Produtos Naturais de Algas e Seu Potencial Antioxi - 240822 - 234813
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Produtos Naturais de Algas e Seu Potencial Antioxi - 240822 - 234813
RESUMO: Os radicais livres e outros derivados ativos do oxigênio são inevitavelmente co-
produzidos em algumas reações biológicas e exercem papel siológico importante. No entanto,
essas espécies reativas têm sido descritas como fatores que participam diretamente dos
mecanismos siopatológicos relacionados com a continuidade e as complicações de diversos
estados patológicos como a aterosclerose, a diabetes, o câncer, a artrite reumatóide, entre
outros. Dessa forma, a terapia antioxidante preveniria o desenvolvimento e a progressão dessas
complicações. As algas marinhas representam uma importante fonte de substâncias antioxidantes
naturais, uma vez que têm sistemas de defesas antioxidantes bem desenvolvidos. O presente
trabalho é uma compilação das pesquisas realizadas sobre a atividade antioxidante de produtos
naturais marinhos e extratos de algas marinhas bentônicas.
ABSTRACT: Natural products from marine seaweeds and their antioxidant potential
Free radicals and other reactive species of oxygen are co-produced in some biological reactions
and they play important physiological role, and nevertheless they are reported as factors that take
straight part in the pathophysiologic mechanism associated with continuity and complications of
the several pathological process such as arteriosclerosis, diabetes mellitus, cancer, and arthritis,
among others. In this way, the antioxidant therapy should prevent the development and progress
of these complications. Seaweeds can be valuable source of natural antioxidant compounds since
they have a well-developed antioxidant defense system. The present work is a compilation of the
antioxidant activities of marine natural products and benthonic marine seaweeds crude extracts
researches.
das plantas vasculares e os talos das algas contêm (Fujimoto; Kaneda, 1980). Fujimoto e Kaneda (1980)
numerosas substâncias antioxidantes. As algas estão usaram o teste de estabilidade do éster metílico do óleo
sempre submetidas a rápidas variações de intensidade de girassol e constataram que 60% das frações solúveis
de luz e concentrações de O2 e CO2 ao longo da coluna em CHCl3 dos extratos das algas testadas foram capazes
de água e, assim, sua sobrevivência depende de uma de estender o período de indução da reação do substrato
resposta eciente ao estresse oxidativo. Por essa razão, éster (tempo necessário para atingir um ponto crítico de
esses organismos podem representar uma importante oxidação). As algas pardas, em geral, apresentaram maior
fonte de substâncias antioxidantes naturais tanto para atividade antioxidante, particularmente, Eisenia byciclis,
as indústrias alimentícias como para as farmacêuticas Sargassum kjellmanianum, Ishige okamurae, Undaria
(Matsukawa et al., 1997). pinnatida, Heterochordaria abientina e Scytosiphon
A denição mais aceita para antioxidantes lomentaria. A partir do fracionamento dos extratos
(AO) é que seriam substâncias as quais, mesmo em CHCl3 de E. byciclis e U. pinnatida, os autores
presentes em baixas concentrações em relação ao identicaram como princípios ativos responsáveis pela
substrato oxidante, poderiam atrasar ou inibir as AAO as frações fosfolipídicas (fosfatidiletanolamina
taxas de oxidação (Sies, 1993). Vários componentes e fosfatidilinositídeo) e o carotenóide fucoxantina,
siológicos são conhecidos pela capacidade de inativar respectivamente. Em um outro trabalho os mesmos
ou neutralizar radicais livres, como o -tocoferol, o autores pesquisaram a AAO de 36 espécies de algas
ascorbato, o -caroteno, o ácido úrico, a ubiquinona, a bentônicas e, novamente, constataram que as algas
transferrina, a ceruloplasmina, entre outros (Olszewer, pardas apresentavam maior AAO (Fujimoto; Kaneda,
1995; Fleschin, 2000; Matkovics, 2003). Alguns metais 1984).
são cofatores na síntese de radicais livres e, substâncias Em 1990, Le Tutour et al. (1990) pesquisou
quelantes de metais como o EDTA, a desferroxamina e a AAO dos extratos apolares de 7 algas marinhas
a D-penicilamina são empregados como antioxidantes bentônicas da costa francesa. Mais uma vez os resultados
exógenos (Olszewer, 1995; Olszewer; Carter, 1988; para as algas pardas foram os melhores, principalmente
Tully, 1999). Substâncias naturais com atividade os obtidos com Laminaria digitata e Himanthalia
redutora e neutralizadora de radicais livres são muito elongata. Os extratos dessas duas espécies mostraram
usadas como agentes antioxidantes exógenos. (Favier sinergia com a vitamina E no teste de estabilidade do
et al., 1995; Rice-Evans et al., 1996; Pietta, 2000; éster metílico do óleo de girassol. Cahyana et al. (1992),
Nordberg; Arnér, 2001). De fato, os produtos naturais identicaram a pirofeotina a, um metabólito da clorola
parecem ser uma fonte promissora de substâncias com a, como um dos princípios antioxidantes presente no
atividade antioxidante e pesquisas realizadas nos últimos extrato da alga Eisenia bicyclis, alga parda comestível
anos evidenciam que o enriquecimento dos sistemas muito popular no Japão. Em um trabalho posterior,
orgânicos com antioxidantes naturais pode corrigir a Cahyana et al. (1993), analisaram os possíveis efeitos
homeostasia viciada (Tiwari, 2001). sinérgicos de derivados porrínicos (clorola a, feotina
Constam na literatura vários trabalhos de busca a e pirofeotina a) com o -tocoferol e ácido ascórbico,
de substâncias com atividade antioxidante (AAO) através dos métodos do tiocinato e substâncias reativas
em algas (Tabela 1), porém, no Brasil, esse campo de ao ácido tiobarbitúrico. Todas as substâncias testadas
pesquisa ainda não foi devidamente explorado, apesar mostraram melhor efeito AO quando na presença de
da riqueza da nossa ora cológica marinha. -tocoferol ou ácido ascórbico, sugerindo um efeito
sinérgico.
ALGAS MARINHAS E SEU POTENCIAL Foti et al. (1994), sabendo que meroditerpenos
ANTIOXIDANTE (Figura 1: estruturas 1-2) isolados de algas pardas do
mar Mediterrâneo do gênero Cystoseira são análogos
O interesse inicial pelo estudo de substâncias aos tocoferóis e, portanto, com potencial para uma boa
com atividade antioxidante (AAO) em algas surgiu AAO, como aromaticidade e alto nível de oxigenação,
no Japão, na busca de novos aditivos para alimentos, zeram uma avaliação das propriedades dessas
em substituição àqueles antioxidantes sintéticos substâncias como quelantes de 1O2 (através do teste
utilizados, como o hidrixianisol butilado (BHA) e o de decomposição térmica do 1,4-dimetilnaftaleno
hidroxitolueno butilado (BHT), os quais mostravam 1,4-endoperóxido, em comparação com o padrão
efeitos carcinogênicos, alterações enzimáticas e 2,5-difenil-3,4-benzofurano), ânion superóxido (ensaio
lipídicas em animais. O fato de algumas algas secas da xantina-oxidase) e radicais peróxidos (ensaio da
poderem ser estocadas por um longo período sem o inibição da peroxidação do -caroteno, mediada pelo
perigo de deterioração oxidativa, mesmo apresentando radical peróxido do linoleato de metila na presença de
mais de 30% do total de seus ácidos graxos na forma O2 e radical iniciador 2,2-azobis-(2-metilpropionitrila)
de cadeias poliinsaturadas (principalmente as algas - AIBN). Os três metabolitos testados apresentaram boa
pardas), despertou o interesse dos pesquisadores atividade sequestrante do 1O2 e nenhuma atividade sobre
em relação ao mecanismo AO presente nessas algas o ânion superóxido. As substâncias 1 e 2 também foram
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os resultados da avaliação da atividade inibidora da Halimeda incrassata, alga verde, coletadas em Havana/
peroxidação lipídica do extrato aquoso da alga marinha Cuba, em reduzir a formação de EROs intracelular sob
vermelha Bryothamnion triquetrum. Eles determinaram condições oxidativas basais, usando uma linhagem de
a concentração inibitória média (IC50) de 23,3 g células de hipotálamo de camundongo GT1-7. Também
para o extrato testado e determinaram para o mesmo avaliaram o efeito protetor dos extratos destas duas
um conteúdo em polifenóis de 8,08 mg/g de extrato algas contra estímulos químicos (H2O2 e CH3HgCl)
liolizado. Através do fracionamento do extrato puderam que induzem morte neuronal através de mecanismos
identicar a presença dos ácidos trans-cinâmico, envolvendo formação de EROs e depleção de glutationa
-cumárico e ferúlico em concentrações relevantes e reduzida (GSH). Ambos os extratos, em concentrações
associaram, pelo menos em parte, a atividade AO do superiores a 0,20 mg/mL, exerceram proteção contra
extrato de B. triquetrum à presença dessas substâncias. os efeitos deletérios e morte celular induzidos por
Os polissacarídeos sulfatados, de baixo peso H2O2, embora somente o extrato de H. incrassata tenha
molecular da alga parda Laminaria japonica foram podido prevenir também contra a formação basal de
avaliados por Xue et al. (2001) quanto a AAO, usando o EROs. Quanto aos efeitos deletérios e morte celular,
modelo de oxidação de lipoproteínas de baixa densidade assim como formação de EROs mediados pelo cloreto
(LDL). Os polissacarídeos testados foram fortemente de metilmercúrio (MeHgCl), os extratos das duas algas
ativos na proteção da oxidação de LDL induzida por mostraram proteção em concentrações maiores que 0,05
(dicloreto de 2,2-azobis(2-amidinopropano) (AAPH), mg/mL.
mas não para aquela induzida por Cu2+. Rupérez et al. Nagai e Yukimoto (2003) apresentaram um
(2002) testaram a AAO dos polissacarídeos de Fucus trabalho sobre o potencial AO de bebidas preparadas
vesiculosus (alga parda) frente à redução de íons com quatro algas comuns na culinária japonesa:
férricos como poder antioxidante no ensaio denominado Ecklonia cava (trombeta-do-mar), Undaria pinnatida
ferric reducing ability of plasma (FRAP), ou seja, a (wakame), Hizikia fusifome (hizikia) e Ulva pertusa
capacidade antioxidante do plasma. Em 2002, Lim et (alface-do-mar). Foram empregados quatro métodos
al. (2002) apresentaram um trabalho de avaliação da diferentes: avaliação da AAO sobre a peroxidação
AAO do extrato de Sargassum siliquastrum, usando o lipídica do ácido linoleico, atividade neutralizadora
modelo de inibição da oxidação e hemólise de células do radical O2 no sistema xantina/xantina-oxidase,
vermelhas pelo AAPH (dicloreto de 2,2-azobis(2- atividade redutora do radical DPPH e atividade inibidora
amidinopropano)), supressão da peroxidação lipídica em da oxidação da 2-desoxiribose pelo radical OH no
homogenato de cérebro de rato e atividade sequestrante sistema desoxirribose/H2O2. Os autores concluíram
de radical O2 . Eles mostraram que a fração mais ativa que as bebidas têm um bom potencial AO, sendo
era rica em fenólicos, mas não encontraram correlação aquela obtida de trombeta-do-mar mostrou os melhores
entre o teor total de fenólicos e AAO. Burritt et al. resultados e aquela obtida de alface-do-mar teve menor
(2002) zeram um estudo sobre os danos às membranas atividade. Os mesmos autores também encontraram
e metabolismo da alga vermelha Stictosiphonia uma correlação entre o conteúdo de polifenóis e a AAO.
arbuscula, imediatamente após reidratação de espécimes Ainda, em 2003, Perez et al. (2003a,b) apresentaram em
dessecadas, e constataram que a capacidade de prevenir um congresso internacional os resultados da pesquisa
ou reduzir a produção de EROs, se deve a um aumento sobre a AAO dos extratos das algas marinhas Laurencia
na atividade das enzimas requeridas na regeneração do sp., Gelidium sp., Bryothamnion sp. e Gracilaria sp. Os
ascorbato e da glutationa. Esse mecanismo protege a extratos foram avaliados quanto à capacidade AO frente
alga de danos celulares causados pela dessecação. aos radicais O2 , OH e radicais gerados sob luz UV. Os
Baseados nos resultados de Foti et al. (1994), autores registraram uma AAO dos extratos comparáveis
Fisch et al. (2003) avaliaram a AAO dos extratos em à de antioxidantes já bem conhecidos como a vitamina E
diclorometano e metanol de Cystoseira crinita, assim e a melatonina. Os resultados foram correlacionados com
como de alguns derivados tetrapreniltoluquinólicos, o conteúdo de polifenóis desses extratos. Os mesmos
tetrapreniltoluquinônicos e tripreniltoluquinólicos extratos também foram testados quanto à capacidade
(Figura 1: estruturas 8-15) isolados e puricados a partir inibidora da peroxidação lipídica e formação de
da fração em acetona do extrato metanólico. Foram malondialdeído, através do teste de substâncias reativas
utilizados os métodos de reação com o radical DPPH, de ao ácido tiobarbitúrico (TBARS). Kang et al. (2004)
avaliação de substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico zeram a avaliação da AAO dos extratos de 17 algas
(TBARS), de quimiluminescência e de avaliação marinhas. Três deles, Ulva pertusa, Symphyocladia
da capacidade antioxidante equivalente ao trolox latiuscula e Ecklonia stolonifera apresentaram boa
(TEAC). Todas as substâncias testadas apresentaram atividade inibidora da formação de EROs em um
bom potencial AO, apesar da ecácia variar de acordo modelo usando homogenato de rim de ratos Wistar
com o método usado. Em 2003, Fallarero et al. (2003) e diacetato de 2,7-diclorodiidrouoresceína. Em
avaliaram a capacidade dos extratos aquosos de seguida, eles testaram as frações solúveis em n-hexano,
Bryothamnion triquetrum, uma alga vermelha, e de diclorometano, acetato de etila e n-butanol do extrato
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AO: atividade antioxidante; RL: radical livre; pO2: pressão parcial de oxigênio; AAO: atividade antioxidante; -TOH: -tocoferol;
O2 : ânion superóxido; ROO: radical peróxido; EROs: espécies reativas do oxigênio; TBARS: substâncias reativas ao ácido
tiobarbitúrico; TEAC: AAO equivalente ao trolox.
em metanólico de E. stofonifera. A fração em acetato muitos desses métodos, os resultados obtidos dependem
de etila foi a mais potente, sendo isolados 5 derivados do modelo usado e da hidrolicidade/lipolicidade
fenólicos: o oroglucinol, o eckstolonol, o eckol, o da amostra antioxidante testada. Assim, devido às
orofucofuroeckol A e o dieckol, (Figura 1, estruturas diferenças entre os sistemas de testes empregados para
3-7), os quais também mostraram atividade muito boa, se fazer a avaliação da atividade, recomenda-se o uso
sendo o eckol e o orofucofuroeckol os mais ativos, de pelo menos dois métodos, dependendo do potencial
inclusive mais ativos que trolox (usado como controle esperado e da origem da amostra.
positivo). As algas marinhas, especialmente as algas As algas marinhas, assim como as plantas
pardas, são ricas em polissacarídeos como alginatos, superiores, podem ser uma importante fonte de
fucanos e laminaranos, os quais possuem várias substâncias antioxidantes naturais e, de fato, constam
propriedades biológicas, mas poderiam interferir na na literatura vários trabalhos de busca por substâncias
solubilidade total em água dos extratos de algas. Assim, com atividade antioxidante em algas, porém, no Brasil,
em 2004, Ahn et al. (2004) apresentaram um trabalho em apesar da riqueza da nossa ora cológica marinha,
que prepararam extratos hidrossolúveis de Scytosiphon esse campo de pesquisa ainda não foi devidamente
lomentaria (alga parda) a partir de material previamente explorado.
hidrolisado por enzimas carboidrases (5 classes) e
proteases (5 classes). Esses extratos foram testados AGRADECIMENTOS
quanto a AAO frente aos radicais OH, alquila e DPPH,
usando a técnica de ressonância de elétron spin. Todos Os autores agradecem ao CNPq pelo auxílio
os 10 extratos obtidos tiveram sua atividade antioxidante à pesquisa e pela bolsa concedida à F.D.R e bolsas de
similar àquela da vitamina C frente aos radicais OH e produtividade de V.T.L., R.C.P e M.A.C.K.; à CAPES
alquila e menor em relação ao radical DPPH. Os autores pela bolsa concedida à F.D.R no programa PDEE
sugerem que extratos assim preparados têm a vantagem (Programa de Doutorado com Estágio no Exterior) e
de melhor solubilidade em água e maior facilidade de a HEFCE (The Higher Education Funding Council for
processamento. England) pelo auxílio à pesquisa.
Os presentes autores acreditam no grande
potencial da ora marinha bentônica como fonte de REFERÊNCIAS
fármacos e insumos farmacêuticos diversicados e,
principalmente no que diz respeito às diversas patologias Ahn CB, Kang DS, Shin TS, Jung BM 2004. Free radical
associadas ao estresse oxidativo. scavenging activity of enzymatic extracts from a
Brown seaweed Scytosiphon lomentaria by electron
CONCLUSÃO spin resonance spectrometry. Food Res Int 37:
253-258.
Substâncias antioxidantes podem atuar através Anggadiredja J, Andyam R, Hayati M 1997. Antioxidant
de mecanismos variados como capturar ou regenerar activity of Sargassum polycystum (Phaeophyta) and
radicais livres, decompor peróxidos, extinguir O21, Laurencia obtusa (Rhodophyta) from Seribu Islands.
inibir enzimas envolvidas no processo de formação de J Appl Phycol 9: 477-479.
radicais livres, inibir a cascata de reação dos radicais Burritt DJ, Larkindale J, Hurd CL 2002. Antioxidant metabolism
livres, entre outros. Por essa razão, a capacidade de in the intertidal red seaweed Stictosiphonia arbuscula
uma variedade de substâncias antioxidantes em atuar following desiccation. Planta 215: 829-838.
como nalizadores do processo em cadeia das reações Cahyana AH, Shuto Y, Kinoshita Y 1992. Pyropheophytin a
radicalares tem sido indiretamente avaliada, através as an antioxidative substance from the marine alga,
de métodos diversos, usando vários modelos. Para arame (Eisenia bicyclis). Biosc Biotech Bioch 56:
Rev. Bras. Farmacogn.
Braz J. Pharmacogn.
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Fabíola Dutra Rocha, Renato Crespo Pereira, Maria Auxiliadora Coelho Kaplan, Valéria Laneuville Teixeira