Modulo Conceitos Basicos em ABA Versão Final 24 02 2021

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Curso

“Intervenção Comportamental com Pessoas


com Transtorno de Espectro Autista”
Módulo: Conceitos Básicos de ABA
26 a 28 de Fevereiro de 2021

Profa. Dra. Fabiana Pinheiro Ramos, Departamento de Psicologia


Programa de Pós-graduação em Psicologia - https://psicologia.ufes.br/pos-graduacao/PPGP
Universidade Federal do Espírito Santo
Psicóloga – CRP 16/838
Contato: [email protected]
@fabianapinheiroramos

Créditos parciais: Arion Carlos


Felipe Pimentel
Luciano Cunha e
Mylena Lima
Programa do Módulo:
– Conceitos Básicos em ABA
Ementa:
 Reforçamento e reforçadores positivos e negativos;
Punição;
Origem e estabelecimento do valor reforçador de eventos ambientais;
Extinção do comportamento operante;
Modelagem;
Esquemas de reforçamento;
Discriminação e Generalização;
Formação de conceitos e abstração;
Encadeamento e Fading;
Classe de estímulo;
Comportamento respondente;
Comportamento emitido e comportamento eliciado;
Extinção respondente;

OBJETIVO NÃO É “DECORAR” CONCEITOS


E SIM COMPREENDER PROCESSOS!
2
PARTE 1
COMPORTAMENTO
Comportamento respondente (eliciado);
Comportamento operante (emitido).

CONSEQUÊNCIAS
Reforçamento e reforçadores positivos e negativos;
Esquemas de reforçamento;
Origem e estabelecimento do valor reforçador de eventos
ambientais;
Extinção operante e respondente. 3
UMA PRIMEIRA DISTINÇÃO:

Análise do Comportamento

Análise do
Análise Experimental do
Comportamento Aplicada:
Behaviorismo Radical: Comportamento (AEC):
Criação e administração
Braço teórico, filosófico e Braço empírico
de recursos de intervenção
histórico Formulação dos princípios
social
básicos do comportamento
Terapia Comportamental

ABA
Introdução
 Princípios básicos = leis que regem e explicam o
comportamento.
◼ Explicam desde os comportamentos humanos mais
simples aos mais complexos.
◼ O que muda é o nível de complexidade da análise.
◼ Comportamentos são multideterminados.
◼ Por que é importante conhecer os princípios do
comportamento?
◼ PLANEJAR A APRENDIZAGEM!
5
Sabe de nada,
inocente!

“Estimulo Resposta”;
“simplista”;
“reducionista”;
“mecanicista”;

6
Um exemplo de estudos de processos complexos
– Terapia de Aceitação e Compromisso

7
7 dimensões da ABA:
1. Aplicada: Investiga comportamentos socialmente significantes com imediata importância
para o indivíduo
2. Comportamental: Utiliza medidas acuradas do comportamento que requerem
modificação e, documenta a mudança produzida no comportamento do indivíduo.
3. Analítica: Demonstra o controle experimental sobre a ocorrência e a não ocorrência do
comportamento - isto é, a relação funcional entre eventos ambientais e o
comportamento.
4. Tecnológica: A descrição por escrito de todos os procedimentos utilizados. Isto é, os
estudos são detalhados de modo a possibilitar a replicação dos procedimentos por
outros.
5. Conceitualmente Sistemática: As intervenções de mudança comportamental são
derivadas dos princípios básicos do comportamento.
6. Efetiva: Melhora o comportamento o suficiente para produzir resultados práticos para o
participante/cliente.
7. Generalidade: Produz mudanças compartimentais duradouras que ocorrem em outros
ambientes e incluem novos comportamentos.
8
Sobre a relevância do que se ensina...

9
Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo
- Terapia ABA

• É um tratamento amplamente reconhecido, seguro e efetivo;


• 50 anos de produção científica de base experimental demonstrando a eficácia de vários
procedimentos e componentes de estratégias de ensino;
• Resultados demonstrados em todas as fases do desenvolvimento: infância, adolescência e
fase adulta;
• Eficácia comprovada na melhoria da aprendizagem, raciocínio, comunicação e
adaptabilidade.
• Crianças com autismo apresentam atraso no desenvolvimento, e já estão em desvantagem
em relação a seus pares; assim, precisam aprender mais em menos tempo para que exibam
os desempenhos esperados para sua idade e ano escolar;
• Intervenções baseadas em evidência científica apresentam melhor custo benefício;
• Análise Aplicada do Comportamento não é o único modo de pensar o tratamento do
autismo, mas é a abordagem mais relevante para os que buscam aplicar princípios científicos
para melhorar a qualidade de vida de pessoas afetadas pelo autismo.
10
O que é ABA?

 https://www.youtube.com/watch?v=b-FmFGWy-CE

11
Comportamento
 Explicado a partir do entrelaçamento
de 3 histórias:
◼ Filogênese;
◼ Ontogênese; Organismo intacto
Organismo não-intacto

◼ Cultura.

12
MAS O QUE É COMPORTAMENTO?

 O BR define comportamento como interação entre organismo e


ambiente.

 Distinção entre resposta e comportamento.

 Distinção entre topografia e função. Todo comportamento tem uma


função no repertório do indivíduo.

 A definição de comportamento como interação desfaz a ideia de um


organismo passivo em relação ao ambiente.

 Nas palavras de Skinner (1978, p. 15): “ Os homens agem sobre o


mundo, modificam-no e por sua vez são modificados pelas
consequências de suas ações”. 13
Comportamento é
nossa unidade
básica de análise,
logo nossa análise
não é do que a
pessoa fez, mas do
que ela fez na
interação com o
mundo. 14
Logo, para ABA, tudo é comportamento!

 Pensar
Comportamentos privados ou
 Sonhar encobertos
 Sentir emoções

 Falar
 Andar
Comportamentos públicos ou
 Bater a cabeça na parede abertos
 Sorrir

15
TIPOS DE COMPORTAMENTO

 De modo genérico o termo comportamento


refere-se à atividade dos organismos
[animais, incluindo homens] que mantém
intercâmbio com o ambiente.
 Há duas classes de comportamentos:
 Respondentes;
 Operantes.
9
Respondentes
Guardam uma relação direta com o estímulo antecedente.
Dizemos que o comportamento respondente é eliciado.
São respostas não intencionais e automáticas.
Nascemos com alguns reflexos inatos que ajudaram os
indivíduos da nossa espécie a sobreviverem.
Importância dos Respondentes

 Os reflexos inatos são o repertório mínimo (preparação mínima) carregado


pelo organismo que lhe fornece maiores chances de sobreviver – é a primeira
base da aprendizagem;

 Tem origem no histórico de seleção da espécie (Filogênese);

 Emoções ou reposta emocional são respondentes.

 Após o nascimento, o repertório de respondentes também é modificado pela


aprendizagem.
Raiva Tristeza Alegria Repulsa

Surpresa Raiva Repulsa Medo

Tristeza Alegria Surpresa


COMPORTAMENTOS RESPONDENTES (REFLEXOS
INATOS)

 Uma resposta é eliciada por um estímulo


antecedente [estímulo eliciador].

Ex: comida na boca → salivação


↓ ↓ ↓
Estímulo Antecedente [Elicia] Resposta

Ex: Um barulho forte → taquicardia, aumento da


P.A
20
COMPORTAMENTO RESPONDENTE

 A ocorrência dessas RESPOSTAS em presença


desses ESTÍMULOS é importante para o
funcionamento e sobrevivência do organismo, e
constitui parte de suas capacidades inatas.

 Quando a propensão para um estímulo eliciar


uma resposta é inata, denominamos a relação
entre S – R como um reflexo incondicionado.

 Denominamos também tanto o estímulo quanto a 21

resposta como incondicionados.


Condicionamento Respondente
CONDICIONAMENTO RESPONDENTE (ou Pavloviano)

 Essas respostas podem ser condicionadas passando a ocorrer na


presença de estímulos associados com os estímulos incondicionados.

 Ex: cheiro do limão ou a palavra limão [est. condicionados] eliciam a


salivação [resposta condicionada] em decorrência da associação ao
suco do limão [est. incondicionado].

 Ex: O grito [est. incondicionado] de um adulto elicia resposta


[incondicionada] de medo num bebê. A simples presença desse adulto
[estimulo condicionado] que grita frequentemente com este bebê o
faz eliciar respostas de medo [resposta condicionada].

 As respostas são automáticas e involuntárias.


 https://www.youtube.com/watch?v=QO9SSrYZjW0 (até 2:47)
23
Extinção respondente

 Para que um reflexo condicionado perca a sua força, o


estímulo condicionado deve ser apresentado sem
emparelhamento com o estímulo incondicionado.
 É o que se faz por exemplo no tratamento de medos e
fobias (ex: procedimento de dessensibilização
sistemática).
 Fenômeno da “recuperação espontânea”.

24
Importância do condicionamento
respondente na vida diária
 Participação do condicionamento respondente nas respostas
emocionais.
 Alta participação do condicionamento respondente em alguns
problemas que aparecem na clínica, exemplos:
 Ataques de pânico;
 Fobias (generalização respondente);
 Uso/abuso de drogas;
 Uso de procedimentos que envolvem a “manipulação” de
respondentes na clínica:
 Dessensibilização sistemática;
 Extinção respondente. 25
Comportamentos respondentes e
operantes acontecem de forma
conjunta!

26
Um exemplo: ataque de pânico

Respondentes
associados

27
Um exemplo: ataque de pânico

Operantes associados

Inseparabilidade entre a
dimensão respondente
e a dimensão operante
do comportamento!
28
COMPORTAMENTOS OPERANTES

 Uma parte significativa do comportamento humano não é


eliciada por estímulos antecedentes. [F. B. Skinner]
 São comportamentos que modificam o ambiente e essas
modificações no ambiente levam, por sua vez, a
modificações no comportamento sequencial. Ex: dirigir um
carro, pregar um prego, fazer contas, etc.
 Dizemos que comportamentos operantes são emitidos.

29
Condicionamento Operante

•Comportamentos operantes são selecionado pelas


consequências;
• Incluem respostas as mais variadas em
topografias;
• Seleção pelas consequências ocorre por toda a
vida do indivíduo (ontogênese);

 Envolve reforçamento e punição:


• Refere-se ao processo e aos efeitos seletivos das
consequências sobre o comportamento.
Comportamento Operante

Sd R R+ / R- / P+ / P-

• Estímulo: Todo e qualquer • Resposta: Toda ação • Consequêcia: Toda


parcela do ambiente ao emitida pelo organismo mudança que acontece
qual o organismo em resposta aos eventos no ambiente em função
responde. ambientais. da resposta do
organismo.

A famosa tríplice contingência!

O conceito de controle
 Condicionamento operante: https://www.youtube.com/watch?v=-19AF7ocYEE
(até 5:30min).

 Atividade 1 em grupo = 20minutos

32
Efeitos das Consequências
• As consequências afetam a probabilidade de
ocorrência futura do comportamento;
• Consequências selecionam classes de
respostas e não respostas individuais;
• Consequências imediatas são mais efetivas;
• Consequências selecionam quaisquer
comportamentos que vêm antes delas;
• Condicionamento operante ocorre
independente da “consciência” do indivíduo.
Consequências

•Consequências são mudanças no ambiente que


podem ter efeito reforçador ou punidor:
• Estímulos que são acrescentados ao ambiente (+);
• Estímulos que são removidos do ambiente do
indivíduo (-).
Tipos de Estímulos:
• Estímulos reforçadores;
• Estímulos aversivos (punidores).
Reforçamento Positivo (PROCESSO)

• Ocorre quando um comportamento é


imediatamente seguido pela apresentação de
um estímulo que aumenta a probabilidade de
ocorrência futura da resposta.
Reforçamento Negativo (PROCESSO)

• Ocorre quando o comportamento é imediatamente


seguido pela remoção do estímulo que aumenta a
probabilidade de ocorrência futura do comportamento.
1. Comportamento mantido por fuga e esquiva.
2. Diferença entre fuga e esquiva.
3. A fuga é sempre a primeira a ser aprendida.
4. Em geral emitimos mais comportamentos de esquiva
(prevenção) do que de fuga.
37
Exemplo de Fuga e Esquiva

Comportamento de FUGA do namorado da reclamação de sua namorada


Antecedente/ocasião Resposta Consequência
Namorada reclamando da Namorada parar de
Fazer a barba
barba por fazer reclamar

Comportamento de ESQUIVA do namorado da reclamação de sua namorada


Antecedente/ocasião Resposta Consequência
Se arrumar para sair com
a namorada, sabendo que Evitar reclamações da
Fazer a barba
ela não gosta de sua barba namorada
por fazer
Reforço Positivo x Negativo
Reforço Positivo (Criança) Reforço Negativo (Pai)

Criança fazendo “birra” porque o pai Pai com criança birrenta no


Situação
negou doce supermercado

Resposta Chorar, gritar, espernear Dar o doce desejado ao filho

Alívio do estresse gerado pelo choro do


Consequência Obtenção do doce
filho

Sentimentos Gerados Alegria, Felicidade, Euforia Alívio/diminuição do stress

Tipo de Operação Adicionar estímulo (biscoito) Retirar estímulo (birra)

Natureza do Estímulo Estímulo reforçador positivo Estímulo reforçador negativo (aversivo)

Aumenta a probabilidade de Aumenta a probabilidade de ocorrência


Efeito sobre a resposta ocorrência do comportamento de do comportamento de “ceder” as
chorar ao pedir algo desejado vontades do filho birrento

Notação (Representação) S : R → R+ S : R → R-

Moreira e Medeiros, 2007 (adaptado).


Reforço positivo e reforço negativo
https://www.youtube.com/watch?v=51EuK9kOD_U
Até 5:00

40
Como eventos adquirem valor reforçador
para o indivíduo?
 Reforçadores incondicionados (comida, água)
 Reforçadores condicionados (história de vida)
 Reforço natural x reforço arbitrário
 Qual a utilidade de se elaborar uma lista de reforçadores da criança?
 https://www.youtube.com/watch?v=-Z5zLGgxU74

41
O que acontece quando um comportamento
que era anteriormente reforçado, passa a não
ser mais?
• Extinção operante: suspensão do reforço tem como
resultado a diminuição gradual da frequência de
respostas.
 Resistência à extinção depende do custo da
resposta e de variáveis da história de vida de
cada um.
 Fenômeno da “explosão da resposta”.
 Eliciação de respostas emocionais (raiva,
irritação, frustração).
Um exemplo de extinção: ignorar
planejado
 Ignorar planejado é uma consequência que pode ser usada para
reduzir os comportamentos de busca de atenção. Para usar o
ignorar planejado de maneira eficiente, é preciso fazer o
seguinte:
• Evite contato visual; não olhe para a criança;
• Não toque criança; afaste-se se necessário;
• Use uma expressão “neutra”; não reaja ao comportamento;
• Não fale ou responda a criança;
• Certifique-se de que o seu ignorar é óbvio, abrupto e exagerado
– por exemplo, vire-se e cruze os braços.
43
Riscos do Ignorar Planejado

 Possíveis problemas ao usar o ignorar planejado:


• Comportamentos que são ignorados frequentemente irão piorar
antes de melhorarem;
• Alguns comportamentos não podem ser ignorados sempre;
• Se a pessoa está implementando a estratégia “ceder" o aluno
pode aprender a ser ainda mais persistente;
• Ignorar planejado pode demorar um pouco a dar certo.
 Ignorar a criança X ignorar o comportamento.

44
Consequências são o que acontece depois da
resposta
Esquemas de reforçamento:
• Reforçamento contínuo – toda resposta é seguida
de reforçador.
 Reforçamento intermitente – algumas respostas
são seguidas de reforço, outras não.
O reforçamento contínuo é mais eficaz para
aquisição do comportamento, enquanto o
reforçamento intermitente é importante para a
manutenção da resposta pois gere resistência à
extinção.
Esquemas de reforçamento intermitente:
1. Razão fixa (FR): exige-se um número de respostas fixo para a
apresentação do reforçador (Ex: o aluno só pode descansar
depois de dar 5 voltas em um quadra de ed. Física)
2. Razão variável (VR): número de respostas para obtenção do
reforço varia (mais comum em nosso cotidiano). Ex: escovar os
dentes.
Nos esquemas de razão o importante é o número de respostas, já
nos esquemas de intervalo, o tempo.
1. Intervalo fixo (FI): no intervalo fixo o requisito para que a
resposta seja reforçada é o tempo decorrido (pouco comum no
nosso dia a dia). Ex: programa semanal na TV.
2. Intervalo variável: os intervalos de tempo entre os reforços são
variáveis. Ex: achar uma música boa na rádio.

https://www.youtube.com/watch?v=N_uc-fzpxvk
DISTINÇÃO DE EFEITOS A CURTO E LONGO
PRAZO DAS CONSEQUÊNCIAS
 Ex: Comer – reforçador a curto prazo, mas a longo prazo
pode se tornar aversivo (adquirir sobrepeso).
 No caso de “concorrência” de consequências a curto e
longo prazo falamos de “contingências armadilhas” cuja
alteração vai envolver o comportamento de autocontrole.
 Quanto mais imediata é a consequência,
mais força ela tem para controlar o comporta-
mento.

47
Revisando...
https://www.youtube.com/watch?v=s4NM1kK5zUc
Até 3:20

48
O PAPEL DAS CONSEQUÊNCIAS

49
Punição Positiva

•Diminui a probabilidade do
comportamento ocorrer novamente
pela adição de um estímulo aversivo do
ambiente.
Punição negativa

•Diminui a probabilidade do comportamento


ocorrer novamente pela retirada de um
estímulo reforçador do ambiente.
Efeitos colaterais do controle aversivo:
eliciação de respostas emocionais, supressão
de outros comportamentos além do punido.
Emissão de respostas incompatíveis ao
comportamento punido.
Logo, sempre que possível a punição deve
ser evitada!
Problemas do uso do Controle Aversivo
 A supressão da resposta ocorre de forma imediata;
 Gera sentimentos negativos, como ansiedade,
raiva, tristeza e outros;
 Pode gerar contracontrole;
 Necessita da presença do agente punidor para ser
eficaz;
 Possibilidade de habituação;
 Não tem a instalação planejada de respostas
alternativas;
 Não ensina comportamentos adequados.
54
Tipo de mudança de estímulos
Possíveis Sentimentos associados:

Reforçamento Positivo Reforçamento Negativo


Alegria Alívio
Bem-estar Ansiedade
Felicidade Apreensão
Prazer
Satisfação
Punição positiva Punição negativa
Raiva Frustração
Tristeza Desesperança
Culpa Impotência
Medo

Observar as reações emocionais da criança como indicador das


contingências em operação. 56
Punição positiva x negativa

 https://www.youtube.com/watch?v=3FKjukvcY1o

Atividade 2 em grupo = 30 minutos

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Programa do Módulo – Conceitos Básicos em
ABA
Ementa:
 Reforçamento e reforçadores positivos e negativos;
Punição;
Origem e estabelecimento do valor reforçador de eventos ambientais;
Extinção do comportamento operante;
Modelagem;
Esquemas de reforço;
Discriminação e Generalização;
Formação de conceitos e abstração;
Encadeamento e Fading;
Classe de estímulo;
Comportamento respondente;
Comportamento emitido e comportamento eliciado;
Extinção respondente;

VIU O QUANTO JÁ APRENDEMOS?!


58
PARTE 2
CONTROLE DE ESTÍMULO
Discriminação
Generalização
Abstração
Classe de estímulo
Formação de conceito e abstração
Encadeamento e fading
MODELAGEM
59
Comportamento Operante

Sd R R+ / R- / P+ / P-

• Estímulo: Todo e qualquer • Resposta: Toda ação • Consequêcia: Toda


parcela do ambiente ao emitida pelo organismo mudança que acontece
qual o organismo em resposta aos eventos no ambiente em função
responde. ambientais. da resposta do
organismo.
O controle do comportamento operante
◼ operações estabelecedoras operações
E Motivação evocativas
◼ estímulos discriminativos

X
operações
◼ reforçamento alteradoras
de repertório
Consequências são o que acontece depois da
resposta, mas o que acontece antes?
Controle de estímulo
•Controle de estímulo refere-se à influência
dos estímulos antecedentes sobre o
comportamento operante.
Os eventos antecedentes também
influenciam a probabilidade de ocorrência
da resposta.
Intervenções Antecedentes

• Evitar situações e pessoas;


• Controlar o ambiente;
• Fazer coisas em pequenas doses;
• Mudar as ordens dos eventos;
• Responder aos primeiros sinais do problema;
• Mudar como você solicita ou responde;
• Observar fatores fisiológicos;
• Usar dicas visuais e auditivas.

63
Controle de estímulos

 Operantes discriminados: ou seja, aqueles que, se


emitidos em um determinado contexto produzirão
consequências reforçadoras (Treino discriminativo).
 Discriminação – processo no qual respostas
específicas acontecem apenas na presença de
estímulos específicos estímulo discriminativo
(Sd) – Treino discriminativo.
 S - estímulos que sinalizam que a resposta não será
reforçada.

64
Controle de estímulo

•Generalização – resposta é emitida na


presença de estímulos que compartilham
propriedades topográficas ou funcionais com
a situação originalmente aprendida.
Característica importante do autismo
dificuldade na generalização.
Classe de estímulo – estímulos que
compartilham semelhança topográfica ou
funcional. https://www.youtube.com/watch?v=YRtIxr7uvk4
Generalização
por topografia

66
Generalização por função

67
Controle de estímulo

• Abstração (formação de conceitos): emitir


comportamento sobre controle de uma (ou
algumas) propriedade(s) do estímulo e ao
mesmo tempo, não fica sob controle de
outras propriedades (ignorá-las).

Conceito de
“mesa”
Controle de estímulos

 Importância do planejamento do controle de


estímulos para ensino de habilidades em crianças
com transtornos do desenvolvimento.
 Variação das situações de treino para promover a
generalização.
 Uso de procedimentos de fading in e fading out.

69
70
Encadeamento de respostas

Sd: R -> C

Sd: R -> C

Sd: R -> C

Sd: R -> C
...
Encadeamento de respostas

 Cadeia comportamental – sequência de comportamentos


que produzem uma consequência que só pode ser
produzida se todos os comportamentos envolvidos forem
emitidos em uma certa ordem.
 A consequência de uma resposta é ao mesmo tempo
consequência e Sd para a resposta seguinte.
 Importância do treino das diversas respostas envolvidas no
encadeamento – podem ser decompostas em unidades
menores para serem ensinadas.
72
Comportamento Operante

Sd R R+ / R- / P+ / P-

• Estímulo: Todo e qualquer • Resposta: Toda ação • Consequêcia: Toda


parcela do ambiente ao emitida pelo organismo mudança que acontece
qual o organismo em resposta aos eventos no ambiente em função
responde. ambientais. da resposta do
organismo.
Operações Estabelecedoras

Estabelecem o valor reforçador dos estímulos reforçadores em


um dado momento.

O que torna um determinado estímulo reforçador efetivo?

Quais as variáveis que modulam a efetividade de um determinado reforçador?

OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS
Operações Estabelecedoras
No momento em que a resposta ocorre:

Resposta é efeito

História anterior de “Estado Motivacional” presente =


reforçamento valor reforçador de determinados
estímulos
operações estabelecedoras (OE)
“Um evento ambiental, operação ou condição de estímulo que afeta um
organismo, alterando momentaneamente

(a) a efetividade de outros eventos reforçadores e

(b) a freqüência de ocorrência daquela parte do repertório do organismo


relevante para aqueles eventos como conseqüências.

O primeiro efeito pode ser chamado de estabelecedor do reforçador e o


segundo evocativo.”

(Michael, 1993, p.192)


Análise funcional do comportamento
Antecedentes Respostas Consequentes
Estímulos eliciadores. Ações do organismo. Produtos do comportamento.
Estímulos discriminativos. Comportamento de interesse. Há ou não consequência apropriada?
Operações estabelecedoras. Descrições comportamentais. A condição é reforçadora ou aversiva?
Regras e autorregras. Classes de respostas. A ação se faz por apresentação, remoção ou
Omissão ou não ocorrência de certo impedimento?
comportamento: excessos, déficits e O produto é grande, provável, imediato?
reservas comportamentais Há produtos em longo prazo? Quais?
Obs. Efeito comportamental: frequência, Os produtos são consequências sociais ou
Há eventos encobertos que duração e intensidade do naturais?
participam na determinação comportamento. Há agentes sociais mediadores das
das respostas? consequências? Quem são?
Há consequências competitivas entre si?
Há controle consequente inadequado?

78
Sobre regras
e autorregras

79
Formas de instalar novos repertórios:

 Instrução - desvantagem: depende da existência de comportamento verbal e


repertório de seguimento de regras ou instruções. Pouco eficaz com crianças
muito pequenas e/ou com déficits de repertório verbal.
 Modelação (aprendizagem via observação de modelo).
 Modelagem por aproximações sucessivas – forma preferencialmente utilizada
para ensino de novos repertórios para pessoas autistas.
1. A modelagem envolve reforço diferencial de respostas cada vez mais próximas
à resposta final desejada.
2. Embora muitas vezes aconteça de forma “acidental” na vida cotidiana, no
contexto da educação deve ser planejada.
Sobre aprender repertórios complexos...

81
Modelagem

 https://www.youtube.com/watch?v=-19AF7ocYEE a partir de 5:30

Atividade 3 em grupo

82
Avaliação Final

 Obrigada!

83
Referências
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Psiquiatria Clínica, 38(6), 247-253.
 Copque, H.; Guilhardi, H. J. (2009). O modelo comportamental na análise do TOC. Revista
Intersubjetividades, Salvador.
 Cordioli, A. V. (2014). A terapia de exposição e prevenção de resposta: histórico, fundamentos e
técnicas. In A. V. Cordioli (Org.) TOC: Manual de Terapia Cognitivo-comportamental para o
transtorno obsessivo-compulsivo. Porto Alegre: Artes Médicas.
 Costa, N. (2002). Terapia Analítico-comportamental: dos Fundamentos Filosóficos à Relação
com o Modelo Cognitivista. São Paulo: ESETec.
 De Rose, J. C. C. O que é comportamento? (1997). In Banaco, Roberto A (org.). Sobre
comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do
comportmanto e terapia cognitiva. SP: Esetec. Volume 1. Capítulo 9. Paginas 79 a 81.
 Guilhardi, H. J. (2004). Terapia por Contingências de Reforçamento. (2004). In Abreu, C. N.;
Guilhardi, H. J. Terapia Comportamental e Cognitivo-comportamental – Práticas clínicas. São
Paulo: Roca.
 Guilhardi, H. J., & Abreu, C. N. (2004). Terapia Comportamental e Cognitivo-comportamental:
práticas clínicas. São Paulo: Roca.
 Marçal, J. V. S. Behaviorismo radical e prática clínica. (2010). In: De-FARIAS, Ana Karina C.R. e
cols. Análise Comportamental Clínica: aspectos teóricos e estudos de84 caso. Porto Alegre:
Artmed.
Referências
 Medeiros, C. A. (2010). Comportamento governado por regras na clínica comportamental: algumas
considerações. In A. K. C. R. Farias (Org.). Análise comportamental clínica: aspectos teóricos e
estudos de caso (pp. 95-111). Porto Alegre: Artemed.
 Meyer, S. Análise funcional do comportamento. (2003). In Costa, C. E., Luiza, J. C., & Sant' Anna,
H. H. N. (org.). Primeiros passos em análise do comportamento e cognição. São Paulo:
ESETec. 75 a 91.
 Moreira, Marcio B; Hanna, Elenice S. Bases filosóficas e noção de ciência em análise do
comportamento. In Hubner, Maria M.C., Mreira, Marcio B. (orgs) (2012). Temas clássicos da
psicologia sob a ótima da análise do comportamento. Rio de janeiro: Guanabara Koogan.
Capítulo I. Páginas 1 a 19.
 Moreira, M. B., & Medeiros, C. A. (2007). Princípios básicos de análise do comportamento. Porto
Alegre: Artmed.
 Neto, M. B. C. Análise do comportamento: behaviorismo radical, análise experimental do
comportamento e análise aplicada do comportamento. (2002). In Revista Interação em
Psicologia. Volume 6. Número 1. Páginas 13 a 18.
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e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e
terapia cognitiva. SP: Esetec. Volume 1. Capítulo 10. Paginas 82 a 87.
 Souza, Deise das Graças. O que é contingência? In Banaco, Roberto A (org.).
85 Sobre
comportamento e cognição: aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do
comportmanto e terapia cognitiva. SP: Esetec. Volume 1. Capítulo 10. Paginas 82 a 87

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