Aerogeradores Residenciais Modulados Por Conversores Matriciais
Aerogeradores Residenciais Modulados Por Conversores Matriciais
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Resumo. Os processos industriais que, alimentados por corrente alternada, necessitam de níveis específicos de tensão e
fase para acionamento e controle, o que pode ser provido por conversores estáticos de potência CA/CA. A geração de
energia elétrica também é um processo industrial, portanto há a necessidade da modulação de potência para entrega à
rede. A energia eólica é uma das fontes de energia com amplo crescimento. Uma das razões para isso se deve a grandes
melhorias na tecnologia de conversão, levando a custos mais baixos. O uso dos geradores síncronos têm apresentado
crescimento nas turbinas eólicas desde o final do século XX, esta máquina gera tensão e corrente com frequências
variáveis de acordo com a variação da velocidade do vento. Devido à intermitência dos ventos, faz-se necessário o
controle da potência despachada à rede, convencionalmente, mediante ao conversor back-to-back. Esses conversores
possuem um barramento CC, munido de um capacitor, pesado e volumoso que é substituído regularmente e isto implica
em custos de manutenção. Pelas características modulares, quando um capacitor de barramento apresenta defeito, há
a necessidade de substituição do conversor estático por completo. Em contrapartida, o conversor matricial (CM), como
conversor CA/CA direto, sem a necessidade de capacitor de barramento, modulado por largura de pulso (PWM – Pulse
Width Modulation), possui potencial para substituir a estrutura do conversor back-to-back. A ausência de um
barramento CC entre a conversão CA/CA aumenta consideravelmente o tempo de vida do sistema e diminui a
manutenção. Graças a este fator, apresenta-se neste trabalho uma alternativa de melhor custo-benefício, em
aerogeradores residenciais. Aplicada a modulação por largura de pulso senoidal ao conversor matricial, este buscará
o menor nível de tensão sobre os interruptores, visto que seu algoritmo prevê a condição de buscar o próximo pulso da
entrada trifásica, acionador do driver do MOSFET para que isto se suceda. Em virtude disto, é mostrado que o
conversor matricial atua de forma eficiente na modulação da potência de saída de um gerador síncrono, provendo
menores perdas por chaveamento e consequentemente uma vida útil maior em comparação ao conversor back-to-back.
1. INTRODUÇÃO
A energia eólica é uma das fontes de energia que no mundo apresenta um rápido crescimento, consolidando-se
como uma fonte importante de geração, com capacidade global de 743 GW em 2021. Isso se deve às grandes melhorias
na tecnologia de conversão, levando a custos mais baixos (Zobba e Bansal apud. Prasad & Bansal, 2011). A história do
uso da energia eólica para a geração de eletricidade remonta ao século XIX, no entanto, o baixo preço dos combustíveis
fósseis deixava inviável economicamente o desenvolvimento da energia eólica.
A pesquisa sobre sistemas modernos de conversão de energia eólica (WECS - Wind Energy Conversion System) foi
colocada em ação novamente em 1973 por causa da crise do petróleo (Zobba e Bansal apud. Barakati, 2011). A geração
de energia eólica cresceu nas últimas três décadas e é considerada uma das fontes de energia renováveis mais
promissoras. No entanto, sua integração ao Sistema Interligado Nacional (SIN) ou em paralelo com a rede da
concessionária, em geradores residenciais, tem uma série de desafios técnicos relativos à segurança do abastecimento,
confiabilidade, disponibilidade e qualidade de energia (Zobba e Bansal apud. Ferré e Bellmunt, 2011). Torna-se
imprescindível a utilização de conversor estático nesta adequação do gerador com a rede.
A demanda por energia elétrica segue os aspectos socioeconômicos de uma nação, assim, o padrão de consumo das
unidades consumidoras aumentou com os recentes avanços econômicos, com a popularização da geração distribuída
ficou interessante para o consumidor gerar sua própria energia. O crescimento da geração distribuída é uma realidade
mundial e, mediante condições climáticas, ambientais e econômicas, se torna interessante o incentivo aos consumidores
na produção de sua própria energia, injetando o excedente na rede elétrica. No entanto, a operação da rede elétrica se
torna mais complexa para adequar as legislações em relação à qualidade de energia. Todavia, os sistemas fotovoltaicos
dominam o mercado da geração distribuída no Brasil, isso se deve ao preço comparativo dos dois sistemas e técnicos
pelo sistema eólico ser composto por uma máquina elétrica rotativa e uma estação de controle CC (retificador)
antecedendo o inversor. Esta topologia é análoga ao conversor back-to-back em aerogeradores de grande porte, que
possui barramento CC.
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Desta forma o aproveitamento eólico em residências é subutilizado, principalmente pela relação ao investimento
inicial, sendo que no comparativo entre as tecnologias a relação R$/kWp instalado em um sistema eólico residencial é
consideravelmente maior que a mesma relação em sistemas fotovoltaicos. Este fato pode ser entendido como um
problema de custo e eficiência energética; sendo assim, as pesquisas e estudos acerca das formas de conversão
eletromecânica e estática de energia (envolvendo conversores estáticos mais eficientes na etapa de modulação da
potência) podem vir a oferecer soluções para melhorar a relação custo de investimento aplicado a cada kWp instalado.
O conversor matricial (CM), como conversor CA/CA direto modulado por largura de pulso (PWM – Pulse Width
Modulation), possui potencial para substituir a estrutura do conversor back-to-back e o conjunto retificador-inversor
(painel de controle CC seguido de um inversor) em aerogeradores residenciais. Em sistemas eólicos cujo conversor
estático é um CM, não é necessário estágio CC, eliminando a necessidade de capacitores de barramento, que
proporcionam altas tensões, necessitando assim chaves de comutação mais robustas. A ausência desse barramento CC
entre a conversão CA/CA aumenta consideravelmente o tempo de vida do sistema e diminui a manutenção. Graças a
este fator, apresenta-se neste trabalho uma alternativa de melhor custo-benefício, visto que a substituição deste módulo
do conversor back-to-back com capacitores vultuosos corresponde à importante parcela dos custos.
Analisar o desempenho do conversor matricial realimentado, realizando controle da tensão de saída do sistema;
propor uma metodologia para utilizar este conversor matricial como componente em aerogerador residencial. A base do
estudo do conversor tem o fluxograma representado na Fig. 1.
O conversor eletrônico de potência possui papel fundamental em sistemas eólicos modernos como:
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Para capturar a potência máxima do vento, a velocidade e, consequentemente, o conjugado do gerador, devem
ser controlados, uma vez que esta grandeza é função da corrente de excitação do campo (El-Khoury et al., 2013). Para
tal, como indicado na Fig. 2, a saída modulada do conversor matricial alimentará a carga do sistema nos níveis de
tensão e frequência desejados. Os estudos sobre o conversor matricial têm se concentrado na implementação de
interruptores bidirecionais e em técnicas de modulação. Como no caso de comparação do MC com o par
retificador-inversor sob a estratégia de comutação PWM, o MC fornece formas de onda de entrada e saída senoidal de
baixa distorção, fluxo de potência bidirecional e fator de potência de entrada controlável. A principal vantagem do MC
está em seu design compacto, o que o torna adequado para aplicações onde o tamanho e peso são relevantes, como nas
aplicações aeroespaciais (Zobaa e Bansal apud. Barakati, 2011). Como desvantagens pode-se citar a quantidade de
chaves bidirecionais, o que amplifica o grau de complexidade de seu controle, e também se pode citar a menor faixa de
atuação do mesmo, visto que a tensão de referência deve ser pelo menos cerca de 80% da tensão que deve ser gerada;
porém não há limites para a faixa de frequência. Os elementos principais da topologia são chaves que permitem
bidirecionalidade da corrente quando estão ligadas e suportam tensões diretas e reversas quando estão desligadas, ou
seja, funcionam nos quatro quadrantes do gráfico I ×V, como ilustrado na Fig. 4.
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Os drivers proporcionam a energia necessária para que o IGBT comute. Optou-se por comutar os IGBT’s
mediante ao driver isolado com transformador, como indicado na Fig. 5, pelo menor custo em relação aos
optoacopladores. Existem drives convencionais como o IR2110/12, no entanto, estes funcionam muito bem com
conversores estáticos convencionais – buck, boost, buck-boost, half-bridge, full-bridge, cúk, forward, etc – por
possuírem referência fixa. No caso de um conversor CA-CA, sendo diretamente dependente da tensão injetada pelo
gerador síncrono, este dependente da velocidade da turbina, que por sua vez dependente da velocidade do vento, torna
inviável a utilização desse driver, pois não seria possível a obtenção da referência fixa de forma direta. Sendo assim, é
empregado o driver a transformador isolado, o qual irá acompanhar a referência (e de forma rápida sob variação) dada
pelo gerador para a comutação dos IGBT’s.
Em conjunto com o transformador estão presentes no circuito da Fig. 5 diodo Zener e capacitores. Em função
da saturação do trafo, sua forma de onda apresentará distorção por efeitos de tensão e frequência, então para reduzir a
atenuação desta, o Zener grampeia a tensão em patamares seguros e carrega o capacitor para que o pulso seja gerado
corretamente e não danifique o interruptor acionado.
A tensão injetada pelo gerador síncrono, no conversor eletrônico, depende da velocidade da turbina, que é
intermitente por estar relacionado à velocidade do vento. Sendo assim, para que haja a geração de energia elétrica em
um sistema eólico é necessário que haja a ação de uma malha de controle entre a entrada e a saída do conversor, para
que a potência seja injetada na carga, ou no caso de haver excedentes, a injetar na rede. Tanto pelo aproveitamento da
energia no autoconsumo da unidade consumidora quanto pela injeção da energia excedente na rede, é preciso que esta
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energia gerada esteja dentro dos padrões determinados por norma. Sendo assim, a Fig. 6 mostra o diagrama de blocos
referente ao controle sobre a tensão, a qual será modulada pelo conversor matricial.
O diagrama de blocos foi dividido em quatro cores. O sistema de controle é referenciado pela rede elétrica, a qual
ditará os níveis de tensão para a saída do conversor. O sinal de erro medido pela saída do diagrama de blocos é
compensado na região em verde, onde se encontra o controlador PID; e em seguida, por tratar-se de um controle digital,
o bloco Sample and Hold prepara a amostragem do sinal para que este seja tratado na próxima etapa (região vermelha).
Nesta região de modulação, encontram-se os blocos referentes ao PWM: ou seja, aqui haverá o rastreio dos pulsos que
deverão ocorrer para a comutação dos IGBT’s e será dado o índice de modulação para que a saída desejada seja
sintetizada. Ou seja, aqui será descrito qual e quanto tempo cada interruptor permanece conduzindo. Relacionado a esta
região, encontra-se a região em azul, que relaciona o modelo eletromecânico do sistema; nesta região estará contida a
informação da velocidade do eixo da turbina eólica e, consequentemente, a tensão enviada ao conversor matricial.
Conforme houver a variação de tensão do gerador, o controlador atuará de forma que a modulação na região vermelha
despache a tensão necessária para a carga (região amarela), de tal forma que a referência seja mantida.
Foi empregado o rastreio dos pulsos que deverão ocorrer para a comutação dos IGBT’s e o índice de
modulação ditará quanto tempo cada IGBT permanecerá conduzindo. Para que a saída desejada seja sintetizada os
pulsos que ativam os interruptores são gerados mediante a um código de rastreio dos menores níveis de tensão das
chaves bidirecionais e implementados via o microcontrolador ESP-32 pela plataforma Arduino IDE. É desejado
encontrar o nível de tensão “menor próximo” e “maior próximo” para aplicar PWM nas chaves, e assim, não haja a
necessidade de serem tão robustos quanto seriam em um conversor back-to-back, pois há menores perdas de comutação.
Estudos de simulações revelam a necessidade de menores dissipadores de calor nos interruptores, pois existe maior
rendimento do conversor. Neste mesmo código foi implementado a realimentação do sistema entre o rastreio dos pulsos
para a ativação de uma das seis chaves bidirecionais desta topologia do conversor matricial; foi implementado a
compensação PID (Proporcional, Integrativo e Derivativo) na etapa de ajuste do nível de tensão para a saída do sistema
de controle, e este manifesta-se na largura de pulso de modulação.
Como supracitado, é necessário saber qual IGBT irá comutar e durante quanto tempo permanecerá conduzindo,
e isto será provido pela ação do microcontrolador mediante à comparação entre os níveis “maior próximo” para o
semi-ciclo negativo e “menor próximo” para o semi-ciclo positivo. Desta forma, é possível aplicar o Mapa de Karnaugh
para o rastreio destes pulsos. O Mapa de Karnaugh (Mapa-K) reduz funções lógicas rápida e facilmente, possui suas
raízes na Álgebra Booleana. O Mapa-K reduz o número de variáveis de trabalho eliminando as redundâncias e, desta
forma, reduzindo os custos computacionais por atingir uma base canônica relacionada ao número de variáveis de
entrada de algum sistema. O circuito lógico da Fig. 7 indica que são comparados os níveis de referência e da tensão de
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saída do gerador para que haja a geração do pulso, onde são rastreados os comandos para os IGBT’s com nível de
tensão “menor próximo” e “maior próximo”.
3. RESULTADOS DE SIMULAÇÃO
Neste capítulo serão mostrados alguns resultados referentes às simulações realizadas no Psim. Na Fig. 8 está
representado o sinal modulante do PWM.
O leitor pode averiguar que a Fig. 9 mostra que na intersecção entre as fases 2 e 3 (que não são a referência nesse
caso) ocorre o pico da onda que deverá ser sintetizada. E isso é o que deve ocorrer quando os pulsos gerados (mostrados
na Fig. 10) acionarem os IGBT’s, e estes, ordenados mediante aos pulsos ditados, sintetizam a forma de onda da cor
preta na Fig. 11. A saída monofásica, a qual é representada pelo sinal de cor preta, é formada pela entrada trifásica, de
cores vermelho, azul e verde. Quando a relação entre esses sinais de entrada possui o menor nível de tensão, que é
justamente o nível “menor próximo” buscado pelo algoritmo, o sinal de saída é gerado.
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4. CONCLUSÃO
O Conversor Matricial, sendo um conversor de quatro quadrantes, mostra grande potencial para a substituição das
topologias convencionais em sistemas de geração distribuída mediante a fonte eólica. Existe amplo leque de métodos de
controle de potência de saída que pode ser empregado aos aerogeradores, os quais podem ser eletricamente para maior
aproveitamento eólico e, consequentemente, maior eficiência energética global. Os conversores matriciais aplicados a
estes sistemas trouxeram consigo uma boa perspectiva para seu uso como alternativa ao conversor tradicionalmente
utilizado; as vantagens dos conversores matriciais sobre os conversores usuais, além de cumprirem com o papel de
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modulação de potência despachada para aproveitamento e/ou injeção na rede de distribuição, são mais compactos e
demandam menos manutenção, visto que estes, por serem conversores CA/CA diretos, não possuem barramento CC, o
que impacta diretamente no custo do dispositivo; por este motivo, não há a necessidade de chaves mais robustas. Os
processos de controle e modulação empregados aos sistemas de aerogeração tem crescido constantemente, tendo em
vista a melhoria da eficiência dos processos de conversão, desta forma promovendo um melhor aproveitamento
energético da potência dos ventos.
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem à Universidade Federal do Pampa e à Universidade Federal de Santa Maria pelo apoio na
escrita do artigo, ao Grupo de Estudos Avançados em Engenharia de Energia (GrEEn), do curso de Engenharia de
Energia na UNIPAMPA - Campus Bagé pelo incentivo e suporte para na divulgação da Engenharia de Energia. Aos
Professores do GrEEn, Professor Dr. Jocemar Biasi Parizzi, Professor Dr. Enoque Dutra Garcia e especialmente ao
Professor Carlos Sonier Cardoso do Nascimento, tutor da Célula da Energia Eólica do GrEEn. Aos integrantes da
Célula de Eólica, a vice-líder Carolina Muniz de Oliveira e ao discente Vinícius Amaro Ferreira da Silva. Ao Professor
Dr Gustavo Marchesan, Orientador de Mestrado no PGEE-UFSM.
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Zobaa, A. F., Bansal, R., 2011. Handbook of Renewable Energy Technology.
Abstract. Industrial processes that, powered by alternating current, need specific voltage and phase levels for activation
and control, which can be provided by static AC/AC power converters. Electric power generation is also an industrial
process, so there is a necessity for power modulation to the delivery to the grid. Wind energy is one of the fastest
growing energy sources. One of the reasons for this is because of major improvements in conversion technology,
leading to lower costs. The application of synchronous generators has shown growth in wind turbines since the end of
the 20th century, this machine generates voltage and current with variable frequencies according to the variation of
wind speed. Due to the intermittence of the winds, it is necessary to control the power sent to the grid, conventionally,
through the back-to-back converter. These converters have a DC link, equipped with a capacitor, heavy and bulky that is
replaced regularly and it implies to maintenance costs. Due to the modular characteristics, when a bus capacitor is
defective, there is a need to replace the static converter completely. On the other hand, the matrix converter (MC), as a
direct AC/AC converter, without the need for a bus capacitor, pulse width modulated (PWM - Pulse Width Modulation),
has the potential to replace the structure of the back-to-back converter. The absence of a DC link between the AC/AC
conversion considerably increases the lifetime of the system and reduces maintenance. Thanks to this factor, this papper
presents a better relation between cost and gains in residential wind turbines. When sinusoidal pulse width modulation
is applied to the matrix converter, it will look for the lowest voltage level on the switches, since its algorithm predicts
the condition to search for the next pulse of the three-phase input, triggering the MOSFET driver for this to happen. As
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a result, it is shown that the matrix converter acts efficiently modulating the output power of a synchronous generator,
providing lower switching losses and consequently a longer useful life compared to the back-to-back converter.