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Questões de vestibulares – Mineração no Brasil colonial

O que você, aluno, poderá aprender com esta atividade:

 Identificar os impactos internos e externos da Mineração Colonial;


 Analisar as principais vantagens e desvantagens da extração mineral na região aurífera
brasileira;
 Compreender os desdobramentos da descoberta do ouro no Brasil Colônia.

Quando estudamos o tema Mineração no Brasil Colonial, torna-se necessário analisar seus
impactos, dentro e fora dessa região. Resolvendo as questões de vestibulares, abaixo, você
estará se familiarizando com as competências e habilidades, importantes para a interpretação de
situações-problema, a ele relacionado.
Vamos ao desafio!

1. (Ufsm 2011)

As duas figuras simbolizam dois processos econômicos que se consolidaram e se expandiram no


século XVIII, provocando amplas e irreversíveis modificações nos respectivos ecossistemas.
As relações históricas entre os dois processos podem ser consideradas

a) meramente cronológicas, pois ambos se desenvolveram nos inícios do século XVIII, época em
que se expandia, tanto na Europa quanto nas Américas colonizadas pelos europeus, a utilização
do trabalho escravo dos negros africanos devidamente controlados e administrados pelos seus
proprietários, os membros da elite branca.
b) muito tênues, na medida em que apenas representam dois exemplos isolados de destruição
predatória dos ambientes naturais, seja para extrair riquezas minerais em zonas rurais
despovoadas, seja para promover a urbanização das cidades industriais afetadas pela poluição,
prevenindo os efeitos danosos dessa poluição na vida e na saúde da crescente população.
c) significativas, pois, desde a assinatura do tratado de Methuen (1703), o Estado português ficou
subordinado aos interesses da Inglaterra: como as importações dos 'panos' tecidos pelas
manufaturas inglesas custavam mais caro para Portugal do que as receitas com as exportações
de 'vinhos' para o mercado inglês, o ouro extraído das regiões mineiras da América colonial
lusitana foi amplamente transferido para o mercado inglês, aí contribuindo para sedimentar as
precondições para o desenvolvimento da Revolução Industrial.
d) de reciprocidade, pois o processo de urbanização das cidades industriais inglesas inspirou o
planejamento urbano das povoações coloniais americanas que se expandiram para o interior,
permitindo antecipar e corrigir problemas como: ocupação intensa e acelerada, traçado das ruas
e das praças, integração do setor rural com o urbano, articulação com as demais vilas e cidades e
com os portos de escoamento da produção mineira.
e) de modernização, pois os novos produtos da moderna tecnologia industrial inglesa puderam
ser importados pelos proprietários das minas e dos escravos, permitindo incrementar a produção
colonial, diminuir os custos e obter maiores lucros, dinamizando a economia e a sociedade da
mineração e encaminhando o Estado português para a emancipação da hegemonia da Inglaterra.

2. (Ufrgs 2007) Observe o gráfico a seguir, relativo à produção aurífera no Brasil do século XVIII.
Com base nos dados do gráfico, considere as seguintes afirmações.
I - O auge da produção de ouro em Minas Gerais foi atingido ainda na primeira metade do século
XVIII, mas, na segunda metade do século, a extração aurífera na capitania entrou em declínio
acentuado.
II - A produção aurífera conjunta de Goiás e de Mato Grosso suplantou durante alguns períodos a
produção de ouro da capitania de Minas Gerais.
III - A produção aurífera de Goiás atingiu seu ápice ao mesmo tempo em que ocorria a queda nos
rendimentos do ouro produzido na região de Minas Gerais.
Quais estão corretas?
( ) Apenas I.
( ) Apenas I e II.
( ) Apenas I e III.
( ) Apenas II e III.
( ) I, II e III.

3. (Fatec) Podemos dizer que a economia mineradora do século XVIII, no Brasil,


a) era escravocrata, rigidamente estratificada do ponto de vista social e tinha em seu topo uma
classe proprietária bastante dependente do capital holandês.
b) baseava-se na grande propriedade e na produção para exportação; estimulou o aparecimento
das primeiras estradas de ferro e gerou a acumulação de capital posteriormente aplicado em
indústrias.
c) era voltada principalmente para as necessidades do mercado interno; utilizava o trabalho
escravo e o livre; difundiu a pequena propriedade fundiária nas regiões interioranas do Brasil.
d) estimulou o aparecimento de cidades e da classe média; estruturava-se na base do trabalho
livre do colono imigrante e da pequena propriedade.
e) era rigidamente controlada pelo estado; empregava o trabalho escravo mas permitia também o
aparecimento de pequenos proprietários e trabalhadores independentes; acabou favorecendo,
indiretamente, a acumulação capitalista que deu origem à Revolução Industrial inglesa.

4. (Fuvest) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que


a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a
mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência
do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil, e foi fator de diferenciação da
sociedade.

5. (Mackenzie) A riqueza produzida pela mineração trouxe poucos benefícios de caráter


permanente à economia luso-brasileira, porque:
a) a rígida estrutura escravista da zona do ouro não permitiu alforrias e mobilidade social.
b) o mercado interno não se desenvolveu mantendo-se a situação de ilhas econômicas.
c) o contrabando e a voracidade do fisco português não podem ser considerados fatores que
colaboraram para este resultado.
d) a região não atraiu mão de obra da metrópole, ocorrendo um povoamento disperso e pouca
vida urbana.
e) a dependência econômica de Portugal, em relação à Inglaterra configurada no Tratado de
Methuen, transferiu para este país grande parte do ouro explorado.

6. (Pucsp) "Assim confabulam, os profetas, numa reunião fantástica, batida pelos ares de Minas.
Onde mais poderíamos conceber reunião igual, senão em terra mineira, que é o paradoxo
mesmo, tão mística que transforma em alfaias e púlpitos e genuflexórios a febre grosseira do
diamante, do ouro e das pedras de cor?"
(Andrade, C. Drummond de,COLÓQUIO DAS ESTÁTUAS. In: Mello, S., BARROCO
MINEIRO, S. Paulo, Brasiliense, 1985.)
A origem desse traço contraditório que o poeta afirma caracterizar a sociedade mineira remete a
um contexto no qual houve
a) a reafimação bilateral do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha e o crescimento da
miscigenação racial no ambiente colonial.
b) o relaxamento na politica de distribuição de terras na colônia e a vigência de uma concepção
racionalista de planejamento das cidades.
c) a diversificação das atividades produtivas na colônia e a construção de um conjunto artístico e
arquitetônico que singularizou a principal região de mineração.
d) o deslocamento do eixo produtivo do nordeste para as regiões centrais da colônia e o
desenvolvimento de uma estética que procurava reproduzir as construções românicas européias.
e) a expansão do território colonial brasileiro e a introdução, em Minas, da arte conhecida como
gótica, especialmente na decoração dos interiores das igrejas.

7. (Uece) A corrida do ouro em Minas Gerais no final do século XVII trouxe uma riqueza muito
grande para a Coroa portuguesa mas também exigiu muitos esforços no sentido de fiscalizar a
produção e punir o contrabando. Assinale a expressão correta a respeito das medidas fiscais
empreendidas por Portugal na área das minas:
a) apesar dos protestos dos fidalgos encarregados da arrecadação, a Coroa portuguesa evitava
pressionar os produtores através das derramas, limitando-se a aumentar os impostos.
b) sem conseguir se impor aos proprietários das minas, a administração colonial passou a permitir
a livre comercialização do ouro, arrecadando impostos nos portos e nas estradas.
c) a administração colonial instalou as casas de fundição para regulamentar a produção do ouro e
arrecadar mais impostos, obtendo total apoio dos proprietários das minas.
d) ao aumentar a carga fiscal e as casas de fundição, a Coroa logrou aumentar a arrecadação de
impostos, mas provocou a revolta dos proprietários das minas.

8. (Unesp) As contradições, amplas e profundas, do processo histórico das Minas Gerais,


acabaram gerando relações que podem ser entendidas através dos antagonismos:
colonizador/colonizado; dominador/dominado; confidente/inconfidente; opressão fiscal/reação
libertadora. Nesse contexto, a Coroa Portuguesa, em seu próprio benefício, desenvolveu uma
ação "educativa" compreendendo:
a) o estabelecimento de condições adequadas ao controle democrático da máquina
administrativa.
b) a realização de programas intensivos de prevenção dos súditos contra os abusos das
autoridades.
c) o indulto por dívida fiscal e o estímulo à traição e à delação entre os súditos.
d) o arquivamento do inquérito e queima dos autos contra os inconfidentes.
e) a promulgação de um novo regime fiscal que acabava com a prática da sonegação.

9. (Unesp) "E o pior é que a maior parte do ouro que se tira das minas passa em pó e em
moedas para os reinos estranhos e a menor é a que fica em Portugal e nas cidades do Brasil,
salvo o que se gasta em cordões, arrecadas e outros brincos, dos quais se vêem hoje carregadas
as mulatas de mau viver e as negras, muito mais que as senhoras".
(André João Antonil. "Cultura e opulência do Brasil", 1711.)
No trecho transcrito, o autor denuncia:
a) a corrupção dos proprietários de lavras no desvio de ouro em seu próprio benefício e na
compra de escravos.
b) a transferência do ouro brasileiro para outros países em decorrência de acordos comerciais
internacionais de Portugal.
c) o prejuízo para o desenvolvimento interno da colônia e da metrópole gerado pelo contrabando
de ouro brasileiro.
d) o controle do ouro por funcionários reais preocupados em esbanjar dinheiro e dominar o poder
local.
e) a ausência de controle fiscal português no Brasil e o desvio de ouro para o exterior pelos
escravos e mineradores ingleses.

10. (Unirio) O desenvolvimento da economia mineradora no século XVII teve diferentes


repercussões sobre a vida colonial, conforme se apresenta caracterizado numa das opções a
seguir. Assinale-a.
a) Incremento do comércio interno e das atividades voltadas para o abastecimento na região
centro-sul.
b) Movimento de interiorização conhecido como bandeirismo, responsável pelo fornecimento de
mão-de-obra indígena para as minas.
c) Descentralização da administração colonial para facilitar o controle da produção.
d) Sufocamento dos movimentos de rebelião, graças à riqueza material gerada pelo ouro e pela
prata.
e) Retorno em massa, para a metrópole, dos colonos enriquecidos pela nova atividade.

11. (Fuvest) No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia.
Entre elas podemos destacar:
a) a urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com
os imigrantes.
b) a introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a
Inglaterra.
c) a industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da
criação de ovinos em Minas Gerais.
d) a preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de
operários europeus.
e) o aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do
comércio, a mudança do eixo econômico para o Sul.

12. (Fuvest) Foram características dominantes da colonização portuguesa na América:

a) pequenas unidades de produção diversificada, comércio livre e trabalho compulsório.


b) grandes unidades produtivas de exportação, monopólio do comércio e escravidão.
c) pacto colonial, exploração de minérios e trabalho livre.
d) latifúndio, produção monocultora e trabalho assalariado de indígenas.
e) exportação de matérias-primas, minifúndio e servidão.

GABARITO

1.C
2. C
3. E
4. E
5. E
6. C
7. D
8. C
9. C
10. A
11. E
12. B

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