Jejum Dias: Estudo 1

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Jejum

40dias ESTUDO 1
Os encontros da junta de companheirismo, dessa vez, têm como foco o plano eterno
de Deus para a humanidade e como podemos viver encaixados dentro deste plano.

VISÃO GERAL DO EVANGELHO


O Plano Eterno de Deus é baseado no que chamamos de Evangelho e a pergunta óbvia é: “O que
exatamente é o ‘evangelho’? Embora muitos estejam familiarizados com a palavra evangelho, é comum
não termos clareza quanto ao seu conteúdo.
Muitas “apresentações do evangelho” populares reduzem sua mensagem a três ou quatro princípios.
Esses resumos simplificados podem ser muito úteis, mas a forma mais rica de entender o evangelho é
vê-lo como uma história – a verdadeira história que fala às nossas mais puras aspirações e aos nossos
mais profundos anseios. Essa grande história tem quatro capítulos.

CRIAÇÃO: O MUNDO PARA O QUAL FOMOS CRIADOS


A história começa não conosco, mas com Deus. Lá no fundo, temos uma sensação de que isso é
verdade. Embora sintamos que somos importantes, que há algo de solene, majestoso e eterno a respeito
da humanidade, também sabemos que não somos o máximo. Existe algo (ou Alguém) maior que nós.

A Bíblia conta que esse Alguém é o único Deus infinito, eterno e imutável, que criou todas as coisas a
partir do nada (Gn 1:1-31). Esse Deus único existe em três pais: Pai, Filho e Espírito Santo (Mt 28:19). Como
Deus é triúno em seu ser, sua motivação em criar o mundo não foi porque precisasse de algo, seja
relacionamento, adoração ou glória. Antes, Ele o criou por causa do transbordar de sua perfeição: seu
amor, sua bondade e sua glória. Deus criou os seres humanos à sua imagem (Gn 1:27), e isso é o que nos
confere dignidade e valor. Ele também nos criou humanos, o que significa que somos seres criados,
dependentes do nosso Criador. Fomos criados para nos alegrarmos nele, para adorar, amar e servir a
ele, e não a nós mesmos.

Na criação original de Deus, tudo era bom. O mundo existia em perfeita paz, estabilidade, harmonia e
completude.

QUEDA: A CORRUPÇÃO DE TUDO


Deus nos criou para que nos alegrássemos nele, para que o adorássemos, amássemos e servíssemos.
Contudo, em vez de viver sob a autoridade de Deus, a humanidade se voltou contra Ele em rebelião
pecaminosa (Gn 3:1-7; Is 53:6). Nosso erro lançou o mundo todo sob trevas e sob o caos do pecado.
Embora vestígios do bem tenham permanecido, a completude e a harmonia da criação original de Deus
foram destruídas.
Por consequência, todos os seres humanos são pecadores por natureza e por escolha.

"Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados,
nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da
potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.
Entre eles também nós todos andamos no passado, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo
a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os
demais." Ef 2:1-3
É comum justificarmos nosso pecado dizendo que “não somos tão maus assim”, afinal de contas sempre
podemos encontrar alguém pior do que nós! Mas essa evasiva apenas revela nossa visão rasa e
superficial do pecado. O pecado não é, primeiramente, uma ação; é uma disposição! Trata-se da aversão
de nossa alma para com Deus. Ele se manifesta em nosso orgulho, egoísmo, independência e falta de
amor por Deus e pelas pessoas. Às vezes, o pecado é externo e bastante inegável; às vezes, é interno e
oculto. Mas “todos pecaram e estão afastados da glória de Deus” (Rm 3:23).

O pecado traz duas consequências drásticas à nossa vida. Primeiro, ele nos escraviza. Romanos 6:16 diz:
"Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se
escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à
justiça?". Quando nos voltamos contra Deus, voltamo-nos para outras coisas a fim de encontrar nossa
vida, nossa identidade, nosso propósito e nossa felicidade. Essas coisas se tornam deuses substitutos – o
que a Bíblia chama de ídolos – e logo nos escravizam, exigindo nosso tempo, nossa energia, nossa
lealdade, nosso dinheiro; tudo o que somos e temos. Começam a governar nossa vida e nosso coração.
Por isso a Bíblia descreve o pecado como algo que tem “domínio” sobre nós. O pecado nos leva a servir “à
criatura em lugar do Criador” (Rm 1:25).

Segundo, o pecado leva à condenação. Não somos apenas escravizados pelo pecado; somos culpados
por causa dele. Estamos condenados diante do Juiz do céu e da terra: “...o salário do pecado é a morte”
(Rm 6:23). Estamos debaixo de uma sentença de morte por nossa imensa traição contra a santidade e a
justiça de Deus. Sua ira justa contra o pecado repousa sobre nós.

"O SENHOR é Deus zeloso e vingador! O SENHOR é vingador! Seu furor é terrível! O SENHOR executa
vingança contra os seus adversários e manifesta o seu furor contra os seus inimigos" Na 1:2

REDENÇÃO: JESUS VEM E NOS SALVA


Toda boa história tem um herói. E o herói da história do Evangelho é Jesus. A humanidade precisa de um
Salvador, um Redentor, um Libertador para livrá-la da escravidão e da condenação do pecado e para
restaurar o mundo ao seu bem original. Esse Resgatador deve ser verdadeiramente humano para pagar
a dívida que temos com Deus. Contudo, ele não pode ser meramente humano, porque deve subjugar o
pecado. Precisamos de um substituto, alguém que possa viver a vida de obediência que não
conseguimos viver e possa ficar em nosso lugar para receber a punição que merecemos por nossa
desobediência e pecado.

Por essa razão, Deus enviou Jesus ao mundo para ser nosso substituto (1Jo 4:14). A Bíblia ensina que
Jesus era plenamente Deus e também plenamente humano. Ele nasceu de uma mãe humana, viveu e
existiu de forma real e morreu uma morte brutal. Jesus viveu uma vida de obediência perfeita a Deus (Hb
4:15), fazendo dele a única pessoa da história que não mereceu julgamento. Mas, na cruz, tomou o nosso
lugar, morrendo pelo nosso pecado. Ele recebeu a condenação e a morte que merecemos, para que,
quando depositarmos nossa confiança nele, possamos receber a bênção e a vida que Ele merece.

"Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado, para que nele nos tornássemos justiça
de Deus" 2Co 5:21

Jesus não apenas morreu em nosso lugar; Ele ressuscitou da morte, demonstrando sua vitória sobre o
pecado, sobre a morte e sobre o inferno. Sua ressurreição é um acontecimento decisivo na história; a
Bíblia o chama de “primícias” – a evidência inicial – da renovação total que Deus está trazendo, porque se
Cristo foi o primeiro que morreu e ressuscitou com o corpo glorificado, Ele é a evidência de que isto
também acontecerá com os cristãos no Glorioso Dia.

Uma das maiores promessas da Bíblia está em Apocalipse 21:5: “Eu faço novas todas as coisas”. Tudo o
que foi perdido, destruído e corrompido na Queda será, por fim, endireitado. A redenção não significa
apenas a salvação de almas individuais; significa a redenção de toda a criação de volta ao seu bem
original.

UM NOVO POVO: A HISTÓRIA CONTINUA


Então, como nos tornamos parte desta história? Como experimentamos a salvação de Deus
pessoalmente e nos tornamos agentes de sua redenção no mundo? Pela fé ou confiança. Efésios 2:8,9
diz: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus. Não vem das
obras, para que ninguém se glorie". O que isso significa? Confiamos nossa vida a um motorista quando
contamos com ele para chegarmos vivos ao nosso destino, sem sofrer qualquer acidente. Confiamos
em um médico quando concordamos com seu diagnóstico e nos entregamos aos seus cuidados.
Seguindo essa linha de pensamento, confiamos em Jesus quando reconhecemos nosso pecado,
recebemos seu gracioso perdão e descansamos totalmente nele para sermos aceitos diante de Deus. A
fé é como entrar num táxi, é como estar sob o bisturi do cirurgião; é um compromisso de entrega
tranquila e sincera do “eu” a Jesus (Sl 31:14,15). Isto é o que significa crer no Evangelho!

Quando confiamos em Jesus e nos entregamos a Ele, somos libertos da condenação do pecado e de sua
escravidão. Somos livres para dizer “não” para o pecado e “sim” para Deus. Somos livres para morrer
para nós mesmos e viver para Cristo e seus propósitos. Somos livres para trabalhar pela justiça no
mundo. Somos livres para deixar de viver para nossa própria glória e começar a viver para a glória de
Deus (1Co 10:31). Somos livres para amar a Deus e às pessoas manifestando esse amor no modo em que
vivemos.

Deus prometeu que Jesus voltará para finalmente julgar o pecado e fazer novas todas as coisas. Até lá,
Ele está juntando para si um povo “de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7:9). Como parte deste
povo chamado e enviado, temos o privilégio de nos juntarmos a Ele em sua missão (Mt 28:18-20), como
indivíduos e como parte de sua família espiritual (igreja). Pela graça, podemos nos deleitar em Deus, viver
para sua glória, servir a humanidade e tornar seu Evangelho conhecido a outros por meio de nossas
palavras e atitudes.

Essa é a boa-nova – a história verdadeira – do Evangelho!

Jejum
40dias

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