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CARREIRAS POLICIAIS

POLÍCIA MILITAR DE SERGIPE


@proffernandamachado

POLÍCIA MILITAR DO ESTADAO DE SERGIPE

SUMÁRIO: DIREITO CONSTITUCIONAL: FORMAÇÃO CONSTITUCIONAL DO BRASIL. A CONSTITUIÇÃO DE


1988: ORIGEM E OBJETIVOS FUNDAMENTAIS. ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO.
DIREITO CONSTITUCIONAL ESTADUAL E MUNICIPAL. ORGANIZAÇÃO DOS PODERES: EXECUTIVO,
LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO. FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA. O ARTIGO 144 DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988: A MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS POLÍCIAS MILITARES.

1.0 FORMAÇÃO CONSTITUCIONAL DO BRASIL

ERA UMA VEZ UM REI...é sério que vocês acharam que eu ia começar assim?
Kkkkkkkkkkkkkkkk
Vocês não me levam a sério!
Ainda bem! ;)

Tudo começa com o “grito da independência” em 07 de setembro de 1822, marco dessa “independência” – digo
independência com aspas posto o momento era de não conseguir se livrar de um governo monarca, como
também pegar emprestado com a Inglaterra dois milhões de libras para pagar Portugal, o que deu início a nossa
dívida externa. Com o objetivo de manter um governo monárquico e legitimar poderes totalitários do imperador,
Dom Pedro I outorga a nossa primeira Constituição.
Desde a independência, desde a Constituição império de 1824, a formação constitucional do Brasil se deu a
partir de uma série de Constituições, que foram elaboradas ao longo dos anos.
Constituição de 1824 - Outorgada/imposta
A primeira Constituição do Brasil, outorgada por Dom Pedro I, foi marcada pelo fortalecimento do poder do
imperador e pelo voto restrito a homens livres e proprietários.
Constituição de 1891 – Promulgada/democrática
Estabeleceu a forma republicana de governo, aboliram a escravidão em 1988, nasceu o presidencialismo
(Marechal Deodoro da Fonseca) a independência dos Três Poderes, consagração de direitos fundamentais, o
Estado laico e ampliou o direito ao voto.

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Constituição de 1934 – Promulgada/democrática


Instituiu o voto obrigatório, permitiu que as mulheres votassem e criou leis trabalhistas.
Constituição de 1937 – Outorgada/imposta
Período conhecido como Estado novo de Getúlio Vargas, ditadura de inspiração fascista, instituiu a pena de
morte, acabou com a liberdade partidária e de imprensa, e anulou a independência dos Poderes.
Constituição de 1946 – Promulgada/ democrática
Com o fim da 2ª guerra mundial retomou a democracia, acabou com a pena de morte, instituiu o direito de greve
e permitiu a desapropriação por interesse social.
Constituição de 1967/1969- Outorgada/imposta
Momento do Golpe militar, governo autoritário, poder nas mãos do regime militar, retrocessos normativos,
fortalecimento da violência, censura, tortura e execuções sumárias (veladas), adota a eleição indireta para
presidente da República.
Constituição de 1988 – Promulgada/democrática
Em 1985 Tancredo Neves foi eleito indiretamente Presidente da República, mas faleceu e Sarney assumiu. A
Constituição Cidadã de 1988, promulgada após o fim da Ditadura Militar, ampliou liberdades civis e garantias
individuais, estabeleceu a dignidade da pessoa humana como fundamento da República Federativa do Brasil,
retomou as eleições diretas, acabou com a censura à Imprensa, deu direito dos analfabetos ao voto e estabeleceu
mais direitos trabalhistas.
COM EXCEÇÃO DA PRIMEIRA, TODAS AS CONSTITUIÇÕES EM ANOS PARES SÃO PROMULGADAS.

2.0 A CONSTITUIÇÃO DE 1988: ORIGEM E OBJETIVOS FUNDAMENTAIS.


O Art.1º da nossa Constituição traz os princípios fundamentais ou os fundamentos da república que já é bastante
conhecido pelo mnemônico SO CI DI VA PLU.

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito
Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I - a soberania;
II - a cidadania;
III - a dignidade da pessoa humana;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V - o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.

O artigo 2º traz a separação dos poderes, em executivo, legislativo e judiciário. Todos são independentes, mas
atipicamente pode exercer a função do outro. separação dos poderes

Art. 3º traz os objetivos fundamentais da República.


I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II - garantir o desenvolvimento nacional;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de
discriminação.
Mnemônico: com garra erradica a pobreza e promove o bem.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios:
I - independência nacional;
II - prevalência dos direitos humanos;
III - autodeterminação dos povos;
IV - não-intervenção;
V - igualdade entre os Estados;
VI - defesa da paz;

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VII - solução pacífica dos conflitos;


VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; X - concessão de asilo político.
Mnemônico: AInDa Não ComPreI ReCoS

OS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


1.1 TEORIA GERAL DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Quando tratamos de concurso público e editais a primeira coisa que você precisa saber é que não precisa estar
expressamente previsto no edital o tema teoria geral dos direitos e garantias fundamentais, o simples fato de
cobrar o Título II da Constituição Federal já é suficiente para sabermos que sua teoria geral também poderá ser
objeto de prova. Então pare de achar que o artigo 5º é seu mundo ;).

1.2 DISTINÇÃO ENTRE DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


- Os direitos fundamentais são os bens jurídicos tutelados pela Constituição Federal, de cunho declaratório.
Ex.: direito de locomoção
- As garantias fundamentais são instrumentos de proteção de um determinado direito também previstos na
Constituição, de cunho assecuratório. Ex.: habeas corpus

1.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


• Historicidade
Significa que os direitos e garantias fundamentais foram criados ao longo da história e não num determinado
momento histórico. Essa característica está ligada à evolução dos direitos fundamentais, que estudaremos mais
à frente.
• Universalidade
Os direitos e garantias fundamentais destinam-se a todas as pessoas.
• Relatividade
Os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, mas sim relativos. É bem verdade que parte da doutrina
admite que certos direitos podem ser considerados de maneira absoluta, como a vedação à tortura e ao
tratamento desumano ou degradante. Mas, de maneira geral, os direitos e garantias fundamentais devem ser
enxergados como relativos.
• Irrenunciabilidade
Os direitos e garantias fundamentais não podem ser objeto de renúncia, o que pode ocorrer é o não uso.
• Inalienabilidade
Os direitos e garantias fundamentais não podem ser negociados por não possuírem conteúdo patrimonial.
• Imprescritibilidade
Os direitos e garantias fundamentais não desaparecem pelo decurso do tempo.

1.4 GERAÇÕES/DIMENSÕES DOS DIREITOS

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É importante dizer que alguns doutrinadores preferem a utilização do termo “dimensão” em detrimento do termo
“geração”, sob o argumento de que o termo geração poderia levar à ideia de que o advento de uma nova geração
provocaria a superação da anterior, o que não corresponde à classificação proposta. Na verdade, as gerações
são cumulativas. Essa informação é muito importante porque já foi cobrada! Para a prova, podemos considerar
como sinônimos os termos geração e dimensão para designar a evolução dos direitos e garantias fundamentais
no tempo.
1ª Geração: direitos civis e políticos (liberdades)
2ª Geração: direitos sociais, econômicos e culturais (igualdade)
3ª Geração: direitos coletivos, transindividuais (fraternidade)

1.5 APLICABILIDADE DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS


PLENA - a norma está pronta, independe de legislação infraconstitucional para ter inteira operatividade.
• autoaplicáveis
• não restringíveis
• aplicabilidade direta, imediata e integral

CONTIDA OU PROSPECTIVA - a norma está pronta, mas pode sofrer restrições por outra norma constitucional
ou infraconstitucional.
• autoaplicáveis
• restringíveis
• aplicabilidade direta, imediata e não integral

LIMITADA – a norma constitucional depende de lei para a efetivação do direito.


• não autoaplicáveis
• aplicabilidade indireta, mediata e reduzida
• a norma limitada pode ser:
→ limitada de princípio institutivo ou organizacional – conteúdo eminentemente organizatório e regulativo,
dependem da intermediação legislativa.
→ limitada de princípio programático ou dirigente – fixam diretrizes indicativas de fins e objetivos a serem
perseguidos pelos poderes públicos.

PLENA CONTIDA LIMITADA OU NO LIMITE KKKK

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#FICAADICA: É incorreto dizer que as normas de eficácia limitada, sem o complemento legislativo, não
produzem nenhum efeito! Explico: mesmo sem a edição da lei regulamentadora, as normas limitadas
possuem eficácia jurídica imediata. Isso significa que elas contam com a chamada eficácia mínima ou
efeito paralisante e também o efeito revogador.
EX: considerando que o artigo 37, VII, da Constituição prevê o direito de greve aos servidores públicos,
seria inconstitucional uma lei editada hoje dizendo que os servidores públicos em geral não teriam
direito de fazer greve (eficácia paralisante).

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS


(O edital não prevê expressamente, mas prefiro pecar por excesso)
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)

#FICAADICA: Para o STF/STJ/DOUTRINA – todos que estão no Brasil possuem direitos fundamentais, pessoa
jurídica tem alguns direitos fundamentais e apesar da proteção constitucional, os animais não possuem direitos
fundamentais.

5º I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
IGUALDADE
Formal: Todos são iguais perante a lei.
Material: Tratar os desiguais na medida de suas desigualdades.

(STF, RE 1.058.333).É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à
época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso público
(STJ, RMS 52.622).O STJ, decidiu que as candidatas que estivessem em licença-maternidade teriam direito à
remarcação do curso de formação
(STF, RE 630.733).Não há o direito à segunda chamada nos testes de aptidão física (TAF) em casos de lesões
temporárias. A exceção ficaria por conta de o edital prever, de forma ampla, para todos os candidatos – o que
nunca acontece.
(ADI n. 5.357, STF).O STF decidiu pela constitucionalidade do Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.
13.146/2015), que proibia a cobrança de valores extras e a recusa de vaga. Ou seja, não pode a instituição de
ensino cobrar mensalidade mais cara de um aluno especial, ainda que justifique que ele demanda um professor
a mais em sala de aula. E, para evitar qualquer tipo de discriminação, a escola não pode recusar a matrícula de
alunos especiais, somente por conta de tal característica.

5º II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; - Princípio da
legalidade
- Os particulares podem fazer tudo aquilo que não seja proibido em lei. - O administrador só poderia agir quando
houvesse lei permitindo
5º III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
5º IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
5º V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral
ou à imagem;
OBS:A autoridade policial, ao receber a denúncia anônima, deve fazer diligências preliminares com o intuito de
checar a existência de veracidade das informações recebidas, dando sequência às investigações, ou seja, não
se pode dar início à persecução penal com base exclusivamente em denúncia anônima (HC n.86.082, STF).

5º VI- é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

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5º VII- é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de
internação coletiva;
5º VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política,
salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação
alternativa, fixada em lei. (Nesse caso, haverá a perda dos direitos políticos, segundo doutrina dominante e
orientação do TSE.)
OBS: o STF negou a um grupo de alunos judeus o direito de fazerem a prova do Enem em dia diverso do sábado.
No caso, os candidatos invocaram a liberdade de crença religiosa para pleitearem outro dia de prova, em razão
do Shabat sagrado (STA n. 389, STF).
(STF, RE 494.601). É constitucional a lei de proteção animal que, a fim de resguardar a liberdade religiosa,
permite o sacrifício ritual de animais em cultos de religiões de matriz africana.

5º IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, Independentemente de


censura ou licença.
5º X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
(RHC n. 308.493, STJ) o STJ destacou que não são nulas as provas obtidas por meio de requisição do Ministério
Público de informações bancárias de titularidade de prefeitura para fins de apurar supostos crimes praticados por
agentes públicos contra a Administração Pública, independentemente de autorização judicial
(MS n. 33.340, STF) O STF entendeu que o TCU poderia requisitar informações ao BNDES de um contrato de
empréstimo envolvendo a JBS/Friboi.
(ADI n. 2.390, STF).LC n. 105/2001 possibilita que a Receita (em provas também pode aparecer “o Fisco”) tenha
acesso a dados bancários, de modo a exercer sua legítima fiscalização contra a sonegação fiscal. Com essa
linha de fundamentação, o STF entendeu que, independentemente de decisão judicial, era possível o
compartilhamento de dados entre as instituições financeiras e a Receita.
(ADI n. 4.815, STF) PUBLICAÇÃO DE BIOGRAFIAS- O Supremo Tribunal, mesmo tendo liberado a
publicação, destacou que os eventuais abusos poderiam gerar repercussão penal (crimes contra a honra) e
cível (dever de indenizar por dano moral). STF, tendo o Tribunal entendido que era possível a publicação
independentemente de autorização do biografado.

5º XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do
morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o
dia, por determinação judicial;

INVIOLABILIDADE DO
DOMICÍLIO

ADETRAR
A CASA

COM CONSENTIMENTO SEM O CONSENTIMENTO DO MORADOR


DO MORADOR -> FDP A QUALQUER TEMPO
->ORDEM JUDICIAL DAS 06:00 AS 18:00h

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(RHC n. 90.376, STF).A interpretação é ampla e abrangente, alcançando, além da residência (apartamento,
casa), aposentos de habitação coletiva, desde que ocupados (hotel, motel, pensão, pousadas e
hospedaria),escritórios profissionais, oficinas e garagens ...
(HC n. 298.763, STJ).O STJ já entendeu que o ingresso desautorizado em gabinete de delegado de polícia
caracterizava o crime de invasão de domicílio, previsto no art. 150 do Código Penal, porque o local era de acesso
restrito ao público.
(RESP n. 1.362.124, STJ). A guarda desautorizada de arma em casa configura posse ilegal, enquanto conduzi-
la no carro ou na cintura seria porte. O STJ entende que transportá-la na boleia do caminhão seria porte,
negando, assim, a extensão do conceito de casa.
OBS: A nova Lei do Abuso de Autoridade – Lei n. 13.869/2019 –, em seu artigo 22, indica que no período
compreendido entre 21h e 5h da manhã seria crime o cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar.

5º XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações
telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de
investigação criminal ou instrução processual penal;

#FICAADICA: O STJ entendeu serem nulas as provas obtidas pela polícia, por meio de extração de dados
e de conversas registradas no WhatsApp, presentes no celular do suposto autor de fato delituoso, sem
autorização judicial, ainda que o aparelho tenha sido apreendido no momento da prisão (RHC n. 51.531,
STJ).
OBS: Gravação clandestina, é aquela na qual um dos interlocutores grava a conversa sem o
conhecimento ou consentimento do outro. Como regra, elas são lícitas, mesmo quando usadas para a
acusação/condenação (AI n. 560.223, STF)

5º XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações 5º XIV - é
assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício
profissional;
(RE n. 414.426, STF) Ordem dos Músicos do Brasil (OMB) exigia a inscrição profissional naquela entidade para
que os músicos exercessem sua profissão. O Tribunal, por sua vez, pontuou que a regra seria a liberdade e
apenas diante de potencial lesivo da atividade é que pode ser exigida inscrição em conselho de fiscalização
profissional. Com isso, afastou a obrigatoriedade da inscrição na OMB.
DIREITO DE LOCOMOÇÃO 5º XV – é livre a locomoção em território nacional em tempo de paz, podendo
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
DIREITO DE REUNIÃO 5º XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada
para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.
ASSOCIAÇÃO 5º XVII-é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de autorização, sendo
vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
XIX- as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão
judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado;
XXI- as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm legitimidade para representar seus
filiados judicial ou extrajudicialmente;
DIREITO DE PROPRIEDADE 5ºXXII- é garantido o direito de propriedade;
XXIII- a propriedade atenderá a sua função social;
XXIV- a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta
Constituição;
XXV- no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano;

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XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família, não será
objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a lei sobre os
meios de financiar o seu desenvolvimento;

DESAPROPRIAÇÃO

Sanção-desatendendo a Expropriação
Necessidade/utilidade
função social cultivo de drogas ou
pública ou interesse social
indenização por títulos da trabalho escravo
indenização prévia e $
dívida pública ou agrária sem indenização

REQUISIÇÃO TEMPORÁRIA: Poder público pode usar a propriedade particular em casos de iminente
perigo público, devendo indenizar se houver prejuízo (não é sempre que indeniza).
5º XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas
obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

5ºXXVIII- são assegurados, nos termos da lei:


a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas,
inclusive nas atividades desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos
criadores, aos intérpretes e às respectivas representações sindicais e associativas;
5ºXXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem
como proteção às criações industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
5º XXX - é garantido o direito de herança;
5ºXXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do
cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do"de cujus";
5º XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor;
5º XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de
interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas
aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;

5º XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:


a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações
de interesse pessoal;

5º XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;( Princípio da
Inafastabilidade da jurisdição.)
5º XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
5º XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
5º XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados: a)
Plenitude de defesa
b) Soberania dos vereditos
c) Sigilo das votações

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d) Competência para julgar os crimes DOLOSOS contra a vida.


OBS: Mesmo nos crimes dolosos contra a vida, a competência do júri não será absoluta, pois há
hipóteses em que o autor possui foro especial estabelecido na própria Constituição Federal e sobrepõe.

5º XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
5º XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
5º XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais;
5º XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos
termos da lei;
5º XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura, o tráfico
ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
5ºXLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a
ordem constitucional e o Estado Democrático;
(HC n. 82.424, STF) Escrever, editar, divulgar e comerciar livros ‘fazendo apologia de ideias preconceituosas e
discriminatórias’ contra a comunidade judaica (Lei n. 7.716/1989, artigo 20, na redação dada pela Lei n.
8.081/1990) constitui crime de racismo sujeito às cláusulas de inafiançabilidade e imprescritibilidade.

OBS: Também se inserem dentro da figura do racismo social as condutas de homofobia e transfobia. Foi
o que decidiu o STF ao acolher os pedidos formulados na ADO n. 26 e no MI n. 4.733.
OBS: STF confirmou entendimento do STJ, reconhecendo a imprescritibilidade também da injúria racial.
Então, para as provas, leve a orientação segundo a qual o racismo e a injúria racial são considerados
imprescritíveis, nunca se perdendo a possibilidade de o Estado punir o infrator.
OBS: O Plenário do STF entendeu que o crime de tráfico privilegiado de entorpecentes não tem natureza
hedionda (STF, HC n. 118.533).
5º XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o dano e a
decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas,
até o limite do valor do patrimônio transferido; (Princípio da Pessoalidade ou Intranscendência da Pena)
5º XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes: a) privação ou
restrição da liberdade; b) perda de bens; c) multa; d) prestação social alternativa; e) suspensão ou interdição
de direitos;
5º XLVII - NÃO HAVERÁ PENAS: a) Perpétuo b) Trabalho Forçados c) Cruéis d) Morte, salvo em guerra
declarada e) Banimento
5º XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade
e o sexo do apenado;
5º XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
5º L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o
período de amamentação;
5º LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da
naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da
lei;
5º LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião;

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EXTRADIÇÃO BANIMENTO DEPORTAÇÃO


A extradição terá O banimento é uma A deportação
Lugar quando o espécie de ocorre quando o
indivíduo tiver expulsão, mas de estrangeiro
praticado crime em brasileiros (ele é ingressa no país em
outro país e aquela vedado!). situação irregular,
nação pedir o envio seja por falta
dessa pessoa para de
que lá responda passaporte, seja
pela infração. Por quando for
sua vez, sendo o exigido
crimepraticado aqui visto de
no Brasil, não permanência
haverá extradição,
mas sim expulsão.

LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se esta não for intentada no prazo legal;
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse
social o exigirem;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade
judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em
lei;
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada;
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a
assistência da família e de advogado;
LXIV- o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial;
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
LXVI- ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem
fiança;
5º LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável
de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;

#FICAADICA: Súmula Vinculante n. 25, tendo sido explicitado que é ilícita a prisão civil de depositário
infiel, qualquer que fosse a modalidade do depósito.

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de
recursos;

LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo
fixado na sentença;

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LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei

a) o registro civil de nascimento;

b) a certidão de óbito;

LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessários ao
exercício da cidadania.

LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os
meios que garantam a celeridade de sua tramitação.

LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais.

APLICABILIDADE IMEDIATA
O artigo 5º, § 1º, da CRFB/88, define que “as normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm
aplicação imediata.”
A aplicabilidade imediata contida no dispositivo significa dizer que os direitos fundamentais não têm conteúdo
meramente programático, não têm dependência de lei infraconstitucional que os regulamentem. Os direitos
fundamentais são auto executáveis, porque inerentes à condição humana. Agora, é preciso ter cuidado. A
aplicabilidade imediata dos direitos não significa dizer que todos eles são normas de eficácia plena ou contida.
Há os que têm eficácia limitada e estão condicionados à regulamentação infraconstitucional. É o caso, por
exemplo, do artigo 5º, inciso XXXII, que traz a seguinte afirmação: “o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa
do consumidor” ou ainda artigo6º, que lista uma série de direitos sociais, sendo que a maioria tem conteúdo
programático.

ENUMERAÇÃO ABERTA DE DIREITOS FUNDAMENTAIS


A Constituição Federal dispõe no artigo 5º, § 2º, que os direitos e garantias nela expressos não excluem outros
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República
Federativa do Brasil seja parte.
Depreende-se do dispositivo que a enumeração dos direitos fundamentais é aberta, não exaustiva, de forma
que há direitos e garantias fundamentais espalhados na Constituição Federal (e não só no título II), nas leis
infraconstitucionais e nos tratados internacionais.

TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS


Art. 5º § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão
equivalentes às emendas constitucionais.

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL


Artigo 5º, § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado
adesão
ATENÇÃO: Embora a CF/1988 proíba expressamente a extradição de brasileiro nato, prevalece na doutrina a
orientação segundo a qual seria possível a sua entrega para julgamento do TPI.
Essa possibilidade decorreria do fato de que, na entrega, a pessoa é encaminhada para julgamento realizado
por um Tribunal internacional, não integrante de outra ordem jurídica (faria parte de uma órbita supranacional).
Já na extradição, a pessoa seria encaminhada para julgamento por outro Estado soberano.

DIREITOS SOCIAIS – Direitos prestacionais do Estado


Mínimo existencial - conjunto de situações materiais indispensáveis à existência humana digna. Não
apenas"sobreviver", mas ter uma vida realmente digna, com suporte físico e intelectual necessário. Reserva do
Financeiramente Possível - disponibilidade financeira do Estado em concretizar os direitos sociais -ponderação
entre a razoabilidade da pretensão individual/social e a existência de disponibilidade financeira do Estado.

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Segundo o STF, a reserva do financeiramente possível não pode ser obstáculo à concretização do mínimo
existencial.

- O STF entende que dentro do mínimo existencial estaria inserido o oferecimento de vagas em creches e pré-
escolas (educação), além de leitos em UTI, remédios, mesmo de alto custo e tratamentos, desde que
comprovada a sua eficácia (saúde).

Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição.
MNEMÔNICO: TTEMOS LAPS DEMAIS
Prof. Fernanda Machado indo pegar o filho doente na escola e levando no posto de saúde ... quem não
conhece essa história não foi meu aluno.

Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade social terá direito a uma renda básica familiar,
garantida pelo poder público em programa permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de
acesso serão determinados em lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.

Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição
social:
I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei
complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suas necessidades vitais
básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte
e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua
vinculação para qualquer fim;
V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem remuneração variável;
VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação
na gestão da empresa, conforme definido em lei;
XII - salário-família para os seus dependentes;
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada
a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho;
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo
negociação coletiva;
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e vinte dias;
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; (20 DIAS a partir de 2016)
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei;
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na forma da lei; XXIV -
aposentadoria;

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XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até 5 (cinco) anos de idade em
creches e pré-escolas
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei;
XXVIII- seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa;
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos
para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho;
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo,
idade, cor ou estado civil;
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador
de deficiência;
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
XXXIII- proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito e de qualquer trabalho a
menores de dezesseis anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; XXXIV -
igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso
#FICAADICA: ENTÃO, salário mínimo: Fixado em lei; nacionalmente unificado; Reajustado
periodicamente; Vedada vinculação para qualquer fim;
OBS: O STF entende ser constitucional lei que transfira a decreto presidencial a tarefa de definir o valor
do salário utilizando critérios nela existentes. (ADI n. 4.568, STF).
OBS: STF fixou a tese para considerar a data da alta da mãe ou do recém-nascido como marco inicial da
licença-maternidade (STF, ADI n. 6.327).
OBS: A Lei da Adoção (Lei n. 12.010/2009) modificou o regramento anterior, estendendo às adotantes um
prazo não inferior às gestantes. Ou seja, tanto para a gestante, quanto para a adotante há licença pelo
prazo mínimo de 120 dias.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:


I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão
competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria
profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores
interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em
questões judiciais ou administrativas;
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em
folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista em lei;
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
VIII- é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou
representação sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer
falta grave nos termos da lei.
Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à organização de sindicatos rurais e de colônias de
pescadores, atendidas as condições que a lei estabelecer.

Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-
lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis
da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

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Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos públicos em
que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um representante destes
com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores.

3.0 ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO. DIREITO CONSTITUCIONAL


ESTADUAL E MUNICIPAL. (LER ART.18 AO 43 DA CRFB/88)

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União,


os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

FORMA DE ESTADO* FEDERAÇÃO*


REGIME POLÍTICO* DEMOCRACIA *
FORMA DE GOVERNO REPÚBLICA
SISTEMA DE GOVERNO PRESIDENCIALISMO
*clausula pétrea

A nossa FEDERAÇÃO é POR SEGREGAÇÃO/DESAGREGAÇÃO, havia um Estado unitário, que se


repartiu em unidades federadas, dotadas de autonomia em maior ou menor grau, também chamada
de centrífuga.
#FICAADICA: Diferencie Confederação de Federação.
A confederação é concebida como um tratado entre estados independentes, que decidem se unir,
mas mantendo sua soberania e o direito à secessão, ou seja, de dissolverem o vínculo existente, no
momento que desejarem. Há, portanto, uma pluralidade de entes soberanos, de federações.
Na federação vigi a descentralização de competências aos membros, ou entes.

ART.18. § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se


anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da
população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei
complementar.

CRIAÇÃO DE ESTADO:
LEI COMPLEMENTAR AUTORIZANDO

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PLESBISCITO CONVOCATÓRIO POR DECRETO LEGISLATIVO PARA APROVAÇÃO DE TODA


POPULAÇÃO INTERESSADA

ART.18. § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão


por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de
consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos
Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIO:
LEI COMPLEMENTAR LIMITATIVA
LEI ESTADUAL
PLEBISCITO DA POPULAÇÃO INTERESSADA
ESTUDO DE VIABILIDADE

#FICAADICA: Diferencie separação de secessão.


SEPARAÇÃO: Termo usado para definir a separação dentro de um Estado em partes.
SECESSÃO: Termo geralmente usado para definir a separação de um Estado ou Território em relação
ao país do qual fazia parte.

ART. 19. É VEDADO À UNIÃO, AOS ESTADOS, AO DISTRITO FEDERAL E AOS MUNICÍPIOS:
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou
manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
da lei, a colaboração de interesse público;
II - recusar fé aos documentos públicos;
III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

(STF, ADI n. 5.776) O STF entendeu ser inconstitucional lei do estado da Bahia que, em caso de
empate, dava preferência ao candidato que contasse com mais tempo de serviço àquele estado.
Entendeu-se pela violação dos artigos 5º e 19 da CF

ART 20 X 26 DA CRFB/88

BENS DA UNIÃO art. 20 BENS DOS ESTADOS art. 25 e 26

I - os que atualmente lhe pertencem Art. 25. Os Estados organizam-se e


e os que lhe vierem a ser atribuídos; regem-se pelas Constituições e leis
II - as terras devolutas que adotarem, observados os
indispensáveis à defesa das princípios desta Constituição.
fronteiras, das fortificações e § 1º São reservadas aos Estados as
construções militares, das vias competências que não lhes sejam
federais de comunicação e à vedadas por esta Constituição.
preservação ambiental, definidas § 2º Cabe aos Estados explorar
em lei; diretamente, ou mediante
III - os lagos, rios e quaisquer concessão, a empresa estatal, com
correntes de água em terrenos de exclusividade de distribuição, os
seu domínio, ou que banhem mais serviços locais de gás canalizado.
de um Estado, sirvam de limites § 2º Cabe aos Estados explorar
com outros países, ou se estendam diretamente, ou mediante
a território estrangeiro ou dele concessão, os serviços locais de gás
canalizado, na forma da lei, vedada a

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provenham, bem como os terrenos edição de medida provisória para a


marginais e as praias fluviais; sua regulamentação.
IV as ilhas fluviais e lacustres nas § 3º Os Estados poderão, mediante
zonas limítrofes com outros países; lei complementar, instituir regiões
as praias marítimas; as ilhas metropolitanas, aglomerações
oceânicas e as costeiras, excluídas, urbanas e microrregiões,
destas, as que contenham a sede constituídas por agrupamentos de
de Municípios, exceto aquelas municípios limítrofes, para integrar a
áreas afetadas ao serviço público e organização, o planejamento e a
a unidade ambiental federal, e as execução de funções públicas de
referidas no art. 26, II; interesse comum.
V - os recursos naturais da
plataforma continental e da zona Art. 26. Incluem-se entre os bens
econômica exclusiva; dos Estados:
VI - o mar territorial; I - as águas superficiais ou
VII - os terrenos de marinha e seus subterrâneas, fluentes, emergentes e
acrescidos; em depósito, ressalvadas, neste
VIII - os potenciais de energia caso, na forma da lei, as decorrentes
hidráulica; de obras da União;
IX - os recursos minerais, inclusive II - as áreas, nas ilhas oceânicas e
os do subsolo; costeiras, que estiverem no seu
X - as cavidades naturais domínio, excluídas aquelas sob
subterrâneas e os sítios domínio da União, Municípios ou
arqueológicos e pré-históricos; terceiros;
XI - as terras tradicionalmente III - as ilhas fluviais e lacustres não
ocupadas pelos índios. pertencentes à União;
IV - as terras devolutas não
compreendidas entre as da União.

COMPETÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E LEGISLATIVAS


Critério para repartição de competências = "predominância do interesse" - a União faz as coisas de
âmbito nacional (e relações internacionais), os Estados fazem as coisas de âmbito regional, e os
Municípios fazem no âmbito local.

REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA: (leitura obrigatória)


Art.21 EXCLUSIVA - UNIÃO (ADMINISTRATIVA e INDELEGÁVEL)
Art.22 PRIVATIVA – UNIÃO (LEGISLATIVA E DELEGÁVEL) por LC FEDERAL aos E/DF
Art.23 COMUM – UNIÃO/ESTADO/DF/MUNICÍPIOS (ADMINISTRATIVA)
Art.24 CONCORRENTE - UNIÃO/ESTADO/DF (LEGISLATIVA GERAIS E SUPLEMENTARES)

COMPETE A UNIÃO
ART 21 ART 22 ART 23 ART 24
ADMINISTRAR LEGISLAR COMPETE A COMPETE A
TODOS U/E/DF
EXCLUSIVAMENTE PRIVATIVAMENTE OS ENTES LEGISLATIVA
U/E/DF/M
INDELEGAVEL DELEGÁVELMENTE ADMINISTRAR SUPLEMENTAR
MENTE

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As características As características se Única com


se com iniciam Iniciam por município
com vogais consoantes
Declarar guerra Desapropriação Assistência
Conceder anistia Eleitoral jurídica
Emitir moeda Serviço postal Infância
Penal e processo *
Agua e energia Solo/fauna
Civil/Comercial *
Índios Educação/ens
Trânsito /transporte ino
Organização do Urbanístico
judicia- *
Rio e do MP do DF. Tributário
*
Penitenciário
Econômico
Garantias da
PC
Orçamentaári
o

DESPACÍTO AI S EU T
PEGO

Art. 21. Compete à União:


I – manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais;
II – declarar a guerra e celebrar a paz;
III – assegurar a defesa nacional;
IV – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território
nacional ou nele permaneçam temporariamente;
V – decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;
VI – autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;
VII – emitir moeda;
VIII – administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza financeira,
especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de seguros e de previdência
privada;
IX – elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento
econômico e social;
X – manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;
XI – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de
telecomunicações, nos termos da lei, que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um
órgão regulador e outros aspectos institucionais;
XII – explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água,
em articulação com os Estados onde se situam os potenciais hidroenergéticos;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou
que transponham os limites de Estado ou Território;

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e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros;


f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
XIII – organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;
XIV – organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de bombeiros
militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a
execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e
do trabalho;
II - desapropriação;
III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão;
V - serviço postal;
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos metais;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de valores;
VIII - comércio exterior e interestadual;
IX - diretrizes da política nacional de transportes;
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea e aeroespacial;
XI - trânsito e transporte;
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização;
XIV - populações indígenas;
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros;
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições para o exercício de profissões;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública do Distrito Federal e dos
Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da Defensoria
Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes;
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia nacionais;
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança popular;
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
Súmula Vinculante n. 2 – cabe privativamente à União legislar sobre consórcios, sorteios,
bingos e loterias. Por essa razão, se os estados fizerem lei criando bingos, loterias, a lei será
inconstitucional.
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização,
inatividades e pensões das polícias militares e dos corpos de bombeiros militares
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e ferroviária federais;
XXIII - seguridade social;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional;
XXV - registros públicos;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para a administração
pública, direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, nas
diversas esferas de governo, e empresas sob seu controle;
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as administrações
públicas diretas, autárquicas e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios,

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obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de economia mista,
nos termos do art. 173, § 1°, III;
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, defesa civil e mobilização nacional;
XXIX - propaganda comercial.
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 115,
de 2022)
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas
das matérias relacionadas neste artigo

FOQUEM NISSO AQUI

(STF, ADI n. 5.356) Inconstitucionalidade de leis estaduais que tratavam da instalação de


bloqueadores de sinal de aparelhos celular junto a presídios.
(STF, ADPF n. 235) Insere-se também na competência exclusiva da União tratar sobre as rádios
comunitárias, o que levou o STF a declarar a inconstitucionalidade de lei municipal que autorizava o
prefeito a conceder a exploração de serviço de rádio comunitária no âmbito daquele município. (STF,
ADI n. 3.343) Foi declarada a inconstitucionalidade de lei distrital que proibia a cobrança de tarifa de
assinatura básica, pelas concessionárias prestadoras de serviços de água, luz, gás, TV a cabo e
telefonia no Distrito Federal.
(STF, ADI n. 5.610) Lei estadual proibia a cobrança de taxa de religação em caso de corte de energia
elétrica por falta de pagamento e ainda estabelecia o prazo máximo de 24 horas para restabelecimento
do serviço. Resultado: ela foi declarada inconstitucional por invadir competência da União.
(STF, ADI n. 3.710) Importante lembrar a inconstitucionalidade de leis estaduais, distritais e municipais
que versavam sobre cobrança de preço em estacionamentos, tema inerente ao Direito Civil.
(STF, ADI n. 5.739). STF declarou a inconstitucionalidade de lei estadual que determinava ao
empregador que fossem registrados na delegacia de polícia todos os acidentes de trabalho que
causarem lesão, ferimento ou morte de trabalhador.
(STF, ADI n. 4.820) O STF entende que somente a União pode instituir feriados civis, por esse estar
inserido em direito do trabalho. Em consequência, já houve a declaração de inconstitucionalidade de
leis estaduais e distritais que criavam feriados como o Dia do Comerciário ou Dia de São Tiago. (STF,
ADI n. 3.610) declarou-se a inconstitucionalidade de leis estaduais e distritais que regulamentavam a
profissão de motoboy.

E NISSO AQUI TAMBÉM


Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
I – zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o
patrimônio público;
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de
deficiência;
III – proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os
monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de
valor histórico, artístico ou cultural;
V – proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à ciência, à tecnologia, à pesquisa
e à inovação;
VI – proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;
VII – preservar as florestas, a fauna e a flora;
VIII – fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar

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IX – promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais


e de saneamento básico;
X – combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social
dos setores desfavorecidos;
XI – registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos
hídricos e minerais em seus territórios;
XII – estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.
Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e
do bem-estar em âmbito nacional.

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I – direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II – orçamento;
III – juntas comerciais;
IV – custas dos serviços forenses;
V – produção e consumo;
VI – florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais,
proteção do meio ambiente e controle da poluição;
VII – proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;
VIII – responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;
IX – educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e
inovação;
X – criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas;
XI – procedimentos em matéria processual;
XII – previdência social, proteção e defesa da saúde;
XIII – assistência jurídica e Defensoria pública;
XIV – proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
XV – proteção à infância e à juventude;
XVI – organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis
. § 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a estabelecer normas
gerais.
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar
dos Estados.
IMPORTANTE
ART. 30. COMPETE AOS MUNICÍPIOS:

I - LEGISLAR SOBRE ASSUNTOS DE INTERESSE LOCAL

O STF firmou a compreensão no sentido de que compete aos municípios legislar sobre conforto
e segurança de consumidores. A esse respeito, há dois exemplos bem frequentes nas provas:
legislar sobre tempo máximo de espera em filas, inclusive de bancos e de cartórios – conforto
(STF, RE n. 362.820) e também sobre a instalação de dispositivos de segurança nos bancos,
como portas giratórias – segurança (STF, AI n. 347.717).
O STF entende que ofende o princípio da livre concorrência lei municipal que impede a
instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo em determinada área (STF, SV n.
49).

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STF entendeu pela inconstitucionalidade de leis municipais que proibiam o serviço de


transporte por aplicativo – UBER, 99 POP, Cabify etc. (STF, ADPF n. 449).
Nas competências dos Municípios, art. 30, se a Constituição Federal (CF) determinar que é
competência do Município, se o estado legislar de maneira contrária, é inconstitucional a norma
estadual, se a União legislar de forma contrária, é inconstitucional a norma federal.

É da competência municipal a fixação do horário de funcionamento do comércio local (STF, SV n. 38).


Entretanto, o horário de funcionamento dos bancos é matéria a ser tratada pela União, por envolver o
sistema financeiro nacional (STF, AI n. 124.793).
STF- Também com base no interesse local, é dos municípios a competência para legislar sobre serviço
de coleta de lixo e sobre serviços funerários.

II - SUPLEMENTAR A LEGISLAÇÃO FEDERAL E A ESTADUAL NO QUE COUBER;

O STF entende pela possibilidade de os municípios editarem normas sobre direito ambiental, adotando,
inclusive, posição mais restritiva em relação à União e aos estados. Para isso, é necessário que a
norma municipal seja acompanhada da devida motivação (STF, ARE n. 748.206).

III – instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas, sem prejuízo
da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei;
IV – CRIAR, ORGANIZAR E SUPRIMIR DISTRITOS, OBSERVADA A LEGISLAÇÃO ESTADUAL;

No Distrito Federal não existem distritos nem Municípios; dentro dos estados, há Municípios; e, dentro
dos Municípios, pode haver distritos. Esses distritos são os mesmos que (dentro daquela Lei
Complementar Federal, citada no art. 18, § 4º, nas etapas, nos procedimentos para a criação, para a
formação de novos municípios) muitas vezes vão buscar se emancipar e se tornar Municípios. Para
isso, é preciso respeitar todas aquelas etapas a serem cumpridas de acordo com o art. 18, § 4º.

V – organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, os serviços públicos


de interesse local, incluído o de transporte coletivo, que tem caráter essencial;
VI – manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado, programas de educação
infantil e de ensino fundamental;
VII – prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e do estado, serviços de atendimento à
saúde da população;
VIII – promover, no que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle
do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano;
IX – promover a proteção do patrimônio histórico–cultural local, observada a legislação e a ação
fiscalizadora federal e estadual.

DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS


SEÇÃO I
DO DISTRITO FEDERAL

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em
dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que
a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.
§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e
Municípios.

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§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados


Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legislativa aplica-se o disposto no art. 27.
§ 4º Lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da polícia civil, da polícia
penal, da polícia militar e do corpo de bombeiros militar. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 104, de 2019)

SEÇÃO II
DOS TERRITÓRIOS

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o
disposto no Capítulo IV deste Título.
§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio
do Tribunal de Contas da União.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma
desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério
Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua
competência deliberativa.

4.0 PODERES LEGISLATIVO EXECUTIVO E JUDICIÁRIO

PODER LEGISLATIVO ART. 44-58 ART. 59-69 E ART.70-75

ART.44 O poder legislativo é exercido pelo congresso nacional, composto pela câmara dos deputados
e pelo senado federal. (bicameral apenas no âmbito federal)
Estados – assembleias, DF – Câmara distrital/legislativa e municípios- câmara dos vereadores
unicameral
CÂMARA DOS DEPUTADOS SENADO FEDERAL
Representa o povo Representa os Estados e o
É a Câmara BAIXA DF
Entre 8 e 70 membros, É a Câmara ALTA
proporcional à População Número fixo, de 3 por Unidade
Mandato de 4 anos (UMA da
legislatura) Federação
Idade mínima: 21 anos Mandato de 8 anos (DUAS
Em regra, casa iniciadora legislaturas)
Se criado território possuirá 4 Idade mínima: 35 anos
deputados Em regra casa revisora
Deputados não tem suplentes Território não possui
senadores
Senadores tem dois suplentes

Eleições majoritárias: Presidente, governador, prefeito e senador.


Não se aplica a fidelidade partidária.
Eleições proporcional: Deputados e vereadores
COM filiação partidária e SEM coligação.

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SENADO CÂMARA

COMPETÊNCIAS DO CONGRESSO, DA CÂMARA OU DO SENADO


ART.48 CN (EXCLUSIVA POR LEI COM SANÇÃO DO PRESIDENTE)
ART.49 CN (EXCLUSIVA POR DECRETO LEGISLATIVO, INDELEGÁVEIS)
ART.51 CD (privativa, resolução, INDELEGÁVEL)
ART.52 SF (privativa, resolução, INDELEGÁVEL)

Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:


I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas ao
Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
Art. 51 IV CF: *SE PROJETO DE LEI CONTENDO AUMENTO DE VERBA, ESTE DEVE SER POR
MEIO DE LEI.
*PARA AUMENTAR SALÁRIO, CRIAÇÃO DE CARGO DA CÂMARA, CABE A CÂMARA E SE FOR
PARA O SENADO CABE O SF (EMA, EMA, EMA, CADA UM COM SEU PROBLEMA)

A CD LEVANTA A BOLA E O STF OU SENADO É QUE CORTA!


CRIME COMUM=STF
CRIME DE RESPONSABILIDADE: SENADO

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de
responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército
e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;
II- processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade;
III - aprovar previamente, por voto secreto, após argüição pública, a escolha de:
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição;
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo Presidente da República;
c) Governador de Território;
d) Presidente e diretores do banco central;

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e) Procurador-Geral da República;
f) titulares de outros cargos que a lei determinar;
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, a escolha dos
chefes de missão diplomática de caráter permanente,
[...]
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão
definitiva do Supremo Tribunal Federal;
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, do Procurador-
Geral
da República antes do término de seu mandato;

*Pode pedido de impeachment face os ministros, apesar de acontecer no Senado quem preside o
SF é o Ministro presidente do STF.
Gera duas consequências: inabilitação por 8 anos para qualquer cargo e/ou perda da função.
OBS: JULGADOS POR CRIME DE RESPONSABILIDADE NO SENADO e crime comum no STF.
PR E VICE
MINISTROS DO STF
MINISTRO DE ESTADO Se crime de resp. conexo ao PR o crime de resp = Senado e se
não for
COMANDANTES DO EMA conexo aí vai para o STF.
CNJ /CNMP *No crime comum apenas o CNJ E O CNMP é que nem sempre terá foro especial
no STF como os demais.
PGR /AGU

IMUNIDADES
ART.53 Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas
opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser
presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos
dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus
membros, resolva sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa
de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a
decisão final, sustar o andamento da ação.

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§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de


quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes
confiaram ou deles receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda
que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só
podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva,
nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam
incompatíveis com a execução da medida.

MATERIAIS (reais ou FORMAIS (procedimentais ou adjetivas)


substantivas)
Aspectos relacionados à prisão e ao
Abrange as opiniões, palavras e processo criminal contra parlamentares
votos, afastando a
responsabilização penal e civil

DENTRO DA CASA É ABSOLUTA, FORA DA CASA É RELATIVA É


RELATIVA,
afastando a responsabilização,
salvo quanto a possível quebra abrangendo apenas os atos relacionados
de decoro parlamentar
ao exercício do mandato.

IMUNIDADE MATERIAL VEREADOR não tem foro especial e nem


imunidade formal
•Abrangência para parlamentares
federais, estaduais e distritais

•Abrangência para parlamentares

municipais (vereadores)

*A imunidade é desde a diplomação, antes da posse.


* Suplente não possui imunidade (somente quando estiver no cargo)
*Única forma do parlamentar ser preso crime inafiançável em flagrante (avisa a casa)
*Para processar por crime anterior a diplomação: não precisa de autorização, e não
suspende
*Para processar por crime posterior a diplomação: não precisa de autorização e a casa
pode suspender por maioria em 45 dias por iniciativa de um partido político.

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*Renuncia o cargo para fugir do STF, mas se acabar o mandato o processo desce pro 1º
grau.

CPI- COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO


Requisitos para a criação: 1/3 CD e/ou SF
• Direito das minorias
• Submissão de requerimento contendo assinaturas à aprovação pelo Plenário
• Ausência de indicação dos partidos e a instalação da Comissão
• Objeto: investigar fato determinado e os conexos
• Prazo: certo e admite prorrogações no limite da legislatura
• Compartilhamento de dados com Poder Judiciário, prova emprestada

 Cláusula de reserva de jurisdição: quebra sigilo, menos o da comunicação – interceptação


 CPIs municipais não quebram sigilo

PODERES DA CPI
PODE NÃO PODE
Decretar quebra de sigilos de dados Decretar quebra do sigilo das comunicações
bancários, fiscais e telefônicos. telefônicas (interceptações)
Busca e apreensão em repartições públicas. Busca e apreensão domiciliar
Prisão em flagrante . Prisões preventiva e temporária
Requisitar informações aos órgãos públicos. Impedir a presença do advogado
Ouvir testemunhas e investigados (respeito ao Impor que investigado assine compromisso de dizer a
direito ao silêncio. Verdade.
Convocar ou convidar Ministros de Estado e outras Condução coercitiva de investigado
autoridades Convocar Presidente da República ou Magistrados
Requerer ao TCU a realização de inspeções e (não convoca os chefes de executivo)
auditorias CPI não possui poder geral de cautela
(Arresto, retenção de passaporte, sequestro, penhora...)

PROCESSO LEGISLATIVO

ART.59 AO 69 DA CRFB/88
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

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ART. 60 DAS EMENDAS CONSTITUCIONAIS


• PR
• 1/3, NO MÍNIMO, DE DEPUTADOS OU SENADORES
• + DA MÉTADE DAS ASSEMBLEIAS LEGISLATIVAS DA FEDERAÇÃO, MANIFESTANDO-SE
POR MAIORIA RELATIVA DOS SEUS MEMBROS.
• PEC VOTADA CD E NO SF 2 VEZES APROVADA 3/5
• OBS: CF não pode ser emendada quando estado de defesa, sítio ou intervenção.
• Não há sanção e nem veto presidencial
• PEC não pode abolir cláusulas pétreas.
• Se rejeitada a PEC só poderá aparecer na próxima sessão legislativa.

INICIATIVA POPULAR FEDERAL 1503: 1% DO ELEITORADO NACIONAL EM AO MENOS 5 ESTADOS


COM NO MÍNIMO 0,3% DE VOTOS EM CADA ESTADO.

ART. 62 DAS MEDIDAS PROVISÓRIAS

Relevância e urgência

Força de lei

Chefe do poder executivo (simetria)

Submeter de imediato ao CN

Já nasce produzindo efeitos (controle político e repressivo)

Vigorará por 60 dias prorrogáveis por mais 60

Converte-se em L.O ou perde a eficácia (Decreto legislativo sobre os efeitos)

MP não revoga L.O/L.C (suspende o que lhe for contrário)

REJEITADA: perde a eficácia desde a edição.

PODER EXECUTIVO ART. 76 A 91

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Vamos trabalhar as diferenças centrais das formas de governo, monarquia e república, sendo elas
as seguintes:

Monarquia República
Hereditariedade (ou seja, ao Eletividade (é preciso ser eleito para
assumir o trono, a pessoa estar no governo)
permanece nele até morrer ou Eleição popular
abdicar dele) Temporariedade (justamente por isso o
Escolha do monarca por via da STF considera inconstitucional
família dispositivo de lei que confere pensão
Vitaliciedade vitalícia a ex governadores)
Irresponsabilidade do rei perante O Presidente responde perante o povo,
o povo logo, é possível o impeachment

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos ministros de
Estado.

CHEFE DE ESTADO X CHEFE DE GOVERNO

É importante ter em mente a diferença entre chefe de Estado e chefe de governo. O chefe de
Estado é aquele que administra as grandes decisões externas, como declarar guerra, celebrar paz,
autorizar a passagem de tropas estrangeiras em território nacional e etc. O chefe de governo, por sua
vez, toma as principais decisões internas, como por exemplo conceder reajustes para a Polícia Federal,
nomear ministros e etc.
Portanto, existem, obviamente, algumas prerrogativas que apenas o Presidente tem, uma vez
que é o chefe de Estado. No artigo 85 da Constituição, por exemplo, é exposto que o Presidente, e
apenas ele, tem a chamada imunidade relativa: na vigência do mandato, o Presidente não responde
por atos estranhos ao exercício das funções.
Para arrematar, então, as ideias de chefe de Estado e chefe de governo, lembre-se que na hora
em que o Presidente da República vai responder, seja por crime comum, seja por crime de
responsabilidade, ele precisa da autorização de ⅔ da Câmara dos Deputados. Mas na hora em que
um governador, por exemplo, vai responder por um crime comum perante o STJ, não é necessária
autorização de ⅔ da Assembleia Legislativa. Assim, se a autorização só é necessária para o
Presidente, é claro notar que, nesse caso, a autorização para a abertura de processo de crime comum
é uma prerrogativa de chefe de Estado.

Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de
Estado.

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no


primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se
houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.

§ 1º A eleição do Presidente da República importará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º Será considerado eleito Presidente o candidato que, registrado por partido político, obtiver a maioria
absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria absoluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte
dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois candidatos mais votados e considerando-se eleito
aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

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§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato,
convocar-se-á, dentre os remanescentes, o de maior votação.

§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um candidato com a
mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da República tomarão posse em sessão do Congresso


Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis,
promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice-Presidente,
salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice


Presidente. Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem
conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões
especiais.

SUBSTITUIÇÃO X SUCESSÃO

Substituição trata de um impedimento eventual, enquanto sucessão trata de um impedimento


definitivo-vacância)
Assim, a linha sucessória para casos de substituição é a seguinte: Presidente, Vice Presidente,
Presidente da Câmara, Presidente do Senado e Presidente do STF.
Para casos de sucessão, apenas o Vice-Presidente pode ser cogitado, os demais apenas
substituem.
Um bom exemplo dessa situação foi o impeachment de Dilma, em que Temer assumiu como
Presidente da República, deixando o cargo de Vice Presidente vazio. Caso algum impedimento
definitivo tivesse ocorrido a Michel Temer, seria o caso de distinção de dupla vacância que é
determinada pela Constituição da seguinte maneira: para o Presidente e Vice, caso haja dupla
vacância nos dois primeiros anos de mandato, são convocadas novas eleições diretas em 90
dias.
2 primeiros anos:90 dias / eleições diretas (povo)
2 últimos anos: 30 dias / eleições indiretas (CN)

Nos casos de governadores e prefeitos-> menos de 6 meses para fim do mandado eleições
indiretas, mais de 6 meses eleições diretas. (com motivação eleitoral)

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos


respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente
da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição


noventa dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos
os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

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Sobre esse artigo é importante salientar que não pode estar na linha sucessória a pessoa
que responde processos com denúncia, como o que aconteceu com Renan Calheiros que era
presidente do senado, mas tinha denúncia recebida contra ele e, por isso, ficou na presidência
do senado, mas não podia ficar na linha sucessória.

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de 4 (quatro) anos e terá início em 5 de


janeiro do ano seguinte ao de sua eleição.

Antigamente, a data de início do mandato era de 1º de janeiro, porém, por ser feriado
universal, o início foi transferido para 5 de janeiro. Esse deslocamento da data foi feito
justamente para permitir que chefes de outros países venham para a posse presidencial. Ainda,
é importante destacar que o dia da posse presidencial é 5 de janeiro, mas dos governadores é
6 de janeiro.

Art. 83. O Presidente e o Vice-Presidente da República não poderão, sem licença do


Congresso Nacional, ausentar-se do País por período superior a quinze dias, sob pena de perda
do cargo.

OBS: caso o Presidente da República não assuma o cargo em 10 dias, o cargo é vago e, caso
ele fique ausente do país por mais de 15 dias sem licença do Congresso Nacional, ele perde o
cargo. Esse dispositivo deve ser aplicado em simetria, logo, vale para o Presidente, governadores e
prefeitos. Várias constituições estaduais afirmavam que para o governador sair do estado por mais de
15 dias era necessária licença da Assembleia e para ele sair do país, por qualquer prazo, também
funcionava da mesma maneira. Isso se dava porque o Presidente, chefe de Estado, sai do país com
grande frequência, mas nos casos de governadores não é da mesma maneira. Finalmente, então, vale
destacar que a duração do mandato é de 4 anos, valendo reeleição, e relembrar que a emenda 111
de 2021 retirou a posse do dia 1º, para o dia 5 de janeiro.

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (Exemplificativo) (regra-


indelegável)
I – nomear e exonerar os Ministros de Estado;
Os Ministros de Estado não precisam passar por sabatina: apenas precisam ser brasileiros e ter mais
de 21 anos. Durante o governo Dilma, houve a indicação do ex-presidente Lula para ocupar o cargo
de Ministro de Estado, mas essa indicação foi vetada pelo STF. Essa situação se repetiu nos governos
Temer e Bolsonaro. Portanto, em alguns casos, é permitida a interferência do judiciário na nomeação
dos Ministros de Estado.
II – exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
III – iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para
sua fiel execução;
V – vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
O Presidente da República pode sancionar e vetar leis. O Presidente da República não sanciona, veta,
promulga ou publica emendas à Constituição. Elas são promulgadas pelas mesas da Câmara e do
Senado, em conjunto com o respectivo número de órgãos. O Presidente da República é, contudo, um
dos legitimados para propor a PEC

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VI - dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem
criação ou extinção de órgãos públicos;

b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

VII - manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes diplomáticos;

VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;

IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;

X - decretar e executar a intervenção federal;

XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa,
expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar necessárias;

XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei;

XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;

XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais
Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco central
e outros servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros do Tribunal de Contas da União;

XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União;

XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII;

XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;

XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por
ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;

XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;

XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional
ou nele permaneçam temporariamente;

XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas
de orçamento previstos nesta Constituição;

XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa,
as contas referentes ao exercício anterior;

XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;

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XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62;

XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição.

XXVIII - propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública de âmbito nacional
previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta Constituição. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 109, de 2021)

Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII
e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União,
que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.

O Presidente da República propõe a decretação do estado de calamidade, mas o Congresso


Nacional é quem decreta.
Cabe ao Presidente da República prestar contas, anualmente, ao Congresso. Caso ele não
preste contas, a Câmara tomará as contas.

CRIMES DE RESPONSABILIDADE

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:

I - a existência da União;

II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais
das unidades da Federação;

III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;

IV - a segurança interna do País;

V - a probidade na administração;

VI - a lei orçamentária;

VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Parágrafo único. Esses crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados,
será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o
Senado Federal, nos crimes de responsabilidade.

§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.

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§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver concluído, cessará o afastamento do
Presidente, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o Presidente da República não estará
sujeito a prisão.

§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser responsabilizado por atos estranhos ao
exercício de suas funções.

Responsabilidade do Presidente da República – Artigos 85 e 86


Competência para julgamento:
a) Crimes comuns: STF. GOV:STJ
b) Crimes de responsabilidade (impeachment): Senado Federal. GOV: Tribunal Especial
(Presidente do TJ + 5 Desembargadores + 5 deputados)
c) Contravenções penais: STF.
d) Crimes eleitorais: STF.
e) Ações populares, ações civis públicas e demais ações: juiz de 1º grau.
f) Ação de improbidade: Senado Federal.
g) Crimes militares: STF.

Obs.: A expressão “infrações penais comuns” abrange crimes militares, crimes eleitorais e
contravenções penais.
Hipóteses de Afastamento
• Crimes comuns: o STF julga. O afastamento acontece se o STF receber a denúncia ou queixa-
crime.
• Crimes de responsabilidade: o afastamento ocorre se o Senado admitir a acusação. –O papel
do Senado no impeachment: admitir ou não o processo. • Duração máxima do afastamento: 180
dias.
Se o julgamento não acabar dentro desse prazo, o Presidente volta a ocupar a cadeira enquanto
está sendo julgado. No Brasil, só houve impeachment da Dilma e do Collor.

Imunidade relativa ou Inviolabilidade Presidencial


• Imunidade à prisão e a processos: o Presidente não responde por atos estranhos ao exercício das
funções. –(Im)possibilidade de aplicação em simetria para demais Chefes de Governo, pois se trata
de uma prerrogativa de Chefe de Estado.
O Presidente da República pode ser preso, desde que haja sentença. Para prender o Presidente: o
crime tem de ser comum, relacionado ao cargo; deve haver autorização de dois terços da Câmara; e
o Supremo precisa receber a denúncia ou queixa-crime, julgar, condenar e mandar prender. O
Presidente não é preso em caso de flagrante, por exemplo. O Governador pode ser preso
preventivamente, por outro lado.

Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República,

Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:

I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;

II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.

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Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos
relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático

§ 1º Compete ao Conselho de Defesa Nacional:

I - opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição;

II - opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal;

III - propor os critérios e condições de utilização de áreas indispensáveis à segurança do território nacional e opinar
sobre seu efetivo uso, especialmente na faixa de fronteira e nas relacionadas com a preservação e a exploração dos
recursos naturais de qualquer tipo;

IV - estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias a garantir a independência nacional


e a defesa do Estado democrático.

PODERES: DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTRICAS

Aqui tratamos do estado de exceção que se baseia na necessidade, temporariedade,


proporcionalidade e tutela política e judicial, ou seja, submetidos ao controle do Congresso e
do judiciário.
DA INTERVENÇÃO: A Intervenção é uma medida excepcional que afasta a autonomia do ente.
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para:
I - manter a integridade nacional;
II - repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em outra;
III - pôr termo a grave comprometimento da ordem pública;
IV - garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da Federação;
V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que:
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, salvo motivo de
força maior;
b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos
prazos estabelecidos em lei;
VI - prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial;
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços
públicos de saúde.
Art.35 O Estado não intervirá em seus municípios, nem a União nos municípios localizados em
território federal, exceto quando:
I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, a dívida fundada;
II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;
III– não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde;

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IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios


indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão
judicial.

Formalidades da intervenção (tanto federal quanto na estadual):


Quando a intervenção é decretada pelo Chefe do Poder Executivo este decreto de intervenção será
submetido à apreciação do Poder Legislativo (CN ou da Assembleia Legislativa do Estado), no prazo
de 24 horas e especificará:
*A amplitude;
*O prazo;
*As condições de execução; e *Se couber, nomeará o interventor.
*Se não estiver funcionando o CN ou a Assembleia Legislativa, far-se-á convocação extraordinária, no
mesmo prazo de 24 horas.
*Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltarão, salvo
impedimento legal.

Intervenção federal nos Estados/DF:


Espontânea - O Presidente toma a iniciativa da intervenção;
• Provocada por solicitação - Quando alguém do próprio Poder Executivo ou do Legislativo "solicita"
(pede) que o Presidente intervenha (e este tem a discricionariedade para intervir ou não);
• Provocada por requisição - Quando o Poder Judiciário (STF, STJ ou TSE) requisita (ordena) a
intervenção federal;
• Provocada por provimento da representação - Trata-se de uma representação que o PGR faz no
STF pedindo a intervenção. Se o STF der provimento (acatar) a esta representação, ele ordenará
que o Presidente intervenha

Provocada por solicitação - Quando alguém do próprio Poder Executivo ou do Legislativo "solicita"
(pede) que o Presidente intervenha (e este tem a discricionariedade para intervir ou não);
Assim, se o Governador de algum Estado ou Assembleia Legislativa (ou Câmara Legislativa no caso
do DF) estiver sofrendo ofensa ao seu livre exercício, solicitará ao Presidente da República que
intervenha. Se quem estiver sendo coagido for o Poder Judiciário, a autoridade deverá solicitar ao STF
e não ao Presidente.

Provocada por provimento da representação - Trata-se de uma representação que o PGR faz no
STF pedindo a intervenção. Se o STF der provimento (acatar) a esta representação, ele ordenará que
o Presidente intervenha. Teremos uma intervenção provocada, dependente de provimento da
representação do PGR, nas hipóteses de: • Prover a execução de lei federal; • Assegurar a observância
dos princípios constitucionais sensíveis (Este é o caso da ADI interventiva): a) Forma republicana,
sistema representativo e regime democrático; b) Direitos da pessoa humana; c) Autonomia municipal;
d) Prestação de contas da administração pública, direta e indireta. e)Aplicação do mínimo exigido da
receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.

DO ESTADO DE DEFESA
Art. 136. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos
e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçada por grave e iminente instabilidade
institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

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DEfesa = DEcreta=DEpois o congresso se manifesta

Quem pode decretar o ESTADO DE DEFESA?


*O Presidente da República, após ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
Ato discricionário do presidente, feito por decreto executivo
Qual objetivo?
*Preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados a ordem pública ou a
paz social ameaçada por:
-Grave e iminente instabilidade institucional ou
-Atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.

§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará:


-O tempo de sua duração;
-Especificará as áreas a serem abrangidas e;
-Indicará, nos termos e limites da lei, as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:

I - restrições aos direitos de:


a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II - ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade
pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.

§ 2º O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta dias, podendo ser prorrogado
uma vez, por igual período, se persistirem as razões que justificaram a sua decretação.

§ 3º Na vigência do estado de defesa:


I - a prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor da medida, será por este
comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao
preso requerer exame de corpo de delito à autoridade policial;
II - a comunicação será acompanhada de declaração, pela autoridade, do estado físico e mental do
detido no momento de sua autuação;
III - a prisão ou detenção de qualquer pessoa NÃO poderá ser superior a dez dias, salvo quando
autorizada pelo Poder Judiciário;
IV - é VEDADA a incomunicabilidade do preso.

§ 4º Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de


vinte e quatro horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que
decidirá por maioria absoluta.

§ 5º Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de


cinco dias.

§ 6º O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de dez dias contados de seu recebimento,
devendo continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.

§ 7º Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.

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• PRESIDENTE DA REPÚBLICA, OUVIDO O


QUEM PODE
DECRETAR
CONSELHO DA REPÚBLICA E DA DEFESA
NACIONAL DECRETA
• PRESERVAR OU REESTABELECER EM LOCAIS
QUAL A DETERMINADOS A PAZ E A ORDEM AMEAÇADAS POR
FINALIDADE GRAVE E IMINENTE INSTABILIDADE OU CALAMIDADES
DE GRANDES PROPORÇÕES NATURAIS .

QUAL O • ATÉ 30 DIAS PRORROGAVEL UMA ÚNICA


PRAZO VEZ POR IGUAL PERÍODO SE RAZÕES
JUSTIFICAVEIS

DO ESTADO DE SÍTIO
Art. 137. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional, SOLICITAR ao Congresso Nacional autorização para decretar o estado de sítio nos casos
de:
I - comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de
medida tomada durante o estado de defesa;
II - declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.

Parágrafo único. O Presidente da República, ao solicitar autorização para decretar o estado de sítio ou
sua prorrogação, relatará os motivos determinantes do pedido, devendo o Congresso Nacional
decidir por maioria absoluta.

ESTADO DE SÍTIO = SOLICITA AO CONGRESSO PREVIAMENTE

ATENÇÃO!
O Presidente da República SOLICITA autorização ao Congresso Nacional a decretação do Estado de
Sítio ouvidos o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional; O Estado de Sítio pode ser
decretado nos casos:
- Comoção grave de repercussão nacional; ou
- Ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa; -
Declaração de estado de guerra; ou
- Resposta a agressão armada estrangeira.

Art. 138. O decreto do estado de sítio indicará sua duração, as normas necessárias a sua
execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de publicado, o
Presidente da República designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

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§ 1º - O estado de sítio, no caso do art. 137, I, não poderá ser decretado por mais de trinta dias, nem
prorrogado, de cada vez, por prazo superior; no do inciso II, poderá ser decretado por todo o tempo
que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira. 30+30+30+30

§ 2º - Solicitada autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o


Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso Nacional
para se reunir dentro de cinco dias, a fim de apreciar o ato.

§ 3º - O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas.

Art. 139. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art. 137, I, só poderão ser
tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I - obrigação de permanência em localidade determinada;
II - detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
III - restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação
de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV - suspensão da liberdade de reunião;
V - busca e apreensão em domicílio;
VI - intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII - requisição de bens.

• PRESIDENTE DA REPÚBLICA, SOLICITA AO


QUEM PODE CONGRESSO AUTORIZAÇÃO E OUVE O
DECRETAR CONSELHO DA REPÚBLICA E DA DEFESA
NACIONAL

• DECLARAR ESTADO DE GUERRA OU RESPOSTA A


QUAL A AGRESSÃO ARMADA ESTRANGEIRA. COMOÇÃO DE
FINALIDADE GRAVE REPERCUSSÃO OU INEFICÁCIA DO ESTADO DE
DEFESA

QUAL O • ATÉ 30 DIAS PRORROGAVEL ATÉ


PRAZO QUANDO PERDURAR A GUERRA

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PODER JUDICIÁRIO ART. 92 AO 126


ORGANOGRAMA

STF

CNJ

STJ TST TSE STM

TJ-TRF TRT TRE

JUIZ JUIZ DO TRABALHO JUIZ ELEITORAL JUIZ MILITAR


ESTADUAL E
FEDERAL

• Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:


• I - o Supremo Tribunal Federal; (11MEMBROS)
• I-A o Conselho Nacional de Justiça; EC 45/2004 (15 MEMBROS)
• II - o Superior Tribunal de Justiça; (33 MEMBROS)
• II-A - o Tribunal Superior do Trabalho; EC 92/2016 (27 MEMBROS)
• III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;
• IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;
• V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;
• VI - os Tribunais e Juízes Militares;
• VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.
• § 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores
• têm sede na Capital Federal.
• § 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o
território nacional.

O CNJ é um órgão administrativo que não tem jurisdição. Para o CNJ, a idade mínima era de 35
anos e a máxima de 66 anos – a EC n. 61/2009 eliminou a condição de idade mínima e idade
máxima

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Não são órgãos do Judiciário:


• STF: turmas recursais não são órgãos do Poder Judiciário. Também não são órgãos do Poder
Judiciário os Tribunais Marítimos, os Tribunais de Contas, a Justiça Desportiva (TJD), o Superior
Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Justiça Arbitral. As funções essenciais à Justiça, Defensoria
Pública, Advocacia Pública, Ministério Público e Advocacia Privada também não integram o Poder
Judiciário. O Ministério Público trabalha junto com o juiz, assim como a Defensoria Pública, assim como
a Advocacia, mas são funções essenciais ao Poder Judiciário e não são órgãos do Poder Judiciário.

Qual é a idade mínima e máxima para ingressar no STF?


A aposentadoria compulsória é aos 75 anos, mas para chegar a ministro ele deve ter, no máximo, 65
anos e, no mínimo, 35 anos.
Para o STJ e TST vale a mesma regra. No TSE, a idade mínima é de 35 e não há idade máxima. Para
os membros do TSE, não há idade compulsória. Dos 7 membros, 3 vêm do STF, 2 do STJ e 2 são
advogados. É certo que os ministros provenientes do STF e do STJ respeitam a idade limite porque,
ao completarem 75 anos são afastados, se aposentam. Para os advogados que compõem o TSE, não
há idade mínima.
O STM possui ministros civis e ministros militares: a CF só refere a idade para os ministros civis, mais
de 35 anos, não fixando a idade máxima.

No braço militar da União, há a Auditoria Militar como 1ª instância e os Tribunais Militares só existem
em tempo de guerra. Se houver recurso da Auditoria Militar, ela vai diretamente para o STM. O STM
tem nome de Superior Tribunal Militar, mas, em regra, ele faz as vezes de um tribunal de 2º grau.

Nos estados em que o efetivo da PM e dos Bombeiros superar 20 mil integrantes, eles poderão
ter Tribunal de Justiça Militar – TJM (TJM-MG, TJM-SP, TJM-PR) que julga os militares estaduais,
os PMs e Bombeiros.

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez anos
de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

• A quais Tribunais se aplica? TST, TRTs, TRFs e TJs
• O STJ = terço constitucional
• Obs: O tribunal pode negar a lista sêxtupla e não necessita justificar sua decisão de
recusa.
• Obs: não cabe a invenção de sabatina.

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:


I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 2 anos de exercício, dependendo
a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e,
nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;
III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I.

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*estabilidade após 3 anos


*estabilidade: 4 hipóteses de perda
O art. 41 da Constituição traz 4 hipóteses em que o servidor estável pode perder o cargo:
• Sentença judicial transitada em julgado;
• Processo administrativo disciplinar (PAD), com contraditório e ampla defesa;
• Extrapolar o limite de gastos com pessoal; e
• Avaliação de desempenho.

Para o membro vitalício, há uma hipótese para perda do cargo:


sentença judicial transitada em julgado.

Uma questão de concurso questionou se a única hipótese de o magistrado vitalício perder o


cargo seria por sentença transitada em julgado. A banca deu a questão como errada. Isso
porque nos crimes de responsabilidade, os membros do STF, do CNJ e CNMP serão julgados
pelo Senado Federal, e uma das possibilidades é a perda do cargo

• Parágrafo único. Aos juízes é vedado:


• I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;
• II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;
• III - dedicar-se à atividade político-partidária.
• IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,
entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;
• V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos três
anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

Entre as garantias conferidas aos magistrados, está a vitaliciedade.


Art 93, V – o subsídio dos Ministros dos Tribunais Superiores corresponderá a noventa e
cinco por cento do subsídio mensal fixado para os Ministros do Supremo Tribunal Federal e os
subsídios dos demais magistrados serão fixados em lei e escalonados, em nível federal e
estadual, conforme as respectivas categorias da estrutura judiciária nacional, não podendo a
diferença entre uma e outra ser superior a dez por cento ou inferior a cinco por cento, nem
exceder a noventa e cinco por cento do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais
Superiores, obedecido, em qualquer caso, o disposto nos arts. 37, XI, e 39, § 4º;
O subsídio mensal do Ministro do STF é o teto previsto na CF. Os Ministros dos Tribunais
Superiores ganham 95% do que ganha um Ministro do STF. Os subsídios dos demais magistrados são
fixados em lei e escalonados, em nível federal e estadual, conforme as respectivas categorias da
estrutura judiciária nacional, não podendo, a diferença entre uma e outra, ser superior a 10% ou inferior
a 5%, nem exceder a 95% do subsídio mensal dos Ministros dos Tribunais Superiores.
Na prática, um desembargador ganha 90,25% do que ganha um Ministro do STF (95% x 95%).
95% de 95% de 95% = 85,73%.

VI – a aposentadoria dos magistrados e a pensão de seus dependentes observarão o


disposto no art. 40;

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A aposentadoria concedida aos magistrados segue a regra das aposentadorias dos servidores,
os magistrados nem sequer têm direito a aposentadoria especial por atividade de risco, como a que é
atribuída aos policiais. A atividade de um juiz na área criminal possui riscos porque lida com facções
criminosas, como o PCC, Comando Vermelho, Família do Norte, Comboio do Cão (no DF).
A Reforma da Previdência (EC n. 103/2019) atinge também os magistrados: o mesmo que vale para
um técnico judiciário, analista judiciário, para um servidor do Ministério da Educação, para um servidor
do Ministério Público, um servidor do Poder Legislativo, todos são atingidos pela mesma norma (art.
40).

O STF retirou o benefício de auxílio-moradia que era pago a todos os juízes e membros do Ministério
Público, restringindo a sua aplicação a hipóteses muito excepcionais.

5.0FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA ART 127 A 135

DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses
sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a


independência funcional. TAMBÉM SÃO OS PRINCÍPIOS DA DEFENSORIA

Art. 128. O Ministério Público abrange:


I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

II - os Ministérios Públicos dos Estados.

§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado


pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos,
após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para
mandato de dois anos, permitida a recondução.

§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista


tríplice dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu
Procurador-Geral, que será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois
anos, permitida uma recondução.

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I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade: 2ANOS e após isso não pode mais perder o cargo (senão por sentença judicial
transitada em julgado);
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público.
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts.
37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I;

II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de
magistério;
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:


I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos
direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
(...)
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada
no artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os


fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede
a de terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que
deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas


e títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização,
exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se,
nas nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
45, de 2004)

Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.

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Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros


nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta
do Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

DA ADVOCACIA PÚBLICA

Art. 131. A Advocacia-Geral da União é a instituição que, diretamente ou através de órgão


vinculado, representa a União, judicial e extrajudicialmente, cabendo-lhe, nos termos da lei
complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de
consultoria e assessoramento jurídico do Poder Executivo.

§ 1º - A Advocacia-Geral da União tem por chefe o Advogado-Geral da União, de livre nomeação


pelo Presidente da República dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de notável saber
jurídico e reputação ilibada.

Art. 132. Os Procuradores dos Estados e do Distrito Federal, organizados em carreira, na qual
o ingresso dependerá de concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem
dos Advogados do Brasil em todas as suas fases, exercerão a representação judicial e a
consultoria jurídica das respectivas unidades federadas. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)

Parágrafo único. Aos procuradores referidos neste artigo é assegurada estabilidade após três
anos de efetivo exercício, mediante avaliação de desempenho perante os órgãos próprios, após
relatório circunstanciado das corregedorias

DA ADVOCACIA

Art. 133. O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus
atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.

DA DEFENSORIA PÚBLICA

Art. 134. A Defensoria Pública é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe, como expressão e instrumento do regime democrático,
fundamentalmente, a orientação jurídica, a promoção dos direitos humanos e a defesa, em
todos os graus, judicial e extrajudicial, dos direitos individuais e coletivos, de forma integral e
gratuita, aos necessitados, na forma do inciso LXXIV do art. 5º desta Constituição Federal .

Parágrafo único. Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito


Federal e dos Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em

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cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia
fora das atribuições institucionais.

§ 1º Lei complementar organizará a Defensoria Pública da União e do Distrito Federal e dos


Territórios e prescreverá normas gerais para sua organização nos Estados, em cargos de
carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada
a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e vedado o exercício da advocacia fora das
atribuições institucionais.

§ 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa


e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes
orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º .

6.0 SEGURANÇA PÚBLICA: A MISSÃO CONSTITUCIONAL DAS POLÍCIAS MILITARES.

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através
dos seguintes órgãos:

I - polícia federal; polícia judiciária

II - polícia rodoviária federal;

III - polícia ferroviária federal;

IV - polícias civis; polícia judiciária subordinados aos governadores

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. Forças auxiliares do exército


subordinados aos governadores

VI - polícias penais federal, estaduais e distrital. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 104, de 2019) subordinados aos governadores (menos a federal)

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VEDADO GREVE para todos da segurança pública, mas sindicalizar só é vedado aos militares.

§ 1º A polícia federal, instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União
e estruturado em carreira, destina-se a:

I - apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços
e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como
outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão
uniforme, segundo se dispuser em lei; (SEM-sociedade de economia mista, está fora, aqui cabe
a PC)

II - prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o


descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas
áreas de competência; (não impede que as outras polícias atuem também, em conjunto)

III - exercer as funções de polícia marítima, aérea e de fronteiras;

III - exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;

IV - exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.

§ 2º A polícia rodoviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das rodovias
federais

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§ 3º A polícia ferroviária federal, órgão permanente, organizado e mantido pela União e


estruturado em carreira, destina-se, na forma da lei, ao patrulhamento ostensivo das ferrovias
federais

§ 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a


competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto
as militares.

§ 5º Às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública; aos


corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de
atividades de defesa civil.

§ 5º-A. Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade


federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais. (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019) Antigos agentes penais

§ 6º As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do


Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais estaduais e
distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios.
Subordinados aos governadores, mas PMDF,PCDF,PPDF E CBMDF têm seus salários
reajustados por lei federal - UNIÃO

§ 7º A lei disciplinará a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança


pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades. (Vide Lei nº 13.675, de 2018)
Vigência

§ 8º Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens,


serviços e instalações, conforme dispuser a lei. (Vide Lei nº 13.022, de 2014) Não importa mais
número de habitantes para o porte de arma e este é de caráter nacional. Possuem ainda o poder
de guarda de trânsito, podendo inclusive multar.

§ 9º A remuneração dos servidores policiais integrantes dos órgãos relacionados neste artigo
será fixada na forma do § 4º do art. 39. Parcela única

§ 10. A segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das
pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
82, de 2014)

I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades


previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

II - compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos respectivos
órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito, estruturados em Carreira, na forma
da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 82, de 2014)

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AQUI NÃO SOU EU QUEM ESTÁ DIZENDO, É O STF!


De acordo com os julgamentos mais recentes do STF, é possível afirmar que o rol de órgãos da
segurança pública não é mais taxativo. Ou seja, houve uma virada na jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal: O Sistema Único de Segurança Pública (SUSP) promove
centralização do planejamento estratégico, e flexibilidade das atribuições dos órgãos
responsáveis pela segurança pública, retirando, portanto, a taxatividade do caput do art. 144 da
CF (STF, ADI n. 6.621).
Obs.: o SUSP foi uma lei validada no Supremo Tribunal Federal. Essa ADI foi em 2021.
A polícia penal entrou como órgão da segurança pública pela Emenda Constitucional n.
104/2019, ou seja, é pacífico que o rol de órgãos pode ser ampliado por meio de Emenda.
O professor Eduardo dos Santos, um dos doutrinadores com livro de referência sobre direito
constitucional, afirma que, quando se reconheceu as guardas municipais com papel de
integrante do sistema único de segurança pública, foi dado a elas o papel de órgão da
segurança pública (2022). A ADPF n. 995 de agosto de 2023 estabelece que as guardas
municipais são reconhecidamente órgãos da segurança pública e integram o SUSP, mesmo
estando fora do caput do art. 144 da Constituição. Outro julgado afirma que “o deslocamento
topográfico da disciplina das guardas municipais no texto constitucional (ou seja, fora do caput
do art. 144) não implica sua desconsideração como agentes da segurança pública, de modo que
não prevalece o argumento acerca da sua simples ausência do pretenso rol taxativo do art.
144.” Ou seja, não é adequado considerar o rol da segurança pública como taxativo.
Sendo assim os guardas e a segurança viária não estão no rol de órgãos da segurança pública,
mas muito recentemente isto vai mudar.

*Competências da PF:
1. Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e
interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras
infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei;
2. Prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o contrabando e o
descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas respectivas áreas de
competência;
3. Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
4. Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da
União.
5.
*Competência da PRF: Patrulhamento ostensivo das rodovias federais, na forma da lei.
*Competência da PFF: Patrulhamento ostensivo das ferrovias federais, na forma da lei.
*Competência da Polícia Civil: Ressalvada a competência da União, possui as funções de polícia
judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.
*Competências da PM: Polícia ostensiva e preservação da ordem pública;
*Competências do Corpo de Bombeiros Militares: Além das atribuições definidas em lei, incumbe
a execução de atividades de defesa civil.
*Competência das polícias penais: A elas cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
Competência da guarda municipal: Proteção dos bens dos Municípios que a instituírem, serviços e
instalações, conforme dispuser a lei.

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*Segurança Viária (inserida pela EC 82/2014):


-Objetivo da segurança viária: Preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu
patrimônio nas vias públicas; Compreende: educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de
outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente;
OBS: Os agentes de trânsito dos Estados, DF e Municípios deverão ser estruturados em carreira, na
forma da lei.

OBS: Ninguém da área da segurança pública tem direito de greve, mas podem associar-se.
OBS: Apenas os militares são proibidos sindicalizar-se.
OBS: Toda a segurança pública recebe por subsídio, ou seja, parcela única.
OBS: O limite de idade não deve ter referência ao momento da posse ou do curso de formação, mas
sim ao momento de inscrição do concurso.
OBS: a Súmula Vinculante n. 39, anterior à EC 104/2019, estabelece que a PCDF, PMDF e CBMDF
(forças de segurança do Distrito Federal) são organizadas e mantidas pela União. Ou seja, as leis para
ajustar os recursos desses órgãos são federais.

GUARDAS MUNICIPAIS:
• Órgão de Segurança Pública
• Estatuto das Guardas Municipais é uma lei Federal válida.
• Missão constitucional: cuidam de bens, serviços e instalações pertencentes ao Município.
• Poder de polícia de trânsito.
• Porte de arma em todo o Brasil.
• Abordagens e polícia judiciária: STF entende que é possível e o STJ entende que pode, desde que
no julgamento mais recente do Supremo Tribunal de Justiça seja ligado à proteção de bens, serviços
e instalações municipais.

A FORÇA NACIONAL NÃO FAZ PARTE DOS ORGÃOS DE SEGURANÇA PÚBLICA.

CHEGAMOS AO FIM DESSE MATERIAL, AMORES E AMORAS.

Espero que você tenha gostado, que tenha lhe ajudado muito, e não esquece, você tem a mim nessa
caminhada!

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#4Fs

Foco
Força
Fernanda

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