Máquinas Térmicas Relatório Do Condensador

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BACHARELADO EM ENGENHARIA MECÂNICA

TRABALHO DE MÁQUINAS TÉRMICAS

DANIEL VICENTINI STEIN MATTOS


JAILSON MORAES BASTOS JÚNIOR
JOÃO VITOR CARLESSO ZANONI
JULIA LOPES DA COSTA ABREU
RICARDO RODRIGUES RIBEIRO

CICLO COMBINADO TURBINA A GÁS DE 50 MW E TURBINA A VAPOR

ARACRUZ
2024
RESUMO

O presente trabalho de TCC tem como objetivo principal desenvolver um projeto deta-
lhado de um ciclo combinado de 50 MW, integrando uma turbina a gás e uma turbina a
vapor. Para alcançar este propósito, serão abordados diversos objetivos específicos.
Inicialmente, serão realizados cálculos termodinâmicos para determinar o desempenho
individual das turbinas e a eficiência global do ciclo combinado. Em seguida, será
projetado o sistema de transferência de calor, incluindo o dimensionamento de conden-
sador, torre de resfriamento e trocadores de calor, com análise detalhada das taxas
de transferência de calor e características dos tubos envolvidos. Serão desenvolvidos
desenhos dimensionais de cada equipamento, contemplando vistas superior e late-
ral, com detalhamento das tubulações e componentes adicionais necessários para o
sistema. Um fluxograma de processo bifilar será criado para visualizar claramente a
sequência de operações e fluxo de materiais dentro do ciclo combinado. Uma tabela
detalhada será elaborada com dados de processo, incluindo informações essenciais
como temperatura, pressão, entalpia, entropia e volume específico em cada ponto
relevante do ciclo. Este estudo visa não apenas atender aos requisitos técnicos e de
engenharia, mas também proporcionar uma solução eficiente e sustentável para a
geração de energia elétrica.

Palavras-chave: Ciclo combinado, Turbina, transferência de Calor


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Diagrama Bifilar - Ciclo Combinado Turbina a Gás/Vapor . . . . . . . 11


Figura 2 – Vista Ortogonal Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
Figura 3 – Vista Frontal Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 4 – Vista Lateral Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Figura 5 – Vista Superior Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Figura 6 – Detalhamento do Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo de potências, eficiência e calor da combustão . . . . . . . 17


Tabela 2 – Parâmetros iniciais do sistema. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Tabela 3 – Parâmetros finais do sistema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Tabela 4 – Propriedades para Tm = 304 K . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Tabela 5 – Propriedades a partir de Tsat = 319 K . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Tabela 6 – Parâmetros Finais do Condensador . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.1 OBJETIVO GERAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.1 CÁLCULO DAS PROPRIEDADES DO CICLO TURBINA A GÁS E
TURBINA A VAPOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2 PROJETO DO CONDENSADOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
5 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
REFERÊNCIAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6

1 INTRODUÇÃO

Máquinas térmicas são dispositivos que convertem energia térmica em trabalho


mecânico, sendo fundamentais para diversas aplicações industriais e de geração
de energia. Entre as máquinas térmicas mais comuns, destacam-se os motores a
combustão interna, as turbinas a gás e a vapor, e os ciclos combinados. Cada um
desses sistemas opera com base em princípios termodinâmicos que ditam a eficiência
e o desempenho do processo de conversão de energia.

O ciclo combinado, que utiliza tanto uma turbina a gás quanto uma turbina a
vapor, é uma das tecnologias mais eficientes para geração de eletricidade. Esse sistema
combina as vantagens dos ciclos de Brayton e Rankine, aumentando significativamente
a eficiência total do processo de geração de energia. A ideia central do ciclo combinado
é aproveitar o calor residual dos gases de exaustão da turbina a gás para gerar vapor e
acionar uma turbina a vapor, maximizando o uso da energia disponível no combustível.

A turbina a gás opera com base no ciclo de Brayton, onde o ar é comprimido,


aquecido através da combustão de um combustível (geralmente gás natural) e expan-
dido em uma turbina para gerar trabalho. As etapas principais do ciclo são:

• Compressão: O ar é comprimido por um compressor, aumentando sua pressão


e temperatura;

• Combustão: O ar comprimido é misturado com o combustível e queimado na


câmara de combustão, resultando em gases de alta temperatura e energia;

• Expansão: Os gases quentes são expandido na turbina, gerando trabalho mecâ-


nico que aciona tanto o compressor quanto um gerador elétrico.

No projeto de um ciclo combinado, a turbina a gás é projetada para operar com


uma eficiência de aproximadamente 88 por cento. O combustível utilizado é o gás
natural, representado pelo metano (CH4), e a combustão é feita com 100 por cento de
excesso de ar para garantir uma queima completa e controlar a temperatura de saída
da turbina, que deve ser mantida abaixo de 1600°C.
7

A turbina a vapor opera com base no ciclo de Rankine. Neste ciclo, a água é
aquecida até se transformar em vapor, que é então expandido em uma turbina para
gerar trabalho. As etapas principais do ciclo são:

• Aquecimento: A água é aquecida em uma caldeira até se transformar em vapor;

• Expansão: O vapor é expandido na turbina, gerando trabalho mecânico;

• Condensação: O vapor expandido é condensado de volta em água em um


condensador;

• Bombeamento: A água condensada é bombeada de volta para a caldeira,


completando o ciclo.

No ciclo combinado, o calor residual dos gases de exaustão da turbina a gás é


utilizado para gerar vapor em um gerador de vapor. Esse vapor é então expandido em
uma turbina a vapor, gerando eletricidade adicional e aumentando a eficiência global
do sistema. A turbina a vapor é projetada para operar com uma eficiência de 87 por
cento, e o condensador opera a uma pressão de 10 kPa.

O ciclo combinado oferece várias vantagens em relação a sistemas de geração


de energia convencionais:

• Alta Eficiência: Ao combinar os ciclos de Brayton e Rankine, o ciclo combinado


pode alcançar eficiências superiores a 60 por cento, muito acima das eficiências
típicas de turbinas a gás ou a vapor isoladas;

• Redução de Emissões: A maior eficiência do ciclo combinado resulta em menor


consumo de combustível e, consequentemente, em menores emissões de gases
de efeito estufa por unidade de energia gerada;

• Flexibilidade Operacional: Ciclos combinados podem responder rapidamente


a mudanças na demanda de energia, tornando-os adequados para operar em
conjunto com fontes de energia renovável, que podem ser intermitentes.
8

O projeto de um ciclo combinado envolve diversos desafios técnicos e conside-


rações de engenharia, incluindo:

• Cálculos Termodinâmicos: Determinação precisa dos parâmetros operacionais e


da eficiência do ciclo combinado;

• Transferência de Calor: Projeto detalhado dos trocadores de calor, incluindo


gerador de vapor, condensador e superaquecedores;

• Especificação de Equipamentos: Dimensionamento e especificação de bombas,


torres de resfriamento e outros componentes auxiliares;

• Desenhos e Documentação: Elaboração de desenhos dimensionais, fluxogramas


de processo e tabelas de dados de processo para garantir a correta instalação e
operação do sistema.

Em resumo, o ciclo combinado de turbina a gás e turbina a vapor representa


uma solução avançada e eficiente para a geração de energia, combinando princípios
termodinâmicos e de engenharia para maximizar o aproveitamento do combustível e
minimizar as perdas de energia. Este tipo de sistema é uma escolha estratégica para
atender às demandas crescentes de energia de forma sustentável e eficiente.
9

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver um projeto completo de um ciclo combinado de 50 MW, incluindo


turbina a gás e turbina a vapor, que abrange cálculos termodinâmicos, projeto de
transferência de calor, dimensionamento de equipamentos, especificação de bombas e
elaboração de desenhos técnicos, garantindo a eficiência e segurança operacional do
sistema.

2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO

1. Cálculos Termodinâmicos:

• Realizar cálculos detalhados para determinar o desempenho da turbina a


gás e da turbina a vapor.

• Calcular a relação de pressão do ciclo e a temperatura de saída da turbina a


gás.

• Calcular a eficiência do ciclo combinado.

2. Projeto de Transferência de Calor:

• Projetar o condensador, torre de resfriamento e trocadores de calor;

• Calcular a quantidade, diâmetro e espessura dos tubos em cada equipa-


mento.

• Determinar as taxas de transferência de calor e o desempenho dos equipa-


mentos.

3. Desenhos Dimensionais:

• Desenvolver desenhos dimensionais de cada equipamento, incluindo vista


superior e vista lateral (ou vista frontal).

• Incluir detalhes sobre tubulações, tubulões e outros componentes.

4. Fluxograma de Processo Bifilar:


10

• Criar um fluxograma de processo bifilar indicando o nome dos equipamentos,


número de cada ponto do processo e o sentido de fluxo.

5. Tabela de Dados de Processo:

• Elaborar uma tabela com dados de processo, incluindo temperatura, pressão,


entalpia, entropia e volume específico em cada ponto relevante do ciclo.

6. Projeto dos Equipamentos Auxiliares:

• Dimensionar e especificar o condensador, considerando a transferência de


calor e combustão (quando aplicável).

7. Análise de Eficiência:

• Avaliar a eficiência global do ciclo combinado, considerando as eficiências


individuais dos componentes e o impacto do excesso de ar na combustão.
11

3 METODOLOGIA

Figura 1 – Diagrama Bifilar - Ciclo Combinado Turbina a Gás/Vapor

Fonte: Autor.

3.1 CÁLCULO DAS PROPRIEDADES DO CICLO TURBINA A GÁS E TURBINA A


VAPOR

Com o desenho esquemático do ciclo (figura xx) em mãos e com alguns dados
iniciais foram iniciados os cálculos para obtenção das propriedades. Serão demonstra-
dos as equações e valores obtidos e as folhas de contas estarão em anexo.

1° passo: Obtenção das propriedades para cada estado. Para o Ar (gás ideal)
foi utilizada a tabela A-22, enquanto para a água foram usadas as tabelas A-2, A-3 e
A-4, todas do livro do Shapiro.

Estado 1:

KJ
T1 = 300K, P1 = 1 bar, h1 = 300, 19 Kg ;

Estado 2 ideal:
12

Foi utilizada a relação de 1 para 10, com η = 85%. Da tabela A-22, Pr 1 = 1, 386.
Utilizando a relação:

Pr2 P2
= → Pr2 = 13, 86 (3.1)
Pr1 P1

KJ
Interpolando Pr 2 = 13, 86 obtivemos: h2ideal = 581, 31 Kg e T2ideal = 574, 1K. Para
achar o estado 2 real, foi preciso calcular Wideal , onde:

KJ
Wideal = h2ideal − h1 = 281, 12 ; (3.2)
Kg

Estado 2 real:

Wideal KJ
Wreal = = 330, 73 ; (3.3)
ηcomp Kg

KJ
h2real = h1 +Wreal = 630.94 , e T2real = 622, 71 K. (3.4)
kg

Estado 3: Cálculo da combustão a partir da reação do metano (CH4 ) (equação


3.5).

CH4 + (2, 0)2(O2 + 3, 76N2 ) → 1CO2 + 2H2 O + 15, 04N2 + 2O2 ; (3.5)

A partir disso, tomando como hipóteses:

• Regime permanente;

• W = 0;

• Q = 0.
13

Fazendo as manipulações necessárias envolvendo a primeira lei da termodinâ-


mica, obtemos o balanço de massa (equação 3.6).

◦ ◦
∑ Mehe = ∑ Mshs;
h̄r = h̄ p ; (3.6)
 

h̄r = ne h f + ∆¯ h ;

A partir disso, na tabela A-25 (Shapiro) foram encontrados os valores das massas
molares e a entalpia de formação dos reagentes e produtos, além disso, na tabela A-23,
a partir da temperatura foram obtidos os valores das entalpias referentes a temperaturas
de 298K e 622K (os valores encontrados foram anexados no APENDICE XXXXX). Com
isso. foi calculado h¯r :

 

¯ + 4 0 + hT¯ 2 − h298
¯ + 15.04 0 + hT¯ 2 − h298
¯
   
hr = 1 h f + 0 O N
;
2 2
CH4 (3.7)
KJ
h¯r = 109130.16 ;
kmol

Para cálculo da temperatura adiabática, foram feitas algumas iterações, chutando


temperaturas diferentes até atingirem a condição h̄r = h̄ p . As temperaturas chutadas
foram: T1 = 1500K, T2 = 1660K, T3 = 1700K, T4 = 1720K e por fim T5 = 1740K. Os
valores referentes as entalpias para cada temperatura foram retirados da tabela A-23 do
Shapiro. Os valores calculados para h̄ p que chegaram próximos foram: h̄ p = 106184,52
KJ KJ
Kmol para T4 = 1720K, o outro valor foi: h̄ p = 121485,88 Kmol para T5 = 1740K. Dessa
KJ
forma, interpolando: h̄ p = 109130,16 Kmol para Tadiabtica = 1723, 85K. Da tabela do
KJ
Shapiro, obtivemos h2 = 1909, 43 Kg e Pr3 = 1089, 87.

Estado 4 ideal:

Para a turbina a gás foi considerada uma relação de pressão de 10 para 1 e


η = 85%. Da tabela A-22, Pr 3 = 1089, 87. Utilizando a relação:

Pr3 P3
= → Pr4 = 108, 987 (3.8)
Pr4 P4
14

KJ
Interpolando Pr 4 = 108, 987 obtivemos: h4ideal = 1033, 05 Kg e T4ideal = 988, 6K.
Para achar o estado 2 real, foi preciso calcular Wideal , onde:

KJ
Wideal = h3 − h4ideal = 876, 68 ; (3.9)
Kg

Estado 2 real:

KJ
Wreal = Wideal · ηturb = 771, 214 ; (3.10)
Kg

KJ
h4real = h3 −Wreal = 1138, 216 , e T4real = 1080, 281 K. (3.11)
kg


Para achar a vazão mássica m4 :

◦ Wliq,gas 50000 KJ
m4 = = = 113, 511 (3.12)
Wreal 771, 214 − 330, 73 Kg

Estado 5:

KJ
Pela tabela, T5 = 330K e h5 = 330, 34 Kg .

Estado 6:

KJ KJ
T6 = 520°C, P6 = 100bar, h6 = 3425, 1 Kg e s6 = 6, 6622 Kg·K .

Estado 7 ideal:

KJ
Considerando s6 = s7 e P7 = 40K pa, da tabela, obtemos: hl7 = 191, 82 Kg , sl7 =
KJ KJ KJ
0, 6493 Kg·K , hg7 = 2584, 7 Kg , sg7 = 8, 1502 Kg·K . Calculando o título em 7:

s7 = sl7 + x7 (sg7 − sl7 ) → x7 = 0, 8016; (3.13)

Cálculo do h7ideal :
15

KJ
h7ideal = hl7 + x7 (hg7 − hl7 ) → h7ideal = 2109, 95 (3.14)
Kg

Estado 7 real:

Wreal h6 − h7real KJ
ηcomp = = = 2280, 92 ; (3.15)
Wideal h6 − h7ideal Kg

KJ
Wreal,turb = h6 − h7real = 1144, 18 ; (3.16)
Kg

Estado 8:

Considerando P7 = P8 = 10K pa e T8 = 44, 81°C, da tabela A-2 (Shapiro), obtemos:


3
Psat = 0, 09288bar, hl = 185, 57 KJ
Kg e vl = 1, 0093 · 10−3 Kg
m
. Para líquido comprimido:

KJ
h8 = hl − vl (P8 − Psat ) = 185, 57 ; (3.17)
Kg

Estado 9 ideal:

Adotando P9 = 1bar, ηbomba = 0, 8, calculamos:

KJ
h9ideal = h8 − v8 (P9 − P8 ) = 185, 66 ; (3.18)
Kg

KJ
Wideal = h9ideal − h8 = 0, 09 ; (3.19)
Kg

Estado 9 real:

Wideal KJ
Wreal = → Wreal,bomba cond = 0, 1125 ; (3.20)
η Kg
16

KJ
h9real = h8 +Wreal = 185, 68 ; (3.21)
Kg

Estado 10:
KJ
h10 = h9real = 185, 68 ;
Kg

Estado 11 ideal:

3
Considerando P11 = 100bar, v10 = 1, 00958 · 10−3 Kg
m
e P1 0 = 1bar:

KJ
h11ideal = h10 − v10 (P11 − P10 ) = 195, 67 ; (3.22)
Kg

KJ
Wideal = h11ideal − h10 = 9, 99 ; (3.23)
Kg

Estado 11 real:

Wideal KJ
Wreal = → Wreal,bomba aliment = 12, 487 ; (3.24)
η Kg

KJ
h11real = h10 +Wreal = 198, 167 ; (3.25)
Kg


Para determinar a vazão mássica m6 :

◦ ◦ ◦ Kg
m4 (h4 − h5 ) = m6 (h6 − h11 ) → m6 = 28, 418 ; (3.26)
s

Estado 12:

KJ
P12 1bar, T12 = 27°C, da tabela h12 = 113, 25 Kg .

Estado 13:
17

Parâmetros Valor
Turbina a vapor (Wturb ) 32515, 3 kW
Bomba do condensador (Wbomba ) 3, 2 kW
Bomba de alimentação (Wbomba,alim ) 354, 85 kW
Trabalho líquido (Wliq,vap ) 32157, 25 kW
Eficiência (ηsist ) 0, 5661

Calor da combustão (Qcomb ) 145122, 68 kW

Tabela 1 – Resumo de potências, eficiência e calor da combustão

KJ
P13 1bar, T13 = 35°C, da tabela h13 = 146, 68 Kg . Calculando a vazão mássica e o
calor no condensador:

◦ ◦ ◦ Kg
m6 (h7 − h8 ) = m12 (h13 − h12 ) → m1 2 = 1781, 2 ; (3.27)
s

◦ ◦
Qcond = m12 (h13 − h12 ) = 59545, 52KW ; (3.28)

Por fim, para obter as propriedades finais, foram calculadas as vazões mássicas
da torre de resfriamento, as demais contas e valores de tabelas seguem em anexo, os
resultados obtidos foram:

◦ Kg
ma = 1483, 5 ;
s
◦ Kg
m16 = 21, 87 ;
s

3.2 PROJETO DO CONDENSADOR

Para dimensionar o condensador, em primeiro momento chutamos alguns parâ-


metros iniciais, que foram alterados conforme as condições de projeto. Foi feita uma
tabela em excel para ajudar no processo iterativo. Os valores iniciais estimados foram:
18

Parâmetro Valor

Velocidade do fluido (V) 1 m/s


Diâmetro interno do tubo (Di ) 25 mm
Diâmetro externo do tubo (De ) 30 mm
Comprimento do tubo (L) 10 m
Número de tubos (Nt ) 64
Número de fileiras (N) 8
N° de passes 1
Temperatura da superfície externa (Tse ) 40 °C
Temperatura T12 27 °C
Temperatura T13 35 °C
Temperatura T7 45, 81 °C
Temperatura T8 44, 31 °C
W
Condutividade do tubo (Ktubo ) 60, 5 m2 ·K

Tabela 2 – Parâmetros iniciais do sistema.


19

A partir da iteração feita em excel, o dimensionamento do condensador seguiu


as seguintes etapas, onde foram considerados:

Parâmetro Valor

Velocidade do fluido (V) 1, 2 m/s


Diâmetro interno do tubo (Di ) 25 mm
Diâmetro externo do tubo (De ) 30 mm
Comprimento do tubo (L) 18 m
Número de tubos (Nt ) 3025
Número de fileiras (N) 55
N°de passes 1
Temperatura da superfície externa (Tse ) 44 °C
Temperatura T12 27 °C
Temperatura T13 35 °C
Temperatura T7 45, 81 °C
Temperatura T8 44, 31 °C
W
Condutividade do tubo (Ktubo ) 60, 5 m2 ·K

Tabela 3 – Parâmetros finais do sistema

1° passo: Obtenção das propriedades na tabela A-6 (Incropera) utilizando


27+35
Tm = 2 = 31°C = 304K.

Parâmetro Valor

Tm 304 K
KJ
Capacidade térmica (C p ) 4.178 Kg·K
W
Condutividade térmica (Kl ) 0.6186 m·K
Viscosidade dinâmica (µl ) 786.2 × 10−6 N·s
m2
Kg
Densidade (ρ) 995.42 m 3

Pressão de saturação relativa (Prl ) 5.326

Tabela 4 – Propriedades para Tm = 304 K

Cálculo de Reynolds:
20

ρV Di
Red = = 38139, 95; (3.29)
µ

2° passo: Fator de atrito.

" 1.11 #
1 ε/D 6.9
√ = −1.8 log + → f1 = 0, 022954463; (3.30)
f 3.7 Re

 
1 ε/D 2.51
√ = −2.0 log + √ → f2 = 0, 027217167; (3.31)
f 3.7 Re f

3° passo: Número de Nusselt.

 
f2
8 (Re − 1000)Pr
Nu = q → Nu = 267, 2212394; (3.32)
f2 2/3
1 + 12.7 8 (Pr − 1)

4° passo: Coeficiente de convecção interno.

hi · Di W
Nu = → hi = 6612, 122348 2 ; (3.33)
k m ·K

5° passo: Coeficiente de convecção externo. Onde, valores foram obtidos


interpolando valores da tabela A-6 (Incropera) a partir da Tsat = 319K.

Kg Kg
Com vl e vg , obtemos ρl = 989, 51 m3
e ρv = 0, 0678 m3
. Seguindo o passo a
passo, calculamos Jacob, entalpia modificada e por fim o coeficiente de convecção
externo:

C p · (Tsat − Tse )
Ja = = 0, 003161674; (3.34)
hfg

KJ
h′f g = h f g (1 + 0.68 · ja) = 2397, 543513 ; (3.35)
Kg
21

Parâmetro Valor

Temperatura de saturação (Tsat ) 319 K


KJ
Capacidade térmica (C p ) 4.198 Kg·K
W
Condutividade térmica (Kl ) 0.6388 m·K
Viscosidade dinâmica (µl ) 587.8 × 10−6 N·s
m2
3
Volume específico do líquido (vl ) 1.0106 × 10−3 m
kg
3
Volume específico do vapor (vg ) 14.748 m
kg
KJ
Calor de vaporização (h f g ) 2392.4 Kg

Tabela 5 – Propriedades a partir de Tsat = 319 K

!1
g · ρl · (ρl − ρv ) · kl3 · h′f g 4
W
he = = 991, 32 (3.36)
N · µl · (Tsat − Tse ) · De m2 · K

6° passo: Cálculo da resistência total.

 
De
1 ln Di 1
Rt = + + ;
Nt · he · π · De · L 2 · π · Ktubo · L · Nt Nt · hi · π · Di · L (3.37)
K
Rt = 2, 40743 × 10−7 .
W

7° passo: Cálculo do número de unidades de transferência (NUT).

◦ W
Cmin = m12 ·C p = 7441853, 6 . (3.38)
K

1
NUT = = 0, 558168503. (3.39)
Rtotal ·Cmin

8° passo: Cálculo da efetividade ε.

ε = 1 − exp(−NUT ) = 0.42774381. (3.40)


22

◦ ◦
9° passo: Cálculo de Qmax e Qreal .


Qmax = Cmin (TQ,ent − TF,ent ) = 140MW. (3.41)

◦ ◦
Qreal = ε · Qmax = 59, 884MW. (3.42)

◦ ◦
Tendo em vista que Qcond = 59, 545MW e Qreal = 59, 884MW , o objetivo que era
igualar as duas foi concluído e assim temos um condensador com:

Parâmetro Valor

Velocidade do fluido (V) 1, 2 m/s


Diâmetro interno do tubo (Di ) 25 mm
Diâmetro externo do tubo (De ) 30 mm
Comprimento do tubo (L) 18 m
Número de tubos (Nt ) 3025
Número de fileiras (N) 55
Número de passes 1

Tabela 6 – Parâmetros Finais do Condensador


23

4 RESULTADOS

Seguem as vistas e o projeto desenvolvido no Software SolidWorks.

Figura 2 – Vista Ortogonal Condensador

Produto educacional do SOLIDWORKS. Somente para fins de instrução.

Fonte: Autor.
24

Figura 3 – Vista Frontal Condensador

Produto educacional do SOLIDWORKS. Somente para fins de instrução.

Fonte: Autor.
25

Figura 4 – Vista Lateral Condensador

Produto educacional do SOLIDWORKS. Somente para fins de instrução.

Fonte: Autor.
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Figura 5 – Vista Superior Condensador

Produto educacional do SOLIDWORKS. Somente para fins de instrução.

Fonte: Autor.
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Figura 6 – Detalhamento do Condensador

Fonte: Autor.
28

5 CONCLUSÃO

A implementação de um ciclo combinado com uma turbina a gás de 50 MW e


uma turbina a vapor representa um marco significativo na eficiência e sustentabilidade
da geração de energia. Este sistema integrado não apenas maximiza a utilização dos
recursos energéticos ao converter os gases de exaustão da turbina a gás em vapor
adicional para acionar uma turbina a vapor, mas também demonstra um compromisso
com a redução de emissões e o cumprimento de normas ambientais rigorosas.

O projeto detalhado envolveu uma abordagem meticulosa, desde cálculos termo-


dinâmicos precisos até o dimensionamento cuidadoso do equipamentos condensador,
garantindo não apenas eficiência operacional, mas também segurança e confiabilidade
a longo prazo. A complexidade inerente a esses sistemas é evidenciada pela necessi-
dade de considerar variáveis como condições de operação, propriedades dos materiais
e a interação entre diferentes componentes, destacando a importância de abordagens
rigorosas e detalhadas.

Portanto, a implementação bem-sucedida de um ciclo combinado com turbina a


gás de 50 MW e turbina a vapor não apenas demonstra um avanço tecnológico signifi-
cativo na geração de energia, mas também reforça o compromisso com a eficiência
energética e a sustentabilidade ambiental, posicionando-se como uma solução viável e
eficaz para as demandas energéticas contemporâneas.
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REFERÊNCIAS

DASSAULT SYSTÈMES. SolidWorks. Versão 2023. Solidworks Corporation, 2023.

INCROPERA, F. P.; DEWITT, D. P.; BERGMAN, T. L.; LAVINE, A. S. Fundamentos da


Transferência de Calor e Massa. 6ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

MORAN, M. J.; SHAPIRO, H. N.; BOETTNER, D. D.; BAILEY, M. B. Princípios de


Termodinâmica para Engenharia. 8ª ed. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

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