GR - IT.SIN.074 - v02
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GR.IT.SIN.074
Módulo de Transmissão Específica
Nacional ATPN STM
Versão 02
Entrada em vigor: XX-XX-XXX
(a indicar pelo IMT)
Aplicação:
Grupo IP
GR.MOD.001|v02
“Este documento é propriedade exclusiva da IP, não podendo ser reproduzido, utilizado, modificado ou comunicado a terceiros sem autorização expressa”
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ÍNDICE
Pág.
1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 6
2. OBJETIVO ............................................................................................................................... 6
3. ÂMBITO ................................................................................................................................... 6
4. SIGLAS E DEFINIÇÕES .......................................................................................................... 7
4.1. Siglas .......................................................................................................................................7
4.2. Definições ................................................................................................................................8
5. RESPONSABILIDADE ............................................................................................................. 8
6. DESCRIÇÃO DO SISTEMA ATPN........................................................................................... 8
6.1. Equipamento de Via .................................................................................................................8
6.2. Equipamento Embarcado .........................................................................................................8
7. DESCRIÇÃO DO ATPN STM................................................................................................... 9
7.1. Arquitetura do Sistema .............................................................................................................9
7.2. Interface FFFIS STM ..............................................................................................................10
7.3. Interface ‘K’ ............................................................................................................................11
8. FUNCIONALIDADES DO ATPN STM .................................................................................... 11
8.1. Testes Automáticos do Comboio ............................................................................................11
8.2. Introdução de dados no comboio ...........................................................................................11
8.3. Leituras de Balizas .................................................................................................................12
8.4. Atuação dos sistemas de frenagem .......................................................................................12
8.5. Interface com o Maquinista ....................................................................................................12
8.6. Atuação do disjuntor principal ................................................................................................12
8.7. Odometria ..............................................................................................................................12
8.8. Gravador Jurídico...................................................................................................................13
8.9. Modo de Manobras ................................................................................................................13
8.10. Ultrapassagem de sinal fechado ............................................................................................13
8.11. Supervisão de Movimentos ....................................................................................................14
8.12. Interface Radio Solo-Comboio ...............................................................................................14
9. REGRAS DE INSTALAÇÃO DO EQUIPAMENTO ................................................................. 14
10. LIGAÇÃO DO EQUIPAMENTO .............................................................................................. 14
10.1. Entradas/Saídas.....................................................................................................................14
10.2. Alimentação ...........................................................................................................................14
11. REQUISITOS DE FIABILIDADE, DISPONIBILIDADE E SEGURANÇA ................................. 15
11.1. Fiabilidade..............................................................................................................................15
11.2. Disponibilidade .......................................................................................................................15
11.3. Segurança..............................................................................................................................15
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Índice de Figuras
Pág.
Figura 1 – Arquitetura ETCS + ATPN STM ...................................................................................... 10
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Documentos revogados
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Documentos de Referência
Os documentos a seguir referenciados são necessários para a aplicação deste documento. No caso
dos documentos datados apenas a versão referida é aplicável. Para os documentos não datados é
aplicada a versão aprovada do documento à data de publicação deste documento.
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Documentos associados
Não aplicável.
Distribuição
Restrito ao Grupo IP e entidades externas.
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1. INTRODUÇÃO
Com o desenvolvimento e instalação do ETCS e adoção de material circulante com ETCS embarcado,
surge a necessidade de dotar estes comboios a capacidade de circularem em linhas equipadas com
CONVEL sendo capazes de receber e interpretar as codificações/informação passadas pelas balizas
na via, para dar resposta a essa necessidade está nesta norma descrita o conjunto de regras pelas
quais os fornecedores poderão desenvolver o STM externo ou mesmo adotar um já existente que
cumpra o que está escrito neste documento.
Para o efeito, esta especificação pretende assegurar a adoção de uma solução unificada que respeite
os requisitos de interoperabilidade, designadamente Subset-026, Subset-035, Subset-056, Subset-
057, Subset-058 e Subset-059 de modo a possibilitar uma transição gradual do sistema Classe B
ATPN para o sistema Classe A ERTMS/ETCS na rede ferroviária nacional e respetivo material
circulante.
Exclui-se a aplicabilidade desta especificação a material circulante existente, incluindo veículos
motorizados especiais (VMEs), que se encontrem já equipados com a solução Classe B, ou
equivalente, que não obedeça aos requisitos de interoperabilidade.
Exclui-se igualmente do âmbito deste documento a especificação das características do equipamento
de via, devendo os requisitos técnicos associados ao sistema de proteção Classe B Português (ATPN)
e Classe A (ERTMS/ETCS) serem obedecidos pelas entidades responsáveis pela gestão, operação e
manutenção da rede ferroviária nacional.
2. OBJETIVO
Definir os requisitos técnicos e os critérios de verificação de conformidade para o desenvolvimento de
Módulos de Transmissão Específica (STM) externos compatíveis com o sistema de proteção Classe
B ATPN baseado em EBICAB 700, adaptado às características da rede ferroviária nacional.
3. ÂMBITO
Aplica-se a todo o material circulante que se pretenda operar na rede ferroviária nacional equipado
com sistema de proteção e controlo embarcado (ATP) Classe A, sendo a compatibilidade com o
sistema Classe B nacional assegurada através de um módulo de transmissão específica externo
(ATPN STM).
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4. SIGLAS E DEFINIÇÕES
4.1. Siglas
Da organização
DEA Direção de Engenharia e Ambiente
EA-EPF Departamento de Estudos e Projetos Ferroviários da DEA
EA-ESL Unidade de Sinalização da EA-EPF
Outras Siglas
ATPN Sistema de proteção Classe B Português (EBICAB700 adaptado às características
da rede ferroviária nacional também conhecido como CONVEL)
Autoridade Nacional de Segurança Ferroviária
ANSF
BIU Brake Interface Unit
BTM Balise Transmission Module
DeBo Designated Body
DMI Driver Machine Interface
JRU Juridical Recording Unit
ERTMS European Rail Traffic Management System
ETCS European Train Control System
ETI Especificação Técnica de Interoperabilidade (ETII)
EVC European Vital Computer
FFFIS Form Fit Function Interface Specification
FMEA Failure Mode and Effects Analysis
ISA Independent Safety Assessor
NoBo Notified Body
NTC National Train Control (ETCS level)
OTE Onboard Transmission Equipment
PROFIBUS Process Field Bus
RSC Rádio Solo-Comboio
SIL Safety Integrity Level
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4.2. Definições
Não Aplicável.
5. RESPONSABILIDADE
Não Aplicável.
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A antena instalada no comboio passa sobre as balizas, energiza-as e recolhe a informação nelas
contida, transmitindo-a à unidade lógica. A unidade lógica é ainda responsável pelas funções de
proteção, incluindo controlo das interfaces entre o sistema ATPN e os sistemas do veículo.
O painel de bordo constitui a interface entre o sistema e o responsável de condução. Com efeito, é
nele que o sistema afixa as informações de interesse para a condução e onde se localizam os
dispositivos de comando e introdução de dados.
A Figura 1 apresenta a arquitetura de referência preconizada para a solução ETCS + ATPN STM a
adotar em Portugal, baseada na arquitetura ERTMS/ETCS definida no Subset-026 (ETI CCS).
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Subset-027
Antena
Antena (Opcional)
Baliza Baliza
ATPN ATPN
Tendo em conta o diagrama apresentado na Figura 1, define-se o ATPN STM como um módulo de
transmissão específico externo que implementa as funcionalidades de supervisão equivalentes às do
sistema ATPN existente, respeitando as interfaces estandardizadas definidas na ETl-CCS,
designadamente Subset-026, Subset-035 e Subset-101.No que toca à leitura de balizas ATPN por
parte do ATPN STM, a solução preferencial é via Interface ‘K’ dada a utilização de uma única antena
pertencente ao equipamento ETCS embarcado. No entanto, é também admissível que o ATPN STM
inclua uma antena dedicada para leitura de balizas ATPN desde que respeitados os requisitos técnicos
definidos no Subset-100 (ETI-CCS).
Deve-se ainda salientar a necessidade de assegurar uma interface entre o gravador jurídico (JRU) e
o Rádio Solo-Comboio (RSC). O ponto 7. Subset-035, Subset-056, Subset-057 e Subset-058, Subset-
035, Subset-056, Subset-057 e Subset-058 apresenta informações adicionais, sendo que as
características técnicas desta interface estão fora do âmbito desta especificação.
Esta interface permite ao ETCS embarcado controlar a operação global do STM e disponibilizar
informação vital ao mesmo para operação aquando da operação em nível National Train Control
(NTC). Por outro lado, esta interface é utilizada pelo STM para desencadear ações de proteção e
controlo tais como atuação dos sistemas de frenagem ou interação com o responsável de condução
através do ETCS DMI (interface homem-máquina).
Tendo em conta o conceito genérico de um STM definido na ETI aplicável, é importante referir que a
orquestração global do STM é realizada pelo EVC, parte integrante do equipamento ETCS embarcado.
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Tal deve-se ao facto de o ETCS ser responsável pela seleção do modo e nível de operação, incluindo
ativação/desativação de módulos de transmissão específica com o qual esteja integrado.
A ETI CCS (Subset-035, Subset-056, Subset-057 e Subset-058) contêm informações adicionais
relativas à interface FFFIS STM.
Tendo em conta a arquitetura preconizada, o ATPN STM deverá receber e processar os dados do
comboio transmitidos pelo equipamento ETCS embarcado através da interface FFFIS STM, sendo os
mesmos introduzidos através do ETCS DMI. De forma a simplificar a operação e evitar incoerências
nos dados inseridos por parte do responsável de condução, a introdução de dados usando o
procedimento dedicado a módulos de transmissão específicos (Specific NTC Data Entry) é
desaconselhada. O ATPN STM deverá receber os dados do comboio transmitidos de forma nativa por
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parte do ETCS embarcado via interface FFFIS STM, sendo o ATPN STM responsável pela tradução
dos parâmetros em valores compatíveis com as regras do sistema ATPN.
De salientar que, no que toca ao comprimento máximo de comboios de mercadorias, o ATPN STM
deverá suportar um valor máximo de 750 m (inclusive).
disjuntor principal de forma a permitir que o ATPN STM possa solicitar o controlo do mesmo através
da interface FFFIS STM.
8.7. Odometria
Na arquitetura preconizada, o ATPN STM não dispõe de interface com o sistema de odometria ou de
equipamentos dedicados para este fim, sendo esta funcionalidade assegurada pelo equipamento
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ETCS embarcado que disponibiliza as informações relativas à odometria para o STM via interface
FFFIS STM.
No que toca ao equipamento ETCS embarcado, é responsável por assegurar a interface com
dispositivos odométricos, incluindo cálculo da velocidade e distância percorrida, devendo ainda
assegurar a transmissão cíclica dos dados de odometria consolidados para o ATPN STM através da
interface FFFIS STM.
e tempo máximo autorizado para realização do procedimento Override aquando da operação em nível
NTC ATPN. O equipamento ETCS embarcado deve ainda assegurar a transmissão da ativação e
desativação do procedimento Override para o ATPN STM através da interface FFFIS STM.
No que toca ao ATPN STM, quando o procedimento Override está ativo, é responsável por assegurar
a supervisão de velocidade do veículo, sendo, no entanto, ignorada a leitura de balizas ATPN.
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• Interface ‘K’ como ligação entre o ATPN STM e o BTM pertencente ao ETCS embarcado,
exceto se for adotada uma solução alternativa com antena dedicada pertencente ao ATPN
STM para leitura de balizas ATPN.
10.2. Alimentação
A ligação de alimentação do ATPN STM deve ser compatível com as características dos veículos
alvo onde será instalado.
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11.2. Disponibilidade
A disponibilidade do ATPN STM representa a medida da capacidade desse sistema de estar
continuamente operacional e disponível para uso, sem falhas não planeadas, durante um período
específico. A disponibilidade reflete a confiabilidade do sistema em garantir que as funcionalidades
críticas estejam operacionais quando necessário, contribuindo assim para a segurança e a eficiência
das operações ferroviárias.
O fabricante do ATPN STM deverá fornecer um estudo de disponibilidade completo demonstrando
conformidade com o disposto neste documento e conformidade com a disponibilidade operacional, de
acordo com as boas regras do domínio.
A instrução técnica GR.IT.SIN.062 inclui informação complementar relativamente a aspetos de
disponibilidade relacionados com o subsistema ERTMS/ETCS e sistemas de encravamento.
11.3. Segurança
O fabricante do ATPN STM deverá fornecer um estudo de segurança completo, seguindo os requisitos
normativos CENELEC em vigor, demonstrando conformidade com o disposto neste documento. O
estudo deverá identificar os possíveis níveis de integridade de dispositivos eletrónicos e software que
contribuem para os eventos de risco, bem como as recomendações de manutenção e operação
necessárias para assegurar o nível de integridade 4 (SIL4).
A instrução técnica GR.IT.SIN.064 inclui informação complementar relativamente a aspetos de
segurança relacionados com o subsistema ERTMS/ETCS e sistemas de encravamento.
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11.4. Manutenção
O fabricante do ATPN STM deverá fornecer um plano de manutenção que deve ser concebido de
forma a assegurar a manutenção ao longo do tempo das características funcionais e de segurança
específicas para satisfazer as disposições deste documento.
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Qualquer intervenção no ATPN STM, mesmo que de forma temporária, deverá obedecer às
recomendações do plano de manutenção fornecido pelo fornecedor do equipamento operacional, de
acordo com as boas regras do domínio.
A instrução técnica GR.IT.SIN.063 inclui informação complementar relativamente a aspetos de
manutenibilidade relacionados com o subsistema ERTMS/ETCS e sistemas de encravamento.
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