Lei Complementar 151-08 Plano Diretor

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Lei Complementar 151/2008

Institui o Plano Diretor do Município de Ilha Solteira, cria o


Conselho da Cidade e dá outras providências

BENTO CARLOS SGARBOZA, Prefeito Municipal de Ilha Solteira, Estado de São Paulo,
no uso de suas atribuições legais e nos termos da Lei Orgânica do Município, FAZ
SABER que a Câmara Municipal aprovou e ele sanciona e promulga a seguinte Lei
Complementar:

TÍTULO I

DO PLANO DIRETOR E DA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DO

MUNICÍPIO DE ILHA SOLTEIRA

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1° Em atendimento às disposições constantes dos artigos 182 e 183 da Constituição


Federal, do Capítulo III da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001 – Estatuto da Cidade e
Capítulo II, da Lei Orgânica do Município, fica instituído o Plano Diretor do Município de
Ilha Solteira.

Art. 2° Nos termos desta Lei serão estabelecidos os objetivos da política de


desenvolvimento urbano, rural, ambiental, social e econômico do Município, definindo
diretrizes para as políticas setoriais e para gestão de todo o território municipal, prevendo
os instrumentos para sua implementação.

Parágrafo Único O Plano Diretor do Município de Ilha Solteira, abrangendo a totalidade


do território, é o instrumento básico da política de desenvolvimento do Município e
integra o processo de planejamento municipal, devendo o Plano Plurianual, a Lei de
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Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual incorporarem as diretrizes e as
prioridades nele contidas.

Art. 3º A política urbana e as diretrizes de desenvolvimento que esta lei institui como
instrumentos de gestão democrática, devem ser revistas no mínimo a cada período de
gestão administrativa.

CAPÍTULO II

DOS PRINCÍPIOS

Art. 4º A política urbana do Município de Ilha Solteira contemplará o disposto pelo artigo
135 da sua Lei Orgânica e será orientada pelos seguintes princípios gerais:

I - Inclusão;

II – Democratização;

III - Participação;

IV - Modernização;

V – Universalização;

VI – Impessoalidade.

Art. 5º A política urbana do Município de Ilha Solteira tem como princípios específicos:

I – a produção de uma cidade justa e bela;

II – a proteção, conservação e recuperação do patrimônio urbanístico;

III – a proteção do patrimônio cultural e ambiental;

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IV – a implementação de uma reforma urbana objetivando a igualdade social com
utilização de instrumentos urbanísticos inovadores;

V – a proteção dos segmentos sociais sujeitos a discriminação, por meio de políticas


públicas específicas de gênero, raça, etnia, sexo, cor e idade;

VI – a promoção da cidadania e da participação democrática na gestão pública


municipal;

VII – a modernização institucional com a descentralização no processo de decisões;

VIII – a implementação de um sistema de planejamento urbano moderno, que se


aperfeiçoe continuamente;

IX – o aperfeiçoamento do sistema de fiscalização para a aplicação da legislação


urbanística;

X – uma política habitacional de acesso a terra urbanizada e a moradia digna, com


diversidade nos programas e projetos;

XI – a integração entre princípios, objetivos e estratégias do plano diretor com os planos


setoriais;

XII – a implementação de mecanismos de ação compartilhada com parceria entre o


Poder Público e a sociedade civil;

XIII – o fortalecimento do Poder Público na obtenção dos recursos para o financiamento


da cidade.

CAPÍTULO III

DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE

SEÇÃO I

DA FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE


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Art. 6º A função social da cidade no Município de Ilha Solteira corresponde ao direito à
cidade para todos, o que compreende assegurar à seus habitantes o acesso:

I – à terra urbanizada;

II – à moradia digna;

III - ao transporte coletivo, mobilidade urbana e acessibilidade;

IV – ao trabalho;

V – à educação;

VI - à saúde;

VII – ao esporte e lazer;

VIII - à segurança;

IX – à cultura, ao patrimônio histórico, à identidade e memória cultural;

X - ao saneamento ambiental;

XI – ao meio ambiente preservado;

XII - à infraestrutura e demais serviços públicos.

Art. 7º Para garantir o cumprimento da função social da cidade, o Poder Público


Municipal deverá atuar:

I – na promoção de políticas públicas mediante um processo permanente de gestão


democrática da cidade com a participação popular;

II – na ampliação da base de sustentação econômica do Município gerando trabalho e


renda para a população local;

III – no incremento à oferta de moradias de interesse social e na melhoria das condições


de habitabilidade daquelas que não se enquadram nos padrões adequados;

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IV - na proteção das áreas de especial interesse contra a especulação imobiliária, a
degradação ambiental, a desarticulação produtiva e a destruição do patrimônio histórico;

V – no atendimento à demanda de serviços públicos e comunitários;

VI – na atração e promoção das atividades de turismo com a implantação de


equipamentos e realização de eventos culturais, educacionais e científicos;

VII – na universalização dos serviços de saneamento ambiental.

SEÇÃO II

DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE

Art. 8º A propriedade cumpre sua função social quando atende às exigências


fundamentais do planejamento, ordenação e aos mecanismos de gestão urbana, rural e
ambiental expressos nesta Lei.

Art. 9º A intervenção do Poder Público Municipal na propriedade imobiliária terá como


finalidades principais:

I – utilização e aproveitamento para atividades ou usos em prol do interesse coletivo, da


segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental;

II – promoção do adequado aproveitamento dos imóveis não edificados, subutilizados e


não utilizados;

III - promoção da regularização fundiária dos assentamentos humanos precários;

IV - distribuição de usos e intensidades da ocupação do solo de forma equilibrada em


relação à infraestrutura disponível, aos transportes e ao meio ambiente, de modo a evitar
a ociosidade ou a sobrecarga dos equipamentos coletivos;

V - respeito aos limites e índices urbanísticos estabelecidos nesta Lei e nas legislações
dela decorrentes;

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VI - garantia do atendimento das necessidades dos cidadãos quanto à qualidade de vida,
à justiça social e ao desenvolvimento das atividades econômicas;

VII – promover a compatibilização dos usos através da aplicação dos instrumentos de


licenciamento prévio fazendo respeitar o direito de vizinhança.

Art. 10 Para os fins estabelecidos no artigo 182 da Constituição Federal, não cumprem a
função social da propriedade urbana, por não atender às exigências de ordenação da
cidade, terrenos, glebas ou edificações, subutilizados ou não utilizados, totalmente
desocupados, ou onde a taxa de ocupação mínima não tenha sido atingida, ressalvadas
as exceções previstas nesta lei, sendo passíveis, sucessivamente, de parcelamento,
edificação e utilização compulsórios, imposto predial e territorial urbano progressivo no
tempo, e desapropriação com pagamentos em títulos, com base nos artigos 5º, 6º, 7º e
8º da Lei Federal 10.257/01, Estatuto da Cidade.

Parágrafo Único Os critérios de enquadramento dos imóveis não edificados,


subutilizados ou não utilizados estão definidos no artigo 270 desta Lei.

CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

Art. 11 O Plano Diretor de Ilha Solteira compõe-se de quatro conjuntos de diretrizes de


desenvolvimento sustentável, relacionados no Título II, conforme abaixo relacionados:

I - Diretrizes para o Desenvolvimento Social;

II - Diretrizes para o Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico;

III – Diretrizes para o Desenvolvimento Físico Territorial;

IV - Diretrizes para o Desenvolvimento Institucional.

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TÍTULO II

DO DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 12 Para assegurar a implementação e execução do Plano Diretor de


Desenvolvimento do Município de Ilha Solteira deverão ser considerados os seguintes
princípios e diretrizes gerais:

I – a garantia do direito à cidade é o resultado da utilização contínua e permanente de


mecanismos de gestão democrática e participativa;

II - a problemática urbana é indissociável da ambiental e social;

III – o desenho urbano original de Ilha Solteira deve ser preservado como patrimônio
histórico;

IV – para a sustentabilidade urbana deve-se promover o adensamento populacional com


promoção das configurações urbanas compactas buscando a melhor relação entre a
arrecadação e os gastos públicos;

V – o pleno desenvolvimento municipal se atinge com a implementação de políticas


públicas sustentáveis e a integração entre planos, ações e projetos.

CAPÍTULO II

DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Art. 13 O Poder Público Municipal priorizará políticas sociais, planos e ações específicas
buscando atingir os seguintes princípios gerais:

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I - as políticas públicas devem considerar as diferenças socioeconômicas existentes,
priorizando os segmentos sociais historicamente discriminados;

II - as demandas por bens e serviços urbanos produzidos na cidade devem ser


permanentemente mensuradas e atendidas;

III - a participação democrática, a inclusão e a interação de todos os segmentos e


agentes sociais na produção da cidade devem ser garantidas.

Art. 14. As políticas sociais deverão satisfazer os seguintes objetivos gerais:

I - evitar a exclusão sócio-espacial através da promoção da justa distribuição dos


equipamentos sociais e bens de consumo coletivo no território urbano;

II - a inclusão social;

III – a elevação dos padrões de renda da população mais pobre;

IV - estímulo à participação da população na definição, execução e gestão das políticas


sociais;

V – ação integrada dos setores responsáveis pelas políticas sociais;

VI – a promoção e garantia de acesso irrestrito a todos os cidadãos aos espaços


públicos do território municipal.

SEÇÃO I

DA EDUCAÇÃO

Art. 15 São princípios da Educação:

I – a melhoria da qualidade social da Educação através da democratização do saber e


do constante aperfeiçoamento dos métodos educacionais garantindo qualidade de
aprendizagem;

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II – a participação democrática dos pais, alunos e profissionais da educação na gestão
do sistema;

III – o respeito pela diversidade sociocultural da população;

IV – a valorização dos profissionais da Educação oferecendo formação continuada,


aperfeiçoamento profissional e, conseqüentemente, evolução funcional;

V - a inclusão social com acesso democrático e permanência do aluno na escola.

Art. 16 São objetivos da política municipal da Educação:

I – instituir os mecanismos de gestão democrática no âmbito do Sistema Municipal de


Educação;

II – promover anualmente o Fórum Municipal de Educação na construção de uma política


educacional para toda a cidade, regida pelos princípios democráticos;

III – articular a política educacional ao conjunto de políticas públicas, desenvolvendo


programas integrados de educação, esportes, lazer, cultura, assistência, saúde, e de
geração de emprego e renda, além das políticas voltadas para as questões de gênero e
raça, promovendo o ser cidadão com direitos plenos;

IV – promover as mudanças, materiais e humanas, através da implementação de


programas educacionais diferenciados, que respeitem as especificidades da clientela
atendida, visando a plena inclusão (civil, política, social, econômica) de crianças,
adolescentes e dos que a ela não tiveram acesso em tempo próprio;

V - cumprimento da Constituição Federal de 1988, da Lei 9394/96 (Diretrizes e Base da


Educação Nacional) e Lei 8069/90 (Estatuto da Criança e Adolescente);

VI - otimização dos serviços públicos de Educação.

Art. 17 São diretrizes gerais da política municipal da Educação:

I - democratizar as relações na sociedade, rompendo com o clientelismo e priorizando


ações para atender o interesse da maioria da população;

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II - estimular e garantir a participação da família, respeitando seu contexto cultural;

III - assegurar os recursos públicos necessários e aplicá-los na manutenção, ampliação e


desenvolvimento da educação em todas as modalidades de ensino básico conforme o
FUNDEBASE;

IV - garantir a educação pública, gratuita e de qualidade para crianças, jovens e adultos


nas modalidades do Ensino Infantil e Fundamental, adequando os espaços, alocando os
recursos humanos devidamente qualificados, providenciando materiais e equipamentos
específicos inclusive as novas tecnologias de informação e comunicação;

V - assegurar a autonomia das escolas na elaboração do projeto político-pedagógico de


acordo com as características e necessidades da comunidade;

VI - participar ativamente do processo de erradicação do analfabetismo como política


permanente;

VII - garantir a organização de currículos que assegurem a identidade da comunidade;

VIII – acompanhar e assegurar o desenvolvimento das atividades do Conselho Municipal


de Educação;

IX - assegurar o desenvolvimento do trabalho dos Conselhos de Escola e APM


(Associação de Pais e Mestres) como instrumentos de construção coletiva e democrática
dos projetos político-pedagógicos das escolas municipais;

X - aperfeiçoar o sistema de coleta e atualização de dados sobre a demanda e oferta da


rede de ensino do município, realizando diagnóstico de conjuntura para identificar a
necessidade de ampliação e adequação do atendimento;

XI - o desenvolvimento de uma política de educação ambiental articulada com a política


de turismo;

XII - a democratização do acesso e a garantia da permanência com sucesso do aluno na


escola, inclusive para aqueles que não tiveram em idade própria;

XIII - a democratização da produção, da sistematização e da transmissão do


conhecimento, garantindo a articulação da ciência e da cultura universal com a realidade
e o saber local e regional;

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XIV – a distribuição espacial das unidades de serviços educacionais segundo critérios de
maior proximidade com os locais de moradia da clientela;

XV – a localização dos serviços de atendimento universal em região central e de fácil


acesso;

XVI – submeter previamente a localização dos equipamentos de educação, à aprovação


do Setor de Planejamento Urbano;

XVII - atendimento ao Plano de Trabalho da Educação Infantil e do Ensino Fundamental;

XVIII - implementação da Escola em período integral conforme diretrizes, normas


básicas e legislação específica;

XIX - conclusão das reformas e ampliações da Rede Física;

XX - participação em ações de formação continuada no Departamento de Educação e


simpósios e congressos promovidos por entidades educacionais;

XXI - implementação do plano de carreira dos profissionais da educação;

XXII - atendimento ao Plano de Trabalho de Ensino Profissionalizante;

XXIII - regulamentação integral do Estatuto do Magistério e posterior implementação;

XXIV - revisão da documentação de suporte da vida escolar: Projeto


Político-Pedagógico, Regimento Escolar, Estatuto do Conselho de Escola, Plano de
Gestão Plurianual, etc.

SUBSEÇÃO I

DA EDUCAÇÃO INFANTIL

Art. 18 São diretrizes da Educação Infantil:

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I – ampliação do atendimento pré-escolar a crianças de 5 (cinco) anos de idade,
expandindo este processo, gradativamente, às crianças de 4 e 3 anos de idade;

II - ampliação do atendimento às crianças de 0 a 3 anos de idade em Centros de


Educação Infantil (CEIs);

III - redistribuição dos equipamentos de educação infantil no espaço intra-urbano em


consonância com distribuição espacial da população-alvo;

IV – implantar unidades por extensão nos assentamentos, considerando as peculiaridades


da demanda, integrando às atividades da comunidade inclusive dando treinamento e
capacitação para sua participação no atendimento.

SUBSEÇÃO II

DA EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

Art. 19 São diretrizes da Educação Fundamental:

I – implementação do atendimento universal à faixa etária de 6 a 14 anos de idade,


aumentando o número de vagas onde a demanda assim o indicar;

II - articulação das escolas de ensino fundamental com outros equipamentos sociais e


culturais do Município e com organizações da sociedade civil, voltados ao segmento de 6
a 14 anos, de modo a proporcionar atenção integral a essa faixa etária.

SUBSEÇÃO III

DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Art. 20 São diretrizes da Educação de Jovens e Adultos:

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I – promoção de ampla mobilização para a superação do analfabetismo, reconstruindo
experiências positivas já realizadas e reivindicando a colaboração de outras instâncias de
governo;

II - ampliação da oferta de vagas para educação de jovens e adultos;

III - apoio às iniciativas que permaneceram sob o comando de organizações comunitárias;

IV - implantação do Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, voltado ao ensino


de novas tecnologias de informação, articulado a projetos de desenvolvimento regional e
local;

V - apoio a novos programas comunitários de educação de jovens e adultos e fomento à


qualificação dos já existentes;

VI - articulação das escolas com outros equipamentos sociais e culturais do Município e


com organizações da sociedade civil, de modo a ampliar o atendimento das necessidades
no campo educacionais, de jovens e adultos;

VII - implantação de programas, projetos e ações que visem à diminuição do déficit de


escolaridade da população idosa, sobretudo da população idosa analfabeta.

SUBSEÇÃO IV

DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Art. 21 São diretrizes da Educação Especial:

I - promoção de reformas nas escolas regulares, dotando-as com recursos físicos,


materiais, pedagógicos e humanos para o ensino aos portadores de necessidades
educacionais especiais;

II - capacitação dos profissionais da educação, na perspectiva de incluir os portadores de


necessidades educacionais especiais nas escolas regulares, resgatando experiências
bem sucedidas de processos de inclusão social;

III - implantação de salas com recursos especiais visando ao apoio psico-pedagógico a


professores e aos alunos com necessidades educacionais especiais.
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SUBSEÇÃO V

DA EDUCAÇÃO PROFISSIONALIZANTE

Art. 22 São diretrizes da Educação Profissionalizante:

I – flexibilização dos cursos profissionalizantes, permitindo sua adequação às novas


demandas do mercado de trabalho e sua articulação com outros projetos voltados à
inclusão social;

II - criação de centros de formação e orientação profissional nas regiões com maiores


índices de vulnerabilidade social;

III - articulação entre os agentes de cursos profissionalizantes na cidade, com vistas a


potencializar a oferta de educação dessa natureza;

IV - articulação entre a oferta de Educação Profissional e a Educação de Jovens e


Adultos, proporcionando condições de desenvolvimento social, de empregabilidade e de
ampliação da escolaridade à população jovem e jovem-adulta;

V - criação de programas profissionalizantes para pessoas portadoras de necessidades


especiais.

SUBSEÇÃO VI

DA EDUCAÇÃO DE NÍVEL MÉDIO

Art. 23 São diretrizes da Educação de Nível Médio:

I - estímulo à progressiva extensão de obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio, em


conformidade com o disposto na Lei de Diretrizes e Bases - LDB;

II - implantação de programas comunitários voltados ao ensino preparatório vestibular


gratuito para alunos egressos da rede pública.

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SUBSEÇÃO VII

DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Art. 24 São diretrizes da Educação Superior:

I – estímulo à implantação, nas instituições de ensino superior, de cursos de graduação,


pós-graduação e extensão voltada à vocação econômica da região;

II - apoio e estímulo às ações educacionais para a população idosa, especialmente da


Universidade da 3ª (terceira) Idade;

III - implantação, em parceria com instituições de ensino superior, de programa de


aprimoramento profissional e especialização técnica científica dos professores da rede
pública municipal.

SEÇÃO II

DA SAÚDE

Art. 25 A política municipal de saúde tem como princípios:

I - a saúde como direito de todos os munícipes e dever do Poder Público assegurado


mediante políticas sociais e econômicas conforme artigo 196 da Constituição Federal e
artigo 160 da Lei Orgânica do Município;

II – acesso universal e igualitário da população às ações e serviços de prevenção,


diagnóstico, tratamento e reabilitação, consoantes com os princípios do Sistema Único
de Saúde;

III – a prevenção como ação principal visando a redução das doenças e a melhoria da
qualidade de vida.

Art. 26 A política municipal de saúde tem como objetivos:


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I - a promoção e prevenção de saúde;

II - diminuir os riscos da doença e outros agravos;

III – a oferta plena de serviços de qualidade a todos os munícipes;

IV – promover atendimento humanizado considerando a situação de fragilidade dos


pacientes.

Art. 27 Constituem diretrizes da política municipal de saúde:

I - estimular e garantir a ampla participação da comunidade na elaboração, controle e


avaliação da Política de Saúde do Município por meio do Conselho Municipal de Saúde;

II - oferecer aos cidadãos uma atenção integral através de ações de promoção de saúde,
prevenção de doenças, tratamento e recuperação de incapacidades;

III - organizar e implantar programas de saúde segundo a realidade populacional e


epidemiológica do Município, em concordância com um serviço de qualidade;

IV – garantir o acesso da população aos equipamentos de saúde, modernizando e


proporcionando um melhor atendimento de consultas e exames, que deverão estar
distribuídos de forma regionalizada e hierarquizada no espaço urbano da cidade;

V - as ações do desenvolvimento e expansão da rede municipal dos serviços da saúde


seguirão as deliberações da Diretoria Municipal de Saúde, de acordo com a Conferência
Municipal de Saúde e do Conselho Municipal de Saúde;

VI – submeter previamente a localização dos equipamentos de saúde, à aprovação do


Setor de Planejamento Urbano;

VII - desenvolver as ações de vigilância epidemiológica e sanitária, segundo a política de


municipalização do Sistema Único de Saúde;

VIII – integrar o CEMAC - Centro Municipal de Assistência ao Cidadão;

IX – oferta aos cidadãos de atenção integral por meio de ações de promoção da saúde,
prevenção de doenças, tratamento e recuperação de incapacidades;

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X - distribuição espacial de recursos, serviços e ações, conforme critérios de contingente
populacional, demanda, acessibilidade física e hierarquização dos equipamentos de
saúde em centros de saúde, policlínicas, pronto socorros e hospitais gerais;

XI - garantia, por meio do sistema de transporte urbano, das condições de acessibilidade


às áreas onde estejam localizados os equipamentos de saúde;

XII - planejamento para a construção de equipamentos de saúde, observando-se a


malha viária, a população assistida, as distâncias aos outros equipamentos urbanos de
caráter social, econômico, religioso ou de saúde;

XIII - garantia do acesso da população aos serviços integrando-os à rede municipal,


conforme estabelecido nas diretrizes do Sistema Único de Saúde;

XIV - desenvolvimento da informatização do Sistema de Saúde, contribuindo para a


constituição de um sistema integrado de informações que permita o acompanhamento
da assistência, o gerenciamento e o planejamento, garantindo à comunidade o livre
acesso às informações;

XV – implantação de uma política de recursos humanos para o aprimoramento e a


valorização profissional;

XVI – garantia de boas condições de saúde para a população, por meio de ações
preventivas que visem à melhoria das condições ambientais, por meio do controle dos
recursos hídricos, da qualidade da água consumida, da poluição atmosférica e da
sonora;

XVII – promoção da política de educação sanitária, conscientizando e estimulando a


participação nas ações de saúde;

XVIII – implantação de programa específico de atenção à saúde reprodutiva, visando


garantir aos indivíduos e casais autonomia reprodutiva, condições mais justas e
igualitárias de planejar o número de filhos e o intervalo intergenésico, conforme as
recomendações da Conferência do Cairo/94 e rodada Cairo +10;

XIX – desenvolvimento de ações que visem à sensibilização dos profissionais da área de


saúde e usuários, quanto às inconveniências do parto cesariano, para saúde infantil e da
mulher, conforme as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS);

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XX – criação de centros de referência, em todos os quadrantes da cidade, visando ao
atendimento dos perfis populacionais setoriais, com especial ênfase à saúde reprodutiva
e do idoso;

XXI - adoção do Programa de Saúde da Família como estratégia estruturante da atenção


à saúde;

XXII - a ampliação da rede física de atendimento, adequando-a as necessidades da


população;

XXIII - a elaboração do Plano Municipal de Saúde e sua discussão com representações


da sociedade civil e outras esferas de governo;

XXIV – estruturação e capacitação das equipes do Programa de Saúde da Família;

XXV – promoção de ações para os portadores de necessidades especiais nos diferentes


níveis de atenção à saúde, visando à melhoria de qualidade de vida;

XXVI – promoção de ações intersecretariais de prevenção à violência, abuso sexual,


alcoolismo e drogas;

XXVII – implantação de serviços de referência voltados ao combate da violência sexual e


doméstica;

XXVIII - criação de um sistema de avaliação e monitoramento da qualidade do


atendimento do Pronto Socorro Municipal, visando instruir os profissionais da área de
saúde ligados a esta modalidade, a tratarem os pacientes com atenção e respeito;

XXIX - adoção de política administrativa por parte da Administração Pública, visando


garantir que a estrutura hospitalar (Hospital de Base 2) seja adequada às necessidade do
Município, com a qualidade necessária para possibilitar a melhoria nos atendimento
clínicos, laboratoriais e instrumentais;

XXX – fiscalizar e coibir o depósito de materiais de construção, entulhos e inservíveis nos


quintais das residências e espaços abertos das empresas e no interior de dispensas
inadequadas;

XXXI – implantar um plano de ação de saúde do trabalhador, constituído de um sistema


de vigilância e controle das ocorrências de acidentes de trabalho no município
especialmente nas novas frentes de trabalho do complexo sucroalcooleiro, visando
preservar a qualidade de vida e a saúde do trabalhador.
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SEÇÃO III

DA INCLUSÃO SOCIAL E CIDADANIA

Art. 28 A Inclusão Social, reconhecida como direito do cidadão e dever do Estado tem
como objetivos:

I - garantir condições de dignidade, por meio do atendimento às necessidades básicas e


o acesso à rede de serviços sociais, assegurando acolhimento e proteção;

II - promover ações de resgate ou de prevenção, visando a inclusão social, na


perspectiva emancipadora, gerando autonomia e protagonismo aos destinatários das
políticas.

Art. 29 São diretrizes na execução da política de Promoção e Assistência Social:

I - o fortalecimento da Assistência Social como política de direitos de proteção social, a


ser implementada de forma descentralizada e participativa;

II - a vinculação da política de assistência social ao sistema único nacional de provisão


de serviços, benefícios e programas da assistência social, estabelecido nos artigos 203 e
204 da Constituição Federal e na Lei nº. 8742/93 LOAS – Lei Orgânica da Assistência
Social;

III - o reconhecimento às formas de participação e de controle social exercidas pela


sociedade civil através dos Conselhos Municipais: o Conselho de Assistência Social, o
Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho dos Direitos da Pessoa
Idosa, o Conselho dos Direitos das Pessoas Portadoras de Necessidades Especiais, o
Conselho dos Direitos dos Afro-descendentes, e outros que sejam constituídos;

IV - a centralização do atendimento aos destinatários das políticas da Assistência Social


por meio da implantação do CEMAC - Centro Municipal de Assistência ao Cidadão,
integrado aos setores que prestam serviços de socorro, ajuda e apoio a pessoa em
situação de risco ou vulnerabilidade;

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V – geração de estudos técnicos integrados com os órgãos do Executivo Municipal sobre
as condições sócioeconômicas do Município e da Região, visando gerar indicadores que
fundamentem as ações do planejamento social;

VI – erradicação da pobreza extrema, apoio à família, à infância, à adolescência e à


velhice;

VII – garantia de pleno atendimento das necessidades sociais aos portadores de


deficiência e aos toxicômanos;

VIII - implantação de centros de convivência para idosos;

IX - implantação de centros de triagem e encaminhamento social da população em


situação de vulnerabilidade social;

X – implantação, em parceria com a Diretoria de Educação, de programa de formação de


educadores sociais;

XI - promoção do acesso dos portadores de deficiência aos serviços regulares prestados


pelo Município, mediante a remoção das barreiras arquitetônicas, de locomoção e de
comunicação;

XII - fomento à articulação com outros níveis de governo ou com entidades sem fins
lucrativos da sociedade civil para o desenvolvimento de serviços, programas e projetos
de assistência social;

XIII – estímulo à qualificação e integração das ações da rede de atendimento, sob o


enfoque da ética, cidadania e respeito à pluralidade sociocultural;

XIV – estímulo ao desenvolvimento das potencialidades dos portadores de necessidades


especiais, por meio de sua inserção na vida social e econômica;

XV – criação de políticas de prevenção e de combate a toda e qualquer violência contra a


mulher, o adolescente e o idoso;

XVI – implantação de serviços de caráter intergeracional favorecendo o desenvolvimento


socioeducativo e a convivência societária;

XVII – implantação de cadastro unificado das organizações privadas de assistência social


e de usuários dos serviços, benefícios, programas e projetos de assistência social
evitando superposição das ações;
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XVIII - realização do atendimento social à população vitimada por situações de
emergência ou de calamidade pública;

XIX - elaboração do Plano Municipal de Assistência Social, com a participação de outras


esferas de governo e representantes da sociedade civil;

XX – implementação de ações e campanhas de proteção e de valorização dos direitos da


criança e do adolescente, com prioridade para temas relacionados à violência, abuso e
assédio sexual, prostituição infanto-juvenil, erradicação do trabalho infantil, proteção ao
adolescente trabalhador, combate à violência doméstica e uso indevido de drogas;

XXI – implantação de unidades de atendimento que promovam ações de orientação e


apoio sócio-familiar a crianças e adolescentes em situação de risco pessoal ou social;

XXII – implantação de centros de referência para atendimento às mulheres, crianças e


adolescentes vítimas de violência;

XXIII – elaboração de pesquisa quali-quantitativa municipal para estimação mais precisa


das linhas de pobreza e indigência, objetivando melhorar a qualidade de atendimento da
política de assistência;

XXIV – ampliação do Programa Renda Mínima, consoante com as estimativas dadas


pelas linhas de pobreza e indigência.

SEÇÃO IV

DA CULTURA

Art. 30 São princípios da política municipal de Cultura:

I – entendimento da cultura como o conjunto de valores, idéias, conceitos estéticos,


símbolos, objetos e relações construídas pela sociedade ao longo de sua história;

II - democratização do fazer e da fruição cultural, impulsionando a criação e a


participação popular nos processos culturais, fundamental na construção de uma cidade
solidária;

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III - articulação do sistema de ações culturais à cidade, criando condições ambientais e
urbanas que garantam a elevação da qualidade de vida da população;

IV - garantia de fóruns permanentes de debates sobre política cultural, contemplando a


identidade e diversidade cultural da cidade e oferecendo subsídios para as ações
culturais a serem postas em prática e que leve em conta as peculiaridades do mundo
atual;

V - construção da cidadania cultural como condição de vida e do exercício da cidadania


plena, o que implica no entendimento dos sujeitos sociais como sujeitos históricos e
partícipes em todo o processo cultural da cidade;

VI – respeito às expressões culturais das novas populações inseridas na produção


econômica do município através da sua integração ativa no processo cultural local e
regional.

Art. 31 São objetivos da política municipal de Cultura:

I - resgatar referências de origens, formação e transformação da cidade como condição


essencial para a construção de caminhos legítimos e importantes para seu
desenvolvimento;

II - integrar a cultura à construção da cidade moderna, entendida esta como uma cidade
democrática, solidária, inclusiva e responsável pela preservação de sua memória;

III - possibilitar o acesso da população à informação, à produção artística, cultural e


científica, como condição da democratização da cultura;

IV - possibilitar o exercício da cidadania cultural, por meio do aprimoramento dos


instrumentos de produção e gestão participativa da cultura;

V - conservar, reabilitar e promover os espaços urbanos que se destacam culturalmente;

VI – empreender a política de ação para uma mídia comunitária, criando condições para
atuar de maneira mais intensa no processo de formação e difusão de informações;

VII - promover uma política de ação que vise a recuperação, valorização e preservação
do patrimônio histórico, artístico, urbanístico, arquitetônico e ambiental do Município;

VIII – promover o resgate da memória como um bem cultural e como forma de


transformação social e política;
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IX – promover a acessibilidade aos equipamentos culturais e às produções artísticas,
culturais e científicas, assegurando a cidadania cultural às pessoas portadoras de
necessidades especiais;

X – prestar apoio, valorização, qualificação e divulgação da produção artístico-cultural


local;

XI - preservar, conservar e recuperar o patrimônio histórico, artístico, cultural,


urbanístico, arquitetônico e ambiental e a memória local, envolvendo o Poder Público, a
iniciativa privada e a ação da comunidade.

Art. 32 São diretrizes para uma política cultural:

I – integração e articulação da política cultural com as demais políticas públicas;

II - ações para uma organização institucional do sistema municipal de cultura,


considerando a necessidade de uma estrutura administrativa participativa e democrática;

III – criação de espaços, equipamentos e ações culturais para toda a cidade, inclusive
para a área rural, por meio de projetos estratégicos que articulem e dinamizem a
produção cultural, visando a construção da cidadania cultural;

IV - incentivo ao pleno funcionamento do Conselho Municipal de Cultura para auxiliar na


formulação das políticas públicas de cultura do município;

V - elaboração de leis municipais de incentivo à cultura;

VI - estímulo de ações que ocupem diferentes espaços e equipamentos existentes na


cidade para atividades culturais, possibilitando o enriquecimento e novas significações
dos espaços urbanos;

VII - formulação de programas de valorização dos bens culturais, materiais e imateriais,


que auxiliem na construção de uma identidade entre o cidadão e a cidade através do
resgate da sua história;

VIII – a elaboração de estudos visando o tombamento do patrimônio urbanístico da


cidade;

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IX – a reestruturação, valorização e preservação do Centro Cultural (Casa da Cultura)
como principal local de realização de eventos culturais, valorizando sua história e
localização central;

X – articulação e integração entre as políticas públicas de educação e cultura;

XI - estímulo à organização de entidades culturais no âmbito da sociedade, através de


organizações não-governamentais, cooperativas, associações, sindicatos, federações,
dentre outros;

XII - viabilização de novas parcerias e novas fontes de obtenção de recursos para


implementação das ações e dos programas culturais;

XIII - estímulo à participação das entidades públicas municipais na execução dos planos,
programas e projetos culturais de interesse municipal;

XIV - criação de mecanismos que estimulem a captação de recursos privados para


aplicação em projetos culturais;

XV – fomento, por meio do instrumento de editais públicos, de todas as manifestações,


expressões e repertórios culturais de grupos, associações e instituições atuantes no
Município de Ilha Solteira, com ênfase especial para as manifestações e instituições
vinculadas aos repertórios culturais tradicionais e às expressões da cultura popular.

SUBSEÇÃO I

DAS BIBLIOTECAS

Art. 33 São diretrizes específicas da política de cultura para as bibliotecas:

I - a criação dos regulamentos das bibliotecas públicas e comunitárias;

II – a instalação de, no mínimo, 01 (uma) biblioteca pública ou comunitária em cada


quadrante da cidade;

III - definição de uma política clara, consistente e permanente de aquisição, renovação e


atualização de acervos;

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IV - implementação de política de modernização administrativa e tecnológica da área de
bibliotecas, incluindo-se aquisição de hardware, software e qualificação de recursos
humanos em tecnologia da informação;

V - implantação de infocentros em todas as bibliotecas e disponibilização de cursos de


letramento digital a toda a população interessada;

VI – a promoção de campanhas regulares de incentivo à doação de livros;

VII – a promoção de campanhas de sensibilização e orientação da população acerca do


funcionamento das bibliotecas.

SUBSEÇÃO II

DO TEATRO E CASA DA CULTURA

Art. 34 São diretrizes específicas da política de Cultura para o Teatro, Centro Cultural e
Casa da Cultura:

a) restaurar, reformar e revitalizar a Casa da Cultura e Centro Cultural mantendo a sua


identidade arquitetônica e adaptando-os ao padrão dos espetáculos e ao tamanho do
público que os utilizam, nos vários tipos de eventos;

b) incentivo à produção, circulação e difusão das expressões artísticas diversas locais,


com a aplicação de subsídios públicos;

c) incentivo a um programa de formação de platéia nas expressões artísticas diversas,


voltada ao público infanto-juvenil e idoso;

d) incentivo à formação, capacitação e aprimoramento profissional dos agentes


envolvidos na produção cultural;

e) incentivo à qualificação da programação cultural, através de intercâmbio de


espetáculos das expressões artísticas diversas, viabilizada por meio de editais públicos;

f) fomento à pesquisa histórica, preservação dos registros das artes e manifestações


culturais, priorizando comunidades e etnias que representam o município;

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g) criação, adaptação, recuperação e manutenção dos espaços destinados a abrigar e
disponibilizar ao acesso público às expressões artísticas diversas,

h) instituição de uma política consistente e continuada de aquisição de acervo para o


patrimônio artístico público de Ilha Solteira;

i) fomento às ações de educação museológica nos espaços culturais gerenciados pela


Diretoria de Cultura e Turismo.

SUBSEÇÃO III

DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO CULTURAL

Art. 35 São diretrizes gerais da Política do Patrimônio Histórico Cultural:

I – Dinamização do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, dedicado a Preservação


do Patrimônio Histórico, Artístico, Arquitetônico, Urbanístico, Arqueológico,
Paleontológico e Cultural de Ilha Solteira, como órgão colegiado, com atribuições
normativas, deliberativas, consultivas e fiscalizadoras da política do patrimônio histórico
da cidade;

II - definição da política municipal de defesa do patrimônio histórico, artístico,


arquitetônico, urbanístico, arqueológico, paleontológico, cultural e documental de Ilha
Solteira;

III – coordenação, integração e execução das políticas de pesquisa, sistematização e


salvaguarda do patrimônio cultural;

IV – elaboração, definição e execução da política pública de conservação do patrimônio


cultural;

V – mapeamento, identificação e registro, nos suportes adequados, dos bens culturais


tangíveis e intangíveis do município de Ilha Solteira;

VI – fomento de parcerias que visem ao desenvolvimento de técnicas, métodos e


pesquisas que impactem positivamente a política de conservação do patrimônio cultural;

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VII – fomento de parcerias que visem à inversão de recursos na recuperação, utilização
e disponibilização pública de bens culturais caros à memória social urbana de Ilha
Solteira;

VIII – fomento às pesquisas e estudos que aprimorem o alcance e a efetividade dos


suportes legais de registro e salvaguarda dos bens culturais, especialmente o
instrumento jurídico do tombamento;

IX – instituição da política de conservação e gestão do Patrimônio Cultural, conforme


orientação das Cartas Patrimoniais e das recomendações da UNESCO, priorizando-se a
salvaguarda de conjuntos urbanos, sítios históricos e arqueológicos;

X – incremento às publicações relativas à memória e ao patrimônio cultural do Município;

XI – criação de legislação municipal específica de conservação e salvaguarda dos bens


culturais;

XII – criação de órgão de fiscalização visando à proteção dos bens culturais legalmente
protegidos;

XIII - georreferenciamento das informações pertinentes à política de patrimônio cultural,


especialmente localização de bens de valor histórico, projeção de áreas envoltórias,
bens em estudos de tombamento e projeção de respectivas áreas envoltórias, áreas ou
bens de interesse cultural passíveis de tombamento ou de qualquer outra forma de
salvaguarda, situação de conservação dos imóveis tombados ou relacionados para o
tombamento.

SEÇÃO V

DO ESPORTE, LAZER E RECREAÇÃO

Art. 36 São objetivos no campo de Esportes, Lazer e Recreação:

I - o acesso ao esporte, ao lazer e à recreação promovendo bem-estar e melhoria da


qualidade de vida de todos os cidadãos;

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II – a manutenção e a recuperação das áreas municipais destinadas à prática do
esporte, lazer e recreação;

III - garantir acesso universal às práticas esportivas, de lazer e recreação;

IV - dar ao esporte e ao lazer dimensão sócio-educativa, com implementação de


pedagogia que promova nas pessoas o espírito comunitário e o sentimento de
solidariedade;

V - fomentar as manifestações esportivas, de lazer e recreativas da população;

VI - envolver os diferentes segmentos da sociedade civil na construção da política


municipal de esporte e lazer;

VII - articular a política municipal de esporte e lazer com a política municipal de


educação e cultura.

Parágrafo Único É dever do Município fomentar práticas desportivas formais e não


formais, com direito de cada um, observada a destinação e recursos públicos para a
promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para o desporto
de alto rendimento.

Art. 37 São diretrizes da política municipal de Esportes, Lazer e Recreação:

I - a recuperação e conservação de áreas públicas, espaços funcionais e equipamentos


de esportes, adequando-os à realização de grandes eventos e espetáculos esportivos;

II - a garantia da acessibilidade dos portadores de necessidades especiais e de


mobilidade reduzida, e a todos os segmentos sociais, sem discriminação de gênero e
raça, a todos os equipamentos esportivos municipais;

III - proporcionar atividades de esportes e lazer prioritariamente aos jovens e


adolescentes e idosos, e sobretudo aqueles que se encontram em situação de risco
social, no que diz respeito ao envolvimento com a criminalidade;

IV - criar um calendário esportivo para a cidade, com a participação de todos os setores


envolvidos, em especial as associações de esportes, ligas esportivas, sindicatos e
sociedades de bairro;

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V - incentivar a prática de esportes nas quadras das escolas, nos finais de semana,
supervisionados pelos próprios moradores dos bairros, com o apoio do poder público
municipal;

VI - organizar, anualmente, torneios de várias modalidades esportivas, envolvendo as


cidades da região, atraindo consumidores para a cidade;

VII - a elaboração de estudos e diagnósticos, identificando as áreas que necessitam de


equipamentos visando à ampliação e oferta da rede de equipamentos urbanos
municipais;

VIII - priorizar ações de implementação e implantação de programas e unidades


esportivas em regiões mais carentes.

IX – incentivar a apoiar o desporto profissional e não profissional, formal e não formal.

SEÇÃO VI

DA DEFESA CIVIL E SEGURANÇA PÚBLICA

Art. 38 A Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, por meio dos órgãos elencados no artigo 144 da Constituição Federal.

Art. 39 A guarda municipal é destinada à proteção dos bens, serviços e instalações do


Município de Ilha Solteira, conforme estabelece o parágrafo 8º do artigo 144 da
Constituição Federal e a lei de criação da guarda municipal.

Parágrafo Único A Guarda Municipal atua no campo da segurança preventiva, focando


seu interesse no cidadão, na preservação de seus direitos e no cumprimento das regras
de convivência social.

Art. 40 O Sistema Municipal de Defesa Civil, organizado, por meio de legislação


específica, tem a incumbência de articular, gerenciar e coordenar as ações de defesa

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civil no âmbito do Município de Ilha Solteira, compatibilizando suas iniciativas com as
previsões contidas na Política Nacional de Defesa Civil.

Art. 41 São princípios e objetivos das políticas de Segurança Urbana e da Defesa Civil:

I - assegurar o cumprimento da lei e das normas de convivência social na mesma


proporção em que deve ocorrer a defesa dos direitos dos cidadãos;

II - afirmação dos direitos humanos e valorização da cidadania;

III - o estímulo a medidas preventivas de segurança e defesa civil sobre as de natureza


repressiva;

IV - incentivo a projetos de cunho educativo, como medida principal na prevenção


criminal;

V - preservação do patrimônio público e do meio ambiente;

VI - garantia da ordem pública e da realização de serviços e atividades pelo Poder


Público;

VII – diminuição dos índices de criminalidade na cidade de Ilha Solteira, bem como os
efeitos resultantes de catástrofes naturais ou produzidas pelo homem;

VIII - integração ou articulação entre todas as instituições que atuam no campo da


segurança pública e defesa civil entre si e com outros órgãos ou instituições;

IX – incentivo à capacitação permanente dos profissionais que atuam no campo da


segurança pública e defesa civil, com foco voltado para a melhoria constante dos
serviços prestados;

X – integração das instituições que atuam no campo da segurança pública e defesa civil
com a comunidade, objetivando a geração de mútua confiança e credibilidade.

Art. 42 São diretrizes da política de segurança pública e defesa civil:

I - a consolidação da guarda municipal como instituição integrante do sistema de


segurança pública e de defesa civil no Município de Ilha Solteira;
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II – estabelecimento das condições adequadas que concorram para ações integradas
com os órgãos de defesa civil e segurança pública das cidades vizinhas considerando as
peculiaridades da fronteira do Estado;

III - a adoção de estratégias descentralizadas, multidisciplinares e intersetoriais que


resultem na elaboração de planos de combate a violência e de apoio mútuo, nos casos
de catástrofes naturais ou provocadas pelo homem;

IV - o desenvolvimento de ações que contemplem grupos mais vulneráveis à


criminalidade;

V - a realização do monitoramento e avaliação dos projetos e das estruturas de


segurança pública e defesa civil, garantindo qualidade nos serviços prestados, naquilo
que é atribuição do Município;

VI - integração das ações de segurança e defesa civil com as de controle de trânsito


através da guarda municipal que terá atuação em todas as atividades;

VII - o desenvolvimento de campanhas educativas de segurança preventiva pela guarda


municipal e polícia militar, dirigida a crianças e adolescentes, relacionadas ao consumo
de drogas, ao trânsito e a violência nas escolas;

VIII - a realização de convênios entre o Município e as outras esferas de governo,


possibilitando a ampliação da atuação das estruturas de segurança do Estado e da
União na cidade de Ilha Solteira;

IX – o incentivo para a realização de ações integradas entre as diversas estruturas de


segurança com atuação do município;

X - padronização de procedimentos operacionais;

XI - a centralização do atendimento da guarda municipal e da defesa civil por meio da


implantação do CEMAC - Centro Municipal de Assistência ao Cidadão, integrando os
setores que prestam serviços de socorro, ajuda e apoio à pessoa em situação de risco
ou vulnerabilidade.

CAPÍTULO III

DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,


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CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO

SEÇÃO I

DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Art. 43 É objetivo da política de desenvolvimento econômico, estabelecer condições


objetivas e estruturais para um processo de desenvolvimento sustentável, associado à
dimensão social, cultural, espacial, ambiental e institucional, ampliando os direitos
sociais, a dignidade e cidadania de seus habitantes.

Parágrafo Único Para alcançar este objetivo, o Município deverá implementar ações na
perspectiva de uma integração, articulação e complementaridade de políticas, ações e
programas municipais, estaduais e federais.

Art. 44 São diretrizes do Desenvolvimento Econômico:

I – o reconhecimento de que a apropriação física e simbólica das cidades é um direito


social de todos os estratos da população, sem o qual é impossível pensar as bases
autônomas e sólidas para o desenvolvimento econômico;

II – estimular setor primário de base familiar, associativa, ecológico e sustentável


estimulando capacidades de modernização para atender as novas exigências do
mercado consumidor e fomento ao consumo local da produção;

III - diversificação e desconcentração econômica, ampliando a inserção e articulação


regional, nacional e internacional do município;

IV - firmar e desenvolver relações, parcerias e convênios com agências multilaterais de


financiamento, órgãos governamentais de âmbito federal, estadual e municipal, rede de
instituições públicas e privadas, centros de pesquisa e conhecimento, associações e
cooperativas, visando ampliar o interesse municipal e viabilizar atração de investimentos
em programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento;

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V - modernização administrativa, operacional e de infra-estrutura de suporte a atração de
investimentos produtivos, na perspectiva de implementação de empreendimentos de
base tecnológica e empreendimentos de base ambiental;

VI - crescimento e expansão econômica sem gerar impactos ambientais e deseconomias


urbanas, priorizando a preservação, proteção e equilíbrio ambiental e do patrimônio
histórico;

VII - priorização e fortalecimento de processos de desenvolvimento nos diversos setores


econômicos com base na economia solidária fundada no cooperativismo, associativismo
e agrupamento familiar;

VIII – priorização e fortalecimento de empreendimentos do tecido econômico local,


através da capacitação gerencial de autogestão, qualificação de mão-de-obra e créditos
populares;

IX - criação de melhores condições de crescimento econômico elevando a arrecadação


reduzindo a dependência direta de recursos de repasses que podem ser drasticamente
reduzidos conforme previsto de acordo com a reforma tributária em andamento.

Art. 45 São ações estratégicas em Desenvolvimento Econômico:

I - incentivar o turismo em suas diversas modalidades, em âmbito municipal e regional;

II - priorizar processo de desenvolvimento econômico sustentável, diversificado e de


qualidade;

III - promover a articulação entre as políticas econômica, urbana, ambiental e social,


tanto no planejamento municipal e regional quanto na execução das ações estratégicas;

IV - implementar operações urbanas consorciadas e áreas de intervenção urbanística,


definindo projetos urbanísticos estratégicos como uma nova agenda local definida por
unidades espaciais de planejamento urbano sustentável, com o objetivo de induzir uma
ocupação, ordenação e configuração moderna e equilibrada das empresas no território
urbano, associadas à diversidade e policentralidade funcional no zoneamento e uso;

V – promover o investimento e financiamento de infra-estruturas estratégicas,


principalmente em planos diretores de telecomunicações, logística, telemática e
economia digital, mobilidades, acessibilidades e estruturação viária regionais, transporte
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coletivo e terminal de cargas, aeroportos e portos secos, acessos a hidrovias,
armazenagem de produtos;

VI – priorizar a elaboração de um plano diretor de desenvolvimento econômico


sustentável considerando as diversas infra-estruturas estratégicas e configurações
urbanas;

VII - estimular e articular as atividades de desenvolvimento e difusão científica e


tecnológica por meio das incubadoras de micros e pequena empresas, cooperativas e
empresas autogestionárias;

VIII - estimular instrumentos de incentivos e contrapartidas mediante operações


consorciadas e consórcios intermunicipais, principalmente em áreas de fronteiras ;

IX - criar condições para o aumento do comércio, consumo e distribuição local da


produção e as exportações em âmbito municipal e regional;

X - desenvolver programas e projetos de pesquisa e desenvolvimento da atividade


econômica, entre o Poder Público, a iniciativa privada, e a esfera pública não
governamental.

SEÇÃO II

DO TRABALHO, EMPREGO E RENDA

Art. 46 Constituem objetivos para uma política de Emprego e Renda:

I - redução das desigualdades e exclusão sociais;

II - garantia dos direitos sociais;

III - combate a fome;

IV - garantia de acessibilidade a bens e serviços;

V - promoção da cidadania.

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Art. 47 Constituem diretrizes para uma política de Emprego e Renda:

I - fortalecer as estratégias de desenvolvimento econômico como mecanismo de


melhoria da renda e qualidade de vida da população local;

II – a criação de condições de infra-estrutura e instrumentos de incentivos para o


aumento da oferta de postos de trabalho em todos os setores produtivos da economia;

III - geração de renda e formação de micros e pequenos empreendimentos de base


familiar ou associativa, fortalecendo o campo da economia solidária;

IV - o estudo, diagnóstico e a constituição de novas cadeias produtivas sustentáveis, e


geradoras de postos de trabalho, constituídas por atividades econômicas de base
ambiental no campo da agroecologia;

V – promover entre os empresários, ações de comprometimento com as


responsabilidades sociais das empresas articulando parcerias, projetos e programas de
geração de emprego e renda;

VI - investimento público contra inatividade da força de trabalho com idade entre 16-24
anos, por meio de programas de bolsas de estudo, inclusive para os níveis técnicos,
tecnólogo e superior, concedidas segundo critérios técnicos e orçamentários a serem
definidos pela Diretoria de Educação.

SEÇÃO III

DO ABASTECIMENTO E SEGURANÇA ALIMENTAR

Art. 48 A política de Abastecimento e Segurança Alimentar de Ilha Soleira tem como


princípio fundamental, assegurar o direito à alimentação adequada capaz de garantir as
condições necessárias à reprodução da vida de todo cidadão, indistintamente.

Art. 49 São objetivos da política de abastecimento:

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I – proporcionar mecanismos de redução do preço dos alimentos comercializados na
cidade visando uma maior oferta e variedade de produtos, melhor distribuição da renda e
qualidade das condições alimentares e nutricionais da população;

II - criar espaços, programas de comercialização e consumo de produtos agrícolas e


alimentícios a baixo custo, em parceria direta com os produtores rurais, suburbanos e
urbanos, proporcionando a redução dos preços e ampliação da oferta;

III - aperfeiçoar e ampliar os serviços e programas do sistema de abastecimento


alimentar prestado pelo Poder Público Municipal em integração com a política,
programas e órgãos estaduais e federais;

IV - apoiar e incentivar a produção de comunidades locais, baseadas na produção


cooperativa fortalecendo iniciativas de economia solidária e consumo ético e solidário;

V - incentivar a produção, a distribuição e o consumo de produtos orgânicos sem o uso


de agrotóxicos;

VI - incentivar o reaproveitamento, reutilização e distribuição dos alimentos por meio de


programas e bancos de alimentos, estimulando parcerias com empresas doadoras,
agentes e organizações sociais, com o objetivo de ampliar os direitos sociais, combater o
desperdício de alimentos e minimizar os efeitos da fome;

VII - garantir o controle sanitário de alimentos produzidos e distribuídos no Município e a


segurança alimentar da população.

Art. 50 São diretrizes da política de abastecimento:

I - apoiar e incentivar a produção e comercialização direta de alimentos de forma


cooperativa, fortalecendo a economia solidária;

II - a disseminação de campanhas e informação sócio-educativa sobre a utilização


racional e reaproveitamento dos alimentos, evitando o desperdício;

III – adotar mecanismos e operações emergenciais pelos órgãos públicos em situações


de risco e crise na oferta e consumo;

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IV - estimular à formação de organizações comunitárias e institucionais voltadas para a
questão do abastecimento, segurança alimentar, do consumo ético, produção solidária e
ampliação dos direitos sociais contra a fome;

V - estimular a articulação e integração dos programas municipais de abastecimento seja


de iniciativa de órgãos públicos ou de empresas ou redes de instituições privadas;

VI - garantia do fornecimento da merenda escolar aos alunos da rede municipal de


ensino, possibilitando mecanismos contratuais legais de licitação pública definindo
procedimentos para aquisição parcial de produtos verdes da produção local;

VII – integrar o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN) incluindo


o Município de Ilha Solteira nos projetos do governo federal de fortalecimento da
agricultura familiar e garantir a segurança alimentar;

VIII – fortalecimento do Conselho Regional de Segurança Alimentar e Nutricional


Sustentável do Noroeste Paulista – CRESANS Noroeste-SP – com o objetivo de combater
o quadro de insegurança alimentar e nutricional;

IX – fomento à produção e comercialização de alimentos, por meio de hortas familiares e


comunitárias, estimulando a criação de banco de alimentos, de modo a consolidar as
formas de economia solidária no campo.

SEÇÃO IV

DA AGRICULTURA

Art. 51 Elaborar e implementar um plano diretor de agricultura sustentável em parceria


com a Unesp, fortalecendo mecanismos e instrumentos de articulação institucional,
descentralização e gestão entre governo e sociedade civil, com a elaboração de
agendas de desenvolvimento regional da agricultura em especial para as micro e
pequenas propriedades.

Art. 52 Constituem objetivos e diretrizes de uma política municipal de Agricultura:

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I - instituição de um programa municipal de agricultura familiar articulado aos programas
das esferas nacional e estadual;

II - apoio às entidades não-governamentais que se proponham organizar as populações


locais para a implantação de sistemas de produção familiar;

III - ampliação do acesso à formação educacional, profissional, ao conhecimento


ecológico e à educação ambiental;

IV - alternativas de crédito ao manejo sustentável, para a compra de equipamentos e


para investimentos em proteção ambiental;

V - estímulo ao beneficiamento e agroindustrialização da produção cooperada com o


objetivo de agregar valores aos produtos, atendendo padrões de qualidade exigidos pelo
mercado;

VI - incremento da infra-estrutura para armazenamento da produção familiar em regime


cooperativo;

VII - estímulo a mecanismos de comercialização, incluindo o processo de certificação


ambiental verde de produtos agropecuários;

VIII - estudos de viabilidade e de incremento de alternativas energéticas renováveis


como a solar, eólica e o biodiesel;

IX – apoiar prioritariamente empreendimentos auto-sustentáveis de forma a evitar a


contínua dependência dos recursos públicos municipais;

X - estímulo às iniciativas integradoras entre políticas de agricultura e saúde;

XI - incentivo ao planejamento ambiental e ao manejo sustentável dos sistemas


produtivos agrícolas;

XII - incentivo à conservação da biodiversidade dos sistemas produtivos agrícolas;

XIII - incentivo à conservação e recuperação dos solos dos sistemas produtivos agrícolas

XIV - estabelecimento de instrumentos legais de redução e controle do uso de


agrotóxicos;

XV - incentivo à geração e à difusão de informações, de conhecimentos e capacitação


técnica que garantam a sustentabilidade da agricultura;
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XVI – estabelecer parcerias com as universidades objetivando a pesquisa de novas
alternativas tecnológicas e arranjos produtivos;

XVII – incentivar projetos e programas que alterem a estrutura fundiária e a


desconcentração da propriedade rural de forma a estimular a expansão da economia e
incrementar as taxas de crescimento populacional;

XVIII – incentivar a cultura da seringueira, visando à preservação de áreas


ambientalmente relevantes para o Município, especialmente a área envoltória do lago de
acumulação, nos assentamentos e no cinturão verde;

XIX - incentivar a cultura do eucalipto, articulada ao arranjo produtivo regional da


indústria moveleira;

XX – incentivar a mecanização da colheita da cana-de-açúcar em toda a área cultivada


do território do Município, através de legislação antecipatória da total proibição da
queima;

XXI – criação de um programa municipal de re-povoamento dos rios com espécies


originárias de nossas águas e que devido à construção da usina, correm risco de
extinção visando suprir a deficiência dos programas estaduais e da CESP – Centrais
Elétrica de São Paulo - criando melhores condições para o desenvolvimento do turismo
da pesca;

XXII – fortalecer a piscicultura de base cooperativa e ambiental, apropriando espaços,


acesso ao lago de acumulação e restringindo atividades incompatíveis no entorno.

XXIII – Dinamizar, com ações combinadas, o processo de demarcação e implementação


do Parque Aquícola.

Art. 53 São objetivos de uma agricultura urbana e periurbana:

I - estimular a cessão de uso dos terrenos públicos e privados não utilizados ou


sub-utilizados em áreas intra-urbanas, para o desenvolvimento de agricultura orgânica,
com o intuito do controle dos vazios urbanos improdutivos e manejo sustentável do solo
urbano;

II - estimular o planejamento de zonas periurbanas de transição urbano-rural, para


produção agroecológica e agroindustrial, de base familiar ou associativa, fortalecendo os
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existentes e criando novos cinturões verdes, priorizando a economia solidária, o
abastecimento e a segurança alimentar, bem como o manejo sustentável do território
periurbano.

Art. 54 São diretrizes de uma Agricultura Urbana e Periurbana:

I - o desenvolvimento de políticas que visem o estímulo e incentivos ao aproveitamento e


uso de terrenos públicos e privados improdutivos ou subutilizados em áreas urbanas,
para produção alimentar orgânica;

II - o desenvolvimento de política de aproveitamento dos terrenos públicos e privados


periurbanos, não utilizados ou subutilizados, visando à implantação de programas de
agricultura, em zonas urbanas ou de transição urbano-rural, que objetivem a segurança
alimentar e a economia solidária, com práticas agrícolas e manejo sustentável do solo;

III – a consolidação da função agrícola do cinturão verde e a sua ampliação para as


áreas ao norte do perímetro urbano;

IV – estimular no Cinturão Verde as atividades produtivas de caráter conservacionista de


baixo impacto ambiental e geradoras de renda, como a produção de flores, de espécies
arbóreas regionais para recomposição ciliar, a criação de eqüinos, caprinos e ovinos,
animais silvestres (pacas, capivaras, catetos, javalis, etc.), o turismo ecológico, projetos
e campanhas ecológicas.

SEÇÃO V

DA INDÚSTRIA E DO COMÉRCIO E SERVIÇOS

Art. 55 Integra a política municipal da Indústria, do Comércio e da Prestação de Serviços


o conjunto de atividades integradas que contribuem para o fortalecimento dos arranjos
produtivos locais e regionais.

Art. 56 São objetivos da política municipal da Indústria e do Comércio e Serviços:

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I - efetivar estudos e parcerias com universidades sobre o perfil de atratividade de novos
empreendimentos, conciliando os seus aspectos econômicos, sociais, ambientais e
estruturais;

II - elaborar estudos e diagnósticos permanentes dos arranjos produtivos locais


proporcionando assim a inserção e o fortalecimento das empresas locais em outras
cadeias de fornecimento;

III - criar condições para a consolidação e ampliação das empresas instaladas no


Município através de um intercâmbio permanente com outros pólos, cadeias, arranjos ou
empresas;

IV - propiciar e estimular o desenvolvimento integral em suas diversas categorias;

V - desenvolver mecanismos, ações de apoio e incentivo ao desenvolvimento de setores


com reconhecida competência, bem como buscar a diversidade e sustentabilidade
econômica, ambiental e social na implantação dos empreendimentos de interesse
municipal;

VI - promover a divulgação por meio de eventos e comunicação, na esfera regional,


nacional e internacional, das competências e da capacidade instalada tanto no nível da
indústria, do comércio ou dos serviços;

VII – ampliar o acesso à formação educacional, profissional e ao conhecimento como


forma de melhor qualificar a mão de obra para as reais necessidades empresariais;

VIII - ampliar as alternativas de crédito e micro crédito ao fomento de atividades


empresariais interessantes ao município;

IX – estimular o associativismo, cooperativismo ou outros meios que visam o


fortalecimento institucional e organizacional dos setores.

Art. 57 São diretrizes da política municipal de Indústria, Comércio e Prestação de


Serviços:

I - manter e ampliar a participação municipal nos fluxos de produtos e serviços nos


mercados;

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II - sistematizar relatórios, levantamentos, estudos e atualização de dados e informações
sobre os arranjos produtivos locais, seus fluxos, produtos e serviços, para atração de
investimentos e oportunidades de viabilização de ações e empreendimentos;

III - garantir a oferta e qualidade na infra-estrutura de serviços de apoio, formação e


capacitação de recursos humanos necessários ao desenvolvimento da mão de obra
necessária;

IV - incentivar a criação e o fortalecimento de associações de agentes e prestadores de


comércio e serviços, na esfera municipal, bem como intercâmbio regionais e nacionais;

V - fortalecer as ações regionais de intercâmbio, disseminação da informação,


articulação e que sejam complementares as ações municipais propostas;

VI – incentivo às atividades da economia do terceiro setor;

VII – fiscalização e coibição do comércio informal;

VIII - criação de mecanismos administrativos e tributários de incentivo às micro e


pequenas empresas, intensivas na ocupação de mão-de-obra e promotoras da
redistribuição da renda;

IX - incentivo à diversificação do setor de serviços oportunizada pela instalação do pólo


sucroalcooleiro na região;

X – incentivar a integração entre o setor industrial e a economia de comércio e serviços;

XI - criação da Comissão Municipal de Emprego, visando a disponibilização de cadastro


de pessoas e de empresas, objetivando a inserção e à recolocação profissional;

XII - incentivo público contra inatividade da força de trabalho com idade entre 16-24
anos, por meio de programas de inserção no mercado de trabalho, em parceria com as
empresas da região;

XIII - instituir convênios e parcerias com outros municípios da região de Ilha Solteira para
a implantação de sistema de fiscalização de segurança das plantas industriais de alto
risco, especialmente do pólo sucroalcooleiro.

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SEÇÃO VI

DO TURISMO

Art. 58 Integra a política municipal de turismo um conjunto de categorias, modalidades e


produtos na esfera do turismo cultural, ecológico-ambiental, científico-tecnológico, de
negócios, de lazer e recreação, rural, náutico e outras categorias e produtos de oferta
regional, por meio de um sistema municipal integrado de promoção e valorização
turística.

Art. 59 São objetivos da política municipal de turismo:

I – reconhecer o potencial turístico do Município de Ilha Solteira que habilita a cidade a


recorrer a conceitos e recursos importantes às suas próprias perspectivas de
desenvolvimento; a condição de “estância turística”, a vinculação histórica com obras
hidrelétricas de importância e destaque nacional, ou ainda, a participação na construção
de novos meios de comunicação fluvial entre os estados da região sudeste-centro-oeste;

II - resgatar referências de origens, formação e transformação da cidade como condição


essencial para a construção de caminhos legítimos e importantes para seu
desenvolvimento;

III - elaborar estudos e diagnósticos permanentes da inserção e o fortalecimento da


posição do município nos fluxos turísticos regionais;

IV – propiciar e estimular o desenvolvimento integral do turismo em suas diversas


categorias;

V - estabelecer uma articulação de políticas regionais em turismo estabelecendo uma


integração intermunicipal e a formação de uma rede urbana regional de intercâmbio e
potencialização de sua capacidade instalada;

VI - efetivar estudos, diagnósticos e parcerias com universidades, entidades


representativas, poder público e iniciativa privada sobre o perfil do turismo na região bem
como a periodicidade de afluxos turísticos, estímulo a investimentos e ampliação de
novos empreendimentos;

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VII - desenvolver mecanismos, ações de apoio e incentivo ao desenvolvimento do
turismo associado ao patrimônio ambiental, buscando a diversidade e sustentabilidade
econômica, ambiental e social na implantação de um empreendimento de interesse
municipal;

VIII - utilizar o turismo e sua rede instalada como um elemento potencial de inclusão
social, de geração trabalho, emprego e renda;

IX - promover a divulgação por meio de eventos e comunicação, na esfera regional,


nacional e internacional, das potencialidades turísticas do município e da rede urbana
regional.

Art. 60 São diretrizes da política municipal de Turismo:

I - buscar apoio e integração aos macro-programas do Ministério do Turismo nos


quesitos de fomento (apoio à atração de investimentos), financiamento para o turismo,
infraestrutura, produção associada ao turismo, qualidade do produto turístico,
normatização da atividade turística (certificações), qualificação profissional e
comercialização (mercado interno e externo), captação, promoção e participação em
eventos internacionais;

II - manter e ampliar a participação municipal nos fluxos turísticos de importância


regional e nacional, promovendo e estimulando a divulgação de eventos e projetos em
todas as modalidades de empreendimentos comerciais, de serviços e produtos turísticos;

III - desenvolver os segmentos turísticos reconhecidos pela OMT, entre eles: na


modalidade ecoturismo (utilização do patrimônio natural e cultural de forma sustentável,
com incentivo à conservação e busca de formação de uma consciência ambientalista e
promotora de bem estar da população); turismo cultural (relacionado à vivência do
conjunto de elementos significativos do patrimônio histórico e cultural e dos eventos
culturais, valorizando-se e promovendo-se os bens materiais e imateriais); turismo de
estudos e intercâmbio; turismo de pesca (pesca como opção de lazer nas categorias
amadora e desportiva); turismo náutico (utilização de embarcações náuticas como
finalidade da movimentação turística nas categorias de turismo em represas e turismo
fluvial); turismo de aventura (produtos turísticos decorrentes da prática de atividades de
aventura de caráter recreativo e não competitivo); turismo rural (atividades desenvolvidas
no mundo rural, comprometidas com a produção agro-pecuária, agregação de valor e
preservação) e turismo de negócios e eventos;
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IV - a sistematização do levantamento e atualização de dados e informações sobre as
categorias, a cadeias de fluxos e produtos turísticos no município e região, em parceria
com órgão e institutos de pesquisa, para atração de investimentos e oportunidades de
viabilização de ações e empreendimentos;

V - resgate e avaliação da trajetória da Diretoria Municipal de Turismo: diretrizes,


diagnósticos, programas, projetos;

VI - rediscussão da Lei Orgânica do Município: necessidade de criar capítulo específico


para o turismo;

VII - rediscussão do Decreto de Criação das Instâncias Turísticas: necessidade de rever


e ampliar as possibilidades de aplicação de recursos disponíveis;

VIII - discussão e criação de consórcio turístico regional, capaz de inserir o município de


Ilha Solteira em uma perspectiva integrada de desenvolvimento turístico regional;

IX - ampliação do conceito de turismo e seu enraizamento na comunidade, através de


programas e ações comprometidas com a valorização do sentimento de pertencimento,
com o reconhecimento e afirmação das identidades, costumes e valores caros à
comunidade;

X – repensar o lazer através da revitalização das praças, das programações culturais, do


resgate da cultura popular e da promoção de novas modalidades de atividades;

XI - levantamento de outras/novas potencialidades turísticas com base no resgate de


elementos identitários e de singularidades locais e regionais;

XII – construção, com ampla participação, de uma política de turismo para a cidade de
Ilha Solteira, integrada e orientada pelas diretrizes gerais de desenvolvimento local, a
partir de um entendimento regional;

XIII – elaboração, com ampla participação, de um plano de desenvolvimento turístico


atento à implantação da hidrovia Tietê-Paraná, às diretrizes definidas pelo Fundo de
Melhorias das Estâncias, bem como aos macro-programas propostos pelo Ministério do
Turismo e Ministério das Cidades;

XIV - A integração dos programas e projetos turísticos em todas as categorias com o


calendário e agenda anual de eventos no município e região, envolvendo a integração da
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comunidade nas atividades comemorativas, sociais, econômicas, culturais, esportivas e
de lazer realizadas;

XV - garantir a oferta e qualidade na infra-estrutura de serviços de apoio, formação e


capacitação de recursos humanos necessários ao desenvolvimento do turismo no
município e região;

XVI - elencar o patrimônio turístico e difundir sua existência por meio de impressos e
outros meio de comunicação;

XVII - incentivar a criação e o fortalecimento de associações de agentes e prestadores


de comércio e serviços de turismo na esfera municipal, bem como intercâmbios regionais
e nacionais;

XVIII – fortalecer a Diretoria de Cultura e Turismo no processo de elaboração do


orçamento municipal, para que durante a sua elaboração, sejam destinados recursos
que garantam autonomia, e as melhores condições para elaboração e concretização de
um calendário cultural, visando incrementar nossas atividades culturais, oferecer novas e
atrativas opções ao turista, propiciar o desenvolvimento cultural de nossos artistas,
divulgar e explorar o verdadeiro potencial turístico de nosso Município;

XIX – desenvolver ação conjunta, com os municípios vizinhos visando reativar o


aeroporto de Castilho, para que o mesmo possa atender eficazmente às necessidades
do desenvolvimento turístico da região.

SEÇÃO VII

DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Art. 61 São objetivos em Ciência e Tecnologia:

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I – instrumentalizar o município com ações e estratégias de desenvolvimento tecnológico
através do permanente acompanhamento das inovações do setor e a sua contínua
introdução nas rotinas locais;

II - promover e definir políticas de desenvolvimento científico e tecnológico incentivando


os processos econômicos e produtivos sustentáveis;

III – apoiar a formulação, implementação, acompanhamento e avaliação dos programas


e projetos de desenvolvimento científico e tecnológico, imprimindo maior
representatividade e legitimidade nos processos, bem como promover a capacitação,
descentralização e disseminação dos conhecimentos.

Art. 62. São diretrizes em Ciência e Tecnologia:

I - promover em ação conjunta do Poder Executivo em parceria com as instituições de


ensino e pesquisa, de programas, eventos e atividades de caráter tecno-científico que
possibilitem uma contribuição ao progresso do município, resgatando as dimensões de
sustentabilidade do processo de desenvolvimento;

II - implantar programas de certificação de processos e práticas tecno-produtivas


ambientalmente saudáveis;

III - apoiar a formação de redes cooperativas, de incentivos e promoção de grupos


científicos emergentes;

IV – possibilitar o acesso aos processos de fomento à pesquisa e qualificação de


equipes, apoiar micro e pequenas empresas, contribuir para a melhoria e modernização
da infra-estrutura técnico-científica;

V - incentivar o licenciamento das tecnologias limpas disponíveis no mercado, e suporte


às empresas e cooperativas para incorporação dos avanços técnico-científicos;

VI - visando aproveitar o potencial técnico e o alto nível de escolaridade da população


jovem, incentivar a criação de um pólo de desenvolvimento tecnológico (incubadoras
tecnológicas) envolvendo as escolas técnicas, Unesp e empresas;

VII – implantar o Sistema de Informações Geográficas – SIG na Prefeitura, aberto à


utilização da comunidade científica e promover a disseminação dessa cultura entre os
usuários em geral.
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CAPÍTULO IV

DAS DIRETRIZES DE DESENVOLVIMENTO FÍSICO TERRITORIAL

SEÇÃO I

DA GESTÃO DO MEIO AMBIENTE

Art. 63 Constituem princípios da política municipal do Meio Ambiente:

I - a promoção e manutenção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, entendido


como bem indissociável das condições necessárias à manutenção da vida;

II - gerenciamento da utilização adequada dos recursos naturais baseadas na precaução


e na ação conjunta do Poder Público e da coletividade, visando proteger, conservar e
recuperar a qualidade ambiental, garantindo desenvolvimento sustentável;

III - organização e utilização adequada do solo urbano e rural, objetivando compatibilizar


sua ocupação com as condições exigidas para a recuperação, conservação e melhoria
da qualidade ambiental;

IV - proteção dos ecossistemas, das unidades de conservação, da fauna e da flora;

V - realização de planejamento e zoneamento ambiental, bem como o controle e


fiscalização das atividades potenciais ou efetivamente degradantes;

VI - promoção de estímulos e incentivos e formas de compensação às atividades


destinadas a manter o equilíbrio ecológico;

VII - articulação, coordenação e integração da ação pública entre os órgãos e entidades


do Município e com os dos demais níveis de governo, bem como a realização de
parcerias com o setor privado e organizações da sociedade civil, visando a recuperação,
preservação e melhoria do meio ambiente;

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VIII – a difusão da educação ambiental.

Art. 64 Constituem objetivos da política municipal do Meio Ambiente:

I - estimular a adoção cultural de hábitos, costumes e práticas sociais e econômicas não


prejudiciais ao Meio Ambiente;

II - adequar as atividades e ações do Poder Público e do setor privado, no âmbito urbano


e rural, às exigências do equilíbrio ambiental e da preservação dos ecossistemas
naturais;

III - compatibilizar o desenvolvimento econômico e social com a instauração e ou


conservação da qualidade ambiental, visando assegurar as condições da sadia
qualidade de vida e do bem-estar da coletividade e demais formas de vida;

IV - estabelecer, no processo de planejamento da cidade, normas relativas ao


desenvolvimento urbano que levem em conta a proteção e melhoria ambiental e a
utilização adequada do espaço territorial e dos recursos hídricos, mediante criteriosa
definição do uso e ocupação do solo;

V - fixar critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e


manejo de recursos ambientais, de forma a promover, continuamente, sua adequação
em face das inovações tecnológicas e de alterações decorrentes da ação antrópica ou
natural;

VI – promover a diminuição e o controle dos níveis de poluição ambiental: atmosférica,


hídrica, sonora, visual e do solo;

VII – promover a recuperação e proteção dos recursos hídricos, matas ciliares e áreas
degradadas;

VIII – incentivar a adoção de alternativas para utilização dos subprodutos e resíduos


decorrentes das atividades urbanas, industriais e agrícolas;

IX – estimular a revisão dos processos de produção industrial e agrícola, bem como de


atividades urbanas com vistas à redução do consumo de energia e demais recursos
naturais;

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X – estabelecer normas de segurança para armazenamento, transporte e manipulação
de produtos, materiais e resíduos perigosos;

XI – criar e manter unidades de conservação municipais, de relevante interesse


ecológico e turístico;

XII – proteger a fauna e a flora;

XIII – elevar os níveis de saúde, através de provimento de infra-estrutura sanitária e de


condições de salubridade das edificações, vias e logradouros públicos;

XIV – realizar a proteção ambiental regional, mediante convênios e consórcios com os


Municípios vizinhos e participação no Comitê da Bacia Hidrográfica do São José dos
Dourados;

XV – estabelecer uma zona de amortecimento progressivo e combinado do perímetro


urbano para a zona rural e desta para o perímetro urbano, com características
agro-ecológicas visando impedir principalmente os impactos sobre as populações, em
especial nas regiões sul e leste do perímetro urbano consolidado, onde a estrutura
fundiária baseada na grande e média propriedade, propicia a monocultura da cana de
açúcar.

Art. 65 O Município deverá incluir no orçamento dos projetos, serviços e obras


municipais, recursos destinados a prevenir ou corrigir os impactos ou prejuízos de
natureza ambiental decorrentes de sua execução.

Art. 66 O Município, atendendo ao interesse local, estabelecerá a política ambiental em


harmonia e articulação com a política ambiental regional, estadual e federal;

Art. 67 O Poder Público Municipal estimulará e incentivará ações, atividades,


procedimentos e empreendimentos, de caráter público ou privado, que visem a proteção,
manutenção e recuperação do meio ambiente e a utilização auto-sustentada dos
recursos ambientais, mediante concessão de vantagens fiscais e creditícias,
procedimentos compensatórios, apoio financeiro, técnico, científico e operacional exceto
quando tratar-se de situações previstas no inciso VI do artigo 76.
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Art. 68 Constituem diretrizes da política municipal do Meio Ambiente:

I – a elaboração do diagnóstico ambiental, considerado a partir das condições dos


recursos ambientais e da qualidade ambiental, incluindo-se o grau de degradação dos
recursos naturais, das fontes poluidoras e do uso do solo municipal;

II – a definição das metas a serem atingidas para a qualidade da água, do ar e do solo;

III – a fixação das diretrizes e parâmetros ambientais para o uso e ocupação do solo e
para a conservação e ampliação da cobertura vegetal priorizando as ZEPRA;

IV – a determinação da capacidade suporte dos ecossistemas, indicando limites de


absorção de impactos provocados pela instalação de atividades produtivas e de obras de
infra-estrutura;

V - criar a Agenda 21 local.

VI – Fiscalizar e coibir a prática da queima de lixo e resíduos, especialmente em meio


urbano.

Art. 69 Constituem ações estratégicas da política municipal do meio ambiente

I – instituir o planejamento e zoneamento ambiental;

II – criar o Fundo Municipal de Meio Ambiente;

III – criar o Conselho Municipal de Meio Ambiente órgão consultivo ligado ao Conselho
da Cidade;

IV – criar mecanismos de estímulos e incentivos para a recuperação, preservação e


melhoria do meio ambiente;

V - reflorestar as glebas pertencentes ao município em pelo menos 30% das suas áreas
priorizando aquelas em Zonas de Especial Interesse, iniciando pelas localizadas nas
ZEPRA em zona urbana e periurbana;

VI – apoiar os produtores rurais na recuperação florestal de suas propriedades priorizado


os assentamentos e o cinturão verde;
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VII – estudar formas de compensação pelo dano e pelo uso de recursos naturais;

VIII – promover as medidas destinadas a pesquisa e a capacitação tecnológica orientada


para a recuperação, preservação e melhoria da qualidade ambiental em parceria com
instituição de pesquisa ou de ensino superior;

IX – implementar uma política de educação ambiental articulada com a política de


turismo através da construção de uma unidade dotada de infraestrutura e equipamentos
adequados;

X – promover a contínua proteção e ampliação da arborização urbana, tanto nos


espaços públicos como nos privados, de forma a ampliar a cobertura vegetal com
espécies arbóreas da flora regional;

XI – implantar os parques lineares nas ZEPRA indicadas pelo zoneamento;

XII – aderir ao Programa Município Verde.

XIII – incentivar a mecanização da colheita da cana-de-açúcar em toda a área cultivada


do território do Município, através de legislação antecipatória da total proibição da
queima;

SEÇÃO II

DOS RECURSOS HÍDRICOS, ÁGUAS SUPERFICIAIS E SUBTERRANEAS

Art. 70 A política dos Recursos Hídricos compreende os seguintes elementos


estruturais:

I - as ações do Município, para a recuperação e preservação dos recursos hídricos, são


baseadas na legislação federal pertinente, na Política Estadual de Recursos Hídricos, no
Plano Estadual de Recursos Hídricos, no Plano da Bacia do São José dos Dourados e
nas diretrizes deste Plano Diretor;

II - a água, um bem de domínio público, recurso natural limitado e essencial à vida, ao


desenvolvimento e ao bem-estar social, deverá ser controlada e utilizada, conforme
padrões de qualidade satisfatória, por seus usuários, e de forma a garantir sua
perenidade, em todo o território do Município de Ilha Solteira;

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III - a utilização da água subterrânea e superficial terá como prioridade o abastecimento
público;

IV – o Município poderá buscar parceria no setor privado, para a elaboração e realização


de projetos, serviços e obras para recuperação, preservação e melhoria dos recursos
hídricos;

V – o Município poderá celebrar convênios de cooperação com o Estado visando o


gerenciamento dos recursos hídricos de interesse local;

VI - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da política municipal


de recursos hídricos.

Art. 71 Em relação às águas subterrâneas que abastecem o Município de Ilha Solteira, o


Poder Executivo, através dos órgãos competentes, deverá:

I - exercer controle sobre as formas de captação e exploração, através do


cadastramento, licenciamento e autorização de todos os poços situados no município,
inclusive cisternas;

II - realizar programas permanentes de detecção e controle quantitativo de perdas no


sistema público de abastecimento de água;

III - exigir instalação de hidrômetros em todos os poços perfurados no município,


públicos ou particulares, para medição da quantidade de água extraída;

IV - executar programas de controle das potenciais fontes poluidoras de água


subterrânea;

V - estabelecer critérios para a localização dos empreendimentos com base na


disponibilidade hídrica e assimilação dos corpos d’água;

VI - promover incentivos para reuso de águas em todas as atividades;

VII - nas escavações, sondagens ou obras para pesquisa, exploração mineral ou outros
afins, deverão ter tratamento técnico adequado para preservar o aqüífero.

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Art. 72 Em relação às águas superficiais no Município, o Poder Executivo Municipal,
através dos órgãos competentes, deverá:

I - em situação emergencial, limitar ou proibir, pelo tempo mínimo necessário, o uso da


água em determinadas regiões do Município e o lançamento de efluentes nos corpos
d’água afetados, ouvidos os órgãos estaduais competentes;

II – proibir desviar, derivar ou construir barragens nos leitos das correntes de água, bem
como obstruir de qualquer forma o seu curso sem autorização dos órgãos estaduais e
federais competentes;

III – fiscalizar as atividades pesqueiras, coibindo as de caráter predatório especialmente


no Rio Paraná e no Rio Tietê;

IV – estimular o uso dos rios e dos lagos artificiais para as atividades de turismo de
caráter preservacionista e que respeitem a flora e fauna aquáticas;

V – apoiar a pesquisa sobre os recursos hídricos do município que versem sobre a sua
preservação, manutenção e qualidade no interesse coletivo;

VI – facilitar o acesso público apropriado às margens dos fundos de vale, córregos, rios e
lagos impedindo que os loteamentos ocupem com lotes, as áreas marginais ao recurso
hídrico que deverão sempre ser contornadas por via pública em toda a sua extensão
respeitadas as distâncias previstas na Lei;

VII - a Administração Municipal, através do Setor de Planejamento e Urbanismo, deverá


adotar medidas para a proteção e o uso adequado das águas superficiais, fixando
critérios para a execução e fiscalização de serviços, obras ou instalação de atividades
nas margens de rios, córregos, lagos, represas e galerias.

Art. 73 Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar convênios com o Estado ou com a
União para representá-los na outorga de concessão, permissão ou autorização para o
uso e derivação das águas públicas, nos termos e condições da legislação pertinente.

SEÇÃO III

DO SANEAMENTO AMBIENTAL E SERVIÇOS URBANOS


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Art. 74 O Sistema de Saneamento Ambiental e Serviços Urbanos de Ilha Solteira têm
como princípios:

I - a qualidade de vida, através de um ambiente salubre;

II - a sustentabilidade ambiental, econômica e da infra-estrutura existente e a implantar,


bem como sua máxima produtividade, eficácia e racionalidade;

III - a justiça social, através do resgate da dignidade, da cidadania e da salvaguarda dos


direitos básicos, considerando-se o contexto sócio-ambiental local;

IV - o desenvolvimento sócio-econômico em bases preservacionistas;

V – a universalização, a integralidade, a eqüidade, a regularidade, a continuidade, a


eficiência e a qualidade dos serviços do sistema de saneamento e seu enquadramento
em padrões sanitários adequados;

VI - o reconhecimento da economicidade dos bens e recursos naturais;

VII - o aperfeiçoamento permanente;

VIII - a regulamentação e aplicação das normas relativas ao saneamento ambiental, sua


aplicação e fiscalização;

IX - a participação popular na gestão dos sistemas.

Art. 75 O Sistema de Saneamento Ambiental de Ilha Solteira que tem como objetivo a
regulamentação e aplicação das normas relativas ao saneamento ambiental, incorpora
os seguintes subsistemas e responsabilidades:

I - abastecimento de água;

II - coleta e tratamento de esgotos;

III - tratamento e disposição final dos resíduos sólidos;

IV – limpeza pública;

V – drenagem pluvial;

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VI – pavimentação.

Art. 76 Para o Sistema de Saneamento Ambiental consideram-se os seguintes objetivos


gerais:

I - garantir a salubridade ambiental à população;

II - garantir a sustentabilidade do sistema de modo que toda a infra-estrutura e


elementos que o compõem, permitam seu melhor e eficaz funcionamento com sua
máxima produtividade, qualidade e racionalidade;

III - garantir a sustentabilidade econômica do sistema de saneamento;

IV - garantir a sustentabilidade ambiental enquanto preservação e uso adequados dos


bens e recursos naturais;

V - incentivar e criar mecanismos de articulação, integração e cooperação entre órgãos


públicos afins com o saneamento ambiental em todas as esferas públicas, de modo a
catalisar recursos tecnológicos, econômico-financeiros e administrativos para garantir a
salubridade ambiental;

VI - estabelecer marcos regulatórios que coíbam a transferência para o Poder Público


dos custos de recuperação e manutenção de bens ou patrimônios da natureza e da
biodiversidade de responsabilidade dos agentes privados, mesmo através da prestação
de serviços públicos direta ou indiretamente;

VII - elaboração do Plano de Saneamento, conforme Anexo IV;

VIII - criação do Sistema de Saneamento, garantindo-se a participação da sociedade civil


na tomada de decisões, bem como dos demais agentes institucionais, com suas
respectivas atribuições, conforme Anexo V;

IX - promover a educação ambiental de forma continuada;

X - incentivar o desenvolvimento institucional;

XI - preservar, recuperar e monitorar os recursos naturais;

XII - promover e garantir a universalização do abastecimento de água, coleta e


tratamento de esgotos e a coleta, tratamento e disposição final de resíduos sólidos
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urbanos de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde
pública vigentes;

XIII - garantir o direito à informação e à participação na gestão do saneamento


ambiental;

XIV - melhorar a qualidade de vida e proteger a saúde pública;

XV - promover a cooperação interinstitucional com os órgãos da União, do Estado e dos


Municípios.

Art. 77 Para o Sistema de Saneamento Ambiental e Serviços Urbanos consideram-se as


seguintes diretrizes gerais:

I - promover o planejamento e gestão como sendo essenciais ao cumprimento do Plano


de Saneamento e a estruturação do Sistema de Saneamento;

II - promover o desenvolvimento institucional através da capacitação profissional,


tecnológica e de gestão dos serviços públicos de saneamento;

III - a destinação de recursos financeiros, tecnológicos, humanos e administrativos,


deverá se pautar pelos princípios estabelecidos, visando atender os objetivos do Plano
de Saneamento conforme prioridades elencadas;

IV - adotar taxas e sistemas tarifários compatíveis às ações definidas pelo Conselho da


Cidade visando sua exeqüibilidade, combater a evasão fiscal, as subtrações de qualquer
natureza e a prestação de serviços que não tenham cunho social e interesse coletivo;

V – criação de lei disciplinar que regulamente a venda e a extração de materiais de solo


público por empresa privada, com total obediência às leis de preservação ambiental e
gerando recursos extras aos cofres públicos para serem investidos na preservação e
recuperação de nosso meio ambiente;

VI - monitorar e manter atualizados os indicadores de salubridade ambiental, face à


necessidade de adoção de medidas compatíveis, considerando-se a temporalidade dos
ciclos envolvidos, que determinam os índices de mensuração dos indicadores, de modo
a estabelecer projeções sobre eles em uma situação de máxima intensidade do ciclo;

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VII - promover a educação sanitária e ambiental, incentivar e permitir a participação da
sociedade civil nos processos de planejamento e decisões, através do Conselho da
Cidade;

VIII - reavaliar e atualizar anualmente, o Plano e o Sistema de Saneamento, bem como


prestar contas dos recursos empregados nas ações efetivadas, em especial aqueles
provenientes do fundo de saneamento;

IX - buscar parcerias com universidades, Organizações Não Governamentais - ONG,


setores privados e demais segmentos sociais organizados para a promoção do
desenvolvimento sustentável;

X - manter, atualizar e aprimorar os mapas e cadastros, comercial e técnico referente à


água, esgotos, de resíduos sólidos drenagem e pavimentação;

XI - aceitar como válidos, apenas os levantamentos planialtimétricos que tenham como


base a rede de marcos georreferenciados do município;

XII - estabelecer procedimentos para que os materiais a serem utilizados nos sistemas
de saneamento ambiental atendam aos padrões de qualidade de acordo com as normas
vigent

XIII - implantar sistema funcional de fiscalização e controle ambiental, sanções aos


despejos clandestinos e a disposição inadequada de resíduos;

XIV – criar a Diretoria de Meio Ambiente, como unidade operacional dos serviços uranos
responsável pelo planejamento das ações de proteção, monitoramento,
acompanhamento e controle dos recursos naturais e a coordenação de políticas
municipais de saneamento ambiental;

XV - desenvolver políticas de preservação da biodiversidade e da valorização das


comunidades tradicionais;

XVI - elaborar política municipal em relação ao material genético manipulado, ao manejo


de espécies e substâncias perigosas;

XVII - desenvolvimento e coordenação de uma Política Florestal do Município, com a


criação de um Órgão Florestal e, implantação de Unidades de Conservação;

XVIII - propor uma política de proteção ambiental no âmbito regional;

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XIX - manter, atualizar e aprimorar os mapas e cadastros comercial e técnico referente à
água, esgotos e de resíduos sólidos;

XX - estabelecer procedimentos para que os materiais a serem utilizados nos sistemas


de saneamento ambiental atendam aos padrões de qualidade de acordo com as normas
vigentes;

XXI - o solo somente poderá ser utilizado para destino final dos resíduos sólidos de
qualquer natureza, desde que sua disposição final seja feita de forma adequada,
estabelecida em projetos específicos, conforme as normas pertinentes, seja em
propriedade pública ou privada, e, em qualquer das hipóteses, sujeitos à aprovação do
setor competente no município;

XXII - não é permitido depositar, dispor, descarregar, enterrar, infiltrar ou acumular, no


solo, resíduos que alterem as condições físicas, químicas ou biológicas do meio
ambiente;

XXIII – a Prefeitura deverá incentivar, através de programas específicos, a implantação


de reciclagem de resíduos;

XXIV- reconhecer e disciplinar a catação ambulante de materiais recicláveis, através de


programas específicos;

XXV - não será permitido:

a) a deposição indiscriminada de lixo em locais inapropriados, em áreas urbanas ou


agrícolas;

b) a incineração e a disposição final de lixo a céu aberto;

c) a utilização de lixo “in natura” para alimentação de animais e adubação orgânica;

d) o lançamento de lixo em água de superfície, sistemas de drenagem de águas pluviais,


poços, cacimbas e áreas erodidas;

e) o assoreamento de fundo de vale através da colocação de lixo, entulhos e outros


materiais.

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SUBSEÇÃO I

DO ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Art. 78 Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental em relação


ao Abastecimento de Água:

I - garantir a universalização dos serviços e abastecimento de água, de maneira


ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública vigentes;

II - estabelecer procedimentos, normas e diretrizes para a preservação, recuperação e


ocupação das ZEPRA - Zonas de Proteção e Recuperação Ambiental, particularmente
as áreas onde se encontram os poços que abastecem a cidade, bem como o contínuo
monitoramento desse manancial;

III - aprimorar os procedimentos de atendimento ao público e, racionalizar os processos


administrativos e operacionais;

IV – monitorar e controlar para reduzir as perdas do sistema de abastecimento em


relação à água, energia, produtos químicos e insumos;

V - promover campanhas institucionais de informação e conscientização para o uso


racional da água;

VI - implementar as ações referentes ao sistema de abastecimento de água, contidas no


Plano de Saneamento Ambiental (Anexo IV), bem como as do Sistema de Saneamento
(Anexo V);

Art. 79 Constituem diretrizes para o Sistema de Saneamento Ambiental e Serviços


Urbanos em relação ao Abastecimento de Água

I - proceder o monitoramento dos poços destinados à captação de água para o


abastecimento público do Município a sua recuperação e manutenção, com o objetivo de
aumentar o volume de água disponível para a utilização no abastecimento público

II - reduzir o índice de perdas de água através das seguintes ações:


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a) elaboração de estudos e diagnóstico dos sistemas de abastecimento de água do
município, com um acompanhamento de suas condições;

b) realizar a sub-setorização quando necessário, dos atuais setores de abastecimento,


ou nova subdivisão territorial de planejamento e gestão em consonância com esta Lei;

c) reduzir a pressão na rede e o tempo de reparo dos vazamentos;

d) instituir o programa de instalação, manutenção e de substituição dos macros e


micro-medidores de consumo de água no Município.

III - proceder à instalação de hidrômetros em poços particulares a fim de adequar a


relação entre o consumo e o lançamento de efluentes nas redes de esgotos;

IV - desenvolver estudos e procedimentos visando a substituição das redes do sistema


de abastecimento de água que estejam comprometidas;

V - implementar campanhas e fiscalização para o combate às fraudes nos sistemas de


abastecimento, e exigir nos casos constatados, a adequação das ligações de acordo
com o padrão do DAAE em vigência;

VI – elaborar, rever e atualizar periodicamente, o Plano Diretor de Abastecimento de


Água.

SUBSEÇÃO II

DOS ESGOTOS SANITÁRIOS

Art. 80 Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental em relação


à Coleta e do Tratamento de Esgotos:

I - garantir a universalização dos serviços de coleta e tratamento de esgotos, de maneira


ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde pública vigentes;

II - proceder à análise periódica dos esgotos tratados na ETE de acordo com os padrões
e normas vigentes, e manter público o registro dos resultados obtidos;

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III - elaborar o Plano Diretor de Esgotos Sanitários, em consonância com esta Lei,
estabelecendo as prioridades de ampliação e de remanejamento dos coletores tronco e
interceptores de esgotos de cada bacia e microbacia;

IV - implantar o sistema de remoção e tratamento do lodo da ETE e dar destinação e


monitoramento adequado aos resíduos gerados;

V - estabelecer procedimentos preventivos e prescritivos para impedir, desestimular e


retirar os lançamentos indevidos das águas pluviais na rede de esgotos;

VI - implantar a cobrança da tarifa referente ao lançamento de esgotos na rede pública


dos locais que dispõem de poço particular como fonte de abastecimento;

VII - evitar o emprego de estações elevatórias;

VIII – combater permanentemente os vetores que povoam as redes de esgoto, de modo


a controlar e erradicar a ocorrência de doenças.

Art. 81 Constituem diretrizes e estratégias para o Sistema de Saneamento Ambiental e


Serviços Urbanos em relação à coleta e tratamento de esgotos:

I – elaborar o Plano Diretor de coleta, afastamento e tratamento dos esgotos sanitários


gerados no Município e suas revisões, estabelecendo prioridades para a ampliação, o
remanejamento de coletores tronco, interceptores e emissários de esgotos nas
sub-bacias do Município;

II - estabelecer campanhas e procedimentos visando impedir e suprimir lançamentos


clandestinos das águas pluviais nas redes de esgotos;

III - implantar o sistema de remoção e tratamento do lodo gerado na ETE;

IV - proceder a análise periódica dos efluentes tratados na ETE, monitorar e dar destino
adequado aos resíduos gerados, em consonância com a legislação ambiental vigente;

V - implantar programas de monitoramento dos cursos de águas do Município de acordo


com os padrões e normas vigentes, e manter público o registro dos resultados apurados;

VI - promover a melhoria da eficiência e ampliação dos sistemas de tratamento de


esgotos;

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VII - aprimorar o sistema de telemetria e implantar a automação dos sistemas de
tratamento de esgotos;

VIII - implantar procedimentos para a manutenção preventiva das redes e interceptores


junto às margens dos cursos d’água do Município;

IX - exigir a utilização de tubos e conexões em PVC apropriados para redes de esgotos e


ligações domiciliares, principalmente de novos loteamentos, bem como o emprego de
novas tecnologias de tubos e conexões por meio do reuso de materiais recicláveis,
desde que certificadas;

X - identificar pontos potenciais de transbordamentos de esgotos e proceder às


intervenções necessárias para o bom funcionamento do sistema;

XI - fiscalizar e exigir dos estabelecimentos comerciais, cujas atividades geram óleos,


graxas e gorduras, a instalação e manutenção de dispositivos adequados para a
retenção destes materiais e das indústrias exigir o devido licenciamento ambiental.

SUBSEÇÃO III

DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Art. 82 Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental em relação


ao Tratamento e Disposição dos Resíduos Sólidos:

I - garantir a universalização dos serviços de coleta, tratamento e disposição dos


resíduos, de maneira ininterrupta e de acordo com os padrões ambientais e de saúde
pública vigentes;

II - proteger a saúde pública por meio do controle de ambientes insalubres derivados de


manejo e destinação inadequados de resíduos sólidos;

III - preservar a qualidade do meio ambiente e recuperar as áreas degradadas ou


contaminadas, através do gerenciamento eficaz dos resíduos sólidos;

IV - acompanhar a implementação de uma gestão eficiente e eficaz do sistema de


limpeza urbana por parte do Município;

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V - promover a inserção da sociedade nas possibilidades de exploração econômica das
atividades ligadas a resíduos, visando oportunidades de geração de renda e emprego, e
também na fiscalização dos executores dos programas relativos aos resíduos sólidos;

VI - promover a sustentabilidade do sistema através de mecanismos que permitam ou


promovam viabilização econômica para o pagamento do ônus de operação do sistema;

VII – criar mecanismos específicos para a redução da geração de resíduos;

VIII - incentivar, através de programas específicos, a implantação de reciclagem de


resíduos;

IX - reconhecer e disciplinar a catação ambulante de materiais recicláveis, através de


programas específicos.

Art. 83 Constituem diretrizes e estratégias para o Sistema de Saneamento Ambiental e


Serviços Urbanos em relação ao tratamento e disposição dos resíduos sólidos:

I – elaborar o Plano Diretor de Resíduos Sólidos, visando:

a) a prevenção da poluição ou a redução da geração de resíduos na fonte;

b) o adequado acondicionamento, coleta e transporte seguro e racional de resíduos;

c) a recuperação ambientalmente segura de materiais, substâncias ou de energia dos


resíduos ou produtos descartados;

d) o tratamento ambientalmente seguro dos resíduos;

e) a disposição final ambientalmente segura dos resíduos remanescentes;

f) a recuperação das áreas degradadas pela disposição inadequada dos resíduos, e


eventuais acidentes ambientais, em especial o encerramento do lixão, segundo um
termo de encerramento que contemple o monitoramento das águas superficiais, no seu
entorno.

II - elaborar e implementar o planejamento e o gerenciamento integrado dos resíduos


sólidos municipais;

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III - estabelecer nova base legal relativa a resíduos sólidos, disciplinando os fluxos dos
diferentes resíduos e os diferentes fatores, em consonância com a política municipal de
resíduos sólidos;

IV – elaborar o Plano Diretor de gerenciamento integrado dos resíduos sólidos da


construção civil, conforme resolução No 307/2002 do CONAMA.

V - destinar incentivos fiscais, tributários e creditícios aos setores privados, públicos e


individuais para a incorporação dos princípios e objetivos preconizados pela política
municipal de resíduos sólidos;

VI – implantar a certificação ambiental de produtos e serviços;

VII - o incentivo do poder público à implantação de um certificado para sistema de gestão


ambiental de resíduos sólidos nas empresas e o respectivo sistema de rotulagem para
os produtos fabricados e comercializados no Estado de São Paulo;

VIII - a disseminação de informações sobre as técnicas de tratamento e disposição final


de resíduos sólidos;

IX - as medidas restritivas à produção de bens e serviços com maior impacto ambiental,


considerando:

a) as campanhas e programas;

b) a educação ambiental;

c) a difusão de tecnologias limpas;

d) a legislação, o licenciamento e a fiscalização pública e comunitária;

e) aplicação de penalidades competentes ao Município;

f) aporte de recursos orçamentários e outros, destinados às práticas de prevenção da


poluição, à minimização dos resíduos gerados e à recuperação de áreas contaminadas
por resíduos sólidos;

g) reservar áreas para a implantação de novos aterros sanitários e de resíduos inertes


de construção civil no Plano Diretor de Resíduos Sólidos;

h) estimular a implantação de unidades de tratamento e destinação final de resíduos


industriais;
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i) introduzir a gestão diferenciada para resíduos domiciliares,

j) implantar e estimular programas de coleta seletiva e reciclagem, preferencialmente em


parceria com grupos de catadores organizados em cooperativas, com associações de
bairros, condomínios, organizações não governamentais e escolas;

k) implantar Pontos de Entrega Voluntária de lixo reciclável;

l) estabelecer indicadores de qualidade do serviço de limpeza urbana que incorporem a


pesquisa periódica de opinião pública;

X – conscientizar a população que o consumo exacerbado, reflete um modelo de


desenvolvimento insustentável, despertando-a, através de campanhas educativas,
quanto aos novos preceitos de desenvolvimento, que tentam buscar a sustentabilidade,
sob todos os aspectos.

Art. 84 Consideram-se atribuições e responsabilidades em relação ao Tratamento e


Disposição dos Resíduos Sólidos:

I - a promoção de padrões ambientalmente sustentáveis de produção e consumo;

II - a gestão integrada através da articulação entre o Poder Público, geradores e a


sociedade civil;

III - a cooperação interinstitucional com os órgãos da União, do Estado e dos Municípios;

IV - garantir a regularidade, a continuidade e a universalidade dos sistemas de


gerenciamento de resíduos sólidos;

V - a prevenção da poluição através da minimização de resíduos, considerando a


redução, reutilização e reciclagem;

VI - a responsabilidade integral do produtor pelos produtos e serviços ofertados, desde a


produção até o pós-consumo;

VII - a responsabilidade do gerador poluidor pelos respectivos custos e danos


ambientais;

VIII - o direito do consumidor à informação prévia sobre o potencial de degradação


ambiental dos produtos e serviços, e a participação em processos decisórios;
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IX - o acesso da sociedade à educação ambiental;

X - o controle e a fiscalização dos processos de geração dos resíduos sólidos,


incentivando a busca de alternativas ambientalmente adequadas.

Art. 85 Consideram-se atribuições e responsabilidades do Poder Público Municipal na


Política de Resíduos Urbanos:

I - realizar a coleta, o transporte, o tratamento e a disposição final dos resíduos


domiciliares e comerciais, podendo ser realizados sob regime de concessão ou
permissão;

II - elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos, a ser aprovado pelo órgão


ambiental competente: o plano deverá contemplar, quando configurada a possibilidade e
o interesse, o consorciamento de municípios;

III - otimização de recursos, através da cooperação entre os municípios, assegurada a


participação da sociedade civil, com vistas à implantação de soluções conjuntas e ação
integrada;

IV - determinação das áreas adequadas para a implantação das instalações para a


disposição final dos resíduos domiciliares, comerciais e de serviços de limpeza pública,
sob sua responsabilidade;

V - promover campanhas educativas de modo a induzir a comunidade a eliminar e triar


na fonte os resíduos domiciliares e comerciais;

VI - adoção de soluções que propiciem o melhor reaproveitamento da fração orgânica


dos resíduos domiciliares e comerciais;

VII - incluir nos planos escolares programas educativos sobre práticas de prevenção da
poluição e de minimização de resíduos;

VIII – incentivar a comercialização de materiais e produtos obtidos a partir de matérias


primas recicladas.

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Art. 86 Consideram-se atribuições e responsabilidades do Gerador de Resíduos
Industriais, o manuseio, acondicionamento, coleta, transporte, armazenamento,
reciclagem, tratamento e disposição final, inclusive pelos passivos ambientais oriundos
de suas atividades e recuperação de áreas degradadas.

Art. 87 Consideram-se atribuições e responsabilidades do Gerador de Resíduos de


Serviços de Saúde a segregação, tratamento em sistemas licenciados e disposição final
dos resíduos de saúde.

Art. 88 Consideram-se atribuições e responsabilidades do Gerador de Resíduos


Especiais a recepção, acondicionamento, transporte, armazenamento, reciclagem,
tratamento e disposição final dos produtos.

Parágrafo Único São considerados resíduos especiais os agrotóxicos e afins, pilhas,


baterias e assemelhados, lâmpadas fluorescentes, de vapor de mercúrio, vapor de sódio
e luz mista, pneus, óleos lubrificantes e assemelhados, resíduos provenientes de portos,
aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários, postos de fronteira e estruturas similares,
resíduos de serviços de saneamento básico e resíduos da construção civil.

SUBSEÇÃO IV

LIMPEZA URBANA

Art. 89 Constituem objetivos gerais para o sistema de saneamento ambiental e Serviços


Urbanos em Relação aos Serviços de Limpeza Urbana;

I - assegurar a continuidade dos serviços através da manutenção permanente de um


sistema preventivo de controle e dimensionamento dos serviços;

II – assegurar um serviço abrangente que atenda á totalidade da população urbana;

III – realizar campanhas educativas de conservação dos recursos naturais e redução da


produção de resíduos e materiais inservíveis;

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IV - articular com os Municípios vizinhos a realização de ações integradas de
desenvolvimento ambiental sustentável focadas na coleta e disposição final adequada
dos resíduos;

V – redução dos custos através da racionalização dos serviços.

Art. 90 O serviço de limpeza urbana municipal é compreendido e definido pelos


seguintes serviços básicos:

I - Coleta de Resíduos Domiciliares – consiste na coleta e remoção de resíduos sólidos


de origem residencial e comercial;

II - Coleta e Remoção de Resíduos com características especiais (resíduos sólidos


patogênicos) gerados por serviços de saúde;

III - Varrição de Vias Públicas incluindo Calçadas – consiste na varrição do meio fio e das
calçadas. Isto ocorre em vias de grande fluxo de pessoas e veículos (exemplo: área
central);

IV - Varrição de Vias não incluindo Calçadas – consiste apenas da varrição do meio fio,
ficando a calçada sob a responsabilidade do proprietário do imóvel, isto ocorre onde o
fluxo de pessoas e veículos são menores;

V - Limpeza de Feiras Livres e eventos em locais públicos onde haja aglomeração de


pessoas – consiste na varrição, lavagem e desinfecção dos locais determinados para
esta atividade nas vias e logradouros públicos;

VI - Roçada de Terrenos – consiste na execução do corte de mato existente em terrenos


particulares e terrenos do município.

Art. 91 Constituem diretrizes e estratégias para o Sistema de Saneamento Ambiental e


Serviços Urbanos em relação à limpeza urbana:

I - realizar e gerenciar a coleta de todo resíduo, na freqüência compatível com as


características físicas e sociais de cada área do município, envolvendo também
atividades de poda, varredura, capina, roçada, locais de feiras livres, eventos municipais
e outros serviços assemelhados;
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II - a coleta, remoção e destinação final dos resíduos sólidos, gerados por indústrias,
hospitais e obras civis são de responsabilidade das fontes geradoras, estando sujeitos a
orientação, regulamentação e fiscalização do Poder Executivo;

III – criar mecanismos legais e de posturas, quanto à manutenção e fechamento de lotes


e terrenos baldios, com a notificação para os casos que descumprirem tais posturas e, a
aplicação de penalidades sobre os infratores, bem como a adequação da situação dos
lotes através dos serviços municipais que deverão ser cobrados;

IV - criar um plano de ação de poda no perímetro urbano, visando melhorar o aspecto


visual e urbanístico das principais vias de acesso do município, bem como da iluminação
pública e, a coleta das podas de modo a evitar sua queima.

§ 1º Cabe ao Poder Executivo do Município contratar ou subempreitar a prestação dos


serviços nos termos da legislação de licitação, ficando responsável pelo gerenciamento e
fiscalização dos serviços.

§ 2º - O Poder Executivo desenvolverá estudos técnicos com o objetivo de redefinir o


zoneamento para efeitos de limpeza urbana, das tecnologias apropriadas e da
freqüência de execução dos serviços em cada zona.

SUBSEÇÃO V

DA DRENAGEM PLUVIAL

Art. 92 Constituem objetivos gerais para o Sistema de Saneamento Ambiental e


Serviços Urbanos em relação à Drenagem Pluvial:

I - assegurar através de sistemas físicos naturais e construídos, o escoamento da águas


pluviais em toda a área do município de modo a propiciar segurança e conforto aos
cidadãos priorizando as áreas sujeitas a inundações;

II - garantir a segurança à margem de curso d’água e outras áreas de fundo de vale,


onde haja risco de inundações de edificações;

III - administrar os cursos d’água cujas bacias de contribuição se localizam integralmente


no Município;
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IV - articular com os Municípios vizinhos a realização de ações de interesse comum
visando a conservação das bacias de contribuição e os sistemas de drenagem;

V - implantar gestão integrada da infra-estrutura de drenagem urbana;

VI - criar mecanismos e parâmetros técnicos de macrodrenagem que garantam o


equilíbrio do ciclo hidrológico nas bacias de contribuição do município, em especial no
núcleo urbano, visando evitar pontos de alagamento;

VII – implementar medidas estruturais e não estruturais para a gestão de drenagem.

Art. 93 Constituem princípios e objetivos dos Serviços Urbanos de Drenagem Pluvial:

I - assegurar através de sistemas físicos naturais e construídos, o escoamento da águas


pluviais em toda a área do município de modo a propiciar segurança e conforto aos
cidadãos priorizando as áreas sujeitas a inundações;

II - garantir a segurança à margem de curso d’água e outras áreas de fundo de vale,


onde haja risco de inundações de edificações.

Art. 94 Serão administrados pelo Poder Executivo os cursos d’água cujas bacias de
contribuição se localizam integralmente no Município: o Poder Executivo promoverá
articulações com os Municípios vizinhos para a realização de ações de interesse comum.

Art. 95 Constituem Diretrizes do Sistema Municipal de Drenagem Urbana:

I - as obras civis de canalização serão realizadas diretamente pela Divisão de Obras e


Serviços Públicos ou através da contratação de terceiros;

II - os serviços de Limpeza do sistema serão realizados pela Divisão de Obras e Serviços


Públicos da Prefeitura de Ilha Solteira, ou através de concessão;

III - a manutenção do sistema de drenagem inclui a limpeza e desobstrução dos cursos


d’água, várzeas, canais e galerias, e as obras civis de recuperação dos elementos de
canalização construída bem como desassoreamento das lagoas de contenção existente;

IV - as edificações, ocupações irregulares e obstáculos situados nas áreas sujeitas a


inundação dos corpos d’água, canais e nas faixas de proteção, serão removidas para
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permitir o livre escoamento e vazão das águas e respectiva manutenção dos cursos
d’água;

V - são essenciais, além das calhas ou leitos principais dos canais, as respectivas faixas
de proteção sanitárias para drenagem da águas pluviais;

VI - promover campanhas públicas educativas para o uso, manutenção e limpeza do


sistema de drenagem, curso d’água, canais e galerias, bem como a preservação das
faixas sanitárias, várzeas e fundos de vale;

VII - definir procedimentos administrativos e de treinamento de pessoal para a prevenção


de enchentes, inundações urbanas, erosões do solo, deposição de entulhos de
construção civil e lixo domiciliar em áreas não licenciadas, queimadas e desmatamentos;

VIII – elaborar e manter atualizada a base cadastral do sistema de drenagem urbana;

IX - realizar projetos e obras do sistema de drenagem do município, redes de galerias,


lagoas de contenção, sistemas de captação e intervenções em áreas sujeitas a impactos
de inundação;

X - implantar e regulamentar os sistemas de retenção de água pluvial em lotes e glebas


de áreas privadas, comerciais e industriais, áreas públicas e institucionais, e
empreendimentos urbanísticos de parcelamento do solo, com a implementação de
reservatórios de retenção de água pluvial regulamentado por normas técnicas e leis
específicas, bem como a aplicação de parâmetros urbanísticos de zoneamento, uso e
parcelamento do solo, como o índice de permeabilidade e o índice de cobertura vegetal,
como procedimentos normativos para reduzir a sobrecarga temporária do sistema
público de drenagem urbana e a implantação de programas de reuso da água para
determinadas atividades;

XI - nos projetos de drenagem e intervenções urbanísticas, incentivar e regulamentar a


adoção de pisos drenantes e ecológicos, particularmente nas vias locais, de acesso, de
pedestres, parques lineares e espaços livres públicos;

XII - elaborar e executar o Plano Diretor de Drenagem Urbana, em consonância com um


Plano de Gestão e Saneamento Ambiental, articulado com o a Diretoria de Habitação
Saneamento e Urbanismo;

XIII - elaborar estudo dos pontos de alagamento no perímetro urbano, visando corrigir as
prováveis causas, prevenindo assim contra danos maiores no futuro.

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SEÇÃO IV

DO SISTEMA DE PAVIMENTAÇÃO URBANA

Art. 96. Constituem princípios e objetivos do sistema de pavimentação gerenciado pelo


Poder Público Municipal:

I - coordenar, estimular e fiscalizar os serviços de pavimentação e recuperação de


pavimentos deteriorados das vias públicas oficiais;

II - assegurar uma pavimentação de qualidade, dimensionamento estrutural e modos de


conservação adequados;

III – a correta manutenção das vias públicas não pavimentadas, garantindo condições
regulares de tráfego;

IV – obedecer às diretrizes para o sistema viário, constantes neste Plano Diretor;

V - todos os sistemas de pavimentação deverão ser compatíveis com as diretrizes de


sustentabilidade, por meio de materiais e métodos, cuja utilização resultar em melhores
condições de preservação do meio ambiente;

VI - garantir acessibilidade, com conforto, segurança e qualidade urbanística, aos


logradouros públicos;

VII - ampliar a capacidade de absorção pluvial das áreas pavimentadas, por meio da
adoção de tipologias construtivas com utilização ou reuso de materiais permeáveis e
ecológicos.

VIII - a política de pavimentação deverá priorizar a execução das vias de transporte


coletivo, de escoamento da produção agrícola, industrial e comercial, assim como os
Projetos de Habitação de Interesse Social.

Art. 97 São diretrizes do Sistema de Pavimentação:

I - a pesquisa de novas tecnologias, materiais e métodos executivos de pavimentação,


para baratear as obras de pavimentação, ampliar a permeabilidade das áreas
pavimentadas e causar menos danos ao meio ambiente;
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II - a adoção de modelos de gestão mais eficiente, em conjunto, com a comunidade, para
os programas de pavimentação e de manutenção, buscando superar as carências de
infra-estrutura das vias públicas;

III - priorizar os investimentos em contratações de estudos e pesquisas que busquem


soluções alternativas para pavimentos econômicos;

IV – a criação de programas de pavimentação para os bairros cuja viabilização


econômica se fará através dos fundos municipais e os seus custos serão repassados
aos munícipes beneficiados;

V - adotar nos programas de pavimentação de vias locais, pisos que permitam a


drenagem das águas pluviais para o solo;

VI - nos passeios e nas áreas externas pavimentadas deverão ser implantados


prioritariamente pisos produzidos com materiais reciclados da construção civil;

VII – os tipos de pavimento deverão obedecer à hierarquia do sistema viário de tal forma
que nas vias arteriais e coletoras sejam utilizados os mais resistentes;

VIII – nos loteamentos caberá ao empreendedor, a pavimentação das vias, das calçadas
e passeios públicos, conforme especificações do Setor de Urbanismo da Prefeitura.

SEÇÃO V

DA HABITAÇÃO

Art. 98 A política municipal de Habitação tem como princípios:

I - atender necessidades prioritárias da população, utilizando-se de instrumentos e


canais de participação ativa da população;

II - ser exeqüível, viável, embasada em estudos e no conhecimento da realidade


municipal e nas experiências e soluções históricas utilizadas pela própria população;

III - estar articulada com as demais políticas setoriais, em especial, planejamento e


desenvolvimento urbano, desenvolvimento econômico, assistência social, saúde,
educação, esporte, lazer e meio ambiente.
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Art. 99 A política municipal de Habitação tem como objetivos:

I - promover acesso à moradia digna, assegurando padrões mínimos de higiene,


salubridade e acessibilidade, atendendo os moradores com serviços essenciais como
abastecimento de água, esgotamento sanitário, fornecimento de energia elétrica,
iluminação pública, coleta de lixo doméstico, pavimentação, transporte coletivo,
equipamentos públicos de saúde, educação, esporte, cultura e lazer;

II - promover a requalificação urbanística e a regularização fundiária dos assentamentos


precários existentes, atendendo a critérios urbanísticos mínimos estabelecidos em Lei;

III - propor instrumentos de desenvolvimento das condições da moradia pós-ocupação,


mediante implantação em parceria com entidades e instituições de ensino de programas
continuados de manutenção, reforma e ampliação com assistência técnica gratuita;

IV - promover o cumprimento da função social da cidade e da propriedade, por meio da


utilização para habitação social dos vazios urbanos dotados de infra-estrutura pública;

V - promover a otimização da utilização das redes de infra-estrutura urbana existentes e


reduzir os custos dos programas habitacionais;

VI - estabelecer parâmetros de moradia social, moradia social para populações em


situação de risco, moradia social provisória, índices urbanísticos e procedimentos de
aprovação de programas, de forma a facilitar a produção habitacional pelo poder público
pela iniciativa privada ou comunitária.

§ 1º A política habitacional deverá considerar novos empreendimentos habitacionais e


moradias populares existentes.

§ 2º A política habitacional deverá reverter o processo de ocupação de espaços


inadequados do município;

Art. 100 A política municipal de Habitação terá como diretrizes gerais:

I - priorizar políticas habitacionais destinadas às famílias com menor rendimento, em


especial àquelas com rendimento inferior a três salários mínimos mensais, chefiadas por
mulheres ou integradas por portadores de deficiências e idosos;

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II - incentivar a elaboração de projetos em parceria com organizações não
governamentais, entidades privadas e as outras esferas de governo;

III – incentivar a participação das entidades representantes da sociedade organizada,


relacionadas com a questão habitacional, dos profissionais liberais, associações de
bairro, entidades dos trabalhadores, entre outras;

IV - criar condições para participação da iniciativa privada na produção de habitações de


interesse social, moradia social para populações em situação de risco e moradia social
provisória, por meio de incentivos normativos e mediante projetos integrados;

V - promover a utilização do estoque de terrenos e glebas bem localizados em relação


aos equipamentos públicos, infra-estrutura e aos centros de comércio e serviços, para
viabilização de programas habitacionais especialmente nas ZUREIS;

VI - desenvolver programas para as unidades habitacionais já existentes em condições


precárias, por meio de melhoria das condições dos imóveis, da infra-estrutura urbana e
equipamentos públicos;

VII - promover nos programas habitacionais, formas de participação dos beneficiados no


gerenciamento e administração dos recursos, como autogestão e co-gestão;

VIII - oferecer suporte técnico e jurídico à autoconstrução de moradias;

IX - implementar programas de educação ambiental, de modo a assegurar a preservação


das áreas de mananciais, a não-ocupação das áreas de risco e dos espaços livres de
uso público ou destinado a bens de uso comum da população;

X - incentivar o uso de tecnologias habitacionais que minimizem o impacto no meio


ambiente, por meio do uso de métodos construtivos alternativos, da redução de
desperdícios, da reutilização e da reciclagem de materiais utilizados na construção civil;

XI - estimular parcerias com universidades, institutos de pesquisa ou empresas privadas


para o desenvolvimento de alternativas de menor custo, maior qualidade e produtividade
das edificações residenciais;

XII - proporcionar a estruturação do órgão responsável pela política municipal de


habitação, por meio de investimentos em infra-estrutura, adequação do quadro de
funcionários, treinamento da equipe, entre outros.

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Art. 101 Constituem ações, programas e instrumentos da política municipal de
habitação:

I - Programa Municipal de Habitação que será constituído de programas, projetos e


serviços, sendo considerado o principal instrumento orientador da política habitacional do
município, devendo ser revisto a cada dois anos, incluindo entre ações:

a) diagnóstico das condições de moradia no município;

b) avaliação da capacidade de infra-estrutura dos loteamentos subtilizados do município;

c) definição de metas de atendimento da demanda;

d) definição de programas, projetos e serviços a serem desenvolvidos.

II - Programa de Monitoramento e Pesquisa das Condições de Moradia do


Município, incluindo entre as ações:

a) monitorar e manter atualizado o cadastro do déficit habitacional do município;

b) pesquisar permanentemente os programas, instrumentos técnicos e jurídicos de


garantia do acesso à moradia;

c) elaborar diagnósticos das condições de moradia em sub-habitações no município;

d) elaborar pesquisas do comportamento do mercado de locação e vendas de moradia;

e) pesquisar instrumentos que possibilitem a garantia da moradia pós-ocupação, como


por exemplo, melhoria da renda, instrumentos educativos.

f) implantar programa de melhoria nas condições habitacionais das edificações


geminadas com deficiências de conforto ambiental e salubridade.

III - Programa de Parcerias para Novas Moradias, incluindo entre as ações:

a) implementar projetos em parceria com o setor privado e outras esferas de governo,


priorizando atendimento às famílias pobres;

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b) estimular a construção de novas moradias nas ZUREIS – Zonas Urbanas
Residenciais Especiais de Interesse Social, através de legislação específica visando a
redução dos custos dos lotes e das Unidades Habitacionais.

IV - Programa de Apoio ao Projeto e à Execução de Moradias Populares, incluindo


entre as ações:

a) fornecer projetos de moradia popular gratuitamente, com detalhamento do sistema


construtivo (fundação, estrutura, cobertura, elétrico, hidráulico, entre outros) em parceria
com as instituições de ensino e de profissionais liberais;

b) monitorar a execução dos projetos e o andamento da obra;

c) encaminhar interessados para os sistemas de financiamento da habitação;

d) incentivar programas educativos e de ampliação da renda;

e) agilizar a implantação de programas habitacionais, elaborando e aprovando os


projetos junto aos órgãos competentes e estabelecendo acordos de cooperação técnica
entre os órgãos envolvidos.

V - Programa de Regularização Urbanística e Fundiária:

a) implementar projetos específicos de regularização urbanística e fundiária em áreas


passíveis da utilização dos instrumentos legais;

b) realizar a regularização fundiária da Alameda dos Pescadores.

VI - Programa de Reassentamento de Famílias:

a) implementar projetos de reassentamento, em áreas sujeitas à risco, favelamento e


sub-habitações, por meio de análise caso a caso;

b) implantar projetos de garantia de cidadania integrados com as áreas de saúde,


educação, assistência social, promoção de renda, entre outros.

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VII - Conselho Municipal da Habitação:

a) dinamizar o Conselho Municipal de Habitação, com objetivo gerir os recursos do


Fundo Municipal da Habitação, de recomendar políticas na área de habitação e
monitorar o andamento dos programas e projetos implantados no município.

VIII - Fundo Municipal da Habitação:

a) fortalecer o Fundo Municipal de Habitação que será o suporte financeiro municipal


para a implementação do plano municipal de habitação, recebendo repasses da União,
do Estado, do Município, recursos de bens imóveis (terrenos ou edificações), taxas,
multas e doações;

b) garantir que parte do orçamento municipal seja comprometido com o Fundo


Municipal de Habitação permitindo desta forma a implantação de uma política
habitacional constante no município.

Parágrafo Único Paralelamente a estes programas a Prefeitura Municipal poderá


desenvolver novos, de acordo com as demandas do município.

SEÇÃO VI

DO TRANSPORTE E MOBILIDADE

Art. 102 São objetivos da Circulação e Transportes:

I - garantir e melhorar a ligação do Município de Ilha Solteira com os municípios vizinhos


da região e com os estados;

II - melhorar e tornar mais homogênea a acessibilidade em toda a área urbanizada da


cidade e aumentar a mobilidade da população de baixa renda;

III - proporcionar maior segurança e conforto aos deslocamentos de pessoas e bens,


com redução dos tempos e custos;
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IV - reduzir a ocorrência de acidentes e mortes no trânsito;

V - tornar o sistema de transporte coletivo um provedor eficaz e democrático de


mobilidade e acessibilidade urbana;

VI - adequar o sistema viário, tornando-o mais abrangente e funcional;

VII - ampliar e melhorar as condições de circulação de pedestres e de grupos


específicos, como idosos, portadores de necessidades especiais e crianças;

VIII - regulamentar e adequar o sistema viário garantindo e as condições seguras de


circulação de bicicletas;

IX - garantir o abastecimento, distribuição de bens e escoamento da produção do


Município, equacionando o sistema de movimentação e armazenamento de cargas, de
modo a reduzir seus impactos sobre a circulação de pessoas e o meio ambiente;

X - reduzir a carga poluidora gerada pelo sistema de transportes, de modo a garantir,


permanentemente, níveis aceitáveis de qualidade ambiental;

XI - ampliar e aperfeiçoar a participação comunitária na gestão, fiscalização e controle do


sistema de transporte.

Art. 103 São diretrizes da Circulação e Transportes:

I - priorizar a circulação do transporte coletivo sobre o individual na ordenação do


sistema viário;

II - adequar a oferta de transportes à demanda, compatibilizando seus efeitos indutores


da expansão urbana com os objetivos e diretrizes de uso e ocupação do solo;

III - restringir o trânsito de passagem em áreas residenciais;

IV - dar tratamento urbanístico adequado às vias das redes estruturais e corredores de


transportes, de modo a garantir a segurança dos cidadãos e a preservação do
patrimônio ambiental, paisagístico e arquitetônico da cidade;

V - condicionar a realização de atividades e a implantação e o funcionamento de


estabelecimentos à adequação da capacidade do sistema de transportes e viário e ao
equacionamento das interferências na circulação de veículos e pedestres;
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VI - incentivar o uso de tecnologias veiculares que reduzam significativamente a poluição
ambiental e elevem as condições de conforto e segurança dos passageiros e
transeuntes;

VII – a construção de portos fluviais para o desenvolvimento do setor.

Art. 104 São ações estratégicas da Circulação e Transportes:

I – estudar as condições atuais dos transportes coletivos de modo a viabilizar a sua


melhoria e expansão como serviço público de qualidade equacionando receitas e
despesas e redefinindo sua estrutura;

II – elaborar o Plano Diretor de Transporte e Trânsito e implantar a Rede Integrada de


Transporte Público Coletivo, reorganizado e racionalizado;

III - reservar espaço no viário estrutural para os deslocamentos do transporte coletivo,


conforme demanda de transporte, capacidade e função da via;

IV - utilizar sistemas inteligentes de transportes para o monitoramento e fiscalização da


operação dos ônibus;

V - regulamentar a circulação e o estacionamento dos ônibus fretados;

VI - operar o sistema viário, priorizando o transporte coletivo, em especial na área


consolidada, respeitadas as peculiaridades das vias;

VII - implantar novas vias ou melhoramentos viários em áreas em que o sistema viário
estrutural se apresente insuficiente, considerando a prioridade do transporte coletivo e
cicloviário;

VIII - estabelecer programa de recuperação e conservação do sistema viário, de forma a


incorporar tecnologia que contribua para a melhoria da qualidade ambiental;

IX - estabelecer projetos de reconfiguração de traçados geométricos em locais onde


possam proporcionar maior conforto, segurança e fluidez aos munícipes, como também
em áreas com excesso de pavimentação, visando ampliar a permeabilidade do solo;

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X - disciplinar a oferta de locais de estacionamento, em áreas públicas e privadas, de
modo compatível com as propostas de uso e ocupação do solo, sistema viário e as
condições ambientais, facilitando o estacionamento de veículos;

XI - utilizar sistemas inteligentes de tráfego para o monitoramento, controle e fiscalização


dos veículos;

XII - implantar plano para monitoramento, regulação e controle da movimentação de


cargas, bens e serviços;

XIII – exigir áreas de estacionamento nos empreendimento, condicionando a aprovação


a uma análise regionalizada dos impactos e se necessário investimentos privados por
parte do empreendedor;

XIV - realizar o planejamento cicloviário e elaborar legislação específica para este setor;

XV – regulamentar os sistemas de transportes públicos de apoio, como táxi, moto-táxi e


transporte escolar;

XVI - regulamentar os sistemas de autorização de obras, eventos e demais interferências


no sistema viário, como também a circulação de cargas, produtos perigosos e
transportes especiais;

XVII – desenvolver ação conjunta, com os municípios vizinhos, com visando reativar o
aeroporto de Castilho, para que o mesmo possa atender eficazmente às necessidades
do desenvolvimento do sistema de transportes da região.

SUBSEÇÃO I

DAS REDES DE ACESSIBILIDADE, MOBILIDADE E TRANSPORTE URBANO

Art. 105 Constituem princípios e objetivos de implantação de um sistema municipal de


mobilidade, transporte e circulação, urbana e periurbana:

I - implementação de políticas, planejamento e gestão de transporte urbano sustentável;

II - melhoria da qualidade de vida urbana;

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III - segurança, seguridade e conforto do usuário;

IV – prioridade ao transporte coletivo, pedestres e ciclovias;

V - redução distâncias e trajetos, tempos viagem, deslocamentos, custos operacionais,


consumo energético, impactos ambientais;

VI - capacitação da malha viária;

VII - integração dos modais de transporte, sistema viário e uso do solo;

VIII - implantação de tecnologias de transporte e sistemas operacionais inovadores;

IX – elaboração do Plano Diretor Transporte e Trânsito;

X – estímulo à implantação de estacionamentos públicos e privados para requalificação


de espaços públicos abertos e valorização da paisagem urbana;

XI – estímulo ao transporte fluvial.

Art. 106 Constituem elementos do sistema municipal de mobilidade, transporte e


circulação urbana:

I – o sistema viário;

II - sistema e modos de transporte urbano na modalidade: ônibus, transporte de carga,


transporte escolar, táxi e moto-táxi;

III - linhas e itinerários;

IV – sistema de sinalização e orientação do trânsito;

V - rede cicloviária;

VI - estacionamentos públicos e privados para veículos leves;

VII – estacionamentos públicos e privados para veículos pesados;

VIII - terminais de cargas;

IX – terminais de ônibus;
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X – porto fluvial.

Art. 107 Constituem programas do sistema de transportes:

I - Programa de Transporte Coletivo;

II - Programa de Integração Modal;

III - Programa de Circulação e Segurança no Trânsito;

IV - Programa de Garagens e Estacionamentos;

V - Programa de Modos de Transporte Sustentável;

VI - Programa de Incentivos Legais e Instrumentos Normativos;

VII - Programa de Mobilidade e Acesso a Portadores de Deficiência;

VIII - Programa de Monitoramento Ambiental da Qualidade de Ruído, Vibrações


Mecânicas e Emissão de Gases no Trânsito.

SUBSEÇÃO II

DO SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO

Art. 108 O Sistema de Transporte Coletivo de Passageiros é constituído pelos veículos


de acesso público, abrigos, pelas linhas de ônibus e pelas operadoras.

Art. 109 Implantar linha de transporte coletivo com finalidade turística em setores
urbanos, nas áreas centrais do “Violão”, recuperando os ônibus e adaptando-os para a
utilização de motores a bio-diesel.

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Art. 110 Devem ser asseguradas as condições para o perfeito funcionamento do sistema
de táxi e moto-táxi, transporte escolar como transporte coletivo auxiliar e de emergência.

Art. 111 O Sistema de Transporte Coletivo deverá utilizar vias de transição, arteriais e
coletoras e evitar as vias locais; enquanto que o subsistema local de Transporte Coletivo
deverá utilizar as vias coletoras.

Parágrafo Único Quando a distância média de caminhada para acessar uma linha de
transporte coletivo for superior 300,00m o Sistema de Transporte Coletivo poderá utilizar
as vias locais.

Art. 112 Compatibilizar os serviços de transporte intermunicipal de curta distância ao


sistema de transporte coletivo urbano do Município.

Art. 113 Renovar e ampliar a frota municipal com a aquisição de veículos modernos,
mais econômicos e adaptados para portadores de limitações, através de parcerias,
concessões dos serviços ou com recursos próprios, conforme definido pelo PDT - Plano
de Trânsito e Transporte.

SUBSEÇÃO III

DO SISTEMA DE TRÂNSITO

Art. 114 O Sistema de Trânsito é o conjunto de elementos voltados para operação do


sistema viário, compreendendo os equipamentos de sinalização, fiscalização e controle
de tráfego.

Art. 115 O Sistema de Trânsito terá plano e projetos para ações e intervenções,
conforme segue:

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I - o Poder Executivo elaborará um PDT - Plano Diretor de Trânsito e Transporte para
atender as questões emergenciais do sistema viário e de transporte coletivo, com a
priorização das obras a serem executadas;

II - na área já urbanizada haverá necessidade de intervenções no espaço físico para


complementação do sistema viário principal, construindo dispositivos e melhorando a
malha existente, observando as diretrizes do sistema viário e conforme as
especificações no PDT;

III – o PDT irá orientar a circulação de veículos, criando condições para a integração com
o transporte coletivo dando-lhe prioridade;

IV - haverá instalação de áreas para estacionamentos de bicicletas em locais públicos


com grandes fluxos de pessoas;

V – o SOIS, Sistema de Sinalização e Orientação de Ilha Solteira deverá ser revisado e


aplicado.

Parágrafo Único Para a revisão do SOIS e elaboração do PDT o município poderá


fazer convênio com instituição de ensino superior com setor especializado no assunto.

SUBSEÇÃO IV

DO SISTEMA DE TRANSPORTE DE CARGAS

Art. 116 O sistema de transporte de cargas compreende:

I - as rotas;

II - os veículos;

III - os pontos de carga e descarga;

IV - os terminais:

a) públicos;

b) privados.
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Art. 117 Constituem objetivos do Sistema de Transporte de Cargas:

I - normatizar a circulação e o funcionamento do transporte de cargas atendendo as


Legislações Federal e Estadual, visando minimizar os efeitos do tráfego de veículos de
carga nos equipamentos urbanos e na fluidez do tráfego;

II - indicar áreas para implantação de terminais de carga visando a integração


intermodal.

Art. 118 Constituem diretrizes do Sistema de Transporte de Cargas:

I – integrar o PDT definindo terminais multimodais, rotas, tipo de veículos, horários de


circulação e localização dos pontos de carga e descarga e dos terminais públicos e
privados, inclusive para cargas perigosas, compatíveis com o sistema viário de
circulação e com as atividades geradoras de tráfego;

II - incentivar a criação de terminais próximos a entroncamentos rodoviários não


congestionados e distantes das zonas residenciais.

III – o sistema de trânsito deverá sinalizar aos veículos de carga que circulam pelas
rodovias, as rotas de interligação de rodovias que evitam a circulação pelo interior da
área urbanizada em especial as zonas residenciais.

Parágrafo Único A circulação e presença de cargas perigosas, em locais públicos ou


privados, no território do município deverão ser regulamentadas por ato do Poder
Executivo.

SUBSEÇÃO V

DO SISTEMA VIÁRIO

Art. 119 O Sistema Viário e de Circulação constitui-se pela infra-estrutura física das vias
e logradouros que compõem uma malha definida e hierarquizada da seguinte forma:

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I - Vias Regionais ou de Transição: são as vias destinadas a ligações regionais e
interurbanas, utilizadas para transporte de passageiros e cargas, compostas de rodovias
estaduais, rodovias municipais e estradas vicinais;

II - Vias Arteriais: são as avenidas, os eixos estruturadores e as vias destinadas a


ligações intra-urbanas e áreas de transição rural urbana;

III - Vias Coletoras: são as vias destinadas à conexão e distribuição do tráfego local a
vias arteriais, utilizadas para transporte coletivo, com transporte de cargas limitado e
transporte veicular individual;

IV - Vias Locais: são as vias destinadas ao acesso aos lotes em bairros residenciais,
comerciais ou industriais, e que não possuem função especial no deslocamento de
tráfego entre pontos distantes e são preferencialmente utilizadas para transporte veicular
individual;

V – Vielas de acesso: são as vias que dão acesso a glebas, aos lotes, as áreas
institucionais ou livres de uso público, definidas de acordo com o loteamento, ligam-se
no mínimo, a uma via local e são destinadas ao tráfego veicular e de pedestres;

VI - Vias de Pedestres: vias destinadas exclusivamente à circulação de pedestres com


segurança e conforto, podendo conter elementos e estruturas que vedam o acesso
veicular, mobiliário urbano e paisagismo.

§ 1º As ligações intra-urbanas e de transição urbano rural, organizam-se de forma radial


ou perimetral, permitindo o rápido deslocamento entre os setores da cidade e são
utilizadas para transporte coletivo, transporte de cargas pesadas e transporte veicular
individual.

§ 2º No mapa 08/10 Hierarquia e Expansão do Sistema Viário ANEXO 3, apresenta-se a


classificação e caracterização funcional do sistema viário.

Art. 120 O sistema cicloviário constitui-se de ciclovias e ciclofaixas, assim definidas:

a) Ciclovias – São as vias destinadas exclusivamente ao tráfego de bicicletas,


separadas das vias destinadas ao tráfego motorizado;

b) Ciclofaixas – São faixas destinadas exclusivamente ao uso de bicicletas, contíguas


às faixas de tráfego motorizado.
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Art. 121 A política municipal para o sistema viário terá como objetivos:

I – a melhor mobilidade urbana como direito de todos;

II – a modernização do sistema viário através do emprego das novas tecnologias de


projeto, construção, manutenção e gestão;

III - a ampliação da capacidade de absorver os fluxos de tráfego de todos os tipos;

IV – a racionalização no dimensionamento das vias através da rigorosa hierarquização


do sistema viário;

V – a priorização do uso para o transporte e circulação livres de interferências de


elementos visuais ou ocupações que possam causar danos ou dificultar o tráfego com
segurança;

VI - promover entre os grandes usuários do sistema viário ações de comprometimento


com as responsabilidades sociais das empresas articulando parcerias, projetos e
programas de conservação das vias públicas.

Art. 122 São diretrizes do sistema viário e de circulação;

I – todas as vias deverão ser pavimentadas ou receberem tratamento que impeça a


erosão dos solos;

II - as prioridades para melhoria e implantação de vias, serão determinadas pelas


necessidades do transporte coletivo, pela complementação de ligações entre bairros e
pela integração entre os municípios da região de Ilha Solteira;

III - nas vias arteriais e nos eixos estruturadores, a segurança e a fluidez do tráfego são
condicionantes prioritárias da disciplina do uso e ocupação do solo das propriedades
lindeiras que deverão adaptar-se especialmente quanto aos acessos e estacionamento;

IV - para implantar novas vias arteriais ou melhorar a segurança e a fluidez do tráfego


daquelas já existentes ficam definidas como áreas de intervenção urbana aquelas
contidas nas faixas até 30,00 metros de largura de cada lado das vias arteriais e dos

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eixos estruturadores propostos neste plano, medidos a partir do respectivo eixo da via ou
das vias em cada caso.

V - para a implantação de novas vias arteriais e coletoras os empreendedores públicos e


privados deverão obedecer, o mapa de hierarquia e expansão do sistema viário e as
diretrizes do planejamento municipal;

VI – as vias deverão ser dimensionadas considerando a composição do leito carroçável


pelas faixas de rolamento faixas de estacionamento e calçadas, conforme a classe da
via;

VII - as vias deverão compor-se de no mínimo uma faixa de rolamento, uma de


estacionamento e uma calçada;

VIII - as faixas de rolamento das vias deverão ter entre 3,00 e 4,00 metros variando para
mais de acordo com a velocidade de deslocamento esperada;

IX - as faixas de estacionamento deverão ter entre 2,00 e 3,00 metros variando para
mais de acordo com o porte dos veículos previstos para a sua ocupação;

X - as calçadas deverão ter entre 2,00 metros e 5,00 metros variando para mais de
acordo com a quantidade de transeuntes esperada ou conforme especificado para a
zona e sua inclinação lateral não poderá ser superior a 2 (dois) por cento na direção da
guia;

XI – as calçadas quanto a sua forma e superfície, deverão garantir a circulação


desimpedida e segura aos usuários, considerando especialmente os portadores de
limitações de mobilidade;

XII – os leitos carroçáveis das vias arteriais e dos eixos binários estruturantes, deverão
ser desprovidos de depressões, calhas ou dispositivos de escoamento superficial de
águas pluviais;

XIII – o rebaixamento de guias não será permitido nas curvaturas das esquinas ou em
locais cuja posição possa colocar em risco os usuários;

XIV – em todos os casos, o rebaixamento das guias deverá ser restrito ao mínimo
necessário para o acesso de veículos e no máximo em 50% do total das faces do lote
que confrontam com a via pública;

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XV – nas vias públicas a publicidade deverá ser evitada e só serão admitidas aquelas de
interesse público ou comunitário desde que não cause transtorno ou prejudique o
trânsito.

Art. 123 São ações estratégicas do sistema viário e de circulação:

I – constituir o eixo estruturador central composto pelas Alamedas Bahia, Goiás, Rio de
Janeiro, Mato Grosso e pela Avenida Quinze de Outubro conforme o mapa 08/10
ANEXO III;

II – construir os quatro dispositivos de ligação das Alamedas Ceará e Maranhão,


Pernambuco e Piauí, São Paulo e Minas Gerais e Santa Catarina e Paraná;

III – concluir a construção da Avenida Atlântica completando seu traçado original e


conforme o Mapa 08/10 ANEXO III e desativar a pista do aeroporto destinando suas
áreas à programas habitacionais de interesse social e outros conforme cada zona
prevista para aquela área nos mapas do macrozoneamento e zoneamento;

IV – notificar os proprietários dos imóveis para regularizarem as calçadas dando-lhes


prazo para cumprirem todas as exigências técnicas que garantam o conforto e a
segurança dos usuários inclusive e especialmente, dos portadores de limitações;

V – estudar e implantar áreas e bolsões de estacionamento ao longo da face oeste da


Avenida Brasil garantindo facilidade de acesso aos estabelecimentos comerciais;

VI – exigir a reparação das calçadas que estejam desacordo com as normas técnicas e
as diretrizes desta Lei, condicionando a liberação de habite-se e alvarás de
funcionamento a sua efetiva correção.

SEÇÃO VII

DOS EQUIPAMENTOS URBANOS, PAISAGEM E

SERVIÇOS DE UTILIDADE PÚBLICA

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Art. 124 São objetivos e diretrizes de intervenção pública relativa a equipamentos,
infra-estrutura e serviços urbanos em relação a utilização do subsolo urbano e espaço
público aéreo por concessionária de serviço público e privado:

I - coordenar ações de monitoramento de uso, cadastramento das redes de


infra-estrutura fixa, equipamentos e mobiliário urbano, e a elaboração de um banco de
dados atualizado entre o poder executivo e a concessionária autorizada;

II - a autorização para execução de obras deverá ser precedida por meio de licença
prévia do poder público e órgão municipal responsável.

Parágrafo único Para o caso de exploração de subsolo e solo aéreo por contratos de
concessão de operação de serviços por empresa privada, deverá ser aprovada mediante
o instrumento de concessão onerosa do direito de construir, ou mediante contrapartida
definida por termo contratual, regulamentado em lei específica.

Art. 125. São objetivos e diretrizes de intervenção pública relativa a equipamentos,


infra-estrutura e serviços urbanos em relação à execução e financiamento dos serviços
urbanos públicos e privados:

I - sistema de prestação de serviços com política de investimentos e custos operacionais,


publicação e transparência de balanços de custos e receitas, bem como apresentação
de relatório gerencial de metas programadas e realizadas;

II - as receitas dos serviços urbanos são provenientes da cobrança de taxas, tarifas,


receitas financeiras e patrimoniais, multas e dotações orçamentárias específicas;

III - as taxas destinam-se a remuneração dos serviços básicos oferecidos a população,


enquanto as tarifas são cobradas visando o financiamento dos serviços prestados;

IV - a supervisão e controle da prestação dos serviços urbanos, ficará a cargo do poder


executivo, por meio de um regulamento específico de serviços urbanos, dispondo sobre
normas, procedimentos, obrigações e sanções relativas a execução e financiamento,
considerando o cumprimento de políticas, metas e programas;

V - os contratos de concessão da operação de serviços urbanos com empresas públicas


e privadas deverão conter, conforme legislação pertinente, um conjunto de definições e
compromissos de natureza pública a serem prestados e cumpridos.

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Art. 126 São objetivos e diretrizes de intervenção pública relativa a equipamentos,
infra-estrutura e serviços urbanos em relação aos serviços e equipamentos de mobiliário
urbano com inserção de publicidade e veículos publicitários, disciplinados e executados
pelo poder público ou por concessão de exploração privada:

I - disciplinar e ordenar a exploração de veículos de divulgação e mobiliário na paisagem


urbana e logradouros públicos;

II - elaborar normas complementares de definição de critérios técnicos e dimensionais


para a aprovação de projetos, licenciamento, fabricação, construção, instalação,
manutenção e conservação e padronização de veículos e mobiliário urbano na cidade;

III - disciplinar a garantia da percepção e apropriação da estrutura urbana, bem como os


marcos referenciais, bens materiais e imateriais da cidade, unidades de conservação e
áreas de interesse paisagístico;

IV - garantir e estabelecer o equilíbrio adequado entre o direito privado da atividade


econômica e o direito público de evitar a exploração desordenada e desarmoniosa dos
equipamentos;

V - proporcionar segurança e bem estar da população, mobilidade e acessibilidade


urbana;

VI – considera-se o mobiliário urbano o conjunto de elementos de arquitetura urbana


localizados nos espaços livres públicos, classificando-se em: elementos básicos de
trânsito-transporte, iluminação, energia e comunicação; elementos complementares de
higiene, coleta de resíduos e segurança; elementos acessórios de informação e serviços
diversos, e elementos especiais de urbanização, de lazer, recreação e ornamentação;

VII - considera-se anúncio publicitário qualquer indicação sobre veículo de divulgação ou


mobiliário urbano na paisagem urbana e logradouros públicos, destinada a orientar,
indicar ou transmitir mensagens segundo uma classificação;

VIII - consideram-se veículos de divulgação, anúncios e mensagens de comunicação


visual ou audiovisual: tabuletas, placas, painéis, letreiro, postes toponímicos, faixas,
pintura mural e artística, alto-falantes e carros de som;

Parágrafo Único Lei específica, supressiva ou revisional, definirá a relação do conjunto


de mobiliário urbano segundo a classificação geral, bem como outras questões de
natureza técnico-jurídica

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Art. 127 São objetivos e diretrizes de intervenção pública relativa a equipamentos,
infra-estrutura e serviços urbanos em relação ao serviço funerário:

I - descentralização, ampliação dos serviços de atendimento a população e a


comunidade;

II - controle e monitoramento por parte do Poder Executivo, dos serviços de natureza


pública prestados pela iniciativa privada;

III - atividade sujeita a aprovação, estudos de impacto de vizinhança, licenciamento


ambiental prévio e diretrizes urbanísticas por parte da Diretoria de Habitação,
Saneamento e Urbanismo e Conselho da Cidade;

IV – Ampliação, mudança e melhoria de prestação de serviços do cemitério municipal


por parte do Poder Executivo, bem como controlar processos de degradação do
patrimônio ambiental.

Art. 128 Quanto à intervenção pública em relação aos serviços de correio, deverá ser
disciplinada a distribuição postal de objetos dos serviços de carta, telegramas, impressos
e encomendas, de acordo com as definições e atribuições que confere o artigo 87, inciso
II e IV da Constituição.

SUBSEÇÃO I

DA ENERGIA E ILUMINAÇÃO PÚBLICA

Art. 129 Constituem princípios para a Energia e Iluminação Pública:

I – estabelecer e incentivar a modernização permanente do modelo energético em nível


regional;

II - adoção de medidas e instrumentos legais de gestão visando a conservação e


eficiência energética, redução do consumo e o uso racional de energia, fomentando a
co-geração, minimização dos impactos ambientais com estímulo a fontes renováveis;

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III - conferir conforto e segurança à população, assegurando adequada iluminação
noturna nas vias, calçadas e logradouros públicos.

Art. 130 Constituem objetivos e diretrizes para a Energia e Iluminação Pública:

I – garantia do abastecimento para o consumo e a expansão dos serviços de energia


elétrica e iluminação pública;

II – promover a modernização permanente do modelo institucional do setor elétrico, com


a captação, geração a partir dos recursos hídricos;

III - difundir a utilização de formas alternativas de energia, como a solar, eólica e o gás
natural;

IV - promover campanhas educativas visando o uso racional de energia, o respeito às


instalações referentes à iluminação pública e a redução de consumo evitando-se o
desperdício;

V - estimular programas de investimento e incentivar a capacidade do setor


sucroalcooleiro na produção ou ampliação do fornecimento de energia elétrica por
centrais de geração a partir da biomassa como o bagaço da cana, proveniente do
processo produtivo do setor, como fonte renovável de energia;

VI - conceder o direito de uso do solo, subsolo ou o espaço aéreo do município, em


regime oneroso, na forma estabelecida em lei específica;

VII - assegurar a modernização e maior eficiência da rede de iluminação pública, com


programa municipal de gerenciamento da rede;

VIII - viabilizar programas de racionalização de consumo energética para habitação de


interesse social, adotando tecnologias apropriadas de eficiência energética;

IX - implementar programas de redução do consumo energético, aprimorando o projeto


das edificações, e estimulando a ventilação e iluminação natural;

X – incentivar a implantação e desenvolvimento de programa, em parceria com as


universidades, para a produção de etanol como reagente extraído da cana-de-açúcar;

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XI - criar programa de utilização, testes e monitoramento do combustível biodiesel em
parceria com órgãos públicos, empresas e instituições de pesquisa locais,
proporcionando além da redução da carga poluente, uma economia de recursos, um
aumento da produção agrícola e geração de emprego;

XII - ampliar a cobertura de atendimento na cidade, eliminando a existência de ruas sem


iluminação pública;

XIII - aprimorar os serviços de teleatendimento ao público por concessionária;

XIV - reciclar lâmpadas e materiais nocivos ao meio ambiente utilizados no sistema de


iluminação pública;

XV - racionalizar o uso de energia em próprios municipais e edifícios públicos;

XVI - criar programas para a efetiva implantação de iluminação de áreas verdes e de


lazer;

XVII - implementar planos de manutenção corretiva e preventiva;

XVIII - elaborar periodicamente o cadastro da rede de energia elétrica e iluminação


pública;

XIX - monitorar periodicamente a qualidade dos serviços da concessionária de


distribuição de energia.

XX – orientar a política de distribuição de energia e ampliação das redes através de


estudos em parceria com a UNESP.

SUBSEÇÃO II

DA REDE DE COMUNICAÇÕES E TELEMÁTICA

Art. 131 Constituem objetivos e diretrizes de uma política de comunicações e telemática:

I - fixar estratégias para acompanhamento da evolução tecnológica dos sistemas de


comunicações e telemática em nível municipal e regional, estimulando a participação e
controle compartilhado entre o setor público, privado e a sociedade;
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II - adotar um conjunto de medidas e instrumentos legais de gestão visando acompanhar
a manutenção, eficiência, modernização e ampliação dos sistemas de comunicações,
transmissão, informatização e dados na planta municipal e regional;

III - Estabelecer um modelo participativo de acompanhamento do planejamento


estratégico regional, integrado ao desenvolvimento sócio-econômico, levando em conta
os problemas ambientais dele decorrentes;

IV - atuar junto às empresas concessionárias visando promover a integração dos


sistemas de telefonia e de transmissão de dados e imagens com centros urbanos
regionais, nacionais e internacionais;

V - proporcionar os sistemas de telecomunicações e telemática em infra-estrutura de


suporte as decisões de planejamento e desenvolvimento sócio-econômico, e de atração
de novos investimentos e empreendimentos urbanos e rurais;

VI - estimular o funcionamento de estações de rádio e de canais de televisão


compartilhados, considerando a necessidade de compatibilizar infraestruturas, obras
civis e os serviços, com as características peculiares ao meio ambiente e espaço urbano;

VII - criar regras de avaliação dos impactos positivos e negativos ambientais,


urbanísticos, econômicos, sociais e para a saúde humana, decorrentes da instalação de
equipamentos para a infra-estrutura de telecomunicações de um modo geral;

VIII - fazer cumprir normas e regras específicas para procedimentos e parâmetros


referentes ao controle ambiental de instalações em áreas urbanas de Estações
Transmissoras que utilizam radiofreqüência e ERBs - Estações Rádio-Base;

IX - estimular as parcerias e operações urbanas públicoprivadas, por meio de


instrumentos de outorga onerosa de uso, na construção de infovias e telecentros
comunitários, integrados à rede de bibliotecas municipais, como tecnologias de inclusão
digital e social;

X - instituir programa municipal de gerenciamento da atuação de operadoras dos


serviços de comunicações e telemática, quanto ao cumprimento das presentes diretrizes.

Parágrafo Único A instalação das infra-estruturas deverá observar os gabaritos e


restrições urbanísticas de proteção ao patrimônio ambiental e urbano, de descargas
atmosféricas segundo a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, e outras
exigências definidas por legislação municipal específica.

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SUBSEÇÃO III

DA PAISAGEM URBANA E ÁREAS PÚBLICAS

Art. 132 Constituem princípios da política de qualificação da paisagem urbana, áreas


públicas e patrimônio ambiental:

I - a paisagem urbana, espaços públicos e a percepção visual da cidade constituem


objeto de identidades sociais e de relações sensoriais entre os elementos naturais, os
elementos construídos ou edificados e o próprio homem;

II - as relações de escala, forma, função e movimento dos elementos da paisagem na


cidade e no campo, produzem atributos estéticos que refletem a dimensão cultural e
simbólica da comunidade;

III - as agressões visuais da paisagem desestruturada substituem o belo pelo feio, e


incentivam o desrespeito, a poluição e as depredações do patrimônio;

IV – a forma única e original da paisagem de Ilha Solteira é constituída pelas relações


formais dos elementos da morfologia urbana singular, da barragem e do lago de
acumulação.

Art. 133 Constituem objetivos da política de qualificação da paisagem urbana, áreas


públicas e patrimônio ambiental:

I – garantir a preservação dos elementos de estruturação da paisagem, relacionando-os


como direito inalienável da população.

II - garantir o equilíbrio visual por meio da adequada identificação, legibilidade e


apreensão pelo cidadão dos elementos constitutivos da paisagem urbana, do espaço
público e privado;

III - implementar diretrizes curriculares municipais no ensino fundamental e médio para


que matérias e temas relativos ao patrimônio histórico, cultural da cidade e ambiente
urbano sejam contemplados;

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IV - o inventário participativo, documentação, seleção, proteção, e preservação dos bens
materiais e imateriais da paisagem urbana e rural, para a melhoria da qualidade de vida
e a valorização das identidades histórico-culturais e municipais;

V - coibir a poluição visual e a degradação ambiental da paisagem urbana e espaços


públicos por ocupações irregulares, que acarretam um impacto negativo na sua
qualidade;

VI - planejar a implantação dos equipamentos sociais de acordo com a demanda atual,


com a oferta de infra-estrutura, acessibilidade, transporte e demais critérios pertinentes;

VII - associar a demanda, requalificação e ordenamento de equipamentos sociais a


planos reguladores específicos, planos de urbanização de unidades espaciais e de
regiões de planejamento participativo, evitando-se o dimensionamento e ocupação
desordenada;

VIII - viabilizar parcerias com a iniciativa privada e associações de moradores na gestão


dos espaços públicos, articulados ao Conselho da Cidade;

IX - prever a integração dos espaços públicos com o entorno, promovendo junto aos
órgãos competentes, os tratamentos urbanísticos e de infra-estrutura adequados.

Art. 134 Constituem diretrizes da política de qualificação da paisagem urbana, áreas


públicas e patrimônio ambiental:

I - promover e criar instrumentos técnicos, institucionais e legais de gestão da paisagem


urbana visando garantir sua qualidade, pelo controle de todas formas de poluição, da
acessibilidade e visibilidade das áreas verdes e no contato com a natureza, dentro da
estrutura urbana e municipal;

II - criação de Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio, referente aos bens


materiais e imateriais, natural e construído, visando estabelecer políticas, planos e
programas de preservação, revitalização, conservação e manutenção;

III - valorizar, inventariar, cadastrar e mapear os sítios significativos, os espaços, bens


materiais e imateriais, públicos ou privados, de interesse paisagístico, cultural,
arquitetônico, arqueológico, paleontológico, turístico, ou de consagração popular, tais
como os bens edificados ou organismos urbano-construtivos, as unidades de

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conservação, reservas, parques, praças, os monumentos naturais e culturais, mantendo
um sistema único informatizado de cadastro;

IV - disponibilizar as informações sobre o patrimônio histórico-cultural, bem como educar


e sensibilizar a comunidade sobre a importância e a necessidade da identificação,
valorização, preservação e conservação de seus bens culturais;

V - elaborar normas, regulamentar, controlar e monitorar a preservação e a qualidade


dos bens culturais, da paisagem urbana, logradouros públicos, referências ou ambientes
edificados públicos ou privados, utilizando-se ainda do instrumento do tombamento
municipal previsto por legislação estadual e municipal pertinente;

VI - estabelecer e implementar uma legislação específica relativa a medidas


compensatórias eficazes e leis de incentivo a cultura, para estimular políticas, programas
e iniciativas públicas e privadas de preservação e conservação de bens culturais;

VII - assegurar a adequada interferência visual e pontos de visibilidade nas áreas


envoltórias de imóveis preservados, paisagem urbana, espaço público significativo, por
meio de parâmetros técnicos de dimensionamento e projeto do mobiliário urbano,
sinalização vertical e horizontal do trânsito, paisagismo, vedos horizontais e verticais,
paisagismo e implantação edilícia;

VIII - promover a recuperação e a revitalização de áreas degradadas ou que venham a


se caracterizar como áreas degradadas, em especial as áreas do interior do “Violão”, do
“Cinturão Verde”, Alameda dos Pescadores, da Praia Catarina e da Praia da Marina;

IX - promover ações e zelar pela valorização da qualidade da paisagem urbana e


ambiente construído por meio da comunidade, agentes públicos e privados, valorizando
as características e identidades histórico-culturais e a memória da construção da cidade;

X - incentivar a criação de espaços públicos por meio da aplicação do instrumento de


Operações Urbanas Consorciadas, para viabilizar a implantação de praças e
equipamentos sociais, com a participação dos beneficiados pelas operações;

XI - incentivar a preservação do patrimônio histórico por meio do instrumento de


transferência de potencial construtivo, implementando ainda uma política de
financiamento e isenções fiscais, mecanismos de captação de recursos para obras e
manutenção dos imóveis;

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XII - disciplinar e controlar a poluição visual e sonora, dos recursos hídricos, do solo e do
ar que possam afetar a paisagem urbana e ambiental;

XIII - disciplinar, controlar e fiscalizar a ordenação da publicidade ao ar livre e execução


do mobiliário urbano efetuado por concessão pública de serviços;

XIV - disciplinar e monitorar as condições de segurança e seguridade na acessibilidade,


mobilidade urbana e a qualidade da paisagem urbana, espaços públicos, equipamentos
e áreas verdes;

XV - disciplinar e criar novos parâmetros urbanísticos de acessibilidade, mobilidade e


transporte no entorno de espaços públicos, privilegiando modais sustentáveis de acesso
de pedestres, ciclovias e transporte coletivo, com tratamento diferenciado de passeios
públicos;

XVI - estabelecer programas de preservação, conservação e recuperação de áreas


urbanas e naturais degradadas, bem como zelar pela posse, coibindo e controlando
invasões;

XVII - implementar políticas de reintegração de posse das áreas públicas que não
tiverem função social, quando pertinente;

XVIII - promover as identidades simbólicas, a conservação e preservação de bens


culturais materiais e imateriais, de sítios históricos urbanos e naturais significativos;

XIX - preservar, conservar e revitalizar espaços públicos urbanos e áreas especiais de


interesse cultural no centro da cidade;

XX - preservar os bens materiais e imateriais tombados e em processo de tombamento


federal, estadual ou municipal;

XXI - preservar, conservar e valorizar os espaços de recreação e cultura como parques


urbanos, espaços culturais, ambientes institucionais e comunitários;

XXII - promover, preservar e planejar a qualidade da paisagem e espaços públicos por


meio da arborização urbana pública existente, como uma imagem e um elemento
simbólico, identidade cultural e qualidade de vida urbana da cidade;

XXIII - elaborar e implantar um Plano Diretor de Arborização e Jardinagem Pública como


elemento constituinte da qualificação da paisagem urbana e ambiente construído

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articulando uma visão integrada e global da problemática, com apoio e parcerias de
empresas, instituições e voluntários;

XXIV - Revisão e atualização do Código de Posturas Municipal regulamentando o uso de


áreas públicas, paisagem urbana e patrimônio ambiental e construído.

SUBSEÇÃO IV

DOS SISTEMAS E ELEMENTOS DA PAISAGEM URBANA AMBIENTAL

Art. 135. A Paisagem Urbana é patrimônio visual de uso comum da população que
requer ordenação, distribuição, conservação e preservação, com o objetivo de evitar a
poluição visual e de contribuir para a melhoria da qualidade de vida no meio urbano,
compreendendo as seguintes definições:

I - Paisagem Urbana é o resultado das relações de interação entre os elementos


naturais, os elementos edificados ou criados e o próprio homem, numa constante relação
de escala, forma, função e movimento, que produz uma sensação estética e que reflete
a dimensão cultural de uma comunidade;

II - Qualidade da paisagem urbana é o grau de excelência das suas características


visuais, valor intrínseco decorrente de seus atributos e que implica no controle de fontes
de poluição visual e sonora, dos recursos hídricos, do solo e do ar; na presença,
acessibilidade e visibilidade das áreas verdes e no contato com a natureza dentro da
estrutura urbana;

III - Poluição visual é o efeito danoso que determinadas ações antrópicas e/ou naturais
produzem nos elementos de uma paisagem, acarretando um impacto negativo na sua
qualidade;

IV - Área degradada é a caracterização espacial de ações antrópicas e ou naturais que


produzem um efeito danoso sobre a paisagem, produzindo uma variação negativa na
sua qualidade;

V - Sítios significativos são todos os espaços, bens e imóveis, públicos ou privados, de


interesse paisagístico, cultural, turístico, arquitetônico, ambiental, ou de consagração
popular, tais como as edificações ou bens tombados pela União, Estado e Município, os
preservados pelo Município, as praças, os parques e os monumentos;

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VI - Publicidade ao ar livre é aquela veiculada por meio de elementos de comunicação
visual, letreiros, anúncios, faixas, placas, painéis luminosos (backlights e frontlights),
painéis eletrônicos, totens, multimídia, veículos sonoros e outros, afixados em
logradouros públicos ou particulares, em locais visíveis, para indicação de referência de
produtos, de serviços ou de atividades e de mensagens de interesse da coletividade;

VII - Mobiliário urbano é o conjunto de elementos de microarquitetura, integrantes do


espaço urbano, de natureza utilitária ou não, implantado em espaço público e ou
privados, compreendendo os sistemas de circulação e transporte, cultura e religião,
esporte e lazer e de infra-estrutura urbana tais como comunicações, energia e
iluminação pública, saneamento, segurança, comércio, comunicação visual e
ornamentação.

Art. 136 É obrigatória a recuperação de áreas degradadas ou que venham a se


caracterizar como áreas degradadas sendo responsabilizados os seus autores e ou
proprietários.

Art. 137 Caberá aos cidadãos do município, e em especial aos órgãos e entidades da
administração municipal, zelar pela qualidade da paisagem urbana, promovendo as
medidas adequadas para a:

I - disciplina e controle da poluição visual e sonora, dos recursos hídricos, do solo e do ar


que possam afetar a paisagem urbana;

II - ordenação da publicidade ao ar livre;

III - ordenação do mobiliário urbano;

IV - a manutenção de condições de acessibilidade e visibilidade das áreas verdes;

V - a recuperação de áreas degradadas;

VI - a conservação e preservação de sítios significativos.

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Art. 138 O Poder Público Municipal, no rol de suas atribuições constitucionais,
estabelecerá as ações e medidas reparadoras para a recuperação de áreas degradadas,
bem como os prazos para a sua execução, exercendo, também, a fiscalização do seu
cumprimento.

Art. 139 Observados o valor histórico, a excepcionalidade, os valores de


representatividade e de referência, a importância arquitetônica, simbólica ou cultural, as
tradições e heranças locais, e levando ainda em consideração as relações físicas e
culturais com o entorno e a necessidade de manutenção de ambientação peculiar, ficam
protegidos os seguintes bens, áreas e edifícios:

I - os bens tombados pelo CONDEPHAAT - Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico,


Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo conforme as seguintes
resoluções;

II – A Barragem e a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira;

III – A Praia Catarina;

IV – Monumento aos Barrageiros;

V – Praia da Marina

VI – Outros a serem relacionados pelo Conselho Municipal de Preservação do


Patrimônio Histórico, Arquitetônico, Paleontológico, Arqueológico, Etnográfico,
Arquivístico, Bibliográfico, Artístico, Paisagístico, Urbanístico, Cultural e Ambiental do
Município de Ilha Solteira – COMPHAIS.

Art. 140 O Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Arquitetônico,


Paleontológico, Arqueológico, Etnográfico, Arquivístico, Bibliográfico, Artístico,
Paisagístico, Urbanístico, Cultural e Ambiental do Município de Ilha Solteira –
COMPHAIS que será criado por Lei, determinará ações e procedimentos de inventário e
tombamento de outros bens de relevante interesse no âmbito municipal.

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Art. 141. Incorporam-se a legislação de patrimônio e monumentos artístico, histórico e
cultural municipal o conjunto da legislação e disposições normativas de interesse
paleontológico e arqueológico, que se referem a monumentos naturais sob proteção
especial do poder público, cujo amparo legal de proteção de jazigos, fossilíferos e sítios
arqueológicos são considerados monumentos culturais e sujeitos a tombamento
municipal, estadual e federal, em especial :

I – Artigos 20, 23, 24, 215 e 216 da Constituição Brasileira;

II - Decreto Lei nº. 4146/1942 sobre os depósitos fossilíferos;

III – Decreto nº. 72.312/1973;

IV - Decreto nº. 98.830/ 1990;

V – Portaria nº. 55/1990 do Ministério da Ciência e Tecnologia;

VI - O Título II do Código Penal brasileiro referente aos crimes contra o patrimônio, e dos
artigos 163 e 180 aplicados em casos de comercialização de fósseis de propriedade da
nação;

VII – Lei nº. 7347/1985, em que disciplina a ação civil pública por danos ao meio
ambiente e bens patrimoniais culturais;

VIII - Lei nº. 8176/1991, que considera crime a exploração de matéria-prima ou fósseis;

IX - Decreto Lei nº. 25/1937, em que organiza a proteção do patrimônio histórico e


artístico nacional, em particular os monumentos naturais;

X – Lei nº. 3.924/1961, em que dispõe sobre os monumentos arqueológicos e


pré-históricos;

XI - Portaria IPHAN nº. 07/1988 e nº. 230/2002, em que estabelece respectivamente os


procedimentos e permissão para pesquisas e escavações arqueológicas.

Art. 142 Estimular, implementar e adequar normas reguladoras específicas sobre leis de
incentivos e sobre a constituição de uma Câmara Técnica subordinada ao COMPHAIS,
visando a avaliação e elaboração de pareceres técnicos de projetos de revitalização,
recuperação total ou parcial, e restauro de imóveis e bens arquitetônicos de valor

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histórico, artístico e cultural, utilizando-se de instrumentos de concessão de incentivos
fiscais a particulares, auxílios ou subvenções a entidades que conservem e preservem
bens culturais materiais.

§ 1º O COMPHAIS e a câmara técnica, deverão implementar programas específicos de


revitalização e preservação do patrimônio histórico, áreas especiais de interesse
urbanístico e unidades de conservação cultural e ambiental.

§ 2º Deverão também ser estimulados projetos estratégicos de requalificação urbana e


ambiental, de acordo com o MAPA 05 – ZEPRA - Zonas Especiais de Preservação e
Recuperação Ambiental ANEXO III, visando a implementação de bulevares em
corredores viários e espaços urbanos, diretrizes de conservação do traçado urbano
singular e composição de fachadas edificadas, bem como a valorização do uso de
espaços semi-públicos e semi-privados das vielas, proporcionando a ampliação de
acessibilidade urbana de pedestres, valorização de atividades econômicas e animação
urbana.

Art. 143 Estabelecer procedimentos revisionais sobre o critério para concessão de


exploração do mobiliário urbano e veículos de exploração publicitária de espaços
públicos, em conformidade com o disposto nesta Lei segundo as seguintes diretrizes:

I - ordenar a exploração de mobiliário urbano e de veículos de divulgação e publicidade


na paisagem urbana e logradouros públicos;

II - estabelecer normas para projeto, construção, instalação, manutenção de mobiliários


e veículos na cidade, visando:

a) preservar e garantir a identificação e percepção ambiental de bens materiais e


imateriais, unidades de conservação histórico-cultural e marcos referenciais da cidade;

b) permitir a segurança e seguridade de trânsito e tráfego urbano, o conforto e o fluxo de


deslocamentos nos logradouros públicos e elementos da circulação viária urbana.

III - estabelecer e restaurar o equilíbrio entre o direito de exploração da informação e


divulgação e o direito público de proteção aos impactos de poluição visual na paisagem
urbana;

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IV - os elementos do espaço público serão constituídos pelo conjunto de elementos do
mobiliário urbano e dos sistemas urbanos de infra-estrutura presentes nos logradouros
públicos;

V - os elementos do mobiliário urbano são o conjunto de objetos presentes na arquitetura


urbana e espaços públicos, classificados em:

a) Básicos, relacionados à infra-estrutura de segurança, comunicação, circulação e


informações visuais;

b) Complementares, relacionados aos elementos de qualificação urbana e visual dos


espaços públicos;

c) Acessórios como elementos de composição secundária na paisagem urbana;

d) Especiais àqueles objetos que dependem de estudos e projetos específicos de


intervenção.

VI - o Poder Executivo deverá determinar os locais e elementos do conjunto do mobiliário


urbano para fins de licitação, estabelecendo as condições contratuais da permissão e
concessão de exploração publicitária, contrapartidas financeiras, critérios técnicos e
dimensionais dos veículos de divulgação, prazos de duração e toda a normatização
pertinente ao objeto licitado;

VII - os veículos de divulgação presentes nos logradouros públicos, constituem-se de


anúncios destinados a promover, orientar, indicar ou transmitir mensagens sobre
empresas, serviços profissionais, produtos, idéias, pessoas e coisas em geral, que
deverão ser classificados em :

a) indicativos: indica empresas, propriedades e serviços;

b) promocional: promove empresas, produtos, marcas, pessoas, idéias e coisas em


geral;

c) institucional: transmite informações de natureza pública, entidades e instituições da


sociedade civil, e outras, sem finalidade comercial;

d) orientador: transmite mensagens de comunicação e sinalização relacionada aos


transportes urbanos.

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VIII – Os veículos de divulgação e exploração publicitária podem ser classificados em:
tabuletas, placas, painéis luminosos (backlights e frontlights), totens, com áreas e
dimensões a serem fixadas por normas técnicas, letreiros, postes toponímicos de
sinalização e orientação verticais, faixas, balões, bóias, adesivos, pintura mural e
Artística, alto-falantes e caixas acústicas.

IX - Poderá ser instituída uma Câmara Técnica de Preservação e Proteção da Paisagem


Urbana, subordinada ao Conselho da Cidade, com atribuições de assessoramento ao
Poder Executivo, no disciplinamento do uso do mobiliário urbano no município.

Art. 144 Esta Lei e dispositivos reguladores específicos deverão garantir e assegurar os
direitos das pessoas portadoras de deficiência - PPD e com mobilidade reduzida,
previstos em legislação pertinente, bem como a um conjunto de ações e diretrizes em
relação à paisagem urbana e edificada:

I – o cumprimento de disposições normativas da legislação pertinente, especialmente:

a) os artigos 227 e 244, do Título VIII – Capítulo VII da Constituição Federal referente à
Família, Criança, Adolescente e Idoso;

b) os artigos 55, 279, 280 e 281 da Constituição Estadual, referente à adaptação dos
logradouros públicos, edifícios e transporte coletivo;

c) a Lei nº. 7853/89 do Direito das Pessoas Portadoras de Deficiência;

d) o Decreto nº. 3298/99 que regulamenta a Lei nº. 7853/89, dispondo sobre a Política
Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência;

e) Lei nº. 10098/2000 da Presidência da República que estabelece normas gerais e


critérios básicos para a promoção de acessibilidade, mediante a supressão de barreiras
e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e
reforma dos edifícios e nos meios de transporte, comunicação e sinalização;;

f) Norma ABNT-NBR nº. 9050/97 estabelecendo normas técnicas e dimensionais de


acessibilidade às edificações e espaços públicos urbanos, e como os projetos
arquitetônicos e urbanísticos devem tratar e garantir adequadamente o desenho
universal.

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TÍTULO III

DA ESTRUTURA URBANA, MODELO ESPACIAL E USO DO SOLO

CAPÍTULO I

DO MODELO ESPACIAL E USO DO SOLO URBANO

SEÇÃO I

DOS OBJETIVOS E DIRETRIZES

Art. 145 Constituem princípios do modelo espacial e uso do solo no município de Ilha
Solteira:

I - preservação e proteção de áreas impróprias à urbanização, de urbanização


controlada, e áreas especiais de interesse ambiental;

II - controle, monitoramento, produção e promoção da cidade, por meio de instrumentos


urbanísticos que incentivem a ocupação e incorporação de glebas e áreas ociosas, não
utilizadas ou subutilizadas, estimulando o desenvolvimento urbano para uma cidade
compacta e sustentável;

III - incentivo à promoção econômica da cidade sustentável, estimulando a expansão


urbana por continuidade ou contiguidade espacial e evitando-se empreendimentos de
parcelamento do solo do crescimento horizontal em extensão com uma urbanização que
provoca deseconomias urbanas e segregação social;

IV - preservação, proteção e revitalização de áreas especiais de interesse e unidades de


conservação ambiental e cultural;

V - adoção de microbacias hidrográficas como unidades territoriais de planejamento


regional, gestão ambiental, monitoramento e gerenciamento dos recursos hídricos e
manejo do solo.

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VI – preservação do desenho urbano singular de Ilha Solteira conservando sua
identidade, história e beleza, inclusive o sistema originalmente adotado para a
nomenclatura das vias.

SEÇÃO II

DO MACROZONEAMENTO TERRITORIAL

Art. 146 O macrozoneamento territorial delimita e subdivide o território municipal em:

I - Zona Urbana, como área intensiva de ocupação, densificação e indução do


crescimento e desenvolvimento urbano de áreas consolidadas e em consolidação;

II - Zona Periurbana, de uso semi-extensivo, de baixa densidade com características


funcionais de ecocidade, com um cinturão verde intermediário de preservação e
proteção, predominância de um conjunto de atividades de produção e promoção
econômica sustentável e de gestão ambiental, estrutura fundiária baseada na pequena
propriedade, com usos rural e urbano combinados;

III - Zona Rural, como área extensiva, onde as diretrizes de uso e ocupação, devem
promover prioritariamente as atividades agroindustriais, agroecológicas e de eco-turismo.

Parágrafo Único As subdivisões territoriais de que trata este artigo estão delimitadas no
mapa 01/10 Divisão Territorial - ANEXO III.

Art. 147 Constituem objetivos e diretrizes do macrozoneamento no município de Ilha


Solteira

I – estrutura urbana e zonas de usos para uma cidade sustentável;

II - cidade compacta com maior equidade e justiça sócio-ambiental;

III – proteção ambiental integral;

IV – proteção de áreas de conservação e recuperação ambiental;

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V – proteção do patrimônio histórico, cultural, arquitetônico e urbanístico;

VI - inovação tecno-produtiva, desenvolvimento solidário e cooperativo com usos


sustentáveis;

VII – criação de zonas de usos especiais;

VIII - integração e complementariedade de aspectos, dimensões e critérios dos


elementos naturais e culturais na definição de instrumentos, procedimentos e usos dos
recursos naturais;

IX - zonas e áreas de uso misto, polivalente, multidimensional e de policentralidades;

X – sobreposição e articulação de características de uso, delimitando de forma especial,


combinada e compatível, as ações e empreendimentos no território do município.

XI - zonas de uso extensivo rural, com estímulo à produção primária agroecológica e


agroindustrial;

XII - desenvolvimento cooperativo intermunicipal e regional.

Art. 148 Com o fim de ordenar a gestão do território ficam estabelecidas as seguintes
macrozonas:

I - Macrozonas de Gestão Ambiental;

II - Macrozonas de Gestão do Orçamento;

III - Macrozonas de Gestão do Uso do Solo.

SUBSEÇÃO I

DAS MACROZONAS DE GESTÃO AMBIENTAL

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Art. 149 Define-se a subdivisão da estrutura político territorial das MZA em 5 (cinco)
Zonas de Gestão Ambiental, por meio de critérios fisiográficos, ambientais e da
legislação federal e estadual pertinente:

I - os divisores das microbacias das redes hidrográficas;

II - elementos de paisagem e barreiras fisiográficas existentes;

III – identidade sócio-espacial e dimensão territorial.

Art. 150 As Macrozonas de Gestão Ambiental - MZGA estão configuradas segundo a


seguinte classificação de subdivisão territorial, de acordo com o mapa 02/10 ANEXO III,
em:

I - MZA 1 – Macrozona do São Bento, Paraná e Limoeiro;

II - MZA 2 - Macrozona do Anta;

III - MZA 3 - Macrozona do São José dos Dourados;

IV – MZA 4 - Macrozona do Pernilongo e Lagoas;

V - MZA 5 - Macrozona do Onça, Três Irmãos e Paraíso.

SUBSEÇÃO II

MACROZONAS DE GESTÃO DO ORÇAMENTO

Art. 151 Define-se a estrutura político territorial de gestão do planejamento em


Macrozonas de Gestão do Orçamento - MZGO, subdivididas em 06 Zonas de Orçamento
e Planejamento Participativo, na escala e cenário do desenvolvimento municipal.

I - ZOP 1 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 1 - Centro;

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II - ZOP 2 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 2 - Norte;

III - ZOP 3 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 3 - Sul;

IV - ZOP 4 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 4 - Leste;

V - ZOP 5 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 5 – Cinturão Verde,


Assentamentos Recanto e Ipês;

VI - ZOP 6 - Zona de Orçamento e Planejamento Participativo 6 - Rural;

Parágrafo Único As Zonas de Orçamento e Planejamento Participativo estão


configuradas de acordo com a seguinte classificação, conforme o Mapa Macrozonas de
Gestão do Orçamento, mapa 03/10 ANEXO III.

Art. 152 O Zoneamento do Orçamento e Planejamento Participativo objetiva:

I - garantir a isonomia entre as zonas do território garantindo aos seus habitantes as


melhores oportunidades de acesso aos programas e projetos de desenvolvimento
urbano e da política urbana em geral;

II - as ZOP - Zonas de Orçamento e Planejamento Participativo, como entidades


territoriais de representação, deverão ser entidades gráficas, unidades de informação e
gestão do orçamento e planejamento;

III - essas unidades constituem as bases espaciais para o sistema de orçamento e


planejamento participativo, por meio de um conjunto de critérios sociais, econômicos,
culturais, espaciais e ambientais, particularmente os critérios fisiográficos definidos pela
rede hidrográfica, rede viária estrutural de acessibilidade e mobilidade urbana, unidades
de preservação, proteção e conservação ambientais naturais e culturais e estrutura
fundiária;

IV – a gestão do orçamento deverá ocorrer dentro do princípio de unicidade municipal


considerando as particularidades de cada zona e priorizando as necessidades mais
urgentes definidas pelo conjunto da população nos eventos convocados para esse fim.

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§ 1º As Macrozonas de Gestão Ambiental ficam delimitadas no mapa 2 /10 do ANEXO
III.

§ 2º As Macrozonas de Gestão do Orçamento ficam delimitadas no mapa 3/10 do


ANEXO III.

§ 3º A área periurbana, por suas características especiais de produção e promoção


econômica sustentável, deverá ser aplicado instrumentos tributários e fiscais de incentivo
à ocupação, por meio do imposto territorial rural.

SUBSEÇÃO III

DAS MACROZONAS DE GESTÃO DO USO DO SOLO

Art. 153 As Macrozonas de Gestão do Uso do Solo - MZGS, têm como objetivo
subdividir o território em grandes áreas onde o uso do solo principal e as características
de ocupação devem prevalecer sobre os demais, definindo padrões de homogeneidade
e qualidade ambiental compatíveis e predominantes de tal forma a induzir o crescimento
equilibrado, a mais perfeita distribuição espacial das populações e da produção,
classificando-se em 5 tipos básicos, com usos predominantes ou exclusivos, conforme
os Mapas 4 e 7 - Macrozonas de Gestão do Uso do Solo do ANEXO III e estão assim
definidas:

I - Macrozona de Uso Rural – MZR, são as porções do território municipal onde


predominam as atividades agrícolas ou agroindustriais e de eco-turismo e que devem ser
geridas segundo os objetivos das atividades predominantes resguardando-as dos
impactos ou restrições das outras atividades e usos;

II – Macrozonas de Especial Interesse – MAZEI, são as porções do território que


atendem ao interesse municipal nos aspectos da preservação do patrimônio histórico,
cultural, ambiental, do crescimento e desenvolvimento urbano, do desenvolvimento
econômico e social e que, pelas suas características especiais, podem estar sobrepostas
a outras zonas de uso condicionado-as a regimes especiais e a projetos e programas
prioritários;

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III - Macrozona Urbana de Uso Residencial – MAZUR, são as porções do território
municipal onde predominam as unidades de uso residencial ou ainda aquelas em que
estas são exclusivas e também as áreas que mesmo sendo pertencentes a outras zonas
de uso tangenciam a zona residencial e devem observar as restrições do uso residencial,
em especial aos de poluição ambiental;

IV - Macrozona de Urbana de Uso Comercial e de Serviços – MAZUCS, são as


porções do território municipal onde predominam as atividades de comércio e serviços
ou ainda aquelas em que estas são exclusivas;

V - Macrozona Urbana de Uso Industrial – MAZUI, são as porções do território


municipal onde predominam as atividades de produção industrial ou ainda aquelas em
estas são exclusivas;

Art. 154 Nas Macrozonas de Uso Rural o Coeficiente de Aproveitamento Básico será
igual a 0,2 ou vinte por cento da área do terreno ou gleba considerada.

Art. 155 Nas Macrozonas de Uso Urbano o Coeficiente de Aproveitamento Básico será
igual a 1 ou uma vez a área do terreno ou gleba considerada.

Parágrafo Único O coeficiente de aproveitamento máximo admitido será definido para


cada Operação Urbana, respeitando o máximo igual a 2 e será, em cada caso, definido
pelo Conselho da Cidade considerando as diretrizes desta Lei.

SEÇÃO III

DO USO DO SOLO

Art. 156 O uso do solo no município de Ilha Solteira é definido e constituído por cinco
categorias gerais:

I – Rural – R, que se subdivide em:

a) Rural de Produção Agrícola - RA;


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b) Rural de Produção Agro-Industrial RAI;

c) Rural de Lazer – RL.

II – Especial – E; que se subdivide em:

a) Especial de Interesse Social – EIS são os usos que promovem o desenvolvimento


social, permitem a elevação da renda e alteram as condições de dependência dos
programas de ajuda humanitária, elevam os padrões de saúde, garantem melhor
desempenho nos programas segurança alimentar, promovem os assentamentos e o
acesso a terra, aos lotes urbanizados, a regularidade fundiária e a casa própria para as
populações em situação de irregularidade fundiária e habitacional e baixa renda;

b) Especial de Interesse Turístico – EIT, são os usos urbanos ou rurais que promovem
o turismo. Pela sua importância na estruturação das atividades turísticas devem ser
especialmente protegidos e conservados;

c) Especial de Proteção e Recuperação Ambiental – EPRA, são os usos que


promovem a proteção, a preservação e a recuperação dos recursos naturais, das
formações originais da mata nativa, dos mananciais, da paisagem, do habitat das
espécies animais e das melhores condições ambientais necessárias à vida humana;

d) Especial de Preservação e Proteção do Patrimônio – EPP, são os usos que


qualificam os espaços que diferenciam e caracterizam a cidade, pois testemunham
períodos históricos, promovem o turismo e subsidiam o conhecimento. Pela sua
importância simbólica e paisagística, torna-se necessário também a proteção de sua
área circundante, evitando-se os usos inadequados e a competição paisagística;

e) Especial de Reestruturação Produtiva – ERP, são os usos que alteram e promovem


a geração de trabalho e renda, permitem a diversificação produtiva do espaço em que se
inserem ou intensificam o uso da capacidade instalada da infra-estrutura. Pela sua
característica produtiva, deve harmonizar-se com os usos existentes no seu entorno;

III – Residencial – R; que se subdivide em:

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a) Residencial Unifamiliar – RUF, é o uso habitacional realizado por uma família ou
módulo familiar numa única habitação por lote ou gleba;

b) Residencial Multifamiliar – RMF, é o uso habitacional realizado por mais de uma


família ou módulo familiar em mais de uma habitação por lote ou gleba;

c) Misto Predominantemente Residencial – RMP é o uso residencial em coexistência


com outro compatível no interior de um mesmo lote ou gleba;

d) Residencial Especial de Interesse Social – REIS, é o uso residencial decorrente


dos programas habitacionais para moradias regulares de interesse social e outros
especialmente permitidos, para famílias em situação de risco, em edificações definitivas
ou provisoriamente adaptadas para tal fim e que pelo ao seu caráter excepcional deverá
ser autorizado pelo Conselho da Cidade.

IV – Comercial e de Serviços – CS, que se subdivide em:

a) Comércio e Serviços de Nível local – CSL, são os usos de comércio e serviços


compatíveis com o uso residencial e com interferência ambiental de Nível 1,
discriminados no Anexo II;

b) Comércio e Serviços de Nível Geral – CSG, são os usos de comércio e serviços


incompatíveis com o uso residencial com interferência ambiental de Nível 2,
discriminados no Anexo II;

c) Comércio e Serviços Pesados – CSP, são os usos de comércio e serviços


incompatíveis com o uso residencial e com interferência ambiental de Níveis 3 e 4,
discriminados no Anexo II;

d) Serviços Institucionais de Nível Local – SIL, são os usos institucionais compatíveis


com o uso residencial com interferência ambiental de Nível 1, discriminados no Anexo II;

e) Serviços Institucionais de Nível Municipal – SIM, são os usos institucionais


incompatíveis com o uso residencial e com interferência ambiental de Nível 2,
discriminados no Anexo II;

_____________________________________________________________________________
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f) Serviços Institucionais de Nível Geral – SIG, são os usos institucionais
incompatíveis com o uso residencial e com interferência ambiental de Níveis 3 e 4,
discriminados no Anexo II;

V – Industrial – I - que se subdivide em:

a) Industrial Leve – IL - são os usos industriais compatíveis com o uso residencial e


com interferência ambiental de Nível 2, discriminados no Anexo II;

b) Industrial Médio – IM - são os usos industriais incompatíveis com outros usos e com
interferência ambiental de Nível 3, discriminados no Anexo II;c) Industrial Pesado – IP,
são os usos industriais incompatíveis com outros usos e com interferência ambiental de
Nível 4, discriminados no Anexo II.

c) Industrial Pesado – IP, são os usos industriais incompatíveis com outros usos e com
interferência ambiental de Nível 4, discriminados no Anexo II.

Art. 157 Para a aplicação dos instrumentos de gestão do uso do solo deverão ser
observadas as seguintes diretrizes gerais:

I – os usos deverão harmonizar-se de forma a evitar impactos negativos ou indesejáveis


na vizinhança;

II – a composição de usos no território de Ilha Solteira visa ampliar a produtividade


urbana, a geração de trabalho e renda e a preservação das melhores condições de
saúde da população;

III – para a implantação, modificação, alteração de qualquer tipo, fiscalização e


autorização de funcionamento, os empreendimentos localizados no município de Ilha
Solteira serão classificados segundo o seu potencial de causar incômodos à vizinhança;

IV – as autorizações de funcionamento deverão ser precedidas, quando for o caso, de


apresentação para aprovação pelo Conselho da Cidade ou em audiência pública, dos
Estudos de Impacto de Vizinhança.

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SEÇÃO IV

DAS ZONAS DE USO DO SOLO

Art. 158 O macrozoneamento e o zoneamento contêm uma configuração de zonas e


áreas especiais de urbanização segundo os seguintes conceitos e diretrizes a serem
implementados:

I – estrutura urbana e zonas de usos para uma cidade sustentável;

II - cidade compacta para uma Agenda Local de maior equidade e justiça


sócio-ambiental;

III – proteção ambiental integral;

IV – proteção de áreas de conservação e recuperação ambiental;

V - inovação tecnoprodutiva, desenvolvimento solidário e cooperativo com usos


sustentáveis;

VI – criação de zonas e áreas de usos especiais;

VII - integração e complementariedade de aspectos, dimensões critérios e elementos


naturais e culturais na definição de instrumentos e procedimentos de usos ambientais;

VIII - zonas e áreas de uso misto, polivalente, multidimensional e de policentralidades;

IX - zonas e áreas de uso extensivo rural, com estímulo a produção primária


agroindustrial e agroecológica.

SUBSEÇÃO I

DAS ZONAS DE USO RURAL E SEM DELIMITAÇÃO ESPECÍFICA

Art. 159 As Zonas de Uso Rural – ZR, classificam-se segundo as seguintes subdivisões
territoriais:

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I - ZRA - Zona Rural de Produção Agrícola são as porções da zona rural onde
predominam a atividade agrícola e agroindustrial e são permitidos os usos RA, RAI e RL,
onde serão admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, RUF, CSP e IP e onde deverão ser
obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 30.000,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 20%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 0,2

d) Taxa de permeabilidade 70%

e) Recuo frontal mínimo = 20,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 15,00 m de ambos lados

g) Recuo de fundo mínimo = 15,00 m

h) Frente mínima = 50,00 m

II - ZRL – Zona Rural de Lazer são as porções da zona rural onde predominam a
atividade de lazer e turismo e são permitidos os usos RA, RAI e RL, onde serão
admitidos os usos, ERP, EPP, EIT, EIS, RUP, RUF, RMP, CSL, CSG, SIL, SIM, SIG e IL e
onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 5.000,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 20%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 0,2

d) Taxa de permeabilidade 70%

e) Recuo frontal mínimo = 10,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 5,00 m de ambos lados

g) Recuo de fundo mínimo = 10,00 m

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h) Frente mínima = 20,00 m

Parágrafo Único Nas Zonas Rurais de Lazer, por suas características de uso,
ocupação e dimensão dos lotes, deverá ser aplicado instrumentos tributários e fiscais de
incentivo à ocupação, por meio do imposto territorial urbano.

SUBSEÇÃO II

DAS ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE

Art. 160 As Zonas de Especial Interesse - ZEI, classificam-se em seis subdivisões


territoriais demonstradas no Mapa 06 Diretrizes – Zonas de Especial Interesse ANEXO III
e são assim discriminadas;

I - ZEPRA - Zona Especial de Proteção e Recuperação Ambiental são as porções do


território municipal que, pelas suas características de localização e importância
estratégica para a preservação e recuperação ambiental, necessitam especial atenção
do poder público municipal quanto a sua priorização dentro do conjunto das ações e
diretrizes municipais de uso e ocupação do solo e aplicação dos instrumentos da política
urbana; Constituem áreas territoriais com características de uso e ocupação definidas
por Reservas Florestais, Reservas Biológicas, Parques Naturais e Unidades de
Conservação, APA - Áreas de Proteção Ambiental e RPPN - Reservas Particulares do
Patrimônio Natural, aquelas com características de uso e ocupação definidas por áreas
de risco geotécnico, áreas de vegetação permanente e APRM - Áreas de Proteção e
Recuperação de Mananciais, preservação, recuperação, proteção e conservação dos
recursos naturais, Implementação de unidades e assentamentos sustentáveis para
pesquisa e gestão ambiental, próprias para a compatibilização de atividades com a
preservação, proteção, monitoramento e manutenção de áreas que integram o sistema
de mananciais de interesse municipal e regional, prioritárias para o abastecimento
público, para as atividades compatíveis com a incidência e conservação de áreas de
vegetação remanescente, matas ciliares em APP - Áreas de Preservação Permanente e
aquelas de risco geotécnico, promoção do turismo ecológico e as atividades de
educação ambiental;

II - ZEIS – Zona Especial de Interesse Social são as porções do território municipal que,
pelas suas características de ocupação, localização e importância estratégica para o
interesse social, necessitam especial atenção do poder público municipal quanto a sua
priorização dentro do conjunto das ações e diretrizes municipais de uso e ocupação do
_____________________________________________________________________________
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solo e aplicação das estratégias de desenvolvimento econômico e social, de geração de
renda e proteção à pequena produção de base familiar, especialmente das populações
de baixa renda ou em situação de risco;

III - ZEIT – Zona Especial de Interesse Turístico são as porções do território municipal
que, pelas suas características de localização e importância estratégica para o
desenvolvimento do Turismo, necessitam especial atenção do poder público municipal
quanto a sua priorização dentro do conjunto das ações e diretrizes municipais de uso e
ocupação do solo e aplicação dos instrumentos da política de turismo;

IV - ZEPP - Especial de Preservação e Proteção do Patrimônio são as porções do


território municipal que, pelas suas características, de localização e importância
estratégica para a preservação da memória cultural e dos valores simbólicos materiais e
imateriais, necessitam especial atenção do poder público municipal quanto a sua
priorização dentro do conjunto das ações e diretrizes municipais de uso e ocupação do
solo e aplicação dos instrumentos da política urbana;

V - ZERP – Zona Especial de Reestruturação Produtiva são as porções do território


municipal onde se devem aplicar os instrumentos urbanísticos previstos pelo Estatuto da
Cidade visando estimular o processo de urbanização para uma cidade compacta com
controle de densidades residenciais; estabelecer condições de uso multifuncional do
solo; promover novas acessibilidades e centralidades urbanas; desenvolver programas e
projetos estratégicos de desenvolvimento urbano e implementar sistemas de
infra-estrutura, serviços urbanos e equipamentos sociais;

VI – ZEIE – Zona Especial de Interesse Estratégico são as porções do território que


pelas suas características de localização, geomorfológicas, topológicas e de
contigüidade ao perímetro urbano, são estratégicas para a expansão da cidade e devem
ser monitoradas quanto ao uso produtivo do solo e onde serão observadas,
especialmente, o posicionamento estratégico das vias, conforme o Mapa 08 - Hierarquia
e Expansão do Sistema Viário, ANEXO III evitando as ocupações que impeçam ou
prejudiquem a futura expansão da estrutura urbana de Ilha Solteira.

SUBSEÇÃO III

DAS ZONAS URBANAS DE USO RESIDENCIAL


_____________________________________________________________________________
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Art. 161 As Zonas Urbanas de Uso Residencial classificam-se segundo as seguintes
subdivisões territoriais:

I - ZUER – Zona Urbana Estritamente Residencial são as porções urbanas do território


municipal, destinadas ao uso exclusivamente residencial, onde serão permitidos apenas
os usos RUF, SIL e admitidas a prestação de serviços individuais de profissionais liberais
no interior das residências e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de
ocupação:

a) Lote mínimo – 360,00 m²

b)Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 2,00 m de um dos lados

g) Frente mínima = 12,00 m

II - ZUPR – Zona Urbana Predominantemente Residencial, são as porções urbanas do


território municipal, destinadas ao uso predominantemente residencial onde serão
permitidos os usos RUF, RMF, RMP, SIL e admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, ERP,
CSL, CSG, SIM e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 240,00 m²

b)Taxa de Ocupação = 70%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 10%

e) Recuo frontal mínimo = 3,00 m

_____________________________________________________________________________
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f) Recuo Lateral mínimo = 1,50 m de um dos lados

g) Frente mínima = 10,00 m

III - ZUREIS - Zona Urbana Residencial de Interesse Social são as porções urbanas do
território municipal, normalmente localizadas no interior das ZEIS, destinadas à
implantação de programas habitacionais públicos ou privados, para atendimento das
demandas por habitação da população de baixa renda, ou em situação de risco ou ainda
para a regularização fundiária de áreas habitacionais em situação de irregularidade, com
uso predominantemente residencial onde serão permitidos os usos RUF, RMF, RMP, SIL
e admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, CSL, CSG, SIM e onde deverão ser obedecidos
os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 180,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 70%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 10%

e) Recuo frontal mínimo = 1,50 m

f) Recuo Lateral mínimo = 1,50 m de um dos lados

g) Frente mínima = 9,00 m

SUBSEÇÃO IV

DAS ZONAS URBANAS DE USO COMERCIAL E DE SERVIÇOS

Art. 162 As Zonas Urbanas de Uso Comercial e de Serviços classificam-se segundo as


seguintes subdivisões territoriais:

I - ZUCG – Zona Urbana de Comércio e Serviços de Nível Geral, são as porções


urbanas do território municipal, destinadas ao uso predominantemente comercial e de
serviços, onde serão permitidos os usos CSL, CSG, SIL, SIM e admitidos os usos ERP,

_____________________________________________________________________________
Av. Brasil Norte, 1670 - Zona Norte
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EPP, EIT,EIS, RUF, RMF, RMP, IL e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices
de ocupação:

a) Lote mínimo – 240,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 70%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 10%

e) Recuo frontal mínimo = 3,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 1,50 m de um dos lados

g) Recuo de fundo mínimo = 3,00 m

h) Frente mínima = 10,00 m

II - ZUCP – Zona de Urbana de Comércio e Serviços Pesados são as porções urbanas


do território municipal, destinadas ao uso predominantemente comercial e de serviços
pesados onde serão permitidos os usos CSP e IL, serão admitidos os usos ERP, EPP,
EIT,EIS, CSG, SIL, SIM, SIG, IM e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de
ocupação:

a) Lote mínimo – 500,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 3,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 3,00 m

h) Frente mínima = 15,00 m

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III - ZUSIM – Zona Urbana de Serviços Institucionais de Nível Municipal são as porções
urbanas do território municipal, destinadas ao uso predominante de serviços
institucionais, onde serão permitidos os usos SIL, SIM, admitidos os usos ERP, EPP, EIT,
EIS, RUF, RMF, RMP, CSL, CSG, IL e onde deverão ser obedecidos os seguintes índices
de ocupação:

a) Lote mínimo – 500,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 3,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 3,00 m

h) Frente mínima = 15,00 m

IV - ZUSIG – Zona Urbana de Serviços Institucionais de Nível Geral são as porções


urbanas do território municipal, destinadas ao uso predominante de serviços
institucionais, onde serão permitidos os usos SIG, SIL, SIM, admitidos os usos ERP,
EPP, EIT,EIS, RUF, RMF, RMP, CSL, CSG, IL e onde deverão ser obedecidos os
seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 1000,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

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f) Recuo Lateral mínimo = 3,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 3,00 m

h) Frente mínima = 20,00 m

SUBSEÇÃO V

DAS ZONAS URBANAS DE USO INDUSTRIAL

Art. 163 As Zonas Urbanas de Uso Industrial classificam-se segundo as seguintes


subdivisões territoriais:

I - ZUIL – Zona Urbana de Industrias Leves, são as porções urbanas do território


municipal, destinadas ao uso predominantemente industrial, onde será permitido o uso
IL, admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, RUF, RMF, RMP, CSL, CSG, SIL, SIM e SIG e
onde deverão ser obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 500,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 3,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 3,00 m

h) Frente mínima = 15,00 m

II - ZUIM – Zona Urbana de Industrias Médias são as porções urbanas do território


municipal, destinadas ao uso predominantemente industrial, onde será permitido o uso

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IM, admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, IL, CSG, CSP, SIM, SIG e onde deverão ser
obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 1.500,00 m²

b)Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 5,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 5,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 5,00 m

h) Frente mínima = 20,00 m

III - ZUIP – Zona Urbana de Industrias Pesadas são as porções urbanas do território
municipal, destinadas ao uso exclusivamente industrial, onde serão permitidos os usos
IP, IM, admitidos os usos ERP, EPP, EIT, EIS, CSP, SIM, SIG e onde deverão ser
obedecidos os seguintes índices de ocupação:

a) Lote mínimo – 2.500,00 m²

b) Taxa de Ocupação = 60%

c) Coeficiente de Aproveitamento Básico = 1

d) Taxa de permeabilidade 20%

e) Recuo frontal mínimo = 10,00 m

f) Recuo Lateral mínimo = 10,00 m de ambos os lados

g) Recuo de fundo mínimo = 10,00 m

h) Frente mínima = 50,00 m

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SEÇÃO V

DA CONFORMIDADE E DESCONFORMIDADE:

Art. 164 O uso e a edificação em lote podem ser classificados em:

I - Conforme: quando atendem a todas as características de uso e ocupação do solo


estabelecidas no Anexo I - “Características da Zonas de Uso”, e suas atividades
estiverem de acordo com a zona em que se localiza;

II - Desconforme: quando não obedecem ao disposto no Anexo I - “Características das


Zonas de Uso”, ou suas atividades não estiverem em conformidade com a zona em que
se localiza.

§ 1º - Usos ou edificações desconformes estarão sujeitos a controle especial mas, serão


admitidos desde que sua existência na forma em que se encontram, seja anterior à data
do seu cadastramento no MAPA 09/10 – CADASTRO IMOBILIÁRIO – USO E
OCUPAÇÃO ou sua presença na foto satélite que ilustra estes mapas, seja atestada pelo
Setor de Urbanismo ou ainda mediante processo comprobatório instaurado pelo mesmo
setor.

§ 2º - Nos imóveis desconformes quanto ao uso e ocupação, não serão admitidas


ampliações ou reformas, exceto as que sejam essenciais à segurança e higiene das
edificações ou que respeitem gradativamente as exigências de conformidade.

§ 3º - Nos imóveis conformes quanto ao uso e ocupação, será admitido o uso


desconforme, desde que apresente Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade
Ambiental aprovado na forma da lei.

§ 4º - O Poder Executivo poderá regulamentar em Lei específica, operações urbanas em


que os proprietários de imóveis desconformes possam regulariza-los mediante
contrapartida financeira, desde que garantidas as condições de salubridade.

TÍTULO IV

DO DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

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CAPITULO I

DO SISTEMA DE PLANEJAMENTO E GESTÃO DEMOCRÁTICA

Art. 165 O Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Democrática é formado pelo


conjunto de órgãos, normas e recursos humanos, objetivando a coordenação e
integração institucional das ações dos setores públicos, a integração dos programas
setoriais, regionais e a melhoria de ações de governabilidade.

SEÇÃO I

DOS PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E AÇÕES ESTRATÉGICAS DO SISTEMA MUNICIPAL


DE GESTÃO DE PLANEJAMENTO.

Art. 166. O sistema de planejamento e gestão democrática terá como princípios:

I – instalação de um processo cultural de gestão democrática participativa do


planejamento municipal e desenvolvimento urbano;

II - atender necessidades básicas e prioritárias da população;

III - utilizar no processo de planejamento, instrumentos e canais de participação


democráticos;

IV – combate ao desvio de função na estrutura administrativa;

V – defesa do aperfeiçoamento e qualificação técnica dos servidores;

VI - ser exeqüível, viável, embasado em estudos e no conhecimento da realidade


municipal;

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VII - estar limitado às competências municipais, mas articulado às esferas estadual e
federal de políticas publicas urbanas;

VIII - estar articulado com as demais políticas setoriais, em um processo de


monitoramento e avaliação permanente de programas, instrumentos e projetos.

Art. 167 Constituem objetivos do sistema de planejamento e gestão democrática:

I - implantar um processo de gestão do planejamento permanente e contínuo;

II - promover a melhoria da qualidade de vida de toda a população de Ilha Solteira;

III - integrar as ações de gestão do planejamento entre os setores público e privado no


município de Ilha Solteira;

IV - promover articulações político-institucionais entre os municípios da região


administrativa de Ilha Solteira;

V – garantir a participação e representação de Ilha Solteira nos órgãos, instâncias e


eventos de planejamento e gestão regionais;

VI – inserir o planejamento municipal em um contexto de desenvolvimento regional;

VII – orientar e apoiar a administração municipal no aperfeiçoamento da estrutura


funcional objetivando a administração descentralizada, em especial do orçamento
municipal, com obrigações e deveres compartilhados entre todos os servidores.

Art. 168 Constituem diretrizes do sistema de planejamento e gestão democrática:

I – fortalecer o Setor de Urbanismo e de Fiscalização da Diretoria de Habitação,


Saneamento e Urbanismo com a instrumentalização técnica necessária, com fotos
satélite, sistema computacional, pessoal e equipamentos para o monitoramento
permanente das condições físico territoriais do município;

II - apresentar as estratégias de gestão do planejamento por meio de um sistema de


representação em Mapas;

III - implantar processo de monitoramento e revisão periódica e permanente do Plano


Diretor, pelo Poder Público Municipal;

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IV - implantar os instrumentos urbanísticos do Estatuto da Cidade, de acordo com as
especificidades do Município de Ilha Solteira;

V - apoiar o cumprimento das responsabilidades, finalidades, atribuições, competências


e atividades do Conselho da Cidade;

VI - implantar um Sistema de Informações do Município de Ilha Solteira, nesta Lei


denominado de SIMIS;

VII – implantar as reformas administrativas necessárias à implementação das diretrizes


desta Lei em especial aquelas referentes à descentralização e democratização da
gestão.

SEÇÃO II

DOS COMPONENTES E ESTRUTURA DA GESTÃO DEMOCRÁTICA DO


PLANEJAMENTO MUNICIPAL

Art. 169 Constituem princípios e objetivos de gestão institucional do sistema de


planejamento:

I - criar e instituir um sistema municipal de gestão do planejamento como um instrumento


de democratização da cidade e região;

II - utilizar processos de planejamento e instrumentos de gestão local que possibilitem


canais de participação popular, dos diversos agentes públicos e privados, por intermédio
de conselhos municipais e órgãos colegiados;

III - implementar o planejamento como um processo social e com ações estratégicas na


cidade introduzindo uma nova cultura de planejamento urbano e municipal, valorizando a
cidadania e o atendimento as necessidades prioritárias da população;

IV - integrar e articular políticas públicas setoriais estimuladas pelas estratégias de


gestão de planejamento, democratização orçamentária, desenvolvimento urbano
ambiental, aplicação de instrumentos urbanísticos e indicadores de promoção da
qualidade de vida;

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V - implantar sistema de planejamento participativo, dinâmico e permanente, com
inovações no processo de administração, monitoramento e gestão pública das políticas
urbanas e do Plano Diretor, integrado à dinâmica da cidade;

VI - constituir e consolidar uma rede urbana solidária por meio da promoção do


desenvolvimento sócio-econômico, a articulação político-institucional e regional entre os
municípios pertencentes à região.

Art. 170 Constituem diretrizes e ações estratégicas de gestão do sistema de


desenvolvimento institucional e planejamento municipal:

I – atualizar permanentemente a base cartográfica do município;

II - implantar processo de monitoramento e revisão periódica do Plano Diretor de Ilha


Solteira coordenado pelo Conselho da Cidade;

III - implantar os instrumentos do Estatuto da Cidade considerando a adequação e


especificidade do município e ambiente urbano;

IV - apoiar e valorizar as competências e finalidades do Conselho da Cidade como


instrumento de promoção da política de desenvolvimento municipal;

V - criar, implantar e gerenciar uma estrutura funcional administrativa vinculada ao


sistema de gestão do planejamento, por meio de um Sistema de Informações do
Município de Ilha Solteira - SIMIS;

VI – orientar as Diretorias na elaboração dos Planos Setoriais definidos nesta Lei,


oferecendo informações, métodos e suporte técnico;

VII – buscar instituições parceiras para a elaboração de planos e programas previstos


nesta Lei;

VIII – observar os prazos previstos em Lei para a regulamentação e aplicação das


diretrizes, programas e ações previstas neste Plano Diretor.

SUBSEÇÃO I

DA ESTRUTURA DO SISTEMA DE GESTÃO DO PLANEJAMENTO


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Art. 171 A estrutura do Sistema de Gestão do Planejamento será formada:

I - pela diretoria de Habitação, Saneamento e Urbanismo, responsável pela articulação e


integração das políticas públicas urbanas em planejamento, transporte e mobilidade,
habitação, saneamento e gestão ambiental;

II - pelo Conselho da Cidade;

III - por órgãos e instrumentos de representação regional de Ilha Solteira e Consórcios


Intermunicipais;

IV - pelos Conselhos Municipais em integração com o Conselho da Cidade;

V - pelas Diretorias Municipais, por meio da integração intersetorial das políticas


públicas.

Art. 172 Os Planos Diretores Setoriais e Programas previstos serão elaborados e


implementados pelo Poder Executivo, com participação, coordenação e manifestação
conjunta da Diretora de Habitação, Saneamento e Urbanismo e do Conselho da Cidade.

Parágrafo Único O Poder executivo, em consonância com legislação específica, poderá


contratar os serviços profissionais e técnicos para sua elaboração.

Art. 173. Os Planos Diretores Setoriais, observando os elementos estruturadores e


integradores do Plano Diretor de Desenvolvimento de Ilha Solteira, regulamentados por
lei específica, complementarão as suas proposições de modo a atender às
peculiaridades territoriais de cada região, às necessidades e opções da população que
nela reside ou trabalha.

§ 1º A elaboração e gestão participativa dos Planos Diretores Setoriais será organizada


pela Diretoria de Habitação, Saneamento e Urbanismo e pelas respectivas instâncias e
órgãos de participação do Conselho da Cidade, contando com a participação, orientação
e apoio técnico das demais Diretorias, órgãos municipais e instituições da esfera
não-governamental.

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§ 2º O Poder Executivo deverá garantir a formação dos técnicos do quadro do
funcionalismo público, para possibilitar a implementação da gestão do planejamento em
nível local e regional.

Art. 174 Os Planos Diretores Setoriais serão objeto de pareceres técnicos emitidos pelo
Poder Executivo, por meio da manifestação conjunta da Diretoria de Habitação,
Saneamento e Urbanismo e demais Diretorias Municipais, e deverão ser apreciados em
assembléia pelo Conselho da Cidade, antes de seu encaminhamento à Câmara
Municipal.

Parágrafo Único A inexistência dos Planos Diretores Setoriais não impede a aplicação
dos instrumentos previstos nesta Lei.

SUBSEÇÃO II

DOS ÓRGÃOS DE GESTÃO PARTICIPATIVA

Art. 175 É assegurada a participação direta da população em todas as fases do


processo de gestão democrática da política urbana mediante as seguintes instâncias de
participação:

I - Conselho da Cidade;

II - Conferência Municipal da Cidade e Congresso da Cidade;

III – Conferências e Conselhos Regionais de Cidades, definidores de Política Urbana e


Regional;

IV - Audiências Públicas;

V - do Plebiscito e Referendo Popular;

VI - Iniciativa Popular de projetos de lei, de planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano;

VII - Conselhos Municipais criados e instalados pelo Poder Executivo;

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VIII – Assembléias, Audiências Públicas e Fóruns Setoriais de elaboração do Orçamento
Municipal;

IX - Programas e Projetos com Gestão Popular.

SUBSEÇÃO III

DAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS

Art. 176. Serão realizadas no âmbito do Executivo, Audiências Públicas referentes a


empreendimentos, atividades públicas ou privadas em processo de implantação, de
impacto urbanístico ou ambiental com efeitos potencialmente negativos sobre a cidade e
vizinhança no seu entorno, o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a
segurança da população, para os quais serão exigidos estudos e relatórios de impacto
ambiental e urbano nos termos dos instrumentos urbanísticos previstos nesta lei.

Parágrafo Único Todos os documentos relativos ao tema da audiência pública, tais


como estudos, memoriais técnicos, inventários, diagnósticos, diretrizes, plantas,
planilhas e projetos, serão colocados à disposição de qualquer interessado para exame
e extração de cópias, inclusive por meio eletrônico, com antecedência da realização da
respectiva audiência pública.

SUBSEÇÃO IV

DA INICIATIVA POPULAR

Art. 177 A iniciativa popular de planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano


poderá ser tomada por iniciativa da edilidade e instituições da esfera pública não
governamental, e encaminhadas ao Conselho da Cidade para encaminhamento e
resoluções junto ao poder público.

Art. 178 Qualquer proposta de iniciativa popular de planos, programas e projetos de


desenvolvimento urbano e ambiental, deverá ser apreciada pelo Executivo em parecer

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técnico circunstanciado sobre o seu conteúdo e alcance, no prazo de 120 (cento e vinte)
dias a partir de sua apresentação, ao qual deve ser dada publicidade.

Parágrafo Único O prazo previsto no “caput” deste artigo poderá ser prorrogado, desde
que solicitado com a devida justificativa.

CAPÍTULO II

DO CONSELHO DA CIDADE

SEÇÃO I

DA CRIAÇÃO DO CONSELHO DA CIDADE

Art. 179 Fica criado o Conselho da Cidade, órgão consultivo e deliberativo em matéria
de natureza urbanística e de política urbana, composto por representantes do Poder
Público e da sociedade civil.

Parágrafo Único O Conselho da Cidade será vinculado ao Setor de Urbanismo da


Prefeitura de Ilha Solteira.

Art. 180 O Conselho da Cidade terá um corpo técnico-científico e um corpo institucional


e será composto por 20 (vinte) conselheiros, de acordo com os seguintes critérios:

I – o corpo técnico-científico deverá ser constituído por, no mínimo, 10 (dez) conselheiros


nomeados pelo Executivo, oriundos das seguintes áreas de formação superior:

a) um profissional da área de Urbanismo;

b) um profissional da área de Direito;

c) um profissional da área de Saúde Pública;

d) um profissional da área de Gestão Ambiental;

e) um profissional da área de Turismo;

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f) um profissional da área de Educação;

g) um profissional da área de Cultura;

h) um profissional da área de Agronomia;

i) um profissional da área de Engenharia;

j) um profissional da área de Assistência Social.

Parágrafo Único Na composição do corpo técnico-científico o Poder Público poderá


indicar até 50% dos componentes que deverão ser referendados pelos profissionais do
campo de conhecimento ao qual for ligado.

Art. 181 O corpo institucional do Conselho da Cidade, será eleito por plenárias
especialmente convocadas para esse fim e será composto por 10 (dez) conselheiros,
obedecendo a seguinte disposição:

I – 06 (seis) representantes um de cada ZOP- Zona de Orçamento e Planejamento Participativo;

II – um representante dos Sindicatos de Trabalhadores;

III – um representante da Associação Comercial e Empresarial;

IV – um representante das associações de profissionais liberais;

V – um representante das instituições do ensino superior.

Art. 182 Os 20 (vinte) conselheiros do Conselho da Cidade terão mandato de 02 (dois)


anos, renováveis por no máximo 02 (dois) anos, sem remuneração.

Parágrafo único A presidência do Conselho da Cidade será exercida por um dos seus
membros escolhido por seus pares em eleição direta e aberta.

Art. 183 Compete ao Conselho da Cidade:

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I - o acompanhamento e implementação do Plano Diretor, analisando e deliberando
sobre questões relativas à sua aplicação;

II – a deliberação e emissão de pareceres sobre proposta de alteração da Lei do Plano


Diretor;

III – o acompanhamento e execução de planos e projetos de interesse do


desenvolvimento urbano, inclusive dos planos setoriais;

IV – a deliberação sobre projetos de lei de interesse da política urbana, antes de seu


encaminhamento à Câmara Municipal;

V – a gestão dos recursos oriundos do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano;

VI - monitoramento da implementação de todos os instrumentos urbanísticos;

VII – o zelo pela integração das políticas setoriais;

VIII – a deliberação sobre as omissões e casos não perfeitamente definidos pela


legislação urbanística municipal;

IX – a convocação, organização e coordenação das Conferências da Cidade;

X – a convocação de audiências públicas;

XI – a coordenação do processo de gestão participativa do Orçamento;

XII – a análise e aprovação de Estudos de Impacto de Vizinhança e Viabilidade


Ambiental;

XIII – a elaboração e aprovação do Regimento Interno.

Art. 184 O Conselho da Cidade poderá instituir câmaras técnicas e grupos de trabalho
específicos.

Art. 185 O Poder Executivo Municipal garantirá suporte técnico e operacional ao


Conselho da Cidade, necessários ao seu pleno funcionamento.

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SEÇÃO II

DO FUNDO MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Art. 186 Fica criado o Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, formado pelos
seguintes recursos:

I – recursos próprios do Município;

II - transferências intergovernamentais;

III - transferências de instituições privadas;

IV - transferências do exterior;

V - transferências de pessoa física;

VI - receitas provenientes da concessão do direito real de uso de áreas públicas, exceto


nas ZEIS;

VII - receitas provenientes de outorga onerosa do direito de construir;

VIII - receitas provenientes da concessão do direito de superfície;

IX – receitas provenientes das multas aplicadas pelo sistema de fiscalização;

X - rendas provenientes da aplicação financeira dos seus recursos próprios;

XI - doações;

XII - outras receitas que lhe sejam destinadas por Lei.

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Art. 187 O Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano será gerido pelo Conselho da
Cidade.

Parágrafo Único O Conselho da Cidade estabelecerá critérios, com as devidas


prioridades, para a utilização dos recursos do Fundo de Desenvolvimento Urbano, com
destaque especial para o desenvolvimento social do Município.

Art. 188 Fica facultada ao Poder Executivo a utilização dos recursos do Fundo Municipal
de Desenvolvimento Urbano para fins de:

I – regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social;

III – constituição de reserva fundiária;

IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários;

VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambientais;

VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

CAPÍTULO III

DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS

Art. 189 O Poder Executivo deverá criar e manter atualizado, permanentemente, o


Sistema de Informações do Município de Ilha Solteira SIMIS, como uma unidade
funcional-administrativa de gestão da informação vinculado ao setor de urbanismo e será
constituído de informações sociais, demográficas, culturais, econômicas, financeiras,
patrimoniais, administrativas, físico-territoriais, cartográficas, geológicas, ambientais,
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imobiliárias e outras de relevante interesse para o Município, georreferenciadas em meio
digital.

§ 1º Deve ser assegurado o acesso público e periódico a divulgação dos dados do


SIMIS, por meio de publicação oficial.

§ 2º O SIMIS adotará a divisão territorial em Zonas de Gestão, conforme expresso nesta


lei.

§ 3º O SIMIS terá cadastro único, que reunirá informações de natureza imobiliária,


tributária, judicial, patrimonial, ambiental e outras de interesse para a gestão municipal,
inclusive sobre planos, programas e projetos.

§ 4º O SIMIS deverá construir um sistema de indicadores sociais, de qualidade de vida,


de qualidade dos serviços públicos, da infra-estrutura instalada e dos demais temas
pertinentes a serem anualmente aferidos e divulgados a toda a população, em especial
aos Conselhos Setoriais, as entidades representativas de participação popular e as
instâncias de participação e representação regional.

Art. 190 Os agentes públicos e privados, em especial os concessionários de serviços


públicos que desenvolvem atividades no município deverão fornecer ao Executivo
Municipal, todos os dados e informações que forem considerados necessários ao
Sistema de Informações Municipais.

Parágrafo Único O disposto neste artigo aplica-se também às pessoas jurídicas ou


autorizadas de serviços públicos federais ou estaduais, mesmo quando submetidas ao
regime de direito privado.

Art. 191 O Poder Executivo Municipal dará ampla publicidade de todos os documentos e
informações produzidos no processo de elaboração, revisão, aperfeiçoamento e
implementação do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, de planos, programas e
projetos setoriais, regionais, locais e específicos, bem como no controle e fiscalização de
sua implementação, a fim de assegurar o conhecimento dos respectivos conteúdos à
população, devendo ainda disponibilizá-las a qualquer munícipe que requisitá-la por
petição simples.

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TÍTULO V

DO PARCELAMENTO DO SOLO

CAPÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 192 Deverão ter prévia licença expedida, pela Prefeitura Municipal, mesmo quando
situado na zona rural, o parcelamento do solo:

I - para fins urbanos ou de urbanização;

II - para a formação de chácaras de lazer;

III - para a formação de núcleos residenciais, mesmo que mantidos sob a forma de
condomínio;

IV - para a criação de áreas comerciais, institucionais e de lazer;

V - para a criação de áreas industriais, de núcleo ou de distritos industriais;

VI - para a exploração extrativista;

VII - nas áreas onde existam florestas que sirvam para uma das seguintes finalidades:

a) conservar o regime das águas e proteger mananciais;

b) evitar a erosão das terras pela ação dos agentes naturais;

c) assegurar condições de salubridade pública;

d) proteger sítios que, por sua importância e beleza, mereçam ser conservados;
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VIII - Para outros fins que não dependam de autorização exclusiva da União ou do
Estado.

Art. 193 O parcelamento do solo poderá ser feito mediante loteamento,


desmembramento, desdobro de lote, reloteamento e remanejamento.

§ 1º Considera-se loteamento, a subdivisão do solo em lotes destinados a edificação de


qualquer natureza, com abertura de vias de circulação ou prolongamento de logradouros
públicos, modificações ou ampliação das já existentes.

§ 2º Considera-se desmembramento, a subdivisão do solo em lotes destinados a


edificação de qualquer natureza, com aproveitamento do sistema viário existente, desde
que não implique na abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no
prolongamento, modificação ou ampliação dos já existentes.

§ 3º Considera-se desdobro de lote, a subdivisão de um lote em dois ou mais lotes de


menor área até o limite de 6 (seis) unidades.

§ 4º Considera-se reloteamento, a nova subdivisão de área já loteada, construída ou


não, a fim de regularizar a configuração dos lotes, ou adequá-los às do zoneamento, ou
para a criação de lotes que, pela sua situação, forma e dimensão, sejam suscetíveis de
emprego imediato para fins de edificação de qualquer natureza, com abertura,
prolongamento, ou modificação das vias existentes.

§ 5º Considera-se remanejamento, a nova subdivisão de área já loteada, construída ou


não, a fim de regularizar a configuração dos lotes, ou adequá-los às normas de
zoneamento, ou para criação de lotes que, pela sua situação, forma e dimensão, sejam
suscetíveis de emprego imediato para fins de edificação de qualquer natureza, sem
abertura, prolongamento ou modificação das vias existentes.

Art. 194 Somente será admitido o parcelamento do solo para fins urbanos nas glebas
localizadas em zona urbana conforme apresentadas no mapa 01/10 do Anexo III ou em
contigüidade ao perímetro urbano consolidado, nas áreas da Zona Especial de Interesse
Estratégico – ZEIE (Mapa 6/10 do Anexo III), quando declaradas de expansão urbana
por Lei Municipal após parecer favorável do Conselho da Cidade.

Parágrafo Único Não será permitido o parcelamento do solo:


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I - em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas às providências
para assegurar o escoamento das águas;

II - em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem
que sejam previamente saneados;

III - em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se
atendidas as exigências específicas das autoridades competentes;

IV - em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação;

V - em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições


sanitárias suportáveis, até a sua correção;

VI - nas ZEPRAS – Zonas Especiais de Preservação e Recuperação Ambiental

Art. 195 A denominação dos loteamentos obedecerá as seguintes normas:

I - Vila - quando a área for inferior a 50.000 m² (cinqüenta mil metros quadrados);

II - Jardim - quando a área for de 50.000 m² (cinqüenta mil metros quadrados) a


300.000 m² (trezentos mil metros quadrados);

III - Parque - quando a área for superior a 300.000 m² (trezentos mil metros quadrados)
e até 500.000 m² (quinhentos mil metros quadrados);

IV - Bairro - quando a área for superior a 500.000 m² (quinhentos mil metros


quadrados).

Parágrafo Único Não poderão ser adotadas denominações já existentes.

Art. 196 A denominação dos arruamentos obedecerão as seguintes normas:

I - os prolongamentos de vias existentes receberão o mesmo nome da via prolongada;

II - quando interrompidas por quadras, praças ou grandes dispositivos viários que


evidenciem um novo seguimento de via, o nome deverá ser novo e diferente de qualquer
outro já adotado anteriormente;
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III – a denominação das vias deverão observar a tradição de Ilha Solteira.

Parágrafo Único As denominações das vias no interior do anel viário (violão) não
poderão ser alteradas.

Art. 197 Nos loteamentos e desmembramentos para fins residenciais, as dimensões


mínimas dos lotes serão de:

I – nas ZUREIS, área de 180,00m² (cento e oitenta metros quadrados) de superfície,


frente mínima de 9,00 metros e 10,50 metros quando localizado em esquinas;

II – nas ZUPR, 240,00m² (duzentos e quarenta metros quadrados) de superfície; 10,00


(dez) metros de frente, elevando-se para 11,50m (onze metros e cinqüenta centímetros),
quando localizados nas esquinas;

III – nas ZUER, 360,00m² (trezentos e sessenta metros quadrados) de superfície, frente
mínima de 12,00m (doze metros), elevando-se para 14,00m (quatorze metros) quando
localizados nas esquinas.

Art. 198 Nos loteamentos e desmembramentos para fins comerciais, as dimensões


mínimas dos lotes serão de:

I – Nas ZUCSG, 240,00m² (duzentos e quarenta metros quadrados) de superfície; 10,00


(dez) metros de frente, elevando-se para 11,50m (onze metros e cinqüenta centímetros),
quando localizados nas esquinas;

III – Nas ZUCSP, 500,00m² (quinhentos metros quadrados) de superfície, frente mínima
de 15,00m (doze metros), elevando-se para 18,00m (dezoito metros) quando localizados
nas esquinas.

Art. 199 Em todos os casos os lotes deverão ser compostos com superfícies conforme
previstas na Seção IV do Capítulo I do Título III desta Lei sendo que as que não estejam
especificadas deverão, em cada caso ser resultantes, da melhor composição
geométrica, características da ocupação e eficiência no uso do solo.

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Parágrafo Único Os recuos exigidos para as edificações nos lotes deverão figurar como
área non aedificandi no projeto, e serão averbadas em cartório no ato do registro do
empreendimento.

Art. 200 As vias locais sem saída serão permitidas, desde que:

I - providas de praça de retorno, com leito carroçável com diâmetro mínimo de 14,00
(quatorze) metros;

II - seu comprimento, incluída a praça de retorno, não exceda a 15 (quinze) vezes a sua
largura.

Art. 201 As vias em alça serão permitidas, desde que seu comprimento total não exceda
300,00 (trezentos) metros:

Art. 202 A rampa longitudinal máxima permitida nas vias de circulação será de 7% (sete
por cento) e a declividade mínima será de 0,5% (meio por cento), o desnível da seção
transversal entre guias será de até 2% (dois por cento), exceto nos casos em que a
classe da via exija superelevação lateral como solução para garantir a segurança dos
usuários.

Art. 203 As curvas das vias arteriais e coletoras deverão ter raio interno mínimo de
240,00 (duzentos e quarenta) e 60,00 (sessenta) metros sucessivamente.

Parágrafo Único Raios menores serão possíveis desde que a via seja provida de
superelevação lateral.

Art. 204 As áreas de circulação deverão observar as composições e medidas


especificadas nas diretrizes do sistema viário desta Lei e obedecer aos perfis
padronizados pela Prefeitura Municipal;

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Art. 205 Nos cruzamentos de vias públicas os alinhamentos deverão ser concordados
por um arco de círculo, com raio mínimo de:

I - 5,00 (cinco) metros nas vielas e vias locais;

II - 9,00 (nove) metros nas coletoras e arteriais;

III – 15,00 (quinze) metros nas vias de transição urbano-rural.

Parágrafo Único Nos cruzamentos esconsos e perigosos, as disposições deste artigo


poderão ser alteradas a critério do setor de urbanismo da Prefeitura de Ilha Solteira.

Art. 206 A critério do setor de urbanismo da Prefeitura de Ilha Solteira, poderão ser
exigidas faixas de desaceleração nos caso em que se fizer necessário devido à classe
da via e velocidade de deslocamento prevista.

Art. 207 Nos projetos de parcelamento do solo, as vias e logradouros públicos serão
denominados por número e letras, para efeito de aprovação.

Art. 208 As quadras terão comprimento mínimo de 40,00 (quarenta) metros e máximo
de 150,00 (cento e cinqüenta) metros.

Parágrafo Único Comprimentos maiores serão admitidos desde que justificáveis pelo
desenho geométrico resultante da melhor ocupação e aproveitamento do solo, não
ultrapassem 30 (trinta) por cento do comprimento máximo permitido e limitem-se a no
máximo 20 (vinte) por cento do total das quadras do empreendimento.

Art. 209 Os cursos d’água somente poderão ser alterados, canalizados ou tubulados
mediante projeto aprovado pela Prefeitura de Ilha Solteira, com autorização prévia dos
órgãos competentes.

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CAPÍTULO II

DO PARCELAMENTO DO SOLO NA ZONA URBANA

SEÇÃO I

DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS

Art. 210 Os projetos de loteamentos deverão atender, pelo menos, os seguintes


requisitos:

I - apresentarem Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental previamente


aprovados na forma da Lei.

II - as áreas destinadas a sistema de circulação nas dimensões adequadas conforme o


previsto no artigo 122, implantação de equipamento urbano e comunitário, bem como a
espaços livres de uso público que serão proporcionais à densidade de ocupação prevista
para a gleba, ressalvando o disposto no parágrafo. 1º deste artigo;

III - projetar os loteamentos em coordenadas, ficando a Prefeitura Municipal obrigada a


fornecer plano da malha de marcos existentes no município;

IV - será obrigatória a reserva de faixa “non aedificandi”, de cada lado, nas seguintes
medidas;

a) 30,00 metros no mínimo, ao longo das águas correntes ou segundo diretrizes da


Diretoria de Habitação, Saneamento e Urbanismo da Prefeitura de Ilha Solteira no que
diz respeito ao posicionamento estratégico das redes coletoras de esgotos e distribuição
de água ou ainda conforme os limites das ZEPRA;

b) 50,00 metros no mínimo das minas e olhos d’água ou conforme os limites das ZEPRA;

c) 15,00 metros ao longo das faixas de domínio público, das rodovias, das ferrovias e
dutos, salvo maiores exigências de legislação específica ou como resultante da
necessidade de se ter as melhores condições de segurança no trânsito;

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V - As vias do loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, existentes
ou projetadas, harmonizarem-se com a topografia local e suas dimensões serão
definidas obedecendo às especificações do setor de urbanismo baseadas nas diretrizes
desta Lei;

VI - Os projetos de parcelamento não poderão localizar-se em terrenos sujeitos a


inundação ou que forem julgados pela Prefeitura Municipal, impróprios para as
finalidades pretendidas;

VII - Os lotes não poderão confrontar com as APP ou ZEPRA, que deverão ser sempre
providas de uma via ao longo do seu limite.

§ 1º A percentagem de áreas públicas prevista no inciso II deste artigo, não poderá ser
inferior a 35% (trinta e cinco por cento) da gleba, sendo no mínimo 5 (cinco) por cento
para áreas institucionais ou de serviços comunitários e 10 (dez) por cento, no mínimo,
para sistemas livres de uso público, preferencialmente para sistemas de lazer;

§ 2º Consideram-se comunitários os equipamentos públicos de educação, cultura,


saúde, lazer, turismo e similares.

§ 3º Do total da área destinada aos espaços livres de uso público somente a metade
poderá sobrepor-se a APP.

§ 4º As APP no interior dos loteamentos devem ter a sua titularidade transferida para o
Município de Ilha Solteira.

Art. 211. O Poder Executivo poderá complementarmente exigir em cada loteamento, a


reserva de faixa “non aedificandi” destinada a equipamentos urbanos.

Parágrafo Único Consideram-se urbanos, os equipamentos públicos de abastecimento


de água, serviços de esgoto, energia elétrica, coletas de águas pluviais, redes
telefônicas, de gás canalizado, guias e sarjetas.

SEÇÃO II

DOS PROJETOS URBANÍSTICOS

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Art. 212 Antes da elaboração do projeto de urbanização, o interessado deverá solicitar a
Prefeitura Municipal que defina por Decreto, as diretrizes para a implantação do
empreendimento o uso do solo, traçado básico do sistema viário principal, sua
hierarquia, localização dos espaços livres e das áreas reservadas a equipamentos
urbanos e comunitários, toda a infra-estrutura e serviços exigidos apresentando, para
este fim, requerimento, certidão da matrícula do imóvel atualizada, três vias da planta do
imóvel em papel e arquivo dos desenhos em meio digital contendo, no mínimo:

I - levantamento planialtimétrico cadastral georreferenciado no plano topográfico local


com as divisas da gleba a ser loteada, com coordenadas, dimensões e nome dos
proprietários confrontantes;

II - as curvas de nível à distância de meio metro em meio metro;

III - a localização dos cursos d’água e talvegues;

IV - a indicação dos arruamentos contíguos a todo perímetro, a localização das vias de


comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no
local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada;

V - o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina;

VI - as características, as dimensões e localização das zonas de uso contíguas;

VII - bosques, monumentos e árvores frondosas;

VIII - construções existentes;

IX - o serviços públicos ou de utilidade pública, existentes no local ou no seu entorno.

Parágrafo Único É expressamente vedado ao interessado apresentar estudo de


implantação antes da publicação do Decreto fixando as diretrizes.

Art. 213 A Prefeitura Municipal indicará, nas plantas apresentadas junto com o
requerimento, de acordo com as diretrizes de planejamento estadual e municipal:

I - as ruas ou estradas existentes ou projetadas, que compõem o sistema viário da


cidade e do município, relacionadas com o loteamento pretendido e a serem respeitadas;
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II - o traçado básico do sistema viário municipal;

III - a localização aproximada dos terrenos destinados a equipamentos urbanos e


comunitários e das áreas livres de uso público;

IV - as faixas sanitárias do terreno, necessárias ao escoamento das águas pluviais e as


faixas não edificáveis;

V - a zona ou zonas de uso predominante de áreas, com indicação dos usos


compatíveis;

VI - relação dos equipamentos urbanos que deverão ser projetados e executados pelo
loteador.

VII - o traçado básico das redes de distribuição de água potável com diâmetro mínimo e
tipo de classe da tubulação;

VIII - pontos ou ponto de interligação do sistema de água a ser projetado com indicação
da pressão dinâmica disponível;

IX - pontos ou ponto de interligação do sistema coletor de esgotos sanitários com


indicação das cotas da geratriz inferior dos poços de visitas e/ou local de lançamento.

Parágrafo Único As diretrizes expedidas vigorarão pelo prazo máximo de 1(um) ano.

Art. 214 Orientado pelas diretrizes oficiais, o projeto, contendo desenhos, memorial
descritivo, Relatório de Viabilidade Técnica, Econômica e Financeira, o Estudo de
Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental - EIVA e projetos de equipamentos
urbanos, será apresentado à Prefeitura Municipal, acompanhado de título de
propriedade, certidão de ônus reais e certidão negativa de tributos municipais e demais
documentos exigidos.

Art. 215 Os desenhos, em escala horizontal de 1:2.000 e vertical de 1:200, em 5 (cinco)


vias de papel sulfite e os arquivos em meio digital, conterão pelo menos:

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I – a localização do empreendimento no mapa oficial do município com a respectiva
hierarquia viária das vias numa distância de no mínimo quinhentos metros do
empreendimento;

II - a subdivisão das quadras em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;

III - o sistema de vias com a respectiva hierarquia interna ao empreendimento;

IV - as dimensões lineares e angulação do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de


tangência e ângulos centrais das vias;

V - os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças;

VI - a indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de


curvas de vias projetadas;

VII - a indicação em plantas e perfis de todas as linhas de escoamento das águas


pluviais;

VIII - afastamento exigidos, devidamente cotados;

IX - indicação das servidões e restrições especiais que estejam agravando o imóvel;

X - Outros documentos que possam ser julgados necessários.

Parágrafo Único O projeto urbanístico poderá ser analisado e receber aprovação prévia
do setor de urbanismo da Prefeitura de Ilha Solteira, mediante solicitação por escrito do
proprietário.

Art. 216 O memorial descritivo deverá conter, obrigatoriamente, pelo menos:

I - a descrição sucinta do loteamento, com as suas características e fixação da zona ou


zonas de uso predominante;

II - as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e


suas construções, além daquelas constantes das diretrizes fixadas;

III - a indicação das áreas públicas que passarão ao domínio do município no ato do
registro do loteamento;

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IV - a enumeração dos equipamentos urbanos, comunitários e dos serviços públicos ou
de utilidade pública já existentes no loteamento e adjacências;

V - a enumeração dos equipamentos urbanos e comunitários que serão executados pelo


loteador.

Art. 217 O relatório de viabilidade técnica, econômica e financeira deverá conter, pelo
menos:

I - a demonstração da viabilidade econômico-financeira da implantação do loteamento,


com a previsão de comercialização dos lotes e de edificação dos mesmos;

II - a demonstração da viabilidade técnica, econômica e financeira dos equipamentos


urbanos e comunitários que serão executados pelo loteador, com planilhas de custos e
prazos de execução.

Art. 218 O projeto de escoamento de águas pluviais deverá conter, pelo menos;

I - o dimensionamento das redes, identificando diâmetros das tubulações, declividades,


profundidades e tipo de materiais;

II - a localização dos poços de visita, caixas mortas, bocas de lobo e chaminés


devidamente cotados;

III - a especificação dos serviços a executar, observadas as normas técnicas


estabelecidas pela Prefeitura Municipal e DAEE;

IV - a indicação do local de lançamento e a forma de prevenção dos efeitos deletérios.

Art. 219 O projeto completo do sistema de coleta, tratamento e disposição final dos
esgotos sanitários e sua respectiva rede obedecerá aos padrões e normas do Setor de
Águas e Esgotos de Ilha Solteira, devendo o projeto, receber o VISTO de aprovação.

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Art. 220 Os projetos completos do sistema de alimentação e de distribuição de água
potável e respectiva rede obedecerão aos padrões do Setor de Águas e Esgotos de Ilha
Solteira, devendo o projeto, receber VISTO de aprovação.

Art. 221 O projeto de guias e sarjetas obedecerá aos padrões e normas da Prefeitura
Municipal e deverá ser aprovado pelo setor responsável.

Art. 222 Os projetos de Pavimentação e de Sinalização Viária deverão obedecer aos


padrões e normas da Prefeitura de llha Solteira e receber aprovação dos setores
responsáveis.

Art. 223 Os projetos de arborização das vias de circulação e das áreas livres de uso
público, deverão definir diferentes espécies a serem plantadas e obedecer aos padrões
e normas fixadas pela Prefeitura de Ilha Solteira e DEPRN.

Art. 224 Não serão permitidas emendas ou rasuras nos projetos de parcelamento do
solo.

SEÇÃO III

DAS OBRAS E SERVIÇOS EXIGIDOS

Art. 225 O loteador deverá executar nos loteamentos, sem ônus para a Prefeitura, as
seguintes obras e serviços, que passarão a fazer parte do patrimônio do Município;

I - a abertura das vias de comunicação e das áreas de recreação;

II - a colocação dos marcos de alinhamento e nivelamento, que serão de concreto e


localizados nos ângulos e pontos de tangência das vias projetadas;

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III - a execução de guias e sarjetas, inclusive rebaixamentos para portadores de
limitações;

IV - a execução da rede de escoamento de águas pluviais;

V - a execução da rede de abastecimento e distribuição de água potável, inclusive da


fonte de produção, quando for o caso, bem como das respectivas ligações domiciliares
nos padrões exigidos pelo setor de águas e esgotos da Prefeitura de Ilha Solteira;

VI - a execução dos serviços de pavimentação das vias de circulação e dos passeios


públicos inclusive das áreas livres de uso público e institucionais, em conformidade com
os padrões exigidos em cada caso e conforme a capacidade de tráfego prevista;

VII - a execução dos serviços de arborização das vias de comunicação e das áreas
livres de uso público;

VIII - a execução da rede elétrica e de iluminação;

IX - proteção do solo superficial;

X - ligação do coletor tronco do esgoto da rede interna do loteamento até o emissário,


quando for o caso, bem como, das respectivas ligações domiciliares nos padrões do
setor de águas e esgotos da Prefeitura de Ilha Solteira;

XI - obras de terraplenagem, de drenagem e muros de arrimo;

XII - sinalização viária, vertical e horizontal, de acordo com os padrões e normas fixados
pela Prefeitura Municipal

§ 1º - O projeto de loteamento não poderá prejudicar o escoamento de água, na


respectiva bacia hidrográfica e suas redes de drenagem deverão ser dimensionadas
para receber as contribuições à montante do empreendimento.

§ 2º - As obras a que se refere este artigo serão executadas com observância ainda, das
especificações técnicas fornecidas pelo setor de urbanismo da Prefeitura de Ilha
Solteira, responsável pela condução da tramitação dos projetos na Prefeitura de Ilha
Solteira.

SEÇÃO IV

DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO
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Art. 226 Para a aprovação do projeto de desmembramento, o interessado apresentará
requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado do título de propriedade e da planta
do imóvel a ser desmembrado, contendo:

I - a identificação das vias existentes que definem as quadras;

II - a indicação da zona, onde está localizado o imóvel;

III - a indicação da situação atual e pretendida dos lotes.

Art. 227 Aplica-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas,


exigidas para o loteamento, do artigo 210.

Parágrafo Único A área mínima reservada a espaços livres de uso público destinadas
ao sistema de lazer será de 10% (dez por cento) da gleba desmembrada, salvo nos
desmembramentos de imóvel com área inferior a 10.000m² (dez mil metros quadrados)
confinando com terceiros ou áreas que já tenham sido objeto de projetos de urbanização
regularmente aprovados.

SEÇÃO V

DO DESDOBRO DE LOTE

Art. 228 Para aprovação de desdobro de lote, o interessado apresentará requerimento à


Prefeitura Municipal, acompanhado do título de propriedade e de planta do imóvel na
qual se indique;

I - a situação do lote em relação à quadra e a sua distância à esquina mais próxima;

II - a indicação das construções existentes no lote;

III - a divisão situação atual e a divisão pretendida.

Art. 229 Aplicam-se ao desdobro de lote, no que couber, as dimensões urbanísticas


conforme previstas na Seção IV do Capítulo I do Título III desta Lei.

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Art. 230 Nos desdobros de lotes localizados nas Zonas de Uso Predominantemente
Residencial, Residencial Especial de Interesse Social, de Comércio e Serviços de Nível
Local e Geral, os lotes poderão ter área mínima de 125,00 m² e frente mínima de 5,00
metros.

Parágrafo Único Nas situações já consolidadas pela presença de edificações


regularmente construídas em condomínio ou com mais de um proprietário, ou ainda nos
casos de separação de cônjuges, edificações estas que estejam cadastradas pela
Prefeitura há mais de cinco anos e cuja implantação impeça o desdobro com as
dimensões previstas no caput deste artigo, serão admitidos desdobros em que os lotes
possuam área mínima de 50,00 m² (cinqüenta metros quadrados) e frente mínima de
3,00 (três) metros quando estiverem localizados nas Zonas de Uso de Comércio e
Serviços de Nível Geral e de 80,00 m² (oitenta metros quadrados) com frente mínima de
5,00 (cinco) metros, quando estiverem localizados nas Zonas de Uso
Predominantemente Residencial e Residencial Especial de Interesse Social, desde que
comprovadas a existência das melhores condições de conforto ambiental, acessibilidade
e segurança dos usuários, após parecer favorável do responsável pelo Setor de
Urbanismo da Prefeitura de Ilha Solteira e aprovação do Conselho da Cidade.

Art. 231 Serão permitidos desdobramentos de lotes que resultem em lotes de fundo
desde que possuam corredores de acesso para a via pública com largura mínima de
3,00m (três metros) em toda sua extensão e comprimento de até 20,00 metros e com
largura mínima de 3,50m (três metros e cinqüenta centímetros) em toda sua extensão
quando com comprimento acima de 20,00 metros.

§ 1º Os corredores de acesso deverão ser totalmente desprovidos de edificações.

§ 2º O comprimento máximo permitido para os corredores de acesso será de 40,00


metros.

§ 3º O corpo principal e edificável do lote, deverá ter no mínimo 125,00 m² e largura


mínima de 5,00 metros e quando de formato irregular permitir a construção de uma
edificação residencial retangular de 70,00 m² no mínimo.

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Art. 232 Nos desdobros de lotes localizados nas Zonas de Uso Exclusivamente
Residencial, os lotes poderão ter área mínima de 250,00 m² e frente mínima de 10,00
metros.

SEÇÃO VI

DO PROJETO DE REPARCELAMENTO

Art. 233 Para a aprovação do projeto de reparcelamento o interessado apresentará


requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado de título de propriedade do imóvel e
planta do mesmo, contendo:

I - indicação das vias existentes;

II - indicação do uso predominante no local;

III - indicação das construções existentes;

IV - indicação da divisão existente e das faixas “non aedificandi”, bem como das
servidões existentes;

V - indicação da nova divisão pretendida, incluindo o novo traçado das vias públicas, das
áreas livres e das áreas reservadas para equipamentos urbanos e comunitários;

VI – estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental.

Art. 234 Aplicam-se ao reparcelamento, no que couber, as disposições urbanísticas


exigidas para o loteamento, em especial as do artigo 210.

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SEÇÃO VII

DA APROVAÇÃO DO PROJETO DE PARCELAMENTO DO SOLO

Art. 235 Os projetos de parcelamento do solo serão julgados pela Prefeitura Municipal
pelo prazo máximo de 60 (sessenta) dias, contados da data da apresentação
protocolizada, de todos os documentos exigidos por esta Lei inclusive do EIVA
devidamente aprovado, quando for o caso.

Parágrafo Único Os projetos a que se refere este artigo serão recebidos pela Prefeitura
Municipal após prévia aprovação pelos órgãos competentes do Estado e da União
quando for o caso.

Art. 236. Os projetos a que se refere o artigo anterior, deverão ser previamente
aprovados pelos órgãos competentes, inclusive de Patrimônio Histórico, quando:

I - localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção de mananciais


ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arquitetônico, assim definida por
legislação estadual ou Federal;

II - quando o parcelamento abranger área superior a 1.000.000 m² (um milhão de metros


quadrados).

Art. 237 Os espaços livres de uso comum, as vias e as praças, as áreas destinadas a
edifícios públicos e outros equipamentos urbanos, constantes do projeto e do memorial
descritivo, não poderão ter sua destinação alterada pelo loteador, desde a aprovação do
loteamento, salvo as hipóteses de caducidade da licença ou desistência do loteador,
sendo, neste caso, observadas as exigências da legislação federal pertinente.

Art. 238 Aprovado o parcelamento, o empreendedor deverá oferecer em caução bens


imóveis, avaliados por 3 (três) profissionais credenciados e com atribuição comprovada
para fazê-lo, cujo valor seja suficiente para cobrir todas as despesas de execução das
obras e uma vez aprovados por comissão municipal especialmente nomeada para tal
fim, assinará termo de compromisso, com o qual se obriga a executar, sob as suas
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expensas, as obras a que se refere o artigo 225, especificadas em cronograma
aprovado pela Prefeitura Municipal com prazo máximo de 2 (dois) anos para execução.

§ 1º Não poderão ser aceitos em caução os lotes do empreendimento.

§ 2º O proprietário poderá optar por oferecer garantia através carta de fiança de


instituição bancária.

§ 3º A caução deverá ser registrada no Registro de Imóveis por conta do proprietário do


empreendimento.

Art. 239 A Prefeitura Municipal após análise e recomendação do Conselho da Cidade


poderá recusar a proposta inicial de projeto de loteamento ainda que seja para evitar
excessiva oferta de lotes e consequente investimento subutilizado em obras de
infra-estrutura e custeio de serviços.

§ 1º A análise de que trata o caput deste artigo deverá basear-se nos estudos de
viabilidade técnica e econômica e de impacto de vizinhança e viabilidade ambiental,
elaborados pelo empreendedor.

§ 2º Não poderão ser recusados empreendimentos cujos estudos tenham sido


aprovados em audiência pública.

Art. 240 A aprovação final de projeto de parcelamento e uso do solo será através de
decreto, do qual constará:

I - classificação e zoneamento;

II - descrição das obras e serviços a que se obriga o empreendedor do projeto, nos


termos do artigo 225;

III - descrição das áreas que passam a constituir bens de domínio público, sem ônus
para o município;

IV - prazo para cumprimento do disposto no inciso II.

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Art. 241 Aprovado o projeto de parcelamento e expedido o Alvará de Licença, deverá
ser submetido ao registro imobiliário, dentro de 180 (cento e oitenta) dias, apresentado o
respectivo comprovante à Prefeitura Municipal.

§ 1º Vencido o prazo, a licença fica cancelada automaticamente.

§ 2º Feito o registro imobiliário, passam a integrar o domínio do município as vias, as


praças, os espaços livres e as áreas destinadas a edifícios públicos e outros
equipamentos urbanos constantes do projeto.

Art. 242 A Prefeitura Municipal não se responsabilizará por eventuais diferenças de


medidas dos lotes ou quadras, que venham a ser encontradas posteriormente à
aprovação final do projeto, cabendo ao proprietário a retificação administrativa ou
judicial.

CAPÍTULO III

DO PARCELAMENTO DO SOLO NA ZONA RURAL

SEÇÃO I

DAS CHÁCARAS DE LAZER

Art. 243 Será permitido o parcelamento do solo na zona rural para a formação de
chácaras de lazer, desde que os lotes tenham área não inferior a 5.000 m² (cinco mil
metros quadrados) e que tenham seus Estudos de Impacto de Vizinhança e Viabilidade
Ambiental aprovados previamente.

Art. 244 Não serão aprovados os projetos de loteamento para a formação de chácaras
de lazer, cujas características permitam, com a simples subdivisão, a transformação dos
mesmos em lotes para fins exclusivamente urbanos.

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Art. 245 As vias de comunicação não poderão ter largura inferior a 15,00 (quinze)
metros e as construções serão obrigadas a manter um afastamento, no mínimo, de 5,00
(cinco) metros do alinhamento e não ocupar mais que 20% (vinte por cento) da área do
lote.

Art. 246 As áreas reservadas a espaços livres de uso público serão de 10% (dez por
cento) para sistema de lazer e 5% (cinco por cento) para usos institucionais, sendo livre
a área destinada às vias de circulação.

Art. 247 Os loteamentos destinados à formação de chácaras de lazer serão dotados de


obras e melhoramentos que constarão, no mínimo de:

I - terraplenagem para a devida conformação dos lotes e para a proteção superficial,


inclusive nas áreas destinadas ao sistema de lazer e áreas de uso institucional;

II - abertura de vias de comunicação;

III - perenização das vias de comunicação e proteção contra a erosão provocada pelas
águas pluviais, segundo projeto aprovado pela Prefeitura Municipal;

IV - tratamento paisagístico das áreas que constituem o sistema de lazer, inclusive o


plantio de árvores;

V - acesso às estradas oficiais, com medidas de segurança que evitem a evasão de


gado e permitam o tráfego de veículos de tração.

Art. 248 O pedido de aprovação de projeto para formação de chácaras de lazer será
apresentado à Prefeitura Municipal acompanhado de título de propriedade do imóvel e
instruído com os seguintes documentos:

I – Memorial de caracterização do empreendimento, compreendendo:

a) denominação do imóvel;

b) denominação do loteamento;

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c) localização quanto às vias oficiais do município;

d) posição em relação aos confrontantes;

e) vias de acesso;

f) descrição das áreas de preservação e das zonas em que se localizam as glebas;

g) descrição do loteamento, quanto aos objetivos sociais;

h) especificações técnicas legais que serão atendidas.

II - Projeto do loteamento, apresentado em 5 (cinco) vias, desenhos em escala


apropriada e arquivos em meio digital contendo, pelo menos:

a) as divisas do imóvel, perfeitamente definidas, com os rumos e confrontantes


conforme escritura;

b) a subdivisão da gleba em lotes, com as respectivas dimensões e numeração;

c) as vias internas;

d) as áreas destinadas ao sistema de lazer;

e) as áreas de uso institucional;

f) as áreas de reserva florestal;

g) legenda completa, especificando números de lotes, áreas dos lotes, áreas das vias
internas, áreas do sistema de recreio, áreas de uso institucional, áreas de reserva
florestal e outras componentes do projeto.

III – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental.

Art. 249 A aprovação do projeto será efetivada após a assinatura pelo loteador, do
Termo de Compromisso no qual se obrigará a executar, as suas expensas, nos prazos
previstos em cronograma aceito pela Prefeitura Municipal, com a duração máxima de 2
(dois) anos, as obras e melhoramentos constantes dos incisos I a V do artigo 247.

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Art. 250 Aplica-se ao parcelamento para chácaras de lazer, disposto no artigo 238.

SEÇÃO II

DAS ÁREAS COMERCIAIS, INSTITUCIONAIS E DE LAZER

Art. 251 Será admitido o parcelamento do solo rural para a criação das áreas
comerciais, institucionais ou de lazer, somente quando limitadas para a realização de um
ou mais dos seguintes objetivos:

I - postos de abastecimento de combustível, oficinas mecânicas, garagens e similares;

II - lojas, armazéns, restaurantes e similares;

III - silos, depósitos e similares;

IV - colégios, asilos, educandários, patronatos, centro de educação e similares;

V - centro culturais, sociais, recreativos, assistências e similares;

VI - postos de saúde, ambulatórios, sanatórios, hospitais, creches e similares;

VII - igrejas, templos, capelas de qualquer culto, cemitérios e similares;

VIII - conventos, mosteiros e similares;

IX - áreas de recreação pública, espetáculos ao ar livre e similares;

X - outros usos não especificados de interesse público.

Art. 252 A superfície mínima das áreas destinadas aos usos previstos no artigo 251, não
poderá ser inferior a 5.000 m² (cinco mil metros quadrados), não podendo as edificações
ocupar mais do que 25% (vinte e cinco por cento) das mesmas.

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Art. 253 O pedido de aprovação do parcelamento do solo rural para a formação de áreas
com as destinações previstas no artigo 251, será feito por meio de requerimento com os
seguintes elementos:

I - título de propriedade do imóvel;

II - as divisas do imóvel, perfeitamente definidas, com coordenadas e confrontantes;

III - a localização da área objeto do parcelamento, com as dimensões devidamente


cotadas e posição em relação às vias de acesso;

IV - a especificação de uso a que se destina a área.

SEÇÃO III

DAS ÁREAS DE USO INDUSTRIAL

Art. 254 Será admitido o parcelamento do solo na zona rural para formação de áreas de
uso industrial, de núcleos industriais, ou distritos industriais e para a localização de
estabelecimentos industriais.

Art. 255 A superfície mínima para os lotes de uso industrial na zona rural será de 40.000
m² (quarenta mil metros quadrados), não podendo as construções ocupar mais do que
25% (vinte e cinco por cento) da área do mesmo.

Art. 256 As vias de comunicação ou de acesso dos loteamentos industriais deverão


observar as composições previstas pelo artigo 122, não poderão ter largura inferior a
14,00 (quatorze) metros e as construções deverão obedecer às normas desta lei.

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Art. 257 A área mínima reservada para espaços livres de uso público será de 10% (dez
por cento) para sistema de lazer e de 5% (cinco por cento) para usos institucionais, sendo
estas, contornadas por vias de comunicação.

Art. 258 Os loteamentos destinados a uso industrial serão dotados de obras e


melhoramentos que contarão, no mínimo, de:

I - a abertura das vias de comunicação e das áreas de lazer;

II - a colocação dos marcos de alinhamento e nivelamento, que serão de concreto e


localizados nos ângulos e pontos de tangência das vias projetadas;

III - a colocação/execução de guias e sarjetas;

IV - a execução da rede de escoamento de águas pluviais;

V - a execução da rede de abastecimento e distribuição de água potável, inclusive da


fonte de produção, quando for o caso, bem como das respectivas ligações, nos padrões
exigidos pelo setor de águas e esgotos da Prefeitura de Ilha Solteira;

VI - a execução dos serviços de pavimentação das vias de circulação e dos passeios


públicos inclusive das áreas livres de uso público e institucionais, em conformidade com
os padrões exigidos em cada caso e conforme a capacidade de tráfego prevista;

VII - a execução dos serviços de arborização das vias de comunicação e das áreas
livres de uso público;

VIII - a execução da rede elétrica e de iluminação;

IX - proteção do solo superficial;

X - ligação do coletor tronco do esgoto, da rede interna do loteamento, até o emissário,


quando for o caso, bem como, das respectivas ligações nos lotes obedecendo aos
padrões do setor de águas e esgotos da Prefeitura de Ilha Solteira;

XI - obras de terraplenagem, de drenagem e muros de arrimo;

XII - sinalização viária, vertical e horizontal, de acordo com os padrões e normas fixados
pela Prefeitura Municipal.

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Art. 259 Os pedidos de aprovação de projeto de loteamentos para fins industriais serão
apresentados à Prefeitura Municipal, na forma estabelecida no artigo 212 desta Lei.

SEÇÃO IV

DAS ÁREAS PARA EXTRAÇÃO DE MINERAIS

Art. 260 As áreas para exploração de pedreiras, argileiras, bem como pedregulho,
areia e outros minerais, deverão ser aprovadas pela Prefeitura de Ilha Solteira, e
deverão observar, no que couber, o estabelecido pelo artigo 246.

Parágrafo Único A Prefeitura poderá determinar, a qualquer tempo, a execução de obras


e serviços ou a adoção de medidas consideradas necessárias ao saneamento da área ou
proteção de pessoas, logradouros públicos, rios e propriedades vizinhas.

Art. 261 Os empreendimentos em áreas para extração de minerais deverão submeter à


apreciação da Prefeitura Municipal, plano da recuperação das áreas degradadas pela
atividade, segundo disposição da legislação estadual vigente.

Art. 262 Os pedidos de aprovação de projetos para utilização de áreas para extração de
minerais serão apresentados à Prefeitura Municipal na forma estabelecida no artigo 248,
obedecido o disposto no artigo anterior.

SEÇÃO V

DAS ÁREAS ONDE EXISTAM FLORESTAS, MATAS OU BOSQUES

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Art. 263 O parcelamento do solo nas áreas onde existem florestas, bosques, matas ou
árvores imunes de corte, fica submetido ao regime especial estabelecido neste capítulo,
qualquer que seja a finalidade do parcelamento.

Art. 264 O projeto de parcelamento do solo nas áreas a que se refere o artigo 259,
deverá assegurar a preservação permanente dos revestimentos vegetais naturais, não
sendo permitido o corte de nenhuma árvore sem prévia licença dos órgãos competentes.

Parágrafo Único Qualquer árvore ou grupo de árvores situado em imóvel público ou


particular, poderá ser declarado imune ao corte.

CAPÍTULO IV

DOS NÚCLEOS RESIDENCIAIS EM CONDOMÍNIOS

Art. 265 Considera-se núcleo residencial em condomínio, o conjunto de lotes destinados


à edificação de residência, com ou sem lotes destinados ao uso comercial, lazer e outros
e dispondo de áreas de uso privativo e de áreas livres para o sistema de lazer, circulação
e implantação de equipamentos comunitários e urbanos, todas de uso comum.

Parágrafo Único Não serão núcleos residenciais em condomínio, empreendimentos em


glebas com área superior a 50.000,00 (cinqüenta mil) metros quadrados, que possam
interromper o sistema viário principal ou dificultem a boa acessibilidade aos bairros e
porções do território.

Art. 266 A aprovação de projetos de parcelamento para núcleos residenciais em


condomínios obedecerá:

I - as normas estabelecidas para os loteamentos, quando situados em zona urbana ou de


expansão urbana;

II - as normas estabelecidas para as chácaras de Lazer, quando situadas na zona rural.

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Art. 267 As áreas destinadas ao sistema de lazer, de circulação e para implantação de
equipamento urbano e comunitário, constituirão coisa inalienável e indivisível, de domínio
de todos os proprietários do núcleo residencial, enquanto for mantido o condomínio.

Parágrafo único Desfeito o condomínio, as áreas a que se refere este artigo, passarão
para o domínio público.

Art. 268 A administração de núcleo residencial em condomínio, no que respeita aos


serviços que interessam a todos os moradores, como sejam os de abastecimento de
água, coleta de esgotos, iluminação pública, telefone, coleta e disposição final do lixo,
vigilância interna e portaria, caberá a um dos proprietários ou a terceiros, eleito por
maioria, enquanto for mantido o condomínio.

Art. 269 Os proprietários do núcleo residencial em condomínio contribuirão diretamente


com as quotas relativas a quaisquer impostos ou taxas, pagando-as por meio de
lançamento como se tratasse de unidades autônomas.

Parágrafo Único As unidades autônomas de que trata este artigo serão inscritas no
Cadastro Imobiliário da Prefeitura, na forma estabelecida pelo Código Tributário para os
imóveis comuns.

TÍTULO VI

DOS INSTRUMENTOS DE POLÍTICA URBANA

Art. 270 A intervenção do Poder Público Municipal na propriedade imóvel terá como
finalidades principais:

I – compatibilizar a densidade populacional e o uso e ocupação dos imóveis aos


condicionantes ambientais e à disponibilidade ou possibilidade de adequação da
infra-estrutura e serviços urbanos;

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II – promover operações que permitam a implantação de infraestrutura e de serviços
públicos em áreas com intensiva ocupação do solo e diversificação de usos;

III – promover, na forma da lei, a regularização fundiária de favelas, ocupações ou


loteamentos irregulares;

IV – viabilizar os programas de conservação, preservação e recuperação ambiental;

V – promover o adequado aproveitamento dos imóveis não edificados, subutilizados ou


não utilizados.

§ 1º Considera-se imóvel não edificado a terra nua desprovida de qualquer edificação,


dentro do perímetro urbano consolidado, e que não atenda à utilização prevista nesta Lei
Complementar e em lei especifica.

§ 2º Considera-se subutilizado o imóvel, localizado dentro do perímetro urbano


consolidado, cujo aproveitamento seja inferior a 20% (vinte por cento) da área total do
terreno, desde que não seja o único imóvel do proprietário e que a área não possua
espécies vegetais significativas da flora nacional.

§ 3º Considera-se não utilizado o imóvel localizado dentro do perímetro urbano


consolidado que, a par de possuir edificação, encontra-se abandonado ou não habitado,
incluídas as construções paralisadas ou em ruínas, há mais de 24 (vinte e quatro)
meses.

§ 4º Consideram-se vazios urbanos as glebas, sem edificações, com área superior a


10.000 m² (dez mil metros quadrados) localizadas no interior do perímetro urbano
consolidado.

Art. 271 Para a promoção, planejamento, controle e gestão do desenvolvimento de Ilha


Solteira serão adotados, sem prejuízo de outros previstos na legislação municipal,
estadual ou federal, os seguintes instrumentos:

I - PLANEJAMENTO

a) Plano Plurianual;

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b) Lei de Diretrizes Orçamentárias;

c) Lei de Orçamento Anual;

d) planos de desenvolvimento econômico e social;

e) planos, programas e projetos setoriais;

f) programas, projetos e planos especiais de urbanização;

g) instituição de unidades de conservação.

II - JURÍDICOS E URBANÍSTICOS

a) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios;

b) IPTU progressivo no tempo;

c) desapropriação com pagamento em títulos da dívida pública;

d) Zona Especial de Interesse Social;

e) outorga onerosa do direito de construir;

f) transferência do direito de construir;

g) operações urbanas consorciadas;

h) consórcio imobiliário;

i) direito de preempção;

j) direito de superfície;

k) licenciamento ambiental;

l) tombamento de imóveis;

m) desapropriação;

n) compensação ambiental;

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o) Estudo de Impacto de Vizinhança e viabilidade Ambiental (EIV);

p) Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto do Meio Ambiente (RIMA).

III - REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

a) concessão de direito real de uso;

b) concessão de uso especial para fins de moradia;

c) usucapião urbano;

d) autorização de uso,

e) cessão de posse;

f) direito de preempção;

g) direito de superfície.

IV - TRIBUTÁRIOS E FINANCEIROS

a) impostos municipais diversos;

b) taxas, tarifas e preços públicos específicos;

c) contribuição de melhorias;

d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;

e) fundo municipal de desenvolvimento local.

V – JURÍDICO - ADMINISTRATIVOS

a) servidão e limitação administrativas;

b) autorização, permissão ou concessão de uso de bens públicos municipais;

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c) concessão dos serviços públicos urbanos;

d) gestão de serviços urbanos com organizações sociais, assim declaradas pelo poder
Público Municipal;

e) convênios e acordos técnicos, operacionais e de cooperação institucional;

f) termo administrativo de ajustamento de conduta;

g) doação em pagamento.

VI - DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO URBANA

a) conselhos municipais;

b) fundos municipais;

c) orçamento participativo;

d) audiências e consultas públicas;

e) conferências municipais;

f) iniciativa popular de projetos de lei;

g) referendo e plebiscito.

Parágrafo Único Os instrumentos mencionados no presente Título poderão ser


utilizados isolada ou conjuntamente.

CAPÍTULO I

DOS INSTRUMENTOS URBANÍSTICOS

SEÇÃO I

DO PARCELAMENTO, EDIFICAÇÃO OU UTILIZAÇÃO COMPULSÓRIOS


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Art. 272. O Poder Executivo Municipal, nos termos do artigo 182 da Constituição Federal
e dos artigos 5º e 6º da Lei nº 10.257/01 – Estatuto da Cidade, determinará o
parcelamento, edificação ou utilização compulsórios do solo urbano não edificado,
subutilizado, e não utilizado, sob pena, sucessivamente, de:

I – incidência de Imposto Predial e Territorial Urbano progressivo no tempo;

II – desapropriação com pagamentos mediante títulos da dívida pública.

Art. 273 As áreas localizadas dentro do perímetro urbano consolidado, classificadas


como ZERP, delimitadas pelos Mapas 06/10 ANEXO III ou nas glebas ou terrenos
delimitados no Mapa 23/30 - Áreas Subutilizadas ANEXO IV ou ainda nos casos
apontados pelo Cadastro Físico da Prefeitura conforme classificados no artigo 270,
sujeitas ao parcelamento, edificação ou utilização compulsórios serão apontadas em lei
municipal específica, observadas as seguintes condições:

I - imóveis edificados desocupados há mais de 24 (vinte e quatro meses);

II - terrenos ou glebas subutilizados, não utilizados, não edificados ou não parcelados,


com área igual ou superior a 180,00m² (cento e oitenta metros quadrados), cujo
aproveitamento seja inferior a 20% (vinte por cento) da área total do terreno, desde que
não seja o único imóvel urbano do proprietário e que a área não possua espécies
vegetais remanescentes da mata original e significativas da flora nacional ou elementos
do Patrimônio Histórico;

III – glebas urbanas com área igual ou superior a 10.000 m² (dez mil metros quadrados).

§ 1º A relevância da cobertura vegetal dos imóveis e glebas será verificada pelo órgão
municipal competente, que avaliará a idade botânica, a quantidade de espécies e o grau
de comprometimento das espécies vegetais com a edificação no lote, e expedirá a
competente Certidão.

§ 2º Lei municipal específica fixará as condições e os prazos para implementação das


obrigações definidas nesta Seção, bem como estabelecerá a forma de participação do
Conselho da Cidade.

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§ 3º Ficam excluídos os imóveis destinados a estacionamentos, depósitos ao ar livre e
similares em pleno funcionamento desde que do total da sua área, 50% (cinqüenta por
cento) no mínimo, seja utilizada na atividade.

§ 4º Ficam excluídos os lotes em loteamento de propriedade de empresa loteadora pelo


prazo máximo de 4 anos da aprovação de empreendimento de parcelamento do solo.

Art. 274 O proprietário de imóvel sujeito à aplicação dos instrumentos de que trata esta
Seção será notificado pelo Poder Público, devendo a Notificação ser averbada na
Serventia Imobiliária competente acompanhada de Laudo Técnico que ateste a situação
do imóvel.

I - a notificação far-se-á da seguinte forma:

a) por funcionário do Poder Público Municipal, ao proprietário do imóvel ou, no caso de


este ser pessoa jurídica, a quem tenha poderes de gerência geral ou administração;

b) por edital quando frustrada, por três vezes, a tentativa de notificação na forma prevista
pela alínea “a”, deste artigo;

II - o proprietário notificado deverá, no prazo máximo de um ano a partir da Notificação,


para protocolar pedido de aprovação de projeto de parcelamento, edificação ou
apresentar prova de efetiva utilização;

III - as obras do empreendimento deverão ser iniciadas no prazo máximo de dois anos a
contar da aprovação do projeto, e concluídas nos termos do cronograma aprovado pelo
órgão competente;

IV - em empreendimentos de grande porte, a serem definidos por lei municipal


especifica, poderá ser prevista a execução das obras em etapas, desde que o projeto
seja aprovado na íntegra, juntamente com o cronograma de execução de todas as
etapas.

Parágrafo Único A paralisação das obras ou o não atendimento do cronograma, sem


justificativa aceita pelo Poder Executivo Municipal, implicará na imediata caracterização
do imóvel como não edificado, subutilizado ou não utilizado, sujeitando o proprietário às
cominações legais aplicáveis à espécie.

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Art. 275 Poderão ser aceitas como formas de aproveitamento de imóveis não edificados,
subutilizados ou não utilizados a construção de equipamentos comunitários ou espaços
livres arborizados, apenas no prazo em que seja assegurado o uso público e garantida a
melhoria da qualidade ambiental.

Art. 276 A transmissão do imóvel, por ato inter vivos ou causa mortis, posterior à data da
notificação, transfere as obrigações de parcelamento, edificação ou utilização, previstas
nesta Seção, sem interrupção de quaisquer prazos.

Art. 277 Fica facultado aos proprietários dos imóveis de que trata esta Seção, propor ao
Poder Executivo Municipal o estabelecimento de Consórcio Imobiliário, conforme
disposto na Seção VI, Capítulo I, Título V desta Lei Complementar e artigo 46 do
Estatuto da Cidade.

SEÇÃO II

DO IMPOSTO PREDIAL E TERRITORIAL URBANO (IPTU) PROGRESSIVO

NO TEMPO E DA DESAPROPRIAÇÃO COM PAGAMENTO

EM TÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICA

Art. 278 No caso de descumprimento das condições, etapas e prazos estabelecidos na


Seção I, Capítulo I, Título V da presente Lei, o Município aplicará alíquotas progressivas
do IPTU, majoradas anualmente nos termos do Código Tributário Municipal, pelo prazo
de 05 (cinco) anos consecutivos, até que o proprietário cumpra com a obrigação de
parcelar, edificar ou utilizar, conforme o caso.

§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo, o Imposto Predial e Territorial Urbano


poderá ser progressivo em razão do valor venal do imóvel e ter alíquotas diferentes de
acordo com a localização e uso do imóvel, respeitada a alíquota máxima de 15% (quinze
por cento).

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§ 2º Caso a obrigação de parcelar, edificar ou utilizar não esteja atendida no prazo
estabelecido no “caput” deste artigo, o Município manterá a cobrança pela alíquota
máxima.

§ 3º Fica vedada a concessão de isenções ou de anistia relativas à tributação


progressiva de que trata este artigo.

Art. 279 Decorridos 05 (cinco) anos de cobrança do IPTU progressivo no tempo sem que
o proprietário tenha cumprido a obrigação de parcelamento, edificação ou utilização, o
Município poderá proceder à desapropriação do imóvel, com pagamento em títulos da
dívida pública.

§ 1° - Os títulos da dívida pública terão prévia aprovação pelo Senado Federal e serão
resgatados no prazo de até 10 (dez) anos, em prestações anuais, iguais e sucessivas,
assegurados o valor real da indenização e juros legais de 6% (seis por cento) ao ano.

§ 2° - O valor real da indenização:

I - refletirá o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em


função de obras realizadas pelo Poder Público, na área onde o mesmo se localiza, após
a notificação de que trata o artigo 274 desta Lei;

II – não computará expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

§ 3° Os títulos de que trata esse artigo não terão poder liberatório para pagamento de
tributos.

§ 4° O Município procederá ao adequado aproveitamento do imóvel no prazo máximo de


05 (cinco) anos, contado a partir de sua incorporação ao patrimônio público.

§ 5° O aproveitamento do imóvel poderá ser efetivado diretamente pelo Poder Público ou


por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se, nesses casos, o devido
procedimento licitatório.

Art. 280 Estão sujeitos a aplicação dos instrumentos desta Seção, sem prejuízo de
outras, as áreas localizadas nas ZERP – Zonas Especiais de Reestruturação Produtiva
da presente Lei Complementar, especialmente os imóveis relacionados MAPA 23/30 -
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Imóveis Subutilizados e aqueles apontados pelo Cadastro Físico Municipal que não
atentem o disposto no artigo 270 da presente Lei.

Parágrafo Único O setor de cadastro físico imobiliário elaborará a relação dos imóveis
que não atendam o disposto no artigo 270 no prazo de 180 dias, contados a partir da
promulgação desta Lei.

SEÇÃO III

DA OUTORGA ONEROSA DO DIREITO DE CONSTRUIR E ALTERAÇÃO DE USO

Art. 281 O Poder Executivo Municipal, mediante contrapartida financeira a ser prestada
pelo beneficiário, nos termos dos artigos 28 a 31 da Lei nº 10.257/01 – Estatuto da
Cidade, e de acordo com os critérios e procedimentos definidos em lei especifica, poderá
outorgar:

I – o direito de construir acima do Coeficiente de Aproveitamento Básico respeitado o


Coeficiente de Aproveitamento Máximo;

II – o direito de alterar o uso do solo.

III – o direito de superar a taxa de permeabilidade mínima exigida para a zona

§ 1º a concessão dos instrumentos previstos nos incisos do caput deste artigo poderá
ser negada, pelo Conselho da Cidade, caso se verifique a possibilidade de impacto não
suportável pela infra-estrutura ou o risco de comprometimento da paisagem urbana.

§ 2º Os recursos auferidos com a adoção da Outorga Onerosa do Direito de Construir


serão depositados no Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano criado por esta Lei,
excluídos os decorrentes de operação urbana consorciada.

§ 3º Lei Municipal específica, de iniciativa do Poder Executivo, estabelecerá as


condições a serem observadas para a outorga onerosa do direito de construir e de
alteração de uso, determinando:

I – a fórmula de cálculo para a cobrança;

II – os casos passíveis de isenção do pagamento da outorga;


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III – a contrapartida do beneficiário.

Art. 282 A contrapartida poderá ser substituída pela doação de imóveis ao Poder Público
ou por obras de infraestrutura nas áreas que necessitam de investimentos e nas ZEI,
desde que aprovada pelo Conselho da Cidade.

Art. 283 Poderá ser permitida a utilização do coeficiente máximo sem contrapartida
financeira na produção de Habitação de Interesse Social (HIS) e de equipamentos
públicos, desde que aprovado pelo Conselho da Cidade.

Art. 284 As áreas passíveis de aplicação do instrumento de que trata esta Seção são
aquelas localizadas na Zona Urbana, observados os parâmetros urbanísticos de cada
Zona de Uso específica.

SEÇÃO IV

DA TRANSFERÊNCIA DO DIREITO DE CONSTRUIR

Art. 285 O Poder Executivo Municipal poderá autorizar o proprietário de imóvel urbano a
exercer em outro local, ou alienar total ou parcialmente, mediante escritura pública, o
potencial construtivo previsto na lei, quando o imóvel for considerado necessário para
fins de:

I - preservação, quando declarado pelo Poder Público como de interesse histórico,


arquitetônico, urbanístico, arqueológico, paisagístico, ambiental, social ou cultural;

II – implementação de programas de regularização fundiária, urbanização de áreas


ocupadas por população de baixa renda e habitação de interesse social;

III – implantação de sistema viário, equipamentos urbanos e comunitários;

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§ 1° A mesma faculdade será concedida ao proprietário que doar ao Poder Público seu
imóvel ou parte dele, para os fins previstos neste artigo.

§ 2° O proprietário que transferir potencial construtivo de imóvel considerado como de


interesse do patrimônio, nos termos deste artigo, assumirá a obrigação de mantê-lo
preservado e conservado.

Art. 286 Não podem originar transferência do direito de construir os imóveis:

I – desapropriados;

II – situados em área non aedificandi;

III – de propriedade pública ou que, em sua origem, tenham sido alienados pelo
Município, pelo Estado ou pela União de forma não onerosa.

Art. 287. O Poder Executivo deve manter registro das transferências do direito de
construir ocorridas, no qual constem os imóveis transmissores e receptores, bem como
os respectivos potenciais construtivos transferidos e recebidos.

Parágrafo Único Consumada a transferência do direito de construir em relação a cada


imóvel receptor, fica o potencial construtivo transferido vinculado a este.

Art. 288 As condições relativas à aplicação da transferência do direito de construir serão


estabelecidas em lei municipal específica, com base no Estatuto da Cidade e nesta Lei
Complementar, que definirá:

I – as formas de registro e de controle administrativo;

II - as formas e mecanismos de controle social;

III - a previsão de avaliações periódicas;

IV - a forma de cálculo do volume construtivo a ser transferido.

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Parágrafo Único Estão sujeitas à aplicação do instrumento que trata esta Seção, sem
prejuízo de outras, as áreas internas ao perímetro urbano principal consolidado conforme
MAPA 1/10 ANEXO desta Lei Complementar.

SEÇÃO V

DAS OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS

Art. 289 Operação Urbana Consorciada é o conjunto de intervenções e medidas


coordenadas pelo Poder Executivo Municipal, com a participação dos proprietários,
moradores, usuários permanentes e investidores privados, com o objetivo de alcançar
em uma área específica, transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais,
valorização ambiental, notadamente ampliando os espaços públicos, organizando o
sistema de transporte coletivo, implantando programas de melhorias de infra-estrutura,
sistema viário e de habitações de interesse social em determinado perímetro.

Parágrafo Único Poderão ser previstas nas Operações Urbanas Consorciadas, dentre
outras medidas, a modificação de coeficientes e características de parcelamento, uso e
ocupação do solo e subsolo, bem como alterações das normas edilícias, considerado o
impacto ambiental delas decorrente.

Art. 290. As Operações Urbanas Consorciadas têm como finalidades:

I – implantação de equipamentos estratégicos para o desenvolvimento urbano;

II – otimização de áreas envolvidas em intervenções urbanísticas de porte e revitalização


de áreas consideradas não edificadas, subutilizadas, não utilizadas, ou degradadas;

III – implantação de programas de regularização fundiária e de habitação de interesse


social;

IV – implantação de espaços públicos;

V – proteção, recuperação, valorização e criação de patrimônio ambiental, histórico,


arquitetônico, cultural e paisagístico;

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VI – melhoria e ampliação da infra-estrutura da rede viária;

VII – dinamização de áreas visando a geração de empregos;

VIII – reurbanização e tratamento urbanístico de áreas.

Art. 291 Cada Operação Urbana Consorciada será criada por lei específica que, de
acordo com as disposições dos artigos 32 a 34 da Lei nº. 10.257/01 - Estatuto da
Cidade, conterá, no mínimo:

I - definição da área de abrangência e do perímetro da área de intervenção;

II - coeficiente máximo de aproveitamento da Operação Urbana;

III - programas e projetos básicos de ocupação da área e intervenções previstas;

IV - programas de atendimento econômico e social para a população diretamente


afetada pela operação;

V - solução habitacional dentro do seu perímetro ou vizinhança próxima, no caso da


necessidade de remover os moradores de favelas e ocupações;

VI – finalidades da operação;

VII - estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental – EIVA, global, para a


operação;

VIII - estudo de Impacto Ambiental – EIA, quando necessário;

IX - contrapartida a ser exigida dos proprietários, usuários permanentes e investidores


privados, em função dos benefícios recebidos;

X - forma de controle e monitoramento da operação, obrigatoriamente compartilhado


com representação na sociedade civil;

XI – garantia de preservação de imóveis e espaços urbanos de especial valor cultural e


ambiental, protegidos por tombamento ou por ato do Poder Público;

XII – previsão de conta ou fundo específico para recebimento dos recursos de


contrapartidas financeiras decorrentes dos benefícios urbanísticos concedidos.
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§ 1º Toda Operação Urbana Consorciada deverá ser previamente aprovada pelo
Conselho da Cidade.

§ 2º Os recursos obtidos pelo Poder Público na forma do inciso IX, deste artigo, serão
aplicados, exclusivamente, no programa de intervenções e dentro da área de
abrangência definidos na lei de criação da Operação Urbana Consorciada.

§ 3° O estoque de potencial construtivo adicional a ser definido para as áreas de


Operação Urbana terá seus critérios e limites definidos na lei municipal específica.

Art. 292 A lei específica que aprovar a Operação Urbana Consorciada poderá prever a
emissão, pelo Município, de determinada quantidade de Certificados de Potencial
Adicional Construtivo - CEPAC, os quais serão alienados em leilão ou utilizados
diretamente na implementação do programa de ações previstas na própria operação.

§ 1° Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo – CEPAC - serão livremente


negociados, mas convertidos em direito de construir e alteração de uso unicamente na
área objeto da Operação.

§ 2° A vinculação dos Certificados de Potencial Adicional Construtivo – CEPAC – poderá


ser realizada no ato da aprovação de projeto de edificação específico para o imóvel.

§ 3º Os Certificados de Potencial Adicional Construtivo – CEPAC – poderão ser


vinculados ao imóvel por intermédio de declaração da Municipalidade, os quais deverão
ser objeto de Certidão.

§ 4º A Lei a que se refere o caput deste artigo deverá estabelecer:

I – a quantidade de Certificados de Potencial Adicional Construtivo – CEPAC – a ser


emitida, obrigatoriamente proporcional ao estoque de potencial construtivo adicional
previsto para a Operação;

II - o valor mínimo do CEPAC;

III – as formas de cálculo das contrapartidas;

IV – as formas de conversão e equivalência dos CEPACs em metros quadrados de


potencial construtivo adicional.

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SEÇÃO VI

DO CONSÓRCIO IMOBILIÁRIO

Art. 293 Considera-se Consórcio Imobiliário a forma de viabilização de planos de


urbanização ou edificação, por meio da qual o proprietário transfere ao Poder Público
Municipal o seu imóvel e, após a realização das obras, recebe como pagamento,
unidades imobiliárias devidamente urbanizadas ou edificadas.

Parágrafo Único Além das situações previstas no artigo 46 da Lei nº. 10.257/01 -
Estatuto da Cidade, o Poder Público Municipal poderá aplicar o instrumento do
Consórcio Imobiliário, para viabilizar a produção de loteamentos de interesse social ou
empreendimentos habitacionais de interesse social.

Art. 294 O valor das unidades imobiliárias a ser entregue ao proprietário será
correspondente ao valor do imóvel antes da execução das obras e deverá:

I – refletir o valor da base de cálculo do IPTU, descontado o montante incorporado em


função das obras realizadas pelo Poder Público no local;

II – não computar expectativas de ganhos, lucros cessantes e juros compensatórios.

Art. 295 A realização do empreendimento poderá ser efetivada diretamente pelo Poder
Executivo Municipal ou por meio de alienação ou concessão a terceiros, observando-se,
nesses casos, o devido procedimento licitatório.

Art. 296 A transferência do imóvel deverá ser feita por escritura pública, devidamente
registrada no Serviço de Registro de Imóveis.

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Art. 297 Estão sujeitas à aplicação do instrumento que trata esta Seção, sem prejuízo de
outras, as áreas de particulares localizadas na zona urbana.

SEÇÃO VII

DO DIREITO DE PREEMPÇÃO OU PREFERÊNCIA

Art. 298 O Poder Público Municipal poderá exercer o direito de preempção para
aquisição de imóvel urbano, objeto de alienação onerosa entre particulares, conforme
disposto nos artigos 25, 26 e 27 da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 -
Estatuto da Cidade.

Art. 299 O direito de preempção será exercido sempre que o Poder Público necessitar
de áreas para:

I - regularização fundiária;

II - execução de programas e projetos habitacionais de interesse social, bem como de


loteamentos de interesse social;

III - constituição de reserva fundiária;

IV - ordenamento e direcionamento da expansão urbana;

V - implantação de equipamentos urbanos, comunitários e modificações no sistema


viário visando garantir a melhoria das condições de segurança e fluidez no trânsito;

VI - criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes;

VII - criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de interesse


ambiental;

VIII - proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico.

Parágrafo Único Lei específica deverá enquadrar cada área em que incidirá o direito de
preempção ou preferência, em uma ou mais das finalidades enumeradas neste artigo.

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Art. 300 O proprietário deverá notificar sua intenção de alienar o imóvel para que o
Município, no prazo máximo de 30 (trinta) dias, manifeste por escrito seu interesse em
comprá-lo:

Parágrafo Único À notificação mencionada do caput será anexado:

I proposta de compra apresentada pelo terceiro interessado na aquisição do imóvel, da


qual constará preço, condições de pagamento e prazo de validade;

II endereço do proprietário, para recebimento de notificação e de outras comunicações;

III certidão de inteiro teor da matrícula do imóvel atualizada, expedida pelo Cartório de
Registro de Imóveis, da circunscrição imobiliária competente;

IV declaração assinada pelo proprietário, sob as penas da lei, de que não incidem
quaisquer encargos e ônus sobre o imóvel, inclusive os de natureza real, tributária ou
executória.

Art. 301 Recebida a notificação a que se refere o artigo anterior, o Poder Executivo
Municipal poderá manifestar, por escrito, dentro do prazo legal, o interesse em exercer a
preferência para a aquisição do imóvel.

§ 1º O Poder Executivo Municipal fará publicar em Diário Oficial do Município e em


jornal local ou regional de grande circulação, edital de aviso da notificação recebida e da
intenção.

§ 2º A ausência de manifestação expressa do Poder Executivo Municipal de que


pretende exercer o direito de preempção na aquisição do imóvel, em até 30 (trinta) dias
após a data do recebimento da notificação referida no caput, autoriza o proprietário do
imóvel a aliená-lo para terceiros, mantidas as mesmas condições apresentadas ao Poder
Público.

Art. 302 Concretizada a venda a terceiro, o proprietário fica obrigado a entregar ao


Poder Executivo Municipal cópia do instrumento público de alienação do imóvel, no
prazo de 30 (trinta) dias.

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§ 1º O Poder Executivo Municipal promoverá as medidas judiciais cabíveis para a
declaração de nulidade de alienação onerosa efetuada em condições diversas da
proposta apresentada.

§ 2º Em caso de nulidade da alienação efetuada pelo proprietário, o Poder Executivo


Municipal poderá adquirir o imóvel pelo valor base de cálculo de imposto predial e
territorial urbano ou pelo valor indicado na proposta apresentada, se este for inferior
àquele.

Art. 303 Lei Municipal específica definirá as áreas em que incidirão o direito de
preempção, especialmente, sem prejuízo de outras, as áreas de particulares localizadas
na zona urbana, periurbana ou rural, fixando as condições e prazos de seu exercício,
observadas as disposições dos § 1º e 2º, Art.. 25 da Lei nº. 10257/01 - Estatuto da
Cidade.

SEÇÃO VIII

DO DIREITO DE SUPERFÍCIE

Art. 304 O Município poderá receber e conceder diretamente ou por meio de seus
órgãos, empresas ou autarquias, o direito de superfície, nos termos dos artigos 21, 22 e
23 da Lei nº. 10257/01 - Estatuto da Cidade, para viabilizar a implementação de
diretrizes constantes desta Lei, inclusive mediante a utilização do espaço aéreo e
subterrâneo.

Parágrafo Único O Direito de Superfície poderá ser aplicado em todo o território do


Município.

SEÇÃO IX

DO ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

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E VIABILIDADE AMBIENTAL

Art. 305 O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental – EIVA


compreende o conjunto de elementos técnicos indicativos das prováveis modificações
nas diversas características socioeconômicas e físico-territoriais do entorno, que podem
resultar do desenvolvimento de empreendimentos, atividades ou de projetos
urbanísticos.

Parágrafo Único O Estudo Prévio de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental -


EIVA - será analisado por uma comissão multidisciplinar constituída por servidores
especializados, integrantes dos órgãos municipais responsáveis pelo planejamento,
meio-ambiente, urbanismo, infra-estrutura e transportes, e levado à apreciação do
Conselho da Cidade que o aprovará ou encaminhará para aprovação em audiência
pública convocada para esse fim.

Art. 306 O EIV será elaborado de forma a contemplar os efeitos positivos e negativos do
empreendimento ou atividade, quanto aos seus impactos na qualidade de vida da
população residente na área e suas proximidades, bem como nos outros
empreendimentos existentes na sua área de influência.

Parágrafo Único Para efeito desta Lei considera-se área de influência, em cada caso,
no mínimo as distâncias previstas no § 1º e § 2° do artigo 320.

Art. 307 As classificações dos empreendimentos bem como os métodos a serem


utilizados na elaboração dos Estudos de Impacto de Vizinhança que esta lei institui,
devem ser revistos no mínimo a cada período de gestão administrativa,
preferencialmente a cada 4 (quatro) anos, e no máximo a cada 10 (dez) anos

Art. 308 A implementação do EIVA deve contemplar os seguintes princípios:

I – a integralidade do território municipal;

II – a produção de uma cidade justa e bela considerando os meios urbano e rural;

III – a proteção, conservação e recuperação do patrimônio urbanístico;


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IV – a proteção do patrimônio cultural e ambiental;

V – a promoção da cidadania e da participação democrática na gestão pública municipal;

VI – a modernização institucional com a descentralização no processo de decisões;

VII – o aperfeiçoamento do sistema de fiscalização para a aplicação da legislação


urbanística;

VIII – a implementação de mecanismos de ação compartilhada com parceria entre o


Poder Público e a sociedade civil.

SUBSEÇÃO I

DA CLASSIFICAÇÃO DOS INCÔMODOS

Art. 309 Para efeito da sua implantação, modificação, alteração de qualquer tipo,
fiscalização e autorização de funcionamento, os empreendimentos localizados no
Município de Ilha Solteira, serão classificados segundo o seu potencial de causar
incômodos à vizinhança como:

a) Não Incômodo - interferência ambiental de Nível 1;

b) Incômodo - interferência ambiental de Nível 2;

c) Incômodo – interferência ambiental de Nível 3;

d) Incômodo – interferência ambiental de Nível 4.

Art. 310 Os empreendimentos considerados incômodos com interferência ambiental de


níveis 2, 3 e 4, para efeito desta Lei deverão apresentar para análise prévia do Setor
Urbanismo da Prefeitura do Município de Ilha Solteira, os devidos Estudos de Impacto de
Vizinhança e Viabilidade Ambiental;

Parágrafo Único os pequenos empreendimentos de subsistência, cujos proprietários


comprovem inequívoca incapacidade financeira, poderão solicitar à Prefeitura, apoio
técnico na elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança, que poderá ser elaborado

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de maneira simples e objetiva pelos técnicos do setor de urbanismo e submetido ã
apreciação do Conselho da Cidade.

Art. 311 Os empreendimentos cujo uso seja classificado de interferência ambiental de


Nível 1, para efeito desta Lei estarão sujeitos a apresentarem estudo de impacto
simplificado apenas nos casos em que seu uso ou não uso, por qualquer razão, não
esteja compatível com a segurança, a higiene, a saúde ou a paisagem do entorno,
causando incômodos e desvalorização dos imóveis.

SUBSEÇÃO II

DA CLASSIFICAÇÃO DOS ESTUDOS

Art. 312 Os Estudos de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental, obedecendo à


ordem de complexidade dos impactos e incômodos listados no Anexo desta Lei, poderão
ser elaborados em até três níveis sucessivos:

I - Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Simplificado – EIVAS:


exigido para os empreendimentos cujo uso é classificado como incômodo, com
interferência ambiental de Nível 2 e nos casos previstos no artigo 311;

II - Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Completo – EIVAC:


exigido para os empreendimentos cujo uso é classificado como incômodo, com
interferência ambiental de Nível 3;

III - Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Ampliado - EIVAA:


exigido para os empreendimentos cujo uso é classificado como incômodo, com
interferência ambiental de Nível 4.

Art. 313 Poderão apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental


Simplificado os empreendimentos cujo uso é classificado como incômodo, com
interferência ambiental de Nível 3 e que se localizarem em Zona de Uso em que seu
próprio é considerado uso permitido.
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Art. 314 Poderão apresentar Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental
Completo, os empreendimentos cujo uso é classificado como incômodo, com
interferência ambiental de Nível 4 e que se localizarem Zona de Uso em que seu próprio
é considerado uso permitido.

Ar 315 Os loteamentos, desmembramentos e os condomínios, além do EIVA Ampliado,


deverão apresentar também Relatório de Viabilidade Econômica em que fique
demonstrada a capacidade do mercado imobiliário em absorver o empreendimento no
prazo de cinco anos da sua conclusão;

Art. 316 Para os Empreendimentos de Uso Misto os Estudos de Impacto de Vizinhança


deverão considerar especialmente o uso que apresentar maior nível de interferência, a
própria interferência de um uso sobre o outro no interior do empreendimento e de ambos
sobre o entorno conforme especificado para cada caso.

SUBSEÇÃO III

DA ELABORAÇÃO E ANÁLISE DOS ESTUDOS

Art. 317 Para a analise prévia do Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade


Ambiental, o interessado deverá apresentar ao Setor de Urbanismo, conforme o nível de
interferência ambiental os seguintes documentos e estudos:

I – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Simplificado - EIVAS

a) título de posse, documento de opção de compra ou contrato de compra do terreno,


registrados em cartório e acompanhados de cópia atualizada da matricula, todos
autenticados;

b) certidão de uso do solo expedida pela Prefeitura Municipal;

c) planta do sistema viário existente ou projetado, suas dimensões e classificação, numa


distância de no mínimo 100,00 metros dos limites do lote em que estiver inserido;

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d) o uso dos imóveis do seu entorno e a classificação dos seus respectivos níveis de
impacto, numa distância de no mínimo 50,00 metros dos limites do lote em que estiver
inserido;

e) gabarito e locação das edificações do empreendimento e do seu entorno (laterais,


frente e fundos);

f) anteprojeto arquitetônico, descrição da sua inserção no contexto e contribuições à


paisagem do entorno;

g) acessos, locais para aglomeração de usuários, estacionamento, interferências com a


circulação existente no seu entorno numa distância de no mínimo 50,00 metros dos
limites do lote em que está inserido;

h) planta do empreendimento com layout dos equipamentos utilizados;

i) relação das fontes de ruído e de vibração mecânica, emissão de micro-particulados,


gases e odores, com as diferentes potências e características;

j) horários de funcionamento e número de funcionários por turno;

k) previsão de freqüência, características de carga e descarga de produtos, tipos,


volumes e condições de armazenamento;

l) geração, armazenamento, retirada, tratamento e destinação dos resíduos;

m) estudo sobre os impactos na iluminação e ventilação naturais no entorno do


empreendimento (laterais, frente e fundos);

n) análise comparativa entre valorização e desvalorização imobiliária com e sem a


presença do empreendimento;

o) relação dos impactos positivos e negativos, medidas mitigadoras e plano de


implantação das mesmas;

p) relação dos profissionais responsáveis pelos estudos com cópias da documentação


profissional, registros e inscrições municipais;

q) publicações, taxas e emolumentos.

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II – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Completo - EIVAC:

a) Título de posse, documento de opção de compra ou contrato de compra do terreno,


registrados em cartório e acompanhado de cópia atualizada da matricula todos
autenticados;

b) Certidão de diretrizes municipais para a implantação do empreendimento


considerando o zoneamento, a infra-estrutura e as exigências técnicas cabíveis em cada
caso;

c) planta do sistema viário existente ou projetado, suas dimensões e classificação, numa


distância de no mínimo 200,00 metros dos limites do lote em que está inserido;

d) o uso dos imóveis do seu entorno e a classificação dos seus respectivos níveis de
impacto, numa distância de no mínimo 100,00 (cem) metros dos limites do lote em que
estiver inserido;

e) gabarito e locação das edificações do empreendimento e do seu entorno numa


distância de 50,00 (cinqüenta) metros dos limites do lote em que está inserido;

f) anteprojeto arquitetônico, descrição da sua inserção no contexto e contribuições à


paisagem do entorno;

g) acessos, locais para aglomeração de usuários, estacionamento, interferências com a


circulação existente no seu entorno numa distância de no mínimo 100,00 metros dos
limites do lote em que está inserido;

h) planta do empreendimento com layout dos equipamentos utilizados;

i) relação de fontes de ruído e de vibração mecânica, emissão de micro-particulados,


gases e odores, com as diferentes potências e características;

j) horários de funcionamento e número de funcionários por turno;

k) previsão de freqüência, características de carga e descarga de produtos, tipos,


volumes e condições de armazenamento;

l) geração, armazenamento, retirada, tratamento e destinação dos resíduos;

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m) estudo sobre os impactos na iluminação e ventilação naturais no entorno do
empreendimento numa distância de 50,00 metros dos limites do lote em que está
inserido;

n) análise comparativa entre valorização e desvalorização imobiliária com e sem a


presença do empreendimento;

o) estudo e análise dos impactos sobre o Patrimônio Histórico e Cultural do Município;

p) análise considerando a previsão de adensamento populacional, disponibilidade de


equipamentos urbanos e comunitários e transportes coletivos;

q) análise comparativa das condições ambientais com e sem a presença do


empreendimento considerando o entorno do empreendimento, numa distância de 100,00
(cem) metros dos limites do lote em que está inserido, seus impactos sobre o meio
ambiente;

r) análise comparativa das condições sócio-econômicas, com e sem a presença do


empreendimento, considerando o seu entorno numa distância de 200,00 (duzentos)
metros dos limites do lote em que está inserido, seus impactos sobre as atividades
econômicas, emprego e renda da população residente;

s) relação dos impactos positivos e negativos, medidas mitigadoras e plano de


implantação das mesmas;

t) plano de desativação do empreendimento no caso da sua inviabilização considerando


a retirada de equipamentos, resíduos remanescentes, segurança e proteção contra
riscos e incômodos;

u) relação dos profissionais responsáveis pelos estudos com cópias da documentação


profissional, registros e inscrições municipais.

v) publicações, taxas e emolumentos.

III – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Ampliado - EIVAA:

a) título de posse, documento de opção de compra ou contrato de compra do terreno,


registrados em cartório e acompanhado de cópia atualizada e autenticada da matrícula;

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b) certidão de diretrizes municipais para a implantação do empreendimento
considerando o zoneamento, a infra-estrutura e as exigências técnicas cabíveis em cada
caso;

c) planta do sistema viário existente ou projetado, suas dimensões e classificação, numa


distância de, no mínimo, 800,00 (oitocentos) metros dos limites do lote ou gleba em que
está inserido;

d) o uso dos imóveis do seu entorno e a classificação dos seus respectivos níveis de
impacto, numa distância de, no mínimo, 200,00 (duzentos) metros dos limites do lote ou
gleba em que estiver inserido;

e) gabarito e locação das edificações do empreendimento e do seu entorno numa


distância de 100,00 (cem) metros dos limites do lote ou gleba em que está inserido;

f) anteprojeto urbanístico com pré-dimensionamento do sistema viário, terraplenagem,


pavimentação, iluminação, distribuição de água, esgotamento sanitário, drenagem e
arborização;

g) anteprojeto arquitetônico, descrição da sua inserção no contexto e contribuições à


paisagem do entorno;

h) acessos, locais para aglomeração de usuários, estacionamento, interferências com a


circulação existente no seu entorno numa distância de, no mínimo, 200,00 metros dos
limites do lote ou gleba em que está inserido;

i) planta do empreendimento com layout dos equipamentos utilizados;

j) relação de fontes de ruído e de vibração mecânica, emissão de micro-particulados,


gases e odores, com as diferentes potências e características;

k) horários de funcionamento e número de funcionários por turno;

l) previsão de freqüência, características de carga e descarga de produtos, tipos,


volumes e condições de armazenamento;

m) geração, armazenamento, retirada, tratamento e destinação dos resíduos;

n) estudo sobre os impactos na iluminação e ventilação naturais no entorno do


empreendimento numa distância de 100,00 metros dos limites do lote em que está
inserido
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o) análise comparativa entre valorização e desvalorização imobiliária com e sem a
presença do empreendimento;

p) estudo e análise dos impactos sobre o Patrimônio Histórico e Cultural do Município;

q) análise considerando a previsão de adensamento populacional, disponibilidade de


equipamentos urbanos e comunitários e transportes coletivos;

r) análise comparativa das condições sócio ambientais com e sem a presença do


empreendimento considerando, em todo o território municipal, seus impactos sobre o
patrimônio ambiental.

s) análise comparativa das condições sócio-econômicas, com e sem a presença do


empreendimento considerando, em todo território municipal, seus impactos sobre as
atividades econômicas, emprego e renda da população residente;

t) relação dos impactos positivos e negativos, medidas mitigadoras e plano de


implantação das mesmas;

u) plano de desativação do empreendimento no caso da sua inviabilização,


considerando a retirada de equipamentos, resíduos remanescentes, segurança e
proteção contra riscos e incômodos;

v) relação dos profissionais responsáveis pelo estudo com cópias da documentação


profissional, registros e inscrição municipal;

x) publicações, taxas e emolumentos.

Parágrafo Único Os projetos deverão ser apresentados com desenhos humanizados


representando o uso máximo da capacidade do empreendimento com todos os
equipamentos, veículos, áreas de circulação, acessos e demais componentes dentro e
fora do terreno de forma a ficar claro a real possibilidade de a atividade pretendida ser
realizada na forma como propõe o empreendedor.

Art. 318 Após a elaboração dos estudos, o interessado deverá apresentar, de uma única
vez, todos os documentos relacionados, em cada caso, para a análise prévia à Prefeitura
de Ilha Solteira, que poderá abrir prazo de 30 (trinta) dias solicitando por escrito ao
interessado, as complementações necessárias.

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SUBSEÇÃO IV

DA APROVAÇÃO DO ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

E VIABILIDADE AMBIENTAL - EIVA

Art. 319 Após a análise prévia, da comissão técnica da Prefeitura o EIVA será
encaminhado à apreciação do Conselho da Cidade que o aprovará ou, caso em que este
assim entenda ser necessário, solicitará a Prefeitura a convocação de Audiência Pública
para a apresentação e discussão dos Estudos de Impacto de Vizinhança.

Art. 320 A Prefeitura publicará os editais de convocação da Audiência Pública para a


apresentação e discussão dos EIVA, que deverá acontecer em data não superior a 30
(trinta) dias, contados à partir da entrega da deliberação do Conselho da Cidade ao
Setor de Urbanismo.

§ 1° – A Prefeitura convocará a população do entorno considerando, em cada caso, as


distâncias de 100,00 (cem) metros para o estudo simplificado e 200,00 (duzentos)
metros para o estudo completo.

§ 2° - Nos casos de apresentação de estudos ampliados, a divulgação deverá atingir


todo o território do município e deverá ser feita através da imprensa local, envio de
convites às entidades representativas da sociedade civil organizada e outros meios
adequados em cada caso.

Art. 32 Os documentos integrantes do EIVA, ficarão disponíveis para consulta dos


interessados, na Prefeitura nos horários e dias regulares, pelo prazo de 15 dias corridos
contados da data da convocação da audiência;

SEÇÃO X

DOS DEBATES E VOTAÇÃO

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Art. 322 Na Audiência Pública o Diretor de Habitação, Saneamento e Urbanismo, ou um
funcionário capacitado por ele indicado, acompanhará a apresentação do Estudo de
Impacto de Vizinhança feita pelo interessado ou técnico seu representante, após o que
terá como incumbência, questionar tecnicamente de forma clara e objetiva os quesitos
apresentados, colaborando para o bom entendimento dos presentes e para a ampliação
dos debates sobre as conseqüências da implantação do empreendimento de forma a
que sejam estabelecidas todas as medidas mitigadoras necessárias;

Parágrafo Único Dependendo da complexidade dos assuntos abordados, outros


técnicos poderão ser convocados a participar da equipe de análise.

Art. 323 Após a apresentação dos questionamentos técnicos da Prefeitura, será aberta a
palavra aos presentes que poderão apresentar suas restrições e propor soluções e
alternativas ao empreendimento na forma de medidas mitigadoras dos impactos.

Art. 324 Após os debates e relacionadas às medidas mitigadoras necessárias, estas


serão submetidas à votação:

§ 1° medidas mitigadoras que não sejam as estritamente relativas ao contexto do


empreendimento ou que pela ineficácia não sejam adequadas ao objetivo de reduzir ou
eliminar impactos, não serão aprovadas pela mesa diretora e não irão à votação.

§ 2° será objeto da votação de que trata o caput deste artigo, todas as medidas
mitigadoras propostas pelo empreendedor e as que forem propostas durante a audiência
pública salvo os casos previstos no parágrafo anterior.

§ 3° a votação de que trata o caput deste artigo será feita por item, conforme o nível do
estudo de impacto em que se classifica o empreendimento.

Art. 325 As medidas aprovadas por maioria simples, serão encaminhadas para o Setor
de Urbanismo que se incumbirá de elaborar um termo de compromisso entre
empreendedor e a Prefeitura Municipal, em que fiquem claras todas as condicionantes
para a implantação e operação do empreendimento, a ser assinado pelo proprietário,
Diretor de Habitação, Saneamento e Urbanismo e duas testemunhas.

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Art. 326 Terão direito a voz todos os presentes, obedecidos, a ordem de inscrição e o
tempo de fala definido pela mesa diretora da audiência.

Art. 327 Terão direito a voto os moradores residentes e proprietários de imóveis nas
áreas do entorno do empreendimento que assim o comprovarem na inscrição para
participar da conferência conforme definido nos itens abaixo:

I – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Simplificado – EIVAS


– moradores e proprietários de imóveis até 200 (duzentos) metros de distância dos
limites do lote do empreendimento;

II – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Completo - EIVAC –


moradores e proprietários de imóveis até 400 (quatrocentos) metros de distância dos
limites do lote do empreendimento;

III – Estudo de Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental Ampliado EIVAA –


todos os moradores do município.

SEÇÃO XI

DA NÃO APROVAÇÃO DO EIVA - ESTUDO DE IMPACTO DE VIZINHANÇA

E VIABILIDADE AMBIENTAL:

Art. 328 A não aprovação do estudo em primeira fase, ocorrerá nos casos em que não
haja aprovação da totalidade das medidas mitigadoras relacionadas entre aquelas
propostas pelo empreendedor ou entre as que forem formalmente apresentadas pelos
participantes da audiência e que, após discussão, forem à votação.

Parágrafo Único Caso o estudo não seja aprovado, o interessado poderá solicitar prazo
de até noventa dias para a sua re-elaboração e reapresentação e para tanto deverá
recolher as taxas de reabertura do processo.

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Art. 329 Serão motivos para a não aprovação definitiva dos estudos:

I - a comprovação de que o empreendimento causa riscos inevitáveis à saúde, à vida, ao


meio ambiente, ao patrimônio público ou ao patrimônio privado;

II - a comprovação de que os empreendimentos causam impactos negativos


irremediáveis sobre os empregos e as atividades econômicas na sua área de influência
conforme previsto em cada caso;

III - a recusa do interessado em implantar as medidas mitigadoras.

Parágrafo Único A não aprovação implicará no arquivamento definitivo dos processos e


o pedido de instalação do empreendimento será formalmente indeferido e arquivado.

Art. 330 O empreendedor que não cumprir os termos fixados no compromisso assinado
terá o Alvará de Licença de Funcionamento do empreendimento imediatamente cassado
e deverá, sob pena de processo judicial, proceder ao seu encerramento e desativação
no prazo máximo de 3 (três) meses, contados da notificação da Prefeitura Municipal

Art. 331 Dependendo do caso, o Poder Executivo Municipal, para eliminar ou minimizar
impactos negativos a serem gerados pelo empreendimento poderá solicitar, como
condição para aprovação do projeto, alterações e complementações no mesmo, bem
como a execução de melhorias na infra-estrutura urbana e de equipamentos
comunitários, tais como:

I - ampliação das redes de infra-estrutura urbana;

II - área de terreno ou área edificada para instalação de equipamentos comunitários, em


percentual compatível com o necessário para o atendimento da demanda a ser gerada
pelo empreendimento;

III - ampliação e adequação do sistema viário, faixas de desaceleração, ponto de ônibus,


faixa de pedestres, instalação de semáforos, quando necessário;

IV - proteção acústica, uso de filtros e outros procedimentos que minimizem incômodos


da atividade;

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V - manutenção de imóveis, fachadas ou outros elementos arquitetônicos ou naturais
considerados de interesse paisagístico, histórico, artístico ou cultural, bem como de
recuperação ambiental da área;

VI - percentual de lotes ou habitações de interesse social no empreendimento.

§ 1º As exigências previstas nos incisos anteriores deverão ser proporcionais ao porte e


ao impacto do empreendimento.

§ 2º A aprovação final do empreendimento ficará condicionada à assinatura de Termo de


Compromisso de Ajustamento de Conduta por parte do interessado, devendo este se
comprometer a arcar integralmente com as despesas decorrentes das obras e serviços
necessários à minimização dos impactos decorrentes da implantação do
empreendimento e demais exigências apontadas pelo Poder Executivo Municipal, antes
da conclusão do empreendimento.

Art. 332 Para obtenção das licenças ou autorizações de construção, ampliação ou


funcionamento de atividades ou empreendimentos, públicos ou privados, quando for o
caso conforme previsto nesta Lei Complementar, o interessado providenciará Estudo de
Impacto de Vizinhança e Viabilidade Ambiental de forma a contemplar os efeitos
negativos do empreendimento ou atividades, privados ou públicos.

Art. 333 A elaboração do EIVA não substitui o licenciamento ambiental exigido, nos
termos da legislação ambiental pertinente.

CAPÍTULO II

DOS INSTRUMENTOS DE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA

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Art. 334 A regularização fundiária compreende um processo de intervenção pública, sob
os aspectos jurídicos, físicos e sociais, que objetiva legalizar a permanência de
populações moradoras de áreas urbanas ocupadas em desconformidade com a lei, para
fins de habitação, implicando melhorias no ambiente urbano do assentamento, no
resgate da cidadania e da qualidade de vida da população beneficiária.

Art. 335 A regularização fundiária pode ser efetivada pelos dos seguintes instrumentos:

I - Concessão de Direito Real de Uso, de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei nº


271, de 20 de fevereiro de 1967;

II - Concessão de Uso Especial para Fins de Moradia, nos termos da Medida Provisória
2.220/01;

III - Autorização de Uso, nos termos da Medida Provisória 2.220/01;

IV - da Cessão de Posse para fins de Moradia, nos termos da Lei Federal nº. 6.766/79;

V - do Usucapião Especial de Imóvel Urbano;

VI - Direito de Preempção;

VII - Direito de Superfície.

Art. 336 O Executivo deverá articular os diversos agentes envolvidos no processo de


regularização, como representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário, do
Serviço de Registro de Imóveis, dos Governos Estadual e Federal, bem como dos
grupos sociais envolvidos, visando equacionar e agilizar os processos de regularização
fundiária.

Art. 337 O Executivo poderá outorgar àquele que, até 30 de junho de 2001, residia em
área urbana de até 250,00m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), de propriedade
pública, por 05 (cinco) anos, ininterruptamente e sem oposição, título de Concessão de
Uso Especial para Fins de Moradia, em relação à referida área ou edificação, desde que

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não seja proprietário ou concessionário de outro imóvel urbano ou rural, de acordo com o
art. 1º da Medida Provisória nº. 2.220/01.

§ 1º É facultado ao Poder Público assegurar o exercício do direito de concessão de uso


especial para fins de moradia, individual ou coletivamente, em local diferente daquele
que gerou esse direito, na hipótese de ocupação do imóvel:

I - localizado em área de risco, cuja condição não possa ser equacionada e resolvida por
obras e outras intervenções;

II - bem de uso comum do povo;

III – localizado em área destinada a projeto de urbanização;

IV - de comprovado interesse da defesa nacional, da preservação ambiental e da


proteção dos ecossistemas naturais;

V – reservado à construção de represas e obras congêneres.

§ 2º Extinta a concessão de uso especial para fins de moradia, o Poder Público


recuperará o domínio pleno do imóvel.

§ 3º - É dever do Poder Público promover as obras de urbanização nas áreas onde foi
obtido título de concessão de uso especial para fins de moradia.

Art. 338 Ao dar a autorização de uso prevista no artigo 9º da Medida Provisória


nº.2.220/01, o Poder Público poderá respeitar, quando de interesse da comunidade, as
atividades econômicas locais promovidas pelo próprio morador, vinculadas à moradia.

Art. 339 O Poder Executivo poderá promover plano de urbanização com a participação
dos moradores de áreas usucapidas coletivamente para fins de moradia, para a melhoria
das condições habitacionais e de saneamento ambiental nas áreas habitadas por
população de baixa renda, nos termos da Lei Federal nº 10.257/01, de 10 de julho de
2001 - Estatuto da Cidade.

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TÍTULO VII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 340 Enquanto não forem editadas ou revisadas as leis específicas e


complementares previstas neste Plano Diretor, permanecem em vigor as leis de
estruturação urbana naquilo em que não forem incompatíveis com os princípios,
objetivos e diretrizes estabelecidas nesta lei complementar.

Art. 341 Os Conselhos, Fundos e Planos instituídos por esta lei complementar serão
normatizados no prazo de até 6 (seis) meses, após a publicação desta lei complementar.

Art. 342 As diretrizes, programas, normas específicas e projetos previstos nesta lei
complementar serão aplicados e executados a partir da publicação desta.

Art. 343 A regulamentação deste Plano Diretor será feita por leis e decretos Municipais.

Art. 344 Os processos administrativos, inclusive os que tratam de parcelamento, uso e


ocupação do solo, ainda sem despachos decisórios, protocolizados em data anterior a
da publicação desta Lei Complementar, serão decididos de acordo com a legislação
anterior.

Art. 345 O prazo de validade das Certidões de Uso do Solo, expedidas até a data de
publicação desta Lei Complementar, será de 06 (seis) meses contados da data da
expedição.

Art. 346 Integram esta Lei Complementar os seguintes Anexos:

Anexo I - Características das Zonas de Uso do Solo

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Anexo II – Lista de Empreendimento Segundo Níveis de Interferência Ambiental

Anexo III – Mapas Diretrizes :

01/10 - DIVISÃO TERRITORIAL

02/10 - MZGA - MACROZONAS DE GESTÃO AMBIENTAL

03/10 – MZGO – MACROZONAS DE GESTÃO DO ORÇAMENTO

04/10 – MZGS – MACROZONAS DE GESTÃO DO USO DO SOLO

05/10 e 05A/10 – ZEPRA – ZONAS ESPECIAIS DE PRESERVAÇÃO E


RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

06/10 - ZEI - ZONAS DE ESPECIAL INTERESSE

07/10 – ZONAS DE USO DO SOLO

08/10 – HIERARQUIA E EXPANSÃO DO SISTEMA VIÁRIO

09/10 – CADASTRO IMOBILIÁRIO – USO E OCUPAÇÃO

10/10 – COMPATIBILIDADE DE USOS

Anexo IV – Mapas Subsídios:

01/30 - SETORES CENSITÁRIOS RURAIS

02/30 - SETORES CENSITÁRIOS URBANOS

03/30 - UNIDADES DE ENSINO

04/30 - SERVIÇOS DE SAÚDE

05/30 - SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL E COMUNITÁRIA

06/30 - EQUIPAMENTOS CULTURA E TURISMO

07/30 - ESPORTE E LAZER

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08/30 - ROTA COLETIVO

09/30 - ROTA DE CARGAS

10/30 - SISTEMA VIÁRIO

11/30 - ANÉIS VIÁRIOS PERIFÉRICOS

12/30 - HIDROGRAFIA

13/30 - MICRO-BACIAS

14/30 - ÁREAS VERDES E PRAÇAS

15/30 - APP’S DO TERRITÓRIO DE ILHA SOLTEIRA

16/30 - ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

17/30 - CURVAS DE NÍVEL

18/30 - DECLIVIDADE

19/30 - DRENAGEM SUB-BACIAS

20/30 - PROPRIEDADES PMIS ÁREAS PÚBLICAS

21/30 - PROPRIEDADES CESP

22/30 - PROPRIEDADES UNESP

23/30 - ÁREAS SUBUTILIZADAS

24/30 - DENSIDADE DEMOGRÁFICA POR SETORES

25/30 - DENSIDADE PUII

26/30 – LOTEAMENTOS

27/30 - ZONEAMENTO

28/30 - PERÍMETRO URBANO LEGAL

29/30 - PERÍMETRO URBANO CONSOLIDADO

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30/30 – TODOS OS PERÍMETROS

Anexo V – Proposta de Plano de Saneamento Ambiental

Anexo VI – Proposta de Estrutura do Sistema de Saneamento Ambiental

Anexo VII – Fotos Satélites

Art. 347 O Poder Executivo deverá elaborar no prazo de 180 (cento e oitenta dias) dias,
em consonância com os princípios, objetivos e diretrizes estabelecidos neste Plano
Diretor:

I - a Lei do Plano Diretor de Saneamento e Gestão Ambiental;

II - a Lei do Plano Diretor de Agricultura Sustentável.

Art. 348 O Poder Executivo deverá elaborar no prazo de 360 (trezentos e sessenta) dias,
em consonância com os princípios, objetivos e diretrizes estabelecidos neste Plano
Diretor:

I - a Lei de Criação do COMPHAIS - Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio


Histórico, Artístico, Arquitetônico, Urbanístico, Arqueológico, Paleontológico e Cultural de
Ilha Solteira, como órgão colegiado, com atribuições normativas, deliberativas,
consultivas e fiscalizadoras da política do Patrimônio da cidade;

II - a Lei do Plano Diretor de Habitação.

Art. 349 O Poder Executivo deverá elaborar no prazo de 2 (dois) anos, em consonância
com os princípios, objetivos e diretrizes estabelecidos neste Plano Diretor:

I - a lei instituindo o novo Código de Posturas;

II – a lei instituindo o novo Código de Obras e Edificações;

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III - a lei do Plano Diretor de Trânsito e Transporte Urbano – PDTT.

Art. 350 Deverá ser feita uma sistematização e estabelecido um processo revisional,
aditivo, substitutivo e supressivo, em consonância com os dispositivos deste Plano
Diretor, do conjunto de leis municipais específicas e seus dispositivos normativos.

Art. 351 Os prazos referidos nesta lei são contados a partir de sua vigência, salvo
expressa disposição em contrário.

Art. 352 Revogam-se as disposições em contrário.

Art. 353 Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Prefeitura do Município de Ilha Solteira, 01 de julho de 2008.

BENTO CARLOS SGARBOZA

PREFEITO MUNICIPAL

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Registrada e Publicada nesta

Secretaria, na data supra.

Francisco Persival Pereira Vital

Secretário Municipal

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