal. Principalmente ao meu professor e
orientador, Hugo da Silva Dal Pont, que me deu todo apoio, confiança e esteve
sempre presente e disponível, me auxiliando e agregando conhecimento para que
esse trabalho fosse concluído.
À coordenação do curso de Farmácia, que sempre que necessário esteve a
frente das necessidades e a própria universidade que por meio de todos os
colaboradores fizeram parte desse sonho.
E por último, agradeço a mim. Que sempre fui em busca dos meus objetivos,
através de sorrisos e choros, indo para outro estado em busca do meu sonho,
trabalhado, estudando, porém sempre com fé que dias melhores estão por vir.
6

“Cultivar estados mentais positivos como a


generosidade e a compaixão decididamente
conduz a melhor saúde mental e a
felicidade.”
Dalai Lama
7

VERIFICAÇÃO DA PREVALÊNCIA DE MICRORGANISMOS RESISTENTES A


ANTIMICROBIANOS EM ANÁLISE DE INFECÇÕES GENITURINÁRIAS EM
HOMENS E MULHERES DE UM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS DO
MUNICÍPIO DE CRICIÚMA.

Verification of the prevalence of microorganisms resistant to antimicrobials in


analysis of geniturinary infections in men and women in a clinical analysis laboratory
in the municipality of criciúma.

July Stamer Madruga1, Hugo da Silva Dal Pont2

1 Acadêmica da 10ª fase do Curso de Farmácia, UNESC – Universidade


do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. E-mail:
[email protected]

2 Docente do Curso de Farmácia, UNESC – Universidade do Extremo Sul


Catarinense, Criciúma, SC, Brasil. Mestre em Educação. E-mail:
[email protected]

ENDEREÇO PARA CORRESPONDÊNCIA:

July Stamer Madruga


Av. José Bonifácio, 236, apto 203. Centro – Torres/RS
95560-000
E-mail: [email protected]
8

TRABALHO DE ACORDO COM AS NORMAS


DA REVISTA INOVA SAÚDE
9

RESUMO

Analisar a prevalência de microrganismos resistentes a antimicrobianos em homens


e mulheres com infecções geniturinárias com dados de um laboratório de análises
clínicas de Criciúma/SC. A infecção urinária trata-se de uma patologia que acomete
muitos indivíduos sendo eles adultos, crianças ou idosos. O uso indevido de
antibióticos, colabora com o desenvolvimento de resistência bacteriana aos
antimicrobianos disponíveis. Foram analisados 120 laudos, com cultura positiva para
bactérias patogênicas. O sexo feminino foi o mais prevalente. As bactérias gram-
negativas foram as mais encontradas nos resultados, com ênfase na E. Coli, em 90
(75%) seguido de Proteus mirabilis e Klebisiella pneumoniae em 5 (4,2%) pacientes
cada uma. Encontrou-se isolados de bactérias gram-positivas, em maior quantidade
do Sthaphylococcus aureus, com 16 (13,3%) pacientes positivos. S. epidermidis e S.
saprophyticus aparecem em apenas 2 (1,7%) culturas. A classe das Penicilinas
foram as que apresentaram número maior de microrganismos com resistências.
Concluiu-se que há uma evolução da resistência bacteriana a antimicrobianos em
ITU, principalmente no sexo feminino, gênero este, mais acometido. Com isso, é
necessário a realização de estudos que levantem dados sobre estas resistências,
obtendo dados epidemiológicos, para divulgar entre os profissionais de saúde e,
principalmente entre os pacientes, conscientizando a importância do uso racional
dos antimicrobianos no tratamento de ITUs.

Palavras-chave: Microrganismo. Infecções. Antibiótico. Resistência.

°ABSTRACT

To analyze the prevalence of microorganisms resistant to antimicrobials in men and


women with genitourinary infections with data from a clinical analysis laboratory in
Criciúma / SC. Urinary tract infection is a condition that affects many individuals,
whether they are adults, children or the elderly. The misuse of antibiotics,
collaborates with the development of bacterial resistance to the available
antimicrobials. 120 reports were analyzed, with positive culture for pathogenic
bacteria. The female sex was the most prevalent. Gram-negative bacteria were the
most commonly found in the results, with an emphasis on E. Coli, in 90 (75%)
followed by Proteus mirabilis and Klebisiella pneumoniae in 5 (4.2%) patients each.
Gram-positive bacteria isolates were found in greater amounts of Sthaphylococcus
aureus, with 16 (13.3%) positive patients. S. epidermidis and S. saprophyticus
appear in only 2 (1.7%) cultures. The class of Penicillins was the one that presented
the largest number of microorganisms with resistance. It was concluded that there is
an evolution of bacterial resistance to antimicrobials in UTI, mainly in females, this
gender, more affected. Thus, it is necessary to carry out studies that raise data on
these resistances, obtaining epidemiological data, to disseminate among health
professionals and, especially among patients, raising the importance of the rational
use of antimicrobials in the treatment of UTI.

Keywords: Microorganism. Infections. Antibiotic. Resistance.


10

INTRODUÇÃO

A infecção do trato urinário (ITU) se trata de uma patologia de causa


bacteriana que pode ocorrer em alguma parte do sistema urinário, como nos rins, na
bexiga ou na uretra, de qualquer indivíduo, independente do gênero ou idade. As
mulheres estão mais propícias que os homens a desenvolverem a ITU, por
apresentarem anatomicamente a uretra mais curta, e devido à proximidade da
vagina e uretra com a região perianal. Torna-se correto afirmar que, pelo menos uma
vez na vida, alguma mulher seja acometida com ITU, sendo mais comum na fase
adulta, após o acometimento de relação sexual, na menopausa e/ou durante a
gestação1.
Dentre os sintomas apresentados pelos acometidos por esta infecção,
destacam-se a: disúria, a polaciúria ou urgência miccional, dor em baixo ventre,
arrepios de frio ou calafrios, com presença ou não de dor lombar. Podem fazer parte
do quadro clínico mal-estar geral e indisposição2.
As ITUs podem ser classificadas como complicadas e não complicadas . As
não complicadas são aquelas que o paciente apresenta as funções do trato urinário
normal e adquire a patologia fora do hospital. Já as ITUs complicadas, são aquelas
com causa obstrutiva (hipertrofia benigna de próstata, tumores, urolitíase, estenose
de junção uretero-piélica, corpos estranhos, etc); anátomo funcional (bexiga
neurogênica, refluxo vesico-ureteral, rim-espongiomedular, nefrocalcinose, cistos
renais, divertículos vesicais) ou metabólica (insuficiência renal, diabetes mellitus,
transplante renal)1, 2.
A Escherichia coli é o uropatógeno de maior prevalência encontrado em
infecções do trato urinário, sendo responsável por 70% a 90% das infecções
urinárias agudas de origem bacteriana. Porém, pode-se isolar também, em culturas
diagnósticas, bactérias como, Klebsiella pneumoniae, Proteus mirabilis, e espécies
de Staphylococcus, Streptococcus entre outras Enterobactérias1, 3.
A escolha do antibiótico a ser utilizado se dá após investigar a história prévia
de uso de antibióticos pelo paciente, a imunidade do paciente, o custo, a
disponibilidade e a farmacocinética do medicamento.4
Para fazer a identificação da bactéria e fazer a escolha correta do antibiótico,
primeiro deve-se fazer o diagnóstico laboratorial. Após a coleta do material, realiza-
11

se a análise física, análise química e logo a observação microscópica. Caso o


resultado seja positivo para microrganismos, identifica-se a bactéria através de prova
bioquímica e após realiza-se o teste de sensibilidade aos antibióticos (TSA). Este
teste é utilizado para avaliar quais classes de antibióticos serão eficazes contra
determinada bactéria5.
Sabendo-se ao longo da história que os antibióticos após descobertos,
poderiam curar doenças as quais tinham alto grau de mortalidade, o seu uso passou
a ser totalmente inapropriado pela população, fazendo com que muitos antibióticos
extremamente potentes e com amplo espectro, passassem a ser menos efetivos
contra certos microrganismos. Isso se pode ocorrer também, por motivo de que até o
ano de 2011 os medicamentos antimicrobianos poderiam ser comercializados em
estabelecimentos de saúde (farmácias e drogarias) sem a necessidade de
requisição médica6.
Contudo, com o advento da Resolução – RDC Nº 20, De 5 de Maio de 2011,
que dispõe do controle de medicamentos, a partir de 5 maio daquele ano, passou a
ser exigido que as farmácias e drogarias, apenas dispensasse antimicrobianos com
a presença e retenção da receita. Conforme o artigo 2º da precitada resolução:

Art. 2º As farmácias e drogarias privadas, assim como as unidades públicas


de dispensação municipais, estaduais e federais que disponibilizam
medicamentos mediante ressarcimento, a exemplo das unidades do
Programa Farmácia Popular do Brasil, devem dispensar os medicamentos
contendo as substâncias listadas no Anexo I desta Resolução, isoladas ou
em associação, mediante retenção de receita e escrituração nos termos
desta Resolução7.

Contudo, o uso de antibióticos por pacientes desorientados aumenta a pressão


seletiva e, também, a oportunidade de expor a bactéria aos mesmos. 5, 6 Assim, isso
pode facilitar a aquisição de mecanismos de resistência, e assim, cada vez mais se
está diante das chamadas superbactérias. Portanto, a resistência microbiana contra
antibióticos acabou se tornando um problema de saúde pública no mundo, pois os
tão favoráveis antibióticos que se tem à disposição, não estão mais sendo
totalmente eficazes contra a mutação destes novos microrganismos. Contudo, isso
se tornou uma luta diária em consultórios médicos, laboratórios e hospitais para um
12

controle eficaz e devida orientação para os pacientes no uso racional e boa adesão
do tratamento contra estas infecções8.

MATERIAIS E MÉTODOS

No presente trabalho foi realizada uma pesquisa quantitativa, descritiva, com


abordagem transversal. Para sua realização foi realizado um levantamento a partir
dos prontuários de pacientes do sexo feminino e masculino os quais realizaram
exame de urina, cultura com teste de sensibilidade a antibióticos (TSA) e
identificação de bactérias através de provas bioquímicas.
A pesquisa ocorreu em um laboratório privado ambulatorial, localizado em
Criciúma/SC e foi apenas utilizado dados do sistema BITLAB de uso interno do
mesmo, onde se encontra armazenado laudo dos exames de pacientes.
Foram avaliados laudos referentes a 1 mês, destes, 120 laudos foram obtidos
dados de pacientes como: gênero, idade e, resultados do exame de cultura e do
Teste de Sensibilidade a Antimicrobianos (TSA). Após os dados analisados foram
confeccionadas planilhas no programa Excel para comparação dos resultados
obtidos entre homens e mulheres, descrevendo a prevalência dos microrganismos
identificados e, no TSA, para quais antibióticos os microrganismos mostraram-se
resistentes.
Os critérios de inclusão para o estudo proposto, baseou-se em inserir ao
mesmo, pacientes homens e mulheres de 20 à 59 anos, que realizaram exame de
cultura com posterior identificação dos microrganismos, bem como o teste de TSA.
Os critérios para exclusão incluíram-se pacientes que apresentavam dados pessoais
incompletos e/ou ausência de resultados para os exames laboratoriais avaliados
neste estudo.
O presente estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), da
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC. A pesquisa foi iniciada após
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Humanos da Universidade do
Extremo Sul Catarinense (UNESC), tendo como base a resolução 466/12 do
Conselho Nacional de Saúde, que dispõe sobre pesquisa com seres humanos,
sendo garantido o sigilo da identidade dos pacientes e a utilização dos dados
13

somente para esta pesquisa cientifica. A aprovação se deu no dia 29 de março de


2021, com número do parecer 4.617.600.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O presente trabalho verificou laudos de urocultura de um laboratório privado


de Criciúma/SC, totalizando 620 exames, destes 120 (19,35%) cumpriram os
critérios de inclusão determinados para este estudo. Não foram levantados dados
dos laudos de pacientes que se apresentavam fora da faixa etária entre 20 à 59
anos; laudos de teste de sensibilidade a antimicrobianos (TSA) incompletos e, testes
que apresentavam como resultado, ausência de crescimento bacteriano patogênico.
Das 120 uroculturas positivas, 117 (97,5%) pacientes eram mulheres,
enquanto que Três (2,5%), homens. Apresentando resultados fortemente
concordativos com as referências analisadas9, que descrevem uma maior
prevalência entre as mulheres que, os estudos justificam que as condições
anatômicas da uretra, as relações sexuais, o período gestacional e a higiene íntima,
contribuem para desenvolvimento de infecções do trato geniturinário10.
Quando analisado em quais faixa etária os pacientes recrutados no estudo
enquadravam-se, pode-se observar que houve prevalências semelhantes, nas faixas
definidas. Analisando os 120 laudos utilizados na pesquisa, podemos obter que na
faixa etária de 20 e 29 anos, encontravam-se 40 (33,3%) pacientes com uroculturas
positivas para microrganismos patogênico, com TSA, apresentando alguma
resistência frente aos antimicrobianos testados, 31 (25,8%) pacientes incluíram-se
na faixa de 30 a 39 anos, com idade entre 40 e 49 anos obteve-se a menor
prevalência, com 15 (12,5%) pacientes, e por fim, a faixa etária de 50 a 59 anos,
apresentou a segunda maior, com 34 (28,3%) pacientes com laudos de urocultura
positivos. (Figura 1)
Observou-se uma maioria de uroculturas positivas em mulheres, e uma
prevalência maior entre 20 e 29 anos, resultados estes semelhantes a analises
encontradas na literatura, onde também obteve-se maior número de urocultura
positivas em 20 e 29 anos11, que apresentou maior casos de ITUs na faixa etária de
20 a 29 anos e, descreve uma relação intima à fatores anatômicos, fisiológicos e
hormonais.
14
Figura 1 – Faixa Etária

Fonte: autora, 2021.

Verificou-se que os microorganismos Gram-negativos (83,33%) foram os


mais prevalentes dentre as uroculturas positivas, do que os Gram-positivos
(16,67%). Destacando-se a bactéria E. coli, presente em 90 (75%) uroculturas
positivas, resultado este, descrito também na literatura, que encontrou-se de 70% a
90%s sendo E. coli 1, 12. Isto ocorre, devido a este microorganismo pertencer à
microbiota do intestino grosso e prepúcio e, por este motivo, pode contaminar a
região da genitália externa e região periureteral13. Do grupo de bactérias Gram-
negativas, além da E. coli, destacou-se a presença dos microorganismos Proteus
mirabilis 5 (4,2%) e Klebisiella pneumoniae 5 (4,2%) uroculturas postivas, resultado
muito parecido com o encontrado em um estudo feito em Lisboa no ano de 2014 14.
(Figura 3)
Nas uroculturas que apresentaram resultado positivo para bactérias Gram-
positivas, o microorganismo Sthaphylococcus aureus teve maior prevalência dentre
os casos, com 16 (13,3%) uroculturas positivas, sendo o microorganismo mais
prevalente dessa classe, nas ITU15.
O Sthaphylococcus epidermidis e Sthaphylococcus saprophyticus presentes
apenas em 2 (1,7%) uroculturas cada, entre os 120 laudos. Os microrganismos
gram-positivas pricipalmente da Família Micrococaceae, Gênero Sthaplylococcus,
vem se tornando importantes causadores de ITU e que o S. aureus, microorganismo
dessa familia, tem maior prevalência de casos, isso pode-se dar por esta bactérias
ser encontrada na pele, foças nasais, reigião perineal e trato urinário16. (Figura 3)
15
Figura 2 – Bactérias obtidas nos laudos.

Fonte: Autora, 2021

Com relação ao perfil de sensibilidade dos microrganismos aos


antimicrobianos testados, foram realizadas analises individual para cada patógeno.
No microorganismo E. coli, que apresentou um total de 90 uroculturas positivas nos
laudos, verificou-se o maior número de resistência na classe das penicilinas nos
antibióticos amoxicilina e ampicilina, onde 73 (81,1%) cepas resistentes. Com
relação as penicilinas associadas a inibidores de betalactamase como o Clavulanato
e o Subactam, apenas 2 (2,2%) cepas apresentaram-se resistentes. (Figura 4)
Pode-se dizer que na classe das penicilinas houve-se uma grande diferença no
número de resistências, entre as penicilinas isoladas e as associadas aos inibidores
de betalactamase (ampicilina + sulbactam; amoxicilina + clavulanato). Resultado
este, sugere que, os microrganismos que foram resistentes apenas as penicilinas
isoladas (amoxicilina e a ampicilina), trata-se de microrganismos produtores de
betalactamase, enzima esta, que destrói o anel BetalLactâmicos das penicilinas,
tornando-as ineficazes6. Segundo autores, ao ser utilizados o ácido clavulânico, bem
como o sulbactam como inibidores da betalactamase, o espectro das penicilinas
torna-se ampliado na ação de destruição destes microrganismos8, 18.
Houve também um alto número de cepas resistentes a sulfametoxazol +
trimetoprima 63 (70%) da classe das sulfonamidas, resultado este semelhante a um
estudo realizado no ano de 2018, no Mato Grosso que apresentou 80% de
microrganismos resistentes a este antibióticos10.
Quando observado o comportamento dos microrganismos frente às quinolonas
(ciprofloxacino e levofloxacino), 7 (7,8%) das cepas mostraram-se resistentes; as
cefalosporinas de primeira geração, cefalexina, cefalotina e cefadroxila
16

apresentaram 5 (5,6%), e ainda da mesma classe, a ceftriaxona porém de terceira


geração, com apenas 2 (2,2%) resistências. Observou-se ainda três cepas de E.coli
(2,8%) resistentes a Nitrofurantoína (Nitrofurano). Estes resultados, são positivos
perante o número de laudos positivos para E. coli, concordante com um estudo feito
em 2015 que também se obteve boa sensibilidade deste microrganismo frente a
estas classes de antibióticos19.
Avaliando os dados de resistências dos microrganismos frente aos
antimicrobianos, destacou-se, principalmente que, o microrganismo E. coli, apesar
de alta prevalência neste estudo, mostraram-se resistente à diferentes classes de
antimicrobianos testados20. (Figura 3)

Figura 3 – Resistência de E. Coli frente aos antimicrobianos.

Fonte: Autora, 2021

Em relação ao Proteus mirabilis, pode-se analisar que das 5 cepas obtidas, 4


(80%), apresentaram resistência a amoxicilina e ampicilina (penicilinas),
nitrofurantoina (nitrofuranos), e sulfametoxazol + trimetoprima (sulfonamidas).
Apenas 2 (40%) cepas mostraram-se resistentes a ciprofloxacino e levofloxacino
(quinolonas), 1 (20%) a amoxicilina + clavulanato (penicilina), e a cefalotina
ceftriaxona e cefadroxila (cefalosporinas). Esse estudo apresentou resultados
parecidos com o de Izadora19 realizado em 2018, que apesar do P. mirabilis, ter
apresentado menor prevalência, obteve-se um alto grau de resistência perante os
antibióticos. (Figura 4)
17

Das 5 cepas de Klebisiella pneumoniae, observou-se que as 5 (100%)


apresentaram resistência as penicilinas: amoxicilina e ampicilina. Houve 1 (20%)
cepa resistente para os antibióticos, cefaclor, cefadroxila, cefalotina, cefalexina,
(cefalosporinas), ampicilina + sumbactam, amoxicilina + clavulanato (penicilinas). E 2
(40%) se mostraram resistente a sulfametoxazol + trimetoprima, apresentando uma
alta resistência mesmo se tratando de baixos laudos positivos para K. Pneumoniae,
e tendo resultados parecidos com a literatura perante ser mais prevalência a
resistência as penicilinas (amoxicilina e penicilina)9, 19. (Figura 5).
O sulfametoxazol + trimetoprima e nitrofurantoina apresentaram uma alta
porcentagem de resistência pelos microrganismos K. pneumoniae e P. mirabilis,
estudos20, revelam que estes antimicrobianos são fortemente utilizados para ITU’s,
porém, repetitivamente sendo utilizados, esses agentes podem exercer forte pressão
para a seleção de cepas resistentes, tratando assim do possível ocorrido com as
cepas deste, corroborando com resultados de um estudo feito em 2009 no Rio de
Janeiro8,20.
Quando analisados, os microrganismos, apresentaram baixa porcentagem de
resistência às cefalosporinas, destacando ainda, as quinolonas (levofloxacino e
coprofloxacino) mostrando-se 100% eficazes no caso da K. pneumoniae, com todas
cepas analisadas sendo sensíveis a estes antimicrobianos, resultado concordante
com a literatura14.

Figura 4 – Resistência P. mirabilis. Figura 5 – Resistência K. pneumoniae

Fonte: Autora, 2021. Fonte: Autora, 2021.


18

O estudo mostrou como resultado, para os microrganismos gram-positivos, da


Família Micrococaceae, Gênero Sthaplylococcus, a presença de resistência apenas
contra um antibiótico específico, o ácido nalidíxico. Dentre os 16 S. aureus positivos
nos laudos dos exames, pode-se observar que 15 (95,75%) apresentaram
resistencia a este antimicrobiano (Figura 6). O S. saprophyticus (Figura 7) e o S.
epidermidis (Figura 8) estiveram presentes em 2 uroculturas positivas,
apresentando, ambos, 100% de resistência ao antibótico citado acima. O antibiótico
ácido nalidíxico é comumente utilizado no tratamento de ITU para bactérias gram-
negativas, e por se tratar de um dos antibióticos pioneiros, da classe das quinolonas
e fluoroquinolonas, hoje em dia, muitos microrganismos podem adquirir rápida
resistência a este antimicrobiano21.

Figura 6 – Resistencia S. aureus Figura 7 – Resistencia S. saprophyticus

Fonte: Autora, 2021 Fonte: Autora, 2021

Figura 8 – Resistencia S. epidermidis

Fonte: Autora, 2021

Observou-se também, a eficácia de outros antimicrobianos nas análises de


laudos deste trabalho, porém, estes, apresentaram eficácia de 100% frente aos
microrganismos encontrados. A fosfomicina, que se trata de um antibiótico que
19

apresenta forte relevância terapêutica, por ter um amplo espectro de ação, se torna
eficaz a microrganismos tanto gram-negativos quanto gram-positivos22.
Com relação a penicilina piperacilina, associada a tazobactam, e as
cefalosporinas de quarta geração, ceftazidima, cefepime, encontradas nos Testes de
Sensibilidade aos Antimicrobianos (TSA) da pesquisa realizada, por serem de
gerações mais recentes, comparada aos antimicrobianos de mesma classe, citados
acima, apresentaram maior eficácia no estudo, frente a todos os microrganismos
isolados. Os microrganismos encontrados nessa pesquisa mostraram total
sensibilidade aos carbanêmicos: imipenem e meropenem, que assim como as
cefalosporinas e as penicilinas, também fazem parte da classe dos BetaLactamicos.
Porém, os carbapenemicos são drogas que apresentam um espectro de ação mais
amplo comparado as outras classes. É muito comum que eles sejam utilizados em
terapias intensivas pelo seu positivo grau de sensibilidade22, 24.
A amicacina e gentamicina (aminoglicosídeos), são antimicrobianos que
apresentam alto risco de toxicidade associada à sua utilização, esse fato, corroborou
com uma redução do uso destes nos últimos anos, principalmente, em pacientes
ambulaboratoriais, assim, pode-se observar que os microrganismos desta pesquisa,
apresentaram 100% de sensibilidade a esta classe de antimicrobiano25.
Um estudo ainda revela, que os antibióticos que são disponibilizados pelo
Sistema Único de Saúde (SUS), são os que acabam apresentando maior grau de
resistência pelos microrganismos. Analisando a Relação Municipal de Medicamentos
(REMUME) de Criciúma, local que foi realizada a pesquisa, pode-se notar que
concordando com o estudo usado como referência, alguns dos antimicrobianos
disponibilizados pelo SUS são os mesmos que apresentaram resistência bacteriana
nesta pesquisa, principalmente a amoxicilina, ampicilina e sulfametoxazol +
trimetoprima, que apresentaram o maior índice de resistência nos microrganismos
gram-negativos28.

CONCLUSÃO

Conclui-se que os microrganismos mais recorrentes em ITU são os gram-


negativos, principalmente o microrganismo E. coli que teve a maior prevalência
dentre todos encontrados no estudo. O sexo feminino foi o prevalente nos laudos,
20

como já era de se esperar, concluindo que as mulheres são as mais suscetíveis


nestes tipos de infecções.
De acordo com os resultados obtidos nesse estudo, pode-se concluir que há
uma evolução da resistência bacteriana a antimicrobianos em ITU. Uma parte
desses resultados pode-se dar pela evolução dos microrganismos se mostrando
cepas mais resistentes e também ao uso de antimicrobianos sem o devido
acompanhamento, apresentando falhas no tratamento, contribuindo assim, para que
os microrganismos se tornem multirresistentes28.
Com o aumento de cepas multirresistentes, é de extrema importância que
novos antibióticos sejam inseridos no mercado e, para isso é necessário a realização
de estudos que levantem dados sobre estas resistências, obtendo dados
epidemiológicos, para divulgar entre os profissionais de saúde e, principalmente
entre os pacientes, auxiliando no combate a estas infecções e conscientizando a
importância do uso racional dos antimicrobianos no tratamento de ITUs e, na
redução das bactérias multirresistentes, bem como a diminuição dos custos com
internação, nos custos com tratamentos e melhorando a resposta destas infecções,
aos medicamentos disponíveis em todos os sistemas de saúde.
21

REFERÊNCIAS

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infecção do trato urinário. - ITU. [TCC]. [São Paulo] [acesso em 19 de out.
2020] Universidade Federal de São Paulo; 2002. 8 p. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/ramb/v49n1/15390.

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http://dx.doi.org/10.1345/aph.1d630.

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DOI http://dx.doi.org/10.1590/s0100-72032008000200008.

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pacientes ambulatoriais, 2000-2004. Revista da Sociedade Brasileira de
Medicina Tropical. 2008.[acesso em 22 out. 2020] Disponível em:
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l+KS,+Pfaller+MA.+Medical+microbiology.+5%C2%AA+ed.+Amsterd%C3%A3
:+Elsevier+Mosby%3B+2005.&ots=KTDDf3Q9ds&sig=9dUI8yQpb260WsDL9
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contra uropatógenos isolados em uroculturas. 2019. DOI
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bacteriana: a importância das beta-lactamases. (USP) 2005. [acesso em 30
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[São Francisco de Paula]: Universidade Federal de Santa Maria. 2011. 16p
[acesso em 01 de maio de 2021] Disponível em:
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_PASINATO_ROBERTA.pdf?sequence=1&isAllowed=y

27. Relação municipal de medicamentos (REMUME) - Criciúma/SC. [internet]


[acesso em 1 de maio de 2021]. Disponível em:
https://www.criciuma.sc.gov.br/site/files/REMUME-CRICIUMA.pdf

28. Cabral, NMB, Santos, MG, Nascimento, PD, Oliveira, SR. [internet] PERFIL
DE RESISTÊNCIA DE BACTÉRIAS ISOLADAS EM UROCULTURAS
HOSPITALARES. [Artigo]. [Caruaru]: Centro Universitário Tabosa de Almeida;
2016 25 p. [acesso em: 2021 abr. 30]
http://repositorio.asces.edu.br/handle/123456789/520
26

NORMAS DE ENVIO DE ARTIGOS DA REVISTA SELECIONADA


27

Diretrizes para Autores – Revista Inova Saúde

Normas de formatação
As publicações da Revista Inova Saúde possuem abordagens baseadas em
metodologias qualitativas e/ou quantitativas. Os artigos são publicados dentro
das seguintes seções: Neurociências, Fisiopatologia, Exercício na Saúde na
Doença e no Esporte, Atenção à Saúde, Tecnologias em Saúde, Saúde e
Processos Psicossociais, Gestão em Saúde, Saúde Funcional. Cada edição
publicarámanuscritos que podem ser apresentados nas seguintes categorias:

Artigos originais: resultado de trabalho de natureza empírica, experimental


ou conceitual. Deve conter as seções: Introdução, Métodos, Resultados,
Discussão, Conclusões, Agradecimentos (máximo de 7.000 palavras).

Comunicações breves: nota prévia, relatando resultados parciais ou


preliminaresde pesquisa (máximo de 2.500 palavras).

Revisões de literatura: revisão crítica da literatura sobre temas pertinentes


(máximo de 20.000 palavras, com o máximo de 50 referências bibliográficas).

Ponto de Vista: expressão da opinião sobre um determinado assunto


pertinente. Deve conter: resumo, introdução, tópicos de discussão,
considerações finais e referências bibliográficas (máximo de 1.000 palavras,
com máximo de 15 referênciasbibliográficas).

Relato de Experiência: destina-se a descrição e discussão de experiências


desenvolvidas junto a instituições, comunidades e/ou sujeitos e que
apresentem algum aspecto original relacionados à ensino, pesquisa e/ou
extensão (máximo de 5.000 palavras, com no máximo 15 referências
bibliográficas).

1. Folha de Rosto

a) Título completo: Deve constar título completo (no idioma português e em


28

inglês), nome(s) do(s) autor(es) e da(s) respectiva(s) instituição(ões) por


extenso, com endereço completo apenas do autor responsável pela
correspondência, incluindo e-mail;
b) Título resumido: máximo de 50 caracteres;
c) Órgãos e instituições financiadores: quando for o caso, citar duas linhas
abaixo,logo após o endereço.

2. Resumo
Todos os artigos submetidos à Revista Inova Saúde, com exceção das
contribuiçõescom enviadas às seções Ponto de Vista e Relato de Experiência,
deverão ter resumo na língua portuguesa e em inglês. O Resumo deverá
conter no máximo 1500 caracteres com espaço, escrito em parágrafo único,
contendo o texto para objetivos, desenvolvimento, resultados e conclusões.
Porém, não mencionar no resumo os itens que compõem a estrutura do
manuscrito. Serão aceitos entre 03 e 05 palavras-chave que deverão estar de
acordo Descritores em Ciências da Saúde - DECs (http://decs.bvs.br). O
resumo na tradução para o inglês será nomeado Abstract e deverá conter 3 a 5
keywords de acordo com os DECs e com Medical Subject Headings - MESH
(http://www.nlm.nih.gov/mesh/).

3. Apresentação das seções


O corpo de texto deve apresentar sequência lógica, organizada em partes
distintas (introdução, desenvolvimento, conclusões), considerando-se a
categoria do manuscrito envolvida.
a) corpo do texto: apresentado em folha A4, margem superior, inferior, direita e
esquerda iguais a 2,5 cm. O texto deve possuir espaço 1,5 (entrelinhas), fonte
Arial, tamanho 12. Deverá ser iniciado pela introdução e apresentado de
maneira contínua, sem novas páginas para cada subtítulo;
b) Notas de rodapé e anexos não serão aceitos.

4. Citações
a) As citações devem ser numeradas de forma consecutiva, na medida em
que ocorrerem no texto.
29

b) As citações devem ser realizadas utilizando numeração arábica, sobrescrita,


em ordem numérica crescente, com vírgula (Exemplo: Saúde Coletiva1,2,3;
Atenção Básica30-48,50).

5. Referências
a) o número de referências deve estar de acordo com a categoria do
manuscrito apresentado à Revista Inova Saúde (ver categorias de
manuscritos);
d) as referências listadas serão normatizadas de acordo com o "Estilo
Vancouver", norma elaborada pelo International Committee of Medical Journals
Editors (http://www.icmje.org);
e) a apresentação das referências listadas deverá ser em espaço simples,
sem parágrafos, sem recuos e ordenadas numericamente de acordo com a
ordem apresentada no texto;
f) Para abreviaturas de títulos de periódicos, consultar:
- em português: http://portal.revistas.bvs.br/?lang=pt
- em inglês: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/nlmcatalog/journals

Exemplos:
a) Periódicos:
1. Harlow BL, Barbieri RL. Influence of education on risk of hysterectomy
before age 45 years. Am J Epidemiol. 1999;150(8):843-7.

b) Livros:
-impresso:
2. Pastore AR, Cerri GG. Ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia. 2a
ed. Riode Janeiro: Revinter, 2010. 1389 p.

- formato eletrônico:
3. Pompéia R. O Ateneu [Internet].16.ed. São Paulo: Ática;1996 [acesso em
2001jun 27]. Disponível em: http://www.bibvirt.futuro.usp.br/index.html

c) Capítulos de livros:
30

4. Del Negro G. Doenças produzidas por fungos. In: Guimarães RY, Guerra
CC. Clínica e laboratório: interpretação clínica das provas laboratoriais. São
Paulo: Sarvier; 1984. p.272-5.

d) Dissertação e Tese:
5. Krug SBF. Sofrimento no trabalho: a construção social do adoecimento de
trabalhadoras da saúde. [Tese]. [Porto Alegre]: Pontifícia Universidade Católica
do Rio Grande do Sul; 2006. 196 p.

e) Artigo de revista no prelo:


6. Ribas GC, Ribas EC, Rodrigues Jr AJ. O cérebro, a visão tridimensional, e
as técnicas de obtenção de imagens estereoscópicas. Rev Méd. 2006;85(3).
No prelo.

7. Simões-Costa MS, Azambuja AP, Xavier-Neto J. The search for non-


chordate retinoic acid siganling: lessons from chordates. J Exp Zool B Mol Dev
Evol. 2006 Nov
15. [Epub ahead of print]

f) Artigo com DOI (Digital Object Identifier):


8. Isolan GR, Azambuja N, Paglioli Neto E, Paglioli E. Anatomia microcirúrgica
do hipocampo na Amígdalo-hipocampectomia seletiva sob a perspectiva da
técnica de Niemeyer e método pré-operatório para maximizar a corticotomia.
Arq Neuro- Psiquiatr. DOI http://dx.doi.org/10.1590/S0004-
282X2007000600031.

Condições para submissão

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a


conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As
submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos
autores.
1. A contribuição é original e inédita, e não está sendo avaliada para
31

publicação por outra revista;


2. Os arquivos para submissão estão em formato Microsoft Word.
3. URLs para as referências foram informadas quando necessário.

4. O texto está apresentado em folha A4, margem superior, inferior, direita e


esquerda iguais a 2,5 cm; possui espaço 1,5 (entrelinhas); fonte Arial, tamanho
12- pontos; emprega itálico em vez de sublinhado (exceto em endereços
URL); as figuras e tabelas estão inseridas no corpo (meio) do texto, não como
anexos.
5. O texto segue os padrões de estilo e requisitos bibliográficos descritos em
Diretrizes para Autores, na seção Sobre a Revista.
6. A identificação de autoria do trabalho foi removida do arquivo e da opção
Propriedades no Word, garantindo desta forma o critério de sigilo da revista,
caso submetido para avaliação por pares (ex.: artigos), conforme instruções
disponíveis em Assegurando a Avaliação Cega por Pares.

Declaração de Direito Autoral

Declaro (amos) que a pesquisa descrita no manuscrito submetido está


sob nossa responsabilidade quanto ao conteúdo e originalidade, além de não
utilização de softwares de elaboração automática de artigos. Concordamos
ainda com a transferência de direitos autorais à Revista Inova Saúde.
Na qualidade de titular dos direitos autorais relativos à obra acima
descrita, o autor, com fundamento no artigo 29 da Lei n. 9.610/1998, autoriza a
UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense, a disponibilizar
gratuitamente sua obra, sem ressarcimento de direitos autorais, para fins de
leitura, impressão e/ou download pela internet, a título de divulgação da
produção científica gerada pela UNESC, nas seguintes modalidades: a)
disponibilização impressa no acervo da Biblioteca Prof. Eurico Back; b)
disponibilização em meio eletrônico, em banco de dados na rede mundial de
computadores, em formato especificado (PDF); c) Disponibilização pelo
Programa de Comutação Bibliográfica – Comut, do IBICT (Instituto Brasileiro
de Informação em Ciência e Tecnologia), órgão do Ministério de Ciência e
Tecnologia.
32

O AUTOR declara que a obra, com exceção das citações diretas e


indiretas claramente indicadas e referenciadas, é de sua exclusiva autoria,
portanto, não consiste em plágio. Declara-se consciente de que a utilização de
material de terceiros incluindo uso de paráfrase sem a devida indicação das
fontes será considerado plágio, implicando nas sanções cabíveis à espécie,
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ISSN 2317-2460

Qualis:
Educação Física, Enfermagem e Interdisciplinar - B4Saúde Coletiva - B5
Ciências Biológicas I e Medicina - C
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ANEXOS
34

ANEXO I – Parecer do CEP


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