Nota Técnica EIA Quinhão 16 Final

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NOTA TÉCNICA

Estudo de Impacto Ambiental – EIA


Parcelamento de Solo Urbano Quinhão 16

Brasília, junho de 2019.


NOTAS:

02

01

REV. NATUREZA DA REVISÃO


DATA DIGITADO ELABORADO VERIFICADO APROVADO

INCO EMPREENDIMENTOS
IMOBILIÁRIOS S.A.

EMPREENDIMENTO:

PARCELAMENTO DE SOLO URBANO QUINHÃO 16


FASE DO EMPREENDIMENTO:

ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL – EIA


TÍTULO DO DOCUMENTO:

NOTA TÉCNICA
NÚMERO DO DOCUMENTO: REVISÃO:

01
R.TÉCNICO DATA: PÁGINA: DE:

Eng. Érick Marcel e Silva Viana JUN / 2019 1 36


CREA 14.884/D-DF
SUMÁRIO
1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 1
2 ESCLARECIMENTO COMPLEMENTAR ........................................................ 2
2.1 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS .....................................................................................................2

2.2 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM O ZEE-DF .............................................................2

2.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS .............................................................12


2.3.1 Sobre as Alternativas Locacionais .................................................................................................................. 13
2.3.2 Sobre as Alternativas Tecnológicas ................................................................................................................ 13
2.3.3 Sobre os Cenários de Não Implantação do Empreendimento .......................................................................... 14

2.4 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL...................................................................................23

2.5 DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA .....................................................................24

2.6 SISTEMA DE REUSO DE ÁGUA .........................................................................................24

2.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTE DOMICILIAR ...................................................26

2.8 SISTEMA VIÁRIO E TRÂNSITO..........................................................................................27

2.9 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS ÍNDICES SOCIOECONÔMICOS ..........................29

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 31

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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com a Zona Ecológica-Econômica de Dinamização
Produtiva com Equidade – ZEEDPE. ............................................................................................................... 3

Figura 2: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com a Subzona de Dinamização Produtiva com Equidade
7 – SZDPE 7. .................................................................................................................................................... 4

Figura 3: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Perda de Área de Recarga de
Aquífero. ......................................................................................................................................................... 5

Figura 4: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de


Perda de Área de Recarga de Aquífero. Nota-se que o Empreendimento se encontra predominantemente
nas classes Muito Baixo a Baixo. .................................................................................................................... 6

Figura 5: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Contaminação do Subsolo. ... 7

Figura 6: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de


Contaminação do Subsolo. Nota-se que o Empreendimento se encontra predominantemente nas classes
Muito Baixo e Médio. ..................................................................................................................................... 8

Figura 7: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Perda de Solo por Erosão. .... 9

Figura 8: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de


Perda de Solo por Erosão. Nota-se que o Empreendimento se encontra nas classes Médio e Muito Alto. 10

Figura 9: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com Risco Ecológico de Perda de Áreas Remanescentes
de Cerrado Nativo. ....................................................................................................................................... 11

Figura 10: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de
Perda de Áreas Remanescentes de Cerrado Nativo. Nota-se que o Empreendimento se encontra nas classes
Ausência de Cerrado e Risco Médio. ............................................................................................................ 12

Figura 11: Divisão das glebas do Quinhão 16. ........................................................................................................ 15

Figura 12: Poligonal, em destaque, que formou o Projeto Quinhão 16. ............................................................... 16

Figura 13: Região do Quinhão 16 (ano de 2004). ................................................................................................... 18

Figura 14: Região do Quinhão 16 (ano de 2008). ................................................................................................... 18

Figura 15: Região do Quinhão 16 (ano de 2010). ................................................................................................... 19

Figura 16: Região do Quinhão 16 (ano de 2012). ................................................................................................... 19

Figura 17: Região do Quinhão 16 (ano de 2014). ................................................................................................... 20

Figura 18: Região do Quinhão 16 (ano de 2015). ................................................................................................... 20

Figura 19: Região do Quinhão 16 (ano de 2016). ................................................................................................... 21

Figura 20: Região do Quinhão 16 (ano de 2017). ................................................................................................... 21

Figura 21: Região do Quinhão 16 (ano de 2018). ................................................................................................... 22

Figura 22: Ilustração do Cenário B. ........................................................................................................................ 22

Figura 23: Desenho da ETE – Planta 01. ................................................................................................................. 27

Figura 24: Desenho da ETE – Planta 02. ................................................................................................................. 27

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Figura 25: Empreendimento e sistema viário existente/planejado para a região. ................................................ 28

Figura 26: Possibilidade de criação de três novos pontos de conexão viária com a DF-001 (círculos em azul) e
quatro novos pontos de conexão viária com a Estrada do Sol/Condomínios da região (círculos em amarelo).
...................................................................................................................................................................... 29

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1 APRESENTAÇÃO
Em resposta aos questionamentos apresentados pelos membros da Comissão do Conselho de
Meio Ambiente do Distrito Federal – CONAM, durante a reunião realizada, em 22 de maio de
2019, na Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Habitação do Distrito Federal –
SEDUH, elaborou-se a presente Nota Técnica que traz os esclarecimentos demandados.

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2 ESCLARECIMENTO COMPLEMENTAR

2.1 AUDIÊNCIAS PÚBLICAS


Com relação ao questionamento sobre a Audiência Pública, é esclarecido que foram realizadas
duas Audiências Públicas e uma Reunião Pública sobre o EIA-RIMA do Quinhão 16. As respectivas
Atas de Reunião e Degravações constam no processo de licenciamento em tela. E, conforme o
próprio relatório de análise e aprovação do EIA-RIMA emitido pelo IBRAM, os questionamentos
foram respondidos, sendo que, todos eles já constam no corpo do estudo ambiental.
A primeira Audiência Pública foi realizada, em 16 de abril de 2018, com divulgação feita por meio
de publicações no Diário Oficial e Jornal de Brasília, em 15 de março de 2018 e 2 de abril de 2018.
Em 23 de maio de 2018, foi realizada a Reunião Pública na Paróquia Santa Clara e São Francisco
no Jardim Botânico. A segunda Audiência Pública foi realizada, em 10 de dezembro de 2018, com
divulgação feita por meio de publicações no Diário Oficial e Jornal de Brasília, em 09 de novembro
de 2018 e 22 de novembro de 2018. Ambas audiências públicas foram realizadas seguindo o
preconizado pela Lei Distrital nº 5.081/2013.
Além das duas audiências públicas e da reunião pública, citadas, foram realizadas diversas
reuniões com membros da comunidade, dos quais podem-se citar: reunião com membros do
Condomínio Jardins do Lago, com as Síndicas dos Condomínios Verde e Itaipu, e com membros
do Movimento Comunitário do Jardim Botânico.

2.2 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM O ZEE-DF


Para demonstrar a compatibilização dos estudos ambientais, urbanísticos e de infraestrutura do
Empreendimento Quinhão 16 com o Zoneamento Ecológico-Econômico do Distrito Federal (ZEE-
DF, aprovado pela Câmara Legislativa, em 17/12/2018), apresenta-se, a seguir, a área do
empreendimento em tela sobreposta aos mapas temáticos do ZEE-DF.
No tocante as Zonas Ecológicas-Econômicas do DF, o Empreendimento Quinhão 16 está situado
na Zona Ecológica-Econômica de Dinamização Produtiva com Equidade – ZEEDPE. Dentre os
objetivos da ZEEDPE, destacam-se:
a) Promover a geração de emprego e renda consoante à vocação desta zona;
b) Promover a redistribuição das atividades produtivas nos núcleos urbanos consolidados,
buscando a geração de emprego e renda para inclusão das populações vulneráveis;
c) Garantir a multifuncionalidade na oferta de lotes urbanos e a existência de áreas e lotes
institucionais para qualificação e expansão do sistema de mobilidade e suas infraestruturas,
propiciando a formação de núcleos urbanos compactos;
d) Implementar a interligação viária entre as novas centralidades propostas, assegurando a
integração entre os diferentes modais de transportes, priorizando os não- motorizados;
e) Estimular a adoção de novas tecnologias edilícias e arquitetônicas referentes à eficiência
energética e ao reuso de água;

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f) Assegurar a implantação do Sistema de Áreas Verdes Permeáveis Intra-urbanas, como parte
da estratégia de manutenção da permeabilidade do solo, infiltração, recarga, manejo de
águas pluviais e melhoria do microclima urbano, atendendo às especificidades de cada
subzona.
Assim sendo, é notório a compatibilidade do Empreendimento Quinhão 16 com os objetivos
dessa Zona, conforme ilustrado a seguir:

Figura 1: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com a Zona Ecológica-Econômica de


Dinamização Produtiva com Equidade – ZEEDPE.

Com relação a Subzona, o Empreendimento Quinhão 16 está situado na Subzona de Dinamização


Produtiva com Equidade 7 – SZDPE 7. Dentre os objetivos da SZDPE 7, destacam-se:
a) Garantir a multifuncionalidade na oferta de lotes urbanos e a existência de áreas e lotes
institucionais para qualificação e expansão do sistema de mobilidade e suas infraestruturas,
propiciando a formação de núcleos urbanos compactos;
b) Consolidar um Sistema de Áreas Verdes Permeáveis Intra-urbanas, com o uso preferencial
de espécies nativas, assegurado o estabelecimento do respectivo Plano de Implantação,
definindo, dentre outras estratégias, alternativas à supressão de áreas verdes, a
compensação florestal em áreas críticas urbanas e medidas de maximização da infiltração de
águas pluviais;

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c) Proteger os córregos tributários do Rio São Bartolomeu e estudar a viabilidade de implantação
de infraestrutura de apoio ao desenvolvimento de pesquisas ambientais e geológicas no
Vale do Rio Paranoá;
d) Assegurar o aporte de infraestrutura de saneamento ambiental compatível com os riscos
ecológicos, os padrões e intensidade de ocupação humana e a capacidade de suporte
ecológica dos recursos hídricos.

Figura 2: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com a Subzona de Dinamização


Produtiva com Equidade 7 – SZDPE 7.

No que concerne ao Risco Ecológico de Perda de Área de Recarga de Aquífero, o


Empreendimento Quinhão 16 está situado, predominantemente, nas classes de Riscos Muito
Baixa a Baixa.
Segundo o ZEE-DF, “a contaminação dos aquíferos, sua superexplotação e a ocupação
inadequada de suas áreas de recarga, representam as maiores ameaças para às sociedades
humanas (...); A ocupação inadequada de suas áreas de recarga representa um desafio muito
expressivo nas regiões metropolitanas do país e do mundo (Cavalcante e Sabadia, 1992). Este é o
caso do Distrito Federal (...); De fato, sabe-se que as áreas prioritárias para o desenvolvimento
dos ambientes urbanos no DF estão sobre áreas de recarga, mais planas.

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O projeto encontra-se fora das áreas de recarga, no entanto, foi concebido de forma a permitir
a máxima infiltração da água pluvial no solo, garantindo a recarga do aquífero. Isso se traduz em
números: cerca de 69% da gleba do empreendimento será constituída por área permeável/área
verde, em consonância com as premissas estabelecida pelo ZEE-DF. Vale considerar que mais de
54% da gleba permanece como área verde pública e integralmente permeável.
A seguir, ilustra-se a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico de Perda de
Área de Recarga de Aquífero. Nota-se que na Região do Jardim Botânico as áreas com ocupações
irregulares e com ausência de planejamento urbano foram classificadas como Risco Alto. Já o
Empreendimento Quinhão 16 vai na direção contrária a esse modelo de ocupação, ou seja, a
premissa do projeto do Quinhão 16 é o planejamento urbano e ambiental, assegurando a
sustentabilidade dos recursos naturais, sobretudo, a manutenção dos recursos hídricos locais.

Figura 3: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Perda de Área


de Recarga de Aquífero.

A seguir, ilustra-se, em detalhe, a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico


de Perda de Área de Recarga de Aquífero.

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Figura 4: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o
Risco Ecológico de Perda de Área de Recarga de Aquífero. Nota-se que o Empreendimento se
encontra predominantemente nas classes Muito Baixo a Baixo.

Com relação ao Risco Ecológico de Contaminação do Subsolo, o Empreendimento Quinhão 16


está situado, predominantemente, nas classes de Riscos Muito Baixo e Médio. Cabe destacar
que grande parte do DF se situa na classe de Risco Alto, correspondendo a 58% do território.
A seguir, ilustra-se a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico de
Contaminação do Subsolo.

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Figura 5: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Contaminação
do Subsolo.

A seguir, ilustra-se, em detalhe, a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico


de Contaminação do Subsolo.

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Figura 6: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o
Risco Ecológico de Contaminação do Subsolo. Nota-se que o Empreendimento se encontra
predominantemente nas classes Muito Baixo e Médio.

Já com relação ao Risco Ecológico de Perda de Solo por Erosão, o Empreendimento Quinhão 16
está situado nas classes de Riscos Médio e Muito Alto. O próprio EIA estudou e propôs soluções
para o assunto.
Os resultados da classificação de risco foram definidos pelo ZEE-DF em função das seguintes
variáveis: sensibilidade dos solos à erosão, erodibilidade do solo, tolerância do solo a erosão e
declividade da vertente. Contudo, para evitar e inibir o desenvolvimento dos processos erosivos,
o Empreendimento Quinhão 16 será implantado por meio de projetos de urbanismo e de
infraestrutura que garantem a execução das obras de forma planejada; a adoção de critérios
técnicos e normativos de engenharia e de planejamento urbano é a premissa do
empreendimento; o planejamento ambiental também é parte do conceito do empreendimento,
que se traduz nos Programas Ambientais a serem implementados durantes as obras e durante a
operação do empreendimento, a saber: Programa de Monitoramento e Recuperação de
Processos Erosivos, Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), Programa de
Controle e Monitoramento da Supressão Vegetal e Programa de Conservação e Monitoramento
da Flora.
Adicionalmente, vale ressaltar que cerca de 69% da gleba do empreendimento será constituída
por área permeável/área verde, contribuindo para a preservação da cobertura vegetal nativa e
garantindo, assim, a proteção do solo contra o surgimento dos processos erosivos. As áreas

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ocupadas serão exatamente os trechos de menor declividade e, portanto, com menor
suscetibilidade a erosão, enquanto os trechos de maior declividade são exatamente os que serão
mantidos com cobertura vegetal nativa. Aliado aos Programas de Monitoramento Ambiental, o
Empreendimento assegurará a proteção dos solos e da sua cobertura vegetal.
A seguir, ilustra-se a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico de Perda de
Solo por Erosão.

Figura 7: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o Risco Ecológico de Perda de Solo


por Erosão.

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Figura 8: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o
Risco Ecológico de Perda de Solo por Erosão. Nota-se que o Empreendimento se encontra nas
classes Médio e Muito Alto.

Finalmente, com relação ao Risco Ecológico de Perda de Áreas Remanescentes de Cerrado


Nativo, o Empreendimento Quinhão 16 está situado nas classes de Ausência de Cerrado e Risco
Médio. Considerando que o Empreendimento está cercado por parcelamentos irregulares;
considerando a pressão da gleba pelas ocupações desordenadas e desmatamentos irregulares; a
implantação do Empreendimento se mostra como uma solução para conservar a vegetação
nativa existente, evitando, assim, a ocupação irregular e desordenada da área em questão.
A seguir, ilustra-se a compatibilização do Empreendimento com o Risco Ecológico de Perda de
Áreas Remanescentes de Cerrado Nativo.

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Figura 9: Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com Risco Ecológico de Perda de Áreas
Remanescentes de Cerrado Nativo.

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Figura 10: Visualização, em detalhe, do Empreendimento Quinhão 16 compatibilizado com o
Risco Ecológico de Perda de Áreas Remanescentes de Cerrado Nativo. Nota-se que o
Empreendimento se encontra nas classes Ausência de Cerrado e Risco Médio.

Vale ressaltar que está previsto a criação de uma RPPN na área de estudo, servindo como uma
área de proteção da vegetação nativa existente. Além disso, cerca de 69% da gleba do
empreendimento será constituída por área verde, em consonância com as premissas
estabelecida pelo ZEE-DF. Vale considerar que mais de 54% da gleba permanece como área verde
pública e integralmente permeável.

2.3 ALTERNATIVAS LOCACIONAIS E TECNOLÓGICAS


Com relação ao questionamento referente ao atendimento do Art. 5º, inciso I da Resolução
CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986, que trata sobre “contemplar todas as alternativas
tecnológicas e de localização (...)”, cabe destacar que esse artigo deve ser aplicado a luz da
tipologia de cada empreendimento e, tratando-se de um parcelamento de solo, o sítio de estudo
é vinculado a gleba de terras registradas em cartório e, dessa forma, a alternativa locacional e
tecnológica deve ser pensada e estudada dentro do próprio sítio/gleba registrada.
Adicionalmente, o referido inciso deixa em aberto e a critério do órgão ambiental a metodologia
a ser seguida na escolha das alternativas tecnológicas e de localização. Assim sendo, a luz das
metodologias consagradas e aplicadas pelos órgãos ambientais no âmbito do País, o
Empreendimento Quinhão 16 cumpriu os requisitos metodológicos e aquilo que foi solicitado no

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termo de referência emitido pelo IBRAM. Cumpriu-se, também, o Art. 5º, inciso I, da Resolução
CONAMA nº 001/1986.

2.3.1 Sobre as Alternativas Locacionais


O Plano Diretor Ordenamento Territorial do Distrito Federal – PDOT é o instrumento que
apresenta os parâmetros de desenvolvimento e gestão do território para todo o DF e, para a
Região do Jardim Botânico, estabelece o cenário de Zona Urbana de Uso Controlado e de
Contenção Urbana, consolidando a área como um vetor de expansão da trama urbana do DF.
Na poligonal de trabalho, o EIA-RIMA do Quinhão 16 contempla a análise das condições
ambientais e suas tendências evolutivas, para o cenário de não implantação do empreendimento
e para o cenário de implantação do empreendimento. No primeiro cenário, desconsidera-se a
existência do parcelamento, e considera-se a evolução do atual modelo de uso e ocupação do
solo. No segundo cenário, considera-se a implantação do parcelamento, avaliando-se os
resultados da intervenção do empreendimento sobre os parâmetros ambientais.
Como o EIA-RIMA trata dos impactos de um Empreendimento Imobiliária de Parcelamento do
Solo Urbano, as alternativas de cenários analisadas estão restritas à poligonal de planejamento,
visto que está devidamente georreferenciada, escriturada e registrada em cartório, conforme
comprova a documentação constante do processo de licenciamento em curso.
O cenário de implantação do empreendimento, tal como descrito no EIA-RIMA, atende
integralmente a todos os parâmetros estabelecidos pela legislação de parcelamento do solo
estabelecidas pelo PDOT, Diretrizes Urbanísticas Gerais e Específicas, Zoneamento da APA do
São Bartolomeu e Zoneamento Econômico-Ecológico do Distrito Federal.
O referido cenário urbano de implantação foi devidamente analisado e aprovado pela antiga
Secretaria de Estado de Gestão do Território e Habitação do Distrito Federal – SEGETH, atual
SEDUH, por meio do Parecer Técnico SEIGDF nº 48/2018 – SEGETH/CAP/COURB/DIPAR
(6754962). Além disso, no processo de aprovação foram analisados vários cenários de ocupação
com diferentes desenhos e alternativas de solução de projetos, que resultou no projeto final
aprovado.
Por fim, o próprio do documento do IBRAM – Parecer Técnico SEI-GDF nº 28/2018 -
IBRAM/PRESI/SULAM/DILAM-II, em seu item 5, fez a análise da Viabilidade Locacional, elencando
os diversos aspectos que foram considerados na análise do projeto, inclusive de outros órgãos
da Administração Pública.

2.3.2 Sobre as Alternativas Tecnológicas


O EIA-RIMA do Quinhão 16 contempla a análise de múltiplas alternativas referentes às
tecnologias das infraestruturas de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem
pluvial e energia elétrica. É importante considerar que as soluções das infraestruturas propostas
foram devidamente analisadas pelos órgãos públicos competentes e estão integralmente de
acordo com as normas e resoluções estabelecidas para cada uma delas.

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2.3.3 Sobre os Cenários de Não Implantação do Empreendimento
Incialmente, torna-se relevante fazer algumas considerações sobre o histórico de ocupação da
Região Administrativa onde se pretende implantar o Projeto Quinhão 16.
O cenário de não implantação do empreendimento deve ser considerado como um cenário
tendencial, ou seja, uma vez não instalado o empreendimento, considera-se que não haverá
alteração significativa em relação ao processo de urbanização da região, que vem ocorrendo até
então. Esse cenário só poderia ser desconsiderado (o cenário da não ocupação irregular) se
houvesse uma forte sinalização por parte do Governo, por meio dos seus órgãos de fiscalização,
de que medidas severas estão sendo adotadas para evitar o avanço das ocupações irregulares, o
que não é o caso, pelo menos até agora.
É de conhecimento comum que o processo de crescimento urbano da região do Jardim Botânico
ocorreu, em quase sua totalidade, de forma irregular e sem planejamento urbano, como uma
resposta clara a demanda social por moradia, principalmente das famílias de classe média e
média-alta. A ausência da oferta de moradias regulares, seja na forma de lotes urbanizados ou
de habitação coletiva, combinado com a necessidade de residir com segurança em área de fácil
acesso ao Plano Piloto, fez do Jardim Botânico o alvo preferencial de ocupações em condomínios
irregulares.
Esse processo de ocupação irregular absolutamente não se encerrou, a despeito de ter sido
desacelerado. Houve sim uma crescente conscientização da população dos efeitos danosos desse
fenômeno, aliado a um esforço conjunto da comunidade e do governo para regularização desses
condomínios, cujo resultado, já começa a ser visível, ainda que distante da meta. Entretanto, não
há como desenvolver o cenário de não implantação do empreendimento, ou seja, desenvolver o
cenário tendencial, sem considerar esse processo de urbanização irregular.
Diante desse contexto, elaborou-se o cenário de não implantação do empreendimento
considerando duas hipóteses:
 Cenário A: a hipótese de não haver ocupações irregulares no futuro, seja pela ação efetiva
da fiscalização, seja pela oferta de lotes regulares na região, desencorajando a população
a adquirir lotes irregulares, mesmo que abaixo do custo de mercado;
 Cenário B: a hipótese do cenário tendencial que é a ausência de fiscalização que
efetivamente impeça a ocupação irregular, combinada com a não aprovação de
parcelamentos para oferta regular de lotes no mercado, o que resulta no processo de
ocupação irregular para atendimento da demanda habitacional.

a) Cenário A
Para demonstrar como o Cenário A se dará, inicialmente, torna-se necessário esclarecer alguns
aspectos sobre a estrutura fundiária do sítio estudado, particularmente o denominado de
Quinhão 16 da Fazenda Taboquinha, e como a divisão das terras se configuram nessa região.
A antiga Fazenda Taboquinha, em processo de divisão amigável, foi desmembrada em 20
Quinhões. Coube ao Quinhão 16 uma área total de cerca de 300 ha, que após inúmeras divisões,
resultaram em um mosaico com aproximadamente de 50 propriedades, em sua maioria com área
entre 2,0 e 3,0 hectares. Cada uma dessas propriedades possui titularidade com matrícula

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própria registrada em Cartório de Registro de Imóveis, portanto, podem compor um processo
regular de parcelamento do solo junto a autoridade pública, já que estão em zona urbana,
segundo o PDOT.
A seguir, é ilustrado a divisão das glebas dentro do Quinhão 16 e seus arredores da Fazenda
Taboquinha. Na sequência, pode-se observar que a área sombreada destinada ao
empreendimento é composta por 15 glebas de diferentes titularidades.

Figura 11: Divisão das glebas do Quinhão 16.

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Figura 12: Poligonal, em destaque, que formou o Projeto Quinhão 16.

O projeto do Quinhão 16 foi um esforço conjugado de vários proprietários de terras e de


empreendedores que se uniram com um objetivo comum. De um lado os proprietários das terras
não se deixaram seduzir pela promessa fácil e de retorno rápido do loteamento nos moldes
predominantemente existentes até então; e de outro lado, as empresas visualizaram que
poderiam desenvolver uma proposta inovadora de parcelamento, com ganhos mútuos, inclusive
ambientais. A proposta do parcelamento, tal como foi desenvolvida, só seria viável em uma gleba
de terras relativamente contínua e com área significativa, para permitir a viabilidade urbanística
e ambiental no contexto de bairro e a nível de Região Administrativa.
Considerando a não implantação do Empreendimento Quinhão 16, e considerando o Cenário A,
teríamos como resultado: cada proprietário de terra, individualmente, teria que aprovar seu
próprio parcelamento em processo regular, já que a legislação faculta essa possibilidade. E,
considerando o cumprimento integral da legislação urbanística e ambiental, nesse cenário
futuro, teríamos como resultado: a implantação de diversos pequenos condomínios, um em cada
gleba, que resultaria na seguinte configuração geral:
 os condomínios seriam, em sua maioria, com área entre 2,0 e 3,0 hectares, com 30 a 45
unidades habitacionais e pelo menos 50% de área permeável, cada;

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 os condomínios seriam predominantemente horizontais, destinados a construção de
casas, já que com poucas unidades habitacionais não se viabilizaria projetos de
incorporação vertical;
 a implantação desses novos parcelamentos seria feita de forma não sincronizada, uma
vez que cada proprietário teria o seu próprio processo de aprovação;
 a infraestrutura seria implantada de forma individual para cada pequeno parcelamento e
voltada para atender as necessidades individuais de cada um, cumprindo estritamente a
legislação;
 em função das restrições legais, possivelmente o projeto de aprovação do parcelamento
de algumas dessas glebas não se viabilizaria economicamente, levando esses
proprietários a se unirem para compor áreas maiores, ou empurrando-os a
clandestinidade, com ocupações irregulares;
 não seria possível viabilizar uma infraestrutura de maior porte, nos moldes do
empreendimento proposto, de forma a integrar todo o bairro;
 as áreas destinadas a lotes institucionais ou equipamentos públicos estariam
fragmentadas nos diversos pequenos parcelamentos, e portanto, não se criaria lotes
destinados a grandes equipamentos públicos e institucionais, tais como hospitais e
centros escolares;
 pelo mesmo motivo não se criaria centralidades que permitisse a implantação de áreas
comerciais de maior porte, capaz de gerar empregos de diferentes níveis e categorias,
senão àqueles empregos gerados apenas por pequenos comércios;
 por fim, e possivelmente o mais importante, as áreas permeáveis destinadas a criação de
RPPNs ou Servidões Ambientais seriam criadas de forma fragmentada e distribuída sem
um critério ambiental mais amplo, o que seria extremamente danoso ao meio ambiente.

Ressalta-se que esse cenário seria perfeitamente plausível, pois os proprietários das terras têm
plenos direitos e podem requerer junto aos órgãos competentes seu processo de parcelamento,
à luz da legislação vigente. Portanto, o Cenário A poderia ocorrer dentro da legalidade.
b) Cenário B
Não há que se discutir sobre os efeitos extremante danosos do processo de ocupação irregular
do solo urbano. Os impactos negativos têm várias dimensões envolvendo os aspectos sociais,
econômicos e principalmente ambientais.
Entretanto, apesar dos efeitos desastrosos, e em razão do histórico de ocupação do DF e da RA
Jardim Botânico, considera-se que é muito provável a ocorrência do Cenário B em relação a
ocorrência do Cenário A quando da não implantação do Empreendimento Quinhão 16. Para
corroborar com tal análise, buscou-se o histórico de imagens de satélite dos últimos anos (Banco
de dados do Google Earth, acessado em 10/06/2019), sendo possível concluir que o processo de
ocupação irregular apenas desacelerou na região, absolutamente não se encerrou.

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Figura 13: Região do Quinhão 16 (ano de 2004).

Figura 14: Região do Quinhão 16 (ano de 2008).

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Figura 15: Região do Quinhão 16 (ano de 2010).

Figura 16: Região do Quinhão 16 (ano de 2012).

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Figura 17: Região do Quinhão 16 (ano de 2014).

Figura 18: Região do Quinhão 16 (ano de 2015).

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Figura 19: Região do Quinhão 16 (ano de 2016).

Figura 20: Região do Quinhão 16 (ano de 2017).

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Figura 21: Região do Quinhão 16 (ano de 2018).

Destarte, é notório que o Cenário B configura-se como o pior cenário para a região, sendo muito
ruim em relação ao Cenário A. A ocorrência do Cenário B torna-se mais provável com a não
implantação do Empreendimento Quinhão 16.
Finalmente, para ilustrar o Cenário B e seu modelo de ocupação urbana combinado com a não
implantação do Projeto Quinhão 16, a seguir, é apresentado o modelo tradicional de ocupação
do solo o qual ocorreria na área de estudo:

DF-001

Figura 22: Ilustração do Cenário B.

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2.4 SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL
Com relação ao questionamento referente ao Sistema de Drenagem, a Agência Reguladora de
Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal – ADASA publicou a resolução nº 09 de
08 de abril de 2011, que dispõe sobre a obrigatoriedade de obtenção de outorga de lançamento
de águas pluviais para corpos hídricos do Distrito Federal.
Essa resolução introduziu o conceito de “sustentabilidade” no Sistema de Drenagem Urbana uma
vez que determina o amortecimento do pico de cheia na sua origem de tal maneira que apenas
a vazão de pré-desenvolvimento atinja o corpo receptor.
A citada Resolução define a vazão de pré-desenvolvimento como sendo a “vazão estimada de
escoamento superficial calculada considerando-se a situação natural de cobertura do solo”.
Assim, mesmo após a implantação do Empreendimento, a vazão máxima de água de drenagem
que pode chegar ao córrego não pode ser superior a vazão de pré-desenvolvimento, isto é aquela
registrada na área em sua configuração natural.
Para atender ao disposto na referida resolução nº 09 da ADASA, o projeto do Quinhão 16 realizou
um estudo específico para determinação da vazão de pré-desenvolvimento da área em questão.
Tendo por base o referido estudo, foram definidos os critérios e diretrizes para elaboração do
Projeto de Drenagem para a poligonal de trabalho.
Para atender aos parâmetros estabelecidos são adotados dispositivos que promovem a
infiltração local da água, baseados na reprodução do ciclo natural de infiltração da água pluvial.
Tais dispositivos foram dimensionados de acordo com o Manual de Drenagem e Manejo de Águas
Pluviais Urbanas do Distrito Federal, da ADASA. Foram calculados os volumes de detenção das
águas pluviais tanto no aspecto quantitativo, quanto no aspecto qualitativo de acordo com o que
determina a resolução nº 09/2011 da ADASA.
Os volumes de detenção das águas pluviais serão distribuídos em dispositivos dos mais variados
tipos inseridos na malha urbana e incorporados ao paisagismo local, tanto mais a montante do
sistema, quanto possível.
O mesmo tratamento será dado dentro dos lotes, onde serão adotadas uma séria de medidas
para retenção e infiltração da água da chuva, tais como pisos permeáveis, reservatórios
superficiais e subterrâneos, além das próprias áreas verdes de vegetação nativa ou incorporadas
ao paisagismo, de modo a tender integralmente a resolução da ADASA
No caso da drenagem pluvial do sistema viário, foram utilizados dispositivos do Álbum de
Projetos-Tipo de Dispositivos de Drenagem do Departamento Nacional de Infraestrutura de
Transportes – DNIT – Publicação IPR – 725.
É importante considerar, também, que o Projeto seguiu o Termo de Referência e Especificações
para Elaboração de Projetos de Sistemas de Drenagem Pluvial no Distrito Federal, da Companhia
Urbanizadora da Nova Capital – NOVACAP, de outubro de 2011, bem como as Especificações e
Encargos Gerais para Execução de Redes Públicas de Águas Pluviais no Distrito Federal-
NORMAS/DU – AP0997 - Especificações para Execução de Redes Públicas de Águas Pluviais.

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2.5 DISPONIBILIDADE HÍDRICA SUBTERRÂNEA
Foi concedido pela ADASA a outorga de seis poços com previsão de demanda mensal, conforme
pode ser consultado no EIA-RIMA. Para subsidiar tal outorga no tocante a capacidade hídrica no
manancial subterrâneo, foi elaborado um Estudo Hidrogeológico específico para o
empreendimento nas áreas de influência direta e indireta, baseado em obtenção de dados
primários e secundários. Esse estudo, feito por profissional especializado, determinou o volume
anual das reservas hídricas permanente, renovável e explotável. A ADASA outorgou um volume
mensal de água subterrânea, menor que o volume explotável determinado no Estudo
Hidrogeológico. Ou seja, a reserva hídrica subterrânea é maior do que o volume que será
explorado, que é suficiente para a atender até as cinco primeiras fases do empreendimento com
horizonte de operação para pelo menos 10 anos.
Além disso, todos os cálculos de vazão de abastecimento foram feitos com base em parâmetros
da CAESB, que ao nosso ver são bastante conservadores, para o perfil do empreendimento, por
vários motivos:
a) O consumo per capita indicado pela CAESB foi o valor médio da região que é
predominantemente de casas (Jardim Botânico e Lago Sul). O consumo médio per capita do
empreendimento será menor, uma vez que a tipologia padrão de moradia serão
apartamentos na forma de habitação coletiva;
b) O índice de perda indicado pela CAESB foi de 35%, referente a sua média histórica. Sabe-se
que em se tratando de um sistema novo com tecnologia tipo PAED a perda média nos 10
primeiros anos não é superior a 15%;
c) No cálculo do consumo per capita não se considerou o reuso de água que será implantado no
Empreendimento.
Portanto, um cálculo de vazão de abastecimento feito com base em parâmetros técnicos
específicos para o perfil do empreendimento e não com base nos parâmetros da CAESB (como
foi o caso), resultaria em um horizonte de abastecimento bem superior a 10 anos, para a mesma
vazão outorgada pela ADASA.
Além, disso a CAESB informou que poderá atender o Empreendimento quando na implantação
do Sistema Paranoá que está em fase de contratação. Isso significa que a CAESB poderá operar o
sistema inicialmente com produção a partir dos poços profundos, fazendo a conexão no futuro
com sua própria rede, após a implantação do Sistema Paranoá.
Em último caso, se o Sistema Paranoá não estiver em operação nesse horizonte de pelo menos
10 anos, o Empreendimento ficará limitado ao número de unidades para a vazão atual outorgada,
até que haja uma solução.

2.6 SISTEMA DE REUSO DE ÁGUA


A Resolução ADASA nº 03, de 19 de março de 2019, estabelece diretrizes para implantação e
operação de sistemas prediais de água não potável em edificações residenciais. Em seu Título III
– Das Diretrizes Gerais para o Aproveitamento de Águas Pluviais e o Reuso de Águas Cinzas,

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Capitulo I – Dos Usos Previstos, Art 4°, as fontes alternativas abordadas nessa Resolução podem
ser destinadas aos seguintes usos:
“I – irrigação para fins paisagísticos;
II – uso ornamental: espelhos d’água, chafarizes e quedas d’água;
III – descarga de bacias sanitárias;
IV – lavagem de pisos, fachadas e veículos automotivos.”
Na mesma norma, no Título IV – Do Aproveitamento de Água Pluvial, ainda são tratados
requisitos que poderão ser empregados nas edificações a serem construídas no Empreendimento
Quinhão 16, no manejo das águas pluviais.
Já no Título VIII – Das Disposições Finais, o Art. 41, orienta que, o “sistema predial de água não
potável, quando utilizar como fonte alternativa as águas pluviais, pode ser associado aos
dispositivos de recarga artificial de aquíferos, conforme artigo 7° da Lei complementar N° 929, de
28 de julho de 2017”.
Tal lei em seu Art. 1° estabelece que “esta Lei Complementar estabelece diretrizes para o uso de
dispositivos destinados à infiltração artificial de águas pluviais para a recarga de aquíferos e para
sua retenção e seu aproveitamento com vistas a assegurar, no máximo, a vazão de pré-
desenvolvimento na saída do lote urbano ou da projeção.”
Por fim, quanto as responsabilidades, a Resolução n° 3, em seu Título VII – Das Responsabilidades,
Capitulo I – Do Gestor do sistema predial de água não potável, Art. 27, estabelece que “O Gestor
do sistema predial de água não potável (...), é o responsável pelo cumprimento das instruções
contidas no manual de uso, operação e manutenção previstas no artigo 7° e pelo fornecimento
da água não potável nos seguintes casos:
(...)
III – em residências multifamiliares, o Gestor será o síndico ou pessoa designada em assembleia
devidamente registrada em ata;
IV – em novas edificações, o Gestor será o responsável técnico pela construção, até a transmissão
das responsabilidades, conforme incisos I a III, a qual deve ser comunicada à Concessionária no
prazo de 30 dias.”
Ainda no Art. 30 a mesma Resolução estabelece os critérios de controle de uso deste tratamento,
informando que: “O Gestor é o responsável por garantir a realização das análises laboratoriais e
o cumprimento das diretrizes previstas nas Tabelas I e II do Apêndice, devendo:
I – preservar os laudos com os resultados das análises laboratoriais, deixando disponíveis por 05
(cinco) anos a partir da data do resultado da análise, para efeitos de vistoria. ”
O projeto Quinhão 16, com relação ao reuso de água, guiou-se pelo descrito nos itens acima,
sempre objetivando o melhor uso deste recurso natural, com o intuito de promover a
implantação de um projeto sustentável e integrado para que todas as soluções, tanto de
drenagem, como de reuso, estejam alinhadas com o conceito de infiltração e recarga de aquífero.

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Estas soluções podem ser melhor entendidas ao consultar o Manual de Drenagem e Manejo de
Águas Pluviais Urbanas do Distrito Federal – ADASA.

2.7 SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTE DOMICILIAR


Com relação ao sistema de tratamento de esgoto doméstico foram previstos dois níveis de
tratamento, descritos a seguir:
a) Estação de Tratamento para esgoto “cinza”
Estas serão implantadas e operadas pelo condomínio visando o reaproveitamento do efluente
tratado respeitando os condicionantes da Resolução nº 03/2019 da ADASA, conforme já descrito
no item 2.5.
Caso não seja utilizado todo o efluente tratado o excedente será lançado na rede do esgoto
“negro” bruto.
b) Estação de Tratamento esgoto “negro”
Essa será implantada pelo empreendedor em local previsto no projeto destinado a essa
atividade, que atende todos os parâmetros de projeto normatizados.
O padrão de tratamento e as características do efluente líquido tratado atenderá com folga os
parâmetros fixados pela outorga da ADASA.
A operação será feita pelo empreendedor por meio de empresa especializada contratado por ele,
caso a CAESB se manifeste por não operar o sistema. Independentemente do agente operador,
este deverá atender integralmente ao disposto na Resolução ADASA nº 14 de 27 de outubro de
2011, que estabelece as condições para prestação de serviços de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário no Distrito Federal.
A ETE será implantada de forma modulada de acordo com o crescimento da demanda e se
constituirá com equipamentos de alta tecnologia, totalmente automatizada. Para o tratamento
de efluentes residuais e lodo gerados será utilizado micro-ondas com técnicas conjugadas de
radiação (UV), eletrólise, adsorção por nano partículas magnéticas e filtração por membranas
seletivas e carvão ativado.
O fabricante da ETE fornecerá o Manual de Operações, cujo processo de tratamento resultará
em efluente líquido com parâmetros que atendem todas as especificações de qualidade fixadas
na outorga da ADASA.
O lodo produzido após desidratado será usado para compostagem que gera biofertilizante usado
em jardinagem e produção de mudas. Além disso, a ETE é dotada de sistema de produção de
energia elétrica a partir do gás biometano, energia essa que é usada na própria operação da ETE.
O efluente líquido tratado ainda poderá ser empregado para reuso, uma vez que terá o
enquadramento na Classe I de acordo com a NBR 13969:1997. A qualidade do efluente tratado
será monitorada por meio de retirada periódica de amostras que são levadas a laboratório, cujos
laudos devem comprovar o padrão de qualidade requerido na outorga.

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Figura 23: Desenho da ETE – Planta 01.

Figura 24: Desenho da ETE – Planta 02.

2.8 SISTEMA VIÁRIO E TRÂNSITO


Com relação ao questionamento referente ao impacto no trânsito provocado pelo
Empreendimento, é importante considerar que foi elaborado o Relatório de Impacto no Sistema
de Trânsito – RIST, cumprindo o normativo legal do DER/DETRAN. Esse relatório está em

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tramitação nos órgãos competentes. Todas as medidas mitigadoras a serem apontadas na análise
do referido RIST serão integralmente cumpridas pelo Empreendimento.
Deve-se considerar que a aprovação do RIST junto ao DER/DETRAN não é obrigatório na fase de
Licença Prévia – LP. No rito institucional definido pelo IBRAM, a aprovação do RIST e a anuência
do DER/DETRAN é um ato administrativo necessário para a fase de Licença de Instalação – LI.
Ainda assim, o Projeto Urbanístico levou em consideração as diretrizes viárias contidas no PDOT,
as diretrizes urbanísticas do Jardim Botânico emitidas pela SEDUH e as diretrizes urbanísticas
específicas para o parcelamento emitidas pelo SEDUH.
A seguir, é ilustrado o sistema viário projetado pela SEDUH no âmbito das diretrizes urbanísticas
do Jardim Botânico.

Figura 25: Empreendimento e sistema viário existente/planejado para a região.

Contudo, é oportuno esclarecer que a principal via de acesso aos Condomínios do Jardim
Botânico é a Avenida do Sol, que está conectada à via DF-001 em apenas dois pontos. As vias
projetadas no Empreendimento Quinhão 16 criarão três novos pontos de conexão com a mesma
DF-001, possibilitando a conexão com a Avenida do Sol. Ou seja, o projeto do Empreendimento
possibilitará a ampliação de duas para cinco as alternativas de acesso da Avenida do Sol com a
DF-001, criando, assim, novas capilaridades no sistema viário do Jardim Botânico e facilitando o
deslocamento viário na região. Outros quatro pontos de conexão viária poderão existir, conforme
ilustrado a seguir:

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Figura 26: Possibilidade de criação de três novos pontos de conexão viária com a DF-001
(círculos em azul) e quatro novos pontos de conexão viária com a Estrada do Sol/Condomínios
da região (círculos em amarelo).

O dimensionamento das vias projetadas no Empreendimento levou em consideração o volume


de tráfego atual e futuro, bem como a necessidade de implementação de infraestrutura de
transporte coletivo na região do Jardim Botânico.
Em cada uma das vias projetadas é prevista a implantação de calçadas e ciclovias com
dimensionamento adequado à circulação de pedestres e ciclistas e integrada aos sistemas
planejados pelo Governo do Distrito Federal para a região.
Toda a infraestrutura de circulação de pessoas e veículos será implantada integralmente nas
primeiras fases do empreendimento promovendo o benefício imediato da população.

2.9 PROGRAMA DE MONITORAMENTO DOS ÍNDICES SOCIOECONÔMICOS


Para geração de índices socioeconômicos que permitam caracterizar a população residente no
empreendimento foi sugerido pelos Conselheiros a criação de um programa de monitoramento
capaz de avaliar os seguintes índices: oferta de postos de trabalho; local de trabalho;
deslocamento entre residência e local de trabalho; ofertas de novos equipamentos públicos e de
áreas comerciais. Outros índices poderão ser avaliados.

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O público-alvo desse programa será a população residente no empreendimento e do Jardim
Botânico. O objetivo é monitorar os impactos socioeconômicos positivos e negativos advindos
da instalação e operação do empreendimento, focado no deslocamento da população e
consequente a geração de tráfego internamente dentro da região e da região para outras RAs.

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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Cabe destacar que o Empreendimento Quinhão 16 se reveste de programas de prevenção,
mitigação, controle e monitoramento dos impactos ambientais nos meios físico, biótico e
socioeconômico. Tais programas irão assegurar a adoção de medidas de proteção e conservação
ambiental. Os programas serão implementados durante as fases de instalação e operação, a
saber:
1. Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD);
2. Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS);
3. Programa de Monitoramento de Águas Superficiais e Subterrâneas;
4. Programa de Monitoramento e Recuperação de Processos Erosivos;
5. Programa de Adequação de Infraestrutura de Apoio às Obras;
6. Programa de Monitoramento de Gases e Partículas Sólidas;
7. Programa de Compensação Florestal;
8. Programa de Controle e Monitoramento da Supressão Vegetal;
9. Programa de Criação de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN);
10. Programa de Conservação e Monitoramento da Flora;
11. Programa de Monitoramento de Fauna;
12. Programa de Prevenção e Monitoramento de Danos à Fauna;
13. Programa de Afugentamento e Resgate de Fauna;
14. Programa de Monitoramento dos Ruídos Gerados;
15. Programa de Comunicação Social;
16. Programa de Educação Ambiental;
17. Programa de Monitoramento dos Ruídos Gerados;
18. Programa de Saúde e Segurança dos Trabalhadores.

Conforme sugerido pelos Conselheiros, será adicionado ao Projeto Básico Ambiental – PBA o
Programa de Monitoramento dos Índices Socioeconômicos a ser implementado durante a
instalação e operação do empreendimento.

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