Qualidades de Santo
Qualidades de Santo
Qualidades de Santo
Ewá Gyran: É a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que
eles não destruam a terra. É a formação do arco-íris duplo que aparece
em torno do sol. Metade é Ewá e a outra é Bessem. Platina, rubi, ouro e
bronze vão em seu assentamento. Come com Omolu, Oxum e Oxossi.
Ewá Fagemy- A Senhora dos rios encantados, Ela é quem tem o poder de
fazer surgir o arco íris e tem por obrigação sustentá-lo no céu. Ligada a
Airá, Oxun e Oxalá.
Os 16 múltiplos de Exú
Exú Yangui:a laterita vermelha, é a sua múltipla forma mais importante e
que lhe confere a qualidade de Imolê ou divindade nos ritos da criação.
Exú ligado a antigas e grandes sacerdotizas de Oxun.
Exú Agbà: o ancestral, epíteto referente à sua antiguidade.
Exú Igbá ketá: o exú da terceira cabaça
Exú Okòtò: o exú do carocol, o infinito.
Exú Oba Babá Exú: o rei pai de todos os Exús
Exú Odàrà: o senhor da felicidade ligado a Orinxa’Lá
Exú Òsíjè: o mensageiro divino
Exú Elérù: o Senhor do carrego ritual.
Exú Enú Gbáríjo: a boca coletiva dos Orixás.
Exú Elegbárà: o senhor do poder mágico
Exú Bárà: o senhor do corpo
Exú L’Onan: o Senhor dos caminhos
Exú Ol’Obé: o senhor da Faca
Exú El’Ébo: o Senhor das oferendas
Exú Alàfìá: o Senhor sa satisfação Pessoal
Exú Oduso: o Senhor que vigia os Odús.
Itubé Jagun: É jovem e guerreiro; leva na mão uma lança chamada okó;
Tem caminhos com Ogunjá, Oxaguian, Ayrá, Exu e Oxalufan. Não come
feijão preto e é o único que come Igbin (Caracol).
Tetu / Etetu Jagun: É jovem e guerreiro. Come com Ogum e Oyá. Veste
de branco, usa biokô:
Ewá Gyran: É a deusa dos raios do sol. Controla os raios solares para que
eles não destruam a terra. É a formação do arco-íris duplo que aparece
em torno do sol. Metade é Ewá e a outra é Bessem. Platina, rubi, ouro e
bronze vão em seu assentamento. Come com Omolu, Oxum e Oxossi.
Ewá Fagemy- A Senhora dos rios encantados, Ela é quem tem o poder de
fazer surgir o arco íris e tem por obrigação sustentá-lo no céu. Ligada a
Airá, Oxun e Oxalá.
Oxóssi é o único Òrixá que entra na mata da morte, joga sobre si uns
pós-sagrados, avermelhados, chamados Arolé, que passou a ser um de
seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos Eguns.
Sendo ele um rei, carrega o iruquere (espanta moscas) que só era usado
pelos reis africanos, pendurado no saiote.
QUALIDADES
DANA DANA – Tem fundamento com Exu e Ossain. É ele o Òrixá que
entra na mata da morte e sai sem temer Egun e a própria morte. Veste
azul claro, muito impetuoso e foge à toa.
ÍNKÚLÈ ou Oni Kulé- Odé das montanhas, de culto no platô das serras,
muito ligado a Oxaguiã e Jagun, veste verde claro, turquesa.
Poderemos encontrar ainda: Odé Etetú; Odé Edjá, Odé Isanbò, Odé
Ominòn, Odé Oberun’Já.
OTOKÁN SÓSÓ – Embora muitas vezes seja citado como uma qualidade,
não é qualidade, é um oríkì que significa o caçador que só tem uma
flecha . Ele não precisa de mais nenhuma flecha porque jamais erra o
alvo.
Título que Oxóssi recebeu ao matar o pássaro de Ìyámi Eléye. Não
fazendo parte do rol dos caçadores que possuíam várias flechas, Oxóssi
era aquele que só tinha uma flecha.
Os demais erraram o alvo tantas vezes quantas flechas possuíam, mas,
Oxóssi com apenas uma flecha foi o único que acertou o pássaro de
Ìyámi, ferindo-o com um tiro certeiro no peito.
Por essa razão é que ele não recebe mel, pois o mel é um dos elementos
fabricado pelas abelhas, que são tidas como animais pertencentes a
Oxum, mas, também às Ìyámi Eléye.
Então, é èèwò (proibição) para Oxóssi. Por essa razão também, é que se
dá para Oxóssi o peito inteiro das aves, como reminiscência desse ìtàn.
Qualidades:
Oyà Petu – Ligada a Xangô e até confunde-se com ele, Oyá dos raios.
Oyà Onira – Rainha da cidade de Ira, a doce guerreira ligada as águas
de Oxun,veste rosa..
Oyà Bagan – Oyá com fundamento com Oxossi, Ossaiyn,Exú,
guerreira dos ventos os estreitos das matas.
Oyá Senó ou Sinsirá- Oyá raríssima, ligada Yemanjá e Airá
Oyà Topè – mora no tempo ligada a Oxun e Exú (alguns axés a tem
como uma Igbalé)
Babá Ifurú; Babá Okim; Babá Akanjáprikú; Babá R’Oko; Babá Efejó; Babá
Ajalá; Babá Ajagemo; Babá Olokun.
Oxalá compõe com qualquer outro Orixá, por ser universal e singular,
apazigua energias trazendo tranquilidade a qualquer um em qualquer
situação, na vida e na morte.
São sete qualidades de Ogum:
Ògún Meje – ou Mejeje, aquele que toma conta das sete entradas da
cidade de Irê, ligado a Exú, o guardião das casas de Ketu.
Ògún Àmènè ou Ominí – tem ligação com Oxun, cultuado em Ijexá, sua
conta é verde clara.
Ògún Akoró – É o Ogun que usa o mariwò como coroa, sua roupa é o
mariwò, toma conta da casa de Oxalá, muito ligado a Oxóssi e não come
mel.
Ogun Wàrí: é o ferreiro dos metais dourados, ligado a Oxun, ligado ao ar,
por isso o mais requintado dentre todos os Oguns.
Qualidades nagô/vodun
QUALIDADES
Os Airás são mais velhos, fazem parte da família real da dinastia Ifé/Oyó,
suas contas são brancas rajadas de vermelho ou marron.
Airá Intilè: Veste branco/azul claro, aquele que carrega Lufan nas costas
Airá Intilé
É o filho rebelde de Obatalá. Airá Intilé foi um filho muito difícil, causando dissabores a
Obatalá. Um dia, Obatalá juntou-se a Odudua e ambos decidiram pregar uma reprimenda em
Intilé. Estava Intilé na casa de uma de suas amantes, quando os dois velhos passaram à
porta e levaram seu cavalo branco. Airá Intilé percebeu o roubo e sabedor que dois velhos o
haviam levado seu cavalo predileto, saiu no encalço. Na perseguição encontrou Obatalá e
tentou enfrentá-lo. O velho não se fez de rogado, gritou com Intilé, exigindo que se
prostrasse diante dele e pedisse sua benção. Pela primeira vez Airá Intilé havia se submetido
a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas. Foi então que Obatalá
desfez os colares de Airá Intilé e alternou as contas encarnadas com as contas brancas de
seus próprios colares. Obatalá entregou a Intilé seu novo colar, vermelho e branco. Daquele
dia em diante, toda terra saberia que ele era seu filho. E para terminar o mito, Obatalá fez
com que Airá Intilé o levasse de volta a seu palácio pelo rio, carregando-o em suas costas.
Nesta qualidade, Airá Intilé dá a seu devoto um ar altivo e de sabedoria, prepotente,
equilibrado, intelectual, severo, moralista, decidido.
Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz
Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá.
Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada a água e a lama. Mora nos pântanos; usa
contas cristal vestes lilás e veio do país Baribae.
QUALIDADES
Yemanjá Asagba ou Sobá: Ligada a Airá, lufã e Orunmilá, fia algodão, usa
corrente de prata no tornozelo, carrega abebé e sua energia é a espuma
branca do mar e rio, veste branco com prata.
Yemanjá Akurá: Vive nas espumas do mar, aparece vestida com lodo do
mar e coberta de algas marinhas. Muito rica e pouco vaidosa. Adora
carneiro, ligada a Nanã, veste branco aperolado.
Yemanjá Iyá Odo – Vive as margens dos rios, ligada a Oxun e suas
peculiaridades.
Yemanjá Iya Awoyò; : É uma das mais velha, possui ligação com Oxalá,
Oxumarê e Xangô, Veste branco perolado e cristal, responsavel pelas
marés.
Yemanjá Iyágunté: Mãe do rio ógun, esta Yemanjá guerreira usa espada
e tem ligação com Ogun e Oxaguian, carrega abebé, veste azul claro e
Branco perolado.
1) Obá Gìdéò
- Obà Syìó;
- Obà Lòdè;
- Obà Lóké;
- Obà Térà;
- Obà Lomyìn;
- Obà Rèwá.
- ÒSUN IJÍMU ou Ijimú, é outro tipo de Òsun velha. Veste-se de azul claro
ou cor de rosa. Leva abèbé e alfange, tem ligação com as Iyamís, é
responsável por todos os Otás dos rios.
- YEYE OKE Oxun jovem guerreira, muito ligada a Oxóssi, carrega ofa e
erukere
- YEYE OGA é uma òsun velha e muito guereira, carrega abebe e alfange
- YEYE KARÉ é um osun jovem e guereira, ligada a Odé Karè, Logun edé.
-YEYE OTIN- Osun com estreita ligação com Ínlè, ligada a caça e usa ofá
e abebé.
-YEYE IBERÍ ou merimerin- Oxun nova, concentra a vaidade e toda beleza
e elegância de uma Oxun, dizem que ser a Oxun de mãe menininha do
Gantois.
Cargos
Olóyès(quem tem cargo, masculino) , Ogás e Àjòiès(quem tem cargo,
feminino) :
Uma antiga história, conta que Ifá havia orientado um poderoso Rei para fazer um sacrifício.
Ifá disse que ele deveria realizar uma oferenda, para que a sua mulher que estava grávida,
não tivesse nenhum tipo de problema com a criança que estava por nascer. Esse Rei (Osin),
muito poderoso, ignorou as recomendações de Ifá e nada fez.
Passado algum tempo, a mulher de Osin, deu à luz, nascendo um menino. Esse menino foi
chamado de “A Coroa Que Anda com Honra”. Ao longo do tempo, o Rei observou que a
criança não falava nada, quando cresceu um pouco, descobriram que além de não falar, o
menino também não escutava, tratava-se da primeira criança surda e muda que se tem
conhecimento. O Rei fez de um tudo, mas o menino não falava e nem escutava.
O Rei levou a criança aos caçadores de búfalo. Quando lá chegou, os búfalos berraram diante
do menino, mas ele não esboçava nenhum sinal. Eles, então, levaram a criança aos
caçadores de elefante, mas nem assim o menino falava ou escutava. A tartaruga, então,
disse que ele faria com que a criança falasse. O Rei prometeu que, se a tartaruga fizesse a
criança falar, ele dividiria sua casa em duas e daria uma metade para ela.
A tartaruga consultou Ifá, que lhe disse que ela deveria preparar dois feixes de Atori com
alguns elementos que ele lhe daria. Ifá disse que, ele deveria pegar bastante mel e levar em
um caminho onde o filho de Osin sempre passava, explicando tudo que a tartaruga tinha que
fazer, com aqueles Atori preparados.
No outro dia, a tartaruga preparou os feixes de Atori conforme recomendação de Ifá, colocou
ainda, bastante mel no caminho onde ele sabia que o filho de Osin passava e se escondeu
atrás de uma árvore. Todos que passavam naquele caminho provavam o mel até que, passou
o menino mudo e surdo. Quando o menino viu o mel, ele começou a provar se lambuzando
todo. Nesse momento, a tartaruga pegou os Atori que estavam preparados e começou a
golpear o menino, dizendo que ele era um grande ladrão e que deveria se envergonhar, pois
era filho de um rei muito rico.
Após alguns golpes com os Atori preparados, o filho de Osin pela primeira vez em toda a sua
vida, começou a chorar e depois disso, começou a falar. Tartaruga disse: “Você, filho de Osin,
a partir de hoje pode falar e escutar e eu vou te levar para o seu pai”.
Quando chegou diante de Osin, a tartaruga falou: “Eis seu filho, poderoso Osin, falando e
escutando”. Quando o menino começou a falar, Osin começou a chorar e disse: “Conforme
eu prometi, metade da minha casa é sua”. A partir desse dia, o Rei Osin, começou a
reverenciar a Tartaruga.
Orixá rei da justiça, senhor dos trovões, dos céus e do machado! Olhai Por nós!Xangô
poderoso, pai bondoso, mas justiceiro, peço aos teus 12 ministros por nós, para que nos
absolvam no seu grande tribunal do céu e da terra.12 pedras sustentam tua coroa no mais
alto dos penhascos, que oxalá de deu.
Olhai por nós, meu pai, tu és um deus, um orixá que reina no céu e na terra como: Senhor
Kaô,doju,agodô,afunjá,sambará,airá,bá,alafim,ajacá,abomi,aganju e Baru!Estas são tuas
faces,que olham os teus filhos nesta terra de dor e de aflição. Olhai por nós pai, e seus 12
ministros sempre a nosso lado e a favor.12 ministros, 12 coroas,12 meses do ano eu vencerei
e vencerá quem estiver ao noosso lado, pois assim meu pai o senhor xangô quer!
Ao 1° Ministro Abiôdún: peço pela minha saúde
Ao 2° Ministro Onikôvi: Eu peço vitória em tudo que eu queira e mereça!
Ao 3° Ministro Onanxôkun: Eu peço perdão pelas minhas faltas
Ao 4° Ministro Obá Telá: Eu peço amor, e que ele nunca me falte, que eu possa também dar
a quem não tem!
Ao 5° Ministro Olugban: Eu peço justiça e que ela seja feita conforme sua vontade!
Ao 6° Ministro Aresá: Eu peço coragem na luta, e nunca fugir dela
Ao 7°Ministro Arê Otún: Eu peço sabedoria nas decisões.
Ao 8° Ministro Otun-Onikôi: Eu peço autoridade para mandar longe de mim os inimigos!
Ao 9° Ministro Otun-Onanxôkun: Eu peço fartura na minha vida e na minha casa!
Ao 10° Ministro Nfó: Eu peço verdade a qualquer custo
Ao 11° Ministro Ossi-Onikôyi: eu peço união com os meus e com todos os que estão ao meu
lado.
Ao 12° Ministro Fkô-Kabá: Eu peço a misericórdia de xangô, pois através essa reza eu invoco
e peço a ajuda a vocês, os 12 ministros!
Faça um amalá para Sángó e seus 12 ministros! Cozinhe bastante quiabos cortados em
lascas e tempere com dendê, cebola roxa, camarões frescos, uma pitada de pimenta da
jamaica ou 12 atarês(pimenta da costa), 1 orobô descascado e cortado em 12 pedaços, 12
chaves de cera, 12 frutas,12 moedas,12 buzios, 12 quiabos aldentes com as cabeças para
cima representando as coroas dos obás. Quando estiver pronto, regue com mel e
experimente com o dedo indicador da mãe direita e entregue o amalá com a mão esquerda!
E peça tudo... Se quiser coisas específicas pode fazer uma carta em papel sem linha e grafite
e colocar no meio ou colocar coisas específicas como comprar casa(colocar casa de cera)
Corro(...) e etc...
Começando nossa quinta feira com Oxossy! iAdimú para Odé...Oxossy, Ibô, Ibualama... Nos
caminhos de Omolú...ODI MEJI(odu 7) Positivando...
Um alguidá com milho de galinha cozido, 7 espigas de milho torradas, 7 cocadas brancas, 7
búzios,7 bolas de gude, pipocas estouradas na areia da praia no centro do alguidá, 1 maçã
alafiada no meio, 1 orobô inteiro no centro, salpique um pouco de açúcar cristal em cima...
Peça tudo de bom... caminhos...prosperidade...sorte e fim de perseguições...
Um dos trabalhos para Reconstrução de ORI Para Yá ORI nos caminhos do odu OSSÁ MEJI e
com 4 espelhos representando YEROSSUN... Clarividência e centralização...
Para pessoas que sofreram deformidades espirituais de zeladores por ai... e perderam coisas
e a cabeça anda a mil... Tira problemas de depressão...suicídio entre outros... —.
Para abrir caminhos
Feijão fradinho torrado...7 folhas de louro...2 inhames cozidos, um descascado com 7 búzios enfiados
representando o dinheiro do orixá(moeda) e outro inhame com 7 moedas correntes representado nosso
dinheiro
Já que estão pedindo tanto estou voltando esse pulo do gato para mudar cabeças e opiniões!
Para uma pessoas que perdeu seu emprego e deseja se readmitido no mesmo emprego ou
para mudar a cabeça ou opinião das pessoas!
Pegue um cará e cozinhe ele na água, deixe bem cosido! Pegue um prato de barro e escreva
o nome da pessoa que você quer que mude o comportamento, opinião a seu respeito,
coloque em cima do prato de barro, pegue o cará cosido e descascado já e quente, e coloque
ele em pé em cima do nome e vai desfiando ele com um garfo de aço, e vai pedindo para
Nanã mandar Ogum fazer com que mude a cabeça, opinião,comportamento a seu respeito e
até mesmo decisões! E vai desfiando quente ainda, acrescente açúcar mascavo e faça uma
espécie de lama e ofereça Numa mata fechada, lagoa, rio ou numa decisa na sua casa e
deixe por um dia!
Faça um buquê para Iansã com Galhos de Aroeira, Pau D'alho, Peregun, espada de são jorge,
erva prata, alfavaca,galhos de: bambú, coqueiro, amora,e goiabeira. Amarre-os com palha da
costa e todas as cores de fitas que você conseguir! Coloque um copo de água na porta e uma
vela, deixe a porta aberta ou encostada e comece a bater pela paredes e pelo ar esse Buquê,
pedindo a Iansã para tirar todas as pragas, demandas, feitiços, olho grande, invejas e mau
agouro, queimação. No final bata bastante na soleira da porta de entrada e quebre o buquê
com as mãos e despache com a água do copo e quebre a vela e coloque tudo num saco
preto e jogue em um valão, lixo! Se quiser fazer melhor e puder, entregue com uma garrafa
de cachaça em uma encruzilhada aberta para Bára Kessan que em nome de Iansã ele leve
tudo inclusive seus inimigos( nomes se quiser). Depois que fizer isso tudo coloque em um
balde um vidrinho de amônia e passe um passe no chão da casa com água e pano e depois
faça a mesma coisa mas agora com alguma água cheirosa(com essência ou seu perfume
mesmo).
PS: Se quiser pode também assim que acabar de passar o buquê, em cada cômodo fazer
uma trouxinha de pólvora e explodir e jogar água dizendo: " O que apaga o fogo, as invejas,
as pragas e e e e etc é a ÁGUA" !
Pulo do gato de hoje é para osún! Pegue 5 gemas, misture com açúcar mascavo,5 colhas de
louro trituradas, 5 girassóis(ou rosas amarelas),5 punhados de feijão fradinho fervido(usar só
a água) e água de flor de laranjeira(alguma essência de preferencia ou perfume)... ao meio
dia ou seis horas(manhã ou tarde) mas se não conseguir nesses horários sem problemas... :)
faça esse banho, apresente-o ao sol e peça a òsún em nome do ODU OXÊ MEJI que lhe traga
brilho pessoal...material...e espiritual...e muita Riqueza... Depois desse banho pode fazer um
chá de canela em pau, cravo da índia, erva docee casca de laranja e jogar em cima...Kolofé..
Bom dia! Começo meu dia bem.. cheio de trabalhos para fazer... ebós e jogos! Começo o dia
também com a energia de minha ma~e Osún! E coloco esse adimu ai para homenagear
todas as Osúns!
Omolocum feito com feijão fradinho cozido e escorrido, temperado com camarões frescos
fritos juntos com cebola ralada e Dendê e salsinha picada(pegando caminhos de Iyámi
Osósónga) Com 16 ovos CRUS..16 girassóis e arbustos amarelos! Para IJUMÚ a dona do
cordão umbilical e responsável pelos ocutás e pelas 16 Osúns! Esta ai... Esse adimu pode ser
feito para qualquer osún também.. e peçam o que quiserem e o que merecerem... Kolofé...
Quando você não aguentar mais de tantas intrigas(no trabalho, família, relacionamento e
etc...) Coloque um Inhame cará em cima do assentamento de Guiã e deixe-o brotar lé... ou
pode fazer também uma pirâmide de inhame Cará e colocar em cima com uma bandeira
branca na ponta! Faça e vejam a paz chegar... se não tiver assentamento pode colocar em
um prato branco bem no alto de sua cabeça ou no alto de um morro... e é claro para ficar
100% faça um banho com 8 claras em neve... e vista-se com roupas claras...
Agrado para Guiã nos caminhos do ODU EJIONILÊ!
Êpe êpe babá oxolufon... ODU ALÀFIA 16 ! para acalmar...pedir caminhos...vida e muitas realizações... começo o
dia de hoje sexta feira com ALÁFIA e mais tarde um ebó para o mesmo... Kolofé a todos...
Uma base de canjica, 16 uvas verdes, 16 suspiros, 1 obi branco, e 16 folhas de louro e pode colocar 16
moedas tbm e regar com bastante mellllllllllllll
Obará Meji... Nos caminhos de Odé e sángó... tbm consta na apostila de adimús....como
outros agrados para o mesmo odú que será um dos regentes de 2013..
Voltando galera e deixo esse pulo do gato para Vocês meus irmãos! OBATALÁ! Faça um ebô( canjica cozida) e
coloque em uma tigela de louça branca, regue com água de flor de laranjeira ou de rosas, cubra com algodão e
coloque um obi branco alafiado em cima e peça para Obatalá tirar todas as gerras, demandas, brigas,tragédias e tudo
mais! Passe uma faca de madeira no corpo, quebre-a e coloque em cimatambém desse ebô e deixe por 24 horas
apenas em casa e despache em uma estrada depois ou coloque direto em um morro bem alto se não quiser colocar em
casa! E para ficar mais redondinho, tome um banho com á a água da canjica e outro feito de clara de 2 ovos...para dar
caminho, claridade nas vida e tirar também qualquer queimação...êpe êpe Babá...
Para pedir TUDO a Sángó, coisas relacionadas a papéis, justiça, emprego e tudo mais! Com
resultado imediato e rápido! Vá a um lugar que tenha uma padra e seja bem alto...Por volta
de 11:30 da manhã leve 12 quiabos e uma quartinha com água e corte os quiabos em cruz e
batá com com uma vela em um alguidá pequeno de barro bata e va pedindo tudo e isso deve
ser feito em sol bem quente vc sentado(a) nessa pedra! por volta de meio dia experimente
um pouco desse agebó e coloque no chão e esbarre nele para que ele role aquela pedra bem
quente e derrame! Peça tudo a sángó e se quiser mais estoure uma garrafinha de cerveja
preta e peça vitórias também..
Lindo agrado que fiz para meu Pai Oxoguiã nos caminhos de Ejionilê, para tirar fofocas,
brigas e trazer paz... 8 bandeiras, 8 estrelas do mar, o cascos de ibi branco, 8
conchinhas do mar,8 suspiros,8 bolas de cará, 1 obi branco alafiado, 8 cocadas, 8 bandeiras
brancas, 8 folhas de louro, 8 moedas, 8 buzios, 8 punhados de canjica e 1 marça verde
alafiada em 4 partes no meio e tudo regado com bastante azeite doce e salpicado com
açucar cristal! Êpe êpe Babá ta ai a dica
Ta ai mais um pulo do gato! Para tirar perseguição de ancestrais, egungun e Aparaká faça um banho com bastante
água mineral, ou benta com 3 rosas brancas! faça um sumo bem forte e passe pelo rosto... achei isso em meus
guardados antigos hehehe Ok Kolofé
Pulo do gato para Dia de Finados está relacionado a ancestralidade e eu recomendo fazer um
belo agrado de sua intuição para os Orixás que mais relacionados a terra e ancestral... Nanã,
Omolu...Orixás da família Eji( terra) Faça agrados para esses orixás de sua intenção! Omolu
pode ser pipocas estouradas na areia da praia com lascas de coco em cima, nanã pipocas
estouradas no dendê com cebolas roxas fritas no dendê e jogadas em cima! Peça Proteção a
terra, aos ancestrais e a tudo... Ossayn Farofa de mel com fumo de rolo desfiado em cima e
um cacho de uva verde...Oxumarê Amendoim cozido com duas gemas em cima cercado de
ramos de trigo ou louro! Peça Proteção ao ancestrais, terra e vida... Kolofé... at ai a
dica...Derrepente mais tarde publico mais coisas....sem tempo ja de saída...
Galera jaja começo a atender a jogos quem quiser apareça e aproveite que hoje esta por enquanto tranquilo ehhehehe
Kolofé a todos! para jogos Tel: 22709141 ou 97377622 abazinho Thiago de Guiã
E para hoje vamos lá! Sángó! Uma cama de canjica e em cima você coloque um amalá bem quente e feito no dendê!
Coloque envolta 12 quiabos com as coroas para cima e e ao redor coloque 12 doces de coco com um orobô espetado
em cada um! Faça Um acaça e coloque no meio e regue com bastante me, Enfeite com 12 búzios e 12 moedas e
ofereça a Sángó e aos seus 12 obás! Peça tudo que quiser! Problemas relacionados a justiça, Ganhos materiais e
muito mais!
num lugar bem alto e pode ser em sua casa DEPOIS DESPACHA NUM JARDIM
Pulo do Gato de hoje é para pessoas que querem esquecer uma desilusão ou amor ou pessoa
de sua vida! Pegue uma cabeça de cera do sexo da pessoa que se quer esquecer, batize-a
com água benta na testa e coloque nos olhos da cabeça Carvão em pó! Coloque essa cabeça
num prato branco e coloque na porta de uma igreja a noite e acenda 9 velas envolta e peça
para os espíritos andarilhos levarem a desilusão que você teve em relação a pessoa! Incrível
mas você realmente anula a pessoa de sua vida de tal forma que ela some...
Pegue a canjica coloque no prato branco e no meio coloque a quartinha com água
dentro e destampada, e o espelho ao lado. Peça para que a pessoa(Yawô ou
egbomi ou abiã) que segure o prato nas mãos! Segure o espelho e fique passando
perto dos olhos da pessoa para que ele veja seu reflexo e peça a ela para ir
pedindo para sair as pragas de sua vida. Coloque o espelho no prato e peça para a
pessoa olhar para o céu se for a noite para procurar uma estrela e se for de dia
olhar na direção do sol e ir pedindo para sair as pragas. Mande ela fechar os olhos
com o prato ainda nas mãos e ai você deixa ela ali por alguns minutos viajando nos
pensamentos e volta e meia chega perto dela e diz: para não abrir os olhos, não
segurar o prato com muita força e não deixar o prato cair de maneira alguma.
Depois a pessoa ainda de olhos fechados você chega perto e dá um tapa bem forte
para que o prato e a quartinha voe longe e quebre. Ta feito o ebó!
Ajé Ṣàlúgà
No desenho, está representando uma grande concha que tapa seus olhos com uma venda
amarrada e muitas jóias. Pois foi ela quem herdou a maior parte das riquezas de Olokun. Mas
não as riquezas de jóias e adereços, foi outra filha de Olokun que ficou com isso. Mas
representei a desta forma, devido a adaptação do que é riqueza no novo mundo.
Ajé Ṣàlúgà ficou com tudo que é muito bonito e belo no mar, os corais, muitos búzios, as
conchas, os animais, pedras preciosas que Olokun conseguira através de Osumare e as
pérolas.
Porém, Ajé não se resguardou dos preceitos relacionados a sua herança que escondia um
terrível mistério e acabou ficando cega quando espiava os seres humanos.
É uma Iyabá cultuada não só dentro de religiões africanas como em outras também, porém
com nomes distintos.
Boromu!
Boromu é um orixá do deserto, desconhecido no Brasil, mas considerado em Cuba como
esposo de Euá. Muito sábio, é o segredo de Euá e também seu mensageiro. Veste-se de
roupas esvoaçantes, da cor da areia. Representa o esqueleto, o que é deixado de um ser
humano após a morte.
Seu receptáculo é uma sopeira ou tigela de porcelana vermelha que contém 8 otás e uma
mão-cheia de búzios. Seus elekes (colares) são todos vermelhos, mas fecham com uma
conta preta e uma branca. Recebe sacrifícios de galos bancos, pombas e porquinhos-da-
índia.
Lenda: Obatalá teve uma filha muito bonita, virtuosa e inteligente, Euá, que apesar de todos
os seus dotes, nunca tinha demonstrado interesse por nenhum homem. Assim foi até que um
forasteiro chamado Boromu chegou à cidade e ela mudou de comportamento. Tornou-se
arredia, tristonha, desinteressada de tudo. Seu pai, embora sábio, não acreditava - como
diziam - que ela estivesse apaixonada. E, mesmo que estivesse, nada a impediria de ser feliz
ao lado do forasteiro, que, aos olhos de Obatalá, era merecedor de seu carinho. Contudo, Euá
estava grávida e guardava o segredo a sete chaves e Boromu deixara a cidade. Uma noite,
sentido as dores do parto, Euá fugiu da casa do pai e embrenhou-se na mata, onde deu à luz
um menino. Obatalá, ante o desaparecimento da filha, mobilizou todas as forças possíveis
para encontrá-la. O mesmo fez Boromu que, sem saber da gravidez de Euá, deixara a cidade
por causa de uma missão que ela lhe confiara. Depois de alguns dias, Boromu encontrou Euá
desfalecida na floresta, com o filho dormindo a seu lado. Como temiam a reação de Obatalá,
resolveram voltar a seu palácio sem lhe revelar a existência da criança, que esconderam na
mata. No dia seguinte, ânimos serenados, Boromu voltou para cuidar do filho e não o
encontrou. Ele havia sido levado por Iemanjá, que ouvira o choro da criança e a tomara a
seus cuidados. Euá e Boromu nunca mais viram o filho. Diante disso e envergonhados
perante Obatalá, os dois foram viver no cemitério. Hoje, Boromu representa os ossos, o que
restou de um ser humano. Euá, triste e amargurada, cumpre o papel de entregar a Oiá os
cadáveres que Obaluaiê conduz a Orixá Okô, para serem devorados e se transformarem de
novo na lama inicial.
Dando caminho a Ossá Meji com Yorossun no meio representado por 4 espelhos
Reconstruindo um ORI de um amigo que passou por afff mãos enganosas e deu obrigação ,
desequilibrou odus e ORI e Perdeu Tudo
Para finalizar a Sexta feira com meu Grande Papai Oxolufã... nos caminhos do ODU ALÁFIA! Canjica...16 suspiros(
as claras que são feitos os suspiros representam a pureza e o grande alá de oxalá) 16 Uvas verdes, 16 Buzios e é claro
um Obi Funfun com 16 folhas de louro... sagradas para Lufã... e tudo regado com bastante açucar cristal e mel...
DESATA NÓ, GUINÉ E QUEBRA FEITIÇO SÃO FOLHAS USADAS NO BANHO PARA
ATRAIR BOAS ENERGIAS E SAÚDE, ALÉM DE AFASTAR COISAS INDESEJADAS (FOTO:
LÍLIAN MARQUES/ G1)
DINHEIRO, AMOR, BOAS ENERGIAS E SAÚDE. ESSES SÃO ALGUNS DOS MUITOS
PEDIDOS FEITOS PELAS PESSOAS PARA O ANO QUE VAI CHEGAR. ALGUNS
RECORREM À SABEDORIA POPULAR OU AO CANDOMBLÉ PARA PREPARAR SEUS
BANHOS. O DOUTOR EM ANTROPOLOGIA, COM TESE DEFENDIDA SOBRE
RELIGIOSIDADE AFRICANA E TAMBÉM BABALORIXÁ, ISMAEL GIROTO, FALOU
AO G1 SOBRE AS FOLHAS, QUE NO CANDOMBLÉ É TRATADA COM TODO RESPEITO,
SENDO CONSIDERADO UM DOS ASSUNTOS MAIS SÉRIOS NA RELIGIOSIDADE.
"TODO MUNDO PODE TOMAR BANHO DE FOLHA, E ISSO PODE SER FEITO EM
QUALQUER ÉPOCA DO ANO. NÃO EXISTE UM PERÍODO CERTO PARA TOMAR O
BANHO. NO CANDOMBLÉ O BANHO É PREPARADO POR UMA PESSOA QUE É
DESIGNADA PARA ISSO. FORA DO CULTO A FOLHA DEVE SER ESFREGADA ATÉ
TIRAR O SUMO E A ÁGUA FICAR VERDE. DEPOIS A PESSOA COA E TOMA O BANHO.
DEPOIS DISSO NÃO SE DEVE BEBER, NEM UTILIZAR NENHUM TIPO DE DROGA E NEM
FAZER SEXO POR 12 HORAS", EXPLICOU GIROTO.
ITENS
UM PACOTE DE CRAVO
UM PACOTE DE CANELA
SAL DE CHAMA
RAÍZ DE DANDÁ (PORÇÃO)
ACOCÔ
VITEN (FOLHA - PORÇÃO)
FOLHA DA FORTUNA (PORÇÃO)
ÁGUA DE FLOR (1 LITRO PARA TRÊS PESSOAS)
MODO DE FAZER
JUNTO TODOS OS ITENS E BATA NO LIQUIDIFICADOR OU COZINHE POR CERCA DE 15
MINUTOS. TOME O BANHO DO PESCOÇO PARA BAIXO, FAZENDO OS PEDIDOS, E
NÃO ENXUGUE O CORPO. O IDEAL É QUE A PESSOA SÓ TOME OUTRO BANHO APÓS
SEIS HORAS. ESSE BANHO TAMBÉM PODE SER USADO PARA LAVAR CASAS OU
ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS.
CUSTO
ENTRE R$ 10 E R$ 15
FOLHA DESATA NÓ É USADA EM
SIMPATIA PARA AFASTAR
COISAS RUINS E ATRAIR BOAS ENERGIAS
(FOTO: LÍLIAN MARQUES/ G1)
ITENS
FOLHA DE ABRE CAMINHO (PORÇÃO)
FOLHA TOMBA TUDO (PORÇÃO)
FOLHA VENCE TUDO (PORÇÃO)
FOLHA TIRA-TEIMA (PORÇÃO)
GUINÉ
ARRUDA (PORÇÃO)
DESATA NÓ (PORÇÃO)
ÁGUA FRIA OU QUENTE
COMO FAZER
OS INGREDIENTES PODEM SER COZIDOS OU ESFREGADOS NAS MÃOS. AO
PREPARAR O BANHO, A PESSOA DEVE FAZER OS PEDIDOS QUE DESEJA. O BANHO
SERVE TAMBÉM PARA AFASTAR MAUS FLUIDOS E PESSOAS INDESEJADAS. PARA
PURIFICAR AINDA MAIS O AMBIENTE, INCENSOS NATURAIS PODEM SER USADOS,
COMO MIRRA, ALECRIM DE JARDIM OU DO CAMPO E RESINA DE MESCLA.
BANHO
ITENS
FOLHA DE MACAÇA (PORÇÃO)
MANJERICÃO (PORÇÃO)
PALMA DA RAINHA (PORÇÃO)
PÉTALAS DE ROSAS (AMARELAS, ROSAS OU VERMELHAS, PODE SER DA COR DE
PREFERÊNCIA DE QUEM PREPARA O BANHO)
MODO DE FAZER
ESFREGUE AS FOLHAS COM AS MÃOS EM UM RECIPIENTE COM ÁGUA, ENQUANTO
FAZ OS PEDIDOS. TOME O BANHO APENAS DO PESCOÇO PARA BAIXO, SEM MOLHAR
A CABEÇA.
CUSTO R$ 5 A R$ 10
SIMPATIA COM ACAÇÁ BRANCO
ERVAS DE XANGÔ
janeiro 10, 2013 · by poderesdaservas · in Ervas Orixás. ·
Xangô: Folha da costa, matamba, betis cheiroso, levante, folha de fogo, cerejeira, figueira branca,
amoreira, ameixeira, espada de Santa Bárbara, Comigo ninguém pode, cipó mil homens, folhas de
café, folha de manga, Guiné, arruda, limoeiro, umbaúba, vence demanda, urucum, pessegueira,
pau pereira, para raio, noz moscada, nega mina, mutamba, mulungu, manjericão, malva cheirosa,
jaqueira, folha da fortuna, folha da costa, fedegoso, erva tostão, erva de são João, cavalinha.
ERVAS DE OXUM
janeiro 11, 2013Deixe um comentário
Folha de vintém, folha da fortuna, malva, dracena, rama de leite, malva rosa, narciso, flores de
tonalidade amarela, lírios de toda espécie, margaridas, flor de maio, amor perfeito, madressilva,
quioco, [...]
ERVAS DE IEMANJÁ
janeiro 10, 2013Deixe um comentário
Jarrinha, Rama de leite, cana do brejo, betis cheiroso, algas marinhas, alfavaquinha,flores branca
de qualquer espécie, aguapé, camélia, folha da costa, jasmim, lagrima de nossa senhora, macaça,
malva branca, taioba [...]
ERVAS DE OXALÁ
janeiro 1, 2013Deixe um comentário
Oxalá: Tapete de Oxalá (boldo), algodão, arnica da horta, alecrim, folhas e ramos de palmeiras,
folhas de laranjeira, hortelã, erva cidreira, rama de leite, malva branca, saião branco, folha da [...]
DEFUMAÇÃO DE OXALÁ
fevereiro 5, 2013Deixe um comentário
Alecrim, Jasmim, Arnica, Copo de leite, Folha de trigo, Cidreira, Cidró, Funcho. Axé!
DEFUMAÇÃO DE IEMANJÁ
janeiro 31, 2013Deixe um comentário
Três rodelas de charuto, Arruda, Guiné, Pétalas de rosas brancas, Trevo, Perfume de alfazema
(pode acrescentar mel e perfume à gosto). Axé!!!
BANHO PARA CLIMA POSITIVO EM CASA
janeiro 30, 2013Deixe um comentário
DEFUMAÇÃO DE OXÓSSI
janeiro 24, 2013Deixe um comentário
Defumação de Oxóssi: Folha de aipim, Folha de coqueiro, Folha de butiazeiro, Folha de caraguatá,
Eucalipto, Folha de laranjeira. Axé!!!
Banho para atrair sorte: Cambuí, Arruda, Erva de bicho, Folha de fortuna, Guiné, Alevante, Quebra
tudo, Comigo ninguém pode, Funcho, (pode acrescentar mel e perfume à gosto). Axé!!!
DEFUMAÇÃO PARA ESTABELECIMENTO COMERCIAL
janeiro 23, 2013Deixe um comentário
Defumação para estabelecimento comercial: Gengibre ralado, Cravo da Índia, Semente de girassol,
Louro, Açúcar mascavo, Noz moscada ralada, Canela em pó, Breu. Axé!!!
Defumação para progredir na vida: Louro, Cominho em pó, Noz-moscada, Arroz com casca, Aniz,
Malva cheirosa, Manjericão, Incenso. Axé!
BANHO DE DESCARREGO
janeiro 21, 2013Deixe um comentário
Banho de descarrego: Quebra tudo, Quebra pedra, Quebra inveja, Arruda, Guiné, Alevante, Comigo
ninguém pode. Axé!
ERVAS DE EXU
janeiro 18, 2013Deixe um comentário
Abranda fogo, mamona, carqueja, picão preto, unha de gato, arruda, comigo ninguém pode,
arrebenta cavalo, azevinho, bardana, beladona, cactus, cana de açúcar, cansação, catingueira,
corredeira, figueira preta, folha da fortuna, [...]
Zínia, folhas de laranja lima, folhas de milho, barba de velho, vassoura preta, velame, sete
sangrias, sabugueiro, musgo, manjerona, mamona, espinheira santa, carobinha do campo, assa
peixe
ERVAS DE NANÃ
Alfavaca roxa, assa peixe, avenca, cana do brejo, capeba, cedrinho, cipreste, erva de passarinho,
jarrinha, manacá, Maria preta, mutamba, quaresmeira, rama de leite
ERVAS DE IANSÃ
janeiro 14, 2013Deixe um comentário
Erva santa, umbaúba, folhas de bambu, folha de fogo, capeba, perientária, bredo sem espinho,
malmequer branco, dormideira, espada de santa bárbara, flores amarelas ou coral, dracena,
papoula, gerânio, erva de [...]
ERVAS DE OGUM
janeiro 8, 2013Deixe um comentário
Ogum: Espada de São Jorge, crista de galo, folhas de mangueira, Taioba, Cipó chumbo, Palmeira
de dendezeiro (Mariwo), abre caminho, alfavaquinha, arnica, aroeira, capim limão, carqueja, dandá
da costa, erva [...]
ERVAS DE OXOSSI
Oxossi: Alfavaca do campo, jureminha, caiçara, arruda, abre caminho, malva rosa, capeba, peregum, taioba,
sabugueiro, jurema, capim limão, acácia, cipó caboclo, goiabeira, erva de passarinho, guaco, guiné, malva do campo,
[...]
Folhas de Ewa
Maravilha, batata de purga, cana de jardim ou bananeira de jardim, oxibatá lilás, tomateiro, dormideira.
Folhas de Logunede
Combinação das folhas de Oxóssi e Oxum (verificar os caminhos para haver o equilíbrio) +Coqueiro
Folhas de Oxumarê
Folhas de Ossain
OBS: Apesar de todo axé das folhas, e por conseqüência, todas as folhas, pertencerem a Ossain, as
folhas de fundamento do orixá e de uso mais comum para ele são:
Baunilha de nicuri ou nicurizeiro, tira teima, umbaúba branca, aroeira, akoko, cipó milomi ou
jarrinha, balainho de velh
Feitura de Oba
Oro Oba
Igbá arrumado num canto do barracão, ajerè aceso num fogareiro, aiyawo com atacam
ao peito sentada no apere, um ezo feito de palhade caroço de dendê e lasca de madeiras
aceso.Comece a cantar para Oba:
A injo
A injo mureleA injo silé ObáOju ObáSilé Oba o
Pegue entao a pomba rola junto com a folha de jaqueira seca e ponha em cima do
braseiro,segure ate que ela nao consiga mais sair sozinha de cima da brasa, eleve entao
até próximoas narinas da iyawo, esse asé é que traz oba sem falhar.A fumaça ficara
cada vez com o cheiro mais forte, e todos louvando e gritando por Oba comece
então a cantar:
Ponha Odé para caçar com ela.Terminada a matança, de Hun em Oba, cante alujá para
ela, e para Osala, e recolha para asesteira no Honkó.Obs: Para se recolher Oba monta-se
uma cabana dentro do honkó toda em folhas e galjos de j a q u e i r a , e d o l a d o d e
fora do honkó fica um fogareiro aceso durante todo o
t e m p o queimando folhas de jaqueira secas.Fica também um ebó ajé com 7 ovos e 7
akasas dentro de uma panela de barro com agua edendê.
Cantigas de Oba
1 . A l a k o r o Alakoro ki sajo
2 . O b á S a g u n Oba Sagun já pele pe o
3 . O b á S a b a Obá Saba basa rewa o
4 . O b a l é l u w o Oba dudereOba saba oOba dudereBari ekóObá dudereBari
ekó
5 . O b á e l e k o AjaosiSaba eleko ajaosiOromoba samobaObá eleko ajaosi
6 . E u n o f a f a r a m a n Oba loja la ojeE un ofa fara manObá loja la oje
7 . E n u e r e o f á w e r e E nu ere ofá wereFere re kun fere reFere re kun fere re
8 . E n i p o p o f a b i w a l a Eni popo le luwo
9 . A j a b i r i o Ajapa wa kolofe iya
1 0 . E l i r u o Liru odoAjapa kolofe idan
ASSENTAMENTOS DE EXU
TORONIBATOLA
TIRIRI
MARABO
AKESAN
BARAKESAN
BARA IFA
ALAKETU
IGBARAGBO
ELERU
YANGI
OMITALADE
ONA
ORI E ABEWIN
OLÁ
GERÍ
EXU TORONIBATOLÁ
( SANGO E YEMANJA)
material necessário:
AVES:
4 GALOS VERMELHOS
1 POMBO CINZA
1 PINTO
BEBIDAS: RUM, WHISKY, VINHO MOSCATEL, CACHAÇA, ANIZ, CONHAQUE,
WODKA E GIM
COMIDAS
PADÊ FEITO COM CADA BEBIDA OFERENDADA
PADÊ DE DENDÊ
PADÊ DE MEL
AKASA VERMELHO
MODO DE FAZER
FAZER UMA MASSA COM A MISTURA DAS TABATINGAS, LIMALHADE AÇO, OS
DOIS TIPOS DE CARVÃO, MINÉRIO DE FERRO,PIMENTAS, OSUN, WAJI, EFUN,
CASCA DE OSTRA, CASCA DEMEXILHÃO, AREIA, E O LIMO DA PRAIA, LAMA DE
MANGUE, UMAPARTE DE JORNAL DO DIA COM BOA NOTÍCIA, ARIDAN, AZEITE
DEDENDÊ, MEL, TERRA DE BANCO, MOEDAS ANTIGAS
E MOEDASCORRENTES, IMÃ, OURO, PRATA, TERRA DE CEMITÉRIO, O OBÍ E
OSUMO DAS FOLHAS.
AVES
4 GALOS ESCUROS1 POMBO CINZA
BEBIDAS
- DE SETE QUALIDADES
COMIDAS
PADE COM CADA UMA DAS BEBIDAS
PADE DE CAMARÃO SÊCO
BIFE CRÚ COM DENDÊ
MODO DE FAZER
MISTURAR AS TABATINGAS, O PEDAÇO DE AÇO, A PEDRA DE
ENCRUZILHADA. AREIA DE PRAIA, LAMA DE MANGUE, TERRA DE
ENCRUZILHADA, TERRA DE CEMITÉRIO, WAJI, OSUN, EFUN, AÇO
EM PÓ,LIXO DE CASA COMERCIAL E ENXOFRE.
ARMAÇÃO DO AJOBÓ
NUM ALGUIDAR COLOCAR AS BOLAS DE AÇO(BILHA DE
CARRO).,ACOMODAR A MASSA , MOLDAR O EXÚ, ORNAR COM BÚZIOS E
COM OS IDÉ,JOGAR O AZOUGUE E DEIXAR SECAR NA CASA DE EXÙ
DURANTE TRÊS DIASE TRÊS NOITES. APÓS ESTE TEMPOM FAZER O
SEGUINTE RITUAL:
SACRIFICAR OS ANIMAIS
AZEITE DE DENDÊ FERVENDO E PIMENTAS SOCADAS
COLOCAR O IMÃ
POR O SUMO DAS FOLHAS SOBRE O ASSENTAMENTO.
COLOCAR AS BEBIDAS SOBRE O ASSENTAMENTO
OFERENDAR OS PADÊS, AS BEBIDAS E OS AXÉS DOS ANIMAIS EM
FRENTEAO ASSENTAMENTO.
PARTIR UM OBI SOBRE O ASSENTAMENTO
JOGAR PARA VER SE FOI TUDO ACEITO
O BIFE CRU É SERVIDO POR ÚLTIMO.
EXÙ MARABO
SANGO, YEMANJA, OXUN, ÓYA-YANSÃ
MATERIAL NECESSÁRIO
LAMA DE MANGUE
PIMENTADACOSTA
AZEITE DE DENDÊ
BANHA DE ORÍ
12 BÚZIOS ABERTOS
7 FOLHAS DE EXÙ
PÓLVORA
GIM
TABATINGA BRANCA
TERRA DE 3 ENCRUZILHADAS
PIMENTAMALAGUETA
AZOUGUE
OBÍ RALADO
ESPUMA DE SABÃODACOSTA
ALCOOL
7 PREGOS DE COBRE GRANDES
CACHAÇA
MEL
TABATINGAVERMELHA
ANIMAIS PARA SACRIFÍCIO
BODE PRETO OU GATO PRETOAVES
8 GALOS PRETOS
1 POMBO CINZABEBIDAS
7 QUALIDADES DE BEBIDAS DIFERENTES
COMIDAS
-- PADE DAS BEBIDAS OFERTADAS-- PADE COM AZEITE DE DENDÊ-- AKASÁ
VERMELHOS
MODO DE FAZER:MISTURAR AS TABATINGAS , AS TERRAS, O OBI RALADO,
AESPUMA DO SABÃO DA COSTA, A LAMA, PIMENTAS SOCADAS, OSUMO DAS
FOLHAS.
ARMAÇÃO DO ASSENTAMENTO
--COLOCAR A MASSA ORNAMENTADA COM OS BÚZIOS, OSPREGOS E NO
FINAL O AZOUGUE.--DEIXAR SECAR NA CASA DE EXÙ POR 3 DIAS DEPOIS
REALIZAR OS SACRIFÍCIOS E OFERTAR COMIDAS E BEBIDAS.
EXÙ AKESAN
OYA, OXOSI, OBALUAYIE
MATERIAL NECESSÁRIO
ALGUIDAR
IMÃ
OBI
7 MOEDAS DE COBRE
TERRA DE CEMITÉRIO
LIMALHA DE FERRO, COBRE E CHUMBO
PÓDEPRATA
CARVÃO VEGETAL
ENXOFRE EM PÓ
AZEITE DE DENDÊ
FOLHAS DE PITANGA
FOLHAS DE CAIÇARA
RASPA DE BAMBÚ
AZOUGUE
OROGBO
TABATINGA VERMELHA
7 QUALIDADES DE PIMENTA
LIMALHA DE AÇO, BRONZE E ESTANHO
PÓ DE OURO
CARVÃO MINERAL
PIMENTA DO REINO PRETA MOIDA
7 FOLHAS DE EXU
21 BÚZIOS ABERTOS
UM CABRITO MARRON
4 GALOS CARIJÓS
BEBIDAS DE 7 TIPOS
COMIDAS
PADE DE DENDÊ
PADE DE BEBIDAS
AKASÁS VERMELHOS E BRANCOS 7 DE CADA
COMO FAZER
MISTURAR TABATINGA VERMELHA, A RASPA DE BAMBÚ, O IMÃ, ASMOEDAS,
TERRA DE CIMITÉRIO, AS LIMALHAS, OS PÓS DE PRATA, OURO,
ENXOFRE, CARVÃO MINERAL E VEGETAL EM PÓ, PIMENTA DO REINOPRETA,
OS SUMOS DAS FOLHAS DE EXÙ, DE PITANGA, DE CAIÇARA E O OBI
RALADO.ARMAR O AJOBO: FORMAR O VULTO COM A MASSA,
FORMANDO COM OSBÚZIOS OS OLHOS, A BOCA, O NARIZ E OS
OUVIDOS.DEIXAR SECAR POR 3 DIAS E TRÊS NOITES NA CASA DE
EXÙ.APÓS OS TRÊS DIAS E TRÊS NOITES SACRIFICAR OS ANIMAIS,
ARREAR,ARRIAR AS COMIDAS E BEBIDAS.COLOCAR O AZOUGUE.
ÈXÙ BARAKESAN
YEMANJA, OXUN OU QUALQUER ORIXÁ DA ÁGUA
MATERIAL NECESSÁRIO
TABATINGABRANCA
7 PUNHADOS DE ÁGUA DE POÇO
DE ÁGUA DE CACHOEIRA E DA ÁGUA DERIO, AGUA DE FONTE , DE PRAIA E
DE CHUVA.
TABATINGA VERMELHA
LIMALHA DE COBRE E LIMALHA DE LATÃO AMARELO
PÓ DE PRATA
7 FOLHAS DE EXU
E MAIS A FOLHA DE COMIGO NINGUÉM PODE
RABICHO DE EXU
PÓLVORA
PÓ DE CHIFRE DE BOI
7 NOTAS DE DINHEIRO ANTIGO
CARVÃO VEGETAL
AREIA DE 7 PRAIAS
LIMALHAS DE AÇO, FERRO E CHUMBO
PÓ DE OURO
FOLHADAFORTUNA
DINHEIRO EM PENCA
ARRUDA FÊMEA
ENXOFRE EM PÓ
3 FOLHAS DE JORNAL DO DIA
7 BÚZIOS
CARVÃO MINERAL
AZEITE DE DENDÊ FERVENDO
BEBIDAS
7 QUALIDADES DE BEBIDAS FORTES
COMIDAS
7 PADES DIFERENTES
MODO DE FAZER:
MISTURAR A MASSA E ARMAR O ASSENTAMENTO:
NO ALGUIDAR ARRUMAR A MASSA NA FORMA DE UM BUSTO,ORNAMENTAR
COM BÚZIOS, OS OLHOS, NARIZ, BOCA E OUVIDOS.
SECAR POR 3 DIAS E 3 NOITES NA CASA DE EXU
SACRIFICAR OS ANIMAIS E JOGAR DENDÊ FERVENDO SOBRE O
ASSENTAMENTO.
ÈXÙ BARAIFÀ
MATERIAL NECESSÁRIO
PANELA DE FERRO OU DE BARRO
AREIA DE PRAIA
FOLHAS DE 3 JORNAIS
6 CONCHAS DE PRAIA
EFUN
1 IKODIDÉ
TABATINGA VERMELHA
AREIA DO FUNDO DO RIO
16 MOEDAS ANTIGAS
PÓ DE OURO
PEDRA PRECIOSA OU SEMI PRECIOSA
AZOUGUE
TREVO DE 3 PONTAS
AZEITE DE DENDÊ
TERRA DA CASA DE PESSOA FALADEIRA
TERRA DE AVENIDA
6 OVOS DE GALINHA CAIPIRA
OSUN
WAJI
TABATINGABRANCA
FOLHAS DE EXU
TERRA DE 7 ENCRUZILHADAS
16 BÚZIOS
PÓDEPRATA
IMÃ
ATARE
AZEITE DOCE
ORÍ
EXÙ ALAKETÚ
OGUN, XANGO, OBALUAIYE, E OYA
MATERIAL NECESSÁRIO
TERRA DE CEMITÉRIO
7 METAIS EM PÓ
PÓDEPRATA
21 BÚZIOS
TABATINGA VERMELHA
AZOUGUE
ORELHA DE PAU
DENDÊ FERVENDO
WAJI
RASPA DE OSSO DE DEFUNTO
PÓ DE OURO
RABO DE COBRA CASCAVEL
TABATINGABRANCA
ENXOFRE
ATARE
7 MOEDAS ANTIGAS
OSUN
7 FOLHAS DE EXU
ÈXÙ IGBARABÓ
21 BÚZIOS ABERTOS
FOLHA DE MAMONA
TERRA DE CEMITÉRIO
FERRAMENTA DE EXU
ATARE
EFUN
7 MOEDAS ANTIGAS
FOLHA DE JORNAL
OROGBO
PÓ DE OURO
TABATINGA VERMELHA
7 FOLHAS DE EXU
MERCÚRIO CROMO
TERRA DE 7 ECRUZILHADAS DE TERRA
BARRO
OSSO ( RALADO)
AZOUGUE
OSUN
WAJI
7 MOEDAS CORRENTES
OBÍ
7 METAIS DIFERENTES
PÓDEPRATA
FOLHADEARREBENTACAVALO
IODO
ALGUIDAR
MODO DE FAZER :
MISTURAR O MATERIAL SOLICITADO, SACRIFICA-SE 4GALOS E A GALINHA
DA ANGOLA, NA MASSA E CONTINUA A MISTURAR TUDO.ARMAÇÃO DO
ASSENTAMENTO: COLOCA-SE NUM ALGUIDAR A MASSA EOS BÚZIOS ,
JOGA-SE O AZOUGUE E SOBRRE TUDO O SUMO DAS FOLHAS.DEIXA-SE
POR 3 DIAS E TRÊS NOITES NA CASA DE EXU E EM SEGUIDA
SACRIFICA-SE OS ANIMAIS RESTANTES.OFERENDAR OS AXE, AS
BEBIDAS, OS PADES E JOGAR COM CEBOLA PARASABER SE FOI
ACEITO.
ÈXÙ ELERÚ
PARACARREGO
MATERIAL NECESSÁRIO: ÈXÙ FEITO EM DUAS ETAPAS PRIMEIRAETAPA:
PREPARAÇÃO DO BURACO:LOCAL DETERMINADO PELO JOGO, EM ESPAÇO
DENTRO DO TERREIRO,ABRIR BURACO COM DOIS PALMOS DE
PROFUNDIDADE E DOIS DE LARGURAE COLOCAR O SEGUINTE:
MOEDAS DE VÁRIAS NACIONALIDADES
CARVÃO VEGETAL EM PÓ
CARVÃO MINERAL EM PÓ
21 BÚZIOS
7 METAIS EM PÓ
OURO EM PÓ
PRATAEMPÓ
LIMALHA DE CHAVE
JORNAL
1 BODE PRETO ( COLOCAR NO BURACO: O EJÉ E A CABEÇA DO
BODE) FECHA-SE O BURACO E DURANTE TRÊS DIAS COLOCA-SE DIRETO
NO CHÃOFAROFA E DE MEL E NO QUARTO DIAS COLOCA-SE CACHAÇA SOBRE
TUDO.O MESMO PROCEDIMENTO, COMEÇANDO PELO BURACO É FEITO
NUMAENCRUZILHADA PRÓXIMA AO TERREIRO, NESTE CASO COLOCA-SE
ASFAROFAS APENAS NO PRIMEIRO DIA.
SEGUNDAETAPA:MATERIALPARASEGUNDAETAPA.
BARRO
TABATINGA BRANCA
IODO
MOEDAS RECEBIDAS COMO TROCO
METAIS EM PÓ
AZOUGUE
ÁGUA DE CACHOEIRA
FACA SEM CABO
ATARE
EFUN EM PÓ
AZEITE DE DENDÊ
FOLHAS DE EXU
TERRA DE 3 ENCRUZILHADAS
TABATINGA VERMELHA
MERCÚRIO CROMO
JORNAL USADO EM MERCEARIA
PÓ DE MERCADO
TERRA DE CEMITÉRIO
BÚZIOS
OGÓ
OSUN
WAJI
ALGUIDAR REVESTIDO DE METAL
BEBIDAS
7 TIPOS DE BEBIDAS FORTES
COMIDAS
7 PADÊS DIFERENTES
ÈXÙ YANGÍ
( OGUN, OXUMARE. OBALUAIYE, LOGUNEDE E OYÁ
MATERIAL NECESSÁRIO:
YANGI
TERRA DE 7 ENCRUZILHADAS
TABATINGABRANCA
METAIS ( MENOS AÇO E FERRO)
FOLHAS DE MANGUEIRA
EFUN
OURO EM PÓ
21 BÚZIOS
CARVÃO MINERAL
MOEDAS ANTIGAS
PANO PRETO
PÓ DE TELHA QUEBRADA
ATARE MOIDO
LOUÇA QUEBRADA
AZEITE DE DENDÊ
MEL DE ABELHAS
AREIA DO MAR
LODO DE MANGUE
TABATINGA VERMELHA
OSUN
WAJI
AREIA DE CACHOEIRA
PRATAEMPÓ
AZOUGUE
CARVÃO VEGETAL
MOEDAS CORRENTES
PANO VERMELHO
TIJOLO (PÓ)
OGÓ
ALGUDAR NUM 3 E NÚM 1
LEITE DE CABRA
ANIMAIS PARA SACRIFÍCIO.
UM CABRITO CLARO
4 GALOS CLAROS
1 GALINHA DA ANGOLA
1 POMBO CINZA
7 TIPOS DE BEBIDAS FORTES
COMIDAS
PADE DE DENDÊ
PADE DAS BEBIDAS
PADE DE LEITE DE CABRA
COMO FAZER: PREPARAR A MASSA, MOLDAR O VULTO, FAZER OS OLHOS,
BOCA E OUVIDOS COM BÚZIOS E USAR OS OUTROSBÚZIOS PARA ENFEITAR O
EXU.DEIXAR SECAR NA CASA DE EXU POR 3 DIAS E 3 NOITES EAPÓS ESTE
PERÍODO SACRIFICAR OS ANIMAIS, COMEÇANDOPELO CABRITO E
TERMINANDO PELO POMBO.A LOUÇA QUEBRADA FICA AO LADO DO
ASSENTAMENTO,DENTRO DE UM ALGUIDAR.
ÈXÙ OMITALADE
( QUALQUER IYAGBA)
MATERIAL NECESSÁRIO:
UM ALGUIDAR VITRIFICADO
TABATINGA BRANCA
LIMALHA DE FERRO
7 FOLHAS DE EXU
3 FOLHAS DE IYAGBA
MOEDAS CORENTES
21 BÚZIOS
OBÍ RALADO
BEJERECUM
ABERE
ALCOOL
OROGBO RALADO
CARVÃO MINERAL
CENTOPÉIA SECA
CABEÇA DE CABRITO
AREIA DO MAR
TERRA DE RUA
TERRA DE 7 ENCRUZILHADAS
PÓLVORA
AZEITE DE DENDÊ
CACHAÇA
PANO PRETO EM TIRAS
EFUN
LINHAPRETA
1 ALGUIDAR ENFEITADO COM BÚZIOS
21 IMÃS
TERRA DE ARMAZÉM OU QUITANDA
7 QUALIDADES DE PIMENTA
FOLHADEARREBENTACAVALO
ENXOFRE
MOEDAS ANTIGAS
ATARE
LELEKUN
ARIDAN RALADO
OSUN
AZOUGUE
PICHURIN RALADO
LAGARTADEFOGO
CABEÇA DE VÍBORA
TERRA DE CEMITÉRIO
AREIA DE RIO
TERRA DE ESTRADA
TERA DE REDEMOINHO
SAL GROSSO
MEL DE ABELHA
CARVÃO VEGETAL
PANO VERMELHO EM TIRAS
LINHA BRANCA
LIHA VERMELHA
ANIMAIS PARA SACRIFÍCIO:
UM CABRITO CLARO
4 GALOS CLAROS
4 FALINHAS CLARAS
BEBIDAS:7 QUALIDADES BEM FORTESCOMIDAS
FAROFADEÁGUA
FAROFADEMEL
FAROFADEDENDÊ
FAROFA DE AZEITE DOCE
ARMAÇÃO DO AJOBÓ:
ENFEITAR UM ALGUIDAR COM BÚZIOS COLADOS.
NO OUTRO ALGUIDAR COLOCAR AS FOLHAS DE IYAGBA
ESCLHIDAS,POR CIMA VÃO AS LINHAS, BRANCA DEPOIS PRETA E
VERMELHA
FAZER O VULTO E COLOCAR EFUN E OSUN
APÓS 7 DIAS FAZ-SE OS SACRIFÍCIOS DO CABRITO E DOS GALOS
APÓS UM MÊS DO ASSENTAMENTO SACRIFICA-SE AS GALINHAS
MANTER AO LADO DO ASSENTAMENTO UM ALGUIDAR COM
SALGROSSO E OUTRO COM AZEITE DE DENDÊ E MAIS OUTRO
COM MEL.
O VULTO TAMBÉM É ORNADO COM BÚZIOS E FAZ-SE TAMBÉM
OSOLHOS, NARIZ, BOCA E OS OLHOS COM BÚZIOS.
ÈXÙ ONÁ
PARA QUALQUER ORIXA.
MATERIAL NECESSÁRIO:
FERRAMENTA DE FERRO OU BRONZE
ROUPAS BRANCAS
TABATINGA VERMELHA
21 BÚZIOS
UM POUCO DE SAL
21 OVOS CAIPIRA
OBI
2 ESTEIRAS
MORIM BRANCO
TABARTINGA BRANCA
AZEITE DE DENDÊ
ALGUIDAR
21 MOEDAS
7 FOLHAS DE EXU
BEBIDAS:
TODAS AS BEBIDAS FORTES
ÁGUA
ÁGUA DE CÔCO
COMIDAS:
PADE DE DENDE
PADEDEWAJI
PADE DE MEL
MODO DE FAZER: MISTURAR AS TABATINGAS E ARMAR O AJOBÓ--A PESSOA
QUE VAI FAZER O ASSENTAMENTO FICA EM JEJUM, USAROUPAS BRANCAS, E
FICA EM CIMA DAS DUAS ESTEIRAS.--O ALGUIDAR É FORRADO COM
MORIM BRANCO, DEPOIS COLOCA-SE AMASSA FEITA COM A TABATINGA
DE FORMA QUE FIQUE OCUPANDO TODOO ESPAÇO INTERNO DO VASILHAME
E FORMANDO UM BUSTO.--O GALO É PASSADO NO CORPO DA PESSOA
FAZENDO QUE FAZ OS SEUSPEDIDOS--A ORDEM PARA SACRIFÍCIO E A
SEGUINTE: GALOS, GALINHAS, E ASETUS.
SE O ASSENTAMENTO ESTÁ SENDO FEITO PARA MULHER, CORTA-SE
ACABEÇA DA GALNHA BRANCA E NO BICO COLOCA-SE A MOEDA NOBICO.
MOLHA-SE COM DENDE, MEL E GIM.
NO CASO DO ASSENTAMENTO ESTÁ SENDO FEITO PARA HOMEM OPROCESSO
ACIMA É FEITO COM A CABEÇA DE UM GALO.
OS AXES PARA AMBOS SÃO COLOCADOS CRUS NUM PRATO DE BARROCOM
DENDE E UM POUCO DE SAL.
OS 21 OVOS SÃO POSTOS NO ASSENTAMENTO, EM SEGUIDA,DERRAMA-
SE AZEITE POR CIMA.
APÓS 7 DIAS DESPACHA-SE NUMA ENCRUZILHADA, OS OVOS E
OSAXES.
DO CORPO DOS ANIMAIS É FEITO SAARÁ
APÓS TERMINAR O ASSENTAMENTO A PESOA SE AJOELHA EM FRENTEA ELE
E FAZ OS SEUS PEDIDOS.
O OBPI PE PARTIDO E DIVIDIDO ENTRE OS QUE PARICIPARAM
DAOBRIGAÇÃO.
OFERECE-SE UMA BEBIDA A EXU
APÓS 7 MESES SÃO OFENRENDADOS AO EXU 2 GALOS PRETOS OU
2GALINHAS BRANCAS DEPENDENDO DA PESSOA QUE O FAZ.
QUANDO COMPLETAR UM ANO SÃO OFERENDADOS 3
GALOS PRETOSOU 2 GALINHAS E MAIS OVOS, MOEDAS E OBÍ.
MATERIAL NECESSÁRIO
FERRAMENTA
TABATINGA VERMELHA
21 BÚZIOS
21 OVOS CRUS
OBI
2 ALGUIDARES
21 MOEDAS CORRENTES
TABARINGA BRANCA
AZEITE DE DENDE
SAL MARINHO
21 BANANAS D´AGUA
ÁGUA DO MAR
ÁGUA DE CACHOEIRA
ÁGUA DO RIO
BEBIDAS
TODAS AS BEBIDAS FORTES
ÁGUA
ÁGUA DE CÔCO
COMIDAS
PADES EM GERAL
ÈXÙ OLÁ
( OXUN IPONDÁ, OPARÁ, AJAGURÁ, OMINIBU, KARE, IBEJI)
MATERIAL NECESSÁRIO
TERRADOLOCALDOASSENTAMENTO
TERRA DA MARGEM DO RIO
ÁGUA DE CACHOEIRA
RESPADEASSENTAMENTODEEXU
TABATINGAVERMELHA
12 OVOS DE GALINHA
MORIM AMARELO
LATÃOAMARELO
AZEITE DE DENDE
TERRA DE 3 ENCRUZILHADAS
BÚZIOS MOIDOS
ARIDAN RALADO
ÁGUADECHUVA
EFUN
MEL DE ABELHA
ALGUIDAR REVESTIDO DE METAL AMARELO
7 FOLHAS DE EXU
FARINHATORRADACOMAÇUCARVASCAVOOUCRESTAL
PAPEL VEGETAL
CERA DE ABELHA
MIEDAS CORRENTES
OBI
2 ALGUIDARES COMUNS
AREIA DO FUNDO DO RIO
CONCHAS
IKODIDE
TABATINGABRANCA
ORI
5OVOS PATA
BRONZE
OURO
AZEITE DOCE
FAVADEIFA
21 BÚZIOS INTEIROS
FAVASDEOXUN
ÁGUA DE POÇO
OSUN
2 CONCHAS GRANDES
AZOUGUE
5 FOLHAS DE OXUN
PLACENTAHUMANA
ÁGUA DE CÔCO
3 CÔCOS SECOS
GRAFITE OU CARVÃO EM PÓ
MOEDAS ANTIGAS
CACHAÇA
VINHO BRANCO
ANIMAIS PARA SACRIFÍCIO
1 GALINHA DA ANGOLA
1 GALO BRANCO
1PATACLARA
1 GALINHA DA ANGOLA
1 POMBO BRANCO
BEBIDAS
ÁGUA DE CÔCO
VINHO BRANCO
MELADO COM ANIZ
ALUÁ
ÁGUA DE POÇO
CALDO DE CANA
VINHO MOSCATEL
MEL
AZEITE DE DENDE
VINHO BRANCO COM SUMO DE ORIRIPEPE
GIM
ÁGUA DE FLOR DE LARANJEIRA
COMIDAS
PADE DE ARIDAN RALADO
PADEDEOSUN
PADE DE MEL DE ABELHA COM ÁGUA DE FLOR DE LARAJEIRA
MELAÇO
IPETE
BANANA OURO AMASSADA COM MEL
ROLETE DE CANA
AKASÁ BRANCO, AMARELO, GEMA E CÔCO.
MODO DE FAZER
PRIMEIRA ETAPA : BURACO ONDE VAI FICAR O ASSENTAMENTO, É
LAVADO COMÁGUA DE CÔCO ( 3 CÔCOS). APÓS LAVAR EÉ FEITO
UM BURACO COM UM PALMO EMEIO DE FROFUNDIDADE, UNS 35
CENTÍMETROS, E TAMBÉM SE COLOCA ÁGUA DECÔCO. NUM
DESSES CÔCOS FAZ-SE UM BURACO E ENFIA-SE
O PAPEL VEGETAL COMOS PEDIDOS ESCRITOS PELA PESSOA
COM GRAFITE, OU CARVÃO E EMBEBIDO NOMEL. DEPOIS É
VEDADO COM CERA DE ABELHA. ESTE CÕCO FICA DENTRO
DOBURACO JUNTO JUNTO COM MOEDAS CORRENTES E
ANTIGAS, O QUE VAI COBRIR ESTE BURACO É UM PANO
ANARELO REDONDO COM 16 BÚZIOS ABERTOS EM VOLTA.
SEGUNDA ETAPA : MISTURAR AS TABATINGAS, AS TERRAS,
6 GEMAS DE OVOS SENDO3 DE GALINHA E 3 DE PATA. AS
CONCHAS E OS BÚZIOS, TRITURADOS E TORRADOS,OS DEMAIS
ELEMENTOS E ALGUMAS MOEDAS.
TERCEIRA ETAPA : APÓS A FORMAÇÃO DO VULTO NO
ALGUIDAR FORRADO DELATÃO AMARELO, É POSTO PARA
SECAR POR 5 A 6 DIAS NA CASA EXU. EM SEGUIDA ASECAGEM
DERRAMAR SOBRE ESTE A NISTURA FEITA COM VINHO
BRANCO, AZEITEDE DENDE, E MEL, SEGUINDO-SE, ENTÃO, O
SACRIFÍCIO ANIMAL. O IKODIDE ÉCOLOCADO NA ALTURA DA
CABEÇA DO EXU OLÁ.
QUARTA ETAPA : AJOBÓ. NUM ALGUIDAR AO LADO FICAM DOIS
ALGUIDARESUNTADOS COM MEL DE FLOR DE LARANJEIRA,
SENDO QUE CADA UM CONTÉM UMA CONCHA GRANDE UNTADA
COM ORI E CHEIA DE VINHO BRANCO E A OUTRA COMMOEDAS.
O OBÍ É MANTIDO DENTRO DE UM ALGUIDAR COM MEL E ÁGUA
DE POÇO.OS AXÉ DOS ANIMAIS SÃO COZIDOS NO AZEITE DE
DENDE, AZEITE DOCE, MEL E ORIMISTURADOS. DOS ANIMAIS É
FEITO SAARÁ. MANTER SEMPRE UM POUCO DE SALPRÓXIMO
AO ASSENTAMENTO. AS COMIDAS E BEBIDAS SÃO ARRIADAS
EM 7KOLOBOS, SEMANALMENTE, ALTERNADAMENTE.
ÈXÙ GERÍ
( OYA, OMOLU, OBALUAIYE, NANÃ, E OXUMARE)
MATERIAL NECESSÁRIO
BARRO DE ENCRUZILHADA
ÁGUA DE POÇO
FARINHA TORRADA
TABATINGA VERMELHA
WAJI
OSSO DE CABRITO DO TERREIRO
PÓ DE AÇO
IODO
CARVÃO MINERAL
EFUN
ENXOFRE EM PÓ
PIMENTA DO REINO BRANCA
BAMBU RALADO
TERRADEMATA
MOEDAS
ÁGUADECHUVA
ÁGUA DE RIO
AZEITE DE DENDE
TABATINGABRANCA
OSUN
CRAVO DE FERRO
AZOUGUE
CARVÃO VEGETAL EM PÓ
7 FOLHAS DE EXU
FAV DE ATARE
3FOLHASDEOYA:FOLHADEFOGO,ERVAPRATAEESPADADEOYA.
9 FOLHAS DE AKOKO
TERRA DE 3 ENCRUZILHADAS
21 BÚZIOS
COMIDAS
DIVERSOS TIPOS DE PADE
MODO DE FAZER : AS TABATINGAS SÃO MISTURADAS, ACRESCENTANDO-SE O
RESTANTE DO MATERIAL INCLUSIVE OSSO DO CABRITOQUEBRADO.
ARMAÇÃO DO AJOBÓ; DEPOIS DA MASSA PRONTA, MOLDA-SE O VULTO
E DEIXA-SE SECAR POR 7 DIAS NA CASA DE EXU. DEPOIS FAZ-SE OS
SACRIFÍCIOS
Finalizando o dia.. papai Lufã nos caminhos de OFUN MEJI... 10 bolas de Inhame com buzios
cravados, 10 Suspiros, 10 ramos de trigo, 10 folhas de fortun, 1 Casco de Ibi branco com um
Obi branco dentro e uma cama de canjica...sendo regado com mel...azeite doce e salpicado
com açucar cristal.. êpe êpe Babá.. Orisá boBõ agô... Sheuê babá..
Para finalizar a semana bem! Uma agrado simples mas de muito amor e fé.. para O Grande senhor da
Magia...ouro..fogo e dos mistérios e ocultismo! Grande guerreiro bruxo cujo seu nome sihnifica: “ AQUELE QUE
ESCORRE DAS MONTANHAS DE UM VULCÃO” SÓROKÊ... Um adimú feito com milho de galinha e feijão
mulatinho torrados com sal, 7 pontas de cristal, 7 rubis rolados, trigos, 7 moedas douradas, 7 buzios e um suspiro no
meio! Já para quem caminha com ele o grande guardião dos 4 cantos do mundo, o senhor dos caminhos.. BÁRA
ONÃ... Fiz um adimú composto por 21 tipos de grãos crus, 7 suspiros e uma laranja descascada no centro! Laroiê...
OS NOVES ÓRUN DE OYÁ
Assim como Nanã e Obaluaê, Iansã também está ligada ao culto dos mortos, dos Eguns.
Porém, ao contrário destes, Oyá não determina a vida ou a morte, sua função limita-se em
guiar, conduzir, o espírito desde seu despr...endimento do corpo até um dos nove Orùns, de
acordo com as orientações e/ou julgamento de Olodumaré.
Para assumir esse “cargo”, Iansã, segundo a mitologia Yoruba, após inúmeras tentativas,
convenceu ou conquistou a confiança de Obaluaê, que lhe ensinou a lidar e comandar os
Eguns. Porém, Iansã recebeu de Oxossi um Erukerê especial, chamado de Iruexim ou Eruxim,
feito de rabo de cavalo, que tem o encantamento de comandar ou se proteger desses
espíritos. Assim, Oyá encaminha os espíritos a um dos nove Oruns, que são:
Orun Alààfia: Espaço de muita paz e tranqüilidade, reservado para pessoas de temperamento
brando, índole pacífica. Bondosas, pacatas.
Orun Bàbá Eni: Espaço para os grandes sacerdotes e sacerdotizas, Babalorixás, Yalorixás,
Ogans, Ekedes, enfim, espaço para todos os que possuem tempo e responsabilidade dentro
do culto afro.
Orun Ìsolù ou Àsàlù: Local de julgamento por Olodumarè para decidir qual dos respectivos
Orùns o espírito será conduzido.
Orun Rere: Espaço para aqueles que foram bons durante a vida.
Orun Burukú: Espaço ruim, IBONAN “ Quente como pimenta”. Reservado para as pessoas
más.
Orun Marè: Espaço para aqueles que permanecem que tem autoridade absoluta sobre tudo
que há no ORUN (céu) e no AYÊ (terra); para os absolutamente perfeitos, os supremos em
qualidades e feitos. Reservado à Olodumarè e todos os Orixás e divindades.
A partir desse conhecimento é possível perceber a grande importância que Iansã representa
em nossas vidas. Nota-se também, que Oyá é um orixá fundamental para o equilíbrio
espiritual, pois é ela quem domina o ERÓ IKU (segredo da morte). Sendo assim, as Oyás do
culto GBALÉ ou IGBALÈ, são as que exercem essas características, porém é importante
esclarecer que toda IANSÃ possui poder sobre os Eguns (mortos) e Ikú (morte) e que a
palavra IGBALÈ significa: - Aquela que varre a terra. Entretanto, as Oyás Igbalè’s, exercem tal
domínio como característica essencial
Comecei o dia de hoje cedo e com Trabalho.. aiaia Uma vizinha que veio de Minas e estava passando por
necessidades, e bateu aqui.. Abri um jogo e fiz o que podia.. uma sequência de 7 banhos de fundamento, e uma
comida para o pai Maior Lufã nos Caminhos de OFUM MEJI.. Ta ai... Arroz Branco cozido, com 10 suspiros, 10
moedas, 10 buzios, 10 pontas de cristais límpidos para equilibrio, clarividência e etc.. e uma mini coroa no centro de
louro simbolizando vida...
O Omi Eró e o Agbo
Werenjeje: Juquiritiba
Essas folhas são louvadas, quinadas, sendo
desta forma, transformadas no primeiro Ejé, o
Ejé vegetal. Esse sangue verde é utilizado
para a consagração dos objetos dos Òrìsàs e
para purificar as pessoas.
Afere: Crideuva
Apeje: Sensitiva
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ÀFÒMÓN
Elementos: Ar/masculino
As diversas espécies existentes, em sua grande maioria, são nativas da América tropical e encontradas
no Brasil. Estas plantas vegetam sobre árvores, propagando-se através dos pássaros que comem seus
frutos, daí o nome comum de erva-de-passarinho. Embora consideradas parasitas, são, na verdade,
hemiparasitas, pois fazem fotossíntese. Sua propagação independe de solo, por isso medram nas mais
diversas regiões do país.
Àfòmòn é o nome genérico dado pelos nagôs a diversas plantas que utilizam outros vegetais,
principalmente árvores, como substrato. Normalmente pertencem à família das lorantáceas, embora
algumas polipodiáceas ou convolvuláceas estejam, também, incluídas nessa categoria. São atribuídas
aos orixás Obaluaiê, Nanã e Oxumarê, e empregadas nos rituais de iniciação e banhos purificatórios dos
adeptos.
As várias espécies de erva-de-passarinho são utilizadas como remédio, em forma de chá, no combate a
gripe, resfriado, pneumonia e bronquite. Todavia, embora suas sementes sejam comidas pelos pássaros,
para as pessoas são consideradas muito adstringentes e, de algumas espécies, tidas como venenosas.
_____
ABITÓLÁ
Elementos: fogo/feminino
Pode ser considerada uma “folha quente” (“gún” = de excitação) e ligada ao elemento fogo, em banhos é
associada às “folhas frias para que haja equilíbrio”.
Os africanos atribuem-lhe os nomes iorubás de èwòn àdèle, èwòn agogo e ègúnwín (Verger 1995:688), e
utilizam-na em “receita para tratar hemorróidas internas” e “receita para tratar dores no pescoço” (Verger
1995;195,225).
A população serrana do Rio de Janeiro costuma utilizar o chá das folhas do cambará como sucedâneo do
café, e lhe atribuem um ótimo sabor.
Por suas propriedades balsâmicas, suas folhas em infusão têm vasto emprego no combate às doenças
das vias respiratórias, bronquites, tosses rouquidões e resfriados.
_____
ABÉRÉ
Nomes populares: Picão, picão-preto, pico-
pico, fura-capa, piolho-de-padre, cuambu
Elementos: Terra/masculino
Planta Muito popular no território nacional, tem sua origem na América tropical e encontra-se presente na
Europa e na África.
As folhas são também atribuídas a Oxum, com larga utilização em "feitiços". Para esta finalidade são
torradas em panelas de ferro, associadas a outros elementos, para a obtenção do Atin (pó), seguindo o
modelo mítico de que este orixá é considerado "a mãe dos feitiços". In natura suas folhas são também
usadas em assentamentos e trabalhos com Exú.
Utilizado no culto de Ifá pelos Babalaôs, o picão tem os nomes iorubá de elésin máso, akésin máso, oyà,
malánganran, abéré olóko, agamáyàn, agaran mòyàn, àgbède dudu oko, ajísomobíàlá, sendo empregada
tanto em trabalhos benéficos - "proteção contra a ganância", quanto para malefício - "trabalho para fazer
alguém ter pesadelos (Verger 1995:638,495,415).
O picão é uma planta largamente utilizada, sob a forma de chá, na medicina popular, no combate à
hepatite; todavia, seu uso se estende aos casos de febre, males do fígado, rins e bexiga, beneficiando a
função hepática e normalizando a diurese.
Comentário: O Picão preto (Bidens pilosa) é uma planta que, desde 2009, foi reconhecida
oficialmente pelo Ministério da Saúde do Brasil como possuidora de propriedades
fitoterápicas. A erva não tem nenhuma contra-indicação. Ferva o equivalente a uma colher
de sopa de picão em ½ litro d'água e toma de 2 a 3 xícaras por dia. Os benefícios são
magníficos e aparecem em pouco tempo. (Pai Lucas de Odé)
_____
ÁBÈBÈ ÒSÚN
Nomes populares: Erva-capitão, acariçoba, pára-sol, capitão, lodagem
Orixá: Oxum
Elementos: Água/feminino
Planta nativa nas Américas que ocorre, também, na África do Sul, medrando na beira dos rios, lagos e
lugares úmidos.
Esta planta tem "folhas que lembram o formato do leque de Oxum"; é usada como paramento nas festas,
daí a origem de seu nome nagô. Utilizada nos terreiros jêje-nagôs, em rituais de iniciação, agbô e "banhos
de prosperidade". É conhecida, também, pelo nome nagô akáró, que significa "dá poder aos cantos", ou
popularmente como folha-de-dez-réis.
O decocto das raízes da erva capitão combate as afecções do baço, fígado, intestino, diarréias,
hidropisias, reumatismo e sífilis, bem como a planta toda, em uso externo, serve para eliminar sardas e
outras manchas da pele. As folhas tomadas com leite funcionam como calmante e tônico cerebral.
Comentário: Essa folha é essencial para a realização da festa do ipeté de Oxum. De manhã, bem cedo,
as mulheres da roça as colhem, levam para o centro do barracão, onde as lavam entoando cânticos para,
posteriormente, servirem a comida ritualística de Oxum, o ipeté. (Pai Lucas de Odé)
_____
ÁBÈBÈ KÒ
Orixá: Ossaim
Elementos: Terra/feminino
Planta originária da Ásia e cultivada em diversos países como ornamental. No Brasil ocorre em todos os
Estados.
Esta planta é conhecida nas casas jêje-nagôs, também pelos nomes ábèbè kosí ou akosí. É utilizada,
com freqüência, nos candomblés de angola ou jêje, em banhos e sacudimentos; porém nas casas de
alaketu ou ketu, é usada na ornamentação de barracões. Existem variedades com as folhas ovaladas e
todas verdes, ovaladas com bordas brancas e arredondadas com as bordas brancas, sendo esta última a
mais usada na liturgia. Seus nomes nagôs - ábèbè kó (= não é abèbè) e ábèbè kosí (= falso ábèbè)
sãoalusões feitas ao formato de suas folhas, que lembram o ábèbè osum (Hydrocotyle bonariensis Lam.),
reconhecida como o ábèbè verdadeiro de Oxum.
Popularmente, esta planta é utilizada na ornamentação de casas e jardins, não tendo utilidade medicinal.
_____
ÀBÀRÁ ÒKÉ
Orixá: Ossaim
Elementos: Terra/masculino
Planta epífita da família das orquídeas, originária da Ásia, encontra-se aclimatada no Brasil. Vegeta em
abundância nas regiões norte e nordeste, principalmente em áreas próximas ao vale do São Francisco.
Esta orquidácea é utilizada nos rituais de iniciação, banhos purificatórios e na sacralização dos objetos
rituais do orixá.
Suas sementes são aromáticas e usadas medicinalmente nos casos de abalo do sitema nervoso,
histerismo, hipocondria, melancolia, convulsão, coqueluche e tosses rebeldes. A planta toda é
considerada afrodisíaca.
_____
ÀBAMODÁ
Elementos: Água/feminino
Nativa das regiões tropicais asiáticas, foi introduzida há muito na América tropical, ocorrendo em todo o
território nacional.
Em Ilê-Ifé, terra de Ifá, em território yorubá no sudeste africano, nas cerimônias para Obatalá e Yemowo,
após os sacrifícios, as imagens desses Orixás são lavadas com uma mistura de folhas, sendo uma delas
o àbamodá (Verger1981.255), que também é conhecida pelos nomes yorubás erú òdúndún, kantí-kantí
e kóropòn.(Verger1995.641)
Ábámodá, segundo Dalziel (1948:28), em dialeto yorubá significa "o que você deseja, você faz"; todavia,
quando chamada de
erú òdúndún (escravo de odundun), é considerada como folha subordinada e afim, que pode
eventualmente substituir o òdúndún (Kalanchoe crenata (Andr.) Haw), segundo a cosmovisão jêje-nagô.
No Brasil, "alguns zeladores de santo consideram que a folha-da-fortuna pertence a Xangô"; todavia, uma
grande maioria faz uso desse vegetal para diversos outros Orixás, confirmando, desse modo, a tradição
africana de que ela pertença aos orixás-funfun (originais), pois, quando um vegetal é usado para vários
Orixás é porque, com raras exceções, normalmente ele está ligado a Ifá ou Oxalá.
Uma característica dessa planta, é o surgimento de muitos brotos nas bordas das folhas, fato associado à
prosperidade; por isso sua utilização é freqüente nos rituais de iniciação, àgbo, banhos purificatórios,
sacralização dos objetos rituais dos orixás, "lavagem dos búzios e das vistas e para assentar Exu de
mercado".
No campo medicinal, a folha-da-fortuna funciona como refrigerante, diurética e sedativa. Combate
encefalias, nevralgias, dores de dente, coqueluche e afecções das vias respiratórias. É, ainda, utilizada
externamente contra doenças de pele, feridas, furúnculos, úlceras e dermatoses em geral.
_____
ABÀFÈ
Elementos: Terra/faminino
De origem discutível, pois alguns autores afirmam serem nativas da Ásia e da África Tropical; Todavia,
uma grande maioria cita as Bauínias como plantas originárias da América do Sul. As três espécies citadas
ocorrem regularmente em todo o território nacional.
Embora não seja uma planta muito freqüente na liturgia dos vegetais, a pata-de-vaca é usada no Àgbo e
banhos para os filhos de Obaluaiê (branca) e a de Oiá (púrpura), em algumas casas de santo.
A Bauhínia perpurea, que possui rosas escuras ou púrpura, segundo alguns usuários, não são indicadas
para combater a glicosúrea; todavia, tem aplicação litúrgica.
Como fitofármaco, tanto a B. forticata (flores brancas e pétalas finas) quanto a B. candicans (flores
brancas de pétalas largas) são amplamente conhecidas não só nos terreiros, como também pela
população geral, pois as duas são morfológicamente muito semelhantes, sendo usadas para combater a
diabetes.
Em outras indicações, sempre sob a forma de chá, ou de decocção, as folhas dessas leguminosas são
usadas internamente contra infecções renais, incontinência urinária e poliúria, e, externamente, no
combate a elefantíase.
___
OMIERÓ e ÁGBO
(Peregun - Nativo)
Órógbò ralado.
Azeite doce.
Átín.
Oxum:
1. Pèrègún.
2. Tótó (colônia)
Iemanjá/ Oxumarê
1. Pèrègún.
2. Tótó (colônia)
3. Rínrín (Alfavaquinha de cobra).
4. Ewé òwú (folhas de algodão).
5. Tètèrègún (cana do brejo).
6. Awùrépépé (agrião do Pará)
7. Ewé ogbó (orelha de macaco, rama de leite).
8. Ewé Kúkúndùnkú (batata doce – folha)
Oxalá:
1. Pèrègún.
2. Akòkó.
8. Osìbátà
Ewé Orò
Ọ̀sónyìn, o orixá patrono da vegetação e divindade das folhas litúrgicas e
medicinais. É cultuado nos terreiros de Candomblé, principalmente, durante o
processo iniciático quando banhos, atin (pós) e “descarrego” são feitos com o
auxílio das folhas. Sua importância é tão abrangente dentro da religião que
nenhuma cerimônia pode ser praticada sem a sua participação, pois sendo o
detentor do àṣẹcontido nos vegetais, todos os Òrìşà dependem dele, por isso diz-se
que sem folhas não tem orixa -kò sí ewé kò sí Òrìşà
Compartimento
Folha Principal Ewé Inón Ewé Ojúoró Ewé Ọgbọ́ Ewé Afẹ́rẹ́
Folhas alongadas ou que possuem forma fálica Folhas arredondadas ou que possuem forma
são masculinas. uterina são femininas.
Masculino Feminino
Dentro, ainda de uma visão binária, os jêje-nagô consideram, ainda que as folhas
possam estar posicionadas no lado direito - apá ọ̀tún -, que é masculino e positivo
em oposição ao esquerdo - apá òsì - que é feminino e negativo.
Todavia, essa não é uma condição sine qua non quando analisamos mais
detalhadamente a utilização dos vegetais, pois, percebemos que algumas folhas
positivas se relacionam com o lado esquerdo ou feminino e vice-versa, daí,
encontrarmos folhas femininas usadas com fins positivos e folhas masculinas
consideradas negativas. Verger (1995:25) cita, pôr exemplo, “que entre as folhas
há quatro conhecidas como (...) as quatro folhas masculinas (pôr seu trabalho
maléfico)...; e quatro outras tidas como antídotos...”. Entre estas últimas êle inclui
o Ọ̀dúndún, que é uma folha feminina, porém, positiva, o que nos faz crer que as
diversas condições binárias não interagem de modo rígido entre si, mas sim
transitam dinamicamente de um lado para o outro, pois, como vimos, uma folha
masculina pode estar situada junto aos elementos da esquerda pôr ser considerada
negativa e vice-versa.
Àwọ́n Ewé
Tọ́tọ́ Jọ́kọ́jẹ́ Àgbaó Tẹ̀tẹ̀ ẹ̀gún Rín Rín Ọgbọ́ Gbọ̀rọ̀ ayaba Étìpọ́nlá
Yèmọnj Ọ̀sányi
Ọ̀ṣùn Ṣàngó Òṣàlà Ọ̀ṣùn Àwọ́n ayaba Ṣàngó
a n
O mel, por exemplo, não pode ser incluído entre os elementos que compõem o
àgbó Ọ̀ṣọ́ọ̀si, pois é um dos seus interditos alimentares, enquanto está presente nas
preparações destinadas a todos os outros òrìṣà, o mesmo sucede com o dendê em
relação a Òsàlá.
Verger (1968a), estudando o papel das plantas litúrgicas entre os Yórùbá, vai
dividi-las em duas categorias: "igègùn òrìṣà" e "èrò òrìṣà", a primeira categoria para
"excitar os òrìṣà" e a segunda para "calmar os òrìṣà". Explicita quanto ao termo
"gùn" que este significa "montar" e induz a idéia de cavalgar, sendo que os adeptos
que são possuídos pelas divindades são denominados de "elégùn" ou "esín òrìṣà"
cavalo do deus concluindo que as espécies colocadas sob esta categoria servem
para propiciar a possessão. Contrariamente, as plantas classificadas como de calma
(èrò) teriam o efeito de abrandar o transe, apaziguar o òrìṣà. Estas categorias
mencionadas por Verger foram extraídas de textos dos Odù e no curso de nosso
trabalho conseguimos identificá-las nas "kòrín ewé" ou "cantigas de folha",
integrantes do ritual "Àsà Òsányìn" ou como chamada Sasanho, no qual as espécies
são louvadas antes de serem empregadas. Os textos das cantigas aparecem mais
adiante na linguagem ritual e em tradução para apresentar o significado, tanto
literal quanto a dos grupos Jêje-Nagô.
O termo gùn aparece com a mesma conotação nas cantigas que visam detonar
o àṣẹ da "folha"Pẹ̀rẹ̀gún e da "folha" Tẹ̀tẹ̀ ẹ̀gún. Quanto à categoria èrò,
podemos encontrá-la explícita nas cantigas que se referem a ìrókò (Ficus doliaria,
M., Moracease, Ba-35) e Ọ̀dúndún, espécies conotadamente de calma, tanto no
Brasil, como em Cuba e na Nigéria "(...) evocam a idéia de retorno à calma através
do emprego de folhas de Ọ̀dúndún e da água contida na concha do caramujo.
O movimento é a mediação que produz uma comunicação que, por sua vez,
restabelece a ordem. Esta ação, portanto, é associada à imparidade nos ritos de
limpeza e/ou purificação, que vão produzir o bem-estar, advindo da estreita ligação
com os òrìṣà. A limpeza e a purificação rituais os "sacudimentos", cujo sentido
explícito de movimentos se encontra na denominação do rito, são realizados com
número ímpar de espécies vegetais (1,3,7) e visam anular a desordem proveniente
de um estado de "doença". Este estado, contudo, não se refere apenas a distúrbios
fisiológicos, mas, sobretudo, à ruptura da ligação (falta de comunicação) necessária
para o bem-estar (saúde) entre os árá-aiyé e os árá-òrún, entre a oposição binária
complementar fundamental, entre a vida e a morte, entre o natural e o
sobrenatural.
Dentro da lógica do sistema de classificação dos vegetais foi detectada, além dos
pares Macho/Fêmea, Agitação/Calma, outra sub-divisão, a das plantas substitutas,
aquelas que são ewé ẹrú- folhas escravas das outras. Estas espécies estão
diretamente relacionadas à folha principal de cada uma de nossas categorias-
chave. Assim é que, por exemplo, a principal no compartimento fogo, ewé
inón estão unidas outras espécies denominadas de suas "escravas", que podem
substituí-las ou a ela se agregar para a obtenção de fins almejados. Tal associação
implica, portanto, na noção de Família empregada na classificação botânica
clássica. Da mesma forma, as substituições podem ser efetivadas à nível de
espécie: em vez de Ọ̀dúndún pode ser empregada Àbámodá, ambas pertencentes
à categoria èrò e também ao compartimento ewé omi. Dalziel (1948:28) se refere
a ewé Àbámodácomo o que você deseja, você faz em tradução literal do nome, e
acrescenta que ela também é chamada de ẹrú-ọ̀dúndún escravo de ọ̀dúndún.
Percebe-se o estabelecimento de uma extensa rede de "relações de parentesco"
entre as folhas principais e suas substitutas afins. A existência destas afinidades
também percebidas por Cabrera (1980a:179) está de acordo com o cuidado
recomendado por nossos informantes, na composição harmônica de uma
preparação, pois uma não-afinidade pode causar malefícios; assim é que as "folhas"
de Şàngó nunca devem ser colocadas no Àgbo deỌbalúwaìye, da mesma forma
que os "seus quartos devem ser separados". Estas precauções estão
fundamentadas nos mitos que relatam a constante luta desses òrìṣà pelo coração
de Ọya.
Ewé Òrìşà
ABIU OSÀN ÀGBÀLÙMÒ Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. , Sapotaceae
ABIU OSÀN ÀGBÀLÙMÒ Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk., Sapotaceae
ABIU ROXO OSÀN Ẹ̀DÙN Chrysophyllum cainito, L., Sapotaceae
AWERE PẸ́PẸ́ Spilanthes acmella DC. var. oleracea (L.) Hook. f.,
AGRIÃO DO PARÁ
Asteraceae
Ẹ́YÀ ÀGBÁYUN
AMORA Morus nigra L., Moraceae
DÚDÚ KAN
ANGICO DA FOLHA
Myrciaria tenella (DC.) O. Berg, Myrtaceae
MIÚDA
BENÇÃO DE DEUS EWÉ GBÚRE OSUN Talinum paniculatum (Jack). Gaertn., Portulacaceae
Citrus aurantium subsp. bergamia (Risso) Wight &
BERGAMOTA
Arn., Rutaceae
DÁGUNRÓ
CARRAPICHO Acanthospermum hispidum DC., Asteraceae
GOGORO
EWÉ PẸ̀RẸ̀GÚN
COQUEIRO DE VÊNUS Dracaena Fragrans Massangeana, Laxmanniaceae
FUNFUN
CRAVO VERMELHO ,
ESPADA DE SÃO JORGE EWÉ IDÁ ÒRIŞÁ Sansevieria trifasciata Prain., 1903, Ruscaceae
ESTORAQUE
Styrax pohlii A.DC., Styracaceae
BRASILEIRO
FAVA DE XANGÔ ÀGBAÀ Entada gigas (L.) Fawc. & Rendle, Mimosaceae
FOLHA DA RIQUEZA EWÉ AJÉ Aerva lanata (L.) Juss. ex Schult., Amaranthaceae
FOLHA DE DEZ RÉIS AKÁRÒ Hydrocotyle umbellata L., Apiaceae
JAMBEIRO ROSA IGI ÈSO PUPA Syzygium malaccense (L.) Merr & Perry, Myrtaceae
ÒROMBÓ
LARANJA AMARGA Citrus aurantium L., Rutaceae
GAINGAIN
LÍNGUA DE VACA EWÉ ENU MALÚ Chaptalia nutans (L.) Polak, Asteraceae
MAL-ME-QUER DO
Grindelia robusta Nutt., Asteraceae
CAMPO
MEXERICA ,
MUSGO ,
MUSGO DA PEDREIRA ,
MUSGO MARINHO ,
OBÍ OBÍ GBANJA Cola nitida (Vent.) Schott & Endl., Sterculiaceae
PALMA VERMELHA ,
PALMEIRA AFRICANA ,
URTIGA VERMELHA EWÉ AJOFA Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd., Urticaceae
URTIGA VERMELHA EWÉ JOJOFA Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Wedd., Urticaceae
VASSOURINHA DE ÀSARÁGOGÓ
Sida rhombifolia L., Malvaceae
RELÓGIO
VASSOURINHA DE SENI
Polygala paniculata L., Polygalaceae
SANTO ANTÔNIO
Àgbo
Banhos
Defumadores
Medicinal
As plantas e seus empregos dentro dos cultos não se limitam ao uso ritualístico,
sendo difundido o uso medicinal de algumas espécies. Comumente são plantas
indicas na medicina popular.
Sacudimentos
Culinária
Assentamentos
Iniciação
Ornamental
Ebós e Cerimônias
Apesar do axé de todas as folhas pertencer a Ossain, todos os orixás possuem suas próprias
folhas, algumas para usos iniciáticos, outras para banhos, outras para pós, algumas tão quentes ou
tão frias, que seu uso não é recomendável, algumas somente para feitiços, etc. Cada tipo de folha
pode pertencer a mais de um orixá.
CLASSIFICAÇÃO:
Essa divisão remonta à classificação dos orixás por elementos, apesar de sabermos que os orixás
podem ter, e efetivamente possuem, folhas pertencentes a todos os elementos. A chave é o
equilíbrio. Só para lembrar, a divisão dos orixás por elementos é:
ORIXÁS DE FOGO: Exú, Ogum, Xangô, Oyá.
ORIXÁS DE TERRA: Ogum (o ferro), Oxóssi, Omolú/Obaluaê, Nanã.
(lama = terra + água), Oxumarê e Logun.
ORIXÁS DE ÁGUA: Iemonjá, Oxum, Nanã, Oxumarê, Logun, Obá, Yewá, Oxalá (nas chuvas finas).
ORIXÁS DE AR: Oyá, Oxalá (nas nuvens e no céu), Oxumarê (no arco
íris).
Devemos ter em mente que esta classificação é genérica, pois não leva em consideração que, em
suas qualidades, os orixás se relacionam com outros orixás e, conseqüentemente, com outros
elementos. Por exemplo, Oyá Onira = fogo + ar + água = água fervente ou vapor d’água; Ogum
Alagbedê = fogo + ar = ferreiro do céu; Odé Inle = terra + ar + água, etc. Por isso, é aconselhável
o uso equilibrado dos quatro elementos num amaci/abô/omieró, principalmente no que diz respeito
aos rituais iniciáticos.
Outra classificação diz respeito à polaridade das folhas, determinada normalmente por seu
formato, onde temos:
GUN X ÈRÒ
Folhas de fogo ou terra, que Folhas de ar ou água, que
Facilitam a possessão e exci- abrandam o transe e acal-
tam o orixá e a pessoa. mam o orixá e a pessoa.
Geralmente, usam-se 7 folhas para banhos de Exú e 16 para os banhos de orixás, mantendo-se
sempre a harmonia e o equilíbrio dentre os elementos já descritos.
Nos abôs ou amacis de iniciação, procuramos sempre usar oito folhas fixas e 8 que variam de
acordo com o orixá pessoal do novo iaô. Em nossa casa, as folhas fixas são:
Peregun – masculina, gùn, terra
Colônia – masculina, èrò, terra
Oriri – feminina, èrò, água
Macassá – feminina. gùn, água
Cana do Brejo – masculina, gùn, ar
Carurú s/Espinho – feminina, èrò, terra
Beti Branco – feminino, èrò, água/ar
Elevante – feminino, gùn, água
OBS: Todo banho (seja amaci ou abô) com fins rituais deve ser de erva fresca, colhida na parte da
manhã com os devidos cuidados e rituais, quinado e devidamente rezado e imantado com uma
vela acesa durante a sua preparação.
OBS: As folhas grifadas em itálico são as de uso mais freqüente em banhos, iniciações ou lavagens
de assentamentos e afins.
EXÚ
Picão, cambará, erva do diabo ou figueira do inferno, aroeira vermelha, dormideira, pimentas
(quaisquer), arruda, olho de gato, carrapicho, tiririca, alfavacão, perpétua, sapê, cansanção,
trombeta roxa, urtiga, maconha, branda-fogo ou folha de fogo, vassourinha ou mastruz, mamona
vermelha, corredeira, coroa de cristo, cana de açúcar, arrebenta cavalo, bico de papagaio,
azevinho, carurú ou bredo com espinho, tento de Exú, comigo ninguém pode, assafétida, erva de
bicho, espinheiro, erva grossa, losna, hortelã pimenta, mandacaru, cacto, palmatória de Exú, pau
d’alho, fortuna, patchouli, babosa, assa peixe, avinagueira, barba de diabo, fedegoso, garra de
diabo ou garra de Exú ou unha de Pomba Gira, Jamelão, jurubeba, sempre viva, tinhorão roxo.
OGUM
Romã, milho, aroeira branca, akoko, alumã, visgo, sumaúma, cipó chumbo (Ogunjá), lírio do brejo,
pinhão branco ou roxo, tiririca, sapê, capixaba, espada de São Jorge, lança de São Jorge, abre-
caminho, guiné, guiné pipiu, cajazeiro, dendezeiro ou màriwò, babosa, oficial de sala, folhas de
inhame cará, dandá da costa (capim e raiz), mangueira (principalmente espada), vence demanda
ou vence tudo, peregum verde, agrião do brejo ou erva botão ou pimenta d’água), carurú sem
espinho, araçá, costela de adão, eucalipto, goiabeira, espinheira santa, São Gonçalinho,
alfavaquinha, beldroega, camboatá, canela de macaco, capim limão, cordão de frade ou São
Francisco, erva tostão, erva de bicho, língua de vaca, losna, mutamba, pé de pinto, mal me quer,
coqueiro, carrapeteira.
OXÓSSI
Folhas de milho, folhas de coqueiro, murici, akoko, São Gonçalinho (principalmente os mais
guerreiros), visgo, pinhão branco e roxo, carrapicho, chifre de veado, dandá da costa, sapê, taioba
(principalmente Odé Inle), rama de leite, lágrima de Nossa Senhora, guiné, guiné pipiu, acácia ou
chuva de ouro, folhas de guaximba ou língua de galinha, jasmim manga, carqueja, jurubeba, capim
limão, cordão de frade ou São Francisco, caiçara, guapo, colônia, alecrim do mato ou do campo,
araçá, cajueiro, cipó caboclo, erva curraleira, espinheira santa, juremeira, nicurizeiro, erva
passarinho, chapéu de couro, assa peixe, alfavaca, carurú sem espinho, cana fita, capeba,
groselha, ingá, língua de vaca, peregum verde, pitanga.
OSSAIN
OBS: Apesar de todo axé das folhas, e por conseqüência, todas as folhas, pertencerem a Ossain, as
folhas de fundamento do orixá e de uso mais comum para ele são:
Baunilha de nicuri ou nicurizeiro, tira teima, umbaúba branca, aroeira, akoko, cipó milomi ou
jarrinha, balainho de velho, aridan (folhas e favas), pimenta da costa, cipó chumbo, bejerecum
(folhas e favas), dandá da costa, andará (folhas e favas), sapê, hibisco vermelho ou branco
dobrado, trombeteira, quebra-pedra, erva pombinho, mamona, rama de leite, lágrima de Nossa
Senhora, erva vintém, pitangueira, jurubeba, ingá, obi, guapo, orobô, patioba, peregum (verde ou
rajado), barba de São Pedro ou sene, carrapicho, erva pita, araçá, jureminha, cacau, café,
carobinha, chapéu de napoleão (folhas), erva andorinha, losna, olho de boi (folhas), louro, alecrim,
alfavaquinha, amendoeira, beldroega, canela de macaco, erva tostão, folhas de ficus, folhas de
fumo, mal me que, língua de galinha ou guaximba.
OMOLÚ/OBALUAÊ
Pata de vaca branca, erva passarinho, sete sangrias, rabujo, sabugueiro, cipó chumbo, jenipapo,
alfavaca, canela de velho, melão de São Caetano, quebra pedra, erva moura, gervão, mostarda,
cipó cabeludo, transagem, juá de capote, fedegoso, maria preta, olhos de santa luzia ou
marianinha, coreana, coroa de cristo, babosa, barba de velho, jequitirana, cordão de frade ou de
São Francisco, vassourinha, barba de boi, erva pita, erva de Sta. Maria, carobinha, cinco chagas,
copaíba, coqueiro de purga ou de catarro, erva andorinha, erva de bicho, erva grossa, pau d’alho,
kitoko, velame, viuvinha, cana do brejo, alumã, beldroega vermelha, crisântemo, confrei.
OXUMARÊ
Erva passarinho, língua de galinha ou guaximba, dormideira, amendoim, folha da riqueza (fortuna
ou dólar ou dinheiro em penca), jibóia, folhas de batata doce, maria preta, bananeira, vitória régia,
oxibatá, tomateiro, trancinha de Oxumarê, melão de São Caetano, coqueiro de Vênus, mutamba,
parietária, rama de leite, cipó milomi ou jarrinha, arrozinho, melancia, ojuorô, samambaia de poço
ou pente de cobra, folhas trepadeiras, de um modo geral.
IROKO
Gameleira branca ou Iroko, abiu, barba de velho, cajueiro, colônia, jaqueira, mãe boa, cipó milomi,
noz moscada, folhas de fruta pão, graviola, bananeira, mangueira, castanha do Pará, erva pita,
árvores centenárias de grande porte.
XANGÔ
Fortuna, cambará, romã, umbaúba branca ou vermelha, tamarindo, jaqueira, erva de São João,
alfavaca, xanan (aipim ou carurú sem espinho – para Barú), erva tostão, pimenta de macaco,
carurú sem espinho ou Oyó, branda fogo ou folha de fogo, azedinha ou avinagueira, campainha,
jaborandi, crista de galo, gerânio cheiroso, capim fino, flamboyant, carrapeteira, cinco chagas,
capim limão, alibé de Xangô (folhas e favas), orobô, castanha do Pará, vence demanda, oxibatá
vermelho, urucum, cascaveleira ou xique-xique, cajueiro, camboatá, cruzeirinho, manjerona,
negra-mina, salsaparrilha, iroko ou gameleira branca, kitoko, lírio vermelho, lírio branco, elevante,
aroeira, beijo vermelho, capeba, erva prata, jarrinha ou cipó milomi, malva, para-raio, panacéia,
mangericão roxo, pena de Xangô.
OYÁ
Pata de vaca rosa, fedegoso, aroeira, dormideira, pinhão branco e roxo, bambú (folhas), maravilha,
trombeta rosa, erva tostão, erva prata, espada de Sta. Bárbara, lança de Sta. Bárbara, branda fogo
ou folha de fogo, campainha, mutamba, gerânio cheiroso, taquari, fruta pão, para-raio, flamboyant,
quiabo, amora, maracujá, cinco chagas, oxibatá rosa ou vermelho, crista de galo, erva santa,
jaborandi, peregum rajado, língua de vaca, umbaúba vermelha, carurú sem espinho, canela de
macaco, capeba, erva passarinho, cipó milomi ou jarrinha, malva rosa, negra mina, parietária,
rama de leite, taioba branca.
OXUM
Erva capitão ou abebê d’Oxum, picão, melão d’água, cipó milomi ou jarrinha, lavanda, vassourinha
de relógio, pimentinha d’água ou oripepê, bem me quer, mangericão branco, melão, aguapé,
elevante, hibisco, beti cheiroso ou aperta ruão, beti branco, sândalo, carurú sem espinho, cana de
jardim, brilhantina, trevo de quatro folhas, mal me quer ou calêndula, erva cidreira, pata de
galinha, capim fino, jambeiro rosa, erva vintém, erva doce, pitangueira, mãe boa, macassá ou
catinga de mulata, girassol (pétalas), erva de Sta. Luzia, oxibatá amarelo ou branco, oriri,
vassourinha d’Oxum, canela, alface, assa peixe, cabelo de Vênus, flor de ouro ou botão de
orunmilá, cajueiro, cravo, dinheiro em penca, dólar, jasmim, tapete d’Oxum, poejo, colônia, lótus,
melissa, flor de laranjeira, alfazema, lírio, agoniada, amor do campo, capeba, malva branca,
parietária, rama de leite.
LOGUN
Combinação das folhas de Oxóssi e Oxum (verificar os caminhos para haver o equilíbrio) +
Coqueiro de Vênus, chifre de veado, comigo ninguém pode verde, peregum rajado.
YEWÁ
Maravilha, batata de purga, cana de jardim ou bananeira de jardim, oxibatá lilás, tomateiro,
dormideira.
OBÁ
Vitória régia, oxibatá vermelho, tangerina, rosa vermelha.
IBEJI
Sapoti, flamboyant, quiabo, cana de açúcar, maracujá, bananeira, abacaxi, araruta, poejo, uva.
IEMONJÁ
Melão d’água, coqueiro, lírio do brejo, melancia, mangericão branco, elevante, maricotinha, beti
branco, beti cheiroso, erva da jurema, erva prata, carurú sem espinho, capeba, pariparoba, taioba
branca, mostarda, lágrima de Nossa Senhora, salsa de praia, azedinha do brejo ou erva saracura,
mãe boa, macassá, emília, pandano (Iamacimalé), oxibatá branco, vassourinha, árvore da
felicidade (Iamacimalé), colônia, agrião d’água, camboatá (Iamacimalé), rosa branca, uva,
verbena, umbaúba branca, algas, panacéia, alfazema, macela, aguapé, condessa, dandá do brejo,
malva branca, papo de peru, rama de leite, araçá da praia.
NANÃ
Pata de vaca branca ou rosa ou lilás, erva passarinho, espelina falsa, língua de galinha ou
guaximba, taioba, aguapé, melão de São Caetano, baronesa ou jacinto d’água, mostarda, cipó
cabeludo, maria preta, balaio de velho, marianinha, xaxim, azedinha do brejo, mãe boa, batatinha,
guacuri, oxibatá lilás, arnica do campo, manacá, quaresmeira, viuvinha, umbaúba branca e roxa,
vassourinha, alfavaca roxa, avenca, broto de feijão, cana do brejo, capeba, cipreste, cipó milomi
ou jarrinha, macaé, rama de leite.
OXALÁ
Fortuna, coqueiro, tamarindo, dama da noite, trombeta branca, oripepê, manjericão branco, erva
de bicho ou folha de igbi, guando, boldo ou tapete d’Oxalá, beti branco, beti cheiroso ou aperta
ruão, erva prata, mamona branca, brilhantina, parietária, mutamba, lágrima de Nossa Senhora,
beldroega, trevo de quatro folhas, algodão, alecrim, fruta pão, mamoeiro, cabaceira, graviola,
dendezeiro, salvia, língua de galinha ou guaximba, erva vintém, azedinha do brejo, gameleira
branca, folha de inhame cará, macaé, cinco chagas, ingá, macassá, saião, emília, bananeira,
guapo, língua de vaca, oxibatá branco, oriri, chapéu de couro, carurú sem espinho, cana do brejo,
amendoeira, bálsamo, espinheira santa, benjoim, erva doce, colônia, lírio branco, jasmim ou
junquilho, mirra, noz moscada, pixurin, uva verde, maria sem vergonha branca, oliveira, elevante,
beldroega, louro, malva branca, paineira.
Picão (ABÉRÉ)
Orixás: Exú (em pó ou para feitiços) e Oxum
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: chá – hepatite, febres, males do fígado, rins e bexiga.
Cambará (ÁBITÓLÁ)
Orixás: Exú e Xangô
Elementos: fogo/feminino/gùn
Terapêutica: infusão – doenças respiratórias, tosses, bronquites, rouquidão e resfriados.
Romã (ÀGBÀ)
Orixás: Xangô e Ogum
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: Chá da casca – gargarejos p/garganta. Xarope do fruto – amidalites, afecções
urinárias, gastrites, cólicas intestinais, hemorróidas.
Milho (ÀGBÀDÓ)
Orixás: Ogum e Oxóssi
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: o cabelo – problemas renais.
Umbaúba (ÀGBAÓ)
Orixás: Branca – Iemonjá, Ossain e Nanã; Roxa – Xangô, Oyá e Nanã
Elementos: terra/feminino/èrò
Terapêutica: frutos: asma e bronquites – chá das folhas: hipertensão, doenças respiratórias,
cardíacas, renais e diabetes.
Fedegoso (ÀGBÒLÀ)
Orixás: Exú, Oyá e Omolú
Elementos: fogo/feminino/gùn
Terapêutica: desconhecida
Coqueiro (ÀGBON)
Orixás: Ogum, Oxóssi, Iemonjá e Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: água de coco – contra desidratação, problemas intestinais, náuseas, vômitos e enjôos
de gravidez.
Tamarindo (ÀJÀGBAÓ)
Orixás: Xangô e Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: higiene bucal (folhas maceradas) – dor de dentes (chá) – digestivo e laxante (polpa do
fruto) – as folhas debaixo do travesseiro proporcionam sono tranqüilo aos agitados e insones.
Aroeira (ÀJÓBI)
Orixás: Ogum, Oxóssi, Xangô e Ossain
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: anti-reumático, bronquites, feridas, tumores, inflamações, corrimentos, diarréias e
gastrites.
Acocô (AKÓKO)
Orixás: Ossain, Ogum, Oxóssi
Elementos: terra/masculino/ èrò
Terapêutica: desconhecida
Sabugueiro (ÀTÒRÌNÀ)
Orixás: Omolú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: chá: afecções bronco-pulmonares, excitante, sudorífero, febrífugo, combate gripes,
resfriados, anginas, inflamações de pele, furúnculos, queimaduras e erisipelas.
Taioba (BÀLÁ)
Orixás: Oxum e Nanã
Elementos: água/feminino/gùn
Terapêutica: cicatrizante de feridas e úlceras, usado externamente.
Jenipapo (BUJÈ)
Orixás: Omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: fruto: digestivo, diurético e afrodisíaco – casca do tronco: anemia, crescimento
exagerado do fígado e do baço.
Carrapicho (DÁGUNRÓ)
Orixás: Exú, Ogum, Oxóssi, Ossain, Oxum
Elementos: terra/feminino/gùn
Terapêutica: desconhecida
Maravilha (ÈKÈLÈYÍ)
Orixás: Oyá e Yewá
Elementos: ar/feminino/èrò
Terapêutica: sardas, dores de ouvido, cólicas abdominais, diarréias, disenteria, leucorréia e sífilis.
Maricotinha (ETÍTÁRÉ)
Orixás: Iemonjá
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: inflamações oculares, dores de ouvido, afecções de bexiga, uretra ou rins, febres,
expectorante suave, diurético e antidiabético.
Alecrim (EWÉRÉ)
Orixás: Oxóssi e Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: má digestão, gases, reumatismo, encefalia e tempero de comida.
Corredeira (FALÁKALÁ)
Orixás: Exú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: inflamações oculares.
Salvia (IKIRIWÍ)
Orixás: Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: chá: gripes e resfriados, febres, afecções leves do estomago, vômitos, escorbuto,
corrimentos purulentos da uretra, cólicas menstruais, debilidades sexuais, antiabortivo,
antidiabético e regulador da pressão.
Pitanga (ÍTÀ)
Orixás: Oxum
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: adstringente, anti-reumático, diarréias e febres infantis, gripes e resfriados, tosses.
Carqueja (KÀNÉRÌ)
Orixás: Oxóssi
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: males do estomago.
Oxibatá (ÒSÍBÀTÀ)
(É usada para conter e tranqüilizar sexualmente o iaô no roncó e para tirar mão de “Vumbi”)
Orixás: Oxalá e Iemonjá (branca), Oxum (amarelo), Oyá, Obá e Yewá (rosa), Nanã (lilás)
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: afrodisíaco, abortivo, disenterias, diarréias, moléstias da pele.
Oriri (RIN-RIN)
Orixás: Oxum e Oxalá
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: irritações e inflamações oculares e suave tônico cardíaco.
Arnica (TAMANDÍ)
Orixás: Nanã
Elementos: água/feminino/gùn
Terapêutica: doenças de estomago, tombos e quedas (alivia os hematomas).
Colônia (TÓTÓ)
Orixás: Oxum, Oxalá, Ogum, Oxóssi e Iemonjá
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: infusão das flores: acalma medos e histerias – folhas: sedativo, enxaquecas
(emplastro), dores de cabeça (no álcool) – chá: hipertensão, palpitações cardíacas, sedativo leve.
Amendoeira
Orixás: Oxalá
Elementos: ar/feminino/èrò
Terapêutica: macerada em álcool: bursites, tendinites, dores reumáticas e musculares e
sacudimentos e purificação de pessoas com problemas mentais.
Assa Peixe
Orixás: Oxóssi e Oxum
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: bronquites, pneumonias, gripes, tosses rebeldes, afecções respiratórias.
Camboatá
Orixás: Oyá, Xangô, Iemonjá (Iamacimalé)
Elementos: ar/feminino/gùn
Terapêutica: casca em chá: asma e tosses convulsivas.
Canela de Velho
Orixás: omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: perturbações digestivas e menstruais.
Carobinha
Orixás: Ossain e Omolú
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: afecções de pele, vias urinárias e doenças venéreas
Cipó Caboclo
Orixás: Oxóssi
Elementos: terra/masculino/èrò
Terapêutica: banhos: linfatites crônicas, edemas e elefantíase.
Costela de Adão
Orixás: Ogum (Ogunjá)
Elementos: terra/feminino/èrò
Terapêutica: desconhecida
Espinheira Santa
Orixás: Oxóssi e Oxalá
Elementos: ar/masculino/èrò
Terapêutica: estômago e intestino.
Jaborandi
Orixás: Oyá e Xangô
Elementos: fogo/feminino/gùn
Terapêutica: queda de cabelo
Manacá
Orixás: Nanã
Elementos: terra/feminino/èrò
Terapêutica: anti-reumático, abortivo, anti-sifilítico, depurativo, purgativo e diurético.
Manjerona
Orixás: Xangô
Elementos: terra/feminino/gùn
Terapêutica: estimulante do apetite, digestivo, cólicas, flatulência e afrodisíaco.
Quaresmeira
Orixás: Nanã
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: desconhecida.
Pimenta (ÁTÁARÉ)
Orixás: Exú e Ossain
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: tempero de comidas.
Perpétua (ÈKÈLEGBARA)
Orixás: Exú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: males respiratórios, febres, tosses.
Cansanção (ÈSÌSÌ)
Orixás: Exú e Xorokê
Elementos: fogo/feminino/gùn
Terapêutica: em compressas: alívio das dores de queimaduras e contusões – chá: catarro das visa
respiratórias, menstruação irregular, hemorragias, leucorréia, escrofulose e hemoptises.
Urtiga (EWE KANAN)
Orixás: Exú
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: erisipela (a seiva do caule). As folhas provocam queimaduras que se transformam em
ulcerações.
Patchouli
Orixás: Exú e Oxum
Elementos: água/feminino/gùn
Terapêutica: desconhecida.
Aridan (ÀRÌDAN)
Orixás: Ossain
Elementos: terra/masculino/gùn
Terapêutica: desconhecida
Orobô (ORÓGBÓ)
Orixás: Ossain, Xangô
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: bronquites
Carrapeteira (ÌPÈSÁN)
Orixás: Xangô
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: combate febres, tosses, gota, afecções sifilíticas e conjuntivite. Em doses elevadas, é
abortiva.
Jaqueira (APÁÒKÁ)
Orixás: Xangô, Iroko/Tempo/Oxumarê
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: estimulante, antidiarréico, antitussígeno e expectorante.
Bem-Me-Quer (BÁNJÓKÓ)
Orixás: Oxum
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: desconhecida.
Sapoti (NEKIGBÉ)
Orixás: Ibeji
Elementos: fogo/masculino/gùn
Terapêutica: frutos: contra desnutrição – sementes trituradas: afecções renais – casca do tronco
em decocto: diarréias, verminoses e febre.
Poejo
Orixás: Oxum e Ibeji
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: gripes, catarro infantil, excitante, gases, cólicas intestinais infantis, falta de
menstruação e dores histéricas.
Capeba (EWE IYÁ)
Orixás: Iemonjá
Elementos: água/feminino/èrò
Terapêutica: estimulante, diurético, afecções das vias renais, febres, gastrites, debilidades
orgânicas, furúnculos, abscessos, prisão de ventre, ingurgitamento do fígado e baço, ulcerações
sifilíticas, hemorróidas e reumatismo.
Noz Moscada
Orixás: Oxalá
Elementos: Ar/feminino/èrò
Terapêutica: estimulante gástrico, afrodisíaco e tempero de comidas.
Pixurim
Orixás: Oxalá
Elementos: ar/masculino/gùn
Terapêutica: dispepsias, problemas gástricos, cólicas, diarréias e picadas de insetos.
KURA:
As Kuras são incisões feitas no corpo do Yaô, que por um lado representam o
símbolo de cada tribo, como o símbolo de cada Ilê (casa ou terreiro), mas têm o
objectivo de fechar o corpo do Yaô, protegendo-o de todo o tipo de influência
negativas.
Para isso são feitas as incisões (o que chamamos de abrir) e nessas incisões é
colocado o Atim (pó) de defesa para aquele Yaô (iniciado). O Atim tem uma
composição base de diversas plantas e substâncias, mas o Atim utilizado para as
Kuras, contêm também as ervas do Orixá daquele Yaô em quem ele vai ser
aplicado.
Sabemos que em algumas casas a Kura pode também ser tomada como infusão de
ervas, porém na maioria das Casas de Candomblé, as Kuras, que são de origem
Africana, são feitas como incisões ou cortes, e nesse cortes são colocados
pequenos punhados de Atim, para que esse Atim penetre no corpo e o proteja de
males exteriores enviados contra a pessoa.
Normalmente, as Kuras são feitas no peito, dos dois lados, nas costas, também
dos dois lados e nos braços; evitando assim que de frente, de costas ou no
manuseio de qualquer coisa algo negativo possa entrar no corpo do Yaô.
Além dessas, na feitura do Santo, abre-se também o Farim, que é uma Kura no
centro do Orí, do Yaô, que por um lado impede também que algo de mal possa
entrar na cabeça do Yaô, mas que facilita também a ligação com o seu Orixá. É
comum também fazer-se na sola dos pés para evitar que o pisar de algo negativo
possa interferir com o Yaô, havendo ainda, alguns zeladores que fazem uma Kura
na língua dos seus Yaôs, para que os mesmos não comam comidas “trabalhadas”,
e caso as comam, para que essas comidas não lhe façam mal.
Lenda de nana
Nanã era considerada como a grande justiceira. Qualquer problema que ocorria em seu
reino, os habitantes a procuravam para ser a juíza das causas. No entanto, Nanã era
conhecida como aquela que sempre castigava mais os homens, perdoando as mulheres.
Nanã possuía um jardim em seu palácio onde havia um quarto para o eguns, que eram
comandados por ela. Se alguma mulher reclamava do marido, Nanã mandava prendê-lo
chamando os eguns para assustá-lo, libertando o faltoso em seguida.
Oxalufã sabedor das atitudes da velha Nanã resolveu visitá-la. Chegou a seu palácio faminto
e pediu a Nanã que lhe preparasse um suco com igbins. Oxalufã muito sabido fez Nanã beber
dele, acalmando-a e a cada dia que passava ela gostava mais do velho rei.
Pouco a pouco Nanã foi cedendo aos pedidos do velho, até que um dia levou-o a seu jardim
secreto, mostrando-lhe como controlava os eguns. Na ausência de Nanã, Oxalufã vestiu-se
de mulher e foi ter com os eguns, chamando-os exatamente como Nanã fazia, ordenando-
lhes que deveriam obedecer a partir dali somente ao homem que vivia na casa da rainha. Em
seu retorno Nanã tomou conhecimento do fato ficando zangada com o velho rei. Foi então
que rogou uma praga no velho rei que partir dali nunca mais usaria vestes masculinas. Por
isso até hoje Oxalufã veste-se com saia cumprida e cobre o rosto como as deusas rainhas.
Está ai fiz hoje cedo para minhas rainhas! para Maria Padilha rainha das 7 encruzilhadas fiz
um padê de Fubá, com mel e frutas cristalizadas, sendo enfeitado com 7 rodelas de maçã, 7
folhas de Hortelã, 7 trigos e 7 Tâmaras! Ja para Minha outra Rainha Maria Mulambo Das 7
catacumbas fiz um padê também de mel com frutas cristalizadas, sendo enfeitado com 7
rodelas de maçã, 7 folhas de louro, 7 ramos de trigo e 7 Damascos! Elas adoraram... tudo
com muito amor, carinho e respeito... O segredo dos adimús é o Encantar...embelezar e
limpeza! As energias ficam eufóricas com isso... ehhehe ta ai o pulo do gato...
OXUM .
O número de òsun sendo dezesseis, o colar terá dezesseis fios, dezesseis firmas (ou duas, ou
quatro) que podem ser de divindades com as quais ela tem afinidade, ou com as quais sua
filha estiver relacionada: Òsòsi, Sàngó, Yémánjá, por exemplo. Òsun dança os ritmos ijesa,
com passos miúdos, segurando graciosamente a saia.
O toque Ijèsà é ritmado como o balanço das águas tranqüilas, e muito apreciado pelos fiéis.
Quando estão Presentes Òsòsi e Logun Edé acompanham òsun. ògún também dança com
òsun os ritmos Ijèsà, assim como òsányín. No terreiro jeje do Bogun, òsun (ÍYÁLODE) dança o
bravum como Naná. Ela se banha no rio, penteia seus cabelos, põe suas jóias, anéis e
pulseiras. No dia do deká de uma filha de Yasan (Oya Bale) daquela casa, òsun manifestou-se
para disputar Sàngó, empurrando-a e dançando, provocante, diante do deus do trovão.
-YEYE MOUWÒ-
.Não vamos esquecer que : Em toda a extensão do rio (oxum) , cada povo cultuava de uma
maneira . MO JUBA
OSSAIM === FUNDAMENTOS .
Mas, diferente da maioria dos Orixás, muitos acreditam que não existem qualidades para
Ossaim e sim, outras formas de chamá-lo, que Ossaim é único e recebe vários nomes dentro
do panteão, pois não há cultos ou liturgias diferentes nas cidades africanas. Mas ainda assim,
consegui encontrar algumas formas e suas explicações:
- Ossaim Miró, grande conhecedor das folhas sagradas, veste-se com vários tons de verde
(mescla de escuro com claro) e carrega o peregum na cabeça.
- Ossaim Birigã, tem fundamento com Oxóssi. Veste-se de verde claro com pouco rosa, ou
verde e branco. Seu igbá possui um par de pequenos chifres.
- Ossaim Atulá, tem fundamento com Oxalufã. É um orixá do efum (branco) por isso veste
branco, conhecido como “Ossaim do sol”, pois só come de dia.
- Ossaim Aroni*, é o mais velho, tem fundamento com Iansã. Veste-se de verde escuro com
rajadas vermelhas bem discretas. É o guardião da floresta da morte.
- Ossaim Modun, feiticeiro, é quem conhece todas as magias da cura e da morte, ligado à
Nanã e Omolú.
- Ossaim Agué, usa roupas e contas rosa rajadas com verde, tem ligação com Oyá e
Oxumaré.
- Ossaim Mokossu, velho, vive escondido na mata, fuma e bebe em demasia. Tem
fundamento com Exu.
- Ossaim Gayaku, é novo, muito ágil, só vive no cume das árvores e come com Oxóssi.
Aparece na roda do Ipadé.
- Ossaim Agbènigi, velho e feiticeiro, dono do pássaro sagrado, é o único que se aproxima de
Ìyámì Ossorongá. Dono absoluto do poder das ervas. Come diretamente com Exú, com o qual
muitas vezes é confundido.
LEIA .
.1- Não retrucar a mãe-de-santo. Você por acaso retruca seus avós?
2- Caso tenha algo para falar que não esteja concordando, discretamente peça um minuto da
atenção da mãe de santo e exponha a situação civilizadamente, sem precisar que a torcida
do Flamengo esteja assistindo. Dar um escândalo no meio do barracão não é postura de um
filho de santo, e você ainda corre o risco de tomar um fora na frente de todo mundo
3 – Quando tiver visita no barracão (egbomis, ekedes, ogãs, zeladores), seja em dia de festa
ou em dia corriqueiro, é de bom-tom que os filhos se abaixem para dirigir a palavra a mãe de
santo. Detalhe: Só atrapalhar a conversa caso seja EXTREMAMENTE necessário. Deve-se
chegar junto à ela, mas não muito, e ficar abaixado esperando que ele pergunte o que
deseja. Quando ele perguntar, comece sempre sua frase com “AGÔ”. “Agô, mas blá blá
blá…”.
5 – Yawo e abian não bebe nenhum líquido em copo de vidro dentro de seu barracão ou no
barracão do alheio. Deve-se esperar o bom e velho copinho de plástico ou então a conhecida
DILONGA, BAN ou CANEQUINHA DE ÁGHATA, como você preferir chamar. Copo de vidro só
quem tem direito é egbomi, ekedi, ogan e zelador.
6 – Yawo e abian não come em prato de vidro ou louça. Apenas em pratinho de plástico ou
ághata. Aliás, devemos lembrar que é de boa educação cada filho trazer seu devido pratinho
de ághata e sua devida canequinha para seu uso pessoal no barracão.
7- Terminou seu ajeum? Pegue seu pratinho e sua canequinha, vá para cozinha e lave. Não
cai a mão e nem coça, sabia? Infelizmente ainda não possuímos uma empregada que possa
cuidar da limpeza geral enquanto nós descansamos.
8- Como dissemos no item anterior, não temos uma empregada para limpar tudo. Portanto,
cada um deve se conscientizar e fazer a sua parte. Ficar protelando, esperando que algum
irmão de santo se encha da bagunça e vá arrumar por você não tem cabimento. Cada um
fazendo um pouco fica mais fácil e rápido.
9- Resolveu visitar a mãe de santo? Que maravilha! Ela adorará sua visita, ainda mais se
você vier com uma modesta colaboração para o ajeum, pois como é do conhecimento de
todos, a mãe de santo não é rica e nem tem obrigação de alimentar todo mundo. Madre
Teresa de Calcutá já morreu, e definitivamente, ela não vira na cabeça da mãe de santo.
11-. Você trabalhou feito a escrava Isaura e se cansou? Acabou de fazer todo o serviço? Bem,
agora você pode pegar o seu maravilhoso APOTÍ e confortavelmente sentar-se nele. Como
dissemos no item 5, cadeiras, sendo com ou sem braço, só ebomis, ekedes, ogãs ou
zeladores que podem sentar. Existe uma variável do APOTI¹, que é a famosa ESTEIRA. Nela
você pode se sentar, se espichar e até relaxar seus ossos. Ela é sua! Aproveite!
12- Em sua casa, quando você faz uma comemoração qualquer e é servida uma refeição,
você sai atacando o ajeum na frente de seus convidados? Acreditamos que não, né?
Portanto, na casa de santo é igual. Antes os mais velhos devem se servir, pra só depois os
abians e yawos se servirem. Isso é mais que uma regra, é etiqueta. E você não vai querer ser
um deselegante, não é? Lembre-se: Estão sempre observando você…
13- Você gosta que fiquem pegando suas roupas emprestadas? Pois é, a mãe de santo
também não gosta. Portanto, que tal ir comprar um belíssimo tecido de lençol e fazer uma
baiana de ração básica pro dia-a-dia? Não sai caro e fica uma gracinha. E você finalmente
pára de pegar a roupa do alheio emprestada. Não é maravilhoso? Todos na casa contentes e
felizes com suas devidas roupas.
14- Quem traz dinheiro para o sustento da casa? Você é que não é. Portanto, trate muitos
bem os clientes que vão para jogar ou se consultar, pois é deles que vem boa parte do
dinheiro dali. Sorrir sempre e servir um copinho de café ou de água gelada não matam
ninguém. Que tal tentar?
15- E vai rolar a festa! O povo do keto, do jeje, da angola e até da umbanda já mandou
convidar. Mas, e o dinheiro para comprar o ajeum e o otí do povo? Com certeza o Carrefour
não irá mandar as coisas de graça para o barracão, nem o homem dos frangos tão pouco irá
dar os bichos e todo o material restante. Portanto, que tal se todos coçassem o bolso um
pouco e ajudassem?
16- Você acha que só por este local ser uma casa de santo, a COPEL, LIGHT,
SANEPAR,CEDAE, CEG, TELEGAS, entre outras, irão fornecer água, luz e gás de graça? É claro
que não. Portanto, contribua sempre com a sua módica mensalidade. Economizar um pouco
na Skol e no cigarro no final de semana já irá ajudar muito no barracão.
17- O mundo está em guerra, existe muita gente por aí passando fome. Portanto, por que
desperdiçar comida? Fazer a quantidade exata só para quem trabalhou dignamente e
contribuiu com este maravilhoso ajeum é o coerente, pois você não está no programa da Ana
Maria Braga para comer de graça. Se você tem alguma sugestão, leve-a antes ao pai de
santo. Espalhar a corrupção sobre a Terra era coisa da novela passada.
18- Ficou cansado depois da festa? Nada de ir pegando sua bolsa e ir saindo de fininho.
Lembre-se da limpeza do barracão.
19- Roda de candomblé, seja em sua casa ou na casa do alheio, não é lugar de ficar de
cochicho e risinhos irônicos. Se você quer fuxicar, vá para um botequim.
20- Anágua encardida, só se for depois da festa do candomblé. Antes, NUNCA, JAMAIS, NEM
PENSAR! Devem ser brancas como a neve, salve anágua de ráfia ou entretela.
21- Você, irmãozinho, que vê o mundo cor de rosa-choque com bolinhas amarelas, deve
deixar esta sua visão progressiva e moderna do lado de fora do barracão. Ali dentro você tem
que ver tudo branco. O mesmo vale para as coleguinhas que vêem tudo azulzinho. Casa de
orixá é para louvar e cuidar do Orixá, e não para arrumar casório.
22- Vai rolar um churrasquinho de gato na casa do seu coleguinha no meio da semana, no
mesmo dia de função do barracão? Então, peça para ele guardar uma garrinha de carne para
você e venha cumprir suas obrigações junto a seus irmãos.
23- Se sua irmã de santo tem uma baiana mais humilde do que a sua nada de ficar xoxando.
Lembre-se, o mundo dá voltas e o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Amanhã pode ser
você com uma baiana de chita e ela com uma belíssima saia de rechilieu.
24- Caso assista fora do seu barracão a algo diferente do que ocorre em sua casa, nada de
ficar xoxando e chamando de marmoteiro. Você não é o dono da verdade e nem ninguém o
é. O que pode parecer maluquice pra você, pode não ser pro próximo. Além do mais,
comentários sempre são feitos depois. Vai que tem alguém conhecido escutando?
25- Ninguém tem mais ou menos santo que ninguém. Isso é regra. Sempre.
26-Respeito é bom e conserva os dentes. Portanto, deve-se pensar duas vezes antes de
envolver a mãe de santo e irmãos mais velhos em determinadas brincadeiras de mau-gosto.
Apelidos e avacalhações são da porta do barracão pra fora. Além do mais, a próxima vítima
pode ser você.
27- Roupa de barracão é saia comprida, camisú e pano da costa. Shortinhos e top’s devem
ser usados somente pra ir ao baile funk.Roupa preta jamais nem na sua casa e nem na casa
dos outros.
28- Sempre que for servir algum mais velho de santo, deve-se levar o pedido numa bandeja
ou prato e abaixar-se para servir. Nunca olhar no rosto da pessoa. Responder somente “sim”
ou “não
29- Benção foi feita para ser trocada. Sempre que você pede a benção, você está na
realidade pedindo a bênção ao Orixá da pessoa, e não à ela própria. Portanto, todos devem
trocar a benção, mais velhos com mais novos e vice-versa.
32- Se esta frio não deixe de levar seu cobertor, em qualquer situação leve sua toalha de
banho ou deixe uma no barracão, depois de usá-la estenda..Ninguém tem obrigação de ficar
recolhendo roupa de filho de santo que fica jogada pelos cantos. ( pior que ficam mofando)
33- Se você levou, uma roupa emprestada, que usou para lavar.Não esqueça de devolver.
34- Não deixem roupas que emprestaram do barracão jogadas pelo chão, é muito feio. Veja
de onde foi tirada e recoloque no lugar assim que se trocar.
35- Vai ter festa que bom… 15 dias antes separe sua roupa engome o que for preciso…Deixe
tudo ajeitado.No barracão pode não dar tempo de arrumar, nem de engomar então mãos a
obra.
36- Se vc esta no barracão, dormiu lá..Antes de dar bom dia para alguém, vai direto ao
banheiro lavar sua boca, para só então dar bom dia para as pessoas.
. OYÁ TOPÉ .
.O culto a Topé é yorubá, sendo ela a própria combustão, ou seja, o encontro do atrito com o
vento, que dá origem ao fogo, Topé é aquela que caminha com Esú, Xangô e Ogum. Suas
cores são, marrom e vermelho, carrega adaga de cobre enfeitada de pedras vermelhas.
Por onde Esú Inà passava, deixava um rastro de destruição, pois tudo pegava fogo, as
pessoas tinham muito medo dele, e por isso ele exercia certo poder, contudo Iná queria
dividir uma mesa, falar com as pessoas, sem que tivesse que atear fogo nas coisas, sendo
que Inà nasceu do encontro do trovão com a terra, ele foi pedir conselho a Xangô, sobre o
que fazer, então foi aconselhado a procurar ifá, que disse:
- Inà, enquanto houve ar, existirá fogo, vá à busca de quem controla o vento, ao norte existe
uma jovem feiticeira que tem o poder de mudar as correntes de ar, invocar os tufões e
controla o fogo, o nome dela é Topé.
- Após o grande lago, existe uma montanha de dois picos, sua até o momento onde elas se
dividem lá onde o vento faz curva e o eco te engana. Só lembre-se de levar um pote com
dendê para presentea-la.
Assim Esú foi à busca da tal moça de poderes miraculosos, andou, andou até que encontrou
a tal montanha, como a terra era seca, seu fogo nada queimava apenas os bichos que dele
fugia. Chegando onde Ifá disse, ele gritou por Topé e seu eco por nove vezes se repetiu.
Então surgiu ela, envolta de pele de búfalo e tecidos vermelhos, da cor do fogo. Inà tratou
logo de se apresentar e pedir ajuda, ela então olhou bem para ele, e disse que o ajudaria,
mas em troca ele teria que dá a ela o poder sobre a chama e assim fizeram um acordo.
Topé demorou meses para confeccionando algo que ela mantinha em segredo, até que um
belo dia, ela acordou Inà com uma pele aos braços, enfeitada de búzios, negra, e jogou em
cima dele, no mesmo momento seu fogo se apagou, e ela repetindo o que Ifá disse, explicou
que se abafasse seu corpo ele pararia de emanar chamar, feliz por poder controlar seu
poder, ele cortou um pedaço da própria pele e jogou no pote que havia trazido com dendê, e
no mesmo momento a chama e o vento desenhou um tufão de fogo. .
Omolocum para minha linda Mãe Ósún que fiz a tempos.. IJIMÚ... Para segurar a minha filha
quando estava ainda na barriga... aiaia o que seria de minha filha sem Ijimú...16 ovos crus,
16 girassóis, 16 camarões fritos no dendê, e sendo temperado com cebola ralada, camarão
triturado, azeite doce, dendê e salsinha(caminhos de Iami Osórongá) Não adianta.. sou de
GUIÃ sim e Trouxe minha filha ao mundo mesmo sem quase poder..
Os cargos de cada ilê se diferenciam por suas raizes e nação, e ficando a critério do babalorisa
do ilê a nomeação de cada cargo, dependendo da responsabilidade de cada filho da casa.
Exitem casas que no entanto não se cultiva muitos cargos devido a falta dos yawos ou ekedis e
ogans e etc... Não sendo os mesmos responsaveis, segundo o babalorisa da casa ; ficando
assim a casa sem tal cultura e fundamentos.
Dentro de nossos principios e de nossa cultura deveriamos e vamos nos esforçar para
apresentar se,mpre um candomblé de raíz, no qual devemos nos esforçar para não se
perderem nossas tradiçoes mais antigas.
Ipôs e Oyês da Nação Ketu e Subdivisões Nagôs:
OGÃN : protetores civis do terreiro antigamente, hoje passa a exercer funções religiosas
também. Entre os Ogans destacamos certas funções importantes e de mando dentro do
terreiro, juntos com os sacerdotes (as) eles administram os terreiros.
ALAGBE: Chefe da comunidade (morada), o Onilu é o escolhido para tocar o atabaque
denominado Run, possui seu Otun Alagbe e seu Osí alagbe que tocam os outros atabaques e
cantam os candomblés.
PEJIGAN: Zeladores do Peji e responsáveis pelo ilê òrìsà. Posto da etni, KETU e não JEJE
como se equivocam alguns desinformados.
ASOGUN: Sacrifica os animais de quatro pés (Eranko) a priori, e os outros também quando
não há na casa seu Otun e seu Osí responsáveis para isso. Posto proveniente do culto de
Ogún na África e sua comunidade, portanto não é de bom senso haver Asoguns de outros
òrìsà e sim somente filho de Ogún é fato a condição de supremacia que esse Orixá possui
sobre os Obés sendo ele mesmo Olobé, ou seja, o dono da faca e louvado antes de qualquer
sacrifício para quem procede corretamente.
OLOBÉ: Que vem a ser um epíteto de Esu é comum chamar Adébo a esse oyê, possui as
mesmas determinações se for feito os atos referentes a Esu dessa condição sacerdotal.
SARAPÉGBE: Era quem transmitia as decisões da comunidade, comunicando entre os
terreiros, as festas e obrigações que seriam realizadas. Fazia os convites. Sara= o que corre,
pé= e comunica, egbe = as coisas da comunidade, geralmente esse posto era dado aos filhos
de Ogún. Hoje esta esquecida, sobretudo nas grandes cidades.
APEJÁ: Esquecido no Brasil por não haver sacrifícios de cães selvagens como na África.
ELEMASÔ : Oyê referente à casa de Osalá, é um titulo do próprio Osalá como conta seu mito,
há oyê no culto para situações que envolvem seu culto como o de BABA MI ORO, faz-se
necessário que o titulares sejam de Osalá.
Suas atuações não se limitam apenas a cerimônia do pilão como muita gente pensa.
AKIRIJEBÓ: Pessoas que freqüentam varias casas e não se fixam em nenhuma antigamente
eram chamadas de akirijebó, também é um oye da maior importância relacionado a entregas
de ebós em locais determinados.
EPÊRIN: Posto dado aos filhos do orisa Osòósí, (determinado Osòósí) e refere-se ao seu culto
especifico nas casas antigas de candomblé.
OJÚ OBÁ: Posto dado às pessoas de Sàngó, seu representante maior foi nosso saudoso
Pierre Fatumbi Verger que tinha esse Oye no Àsè do Opo Afonjá. Ë necessário que a casa
pertença a Sàngó até mesmo para formar os outros Oye referentes à situação da casa, como
mogba, maye, etc.
OJÚ ILÊ: O grande anfitrião da religião, sobretudo nas festas onde ficam encarregados de
receber os visitantes e acomoda-los, quando se faz necessário ele ajuda em tudo dentro da
casa na ausência dos outros Oye.
Segredos-de-ketu
Axexe
Mito narrado por Mãe Stella Odé Kaiodé, ialorixá do Axé Opô Afonjá, que resume bem a idéia
do axexê como cerimônia de homenagem ao morto.
Assim diz o mito:
Vivia em terras de Queto um caçador chamado Odulecê.
Era o líder de todos os caçadores. Ele tomou por sua filha uma menina nascida em Irá, que por
seus modos espertos e ligeiros foi conhecida por Oiá. Oiá tornou-se logo a predileta do velho
caçador, conquistando um lugar de destaque entre aquele povo.
Mas um dia a morte levou Odulecê, deixando Oiá muito triste.
A jovem pensou numa forma de homenagear o seu pai adotivo.
Reuniu todos os instrumentos de caça de Odulecê e enrolou-os num pano. Também preparou
todas as iguarias que ele tanto gostava de saborear. Dançou e cantou por sete dias,
espalhando por toda parte, com seu vento, o seu canto, fazendo com que se reunissem no
local todos os caçadores da terra. Na sétima noite, acompanhada dos caçadores,
Oiá embrenhou-se mata adentro e depositou ao pé de uma árvore sagrada os pertences de
Odulecê. Nesse instante, o pássaro "agbé" partiu num vôo sagrado. Olorum, que tudo via,
emocionou-se com o gesto de Oiá-Iansã e deu-lhe o poder de ser a guia dos mortos
em sua viagem para o Orum. Transformou Odulecê em orixá e Oiá na mãe dos espaços
sagrados. A partir de então, todo aquele que morre tem seu espírito levado ao Orum por Oiá.
Antes porém deve ser homenageado por seus entes queridos, numa festa com comidas, canto
e dança. Nascia, assim, o ritual do axexê. (Santos, 1993: 91).
Também participam do axexê os orixás Nanã, Euá, Omulu, Oxumarê, Ogum e eventualmente
Obá, não
se incluindo, contudo, nesta lista Xangô, que dizem ter pavor de egum, conforme narram outros
mitos.
.XANGÔ BARU .
.Existe uma qualidade de Xangô, chamada Baru, que não pode comer quiabo. Ele
era muito brigão. Só vivia em atrito com os outros. Ele é que era o valente. Quem
resolvia tudo era ele . Xangô Baru era muito destemido, mas, quando ele comia
quiabo, que ele gostava muito, lhe dava muita lombeira. Dormia o tempo todo! E
pôr isso perdeu muitas contendas, pois quando ele acordava. Então, resolveu
consultar um oluô, que lhe disse:
- Se é assim, deixa de comer quiabo.
- Eu deixar de comer o que eu mais gosto? – respondeu Xangô Baru.
- Então, fique pôr sua conta. Não me incomode mais! Será que a gula vai vencê-
lo? – perguntou o oluô. Xangô baru foi para casa e pensou :
- Eu não vou me deixar vencer pela boca. Vou voltar lá e perguntar a ele o que
faço, pois o quiabo é meu prato predileto.
E saiu no caminho da casa do oluô, que já sabia que ele voltaria. Lá chegando,
disse:
- Aqui estou. Me diz o que eu vou comer no lugar do quiabo.
- Aqui neste mocó tem o que você tem que comer. São estas folhas. Você
temperando como quiabo, mata sua fome – lhe mostrou o oluô.
- Folha?! – perguntou Xangô Baru.
- Sim – respondeu o oluô – Tem duas qualidades, uma se chama oyó e a outra,
sanã. São tão boas e gostosas quanto o quiabo.
Xangô Baru foi para casa e preparou o refogado, e fez um angu de farinha e
comeu. Gostou tanto, e se sentiu tão bem e tão fortalecido, e não teve mais aquele
sono profundo. Aliás, ele se sentiu bem mais jovem e com mais força. E não ficou
com a Lombeira que o quiabo lhe dava. Aí ele disse:
- A partir de hoje, eu não como mais quiabo.
Daí a sua quizila com o mesmo. É como eu disse no começo: “Todo caso é um
caso. ”Esse caso me foi contado pelas minhas mais velhas; assim, agora quem
quiser dar quiabo a Baru, que dê!
ITAN DE XANGÔ .
.Mitologia
Filho de Bayani e marido de Iansã, Obá e Oxum, Xangô nasceu para reinar, para ser monarca
e, como Ogum, para conquistar e solidificar, cada vez mais, sua condição de rei.
Uma das lendas que mostra bem o senso de justiça de Xangô, é aquela conta a história de
uma conquista, feita pelo deus do trovão.Xangô, acompanhado de numeroso exército, viu-se
frente à frente com o exército inimigo. Seus opositores tinham ordens de não fazer prisioneiros,
destruir o inimigo, desde o mais simples guerreiro até os ministros e o próprio Xangô. E, ao
longo da guerra, foi exatamente o que aconteceu. Aqueles que caíam prisioneiros dos exércitos
inimigos de Xangô eram executados sumariamente, sem dó ou piedade, sendo os corpos
mutilados devolvidos para que Xangô visse o suposto poder de seu inimigo.
Batalhas foram travadas nas matas, nas encostas dos morros, nos descampados. Xangô
perdeu muitos homens, sofreu grandes baixas, pois seus inimigos eram impiedosos e bárbaros.
Do alto da pedreira, Xangô meditava, elaborava planos para derrotar seu inimigo, quando viu
corpos de seus fiéis guerreiros serem jogados ao pé da montanha, mutilados, com os olhos
arrancados e alguns com a cabeça decepada.
Isto provocou a ira de Xangô que, num movimento rápido e forte chocou seu machado contra
pedra, provocando faíscas tão fortes que pareciam coriscos. E quanto mais forte batia mais os
coriscos ganhavam força e atingiam seu inimigo.
Tantas foram as vezes que Xangô bateu seu machado na rocha, tantos foram os inimigos
vencidos. Xangô triunfara, saíra vencedor. A força de seu machado de emudeceu e acovardou
inimigo.
Com os inimigos aprisionados, os ministros de Xangô clamaram por justiça, pedindo a
destruição total dos opositores. Um deles lembrou Xangô:
- Vamos liquidá-los a todos. Eles foram impiedosos com nossos guerreiros!
- Não! – enfatizou Xangô – meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça! Os guerreiros
cumpriam ordens, foram fiéis aos seus superiores e não merecem ser destruídos. Mas, os
líderes sim, estes sofrerão a ira de Xangô.
E, levantando seu machado em direção ao céu, Xangô gerou uma seqüência de raios,
destruindo os chefes inimigos e liberando os guerreiros, que logo passaram a servi-lo com
lealdade e fidelidade.
Assim, Xangô mostrou que a justiça está acima de tudo e que, sem ela, nenhuma conquista
vale a pena, e o respeito pelo rei é mais importantes que o medo.
Esse é Xangô que, apesar de ser grande guerreiro, justo e conquistador, detesta a doença, a
morte e aquilo que já morreu. Xangô é avesso a eguns (espíritos desencarnados). Admite-se
que ele é numa espécie de ímã de eguns, daí sua aversão a eles.
Xangô costuma entregar a cabeça de seus filhos a Obaluaê e Omulu sete meses antes da
morte destes, tal grau de aversão que tem por doenças e coisas mortas.
O elemento fundamental de Xangô é o fogo.
Oyá Bágan:
Seu nome quer dizer Ba: Trás, e Gan: Poder, ou seja, aquela que trás o poder. Bagan é uma
qualidade muito peculiar, pois apesar de ser associada a tempestade, ou ao vento, ela trás
consigo a essência dos orixás: Ogun, Odé e Babá Egun e está muito ligada a noite.
Bagan usa a cor telha e branco, podemos usar também tons marrons, ou floridos, com
estampas em cores fortes. Em seu adê (coroa), podemos usar tons madeira, dourados, e
motivos de borboleta. Carrega ofangi (espada), que ganhou de Ogun e um leque, pois é
associada ao vento que semeia a terra.
Seus filhos tem muita facilidade com serviços onde usa-se a força intelectual, pois conseguem
ver a frente e ajudam sempre a melhorar o processo. São ótimos artesões e também
comunicação se com facilidade. Gostam e buscam sempre o porquê de tudo.
Oyá Topé:
Topè é o vento que dança sobre o fogo expandindo-o, tem forte ligação com Xangô, Ogum e
Esú. Usa adaga de bronze e é chamada muitas vezes para entrar na sala com um tacho de
cobre coberto com fogo saudando Xangô ou dançando normalmente o Ilú (quebra-louça), seu
toque característico.
Ọya Mẹsán ou Ìyásan - mais velha das Ọyá, conhecida mesmo como Ìyásan. (Nação Batuque)
Seu nome significa "mãe dos nove" por ter tido nove filhos com os Orixás que se relacionou.
Dizem que é só uma saudação para as outras qualidades, outros aprovam ser uma qualidade
própria e ainda não sabemos os aspectos e os arquétipos dos filho.
Ogum Massá:
Um dos nomes bastante comum do Orixá, segundo os antigos é um aspecto benéfico do
orixá quando assim ele se apresenta.
Um Ogum mais calmo e bem diferente dos outros (embora não se difere nos aspectos ou nos
modos de cultua-lo ou até no mode de vestir).
Oxum Abotô:
A mais madura das Oxum, muito elegante e feminina.
Usa colares de louça amarelo-claro. Domina águas calmas e claras
Oyà Gbale Guere, como muitas "Igbalé" carrega os eguns, tem forte ligação com a terra por
acompanhar Omolú e Ogum.
Oyá Onirá:
Esse caminho está ligado ao culto de Oyá, porém é um orixá próprio, que foi atribuído ao
culto de Oyá. Onira é companheira de Opará, contudo aparece algumas vezes na figura
também de mãe de crianção de Logun, porém acredito que seja Logunere, quem criou
Logun, e não Onira. Senhora dos ventos, Onira é dona do vento que faz curva, por isso alguns
fundamentos desse orixá são feitos em barrancos e falésias. Associada a água, por sua
ligação com Oxum, Ogum e Oxaguiã. Onira pode usar rosa com dourado, assim como azul
claro. Suas aparamentas são delicadas e não possuem cores fortes, usa espada,pode usar
abebé, e também tem o direito de usar o eru, pois é uma rainha. Suas indés podem ser
alternadas de cobre e douradas.
Seus filhos possuem assim como orixá, características tanto de Oyá quanto de Oxum, são
fortes e determinados, românticos. São muito prestativos e fazem um pouco de cada coisa.
Tem grande capacidade de adaptação e também ótimas mães ou pais. São doces e se
magoam muito fácil, rancorosos. Cheios de iniciativa, vão a frente, mesmo que todos digam
que não vai dá certo, eles vão e fazem. São ótimos chefes, porém tem dificuldade em
receber ordens. São super vaidosas, e tem muito bom gosto. Amam a família e procuram
sempre ajudar a todos.
Oxum Opará.
Esta Oxum se difere das demais 'Oxuns' por ser a mais jovial, a mais guerreira, também por
usar duas armas o abebé, que cega os inimigos na hora da guerra e a adaga.
Onde houver a disputa entre as águas, como na pororoca, nos encontros dos rios... lá vai
estar essa Oxum.
Não se assenta essa Oxum sem que se assente Oya, Ogum e Exu, logo abaixo vou trazer as
itan que justificam.
Ela pertence a dois, dos quatros elementos básicos da criação do universo:( terra, água fogo
e ar ), nela está presente o elemento água, o que confere em suas filhas o arquétipo de
Oxum e também o elemento ás, o que confere a personalidade do orixá do elemento ar, Oya.
O Arquétipo das filhas de Opara:
Ora apresenta o arquétipo do elemento ar ( Iansã ) ora do elemento água 9 da própria
Oxum ) Suas filhas são autenticas e de personalidade forte, carregam consigo as magoas e
tristezas da vida, tem poucos amigos e sempre são ponderadas e justas, onde muitas vezes a
sua sinceridade chega a machucar. São vaidosas porém não vivem em pró a seu ego. Tem
um lado espiritual muito aflorado para o ocultismo e adoram presentear as pessoas.
Características Negativas: chantagistas, choram para ter a piedade dos outros, dramáticos,
são matreiros, debochados, possessivos, exigentes, ciumentos, autoritários. Gostam de
palpitar sobre os problemas alheios, adoram criticar.
Oxum Okê é filha do Rei Okê e Yemanjá, caçadora e astuta, essa qualidade está ligada as
matas densas e geladas e aos animais peçonhentos. É companheira de Odé em suas caçadas
noturnas, porém mora sozinha e é a Oxum que está mais próxima de Iýà Mí. Tem
fundamento com Odé, Oxaguiã e Orixá Okê. Mora nas fontes que brotam do alto da
montanha e o que diferencia das outras qualidades é que não tem aversão ao vermelho, pois
é dona da lama avermelhada que escorre dos montes. Oxum Okê usa amarelo e branco,
podemos também usar o azul claro. Sua saia pode-se estampada e o forro azul claro. Carrega
um Ofá Dourado nas costas, uma capanga de couro e uma abebé. No seu adè (coroa),
podemos usar a cor ouro envelhecido, azul claro e verde musgo.Seus filhos são pessoas de
personalidade forte e extremamente exigentes. São dedicados e pesquisadores natos. Assim
como a mãe adoram a noite, contudo gostam do seu espaço e de sua privacidade. Quando
importunados são agressivos e defendem seus objetivos com garra, contudo tem dificuldade
em reconhecer o próprio erro. Fascinados pelo ocultismo e geralmente tem um “sexto
sentido” aflorado.
Oxum Ajàgurá
Jovem guerreira, forte ligação com Iemanjá e Xangô. Casada com Aganju, rival de Iansã. Uma
qualidade semelhante a Opará porém mais orgulhosa.
Ajimudá (Àjímúdà)
É um cargo do culto a Oyá. Participa e é saudada no ipadê. "A" – aquela, "ji" – que acorda,
"mú" – pega, "idá" – a espada (ou alfange).
Odé Akueran
Tem fundamento com Ogun e Ossain. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o
dono da fartura. Ele mora nas profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras
vermelhas. Suas contas são verde claro.
Orikí de Oyá
É a mensageira de Olokum, a da água turva, suja. Muito séria e trabalhadora.; vai no esgoto,
nas latrinas e cloacas. Recebe suas oferendas na companhia dos mortos. É muito lenta em
atender seus fiéis, pois conta meticulosamente as penas do pato a ela sacrificado, e caso se
engane na conta, começa de novo e essa operação se prolonga indefinidamente. Ligada à
gestação. Voluntariosa e respeitável, mensageira de Olokun, o deus do mar. Vive nas águas
sujas do mar e é muito esquecida e lenta. Come com Obaluaiyê e Ogum. Além do próprio
assentamento, tem que se assentar Oxum e Obaluaiyê. Veste branco, verde água e suas
contas branco cristal.
Ibualamo é velho e caçador. Nasce nas águas mais profundas do rio Irinlé. Sua vestimenta é
branco com bandas, saiote e capacete de palha da costa. Tem ligação com Omolú e Oxun.
Seu assentamente se difere de todos.
- Obedecendo pedidos –
- Intoto -
É um Òrìsá cultuado em seu assentamento e não vira na cabeça de ninguém, pois não tem
como cultua-lo. Antigamente recebia sacrifícios humanos, por tratar-se de um Òrìsá
antropófago, come a carne e destrói os ossos. Foi esse Omolú que brigou com Osaguian.
Caso apareça um Ìyawô desse Òrìsá, faz-se Azauani ou Òsun. Da-se comida a terra. Esse
Òrìsá é Abiku, portanto não se raspa, pois representa o fundo da terra. Somente se assenta.
Come com Yewá, Ọya e Ikú. Seus assentos são cultuados ao lado de Nãnã e Yèmọnja. Pega-
se um pouco de terra de cemitério e pôe-se no assento. Ele presta obediência a Òsun, por
quem se apaixonou. Mora só e não aceita a faca, assim como Nãnã. Come porco preto,
frangos, pombos de cor e galinha d’angola. Come no campo que tenha barro. Quando se faz
o Ìyawô desse santo, todos os Òrìsás viram, exceto SÀNGÓ. Leva-se os bichos e as comidas
de Yèmọnja, Nãnã e Òsalá, bastante epo, acarajés, feijão preto com ovos cozidos, deburus ( a
mesma coisa se faz com Yewá ) . Tudo dêle é com dendê. Sua comida : feijão preto com um
ôvo cozido no meio, deburus ao redor ( feitos com milho de galinha ) , 9 ovos crus, 9 velas e
9 monsenhor. Pede-se a uma pessoa de Ogún, Ọyá ou Omolú para apanhar várias folhas de
mamona. Faz-se um buraco redondo de dois palmos, acende-se as velas ao redor e canta-se
as rezas se fundamentos. Sacrifica-se o porco depois da reza, copa-se o bicho ali mesmo,
pega-se as galinhas pucha-se os ORIS e coloca-se dentro, enfeitando com as comidas e
cobrindo com as folhas de mamona. Já fora do campo, passa-se as folhas de mamona e os
ovos, jogando-os e não olhando para trás. Para os assentos só se leva os bichos de penas.
Além do campo dá-se comida lá fora, no assento dêle. Sete dias depois é que se faz o Ìyawô
com outra qualidade de Omolú. Ficam assim, dois assentos, um lá fora, de Intoto e outro de
Azauani.
.BARÁ
Os primeiros missionários após identificarem, o que para eles era importante, o que
representava este Orixá aos negros, logo o identificaram como o Diabo, talvez por alguns
comportamentos que a Ele é comum, como: irreverência, prepotência, arrogância, astúcia e um
ser nem um pouco puro, se óbvio, comparado aos padrões da Igreja Católica.
Por várias características pertencentes aos homens, Bará se apresenta como o Orixá mais
humano de todos os Deuses africanos, a mais marcante e que responde sempre na mesma
forma de como é tratado, se ganha o que lhe pertence, encontraremos um Orixá prestativo e
presente, segurando todas nossas futuras necessidades, caso contrario devemos nos preparar,
sem exagero, para alguma coisa desagradável.
Como dono das chaves, dos portais, encruzilhadas e caminhos, deve sempre ter suas
saudações, obrigações e cortes, este último quando necessário, feitos em primeiro lugar, assim
nós humanos garantimos a segurança de nosso ritual, assim como no ritual é o Orixá
responsável pela boa abertura dos trabalhos, está para nossos negócios e vidas, destrancando
caminhos e abrindo portas, ou trancando e fechando, dependendo de nossos merecimentos e
cumprimento de tarefas.
Uma de suas características mais marcantes, está presente em uma das milhares lendas
existentes sobre este Orixá, conta a lenda que certo dia Bará desafia Oxalá, a discussão em
pauta era saber quem era o mais antigo, logo Aquele que deveria receber mais respeito, e se
tornar o soberano em relação ao Outros, após uma batalha cheia de peripécias e truques,
Oxalá domina a cabaça de Bará, onde esta sua concentração de poderes, tornando-lhe assim
seu eterno servo.
3
Irmãos de Fé
''Iniciar-se no candomblé é aceitar começar tudo de novo. Aprender os gestos mínimos de
educação, esforçar-se para falar palavras cotidianas em um dialeto tribal que até pouco você
ignorava, cantar e dançar perfeitamente sabendo que aquilo não é uma simples festa, mas sim
a sua forma de contato com quem lhe deu um sopro diferente de vida.
Tornar-se yaô é abrir mão das longas madeixas cultivadas durante anos. É passar sete dias
isolada longe da sua rotina e das pessoas que lhe são caras. É comer, vestir, acordar, dormir,
rezar, viver completamente diferente do que você fez antes de entrar no ronkó. É chorar de
emoção depois do primeiro ilá do Orixá e abraçar emocionada quem te criou recendo um
sorriso que diz silenciosamente, “Você nasceu”. É aceitar com resignação mais três meses de
privações que vão desde o conforto da sua cama, até o seu vestido preto preferido, passando
pela ausência da cerveja com os amigos, o afago do namorado e as barras de chocolate
acompanhadas de café.
Ser yaô é viver durante 7 anos como tal.
É beijar seu fio e agradecer por ter nascido.
Ser yaô é simplesmente ser feliz por pertencer ao axé.''
há ± 1 hora
Osogyian Ajagunon
Ajagunon nasceu de Obatalá. Só de Obatalá. Nasceu num igbim, num caramujo. Logo que
nasceu, Ajagunã se revoltou. Ajagunã não tinha ori, não tinha cabeça e andava pela vida sem
destino certo.Um dia, quase louco, encontrou Ori na estrada e Ori fez para Ajagunã uma
cabeça branca. Era de inhame pilado sua cabeça. Mas a cabeça de inhame esquentava muito
e Ajagunã sofria torturantes dores de cabeça.
De outra feita, lá ia pela estrada Ajagunã padecendo de seus males, quando se encontrou com
Iku, a Morte. Iku se pôs a dançar para Ajagunã e se ofereceu para dar a ele outro ori.Oxaguiã,
com medo, recusou prontamente, mas era tão insuportável o calor que ele sentia que não pôde
recusar por muito tempo a oferta. Iku prometeu-lhe um ori negro. Iku ofereceu-lhe um ori frio.
Ele aceitou.
A sorte de Ajagunã contudo não mudou. Era fria e dolorida essa cabeça negra. Mas pior era o
terror que não o abandonava de sentir-se perseguido por mil sombras. Eram as sombras da
morte em sua cabeça fria.Então surgiu Ogum e deu sua espada a Ajagunã. E com a espada
ele afugentou a Morte e as suas sombras.
Ogum fez o que pôde para socorrer o amigo, com a faca retirando o ori frio grudado no ori
quente. Na operação de Ogum as duas cabeças se fundiram e o ori de Oxaguiã ficou azulado,
um novo ori nem muito quente, nem muito frio.Uma cabeça quente não funciona bem. Uma
cabeça fria também não. Foi o que se aprendeu com a aventura de Ajagunã. Finalmente, a vida
de Ajagunã se normalizou. Com a ajuda de Ogum, mais uma vez, o orixá aprendeu todas as
artes bélicas e assim venceu na vida muitas batalhas e guerras.Hoje o seu nome, como o
nome de Ogum, é relembrado entre os dos mais destemidos generais. E foi assim que Oxaguiã
foi chamado Ajagunã, título do mais valente entre todos os guerreiros.
ORI MI O!
SE RERE FUN MI!
MEU ORI!
SE ALEGRE COMIGO!
Para termos idéia quanto a importância e precedência do ORI em relação aos demais ORISA,
um Itan doODU OTURA MEJI, ao contar a história de um ORI que se perdeu no caminho que o
conduzia do ORUN para o AIYE, relata: "... OGUN chamou ORI e perguntou-lhe, "Você não
sabe que você é o mais velho entre os ORISA? Que você é o líder dos ORISA?'..." . Sem
receio podemos dizer, "ORI mi a ba bo ki a to bo ORISA", ou seja, "Meu ORI, que tem que ser
cultuado antes que o ORISA" e temos um orikidedicado à ORI que nos fala que " Ko si ORISA
ti da nigbe leyin ORI eni", significando, "... Não existe um ORISA que apoie mais o homem do
que o seu próprio ORI...".
Quando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na vida uma série de dificuldades
relacionadas a ações negativas ou maldade de outras pessoas, continua encontrando recursos
internos, força interior extraordinária, que lhe permitam a sobrevivência e, inclusive, muitas
vezes, mantém resultados adequados de realização na vida , podemos dizer, "ENIYAN KO FE
KI ERU FI ASO, ORI ENI NI SO NI", ou seja, "as pessoas não querem que você sobreviva, mas
o seu ORI trabalha para você", trazendo, essa expressão, um indicador muito importante de
que um ORI resistente e forte é capaz de cuidar do homem e garantir-lhe a sobrevivência social
e as relações com a vida, apesar das dificuldades que ele enfrente. Esta é a razão pela qual o
BORI, forma de louvação e fortalecimento do ORI utilizada em nossa religião, é utilizado muitas
vezes, precedendo ou, até, substituindo um EBO. Isso se faz para que a pessoa encontre
recursos internos adequados, esta força interior de que falamos, seja à adequação ou
ajustamento de suas condições frente às situações enfrentadas, seja quanto ao fortalecimento
de suas reservas de energia e conseqüente integração com suas fontes de vitalidade.
É importante dizer que é o ORI que nos individualiza e, por conseqüência, nos diferencia dos
demais habitantes do mundo. Essa diferenciação é de natureza interna e nada no plano das
aparências físicas nos permite qualquer referencial de identificação dessas diferenças. .
Sinalizando essa condição, talvez uma das maiores lições que possamos receber com respeito
a ORI possa ser extraída do Itan ODU OSA MEJI, que reproduzimos a seguir e que é a
resposta que foi dada por IFA para Mobowu, esposa de OGUN, quando ela foi lhe consultar:
TRADUÇÃO
"Uma pessoa de mau ORI não nasce com a cabeça diferente das outras.
Ninguém consegue distinguir os passos do louco na rua.
Uma pessoa que é líder não é diferente
E também é difícil de ser reconhecida.
É o que foi dito à Mobowu, esposa de OGUN, que foi consultar IFA.
Tanto esposo como esposa não deviam se maltratar tanto,
Nem fisicamente, nem espiritualmente.
O motivo é que o ORI vai ser coroado
E ninguém sabe como será o futuro da pessoa."
Para os yoruba o ser humano é descrito como constituído dos seguintes elementos: ARA,
OJIJI, OKAN, EMI e ORI.
ARA é corpo físico, a casa ou templo dos demais componentes. OJIJI é o "fantasma" humano,
é a representação visível da essência espiritual. OKAN é o coração físico, sede da inteligência,
do pensamento e da ação. EMI, está associado a respiração, é o sopro divino. Quando um
homem morre, diz-se que seu EMI partiu.
ORI é o ORISA pessoal, em toda a sua força e grandeza. ORI é o primeiro ORISA a ser
louvado, representação particular da existência individualizada (a essência real do ser). É
aquele que guia, acompanha e ajuda a pessoa desde antes do nascimento, durante toda vida e
após a morte, referenciando sua caminhada e a assistindo no cumprimento de seu destino. ORI
em yoruba tem muitos significados - o sentido literal é cabeça física, símbolo da cabeça interior
(ORI INU). Espiritualmente, a cabeça como o ponto mais alto (ou superior) do corpo humano
representa o ORI.
Enquanto ORISA pessoal de cada ser humano, com certeza ele está mais interessado na
realização e na felicidade de cada homem do que qualquer outro ORISA. Da mesma forma,
mais do que qualquer um, ele conhece as necessidades de cada homem em sua caminhada
pela vida e, nos acertos e desacertos de cada um, tem os recursos adequados e todos os
indicadores que permitem a reorganização dos sistemas pessoais referentes a cada ser
humano. Reforçando esta questão temos um oriki que nos diz
TRADUÇÃO
Como foi dito, não existe um ORISA que apoie mais o homem do que o seu próprio ORI: um
trecho do adura (reza) feito durante o assentamento de um IGBA-ORI diz:
"KORIKORI,
Que com o ase do próprio ORI,
O ORI vai sobreviver
KOROKORO
Da mesma forma que o ORI de Afuwape sobreviveu,
O seu sobreviverá.
...Ele será favorável a você.
Tudo de que você precisa
Tudo o que você quer para a sua vida,
É ao seu ORI que você deverá pedir.
É o ORI do homem que ouve o seu sofrimento..."
O que é entãoORI, de que a natureza é constituído e qual o seu papel na vida do homem? Em
primeiro lugar, acredita-se que o corpo humano é constituído de duas partes: a cabeça e o
suporte - ORI e APERE. Acredita-se que este corpo adquire existência na medida em que
recebe de OLODUNMARE o sopro vivificador - o EMI.
Este sopro foi o agente do processo da criação em seu primeiro momento e tem sido o
responsável pela geração e continuidade de toda a vida no universo.
Este modelo descrito e de entendimento abrangente para todas as formas de vida é repetido no
ser humano. A cabeça e o seu suporte, ORI-APERE são formados a partir dos elementos
matrizes, enquanto o ORI-INU, interior, representa, na sua constituição, uma combinação de
elementos, porções de matéria-massa que é particularizada durante o processo de modelagem
de cada ORI. Ele é único e, por conta disso, particulariza e dá individualização à existência.
Essa combinação "química" definirá parte das relações do homem com o mundo sobrenatural e
a religião, na medida em que determina o seu ELEDA, ORISA - símbolo do elemento cósmico
de formação, a que chamamos, adiante, de IPORI, daquele ORI-INU em particular.
No Brasil vimos, com certa frequência, o ELEDA ser chamado de ORISA-ORI, simplificação da
relação aqui exposta. ELEDA segundo Juana Elbein dos Santos em Os Nagô e a Morte, "se
refere à entidade sobrenatural, à matéria-massa que desprendeu uma porção da mesma para
criar um ORI, consequentemente Criador de cabeças individuais..."
Segundo a autora também, "A espécie de material com o qual são modelados os ORI
individuais indicará que tipo de trabalho é mais conveniente, proporcionando satisfação e
permitindo a cada um alcançar prosperidade. Indica também as interdições - EWO - aquilo que
lhe é proibido comer, por causa do elemento com o qual o seu ORI foi modelado".
Ou seja, os EWO representam a proibição de que o indivíduo "coma" alimentos que contenham
a mesma "matéria" da qual foi retirada uma porção para modelagem do seu ORI. A não
observância da interdição traduz-se por uma disfunção energética de consequências
profundamente negativas para o equilíbrio do indivíduo, seja do ponto de vista orgânico, seja
do ponto de vista do mundo emocional, seja quanto as suas condições de realização do
"programa" particular de existência.
Falamos até aqui sobre a natureza e a constituição do ORI. Agora, qual o seu papel na vida do
homem? O conceito de ORI está intimamente ligado ao conceito de destino pessoal e à
instrumentalização do homem para a realização deste destino.
Um Itan do ODU OGUNDA MEJI, nos dá a exata dimensão da matéria quando nos relata sobre
a correspondência entre o ORI e o homem e a relação de causa e efeito existente nesta
correspondência:
"...ORI, eu te saúdo!
Aquele que é sábio
Foi feito sábio pelo próprio ORI.
Aquele que é tolo,
Foi feito mais tolo que um pedaço de inhame,
Pelo próprio ORI..."
No ODU OGBEYONU (Ogbe Ogunda) vamos encontrar ainda, "...Quando acordo pela manhã
coloco minha mão no ORI. ORI é fonte de sorte. ORI é ORI!...". e um oriki dedicado à ORI,
mostrando o papel que ORI tem na vida de cada pessoa quanto as suas relações
interpessoais, suas relações com as outras pessoas, e as suas condições de realização e
progresso em todos os empreendimentos da vida, nos diz:
"ORI mi
Mo ke pe o o
ORI mi
A pe jê
ORI mi
Wa je mi o
Ki ndi olowo o
Ki ndi olola
Ki ndi eni a pe sin
Laye
O, ORI mi
Lori a jiki
ORI mi lori a ji yo mo
Laye"
TRADUÇÃO
"Meu ORI
Eu grito chamando por você
Meu ORI,
Me responda
Meu ORI,
Venha me atender
Para que eu seja uma pessoa rica e próspera
Para que eu seja uma pessoa a quem todos respeitem
Oh, meu ORI!
A ser louvado pela manhã,
Que todos encontrem alegria comigo"
OXUMARÊ .
.
.Òṣùmàrè Aràká
Òṣùmàrè • s. Arco-íris. É considerado símbolo de uma divindade representada por uma grande
serpente que envolve a Terra. V. erè.
Erè • s. Jiboia.
Òṣùmàrè é talvez o Òrìṣà mais famoso de todo o panteão (junto com Yemọjá é claro). É a
divindade do ciclo da água, desde a sua caída em forma de chuva, quanto o arrastamento dela
pelo solo como uma serpente e finalizando com a evaporação, um ciclo eterno. Lembro que
reconheci ele inclusive no desenho X-Men Evolution quando a tribo da personagem
Tempestade (Storm/Que pra mim é uma versão de Yánsàn) tomba uma estátua enorme de
madeira uma serpente enroscada em adoração a bruxa dos ventos (Tempestade).
Engraçado como em toda cultura existe um espaço para as serpentes. É um animal presente
em todas elas e logo deve ter sido um dos primeiros a existirem no mundo.
Eu não conheço muito da divindade Aràkà, mas vou dizer o pouco que sei. Aràkà é uma
divindade que veste branco (uma alusão ao cristal que reflete todas as cores e por isso mantive
ele com panos brancos no desenho). Tenho dúvidas se ele é funfun e se alguma ligação com
Òṣàlá, mas geralmente toda divindade que se veste de branco tem.
Tem ligações com Ṣàngó, alguns dizem que ele era inclusive seu escravo. Eu acredito que seja
mais uma parceria do que uma submissão, já que o poder de um provem do outro. E com
Yemọjá (na verdade Olókun) que lhe concedeu grande parte de seu poder (de tornar-se uma
serpente cujo a cabeça toca o Céu e a cauda a Terra). Em troca Òṣùmàrè ainda pequeno
mostrou para Olókun que a sua riqueza estava contida na sua essência e lhe ensinou a
reconhecer a sua própria riqueza. Òṣùmàrè ganhou riquezas de Olókun (acredito que foram
panos nobres e muitos búzios) que ele não tardou em multiplicar tudo ao ponto de se tornar
muito próspero.
Òrìṣà de tudo que é alongado e esguio, por isso no desenho coloquei a palmeira, a serpente
mordendo a própria cauda, o próprio arco-íris e o cordão umbilical enterrado que é uma
tradição muito antiga ainda muito presente nos dias de hoje. Segundo a crença ter o cordão
umbilical enterrado perto de uma árvore frondosa (no rito uma palmeira) garantiria uma vida
próspera para a pessoa.