EP9 Gabarito

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Cálculo IV – EP9 – Tutor


Z
Exercı́cio 1: Calcule a integral de linha y dx + (x + 2y) dy de (1, 0) a (0, 1), onde C é:
C

a) o segmento de reta;
b) o arco de circunferência x = cos t e y = sen t;
c) a poligonal de (1, 0) a (1, 1) a (0, 1).

Solução: Temos o esboço na figura a seguir.

y
(0, 1) (1, 1)

(1, 0) x

a) A equação do segmento é x + y = 1 com 0 ≤ y ≤ 1. Fazendo y = t temos x = 1 − t com


0 ≤ t ≤ 1. Logo, dy = dt e dx = −dt. Então:
Z Z 1 Z 1 h 2 i1
−t t2
y dx + (x + 2y) dy = t (−dt) + (1 − t + 2t) dt = −t dt + (1 + t) dt = +t+ =
C 0 0 2 2 0
h i1
= t = 1.
0

b) Aqui nós temos x = cos t e y = sen t para 0 ≤ t ≤ π/2. Logo, dx = − sen tdt e dy = cos tdt e,
portanto:
Z Z π/2
y dx + (x + 2y) dy = sen t(− sen t) dt + (cos t + 2 sen t) cos t dt =
C 0
Z π/2 Z π/2
2 2

= − sen t + cos t + 2 sen t cos t dt = (cos 2t + 2 sen t cos t) dt =
0 0
h iπ/2
sen 2t 2
= + sen t = 1.
2 0

c) Neste caso temos que C = C1 ∪ C2 onde C1 é o segmento de (1, 0) a (1, 1) e C2 é o segmento


de (1, 1) a (0, 1).

Em C1 temos x = 1 e y = t com 0 ≤ t ≤ 1 donde dx = 0 e dy = dt e em C2 temos y = 1 e


x = 1 − t com 0 ≤ t ≤ 1 donde dy = 0 e dx = −dt. Por propriedade de integral temos:
Cálculo IV – EP9 Tutor 2

Z Z Z Z 1 Z 1
y dx+(x+2y) dy = y dx+(x+2y) dy+ y dx+(x+2y) dy = (1+2t) dt+ (−dt) =
C C1 C2 0 0
h i1 h i1
= t + t2 − t = 2 − 1 = 1 .
0 0

Z
Exercı́cio 2: Calcule os valores de − 2xy dx + (x2 + y 2) dy ao longo dos caminhos C
C

a) a parte superior da circunferência x2 + y 2 = a2 de (a, 0) a (−a, 0);


b) a parte superior da elipse x2 + 4y 2 = 2x, orientada no sentido anti-horário.

Solução: Temos o esboço na figura a seguir.

(0, a)
C

(−a, 0) (a, 0) x

Uma parametrização de C orientada no sentido anti-horário é γ(t) = (a cos t, a sen t), com


0 ≤ t ≤ π. Logo, γ ′ (t) = (−a sen t, a cos t), 0 ≤ t ≤ π. Sendo F (x, y) = (−2xy, x2 + y 2),
temos que:

− →

F (γ(t)) · γ ′ (t) = F (a cos t, a sen t) · (−a sen t, a cos t) =
2 2 2 2
 3 2 3
= − 2a cos ta sen t, a | cos t +
{z a sen t
} · (−a sen t, a cos t) = 2a cos t sen t + a cos t .
= a2

Como Z Z Z b
 − −
→ −

I= −2xy dx + x + y 2 2
dy = F · d→
r = F (γ(t)) · γ ′ (t) dt
C C a
com a = 0 e b = π então:
Z π h iπ
 sen3 t
I= 2a3 cos t sen2 t + a3 cos t dt = 2a3 + a3 sen t = 0 .
0 3 0

y2
b) De x2 + 4y 2 = 2x, com y ≥ 0 temos (x − 1)2 + 4y 2 = 1, com y ≥ 0 ou (x − 1)2 + = 1,
1/4
com y ≥ 0.

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Cálculo IV – EP9 Tutor 3

C
1/2

1 2 x

 
1
Uma parametrização de C é γ(t) = 1 + cos t, sen t , com 0 ≤ t ≤ π. Logo, temos que
  2
1
γ (t) = − sen t, cos t e:

2

→ →
− 1
 
1

F (γ(t)) · γ ′ (t) = F 1 + cos t, sen t · − sen t, cos t =
2 2
 
1 1 1
= −2(1 + cos t) sen t, (1 + cos t)2 + sen2 t · (− sen t, cos t) =
2 4 2
1 2
 1
= (1 + cos t) sen2 t + 2
{z }t cos t + 8 sen t cos t =
1 + 2 cos t + |cos
2
= 1−sen2 t

1 1 1 1 5
= sen2 t+sen2 t cos t+ cos t+cos2 t+ cos t− sen2 t cos t+ sen2 t cos t = 1+ sen2 t cos t+cos t .
2 2 2 8 8
Logo:
Z Z π Z π  
− −
→ → −
→ 5
I= F ·dr = F (γ(t)) · γ ′ (t) dt = 1+ sen2 t cos t + cos t dt =
C 0 0 8
h iπ
5 sen3 t
= t+ · + sen t = π .
8 3 0


→  
1 1
Exercı́cio 3: Calcule o trabalho realizado pela força F (x, y) = , para deslocar uma partı́cula
x y
em linha reta do ponto A(1, 2) até B(3, 4).

Solução: Para calcular o trabalho, necessitamos de uma parametrização da trajetória C da partı́cula,


que é o segmento de reta que une P (1, 2) a Q(3, 4):
 
γ(t) = P + t(Q − P ) = (1, 2) + t (3, 4) − (1, 2) = (1, 2) + t(2, 2) = (1 + 2t, 2 + 2t)

com 0 ≤ t ≤ 1. Logo, γ ′ (t) = (2, 2). Portanto:


Z Z b Z 1
→ −
− → →
− ′ →

W = F ·dr = F (γ(t)) · γ (t) dt = F (1 + 2t, 2 + 2t) · (2, 2) dt =
C a 0
Z 1   Z 1  
1 1 2 2  1
= , · (2, 2) dt = + dt = ln(1 + 2t) + ln(2 + 2t) 0 =
0 1 + 2t 2 + 2t 0 1 + 2t 2 + 2t

3·4
= (ln 3 + ln 4) − (ln 1 + ln 2) = ln 3 + ln 4 − ln 2 = ln = ln 6 u.w.
2

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Cálculo IV – EP9 Tutor 4



Exercı́cio 4: Determine o trabalho realizado pela força F (x, y, z) = (y, x, z 2 ) para deslocar uma
partı́cula ao longo da hélice C dada por γ(t) = (2 cos t, 2 sen t, 2t), do ponto A(2, 0, 0) ao ponto
B(2, 0, 4π).

Solução: Seja C a hélice dada por γ(t) = (2 cos t, 2 sen t, 2t) do ponto A(2, 0, 0) ao ponto B(2, 0, 4π).
Então o parâmetro t varia de 0 a 2π. O trabalho W é dada por:
Z Z b
→ −
− → →

W = F ·dr = F (γ(t)) · γ ′ (t) dt
C a

onde a = 0 e b = 2π e

− →

F (γ(t)) · γ ′ (t) = F (2 cos t, 2 sen t, 2t) · γ ′ (t) = (2 sen t, 2 cos t, 4t2 ) · (−2 sen t, 2 cos t, 2) =

= −4 sen2 t + 4 cos2 t + 8t2 = 4 cos 2t + 8t2 .

Então: Z 2π h i2π
2
 sen 2t 8t3 64π 3
W = 4 cos 2t + 8t dt = 4 · + = u.w.
0 2 3 0 3



Exercı́cio 5: Calcule a integral do campo vetorial F = (2xy, x2 , 3z) do ponto A(0, 0, 0) ao ponto
B(1, 1, 2) ao longo da curva C interseção das superfı́cies z = x2 + y 2 e x = y.

Solução: O esboço de C está representado na figura a seguir.

2
(1, 1, 2)

(0, 0, 0)
1 y
1 (1, 1, 0)

Uma parametrização de C é obtida fazendo x = t donde y = t e z = t2 + t2 = 2t2 , com 0 ≤ t ≤ 1


pois C vai de A(0, 0, 0) a B(1, 1, 2). Temos então que dx = dt, dy = dt e dz = 4tdt. Logo:
Z Z Z 1 Z 1
→ −
− → 2 2 2

F ·d r = 2xy dx+x dy+3z dz = 2t·t dt+t dt+3·2t ·4t dt = 2t2 + t2 + 24t3 dt =
C C 0 0
Z 1   1
= 3t2 + 24t3 dt = t3 + 6t4 0 = 1 + 6 = 7 .
0

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Cálculo IV – EP9 Tutor 5



Exercı́cio 6: Calcule a integral do campo vetorial F (x, y, z) = (x, y, z) ao longo da curva C
interseção das superfı́cies x2 + y 2 − 2y = 0 e z = y orientada no sentido anti-horário quando vista
de cima.

Solução: De x2 + y 2 − 2y = 0 temos x2 + (y − 1)2 = 1, cujo gráfico no espaço é um cilindro circular.


Então C é a interseção do cilindro com o plano z = y, isto é, C é uma curva plana contida no plano
z = y e também está contida no cilindro x2 + (y − 1)2 = 1. Portanto, a sua projeção no plano xy
é a base do cilindro. Como C está orientada no sentido anti-horário quando vista de cima (do eixo
z positivo) então a sua projeção no plano xy que é a circunferência x2 + (y − 1)2 = 1 também está
orientada no sentido anti-horário.

1 2 y

Então, se (x, y, z) ∈ C temos que x, y e z satisfazem às equações x2 + (y − 1)2 = 1 e z = y. Logo,


x = cos t, y = 1 + sen t, com 0 ≤ t ≤ 2π (no sentido anti-horário) e z = y = 1 + sen t. Assim,
temos γ(t) = (cos t, 1 + sen t, 1 + sen t), com 0 ≤ t ≤ 2π. Logo γ ′ (t) = (− sen t, cos t, cos t). Temos
então:
Z Z b Z 2π
→ −
− → →
− ′ →

F ·dr = F (γ(t)) · γ (t) dt = F (cos t, 1 + sen t, 1 + sen t) · γ ′ (t) dt
C a 0
Z 2π
= (cos t, 1 + sen t, 1 + sen t) · (− sen t, cos t, cos t) dt
0
Z 2π
= (− cos t sen t + cos t + sen t cos t + cos t + sen t cos t)dt
0
Z 2π
sen2 t 2π
h i
= (2 cos t + sen t cos t)dt = 2 sen t + = (0 + 0) − (0 + 0) = 0 .
0 2 0


− →
− →

Exercı́cio 7: Sabe-se que o campo F = (ex+y + 1) i + ex+y j é um campo conservativo em R2 .


a) Encontre uma função potencial para F .

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Cálculo IV – EP9 Tutor 6

Z
− −

b) Calcule F · d→
r onde C é o arco de circunferência (x − 1)2 + (y − 1/2)2 = 1/4, com x ≥ 1
C
que vai de (1, 0) a (1, 1).

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Cálculo IV – EP9 Tutor 7

Solução:

a) Vamos encontrar uma função potencial ϕ(x, y) tal que


∂ϕ
= ex+y + 1 (1)
∂x
∂ϕ
= ex+y (2)
∂y
em R2 .

Integrando (1) em relação a x temos:


Z

ϕ(x, y) = ex+y + 1 dx = ex+y + x + f (y) (3)

onde f (y) é uma “constante” de integração. Derivando (3) em relação a y e usando a igualdade (2)
vem:
∂ϕ
= ex+y + 0 + f ′ (y) = ex+y
∂y
donde f ′ (y) = 0 ou f (y) = c, c constante. Obtemos, então:

ϕ(x, y) = ex+y + x + c


a famı́lia de funções potenciais de F .

b) Fazendo c = 0 temos uma função potencial ϕ(x, y) = ex+y + x. Logo, pelo teorema fundamental
do cálculo para integrais de linha, temos:
Z (1,1)
→ −
− 
F · d→
r = ϕ(1, 1) − ϕ(1, 0) = e2 + 1 − (e + 1) = e2 − e .
(1,0)

Exercı́cio 8: Determine uma função potencial para cada campo conservativo.



− →
− →

a) F (x, y) = (x2 + y 2) i + 2xy j .

− →
− →

b) F (x, y) = (cos(xy) − xy sen(xy)) i − (x2 sen(xy)) j .


c) F (x, y, z) = (6xy 3 + 2z 2 , 9x2 y 2, 4xz + 1)

Solução:


a) Uma função potencial ϕ(x, y) do campo F = (P, Q) = (x2 + y 2 , 2xy) é tal que domϕ =

− →

= dom F = R2 e ∇ϕ = F em R2 , isto é:
∂ϕ ∂ϕ
=P = x2 + y 2 (1)
∂x ∂x
ou
∂ϕ ∂ϕ
=Q = 2xy (2)
∂y ∂y
em R2 . Integrando (1) em relação a x temos:
x3
ϕ(x, y) = + xy 2 + f (y) (3)
3

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Cálculo IV – EP9 Tutor 8

onde f (y) é a “constante” de integração. Derivando a igualdade (3) em relação a y e usando a


igualdade (2) obtemos
2xy + f ′ (y) = 2xy
ou f ′ (y) = 0 donde f (y) = c onde c é uma constante. Substituindo em (3) vemos que:
x3
ϕ(x, y) = + xy 2 + c
3


para todo (x, y) ∈ R2 é a famı́lia de funções potenciais de F .


b) Vamos encontrar uma função ϕ(x, y) com D = dom F = R2 tal que
∂ϕ
= cos(xy) − xy sen(xy) (1)
∂x
∂ϕ
= −x2 sen(xy) (2)
∂y
em R2 . Integrando (2) em relação a y obtemos
ϕ(x, y) = x cos(xy) + f (x) (3)
onde f (x) é a “constante” de integração. Derivando (3) em relação a x e usando (1) encontramos:
cos(xy) − xy sen(xy) + f ′ (x) = cos(xy) − xy sen(xy)


ou f ′ (x) = 0 donde f (x) = c onde c é uma constante. Assim, a famı́lia de funções potenciais de F
é dada por
ϕ(x, y) = x cos(xy) + c .


c) Queremos encontrar uma função ϕ(x, y, z) com D = dom F = R3 tal que
∂ϕ
= 6xy 3 + 2z 2 (1)
∂x
∂ϕ
= 9x2 y 2 (2)
∂y
∂ϕ
= 4xz + 1 (3)
∂z
em R3 . Integrando (1) em relação a x temos
Z

ϕ(x, y, z) = 6xy 3 + 2z 2 dx = 3x2 y 3 + 2xz 2 + f (y, z) (4)

onde f (y, z) é uma “constante” de integração. Derivando (4) em relação a y e z e usando (2) e
(3), respectivamente, temos:
∂f ∂f
9x2 y 2 + = 9x2 y 2 =0
∂y ∂y
ou
∂f ∂f
4xz + = 4xz + 1 =1
∂z ∂z
donde f (y, z) = z + c, c constante. Substituindo em (4) vemos que o conjunto de todas as funções
potenciais é dado por:
ϕ(x, y, z) = 3x2 y 3 + 2xz 2 + z + c .

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