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Supremo Tribunal Federal

Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO


REDATOR DO : MIN. ROBERTO BARROSO
ACÓRDÃO
PACTE.(S) : FELIPE DOS SANTOS
IMPTE.(S) : JORGE ANDERSON MOREIRA DOS SANTOS
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 362.528 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

EMENTA: PENAL. HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DE AGRAVO


REGIMENTAL. ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS. REGIME
INICIAL FECHADO. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA, ILEGALIDADE OU ABUSO DE
PODER.
1. O habeas corpus não pode ser utilizado em substituição ao
agravo regimental cabível na origem. Inadequação da via eleita.
Precedentes.
2. Ausência de teratologia, ilegalidade flagrante ou abuso de
poder que justifique a concessão da ordem de ofício. Hipótese em que o
regime prisional mais severo foi justificado pelas instâncias de origem
com base em aspectos objetivos da causa, em especial a gravidade
concreta do delito.
3. Habeas corpus não conhecido, revogada a liminar.
ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da


Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a presidência do
Ministro Alexandre de Moraes, na conformidade da ata de julgamento,
por maioria de votos, em não conhecer da impetração e revogar a liminar
anteriormente deferida, nos termos do voto do Ministro Luís Roberto
Barroso, Redator para o acordão, vencidos os Ministros Marco Aurélio,
Relator, e Luiz Fux.
Brasília, 6 de fevereiro de 2017.

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Supremo Tribunal Federal
Ementa e Acórdão

Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14

HC 137629 / SP

MINISTRO LUÍS ROBERTO BARROSO - REDATOR P/O ACÓRDÃO

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Explicação

Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO


REDATOR DO : MIN. ROBERTO BARROSO
ACÓRDÃO
PACTE.(S) : FELIPE DOS SANTOS
IMPTE.(S) : JORGE ANDERSON MOREIRA DOS SANTOS
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 362.528 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –


Presidente, o pano de fundo é a controvérsia sobre ter sido consumado ou
não o crime de roubo e, também, a problemática do regime de
cumprimento da pena.
O SENHOR JULIANO DE CARVALHO (SUBPROCURADOR-
GERAL DA REPÚBLICA) - Ministro Marco Aurélio, só uma questão de
ordem, é porque peguei a pauta muito em cima. Só indago a Vossa
Excelência se é neste habeas corpus que Vossa Excelência suscita a questão
da execução, início da execução antes de transitada em julgada a
sentença, a partir da condenação de segundo grau, porque é nesse tema
que eu queria trazer um argumento novo.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não, essa
questão não é suscitada. Aliás, em casos próprios, aciono o tema,
implementando inclusive medidas acauteladoras, porque continuo
convencido de termos, no ápice da pirâmide das normas jurídicas, a
Constituição Federal. Toda execução provisória, em geral, pressupõe a
possibilidade de retorno ao estágio anterior. E não me consta que se possa
devolver a um cidadão a liberdade perdida ante a citada execução, a qual
não consigo agasalhar.
O tema voltará ao Plenário. Já liberei as duas ações declaratórias de
constitucionalidade, de nº 43 e nº 44, em julgamento definitivo. Na
Turma, a minha voz não é a prevalecente. Daí Vossa Excelência não
precisar se preocupar muito com a matéria.
O SENHOR JULIANO DE CARVALHO (SUBPROCURADOR-

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Explicação

Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14

HC 137629 / SP

GERAL DA REPÚBLICA) - Na verdade, Senhor Ministro, pedi uma


questão de ordem para me posicionar caso o senhor fosse trazer o tema,
porque gostaria, se tivesse oportunidade, de fazer um adendo à temática.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Quando
trouxer o tema.
O SENHOR JULIANO DE CARVALHO (SUBPROCURADOR-
GERAL DA REPÚBLICA) - Perfeitamente. A sustentação oral é antes da
de Vossa Excelência.
O SENHOR ALEXANDRE DE MORAES (PRESIDENTE) - Mas não é
o tema.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A
sustentação oral é antes do meu relatório, Presidente? Onde fica a
organicidade do Direito? Não entendi a fala do ilustre Subprocurador-
Geral da República que nos assiste.

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Relatório

Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO


REDATOR DO : MIN. ROBERTO BARROSO
ACÓRDÃO
PACTE.(S) : FELIPE DOS SANTOS
IMPTE.(S) : JORGE ANDERSON MOREIRA DOS SANTOS
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 362.528 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA

RE LAT Ó RI O

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, como relatório,


as informações prestadas pelo assessor Dr. Mário Henrique Ditticio:

O Juízo da Vara Criminal do Foro de Taboão da Serra/SP,


no processo nº 0001840-08.2016.8.26.0609, converteu as prisões
em flagrante do paciente e de outro indiciado, ocorridas em 8
de março de 2016, em preventivas, ante a suposta prática da
infração descrita no artigo 157, § 2º, inciso II (roubo
circunstanciado pelo concurso de pessoas), do Código Penal.
Consignou necessária a custódia para garantia da ordem
pública, considerada a gravidade do delito, por envolver
violência ou grave ameaça. Afastou a adoção de medida
alternativa, tendo-a como insuficiente, em razão do
assoberbamento e da credibilidade do Poder Judiciário e da
conveniência de resguardar-se o meio social.

Chegou-se ao Superior Tribunal de Justiça com o habeas


corpus nº 362.528/SP, indeferido liminarmente pelo Relator.

Sobreveio condenação a 5 anos e 4 meses de reclusão, em


regime inicial fechado, pelo cometimento do crime citado. Foi
negado o direito de recorrer solto, presente a gravidade da
infração e o regime de cumprimento de pena imposto.

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Relatório

Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14

HC 137629 / SP

O impetrante sustenta a participação de menor


importância do paciente, ressaltando a declaração da vítima no
sentido de que apenas “fez a cobertura” da atuação de corréu.
Aponta não ter concorrido para a prática do delito de roubo.
Aduz a inexistência de posse mansa e pacífica da coisa
subtraída, salientando a modalidade tentada do crime. Diz
comprovada a ausência de emprego de violência pelos
condenados. Busca a modificação da sanção e do regime
imposto.

Requereu, em âmbito liminar, a fixação do regime inicial


semiaberto de cumprimento de pena. No mérito, postula a
desclassificação do delito de roubo para o de furto, absolvendo-
se o paciente nos termos do artigo 386, inciso IV, do Código de
Processo Penal. Sucessivamente, pretende seja reconhecida a
participação de menor importância ou a modalidade tentada do
crime e determinado o regime inicial semiaberto, com
expedição de alvará de soltura.

Vossa Excelência, em 19 de dezembro de 2016,


implementou a liminar para determinar, até o julgamento final
do habeas, a observância do regime semiaberto.

O Ministério Público Federal opina pela inadmissão do


habeas, dizendo-o mera reiteração do de nº 135.692, no qual
ofereceu parecer também pela inadmissão, levando em conta o
verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Assinala a
impossibilidade de análise dos pedidos de absolvição,
desclassificação e reconhecimento da participação de menor
importância, a serem apreciados no exame da apelação. No
mérito, manifesta-se pelo indeferimento da ordem, frisando não
haver ilegalidade a ser sanada.

Vossa Excelência, em 10 de outubro de 2016, no habeas de


nº 135.692, cujo objeto restringia-se à prisão preventiva, acolheu

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Relatório

Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14

HC 137629 / SP

o pedido de concessão de medida acauteladora, afastando-a. A


Primeira Turma, em 8 de agosto de 2017, não admitiu a
impetração e revogou a liminar.

Consulta ao sítio do Tribunal de Justiça de São Paulo, em 7


de dezembro de 2017, revelou o desprovimento da apelação
interposta pela defesa. Embargos declaratórios tiveram a
mesma sorte. Pende de apreciação, pelo Superior Tribunal de
Justiça, o agravo protocolado contra a decisão mediante a qual
obstada a sequência de recurso especial.

Lancei visto no processo em 9 de dezembro de 2017, liberando-o


para exame na Turma a partir de 6 de fevereiro de 2018, isso objetivando
a ciência do impetrante.
É o relatório.

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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO

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06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR):

HABEAS CORPUS – LIBERDADE DE IR E VIR –


ADEQUAÇÃO. Uma vez envolvida a liberdade de ir e vir,
cabível é o habeas corpus, ação constitucional que não pode ser
esvaziada.

ROUBO CONSUMADO. Uma vez havendo o agente


abandonado o local do crime, sendo preso posteriormente na
posse da coisa furtada, configurado fica o crime consumado.

PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO. O regime de


cumprimento da pena é norteado pelas circunstâncias judiciais
– artigo 33, § 3º, do Código Penal.

Em jogo a liberdade de ir e vir – direito, de início, fundamental –,


cabível é a impetração, sob pena de amesquinhar-se essa ação
constitucional. Rejeito a preliminar suscitada pelo Ministério Público,
salientando que o Superior Tribunal de Justiça indeferiu liminarmente o
habeas com o qual se defrontou.
No mais, atentem para as premissas da sentença condenatória, que
veio a ser confirmada pelo Tribunal de Justiça. Consta que a vítima, com
segurança, revelou ter sido abordada pelos dois réus. Então, surge
impróprio cogitar de participação de menor importância no que o
paciente apenas teria dado cobertura ao corréu. De qualquer forma, a
problemática alusiva à dosimetria da pena envolve o justo ou injusto,
dificilmente revelando ilegalidade. No tocante à configuração ou não de
crime tentado e não consumado, mais uma vez leve-se em conta os
fundamentos do título condenatório. Ficou elucidado que o paciente e o

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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO

Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14

HC 137629 / SP

corréu deixaram o local da prática delituosa. A prisão ocorrida após esse


fenômeno não transmuda o crime consumado em tentado.
Quanto ao regime de cumprimento da sanção, reporto-me à
motivação que serviu de base ao implemento da medida acauteladora,
em 19 de dezembro de 2016. A pena-base foi fixada no mínimo previsto
para o tipo, sendo que a sanção final não ultrapassou 8 anos. A teor do
disposto no artigo 33 do Código Penal, adequada é a observância do
regime semiaberto.
Defiro a ordem para tornar definitiva a liminar.

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Voto - MIN. ROBERTO BARROSO

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06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO ROBERTO BARROSO: Presidente, eu vou pedir


todas as vênias ao eminente Ministro Marco Aurélio. Trata-se de um
habeas corpus substitutivo de um agravo regimental e diz respeito ao
regime; a hipótese é de um crime de roubo em que a arma não existia.
Portanto, houve uma simulação da arma. Eu até tenho alguma dúvida
razoável. Mas, do ponto de vista da vítima, o choque, o temor e o estresse
são verdadeiramente os mesmos.
De modo que, pedindo vênia ao eminente Ministro Marco Aurélio,
não estou conhecendo do habeas corpus, revogada a liminar.

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Voto - MIN. ROSA WEBER

Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

VOTO

A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, com


a vênia do Ministro Marco Aurélio, também não conheço do habeas corpus,
enquanto substitutivo do agravo regimental.

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Voto - MIN. LUIZ FUX

Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, egrégia


Turma, ilustre Representante do Ministério Público, queria parabenizar
Vossa Excelência pela pontualidade e pelo início da sua presidência.
Senhor Presidente, quando em exercício na Promotoria de Justiça e
com base nas lições de Heleno Fragoso, eu também entendia, como a
jurisprudência, que mitigava a questão da denominada arma de
brinquedo. E segui essa trilha durante muito tempo.
Porquanto, o roubo com a arma de verdade demonstra um enorme
potencial ofensivo, porque eventualmente uma reação da vítima pode
levar até a um roubo qualificado pela morte do agente.
De sorte que, seguindo essa linha e tendo em vista que o Ministro
Marco Aurélio já havia deferido a liminar, eu acompanho o Ministro
Marco Aurélio.

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Supremo Tribunal Federal
Voto - MIN. ALEXANDRE DE MORAES

Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14

06/02/2018 PRIMEIRA TURMA

HABEAS CORPUS 137.629 SÃO PAULO

VOTO

O SENHOR MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES


(PRESIDENTE):
Eu peço vênia também ao Ministro Marco Aurélio,
Ministro-Relator, de modo que acompanho a divergência inaugurada
pelo Ministro Luís Roberto Barroso.
Voto pelo não conhecimento da impetração.

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Supremo Tribunal Federal
Extrato de Ata - 06/02/2018

Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14

PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA

HABEAS CORPUS 137.629


PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. ROBERTO BARROSO
PACTE.(S) : FELIPE DOS SANTOS
IMPTE.(S) : JORGE ANDERSON MOREIRA DOS SANTOS (347864/SP)
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 362.528 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA

Decisão: A Turma, por maioria, não conheceu da impetração e


revogou a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do
Ministro Luís Roberto Barroso, Redator para o acórdão, vencidos os
Ministros Marco Aurélio, Relator, e Luiz Fux. Presidência do
Ministro Alexandre de Moraes. Primeira Turma, 6.2.2018.

Presidência do Senhor Ministro Alexandre de Moraes. Presentes


à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux, Rosa Weber
e Luís Roberto Barroso.

Subprocurador-Geral da República, Dr. Juliano Baiocchi Villa-


Verde de Carvalho.

Carmen Lilian Oliveira de Souza


Secretária da Primeira Turma

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