Módulo 01 - Ética No Serviço Público
Módulo 01 - Ética No Serviço Público
Módulo 01 - Ética No Serviço Público
Sumário
Apresentação.......................................................................................................................................3
Objetivo...............................................................................................................................................3
Introdução à Ética..............................................................................................................................4
Conceitos Básicos................................................................................................................................7
Concepções Éticas.............................................................................................................................11
Visão Contemporânea......................................................................................................................20
REFERÊNCIAS...............................................................................................................................24
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Ética e Serviço Público – Módulo 01
Apresentação
Objetivo
Apresentar uma sumária conceituação de ética e moral, bem como
alguns sistemas éticos e seus teóricos ao longo da história (períodos clássico
grego, moderno e contemporâneo).
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Ética e Serviço Público – Módulo 01
Introdução à Ética
Objetivo: Contextualizar a ética como parte da história humana.
"O homem é um ser que não tem garantido de antemão seu próprio
ser, mas deve conquistá-lo por empenho de sua própria liberdade."
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Isso significa que, para esse filósofo, tanto a virtude quanto o vício estão
em nosso poder. Fazer ou não fazer o bem e o correto são questões de
conhecimento do que sejam o bem e o correto a se fazer, de modo que a
posse desse conhecimento trabalha em conjunto com a escolha por agir de
uma ou de outra maneira. Aristóteles acreditava, afinal, que o
comportamento entendido como ideal era uma prática a ser perseguida, pois
conduziria o indivíduo e a sociedade ao seu objetivo final de felicidade.
Esse estudo dos atos humanos indica que tais ações podem ser valoradas
de diversos modos, isto é, pode-se atribuir-se a elas algum juízo de valor
(Bem e mal, certo e errado, correto e incorreto, admirável e deplorável), se
realizadas pela vontade e liberdade da pessoa. O ato humano que não seja
realizado por meio de sua vontade, e em que esteja ausente sua liberdade,
não entra no estudo do campo da ética, pois não pode ser considerado um
exercício consciente do ser humano. Temos, portanto, que a ética está
intimamente relacionada ao binômio ação e liberdade. Este, por seu turno,
liga-se, ainda, às noções de escolha e de responsabilidade.
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DÚVIDA
Por sua etimologia e o modo como são referidas no dia a dia, podem
parecer que são a mesma coisa. Em verdade não são, pois suas aplicações e
referências trazem diferentes significados. Pode-se complementar dizendo,
além disso, que as palavras ética e moral provêm, respectivamente, do grego
e do latim.
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Conceitos Básicos
Objetivos: apresentar uma breve etimologia do termo ética; expor
definição de ética e moral; demonstrar sua relação com a vida prática do ser
humano.
Ética é derivada da palavra grega ethos (έθος), que pode assumir uma
diversidade de sentidos. O modo mais usual de emprego desse termo tem
sido para indicar “modo de ser”, “caráter”. De modo que caráter pretende
significar o conjunto de qualidades e disposições que definem uma pessoa e,
ao mesmo tempo, a diferencia das demais. O caráter é adquirido pelo hábito.
O hábito, por sua vez, nasce da repetição de atos iguais. Assim, pode-se dizer
que das ações passam-se aos hábitos e dos hábitos à vida real. Desse modo,
surge o ethos, o modo de ser e agir, que é definido pelas características que
os hábitos deixaram marcados no ser. O ser humano, constantemente, está
construindo seu próprio modo de ser e agir, seu caráter, que vai se
transformando no ethos, na morada habitual do ser.
CURIOSIDADE
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QUADRO DE CONTEÚDOS
ÉTICA MORAL
➔ Objeto de estudo do
pensamento filosófico
➔ Pensamento filosófico; (deontologia ou teoria dos
deveres);
➔ Ciência;
➔ Objeto de estudo da ciência
➔ É teórica, contemplativa, ética;
abstrata;
➔ Conjunto de normas,
➔ Busca a universalidade. princípios e valores com os
quais se regula a conduta
humana.
➔ É prática;
➔ Busca descrições e explicações
➔ Executa-se;
gerais para os problemas morais.
➔ Exerce-se.
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QUADRO DE CONTEÚDOS
ÉTICA MORAL
EXEMPLO
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Concepções Éticas
Objetivo: Apresentar alguns sistemas éticos e seus principais teóricos.
DÚVIDA
Sócrates
Ainda que esse filósofo não tenha deixado nada escrito, os testemunhos
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Platão
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Eudemonismo
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Com base nessa sua concepção, ele considera que a moral do cidadão
individual se realiza da melhor maneira, à medida que ele busca – enquanto
realiza seus interesses – os interesses do Estado. Isso quer dizer que a moral
da pólis, da cidade, e a moral individual não podem ser concebidas de modo
separado, isto é, a moral individual não se dá à margem da defesa da
promoção dos interesses do coletivo. A ética, nesse sentido, não pode estar
desvinculada da política e o mais alto bem individual, a felicidade, só é
possível em uma pólis cujas leis são justas.
Hedonismo
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Estoicismo
Utilitarismo
Esta doutrina defende que a felicidade (ou bem supremo) para a qual
deve tender o ser humano deve estar baseada no sentido do “útil”. Em
termos práticos, trata-se de uma espécie de maximização da felicidade, que
busca obter o maior proveito de todos os atos. Por esse motivo, tal sistema
tem sido compreendido como uma forma renovada do hedonismo clássico.
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tudo o que é útil”, pois a utilidade passa a ser o seu princípio moral, a fim de
obter a maior felicidade possível. Assim entendida, a conduta humana se
dirige para um sentido de aproveitamento imediato de todas as ações.
Como asseverou, certa vez, um tratadista de Direito Penal, em seu livro Sobre
os delitos e as penas:
Assim, uma vez que a ética utilitarista se preocupa com o maior proveito
que se possa extrair das suas ações, podemos dizer que se trata, pois, de
uma ética do “sentido prático”.
Assim, até mesmo alguma ação que tenha um caráter espiritual, para o
utilitarismo, traz em seu bojo um meio de se alcançar alguma outra
finalidade mais útil e prática, como um conforto e tranquilidade pessoal. Ou
um ato de filantropia e de abnegação que, no seu fim, busca ostentar uma
boa figura pública e receber admiração. Nesse sentido, é uma doutrina
consequencialista, pois sustenta que as ações têm valor em relação à
bondade ou à maldade que trazem. Seria como se se fizesse um cálculo dos
benefícios que uma ação acarretará e se estes serão maiores que os
malefícios. Caso se confirme essa “aritmética dos prazeres” (Jeremy
Bentham), a ação poderá ser tida como útil, boa e aceitável. O utilitarismo é,
pois, a corrente filosófica mais ampla do pragmatismo. Seus principais
representantes foram Jeremy Bentham (17428-1832) e John Stuart Mill
(1806-1873).
Sociologismo
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Ética Kantiana
Immanuel Kant foi um filósofo alemão que viveu entre os anos 1724 e
1804. Possivelmente, o mais famoso e importante entre os filósofos
modernos. Sua teoria consiste em empreender uma refutação das teses que
lhes eram anteriores, em particular, da doutrina moral de tipo empirista,
como também das baseadas na metafísica ou nas tendências naturais do
homem. Visa a demonstrar a necessidade de que a teoria da conduta
repousa sobre considerações de ordem racional e validez apriorística, ou
seja, anterior à experiência. Kant defende que a ética deve ser válida para
todos os seres humanos e que o ser humano, por seu turno, deve se dirigir
pela razão. Consequentemente, o nível moral deve estar assentado em um
horizonte superior ao dos bens empíricos, num plano racional e a priori.
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resumidamente, uma reta intenção para agir bem. Kant compreende a boa
vontade como “boa em si mesma”.
Dito de outro modo, em Kant tem-se a noção de que não existe o bem
em si, mas que cada um o cria mediante a boa vontade (a priori). É boa
vontade o agir por puro respeito ao dever, sem razões outras que não seja o
cumprimento do dever ou perceber-se sujeito à lei moral (razão,
consciência). Por este motivo, Kant compreende a boa vontade como
absoluta e universal.
Ou ainda:
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Visão Contemporânea
Objetivo: Abordar o debate atual sobre ética.
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REFERÊNCIAS
• ANTUNES, Celso. A arte de comunicar. Rio de Janeiro: Vozes, 2005.
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