Medidas Preventivas de Seg Trabalho em Alturas
Medidas Preventivas de Seg Trabalho em Alturas
Medidas Preventivas de Seg Trabalho em Alturas
CUIABÁ – MT
2022
FACULDADE FASIPE CUIABÁ
CUIABÁ – MT
2022
Tá vendo aquele edifício, moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Era quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar [...]
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
Technological advances incorporated into new real estate developments and the
system as a whole in recent decades have significantly increased the levels of
complexity and interdependence of each element present in built spaces. The
objective of this Course Completion Work (TCC) is to address the importance of
preventive safety measures in working at heights, according to the work safety
standards, defined by NR-35 as the activity carried out with a difference of level
greater than 2, 00 meters. In civil construction, works are carried out at different
levels or heights, so there is a great risk of accidents due to falling people or
materials. The construction site is a work environment that presents risks that
vary according to the execution and stage of the work, it is a sector of the
economy with one of the highest numbers of occurrences of work accidents.
Falling from heights in civil construction is characterized as a serious public health
problem. Work accidents caused by falls from a height are related to the lack of
use of personal protective equipment (PPE) and collective protective equipment
(EPC's), lack of qualification and training of workers to perform the tasks. In order
to carry out this bibliographic research report, a basement was sought in the
academic literature, with consultation of books, monographs and scientific
articles related to this theme and selected through a search in reliable databases
and at the end they were referenced in the bibliography.
AT – Acidente de trabalho
AEAT – Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho
AEPS – Anuário Estatístico de Previdência Social
CA – Certificado de aprovação
CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidente
CLT – Consolidação das Leis do Trabalho
CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas
ICC – Indústria da Construção Civil
INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
NR – Norma Regulamentadora
OHSAS - Occupational Health and Safety Assessment Series
PCMAT - Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção (A Norma NR – 18 substituí PCMAT por PGR Programa de
Gerenciamento de Riscos)
PDCA - Plan (Planejar), Do (Fazer), Check (Checar) e Action (Agir novamente,
corrigir)
RTPs – Recomendações Técnicas de Procedimentos
SESMT – Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
SGSST – Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho
SGSSO – Sistema de Gestão da Segurança e Saúde Ocupacional
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
SINMETRO – Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade
Industrial
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................. 12
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ......................................................................... 14
2.1 Segurança do trabalho ............................................................................... 14
2.1.1 Higiene Ocupacional ............................................................................... 22
2.2 Saúde e segurança do trabalhador na construção civil .............................. 23
2.3 Acidente de trabalho ................................................................................ 26
2.3.1 Definição ................................................................................................. 26
2.3.2 Causas para ocorrência de acidentes de trabalho .................................. 28
2.3.3 Prevenção de Acidentes.......................................................................... 29
2.3.4 Consequências dos acidentes de trabalho .............................................. 30
2.4 Dados estatísticos sobre acidentes de trabalho ......................................... 31
2.5 Normas regulamentadoras ......................................................................... 33
2.5.1 Principais normas de segurança do trabalho........................................... 33
2.6 NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual ............................................ 34
2.6.1 Equipamentos de Proteção Individual ..................................................... 37
2.6.2 EPI para proteção da cabeça .................................................................. 37
2.6.3 EPI para proteção contra quedas com diferença de nível ....................... 37
2.7 NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção
Civil .................................................................................................................. 38
2.7.1 Aberturas em Pisos ................................................................................. 39
2.7.2 Proteção na periferia da edificação ......................................................... 39
2.7.3 Andaimes ................................................................................................ 40
2.8 NR 35 – Trabalho em altura ....................................................................... 43
2.10 Sistema de gestão da segurança e da saúde do trabalho Norma OHSAS
18001 ............................................................................................................... 47
2.11 Recomendação Técnica de Procedimentos (18.35) ................................. 50
2.12 Dispositivos de proteção coletiva de plano vertical .................................. 51
2.12.1 Sistema de Guarda-corpo-Rodapé (GcR) ............................................. 51
2.12.2 Sistema de Barreira com Rede.............................................................. 53
2.12.3 Proteção de aberturas no piso por cercados, barreiras com cancelas ou
similares ........................................................................................................... 53
2.13 Dispositivos Protetores de Plano Horizontal ............................................. 55
11
INTRODUÇÃO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
A construção civil sem dúvidas está entre os setores que mais geram mão de
obra no país, empregando funcionários de várias especialidades. Dentre essas frentes
de trabalhos grande parte delas possuem áreas que oferecem risco a saúde, seja por
meios de acidente, ou áreas insalubres, por isso faz-se necessário o uso de
Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s).
Desde os primórdios o homem está sujeito a riscos para sua segurança e
integridade física, sempre foi um desafio garantir o seu bem estar, mesmo com a
evolução e suas tecnologias ainda é algo do qual não se pode ter total controle sobre
todo tipo de acidente (ANDRADE; BASTOS, 2009).
O mesmo acontece quando se trata de ambiente de trabalho e a preocupação
com a saúde do trabalhador data-se desde a Antiguidade, é possível observar em
algumas bibliografias que os primeiros relatos de preocupação e criação de normas
que visam proteger contra acidentes e doenças decorrentes do trabalho surgem desde
a Grécia Antiga, Hipócrates (considerado o pai da medicina) já fazia menção sobre
mineiros que sofriam exposição excessiva a elementos como o chumbo (ROSSO,
2008).
Assim como a sociedade, as relações de trabalhos, e a preocupação com a
saúde dos trabalhadores vem evoluindo ao longo dos anos, evolução na qual de mera
preocupação passou a ser regulamentada e normatizada. Juntamente com revolução
industrial período no qual se teve grandes transformações, sejam elas tecnológicas,
sociais ou econômicas, teve-se um grande aumento de mortes ou doenças por conta
de situações precárias na qual os trabalhadores eram submetidos, em virtude de tal
situação foi onde/período que se teve mais ênfase em desenvolver normas que
garantisse a saúde do trabalhador (COUTO, 2008).
Tais normas tem por objetivo garantir que o ambiente de trabalho fornecido pelo
empregador seja o menos nocivo possível a saúde do operário, são medidas que
atuam em diversos pontos, seja como uma simples sinalização indicando um local de
perigo, ou recomendações mínimas de higiene no local de trabalho, ou até mesmo
qualificar o trabalhador para desempenhar determinadas funções que a falta de
preparo ocasionaria danos a sua saúde (ROSSO, 2008).
15
Assim como no restante do mundo o Brasil foi ao longo dos anos adequando
normas de segurança no trabalho, tais normas só realmente tiveram alguma
expressão e visibilidade no país com a consolidação da CLT, no dia 1º de maio de
1943, foi criada pelo decreto de lei n° 5.452, no qual foi sancionada pelo presidente
Getúlio Vargas, com o objetivo de unificar todas as legislações trabalhistas existentes
no país (GONÇALVES, 2000).
Posteriormente houve o surgimento da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA). Órgão que teve seu surgimento em 1944 durante o governo do
presidente do então presidente Getúlio Vargas, apesar de já existir alguns esforços
nesse sentido somente com o surgimento da CIPA, é que se teve mais ênfase na
implementação de diretrizes e estratégias para a prevenção e segurança no trabalho
em nosso país (MICHEL, 2008).
Com base nas informações do Tribunal Superior do Trabalho, no Brasil o setor
da construção civil lidera o ranking de acidentes de trabalho com mortes, no ano de
2010 foram aproximadamente 55 mil ocorrências, sendo que 36.379 registros foram
classificados como “acidentes típicos”, como por exemplo, quedas em altura, que é a
causa comum de lesões e mortes no Brasil (ALVES, 2010).
O trabalho em altura é uma atividade que faz parte da rotina de uma edificação
vertical, sendo inevitável na indústria da construção civil, incidindo em um fator de
risco quase que constante. De acordo com a NR 35 (Trabalho em Altura), em seu item
35.1.2, considera-se trabalho em altura toda a atividade executada acima de 2,00 m
(dois metros) do nível inferior, onde haja risco de queda pelo trabalhador (ALMEIDA,
2004).
Portanto, o trabalho em altura é uma atividade que existe riscos de acidentes,
as quedas, sendo que as fatalidades ocasionadas pelas quedas são um problema
grave de saúde pública.
As quedas com diferença de nível apresentam variadas causas como o contato
acidental com redes de energia elétrica, perda de equilíbrio em beirada de lajes sem
a devida proteção; obstrução de áreas de circulação, obrigando o trabalhador a
deslocar-se em locais perigosos; falha em algum dispositivo de proteção, como
guarda-corpo frágil e mal instalado; utilização de método de trabalho inapropriado
(DEL MAR, 2006).
A falta de conhecimento acerca da cautela de acidentes e a negligência da
necessidade e da dimensão dos artigos de segurança do trabalho, especialmente os
16
Esta categoria está presente os EPI´s quem tem por finalidade proteger a face
e olhos de agentes químicos, exposição térmica, radiação, intensa luminosidade bem
como evitar impacto de partículas provenientes do local de trabalho. Item muito
comum desta categoria são os óculos de proteção, equipamentos normalmente
usados em locais onde os operários fazem o uso de furadeiras, ou equipamentos que
normalmente geram detritos que possam colidir com o rosto ou olhos. Outro item muito
comum são os protetores faciais usado em equipamentos de solda, protege o operário
a exposição ultravioleta gerada pelos equipamentos em questão (OPITZ, 2008).
Segue a baixo conforme a norma (NR-6): Protetor auditivo; protetor auditivo
circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora
superiores aos níveis estabelecidos; protetor auditivo de inserção para proteção do
sistema auditivo contra níveis de pressão sonora superiores aos níveis estabelecidos;
e protetor auditivo semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de
pressão sonora superiores aos níveis estabelecidos (SAMPAIO, 2008).
Como pode ser visto, esta é uma categoria ampla, pois são inúmeras as
possibilidades e situações das quais se prevê e regulamenta o uso de equipamentos,
equipamentos que de uma forma geral tem por objetivo proteger os trabalhadores e
fazer com que os mesmos possam respirar normalmente, sem riscos ao seu
organismo. Esses equipamentos são inúmeros, podendo variar qual equipamento ser
empregado conforme a necessidade do ambiente de trabalho.
Conforme a NR-6, é considerado EPI todo equipamento de utilização pessoal,
de produção brasileira ou de outro país, proposto a proteção a integridade e saúde e
física do empregado. Todas as vezes que possível, é prudente preferir a proteção
coletiva. A proteção individual só deve ser usada como derradeira solução de proteção
nas situações em que: em atendimentos às situações críticas, se os alcances de
proteção coletiva constituir tecnicamente sem viabilidade ou não proporcionarem
amplo abrigo a risco de acidente para o trabalhador e doença oriunda da profissão
e/ou enquanto os alcances coletivos de proteção ao trabalhador estiverem sendo
implantados (SAMPAIO, 2008).
Sob a ótica da prevenção os EPI’s não têm a função de impedir que acidentes
aconteçam, como alguns acreditam. A utilização no ambiente de trabalho tem a função
de impedir prejuízos ou danos à integridade física ou para amortecer a sua seriedade
do impacto caso haja um acidente.
20
Para Côrtes et al. (2019, p. 109) a construção é um dos ramos mais antigos do
mundo, e que desde que o homem morava em cavernas até os dias de hoje, a
indústria da construção civil vem passando por várias mudanças, seja na área de
projetos, de equipamentos e na área de pessoal. E ao observar a história do mundo
nota-se que a construção civil sempre existiu para atender as necessidades básicas
e imediatas do homem sem preocupação com a técnica aprimorada em um primeiro
momento.
O Brasil apresentou um excelente crescimento no setor da construção civil
especialmente nos últimos anos, sendo que o motivo desse crescimento ocorreu por:
maior oferta de crédito pelos bancos, economia mais estável, taxa básica de juros
mais barata, real mais forte e principalmente pela desoneração na taxa tributaria de
alguns itens da cesta de matérias da construção civil. Todos estes fatores
proporcionaram que a classe alta e média adquirissem e reformassem mais imóveis.
Com esse aumentou houve uma demanda muito grande de mão de obra, o mercado
24
deveria contribuir para que este fosse um setor desenvolvido no aspecto de segurança
no trabalho, porém o que se nota é uma situação totalmente oposta (GROHMANN,
1997 apud CÔRTES et al, 2019, p. 110).
É evidente que o setor da construção civil é responsável pela maior parte do
emprego das camadas pobres da população masculina, pois se trata de trabalhos
árduos que exigem grande esforço físico. Esse setor também é considerado um dos
mais perigosos, conseguindo altas taxas de acidentes de trabalho fatais, não fatais e
anos de vida perdidos. Todos esses fatores estão ligados direta e indiretamente a
questão da Segurança do Trabalho dentro das Empresas (SANTANA; OLIVEIRA,
2004 apud CÔRTES et al, 2019, p. 110).
A Indústria da Construção Civil (ICC) infelizmente é uma das que apresenta as
piores condições de segurança, em nível mundial (CÔRTES et al, 2019, p. 110). A
construção civil, em função das características das atividades desenvolvidas, é um
ambiente de trabalho que oferece consideráveis riscos ao trabalhador, como a
ocorrência de acidentes e óbito (CAVALCANTE et al. 2015, CAMPOS & GURGEL,
2016, HENRIQUES et al. 2016 apud ZACK et al. 2020, p. 1046).
De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS), que em
todos os setores da ICC, o acidente típico é o predominante, ou seja, o que ocorre no
ambiente de trabalho. Cabe ressaltar também, que do número total de acidentes
contabilizados, a indústria da construção de edifícios é a que mais possui acidentes
de trabalho, totalizando 13286 acidentes em 2016, apesar da redução do número de
acidentes, com relação a 2014 e 2015, ela corresponde a aproximadamente 42,57%
dos acidentes totais na ICC, em 2016 (AEPS, 2016 apud RIBEIRO, 2018, p. 17).
Filgueiras (2015) apud Ribeiro (2018, p. 17), destaca a importância da saúde e
segurança do trabalho na ICC, ao mostrar que a construção civil é a atividade
econômica que mais mata trabalhadores no Brasil, e que os itens mais elementares
das normas reguladoras, são os mais flagrados sendo descumpridos.
26
2.3.1 Definição
legal, também considera os acidentes que não provocam lesões, como a perda de
tempo e os danos materiais.
De acordo com o art. 20, §1º, da mesma Lei, não são consideradas como
doença do trabalho a doença:
a) a doença degenerativa;
b) a inerente à grupo etário;
c) a que não produza incapacidade laborativa;
d) a doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em
que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho (BRASIL, 2014, p.
14)
Brasil (2014) lista os casos que são de acordo com o art. 21, de algumas
situações que se equiparam a acidente de trabalho:
I – o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou
perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija
atenção médica para a sua recuperação; II – o acidente sofrido pelo segurado
no local e no horário do trabalho, em consequência de: a) ato de agressão,
sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho;
15Normas correlatas b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por
motivo de disputa relacionada ao trabalho; c) ato de imprudência, de
negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; d) ato
de pessoa privada do uso da razão; e) desabamento, inundação, incêndio e
outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior; III – a doença
proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua
atividade; IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e
horário de trabalho: a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob
a autoridade da empresa; b) na prestação espontânea de qualquer serviço à
empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito; c) em viagem a
serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por esta dentro
de seus planos para melhor capacitação da mão de obra, independentemente
do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do
segurado; d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para
aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado. § 1o Nos períodos destinados a refeição ou
28
Essa tela constitui uma barreira protetora contra queda de objetos como
ferramentas e materiais. Deve ser instalada entre as extremidades de duas
plataformas de proteção consecutivas, sua retirada só deverá ocorrer após a vedação
de toda a periferia do edifício.
2.7.3 Andaimes
Andaimes Fachadeiros
segurança tipo paraquedista. Esses cabos guias devem ser fixados à estrutura
definitiva da edificação.
j) assegurar que todo trabalho em altura seja realizado sob supervisão, cuja
forma será definida pela análise de riscos de acordo com as peculiaridades
da atividade;
k) assegurar a organização e o arquivamento da documentação prevista
nesta Norma.
35.2.2 Cabe aos trabalhadores:
a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura,
inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;
b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas
nesta Norma;
c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que
constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e
saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu
superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;
d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam
ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.
m) a forma de supervisão.
Esta Norma considera que para os trabalhos rotineiros a análise de risco pode
estar comtemplada no procedimento operacional. Já para as atividades não rotineiras,
as medidas de controle devem ser evidenciadas na Análise de Risco e na Permissão
de Trabalho, a qual deve ser emitida e aprovada pelo responsável pela autorização
da permissão, disponibilizada no local de execução da atividade e, ao final, encerrada
e arquivada de forma a aprovar sua rastreabilidade. (BRASIL, 2014 apud
NASCIMENTO, 2018, p. 28).
Conforme expõe o item 35.5.2 da norma, devem ser efetuadas inspeções nos
equipamentos que compõem o sistema de segurança, a periodicidade das inspeções
vai depender do grau de exigência solicitado do equipamento e do nível de agressão
do ambiente em que está sendo utilizado. O registro deve ser feito a cada inspeção e
em situações de desgaste ou dúvidas quanto à resistência, o equipamento deverá ser
descartado e inutilizado, evitando assim usos indevidos (BRASIL, 2014 apud
NASCIMENTO, 2018, p. 28).
Existem dois tipos de inspeções: a periódica e a rotineira e fazendo uma
comparação com a segurança de um veículo é possível dizer que a inspeção periódica
pode ser comparada à revisão de um carro. Já a inspeção rotineira deve ser uma
constante como no carro são as avaliações no veículo com relação a: luzes, nível do
óleo, calibração dos pneus, água do radiador, dentre outros detalhes. Assim
verificamos diariamente itens isoladamente e, de forma preventiva, verificamos todos
os itens juntos durante a inspeção periódica (BRASIL, 2014 apud NASCIMENTO,
2018, p. 28).
A inspeção rotineira deve ser diária, antes e depois da utilização, e a qualquer
momento em que o trabalhador suspeitar de que algo que afete seu sistema de
trabalho possa estar comprometido. Esta inspeção diária não precisa de registro, mas,
é de suma importância que ela seja inserida na rotina de trabalho, ela deve ser feita
de forma rápida visualmente e através do tato. Quem realiza esta inspeção é o próprio
trabalhador que deve ser capacitado para isto durante o seu treinamento obrigatório
e sempre que for utilizar equipamentos diferentes do que está acostumado (BRASIL,
2014 apud NASCIMENTO, 2018, p. 28-29).
Com relação ao cinto de segurança, esta Norma observa no item 35.3 que o
mesmo deve ser do tipo paraquedista e dotado de dispositivo para conexão em
47
A proteção coletiva prioriza a adoção de medidas que tem por objetivo evitar
acidentes causados por quedas de altura. Quando não é possível implementar essas
medidas, deve-se utilizar recursos que limitarão as quedas (RECOMENDAÇÃO
TÉCNICA DE PROCEDIMENTO, 2003).
Segundo Vieira (2001) apud Souza et al. (2015, p. 2) barreiras verticais com
rede, distingue-se do GcR por ser composto por dois elementos horizontais,
rigidamente fixados em seus extremos à estrutura, sendo o vão entre os elementos
superior e inferior é coberto por rede de resistência de 150 Kgf/metro linear com malha
de abertura de intervalo entre 20 mm e 40 mm ou de material com características de
durabilidade e resistência equivalentes (RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE
PROCEDIMENTO, 2003).
A proteção deve ser inteiriça, sem apresentar frestas ou falhas, fixada em peças
de perfil metálico ou de madeira, projetada e instalada de forma a impedir a queda de
materiais, ferramentas ou outros objetos. A resistência desse dispositivo dever ser no
mínimo de 150 Kgf/metro linear, no centro da estrutura, quando se destinar,
exclusivamente, à proteção de quedas de pessoas (RECOMENDAÇÃO TÉCNICA DE
PROCEDIMENTO, 2003).
Em todo o perímetro e nas proximidades de vãos e aberturas das superfícies
de trabalho devem ser previstos e instalados elementos de fixação ou apoio para
56
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Acesso em 30/05/2021.
Período: 6 Dias
Endereço: Loja 91 Av. Miguel Sutil, N 300 – SENHOR DOS PASSOS, Cuiabá - MT, 78048-
700
TABELA. 2
(Figura 15 ) Como podemos ver na figura 1 uma equipe fez estalagem de algumas
barras e assim foi ultilizado um caminhão munck, essa equipe fez ultilizagem de EPIS
acompanhado de sinto de seguranças
Figura 15
Trava queda, esse equipamento permite que o trabalhador tenha uma movimentação
maior e mais precisa. Sua finalidade é travar o cinturão para conter deslocamentos
bruscos ou quedas. Existem dois tipos de trava queda:
Figura 16 Figura 17
Como podemos ver na Figura 18 uma equipe fez soldagem nos pilares
de aço, em alguns ponto mais altos foram ultilizados andaimes.
Figura 18
Figura 19 Figura 20