Sermao Dia Do Espirito de Profecia 2024

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O Espírito de Profecia nos conecta

a Jesus e à Bíblia: Deus fala. Nós


ouviremos?
Merlin D. Burt

Leitura das Escrituras

“Assim, temos ainda mais firme a palavra dos profetas, e vocês farão bem se a
þ ela prestarem atenção, como a uma candeia que brilha em lugar escuro, até que
o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês. Antes de mais nada,
saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal,
pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da
parte de Deus, impelidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:19-21, NVI).

Toda a Bíblia e o processo de revelação profética são centrados em Cristo. Jesus, Ele
mesmo a Palavra de Deus (João 1:1), apontou para as Escrituras do Antigo Testamento no
caminho para Emaús, enquanto falava com dois de Seus discípulos desapontados: “[...]
– Como vocês são insensatos e demoram para crer em tudo o que os profetas disseram!
[...] E, começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito
dele em todas as Escrituras” (Lucas 24:25, 27, NAA)1. Os apóstolos apontaram para o An-
tigo Testamento como a âncora de sua fé em Jesus como o Messias. É uma característica
dos escritores inspirados apontar para a Bíblia como a base de toda fé e experiência, e
conectar as pessoas a Jesus por meio de sua obra profética. Devemos esperar a mesma

1 Todas as referências das Escrituras são da Nova Almeida Atualizada, a menos que indicado de outra forma.

1
atitude e prática de qualquer pessoa nestes últimos dias chamada por Deus para mani-
festar o dom espiritual de profecia (Romanos 12:6).

O dom profético nos direciona a Jesus


Ter uma visão correta de Jesus – Sua encarnação, vida, morte na cruz, ressurreição,
ministério no santuário celestial e Segunda Vinda – tem sido um fator significativo na dis-
tinção entre verdadeiros e falsos mestres e profetas. Ao confrontar falsos profetas gnós-
ticos que negavam a plena humanidade de Jesus, o apóstolo João enfatizou que “Vocês
podem reconhecer o Espírito de Deus deste modo: todo espírito que confessa que Jesus
Cristo veio em carne procede de Deus” (1 João 4:2, NVI). Ele continuou: “De fato, muitos
enganadores têm saído pelo mundo, os quais não confessam que Jesus Cristo veio em
corpo. Tal é o enganador e o anticristo” (2 João 7, NVI).
O apóstolo Pedro deu uma ênfase semelhante ao refletir sobre ver Jesus glorificado
no “Monte da Transfiguração”. Ele escreveu: “Assim, temos ainda mais segura a palavra
profética, e vocês fazem bem em dar atenção a ela, como a uma luz que brilha em lugar
escuro, até que o dia clareie e a estrela da alva nasça no coração de vocês” (2 Pedro 1:19).
Jesus chama a si mesmo de “brilhante Estrela da Manhã” (Apocalipse 22:16). As mensa-
gens proféticas sempre procuram nos conectar a Jesus, resultando no milagre da conver-
são e em uma vida de consagração a Deus. A revelação profética e os escritos inspirados
trazem luz ao nosso coração e à nossa mente por meio da presença pessoal de Jesus.

A necessidade vital do Dom Profético


Pedro, ao citar Joel 2, afirma que nos últimos dias Deus derramará o seu Espírito: “Os
filhos e filhas de vocês profetizarão” (Atos 2:17). O apóstolo Paulo escreve: “[...] procurem
com zelo os dons espirituais, principalmente o de profetizar” (1 Coríntios 14:1). Os adven-
tistas do sétimo dia acreditam que Ellen White (1827-1915), uma das fundadoras da igreja,
exerceu o dom bíblico de profecia durante mais de 70 anos de ministério público. Ela teve
muitas centenas de visões e sonhos que guiaram o início e o estabelecimento da Igreja
Adventista do Sétimo Dia. Seu foco constante eram as Escrituras, os princípios bíblicos
e o amor de Deus revelado em Jesus e Seu plano de salvação. A igreja acredita que seus
escritos, guiados pelo Espírito Santo, são uma verdadeira manifestação do Espírito de
Profecia, conectando-nos a Jesus nestes últimos dias da história da Terra antes de Sua
segunda vinda, “[...] porque o testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (Apocalipse
19:10, ARC).
Antes da queda, Adão e Eva tinham comunhão aberta com Deus. Depois do pecado, o
Espírito de Profecia se tornou a maneira usual de Deus comunicar nova luz e verdade e
reconectar as pessoas a Deus. Desde Enoque, não muito depois da criação, até o Apóstolo
João e o fim do Novo Testamento, Deus forneceu revelação especial ao mundo por meio
da Bíblia. De acordo com as Escrituras, Jesus é a maior revelação de Deus: “Antigamente,
Deus falou, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, mas, nestes últi-
mos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual
também fez o universo” (Hebreus 1:1, 2).
Deus continuará se comunicando com Seu povo por meio do Espírito de Profecia até
o fim dos tempos.

2
“Antes que o pecado entrasse no mundo, Adão vivia em plena comunhão com
þ seu Criador. No entanto, desde que o ser humano se separou de Deus pela trans-
gressão, a humanidade perdeu esse grande privilégio. Pelo plano da redenção,
porém, foi aberto um caminho pelo qual os habitantes da Terra ainda podem ter
ligação com o Céu. Deus tem Se comunicado com as pessoas por meio de Seu
Espírito, e a luz divina tem sido transmitida ao mundo pelas revelações feitas aos
Seus servos escolhidos. ‘Homens [santos] falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo’ (2Pe 1:21)” (O Grande Conflito, p. 6).

Através de visões e sonhos proféticos, Deus Se comunicou com a humanidade caída


para transmitir luz, revelar Sua vontade e conectar as pessoas a Jesus. A Bíblia inteira
veio a nós através do Espírito de Profecia, assim como a era bíblica e as revelações pro-
féticas não canônicas pós-bíblicas ao longo da história. Nestes últimos dias, Deus falou
novamente por meio do Espírito de Profecia no ministério e nos escritos de Ellen G. White.
Apocalipse 12:17 deixa claro que a igreja remanescente de Deus “[obedecerá] aos manda-
mentos de Deus” e “[se manterá fiel] ao testemunho de Jesus” (NVI, a parte dos colchetes
foi modificada para ter concordância verbal). Apocalipse 19:10 conecta intimamente este
“testemunho de Jesus” ao dom profético. O anjo disse a João que ele era o “conservo” de
João: “O testemunho de Jesus é o espírito de profecia” (NVI). Em Apocalipse 22:9, o anjo
declara: “Sou servo como você e seus irmãos, os profetas” (NVI).

Os escritos de Ellen White nos conectam a Jesus


Embora Ellen White tenha falecido em 1915, milhões ainda são abençoados por seus
escritos, e eles continuam a ser traduzidos para muitas línguas novas. As pessoas conti-
nuam a conhecer Jesus melhor e a ler mais a Bíblia depois de ler seus escritos. Por que
isso acontece? Porque os escritos e o ministério de Ellen White estavam focados em levar
as pessoas a Jesus e à Bíblia.
As três primeiras grandes visões proféticas de Ellen White durante 1844 e 1845 tiveram
Jesus no centro. Na primeira visão – Cristo do caminho estreito – é Jesus que o povo do
advento estava seguindo no caminho (Primeiros Escritos, p. 18, 19). Quando eles estavam
desanimados, Jesus levantava o braço e uma luz “incidia sobre o povo do advento”. Em
sua segunda maior visão – o Noivo – foi Jesus que conduziu Seu povo do lugar santo para
o lugar santíssimo do santuário celestial (Primeiros Escrito, p. 54-56). Em sua terceira
maior visão – a Nova Terra – foi Jesus que mostrou pessoalmente para Ellen White o fu-
turo glorioso da Nova Terra (Spiritual Gifts, v. 2, p. 52-55). Cada uma dessas visões era
cristocêntrica. Ao longo de sua vida, ela continuou a ter esse foco.
O Espírito Santo levou Ellen White a enquadrar a apresentação do tema do Grande
Conflito que durou toda a sua vida, retratando a série de cinco volumes Conflito dos Sé-
culos, em termos do amor de Deus. O primeiro livro, Patriarcas e Profetas, começa com
as palavras: “Deus é amor. 1 João 4:16. Sua natureza, sua lei, são amor. Assim sempre foi;
assim sempre será”. O último livro, O Grande Conflito, termina com as seguintes palavras:
“Uma única pulsação de harmonia e felicidade vibra por toda a vasta criação. [...] Desde
o minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas, em
sua serena beleza e perfeita alegria, declaram que Deus é amor”.2 Seu livro mais traduzi-

2 EGW, Patriarcas e Profetas, p. 52; idem, O Grande Conflito, p. 560).

3
do e amplamente lido é Caminho a Cristo (1892). O primeiro capítulo desse livro é sobre
o amor de Deus. Outros livros centrados em Cristo incluem O Maior Discurso de Cristo
(1896), O Desejado de Todas as Nações (1898), Parábolas de Jesus (1900), Educação (1903)
e A Ciência do Bom Viver (1905).
Umas das representações mais convincentes de Ellen White de sua paixão por Jesus e
orientação para o amor de Deus ao apresentar seu tema do Grande Conflito é na forma de
uma imagem e não com palavras. Em 1873, M. E. Kellogg criou uma representação gráfica
da história do mundo que ele havia publicado em forma litográfica intitulada: O Caminho
da Vida: Do Paraíso Perdido ao Paraíso Restaurado. Colocados lado a lado no centro da
imagem estavam a lei de Deus pendurada em uma árvore e Jesus pendurado na cruz.
Após a morte prematura de seu marido em 1881, Ellen White executou o plano que ele
e ela haviam idealizado para redesenhar o quadro. A nova litografia colocou a cruz de
Cristo no centro da imagem e removeu a posição igual da lei de Deus. Ela também o re-
nomeou como Cristo, o Caminho da Vida. Essa imagem foi publicada em 1883, cinco anos
antes da assembleia da Associação Geral de 1888.
Umas das cartas mais comoventes e espiritualmente convincentes de Ellen White foi
escrita para Elizabeth, sua irmã gêmea, a quem ela chamava de Lizzie. Ela a escreveu em
1891, ano em que sua irmã morreu. Lizzie não viveu como cristã durante a maior parte de
sua vida adulta. Ellen White nunca publicou a carta, pretendendo que fosse pessoal. Ela
revela o anseio espiritual de Ellen por sua irmã e seu próprio amor por Jesus.
Eu amo falar de Jesus e Seu amor incomparável e toda a minha alma está nesta obra.
Não tenho a menor dúvida do amor de Deus e de Seu cuidado e Sua misericórdia e ca-
pacidade de salvar ao máximo todos os que vêm a Ele. [...] Você não acredita em Jesus,
Lizzie? Você não acredita que Ele é seu Salvador? [...] Você vai se entregar em fé confiante
a Jesus? Eu desejo levá-la em meus braços e colocá-la no seio de Jesus Cristo.3
Ellen White nunca soube ao certo como sua irmã respondeu a esta carta, mas ela abre
uma imagem em seu coração e no cerne de sua orientação de vida. Durante o último ano
de vida de Ellen White, ela foi entrevistada por um de seus secretários, C. C. Crisler: “Sinto
lágrimas escorrendo pelo meu rosto quando penso no que o Senhor é para Seus filhos e
quando contemplo Sua bondade, Sua misericórdia e Sua terna compaixão”.4 A ênfase no
amor paternal de Deus que ela aprendeu pela primeira vez com Levi Stockman, quando
ainda jovem, continuou a pulsar forte em sua alma, mesmo quando seu coração bom-
beava sangue por seu corpo. Foi a pedra de toque fundamental de sua vida, experiência
cristã e ministério profético. Ela realmente cumpre o que Pedro escreveu sobre a “palavra
profética” como “uma luz que brilha em lugar escuro, até que o dia clareie e a estrela da
alva nasça no coração de vocês” (2 Pedro 1:19).

Os escritos de Ellen White nos conectam à Bíblia


A Bíblia era a base dos escritos e do ministério de Ellen White, e ela acreditava que era
seu trabalho levar as pessoas à Bíblia. Perto da conclusão de seu primeiro tratado publi-
cado em 1851, ela declarou: “Recomendo-vos, caro leitor, a Palavra de Deus como regra
de vossa fé e prática. Por essa Palavra seremos julgados. Nela Deus prometeu dar visões

3 Ellen G. White para Elizabeth Bangs, Carta 61 (fev. 21), 1891.


4 Ellen G. White entrevista com C. C. Crisler, 21 de julho, 1914.

4
nos “últimos dias”; não para uma nova regra de fé, mas para conforto do Seu povo e para
corrigir os que se desviam da verdade bíblica” (Primeiros Escritos, p. 78).
Ellen White afirmou o princípio da Reforma Protestante da Sola Scriptura. Ela escre-
veria dezenas de vezes em apoio a isso. Aqui está um exemplo:

“Em nosso tempo, há um grande afastamento das doutrinas e preceitos bíblicos,


þ e há necessidade de um retorno ao grande princípio protestante – a Bíblia, e ape-
nas a Bíblia, como regra de fé e prática. [...] No entanto, Deus terá na Terra um
povo que se fundamentará na Bíblia, e apenas a Bíblia, como norma de todas as
doutrinas e base de todas as reformas” (O Grande Conflito, p. 173, 495).

Ela se via como uma profetisa pós-bíblica e não canônica. Seus escritos eram para
esclarecer, advertir e confortar os filhos de Deus e “trazer desse modo à mente de Seu
povo Sua Palavra” (Testemunhos Para a Igreja, v. 4, p. 215). Quero ler esta citação mais
longa devido a sua importância. É da introdução de Ellen White para o seu livro O Grande
Conflito.
Durante os séculos em que as Escrituras do Antigo Testamento, bem como as do Novo,
estavam sendo dadas, o Espírito Santo não cessou de comunicar luz a indivíduos, inde-
pendentemente das revelações a serem incorporadas no cânon sagrado. A própria Bíblia
relata como, mediante o Espírito Santo, os homens receberam advertências, reprovações,
conselhos e instruções em assuntos de nenhum modo relacionados à concessão das Es-
crituras. São mencionados profetas de diferentes épocas, de cujos discursos não há nada
registrado. Semelhantemente, após a conclusão do cânon das Escrituras, o Espírito Santo
deveria ainda continuar Sua obra, esclarecendo, advertindo e confortando os filhos de
Deus (O Grande Conflito, p. 8).
Ellen White viu seu trabalho como mensageira do Senhor para nos levar à Bíblia:

“Eu tenho uma obra de grande responsabilidade para fazer – comunicar por
þ escrito e de viva voz as instruções a mim concedidas, não somente para os ad-
ventistas do sétimo dia, mas para o mundo. Publiquei muitos livros, grandes e
pequenos, e alguns deles foram traduzidos para várias línguas. Esta é minha
obra: revelar para outras pessoas as Escrituras, assim como Deus a mim as
revelou” [grifo acrescentado] (Testemunhos Para a Igreja, v. 8, p. 240).

Este foi o trabalho dela em seus escritos. Seu livro Caminho a Cristo ilustra isso muito
bem. Foi publicado pela primeira vez em 1892 por Fleming H. Revell, uma editora cristã
não adventista. Por meio deste livro, ela simplesmente faz o trabalho de abrir as Escritu-
ras para os outros, assim como Deus abriu para ela. É uma poderosa exposição da Bíblia
que se recomenda ao leitor. Ela simplesmente faz o trabalho de uma verdadeira profeti-
sa pós-bíblica não canônica. Seus outros livros principais e todos seus escritos fazem o
mesmo.
Um exemplo significativo é a série Conflito dos Séculos, de 5 volumes, que basicamente
acompanha a história da Bíblia do começo ao fim de uma forma convincente e centrada
em Cristo. Seu tema do grande conflito é baseado e é um desdobramento das Escrituras.
Mesmo em seus testemunhos pessoais para pessoas que lhe foram dados em visão por
Deus, ela é orientada para os princípios bíblicos. Ela escreveu:

5
“Meu primeiro dever é apresentar os princípios bíblicos. Então, a menos que te-
þ nha sido efetuada decidida e conscienciosa reforma por aqueles cujos casos me
foram apresentados, preciso apelar pessoalmente para eles. - Carta 69, 1896”
(Mensagens Escolhidas, v. 3, p. 30).

Aqui está um exemplo clássico. Durante a década de 1890, houve uma mania de bici-
cletas nos Estados Unidos. Isso afetou até mesmo alguns adventistas do sétimo dia que
moravam em Battle Creek, Michigan, EUA. As bicicletas eram muito caras naquela época,
e as pessoas desviavam dinheiro de doações missionárias em um momento crítico. Ela
escrevia enfaticamente: “Eu estava direto em Battle Creek; as ruas estavam cheias de
bicicletas pilotadas por nosso povo. Havia uma testemunha do céu contemplando nosso
povo satisfazendo seu desejo por gratificação egoísta e usando o dinheiro que deveria ser
investido em missões estrangeiras. [...] Havia uma paixão, uma mania, sobre esse assunto”
(Carta 23c, 1894) TL.
Agora, Ellen White não se opunha essencialmente às bicicletas, mas as circunstâncias
tornavam errado comprar uma bicicleta naquela época. Em uma carta a I. H. Evans, ela
citou Mateus 25:21, 23,; Mateus. 5:14, 16, Gálatas 6:7 e Lucas 9:23, e deu os princípios bí-
blicos sobre o uso de talentos, mordomia, responsabilidade e abnegação, entre outros
(Carta 23b, 1894). Ela aplicou os princípios bíblicos quando compartilhou as mensagens
proféticas que Deus lhe deu para a igreja.
Anos antes, em 1871, ela viu em uma visão dizendo estas palavras às pessoas:

Não estais familiarizados com as Escrituras. Se tivésseis feito da Palavra de Deus


þ o objeto de vossos estudos, com o propósito de atingir o padrão bíblico e a per-
feição cristã, não necessitaríeis os Testemunhos. É porque negligenciastes fa-
miliarizar-vos com o Livro inspirado de Deus, que Ele procurou chegar até vós
por meio de testemunhos simples e diretos, chamando a vossa atenção para as
palavras da inspiração às quais negligenciastes obedecer, e insistindo convosco
para modelardes vossa vida de acordo com seus ensinamentos puros e elevados
(Testemunhos Seletos, v. 2, p. 280).

Os conselhos específicos eram todos baseados em princípios bíblicos, e, se as pessoas


tivessem estudado a Bíblia e aplicado esses princípios, elas não teriam precisado de mui-
tos dos conselhos específicos que Deus deu a Ellen White. Ela não está dizendo aqui que
seu ministério profético não seria necessário, mas sim os “testemunhos” específicos sobre
questões de estilo de vida que deveriam ser guiados pelos princípios bíblicos.
Em 1909, durante seu último discurso em uma Assembleia da Associação Geral da
igreja, ela abriu a Bíblia, ergue-a diante da congregação e disse: “Irmãos e irmãs, reco-
mendo-vos este Livro”.5
Deus deu o precioso dom de profecia à Igreja Adventista do Sétimo Dia e ao mundo
para nos conectar mais fortemente a Jesus e Sua Palavra por meio dos escritos e ministé-
rio de Ellen G. White. Se ler os escritos dela, você estará conectado à Bíblia e a Jesus de
uma maneira poderosa e viva.

5 William A. Spicer, The Spirit of Prophecy in the Advent Movement (Washington, D.C.: Review and Herald, 1937), 30.

6
Conclusão
Os escritos de Ellen White são um dom precioso de Deus e continuam sendo uma
bênção particular para a Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas também para o mundo em
geral. A identidade da igreja e sua missão estão intimamente ligadas à aceitação dos es-
critos e do ministério de Ellen G. White. Devemos atender fielmente à preciosa verdade e
orientação que Deus deu por meio do Espírito de Profecia, que é o testemunho de Jesus.
Na medida em que seguimos a verdade de Deus na Bíblia e buscamos Sua orientação por
meio dos escritos de Ellen White, seremos abençoados e bem-sucedidos em alcançar o
mundo com o evangelho eterno. Ellen White escreveu: “Meus livros testificarão quando
minha voz não for mais ouvida. As verdades confiadas a mim, como mensageira do Se-
nhor, permanecem imortalizadas, quer para convencer e converter almas, quer para con-
denar aqueles que se afastaram da fé e deram ouvidos a espíritos enganadores” (Carta
350, 1906). TL. A luz ainda brilha em milhões de corações ao redor do mundo através da
obra do Espírito Santo, para aqueles que leem e se conectam a Jesus por meio da Bíblia
e dos escritos de Ellen G. White.

Merlin D. Burt, PhD., ministro ordenado e ex-professor de Estudos Adventistas na Universidade Andrews,
é diretor do Ellen G. White Estate, Inc.

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