INTRODUÇÃO Jurelma
INTRODUÇÃO Jurelma
INTRODUÇÃO Jurelma
Moisés, Jesus, Mahler, Marx, Freud e Einstein — o que todos eles tinham em
comum? Todos eram judeus e, de diferentes maneiras, tiveram influência na história e
na cultura da humanidade. Obviamente, os judeus têm estado em evidência por milhares
de anos. A própria Bíblia é um testemunho disso.
Diferente de outras antigas religiões e culturas, o judaísmo tem suas raízes na
história, não na mitologia. Mas, alguns talvez perguntem: Sendo os judeus uma minoria
tão pequena, uns 18 milhões num mundo de mais de 5 bilhões de pessoas, por que nos
deveríamos interessar pela sua religião, o judaísmo? Mas, antes de responder a esta
pergunta precisamos saber o que é o Judaísmo.
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O JUDAÍSMO
O Judaísmo é o sistema religioso judaico. (Gál 1:13, 14) No primeiro século EC,
o judaísmo, nas suas diversas formas, não se baseava exclusivamente nas Escrituras
Hebraicas. Um dos mais destacados ramos do judaísmo, o dos saduceus, rejeitava o
ensino bíblico da ressurreição e negava a existência de anjos. (Mr 12:18-27; At 23:8)
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caminho do Hascalá, ou esclarecimento, que havia de conduzir ao que é historicamente
considerado o “Judaísmo Moderno”.
EM QUE OS JUDEUS ACREDITAM
Deus É um Só
Dito de maneira simples, o judaísmo é a religião de um povo. Por conseguinte, o
converso torna-se parte do povo judeu bem como da religião judaica. É uma religião
monoteísta no mais estrito sentido, e sustenta que Deus intervém na história humana,
especialmente com relação aos judeus. A adoração judaica envolve várias festividades
anuais e diversos costumes. Embora não haja credos ou dogmas aceitos por todos os
judeus, a confissão da unicidade de Deus, conforme expressa na Shema, uma oração
baseada em Deuteronômio 6:4 (JP), é um componente central da adoração na sinagoga:
“OUVE, Ó ISRAEL: O JEOVÁ NOSSO DEUS, O JEOVÁ É UM SÓ.”
Essa crença num Deus único foi repassada para o cristianismo e para o
islamismo. Segundo disse o Dr. J. H. Hertz, um rabino: “Este sublime pronunciamento
de absoluto monoteísmo foi uma declaração de guerra contra todo politeísmo . . . Da
mesma maneira, a Shema exclui a trindade do credo cristão como violação da Unidade
de Deus.” Mas, consideremos a seguir a crença judaica sobre a vida após a morte.
Morte, Alma e Ressurreição
Uma das crenças básicas do moderno judaísmo é a de que o homem tem uma
alma imortal que sobrevive à morte do corpo. Mas, origina-se isto da Bíblia? A
Enciclopédia Judaica (em inglês) admite francamente: “Foi provavelmente sob a
influência grega que a doutrina da imortalidade da alma se introduziu no judaísmo.”
Mas isso criou um dilema doutrinal, conforme a mesma fonte declara: “Basicamente, as
duas crenças, a ressurreição e a imortalidade da alma, são contraditórias.
A primeira se refere a uma ressurreição coletiva no fim dos dias e, que os mortos
que dormem na terra se levantarão da sepultura, ao passo que a outra se refere ao estado
da alma após a morte do corpo.” Como foi resolvido esse dilema na teologia judaica?
“Sustentava-se que quando o indivíduo morria a sua alma ainda vivia em outro domínio
(isto fez surgir todas as crenças a respeito de céu e inferno), ao passo que o seu corpo
jazia na sepultura para esperar a ressurreição física de todos os mortos aqui na terra.”
O professor universitário Arthur Hertzberg escreve: “Na própria Bíblia
[hebraica] a arena da vida do homem é este mundo. Não existe doutrina de céu e
inferno, apenas um crescente conceito de uma derradeira ressurreição dos mortos no fim
dos dias.” Trata-se de uma simples e correta explicação do conceito bíblico, a saber, que
“os mortos nada sabem . . . Pois não existe ação, nem raciocínio, nem aprendizagem,
nem sabedoria no Seol [sepultura comum da humanidade], para onde tu vais”.
— Eclesiastes 9:5, 10; Daniel 12:1, 2; Isaías 26:19.
Segundo a Enciclopédia Judaica, “no período rabínico, a doutrina da
ressurreição dos mortos é considerada uma das doutrinas centrais do judaísmo” e “deve
ser distinguida da crença na . . . imortalidade da alma”. Hoje, contudo, ao passo que a
imortalidade da alma é aceita por todas as facções do judaísmo, a ressurreição dos
mortos não é.
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Judaísmo e o Nome de Deus
O judaísmo ensina que, ao passo que o nome de Deus existe em forma escrita, é
sagrado demais para ser pronunciado. O resultado foi que, no decurso dos últimos 2.000
anos, perdeu-se a pronúncia correta. Todavia, esta nem sempre foi a posição judaica.
Uns 3.500 anos atrás, Deus falou a Moisés, dizendo: “Assim dirás aos israelitas: O
SENHOR [hebraico: יהוה, YHWH], o Deus de vossos antepassados, o Deus de Abraão,
o Deus de Isaque, e o Deus de Jacó, enviou-me a vós: Este será Meu nome para sempre,
esta Minha designação por toda a eternidade.” (Êxodo 3:15; Salmo 135:13)
Qual era esse nome e designação? A nota de rodapé na Tanakh diz: “O nome
YHWH (tradicionalmente lido Adonai “o SENHOR”) tem ligação aqui com a raiz
hayah, ‘ser’.” Assim, temos aqui o sagrado nome de Deus, o Tetragrama, as quatro
consoantes hebraicas YHWH (Yahweh) que, na sua forma latinizada, vieram a ser
conhecidas ao longo dos séculos em português como JEOVÁ (JEHOVAH).
No decorrer da história, os judeus sempre deram grande importância ao nome
pessoal de Deus, embora a ênfase no uso tenha mudado drasticamente desde os tempos
antigos. Como diz o Dr. A. Cohen em Everyman’s Talmud (O Talmude de Todos):
“Reverência especial [era] atribuída ao ‘Nome distintivo’ (Shem Hamephorash) da
Deidade que Ele revelara ao povo de Israel, a saber, o tetragrama, JHVH.” O nome
divino era reverenciado porque representava e caracterizava a própria pessoa de Deus.
Afinal, foi o próprio Deus quem anunciou seu nome e disse a seus adoradores que o
usassem. Isto é enfatizado pelo fato de o nome aparecer na Bíblia Hebraica 6.828 vezes.
Judeus devotos, porém, acham ser desrespeitoso pronunciar o nome pessoal de Deus.
É bastante claro que os antigos hebreus efetivamente usavam e pronunciavam o
nome divino. Marmorstein admite a respeito da mudança ocorrida mais tarde: “Pois
neste tempo, na primeira metade do terceiro século [AEC], nota-se uma grande
mudança no uso do nome de Deus, que provocou muitas mudanças na doutrina
teológica e filosófica judaica, cujas influências se fazem sentir até os dias de hoje.” Um
dos efeitos da perda do nome é que o conceito de um Deus anônimo ajudou a criar um
vácuo teológico no qual a doutrina da Trindade, da cristandade, se desenvolveu com
mais facilidade. — Êxodo 15:1-3.
A recusa de usar o nome divino enfraquece a adoração do Deus verdadeiro.
Como disse certo comentarista: “Infelizmente, quando se refere a Deus como
‘o Senhor’, a expressão, embora correta, é fria e sem graça . . . Deve-se lembrar que, ao
se traduzir YHWH ou Adonai por ‘o Senhor’, está-se introduzindo em muitas passagens
do Velho Testamento um toque de abstração, de formalidade e de vagueza inteiramente
estranho ao texto original.” (O Conhecimento de Deus no Antigo Israel [em inglês])
Quão triste é ver o sublime e significativo nome Yahweh, ou Jeová, omitido em muitas
traduções da Bíblia, considerando que ele aparece claramente milhares de vezes no
texto hebraico original! — Isaías 43:10-12.
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CONCLUSÃO
Depois de toda a minha pesquisa, pude concluir que o Judaísmo são um uma
Religião de Muitas Vozes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS