Bancário - Contestacao Reintegracao Posse Leasing Encargos Suspensao Conexao Preliminar Merito
Bancário - Contestacao Reintegracao Posse Leasing Encargos Suspensao Conexao Preliminar Merito
Bancário - Contestacao Reintegracao Posse Leasing Encargos Suspensao Conexao Preliminar Merito
CONTESTAÇÃO,
em face da presente Ação de Reintegração de Posse, aforada por ZETA S/A ARRENDAMENTO
MERCANTIL, em decorrência das justificativas de ordem fática e de direito abaixo delineadas.
1 – DA TEMPESTIVIDADE
Nesse sentido:
2.1. Conexão (CPC, art. 64, caput c/c art. 337, inc. VIII)
Nesse prisma:
2.2. Inépcia da inicial (CPC, art. 320 c/c art. 337, inc. IV)
APELAÇÃO CÍVEL.
Ação de busca e apreensão. Contrato de financiamento com garantia de alienação
fiduciária. Processo extinto, sem resolução de mérito, com fundamento nos artigos
267, I e 284, parágrafo único do CPC. Ausência de comprovação da mora. Notificação
extrajudicial acostada não entregue e não recebida pelo devedor. Protesto via edital
que apenas é possível quando esgotados os meios necessários a fim de localizar o
devedor. Inocorrência no caso. Documento comprovando a constituição em mora que
é imprescindível a ação de busca e apreensão. Facultada emenda à inicial.
Determinação não atendida. Sentença de extinção mantida. Recurso de apelação
conhecido e desprovido. (TJPR; ApCiv 1339981-2; Telêmaco Borba; Décima Quarta
Câmara Cível; Relª Juíza Conv. Sandra Bauermann; Julg. 07/10/2015; DJPR 27/10/2015;
Pág. 496)
A ação, por esse ângulo, deve ser extinta, sem resolver-se o mérito
(CPC, art. 485, inc. IV).
Por esse motivo, esta ação deve ser suspensa até o deslinde da
ação que busca apreciar, sobretudo, se, de fato, há mora do devedor, aqui Promovido.
Com efeito, urge transcrever arestos com precedentes acerca do
tema, verbis:
Art. 2º - Consumidor é toda a pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
No mesmo sentido:
As operações bancárias estão abrangidas pelo regime jurídico do CDC, desde que
constituam relações jurídicas de consumo. [...] Não há dúvida sobre a natureza
jurídica da atividade bancária, que se qualifica como empresarial. [...] Analisado o
problema da classificação do banco como empresa e de sua atividade negocial,
tem-se que é considerado pelo art. 3º, caput, do CDC, como fornecedor, vale dizer,
um dos sujeitos da relação de consumo. O produto da atividade negocial do banco é
o crédito; agem os bancos, ainda, na qualidade de prestadores de serviço, quando
recebem tributos mesmo de não clientes, fornecem extratos de contas bancárias
por meio de computadores etc. [...] Suas atividades envolvem, pois, os dois objetos
das relações de consumo: os produtos e os serviços. (GRINOVER, Ada Pellegrini, et
al. Código Brasileiro de Defesa do Consumidor: comentado pelos autores do
anteprojeto. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004, p. 524/526).
5 – JUROS REMUNERATÓRIOS
SUA COBRANÇA EM CONTRATOS DE “LEASING”
6– JUROS MORATÓRIOS
CAPITALIZAÇÃO – ILEGALIDADE
STJ, Súmula 379: Nos contratos bancários não regidos por legislação específica, os
juros moratórios poderão ser fixados em até 1% ao mês.
Nesse sentido:
Totalmente descabido.
CÓDIGO CIVIL
Art. Art. 394 - Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor
que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.
Art. 396 - Não havendo fato ou omissão imputável ao devedor, não incorre este em mora.
8 – DESPESAS EXTRAJUDICIAIS
Art. 51 - São nulas de pleno direito, entre outras, as cláusulas contratuais relativas ao
fornecimento de produtos e serviços que:
(...)
IV - estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que coloquem o
consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam incompatíveis com a boa-fé ou a
equidade;
(...)
XII - obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua obrigação, sem
que igual direito lhe seja conferido contra o fornecedor;
APELAÇÃO CÍVEL.
Demanda revisional de contrato de financiamento para aquisição de automotor.
Sentença de parcial procedência da pretensão deduzida na exordial. Irresignação da
financeira. Código de Defesa do Consumidor. Incidência. Exegese da Súmula nº 297 do
Superior Tribunal de Justiça. Princípios do pacta sunt servanda, ato jurídico perfeito e
autonomia da vontade que cedem espaço, por serem genéricos, à norma específica do
art. 6º, inciso V, da Lei nº 8.078/90. Possibilidade de revisão do contrato, nos limites do
pedido do devedor. Inteligência dos arts. 2º, 128, 460 e 515, todos do código de
processo civil. Aplicação da Súmula nº 381 do Superior Tribunal de Justiça e da
orientação 5 do julgamento das questões idênticas que caracterizam a multiplicidade
oriunda do RESP n. 1.061.530/RS, relatado pela ministra nancy andrighi, julgado em
22/10/08. Cláusula resolutória expressa. Previsão no contrato sem, contudo, dar opção
ao consumidor entre a resolução do pacto ou sua manutenção. Dever de
alternatividade não respeitado. Afronta ao art. 54, § 2º, da Lei nº 8.078/90. Cláusula
resolutiva abusiva. Sentença mantida neste viés. Honorários extrajudiciais e despesas
em razão de eventual cobrança. Banco que almeja o reconhecimento da legalidade das
exigências. Inviabilidade. Imposição ao consumidor do montante pago pela casa
bancária a título de honorários advocatícios extrajudiciais e despesas de cobrança.
Ofensa ao art. 51, inciso XII, do pergaminho consumerista. Nulidade estampada.
Decisão inalterada nesta seara. Repetição do indébito. Prescindibilidade de produção
da prova do vício. Inteligência do art. 42 do Código de Defesa do Consumidor.
Aplicação do verbete n. 322, do Superior Tribunal de Justiça. Permissibilidade na forma
simples. Compensação dos créditos. Partes reciprocamente credoras e devedoras.
Incidência do art. 368 do Código Civil. Quantum pago a maior. Correção monetária
conforme o INPC/IBGE desde o efetivo pagamento. Provimento n. 13/95 da
corregedoria-geral da justiça deste areópago estadual. Juros moratórios limitados em
1% a. M. Exigíveis desde a citação. Incidência dos arts. 406 do Código Civil, 161, § 1º,
do Código Tributário Nacional e 219 do código buzaid. Recurso improvido. (TJSC; AC
2015.048449-1; Criciúma; Quarta Câmara de Direito Comercial; Rel. Des. José Carlos
Carstens Kohler; Julg. 25/08/2015; DJSC 31/08/2015; Pág. 480)
10 – EM CONCLUSÃO
POSTO ISSO,
o Réu expressa o desejo que Vossa Excelência se digne de tomar as seguintes providências:
Fulano de Tal
Advogado – OAB 0000