Interpretação de Textos: Português Comentado
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PORTUGUÊS
COMENTADO
QUESTÕES COMENTADAS
3. CESGRANRIO – UNIRIO/2019
A leitura atenta do Texto III mostra que Ricardo
a) trabalhava no setor de financiamento de material de pesca.
b) dava pouca importância aos pescadores simples do quebra-mar.
c) praticava a pesca por diletantismo nas horas de folga ou de lazer.
d) era um assíduo frequentador da beira do mar no Aterro do Flamengo.
e) dava mais importância ao ritual de preparação para a pescaria do que ao esporte.
4.
O Texto II diz que o principal motivo do sucesso da vendagem no estabelecimento de Diolino
Damasceno foi
a) a receita secreta de sua batida de limão.
b) seu jeito peculiar de combinar os ingredientes.
c) a clientela de grandes nomes da cultura e do esporte.
d) fazer uma bebida que podia ser ingerida por diabéticos.
e) o sistema original de atendimento direto aos veículos.
7. CESGRANRIO – UNIRIO/2019
Com base na leitura de todo o Texto II, entende-se que ele tem como foco a contraposição
entre
a) cheiro de notebook e cheiro de estojo
b) requinte e simplicidade
c) sociedade e indivíduo
d) presente e passado
e) trabalho e lazer
Texto para as questões 08 a 12
8. De acordo com o Texto I, obsolescência perceptiva (ℓ. 45) é aquela que é caracterizada
pelo(a)
a) aumento da vida útil dos produtos eletrônicos
b) ampliação da capacidade técnica dos produtos
c) necessidade de compra de produto recém-lançado
d) renovação do modelo estético dos produtos
e) queda de desempenho do produto antigo
9. CESGRANRIO – UNIRIO/2019
Nos seguintes trechos do Texto I, o adjetivo destacado apresenta valor discursivo de avaliação
subjetiva, em relação ao substantivo a que se liga, em:
a) “um produto tem vida útil” (ℓ. 2)
b) “exemplos evidentes dessa prática.” (ℓ. 5)
c) “uso de reconhecimento facial” (ℓ. 25-26)
d) “geração do lixo eletrônico” (ℓ. 58-59)
e) “moram em países diferentes” (ℓ. 70)
10.
No Texto I, a tese defendida pelo autor pode ser resumida no seguinte trecho:
a) “Obsolescência programada: inimiga ou parceira do consumidor?” (título).
b) “Essa estratégia da indústria pode ser vista como inimiga do consumidor” (ℓ. 8-9).
c) “Planejar inovação é extremamente importante para melhoria e aumento da
capacidade técnica de um produto” (ℓ. 13-15).
d) “Isso não significa que o consumidor está refém de trocas constantes de equipamento”
(ℓ. 34-35).
e) “O saldo geral é que as atualizações trazidas pela obsolescência programada trazem
benefícios à sociedade” (ℓ. 64-66).
12.
O Texto I, que aborda a obsolescência programada, busca
a) condenar a produção excessiva de lixo eletrônico.
b) denunciar o preço exorbitante das mercadorias modernas.
c) alertar sobre o consumo desenfreado de novas tecnologias.
d) destacar a queda vertiginosa na qualidade dos itens à venda.
e) analisar a suplantação dos produtos disponibilizados ao consumidor.
Texto I
Penalidade máxima
16.
O Texto I mostra algumas características da atuação do juiz daquele jogo, mas dá ênfase para
a) o som estridente do seu apito.
b) o suor escorrendo pelo seu rosto.
c) a atenção que dedicava àquele lance.
d) sua marcação da penalidade máxima.
e) seus gestos espalhafatosos e caricaturais.
17. CESGRANRIO – LIQUIGÁS/2018
O Texto I diz que, entre todos os participantes da cena descrita, espectadores da ação que
Lúcio devia executar, se destacava a figura
a) do juiz.
b) do velho Gaspar.
c) dos reservas sentados no banco de alvenaria.
d) dos torcedores trepados nas encostas do morro.
e) do público que se acotovelava do lado de fora do alambrado.
19.
No segundo parágrafo, o texto defende a necessidade de discutir questões relativas à
mobilidade urbana.
Antes disso, o texto refere-se à
a) ampliação da população urbana mundial
b) diminuição da distância entre casa e trabalho
c) imobilidade urbana causada pelo automóvel
d) importância do investimento em infraestrutura
e) paralisação do trânsito das grandes cidades
Texto para as questões 20 e 21
Verdades na ficção
20.
A expressão que melhor representa o paradoxo a que se refere a autora logo no início do texto
é
a) “Verdades na ficção” (título).
b) “deturpação muito bem arranjadinha da realidade” (l. 7-8).
c) “discrepâncias evidentes mas disfarçadas” (l. 15-16).
d) “conto do vigário” (l. 18).
e) “mentiras embrulhadas para presente” (l. 25)
23. No texto, o autor diz que aprendeu a não ser generoso (l. 9-10).
A circunstância que justifica essa atitude foi o fato de ele
a) sentir-se enganado por um rapaz, que sofrera um acidente.
b) já haver ajudado muitos amigos desempregados.
c) estar ficando sem dinheiro para ajudar as pessoas que o procuravam.
d) desconfiar de que alguém estava desviando o dinheiro de sua ajuda.
e) ter uma formação muito rígida, voltada unicamente para a família.
Clima alentador
China e EUA anunciam metas para combater o aquecimento global e revivem expectativa
de acordo em Copenhague.
26. INÉDITA
Os programas de investigação criminal de ficção não reproduzem corretamente o que ocorre
na vida real quando o assunto são as técnicas científicas: um cientista forense da Universidade
de Maryland estima que cerca de 40% do que é mostrado no CSI não existe. Os investigadores
verdadeiros não conseguem ser tão precisos quanto suas contrapartes televisivas. Ao analisar
uma amostra desconhecida em um aparelho com telas brilhantes e luzes piscantes, o
investigador de um desses seriados pode conseguir uma resposta do tipo “batom da marca X,
cor 42, lote A-439”. O mesmo personagem talvez interrogue um suspeito e declare “sabemos
que a vítima estava com você, pois identificamos o batom dela no seu colarinho”. No mundo
real, os resultados quase nunca são tão exatos, e o investigador forense provavelmente não
confrontaria diretamente um suspeito. Esse desencontro entre ficção e realidade pode
acarretar consequências bizarras. Em Knoxville, Tennessee, um policial relatou: “Estou com um
homem cujo carro foi roubado. Ele viu uma fibra vermelha no banco traseiro e quer que eu
descubra de onde ela veio, em que loja foi comprada e qual cartão de crédito foi usado”.
De acordo com o texto, os programas de investigação criminal não reproduzem
corretamente a realidade, pois
a) subjugam a complexidade das técnicas científicas.
b) superestimam a complexidade dos casos.
c) minimizam a importância das pistas coletadas.
d) limitam a atuação dos investigadores.
e) exageram na minúcia das informações obtidas na investigação.
27. INÉDITA
Entre os Maoris, um povo polinésio, existe uma dança destinada a proteger as sementeiras de
batatas, que quando novas são muito vulneráveis aos ventos do leste: as mulheres executam
a dança, entre os batatais, simulando com os movimentos dos corpos o vento, a chuva, o
desenvolvimento e o florescimento do batatal, sendo esta dança acompanhada de uma canção
que é um apelo para que o batatal siga o exemplo do bailado. As mulheres interpretam em
fantasia a realização prática de um desejo. É nisto que consiste a magia: uma técnica ilusória
destinada a suplementar a técnica real. Mas essa técnica ilusória não é vã. A dança não pode
exercer qualquer feito direto sobre as batatas, mas pode ter (como de fato tem) um efeito
apreciável sobre as mulheres. Inspiradas pela convicção de que a dança protege a colheita,
entregam-se ao trabalho com mais confiança e mais energia. E, deste modo, a dança acaba,
afinal, por ter um efeito sobre a colheita.
(George Thomson)
O texto descreve o uso da dança como marca de manifestação cultural de um povo. De
acordo com o exposto, nos Maoris, essa prática tem como efeito direto:
a) o abandono de técnicas consagradas.
b) o fortalecimento das sementeiras de batatas.
c) a convicção na efetividade das técnicas reais.
d) uma mudança de comportamento no trabalho.
e) uma maior produção de batatas.
28. INÉDITA
Sérgio Buarque de Holanda afirma que o processo de integração efetiva dos paulistas no
mundo da língua portuguesa ocorreu, provavelmente, na primeira metade do século XVIII. Até
então, a gente paulista, fossem índios, brancos ou mamelucos, não se comunicava em
português, mas em uma língua de origem indígena, derivada do tupi e chamada língua
brasílica, brasiliana ou, mais comumente, geral.
No Brasil colônia, coexistiam duas versões de língua geral: a amazônica, ou nheengatu, ainda
hoje empregada por cerca de oito mil pessoas, e a paulista, que desapareceu, não sem que
deixasse marcas na toponímia do país e na língua portuguesa. São elas que nos possibilitam
olhar um caipira jururu à beira de um igarapé socando milho para preparar mingau — sem os
termos que migraram para o português, só veríamos um habitante da área rural, melancólico,
preparando comida às margens de um riacho. Sem caipira, sem jururu, sem igarapé, sem socar
e sem mingau, a cena poderia descrever uma bucólica paisagem inglesa.
Com base na leitura do texto, é possível afirmar que a principal intenção do autor é:
a) enfatizar a influência da língua geral no português falado atualmente no Brasil,
enaltecendo sua expressividade singular.
b) evidenciar o português falado pelos caipiras, destacando a forma bem-humorada com
que se comunicam.
c) comparar a expressividade do português falado no Brasil, parte herdado de antigas
línguas indígenas, com a da língua inglesa.
d) destacar a clareza de comunicação como marca identificadora do português falado no
Brasil.
e) explicar a origem e o significado de expressões usadas no português falado no Brasil,
como “jururu” e “igarapé”.
29. INÉDITA
As amigas Beatriz Ismael, Aline Secone e Pietra Favarin, todas com 18 anos, já perderam a conta
de quanto tempo passam com o celular na mão. Conversas no WhatsApp, atualizações nas
redes sociais, novidades no Snapchat: é muita coisa para acompanhar. Basta o aparelho vibrar
para baixarem a cabeça a fim de verificar o que está acontecendo. Beatriz, Aline e Pietra talvez
não percebam agora, mas o fato de passar horas com a cabeça curvada por causa do celular
ou tablete pode acarretar sérias consequências futuras para elas.
O alerta é de médicos sobre o uso exagerado desses aparelhos por crianças e adolescentes.
Pietra admite que fica tanto tempo usando o celular que seu braço chega a adormecer. Já Aline
e Beatriz afirmam que não sentem dor alguma. Segundo o ortopedista e traumatologista
Guaracy Carvalho Filho, professor da Faculdade de Medicina de Rio Preto (Famerp), , a ausência
de dores imediatas por causa da cabeça curvada é comum nos jovens que compõem a ‘geração
da cabeça baixa’. “É óbvio que eles não vão sentir dores agora.
A estrutura corporal é mais flexível, mas quando chegarem à fase adulta provavelmente vão
sentir dores provocadas pela postura errada quando jovens.” E é por causa da ausência de
reclamações que os pais ou responsáveis devem prestar atenção nas crianças e nos
adolescentes, segundo o médico. “Em princípio, a cabeça curvada para baixo resulta em uma
alteração postural. Entre os 13 e 14 anos, o enrijecimento acontece mais rápido. Evoluindo de
uma alteração para uma desvio de coluna.”
https://www.diariodaregiao.com.br/_conteudo/2016/01/cidades/saude/667159-uso-
excessivo-de-celular-afetapostura-do-jovem-e-coloca-seu-corpo-em-risco.html
Ao abordar os impactos gerados pelo uso excessivo de smartphones, o texto enfatiza:
a) as queixas de jovens com dores precoces resultado da má postura corporal.
b) as complicações posturais em adultos que curvam a cabeça quando usam celular.
c) as alterações posturais em jovens que podem resultar em dores na idade adulta.
d) as sequelas posturais imediatas em jovens resultado do uso excessivo do celular.
e) a perda de flexibilidade corporal em crianças devido à ausência de reclamação por parte
dos pais.
30. INÉDITA
Apesar da nova era em que vivemos, materiais impressos dificilmente deixarão de existir. A
divulgação de serviços pela internet tem o custo menor, isso é fato, além de diversas outras
vantagens, mas para atingir um público mais abrangente e com hábitos de consumo diferentes,
o material impresso é fundamental, pois apesar de vivermos na era digital, muitos ainda
preferem o material impresso. É preciso adequar o conteúdo para as duas plataformas, assim
a empresa conseguirá atingir todos os públicos e mercados.
Outro item que faz dos impressos uma importante ferramenta de comunicação é a veracidade
e a credibilidade das informações. No mundo digital, é praticamente impossível regularizar o
conteúdo. Qualquer pessoa pode postar qualquer informação, sem analisar a precisão do
conteúdo. Além disso, uma informação armazenada eletronicamente pode ser modificada de
uma maneira muito fácil. Já o impresso é palpável, com maior visibilidade e facilidade na
memorização do conteúdo.
https://utidasideias.com.br/index.php?/blog/midia-impressa/mas-o-que-e-midia-impressa
O trecho reproduzido aborda como as empresas de conteúdo devem lidar com as mídias
impressas e digitais, visando atingir os diversos públicos e mercados. Sua principal linha
de argumentação consiste em:
a) afirmar que os conteúdos digitais são capazes de atingir um público mais abrangente.
b) propor a adaptação de conteúdos didáticos para as duas plataformas: impressa e
digital.
c) alertar o leitor de que conteúdos digitais podem ser facilmente modificados.
d) enfatizar as significativas aceitabilidade e credibilidade dos materiais impressos.
e) defender a adoção de comunicação predominantemente impressa.
31. INÉDITA
32. INÉDITA
A leitura da tirinha permite inferir que:
33. INÉDITA
Um restaurante muito famoso uma certa vez lançou o seguinte slogan publicitário:
“Nossa meta é servir bem.” Sobre esse anúncio é correto dizer:
a) A escolha das palavras no anúncio tem por objetivo realçar o bom atendimento, que é
característica do restaurante.
b) A palavra “meta” estabelece um significado implícito que contraria a intenção inicial do
anúncio.
c) O intuito de persuasão, presente em todo texto de caráter publicitário, é plenamente
atendido no anúncio, haja vista a escolha apropriada das palavras para tal fim.
d) O texto não cumpre sua finalidade persuasiva devido ao emprego do pronome
possessivo “Nossa”, que compromete o tom impessoal presente em textos publicitários.
e) O emprego do substantivo “diferencial” no lugar de “meta” não alteraria o sentido
original do anúncio.
34. INÉDITA
O anúncio luminoso de um edifício em frente, acendendo e apagando, dava banhos
intermitentes de sangue na pele de seu braço repousado, e de sua face. Ela estava sentada
junto à janela e havia luar; e nos intervalos desse banho vermelho ela era toda pálida e suave.
Na roda havia um homem muito inteligente que falava muito; havia seu marido, todo bovino;
um pintor louro e nervoso; uma senhora recentemente desquitada, e eu. Para que recensear a
roda que falava de política e de pintura? Ela não dava atenção a ninguém. Quieta, às vezes
sorrindo quando alguém lhe dirigia a palavra, ela apenas mirava o próprio braço, atenta à
mudança da cor. Senti que ela fruía nisso um prazer silencioso e longo.
“Muito!”, disse quando alguém lhe perguntou se gostara de um certo quadro — e disse mais
algumas palavras; mas mudou um pouco a posição do braço e continuou a se mirar,
interessada em si mesma, com um ar sonhador.
(Rubem Braga, “A mulher que ia navegar”.)
35. INÉDITA
Graciliano Ramos, em seu livro Infância, reflete sobre uma de suas marcantes impressões de
menino. Leia o trecho a seguir, extraído dessa obra:
Bem e mal ainda não existiam, faltava razão para que nos afligissem com pancadas e gritos.
Contudo, as pancadas e os gritos figuravam na ordem dos acontecimentos, partiam sempre de
seres determinados, como a chuva e o sol vinham do céu. E o céu era terrível, e os donos da casa
eram fortes. Ora, sucedia que a minha mãe abrandava de repente e meu pai, silencioso, explosivo,
resolvia contar-me histórias. Admirava-me, aceitava a lei nova, ingênuo, admitia que a natureza
se houvesse modificado. Fechava-se o doce parêntese – e isso me desorientava.
Com base na leitura apresentada, é possível afirmar que o trecho “Fechava-se o doce parêntese
– e isso me desorientava.”:
a) simboliza no texto o início de um tratamento carinhoso atípico por parte do pai e da
mãe do garoto.
b) faz menção no texto à violência a que era submetida a criança, proveniente de diversos
familiares.
c) consiste em uma metáfora para o fim do repentino ínterim de atenção e afeto dirigidos
à criança pelos pais.
d) revela no texto um sentimento de saudosismo dos tempos de convívio entre pais e
filhos.
e) destaca no texto o quão consciente era o garoto da transitoriedade das mudanças de
humor de seus pais.
GABARITO
01 B 02 C 03 C 04 E 05 A
06 A 07 D 08 D 09 B 10 E
11 B 12 E 13 A 14 B 15 B
16 A 17 B 18 B 19 A 20 A
21 D 22 E 23 A 24 E 25 D
26 E 27 D 28 A 29 C 30 D
31 B 32 E 33 B 34 A 35 C