Aula 01 - Mec Rochas

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Mecânica das

Rochas
Prof. Herbert Souza
Professor da disciplina
Nome: Herbert Souza e Silva

• 2006 – 2009: Graduação em Ciências Biológicas – Universidade Estadual de Montes Claros

(UNIMONTES);

• 2010 – 2012: Mestrado em Ciências Biológicas - Universidade Estadual de Montes Claros

(UNIMONTES);

• 2012 – 2013: Especialização em EAD - Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES);

• 2013 – 2017: Graduação em Engenharia de Minas – Faculdades Integradas Pitágoras (FIPMoc).


Ementa

1- Introdução

• Introdução e conceitos fundamentais

• Propriedades mecânicas das rochas;

• Influência das propriedades no comportamento das rochas;


Ementa

2 - Mecânica da deformação e ruptura das rochas

• Estudo das forças agentes em rochas;

• Gráficos de tensão x deformação;

• Principais ensaios de compressão, tração e cisalhamento;


Ementa
3 - Massas rochosas: Comportamento, heterogeneidade e anisotropia

• Conceitos e definições;

• Comportamento estático e dinâmico das formações rochosas;

4 - Critérios de resistência:

• Limites de resistência para diferentes formações rochosas;

5 - Tensões naturais nos maciços rochosos;

6 - Tensões induzidas pelas escavações subterrâneas;


Ementa
7 - Dimensionamento de aberturas subterrâneas;

• Dimensionamento seguro de rampas e galerias;

• Dimensionamento de escoramentos / suportes

8 - Modelagem numérica de maciços rochosos;

9 - Monitoramento de maciços rochosos.


01
Introdução
Histórico
Primeiras escritas em rocha da Mesopotâmia (considerada o
berço da civilização)

Escrita cuneiforme, de origem Suméria, encontrada no Iraque.


Foto: Fedor Selivanov / Shutterstock.com
Histórico
Barragens da Mesopotâmia

A Mesopotâmia era uma faixa de terra fértil, localizada entre os rios Tigre e Eufrates, no oriente médio, onde
atualmente se localiza o Iraque e uma pequena parte do Irã. Em grego, Mesopotâmia significa “terra entre rios”.
Sua principal característica era ser uma civilização
hidráulica, que se formou à margem de grandes rios,
aproveitando a fertilização proporcionada pelas águas
dos mesmos, o que possibilitou que os grupos humanos
se fixassem no território.
Histórico
Pirâmides e templos do Egito
Histórico

Ferramentas indígenas

Pedras de origem Inca tem mais de 2 mil anos


(Foto: Francisco Rocha/G1)
Conceitos
Geomecânica é o estudo do comportamento do solo e das rochas.
Conceitos Ordem de grandeza

103 106

106 109
Conceitos
• A Mecânica das Rochas é um campo de estudo da Mecânica usado para
projetar estruturas que serão construídas sobre ou dentro de maciços
rochosos.
• Estas estruturas, que englobam fundações, barragens, taludes rochosos,
túneis, cavernas, usinas hidrelétricas, minas, entre outros. Dependem
fortemente das propriedades do maciço rochoso e da interação entre este
maciço e a estrutura de engenharia.

• Aspecto negligenciado da Mecânica das Rochas é que estamos trabalhando


com um material que é altamente variável.
Conceitos
• O Comitê de Mecânica das Rochas da Sociedade Geológica da América definiu esse
campo de estudo como:

• “A ciência teórica e aplicada do comportamento mecânico da rocha; é o ramo da Mecânica


que se preocupa com a resposta da rocha aos campos de força do seu ambiente físico.”
Fundamentos
• A Mecânica das Rochas desenvolveu-se mais
lentamente que a Mecânica dos Solos;

• A razão APARENTE para este fato é que esse material


era considerado mais competente que o solo e os
engenheiros enfrentavam menor número de
problemas relacionados a fundações ou estruturas
de rochas;
Fundamentos
Diferença entre rocha e maciço rochoso

• Rocha é o material sólido consolidado, formado naturalmente por


agregados de matéria mineral, componente do maciço rochoso e se
apresenta em grande massa ou em fragmentos.
• Pode apresentar descontinuidades nas escalas ultramicroscópica,
microscópica e macroscópica (amostra de mão).

• É usualmente caracterizada por sua densidade, deformabilidade e


resistência. Propriedades que podem ser medidas diretamente ou
através de correlações com ensaios-índice, os quais fornecem uma
indicação da qualidade da rocha.
Fundamentos
Diferença entre rocha e maciço rochoso

• Maciço rochoso é um meio formado por um conjunto de blocos de


rocha e pelas descontinuidades que o atravessam. Apresenta
descontinuidades nas escalas megascópica (afloramento) e regional.

• Descontinuidade é o termo utilizado em engenharia de rocha para


todos os tipos de superfícies – que podem ocorrer em várias escalas
(de microfissuras, fissuras, juntas e planos de acamamento até falhas
de extensão regional) – para indicar que o maciço rochoso não é
contínuo.
Fundamentos
Diferença entre rocha e maciço rochoso

Descontinuidade:
• A natureza, localização e orientação das descontinuidades afetam profundamente a maioria das
propriedades dos maciços rochosos (deformabilidade, resistência, permeabilidade, etc.).

• Portanto influenciam as aplicações da engenharia de rochas.


Fundamentos
Diferentes escalas de descontinuidades na rocha e no maciço rochoso
Na rocha:
• Escala macroscópica
• Escala ultramicroscópica
• estratificação (cm);
• ionização e estados excitados da matéria (10-8 mm);
• laminação (mm-cm);
• átomos intersticiais (10-6 mm);
• foliação (mm);
• deslocamentos da rede cristalina (10-4 mm) etc.
• diaclases (cm-dm);
• Escala microscópica • fissuras (mm-cm);

• lacunas (10-6 mm a 10-2 mm); • microfalhas (mm-cm);

• união entre grãos de minerais (10-2 mm); • microdobras (mm-cm) etc.

• clivagem (10-2 mm);


• foliação (10-2 mm a 1 mm);
• microfissuras (mm);
• microdobras (mm) etc.
Fonte: Talobre (1957)
Fundamentos
Diferentes escalas de descontinuidades na rocha e no maciço rochoso
No maciço rochoso:
• Escala regional
• Escala megascópica
• diaclases (hm);
• estratificação (cm-m);
• falhas (hm-km);
• laminação (mm-cm);
• dobras (hm-km).
• xistosidade (mm-cm);
• diaclases (cm-m);
• falhas (cm-m);
• dobras (cm-m), etc.

Fonte: Talobre (1957)


Fundamentos
Diferentes escalas de descontinuidades na rocha e no maciço rochoso

No maciço rochoso:
• Representação simplificada da
influência de escala no tipo de
comportamento de modelo do
maciço rochoso.

Adaptado de Hoek (1983)


Campos de
aplicação
Campos de aplicação
Considerando a profundidade como critério de aplicação

• Atividades de superfície (z < 100 m);


• Atividades em profundidade (z > 100 m);
• Atividades especiais.

John A. Hudson - President of


the ISRM, 2007 - 2011
Born in 1940, died in 2019.
International Society for Rock Mechanics
Campos de aplicação
• Fundações de edifícios e estruturas diversas:
Atividades de superfície (z < 100 m)
• É necessário conhecimento sobre a geologia de fundação
visando a verificação da capacidade de carga (suporte).

• Fundações de barragens e a própria estrutura:


• Capacidade de suporte e verificação de percolação,

Fonte: Hudson (1989) conhecimento das rochas como material de construção

• Taludes de obras em geral:


• Verificação da estabilidade de taludes (estradas /
rodovias, minas a céu aberto, etc.)
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z < 100 m)
• Fundações de barragens e a própria estrutura:

• Rochas são geralmente um excelente material de


fundação, mas a rocha próxima à superfície pode ser
significativamente fraturada:

- É sempre necessário estabelecer a competência da rocha


para suportar a carga necessária em níveis aceitáveis de
deformação ou recalques (Hudson, 1989).
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z < 100 m) • Fundações de barragens e a própria estrutura:
• Barragens de médio a grande porte são as estruturas que
apresentam grandes desafios quando locadas sobre
estratos rochosos, por imporem altas tensões nas
fundações, além da atuação da água.

Fonte: Goodman (1989)

UHE Itaipu
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z < 100 m)

• Fundações de barragens e a própria estrutura:

• Merece também destaque a utilização das rochas


como materiais de construção em obras de barragens:
• rip-rap (proteção de taludes);
• enrocamento;
• filtros de areia;
• agregados para concreto, etc
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z < 100 m)

• Taludes de obras em gera:

• Existem quatro mecanismos de ruptura em taludes


rochosos:
• ruptura planar;
• ruptura por cunha;
• tombamento de blocos;
• tombamento flexural.
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z > 100 m)

Mineração (minas em profundidade) Cavernas para hidrelétricas

Túneis Aproveitamento de energia geotérmica


Campos de aplicação
Atividades de superfície (z > 100 m)

Há grande variedade de geometria de minas, seja a céu aberto ou em profundidade.

Porém, em todos os casos, os métodos de mineração são definidos para se extrair o minério comum
mínimo de suporte artificial.
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z > 100 m)

A estabilidade de túneis e shafts (poços verticais ) depende da estrutura e da tensão na rocha, do


fluxo e da técnica da construção.
A orientação das descontinuidades do maciço são determinantes na análise da estabilidade do
túnel.
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z > 100 m)

• Cavernas para uso do espaço subterrâneo:

A Casa de Força da Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, situada em Minaçu/GO, é um exemplo de


caverna construída para hidrelétricas, como mostrado na figura.

Escavação subterrânea – Casa de Forçada Usina


Hidrelétrica de Serra da mesa (Furnas).
Campos de aplicação
Atividades de superfície (z > 100 m)
• Utilização do calor da terra como fonte alternativa de energia:
energia geotérmica:
A alta temperatura das rochas a grandes profundidades pode ser
aproveitada na obtenção de calor por meio do bombeamento de água.

Não obtenção de energia geotérmica, a água fria é bombeada por meio


de um furo, passa através das fraturas em uma rocha – reservatório de
água quente e sai por um outro furo. A configuração ótima deste
sistema depende da interação entre as juntas, das tensões
preexistentes, do fluxo, da temperatura e do tempo.
Campos de aplicação
Atividades especiais:

• Armazenamento de produtos em cavernas (petróleo, água, produtos tóxicos, resíduos


radioativos, etc:

Na disposição de rejeito radioativo, o objetivo é


isolar o rejeito. A segurança do reservatório exige
o conhecimento de todos os fatores mencionados
para a energia geotérmica, além de outros, como
absorção de radiação pela superfície das rochas,
etc.
Campos de aplicação
Atividades especiais:

A ideia de construção e operação de cavernas em rocha salina em


ambiente offshore para armazenamento de gás natural não é nova.
Entretanto, ela nunca foi implementada. O único projeto que se tem
conhecimento é chamado Gateway, na Inglaterra, de 2010 (GATEWAY,
2017), que prevê a construção de 24 cavernas subterrâneas, abertas em
rocha salina, para estocagem de gás a leste do mar irlandês. Seu
principal objetivo seria reforçar a segurança do abastecimento do
mercado de gás do Reino Unido e ajudar a cumprir os objetivos
estratégicos da política energética do governo (GATEWAY STORAGE
COMPANY LIMITED, 2010). A figura apresenta uma ilustração das
cavernas do projeto Gateway (COSTA, 2018).
Fundamentos
Minerais
• Entende-se por matéria mineral aquela formada por
processos inorgânicos da natureza e que possui
composição química definida.

• Mineral não significa somente matéria cristalina (sólida),


pois a água e o mercúrio, em temperatura ambiente, são
minerais.

• Mineralogia é a ciência que estuda as propriedades, a


composição, a maneira de ocorrência e a gênese dos
minerais.
Principais minerais formadores de rochas

• Na formação dos minerais, três fatores são


importantes: pressão, temperatura e • Oxigênio(46,6%);
disponibilidade de material químico • Silício(28,2%);
• Al(8,2%);
• Durante o processo de diferenciação geoquímica da • Fe(5,6%);
Terra, que resultou na formação da sua parte sólida • Ca(4,2%);
mais externa (crosta terrestre), DEZ elementos ali se • entre outros(Na,K,Mg,P).
concentraram totalizando cerca de 99% da sua
composição.
Principais minerais formadores de rochas

• No estudo sistemático dos minerais, é comum classificá-los levando-se em consideração a sua


composição química. São listados a seguir as classes (ou grupos) onde apresentamos os mais comuns
minerais formadores de rochas:

• Grupo dos silicatos (estrutura cristalina constituída por tetraedros de sílica):

• Grupo dos não silicatos (elementos


nativos, sulfetos, óxidos e hidróxidos,
carbonatos, haloides, sulfatos)
Principais minerais formadores de rochas

Exemplos de minerais por grupo:

• Silicatos:

• Quartzo (SiO2), olivina, granada, titanita, zircão, grupo dos piroxênios, anfibólios, micas (muscovita,
biotita), feldspatos, feldspatoides.

• Não-silicatos:
• Grupo dos carbonatos (calcita, dolomita), sulfetos (pirita, marcassita, pirrotita, etc.), elementos nativos
[minerais formados por um só elemento: ouro, cobre, enxofre, carbono (diamante, grafita)], óxidos e
hidróxidos (magnetita, hematita, ilmenita, limonita, bauxita, etc.),haloides (halita), e sulfatos (gipso).
Influência dos minerais nas rochas e
maciços rochosos
• Por serem os minerais mais comuns na crosta terrestre, os silicatos
influenciam muito o comportamento das rochas: por exemplo, rochas
ricas em quartzo e feldspato são duras, com comportamento frágil.

• Rochas ricas em anfibólio e piroxênios alteram-se mais facilmente,


originando perda de resistência.

• Rochas ricas em micas apresentam laminação, o que aumenta a


anisotropia.
• Rochas ricas em argilominerais têm seu comportamento influenciado pelo tipo de argilomineral presente.
P.EX. as esmectitas têm comportamento expansivo, baixa resistência ao cisalhamento e permeabilidade
muito baixa: a presença de 2% a 4% de esmectita nos poros de um arenito pode reduzir sua permeabilidade.
Cristalização dos minerais

• Merece destaque a importância da mineralogia das rochas ígneas no que se refere à cristalização dos
minerais primários, aqueles que se formam sob altas temperaturas e, ou, pressão, com o resfriamento da
massa magmática.

• À medida que o magma resfria-se, cristalizam-se os diversos minerais, obedecendo a sequências


determinadas pela temperatura e pela composição do magma.

• Estas sequências são conhecidas como séries de Bowen, sendo distinguidas como série descontínua dos
minerais ferromagnesianos e série continua dos plagioclásios (KERetal.,2012).
Cristalização dos minerais

• A série é chamada de descontínua, pois, à medida que a temperatura diminui, os minerais anteriormente
formados reagem com o líquido residual, originando um mineral, estável nas novas condições de
temperatura, mas com composição química e estrutura interna diferentes.

• Por outro lado, a série é denominada contínua quando se observa que a troca dos elementos Ca e Na
modifica apenas a composição química, não alterando a estrutura interna dos minerais.

• A ordem de cristalização, no magma, dos principais minerais primários formadores das rochas ígneas tem
um importante relacionamento com o intemperismo.
Cristalização dos minerais

• Os minerais que se cristalizam em temperaturas


mais altas advém de magmas menos viscosos e
mais pobres em SiO2.

• Os que se cristalizam em temperaturas mais baixas


são mais ricos em silício e com maior grau de
polimerização deste elemento.

• As duas séries de reações culminam com o quartzo, silicato com estrutura cristalina de maior complexidade e
que se forma quando não existem mais metais na massa magmática, sobrando, essencialmente, Si e O.
Polimerização

• As propriedades químicas da sílica permitem desenvolver ligações entre os tetraedros em


configurações estruturais diversas.

• Esta variedade estrutural depende do compartilhamento de um oxigênio entre dois tetraedros


adjacentes, a quantidade de oxigênios que cada tetraedro compartilha no retículo cristalino varia
segundo as condições de cristalização da espécie.

• Este tipo de ligação de tetraedros através do compartilhamento de oxigênios, que aumenta a


coesão da rede cristalina, é conhecida como polimerização e é a origem da ampla variedade das
estruturas dos silicatos.
Classificação
genética das
rochas
Classificação Genética das Rochas

• Rocha é um corpos sólido natural, resultante de um processo geológico determinado, formado por
agregados de um ou mais minerais, arranjados segundo as condições de temperatura e pressão
existentes durante sua formação.

• Também podem ser corpos de material mineral não-cristalino, como o vidro vulcânico (obsidiana) e
materiais sólidos orgânicos, como o carvão.
Classificação Genética das Rochas
• De acordo com sua origem, as rochas podem ser classificadas em:
Ígneas

Sedimentares

Metamórficas
Classificação Genética das Rochas

• São aquelas que se originam do resfriamento e da solidificação de massas de rochas fundidas,


denominadas magma, no interior da crosta terrestre.

• Seu nome provém do latim ignis que significa fogo, pois a fusão das rochas para a formação do
magma depende, principalmente, de altas temperaturas.

• Em conjunto com as metamórficas, perfazem 95%, em volume, das rochas da crosta terrestre.

• Podem ser intrusivas ou extrusivas.


Classificação Genética das Rochas

Rochas ígneas intrusivas ou plutônicas:

• Resultam da solidificação dos magmas sem que estes consigam, em seu movimento ascendente,
atingira superfície da crosta (o magma resfria-se no interior da Terra, através de fenômenos
conhecidos como plutonismo, o que permite a perfeita cristalização dos minerais). Ex: granito,
sienito, etc.
Classificação Genética das Rochas

Rochas ígneas extrusivas ou vulcânicas:

• São os derrames de lava (magma) que se resfriam rapidamente, impedindo a cristalização dos
minerais. Estão ligados aos fenômenos externos, conhecidos como vulcanismo. O magma
consolida-se depois de alcançar a superfície da crosta sob a forma de erupção tranquila ou
explosiva. Resulta em material de granulação fina. Ex: basalto, riolito, etc.
Classificação Genética das Rochas

Rochas sedimentares:

• Formadas pela deposição e consolidação de sedimentos, provenientes da destruição de rochas pré-


existentes na superfície da crosta terrestre.
• Cobrem aproximadamente 75% da superfície da crosta terrestre e, por isso, influenciam a maioria
das paisagens e solos da Terra.
• Por sua formação sedimentar, muitas vezes com deposição lenta dos sedimentos, as rochas
sedimentares têm como sua característica mais óbvia a ocorrência em camadas, chamadas de
estratos, que podem ocorrer em centímetros até quilômetros de espessura.
Classificação Genética das Rochas

Rochas sedimentares:

• Os sedimentos sólidos são chamados de sedimentos clásticos e os sedimentos solúveis são chamados
sedimentos químicos, nomes que identificarão dois importantes grupos de rochas sedimentares:

• Rochas clásticas: formadas pela deposição e consolidação de sedimentos sólidos na forma de


minerais detríticos, e ou, minerais secundários. Ex: arenito.
• Rochas químicas: formadas pela deposição e sedimentação de componentes que foram
dissolvidos, transportados em solução e precipitados quimicamente. Ex: evaporitos, calcários,
dolomitos.
• Rochas orgânicas: formadas pela deposição e consolidação de sedimentos orgânicos de origens
diversas. Ex: hulha, antracita, etc.
Classificação Genética das Rochas

Rochas metamórficas:

• São rochas derivadas de outras preexistentes que, no decorrer dos processos geológicos, sofreram
mudanças mineralógicas, químicas e estruturais, no estado sólido, em resposta a alterações das
condições físicas (temperatura e pressão) e químicas, impostas em profundidades abaixo das zonas
superficiais de alteração e cimentação.

• Estas alterações provocam a instabilidade dos minerais, que tendem


a se transformar e rearranjar sob as novas condições. Possibilidade de
recristalização, levando a aumento de tamanho e/ou mudança na
forma externa.

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