Plano Educacional Individualizado para A
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Educação
Resumo: O artigo pretende trazer à tona o debate acerca da importância de identificar os alunos com altas
habilidades e aplicar/avaliar estratégias, em particular, o plano educacional individualizado para estes alunos
dentro da escola regular, no intuito de possibilitar o crescimento adequado desta clientela no que diz respeito aos
aspectos cognitivos, físicos, afetivos e emocionais. Para tanto, utilizou-se a metodologia de pesquisa
bibliográfica, onde recorreu-se aos teóricos que especificam o que são as altas habilidades, quais suas
necessidades no ambiente escolar e como atender a estas necessidades. Neste sentido, pôde-se perceber a
dificuldade de se implantar uma cultura de identificação de tais alunos em virtude de mitos criados em torno das
pessoas com altas habilidades e devido a problemas de adaptação e de assincronia que muitos destes estudantes
enfrentam no contexto educacional. Conclui-se que atinar para as necessidades educacionais de alunos com altas
habilidades é responsabilidade da escola regular que se propõe inclusiva e favorecedora do pleno
desenvolvimento de seu alunado.
Introdução
Tornou-se lugar comum falar de pessoas com necessidades especiais seja no que se refere às
relações familiares, escolares, sociais ou culturais. Exemplo disso é o fato de que a inserção e
ampliação da acessibilidade nos variados ambientes em que estas pessoas precisam estar são assuntos
por demais instaurados nos discursos daqueles que trabalham direta ou indiretamente com tais
necessidades.
________________________
1
Graduada em Psicologia pela Faculdade Leão Sampaio - FALS. Especialista em Educação Inclusiva com Ênfase em Atendimento
Educacional Especializado e pós-graduanda (lato sensu) em Prática Docente do Ensino Superior pelas Faculdades Integradas de Patos – FIP.
É membro titular do Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Juazeiro do Norte. E-mail para contato: [email protected] ou
[email protected].
2
Graduada em Psicologia pela Faculdade Leão Sampaio – FALS. Mestre em Ciências da Educação, Especialista em Saúde Mental pela
Faculdade Leão Sampaio – FALS. Email: [email protected].
3
Enfermeira. Especialista em Nefrologia e Biologia. Mestranda em Ciência da Educação. E-mail: [email protected].
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Método
Para realizar a pesquisa utilizou-se o recurso do estudo bibliográfico que “[...] tem como alvo
apoiar a redação de um projeto, um artigo ou um relatório, mas [que] para ser bem sucedido é
importante ter bem claro seu objetivo” (TRAINA e TRAINA JR, 2009, p. 31). Objetivo que foi, neste
trabalho, o de analisar as possibilidades de um plano educacional individualizado promover um
melhor desenvolvimento acadêmico e social para pessoas com altas habilidades.
Este intento foi alcançado seguindo os passos a seguir traçados: levantamento dos teóricos que
definem as características das pessoas com altas habilidades; inserção do debate acerca dos mitos e
realidades envolvendo as Pessoas com Altas Habilidades (PAHs) no contexto escolar; compreensão
das estratégias de atendimento educacional especializado a alunos com altas habilidades; estudo das
estratégias de identificação e valorização das pessoas com altas habilidades na escola regular.
Resultados e Discussões
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Logo, este programa visa promover um olhar para a diversidade, entendendo-a não mais como
um problema a ser sanado, mas, isto sim, como uma maneira diferente de ser no mundo e com os
outros. Não cabe mais à escola conceber e enquadrar seus alunos em modelos herméticos de ser. É
preciso que a escola valorize os potenciais e as múltiplas inteligências que seu corpo discente possui.
Urge que a escola compreenda as necessidades de seu alunado: diferenciando para valorizar e
igualando para respeitar.
As pessoas com necessidades especiais, parcela da sociedade que historicamente sofreu abusos
físicos e mentais e foi expatriada do convívio social, tem atualmente o direito, garantido por lei, de
exercer sua cidadania e de ter seu espaço dentro das escolas de ensino regular. Entretanto, percebe-se
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[...] que têm sido reiteradamente excluídos dos sistemas de ensino — negros,
meninas, homossexuais, índios, populações em situação de rua, adolescentes autores
de ato infracional, crianças e jovens com dificuldades no processo de escolarização
vinculadas ou não a causas orgânicas, superdotados/altas habilidades. Defendemos a
equiparação de oportunidades, uma compensação da sociedade por não haver
pensado na diversidade, para convertermos a Educação em prioridade! (VERONA,
2009, p. 11, grifo nosso).
É preciso que se construa um projeto político pedagógico que contemple a todos, independente
de suas idiossincrasias e sempre orientado numa pedagogia centrada no aluno. Portanto, é
imprescindível o papel do professor nesta tarefa de construção de uma escola voltada para a
diversidade, para as várias formas de inteligência e afetividade.
Com efeito, o docente necessita, segundo Baptista (2006), para transformar-se em um
professor inclusivo, apostar em dois planos: o do autoconhecimento e o da busca por referenciais de
atuação. Autoconhecimento, na medida em que precisa lidar com muitas formas de subjetividade e de
realidades, sendo que, para isso, necessita perceber o quanto estas vivências o afetam para que possa
provocar em si mesmo movimentos de aceitação e/ou modificação do meio. Busca por referenciais, a
partir do momento em que é fundamental recorrer a teóricos e propostas positivas que deram certo na
história da educação para que se possa implantar um ensino inclusivo.
Sabe-se que o professor sozinho não conseguirá mudar a realidade social, precisa do apoio da
escola e de seus diversos profissionais (coordenadores, diretores, equipe pedagógica, psicólogos,
assistentes sociais). A escola, pois, deve estar pautada pelo ideário dos direitos humanos e permitir que
aconteça em seu interior a criação de processos de ensino-aprendizagem, onde o foco de trabalho
precisa ser o pleno desenvolvimento do aluno e não a sua limitação, dificuldade ou deficiência
enquanto rótulo e esquema de manutenção de estereótipos. É assim que,
Portanto, é interessante que aconteça uma mudança na concepção de pedagogia voltada para
as pessoas com necessidades especiais com supervalorização das deficiências para uma pedagogia
voltada para o compromisso com o ser humano e para o entendimento da possibilidade de
aprendizagem independente de características físicas, sociais ou econômicas. A escola, com seus
recursos estruturais e profissionais, precisa promover constante debate junto à comunidade para que
novos modelos de educação comecem a ser trabalhados, para que as demandas populares passem a ser
consideradas e uma sociedade diferente: pautada na identificação e valorização da diversidade, seja
realmente construída. Ou seja, as escolas
Quando o assunto é educação especial ou pessoas com necessidades especiais, na maioria das
vezes vem à mente a questão das várias deficiências (mental ou física), entretanto, vale acrescentar que
as pessoas com altas habilidades, que constituem cerca de 3 a 5 % da população, também fazem parte
do quadro de pessoas que precisam de cuidados especiais seja no lar ou na escola (RECH e FREITAS,
2005).
Para falar acerca das pessoas com altas habilidades no ambiente escolar ou educacional é
necessário, inicialmente, que conceituemos o que vem a ser uma pessoa com tais habilidades.
Segundo Renzulli apud Andrés (2010) para se identificar uma pessoa com altas habilidades é
preciso observar três características/traços comportamentais (modelo dos três anéis), a saber:
habilidade acima da média em determinada área; forte envolvimento com a tarefa; e, criatividade.
Valendo considerar que, para Renzulli, estes traços podem ser desenvolvidos em certas pessoas que
demonstram capacidade acima da média; em algumas ocasiões visto que tais comportamentos não são
contínuos – dependendo também do grau de envolvimento com a atividade; e, sob certas
circunstâncias (ANDRÉS, 2010). Daí a necessidade de identificar a pessoa com altas habilidades para
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que sejam trabalhadas adequadamente suas necessidades educacionais, valorizando e ampliando suas
possibilidades.
Neste sentido, o Projeto Escola Viva (2002) do Ministério da Educação, traçou indicadores
com base na transcrição dos estudos de Whitmore, constantes em seu texto Características das
crianças intelectualmente dotadas. Das características comportamentais gerais, de aprendizagem, de
pensamento criativo, de pensamento crítico, de motivação, e de aspecto afetivo-emotivo, citadas pelo
autor destacam-se as seguintes:
o Características comportamentais gerais:
Precocidade no domínio da linguagem falada e/ou escrita. Facilidade em aprender as capacidades
básicas. Grande competência de análise. Menor conformismo. Ampla habilidade de trabalho
individual. Ótima capacidade de concentração e atenção. Comportamento enérgico, intenso.
Geralmente se relacionam bem com pessoas mais velhas. São altamente inquisitivos. Comportamento
organizado e direcionado a resolução de metas e busca por concretização de objetivos. Possuem
motivação própria e gostam de conquistar ou aprender coisas novas.
o Características de aprendizagem:
Grande capacidade de atenção a detalhes, observação e insight. Demonstram prazer nas atividades
intelectuais com excelentes capacidades de abstração, conceituação e síntese. Mostram-se
questionadores e curiosos frente a informações e acontecimentos. Podem armazenar muita informação
sobre os mais diversos assuntos. Capacidade de manipular problemas complexos dividindo-os em
partes no intuito de solucioná-los.
o Características de pensamento criativo:
São pensadores fluentes, flexíveis, originais, elaborativos. Obtém prazer em se aprofundar em temas
complexos, em jogos intelectuais. Sensíveis emocionalmente. Possuem sensibilidade estética.
Curiosos sobre o desconhecido. São desinibidos no que se refere a questões cognitivas.
o Características de pensamento crítico:
Possuem uma tendência a divergir verbalmente das ideias que consideram erradas nos outros: não
importando quem seja. Tendência ao perfeccionismo, sendo, portanto, autocríticos e críticos dos
outros. Além de uma forte disposição para dominar os demais.
o Características de motivação:
Dificuldade em tolerar autoridade. Inconformismo e obstinação. Dificuldade em deixar uma atividade
que lhe seja interessante. Tendência a discordar. Falta de interesse em tarefas rotineiras. Recusa por
atividades que não apresentem um desafio a transpor.
o Características afetivo-emotivas:
Hipersensibilidade emocional a críticas dos outros ou a situações que não surtiram o resultado
esperado. Tendência a recusar atividades que avaliem não poderem realizar adequadamente.
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Ampliando as ideias descritas sobre a identificação de uma PAH, Cupertino (2008) menciona
que geralmente se observa uma assincronia no desenvolvimento global do sujeito; ou seja, algumas
funções terminam por se desenvolverem mais precocemente e com maior grau do que outras que ficam
no nível da normalidade ou abaixo dele. Assim, no que se refere à assincronia “[...] exceto os
raríssimos casos de pessoas com múltiplas capacidades, há uma habilidade predominante que se
destaca das demais [...]: a pessoa faz aquelas coisas mais, melhor que os outros, e melhor que as outras
coisas que ela mesma faz” (CUPERTINO, 2008, p. 20).
Assim, é importante compreender que estes comportamentos manifestos podem ser
monitorados ou avaliados através da observação direta, conversa, questionários, classificação de
características, entrevistas (com os pares do aluno avaliado), até por meio de “testes, desde que usados
mais como metáforas da vida real do que em busca de resultados numéricos absolutos”
(CUPERTINO, 2008, p. 25). Ou seja,
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Estes mitos acabam caindo por terra a partir do momento em que se promove uma reflexão em
torno deles e se observa a pouca fundamentação lógica e real para sua sustentação.
A verdade é que a situação das PAHs não é das mais fáceis como se poderia pensar ao analisar
apenas as grandes capacidades cognitivas que elas apresentam. O fato é que os alunos com altas
habilidades nem sempre são identificados e valorizados na escola regular pelos educadores. Às vezes
suas características comportamentais são percebidas de forma distorcida pelos professores que lêem
iniciativa e auto-suficiência como uma tendência a dominar a discussão, concentração e foco como
obstinação e resistência à interrupção, independência e inconformismo como rebeldia e oposição,
hipersensibilidade como hiperatividade, déficit de atenção (RECH; FREITAS, 2005).
Não raro o professor acaba por considerar o aluno com altas habilidades enquanto um rival,
um competidor, quando, na verdade, tal estudante é apenas alguém que gosta de se sentir estimulado e
desafiado intelectualmente. Sendo que “[...] sem estímulo, essa pessoa pode desprezar seu potencial
elevado e apresentar frustração e inadequação ao meio.” (RECH; FREITAS, 2005, p. 13).
Ademais, as dificuldades encontradas pela pessoa com altas habilidades no que se refere à
compreensão por parte dos outros sobre suas características e interesses pode terminar causando “[...]
problemas psicológicos nestes sujeitos que podem estagnar-se e acomodar-se ao sistema. Esta
acomodação pode restringir conquistas futuras, influenciando na sua vida pessoal e social” (NEGRINI,
2012, p. 03). É neste sentido que muitas PAHs acabam disfarçando suas reais capacidades no intuito
de se sentirem aceitas pelos pares (NEGRINI, 2012). Além disso, características como:
perfeccionismo, autocrítica, sensibilidade em demasia atrelados a questões emocionais são apontados
enquanto origem de problemas para aqueles com altas habilidades intelectivas (ALENCAR, 2007).
Com efeito,
[...] Essas crianças [as PAHs, de modo geral] são caracterizadas afetivamente por
uma grande sensibilidade, proveniente da acumulação de uma quantidade maior de
informações e emoções [...] do que [...] pode [m] absorver e processar [...] Um
programa adequado deve dar oportunidades para que [...] tenha [m] consciência dos
seus aspectos emocionais, ajudando-a [s] a aplicar suas habilidades verbais e de
compreensão avançadas às suas experiências emocionais. A consciência social, que
frequentemente aparece cedo no desenvolvimento destas crianças, torna-se uma
oportunidade para se desenvolver nelas uma adequada estrutura de valores e de
transformar valores em ações sociais. (VIRGOLIM, 2007, p. 44)
Quais as estratégias existentes de auxílio aos alunos com altas habilidades dentro da escola?
No que diz respeito “[...] s políticas públicas educacionais, estas subsidiam o atendimento em
sala de aula regular e em sala de recursos para os estudantes com altas habilidades/superdotação,
considerando suas peculiaridades individuais” (NEGRINI, 2012, p. 06). Ademais o atendimento “[...]
pode ser realizado em conjunto com outras instituições de ensino, seja de ensino superior ou núcleos
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Ou seja, o plano de ensino visa possibilitar um olhar diferenciado aos alunos que apresentem
altas habilidades. Valendo salientar que o conceito de altas habilidades envolve a observação e
identificação (por parte dos professores, orientadores e coordenadores) de estudantes com talentos
precoces e extraordinários em uma ou várias das áreas e atividades trabalhadas pela escola. Estas
habilidades, como já citado, salvo casos raros de aptidões múltiplas, dizem respeito a um grande
desenvolvimento em determinado campo e um desenvolvimento normal ou abaixo da média em outro.
Um exemplo disso é encontrado em alunos com excelentes desempenhos em matérias da área das
ciências exatas (matemática, física e química) e déficits consideráveis em matérias das ciências
humanas (português, e história) ou ainda alunos ótimos para interpretar situações que envolvam a
abstração, porém, péssimos no manejo das relações emocionais e afetivas. Assim,
Identificar a existência de alunos com estas assincronias é importante na medida em que tal
intervenção tem por finalidade promover qualidade de vida e favorecer o desabrochar do potencial
científico e tecnológico que alunos com altas habilidades podem oferecer ao bom funcionamento da
sociedade. Neste sentido, também é importante na elaboração do plano atentar para os dados
familiares, para as habilidades e dificuldades no que se refere à interação com colegas e crianças de
mesma idade, recursos utilizados para o aprendizado, além das medidas ou metas que deverão ser
aplicadas e os critérios para avaliação das implantações e do desempenho do educando.
Portanto, o atendimento especializado via plano educacional para alunos com altas
habilidades, propõe estabelecer com estes: atividades que despertem seus interesses para os conteúdos
ofertados pelos professores na aula regular, na medida em que fomentem respeito por suas ideias e
curiosidade. Lembrando que, estes alunos, por mais que apresentem ótima memória, atenção
concentrada, liderança, autonomia, iniciativa, imaginação e perseverança nas atividades que lhes
estimulem; entretanto, estas qualidades não garantirão um futuro brilhante para os mesmos, já que
estes alunos, caso não tenham suas necessidades educacionais atendidas, podem mostrar, segundo
Ourofino e Guimarães, citados por Cupertino (2008), alguns problemas no que se refere à socialização
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com colegas de sala e/ou de mesma idade, busca excessiva pela perfeição, intolerância a críticas,
comportamentos desajustados, desinteresse frente aos trabalhos do currículo regular da escola, e até
evasão escolar pela ausência de estímulos em suas habilidades desafiadoras.
Sendo que, muitas vezes, os próprios professores desenvolvem uma atitude defensiva para
com tais alunos por diversos motivos, entre eles: dificuldade em compreender suas necessidades ou
por perceberem neles comportamentos de oposição, já que muitas vezes colocam em xeque os
conteúdos ministrados pelo docente – desafiando, pois, sua autoridade e conhecimento.
A elaboração de um plano de ensino individualizado se justifica na medida em que pretende
incentivar os alunos com altas habilidades, implantando métodos para trabalhar, junto com a
comunidade escolar, formas de manter o interesse deles frente ao currículo regular, mas promovendo
modos de estimulação e fornecendo à curiosidade exacerbada e ao intelecto super desenvolvido
maneiras de socialização com os demais. Lembrando que estas formas mantenedoras do interesse do
aluno nas disciplinas ofertadas pela escola devem ser flexíveis e sempre condizentes com suas
necessidades. Possibilitando, ainda, a quebra de possíveis atitudes preconceituosas ou de bullying
dentro da escola no que tange a estes estudantes. Já que,
[...] as altas habilidades caracterizam uma necessidade especial que, ao contrário das
demais, não é perceptível imediatamente. A maioria das deficiências é mais fácil de
identificar. Por seu caráter multidimensional, as altas habilidades não são alto-
evidentes, e, além disso, o assim chamado superdotado não pode ser identificado
com base em categorias totalizantes [...] [o] que faz com que as pessoas se sintam
inseguras em assumir posições que, de acordo com elas, significam rotular o aluno
(CUPERTINO, 2008, p. 64).
Considerações Finais
A inclusão de alunos com altas habilidades na escola regular foi tema deste trabalho que
procurou conhecer o universo destas pessoas: suas características, possibilidades e limitações. Neste
sentido, com a elaboração deste artigo pôde-se entender o que é uma pessoa com altas habilidades,
perceber a importância de identificá-la no ambiente escolar ou educacional a partir da observação
(incluindo-se aí a aplicação de questionários, entrevistas, testes que sejam utilizados mais como apoio
do que como determinantes do sujeito) de características gerais, de aprendizagem, de pensamento
criativo, crítico e no que tange à motivação e aos aspectos afetivos e emocionais.
Além disso, foram trazidas ao debate as ideias, mitos ou representações que as pessoas em
geral e os professores/comunidade escolar têm das pessoas com altas habilidades e ainda as
dificuldades que muitos docentes experimentam em compreender e interpretar as características e
necessidades destes alunos.
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a ajudar os colegas de sala. Sendo que, o plano educacional individualizado poderá evitar esse tipo de
situação na medida em que favoreça o percebimento das potencialidades e limitações (intelectuais,
físicas, emocionais, etc.) do estudante com altas habilidades, fomentando o enriquecimento das aulas a
partir do aprofundamento dos temas, inserção de projetos de estudo elaborados pelo estudante e até
incentivando um trabalho de monitoria ou de ajudante do professor, porém, não de forma coercitiva,
mas prazerosa: onde possam ser gerados produtos quantitativos e qualitativamente saudáveis para
todos os envolvidos.
Referências
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Recebido: 10/01/2015
Aceito:12/02/2015
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