Aula 06: PETROBRAS (Todos Os Cargos) Português - 2021 (Pós-Edital)

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PETROBRAS (Todos os Cargos)


Português - 2021 (Pós-Edital)

Autor:
Equipe Português Estratégia
Concursos

22 de Dezembro de 2021
Equipe Português Estratégia Concursos
Aula 06

Índice
1) Concordância
..............................................................................................................................................................................................3

2) Tipos de Sujeito
..............................................................................................................................................................................................4

3) Concordância com Sujeito simples


..............................................................................................................................................................................................5

4) Concordância com Sujeito composto


..............................................................................................................................................................................................
23

5) Concordância Verbo SER


..............................................................................................................................................................................................
29

6) Concordância Nominal
..............................................................................................................................................................................................
31

7) Questões Comentadas - Concordância verbal e nominal - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
35

8) Lista de Questões - Concordância Verbal e Nominal - Cebraspe


..............................................................................................................................................................................................
46

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CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL


CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Olá, pessoal! Tudo bem?
Aqui é a professora Luciana Uhren! Vamos estudar juntos esse conteúdo tão importante sobre concordância
verbal e nominal.
Até aqui, já foi uma boa caminhada de estudos e de resolução de questões, então continue firme que seu
objetivo será alcançado em breve. Vamos juntos nessa jornada rumo a sua aprovação!
Concordância é um assunto muito relevante, pois está presente nas questões de reescrita e na análise de
correção gramatical, por isso é importante dar atenção a esse tema.
A regra básica da concordância verbal é simples. O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito: O
menino comprou um peão. Os meninos compraram um peão.
Infelizmente, as bancas não nos dão essa moleza. Tentaremos aqui sempre olhar para a concordância pelo
viés semântico, que ajuda muito. Explicarei esse critério mais adiante.
Para facilitar a leitura e a localização do sujeito e do verbo, que devem entrar em acordo, temos que lembrar
a ordem direta das frases:
Sujeito + verbo + complementos + adjuntos
Fulano fez alguma coisa ontem
As bancas vão apresentar frases “acrobáticas”, com esses elementos fora da ordem, dificultando a
localização dos termos que devem concordar. A dica é marcar o verbo e puxar aquela setinha até o sujeito.
Vamos estudar progressivamente as regras mais cobradas e em seguida ver sua aplicação nas provas,
começando por uma breve retomada sobre os tipos de sujeito.
Bons estudos!
Abraço,
Prof. Luciana

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TIPOS DE SUJEITO
As regras de concordância são mais facilmente entendidas se o aluno lembrar os tipos de sujeito existentes.
Vamos a eles de forma resumida:

TIPOS DE SUJEITO EXEMPLOS

Simples Apenas um núcleo (nome ou pronome) O governo decidiu não interferir na balança
comercial.
Eles desistiram de lutar.

Composto Dois núcleos ou mais (nome ou João e Maria saíram.


pronome)
Deputados, Senadores e líderes do governo
não entravam em acordo.

Indeterminado Verbo flexionado na 3a pessoa do plural Disseram que o ideal era o livro comércio
ou partícula "se" indeterminante do regular o mercado.
sujeito Vive-se bem aqui.

Oculto ou Identificado pela terminação verbal Fomos lá (sujeito = nós).


desinencial Viajei, apesar da crise financeira (sujeito =
eu).

Presença de verbos impessoais (ex.: Choveu torrencialmente ontem.


verbo HAVER com sentido de existir e de Há pessoas ruins no poder. Há anos é assim.
Orações sem
tempo decorrido e os que indicam
sujeito
fenômenos da natureza).

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CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO SIMPLES


O sujeito simples só tem um núcleo, ou seja, só um agente, que será um nome (ex.: João) ou pronome (ex.:
ele), por isso, leva o verbo para o singular. A banca dificulta a identificação do sujeito, afastando-o de seu
verbo. Marque o verbo e procure quem está realizando aquela ação.
Ex.: Meu pai, que foi um homem de grandes talentos, vícios e teimosias, e que teve dois filhos, que
deram a ele três netos, acreditava mais no talento do que na sorte...
Meus caros, é isso que a banca faz: insere vários termos em pessoa e número diferentes antes do verbo,
para induzir uma concordância atrativa equivocada. Vejam só:

(CESPE / SEFAZ-DF / 2020)


muitas companhias restam presas na “divulgação”
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “restam” (3º parágrafo)
poderia ser substituída por mantém-se.
Comentários:
O sujeito é “muitas empresas”, então o verbo deve concordar NO PLURAL com o núcleo “empresas”. A forma
verbal sugerida apresenta flexão de singular (mantém-se) em vez de plural (mantêm-se), o que implica erro
de concordância verbal no período; logo, a correção gramatical ficaria prejudicada com a substituição.
Questão incorreta.
(CESPE / IHBDF / 2018)
Ao voltarmos, o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica em frente
parou e a molecada correu até nós.
O sujeito da forma verbal “parou” é “fábrica”.
Comentários:
Quem/o que parou? Parou “o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica
em frente”. Todo esse “monstro” é o sujeito, mas seu núcleo é apenas “futebol”, por isso o verbo fica no
singular. Questão incorreta.

Concordância com coletivos ou partitivos especificados


Essa é a regra para expressões como: a maioria de, a minoria de, uma porção de, um bando de, um grande
número de + determinante (termo preposicionado que modifica, ou especifica, o substantivo coletivo ou
partitivo).
A expressão partitiva “maioria” ou o coletivo “grupo”, por exemplo, não é especificada (não sabemos maioria
do que, nem grupo do quê!). Por isso, tais expressões trazem um especificador, um determinante (maioria

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das pessoas, grupo de crianças).


Esses especificadores desempenham função sintática de adjunto adnominal, pois estão juntos ao substantivo
(partitivo ou coletivo). Como trazem nesse determinante um outro substantivo, que também pode ser visto
semanticamente como agente, temos então duas possibilidades de concordância. Veja a regra para esses
casos:
O verbo concorda com o 1núcleo do sujeito (parte) ou com o 2o adjunto adnominal (determinante), termo
determinante ligado a ele. Tanto faz. É facultativo.

Ex.: A metade dos servidores públicos entrou/entraram em greve.

Vamos entender essa análise e identificar os termos sintáticos:


Sujeito: A metade dos servidores públicos > Núcleo do sujeito: metade
Adjunto: dos servidores públicos > Núcleo do adjunto: servidores
Veja um exemplo com coletivo especificado:
Ex.: A matilha de lobos atravessou/atravessaram a montanha.
Obs. 1: Se o coletivo não vier especificado (sem determinante), não vai ter esse adjunto adnominal, então
cai na regra geral: verbo concorda em número e pessoa com o sujeito.
Ex.: A matilha uivou a noite inteira/As matilhas uivaram a noite inteira.
Obs. 2: Se o determinante estiver no mesmo número do núcleo do sujeito, só haverá uma possibilidade de
concordância:
Ex.: A maioria do eleitorado votou na pessoa errada.
(Tanto maioria quanto eleitorado estão no singular. Não faria sentido concordar no plural.)

É importante saber que “determinante” é a palavra ou termo que determina, modifica,


acompanha o substantivo. Por esse motivo, tem função de adjunto adnominal (junto ao
nome). Esse substantivo que tem determinantes “ao redor” dele é o núcleo. Normalmente
é o núcleo do sujeito que faz o verbo flexionar.
No exemplo dos partitivos, coletivos e porcentagens, o “determinante” ou “especificador”
geralmente é uma expressão preposicionada, com de/da(s)/do(s)+conjunto, que
especifica a referência daquele núcleo, como em “metade dos brasileiros”, “bando de
pássaros”, “frota de motos”, “22 % dos crimes”. Porém, pode ser qualquer termo que
acompanhe o substantivo, como artigos e pronomes:
Ex.: Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.
“os” e “do eleitorado” são determinantes (adjuntos) do núcleo 20%.

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Ex.: Aquele milhão de brasileiros ficou revoltado.


“aquele” e “de brasileiros” são determinantes (adjuntos) no núcleo Milhão.
Observação: Quando o numeral é antecedido por determinante, como um artigo ou
pronome, a concordância deve ser feita somente com esse determinante. Nos exemplos
acima, não seria possível concordar com “eleitorado” e “brasileiros”, pela presença de
“os” e “aquele”.

(CESPE / SEFAZ-DF / 2020)


Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD concluíram que,
ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática e pelos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as iniciativas nas empresas deixam a desejar. Na
pesquisa, eles constataram que menos de um terço das companhias desenvolveram casos de negócios claros
ou proposições de valor apoiadas em sustentabilidade.
A substituição da forma verbal “desenvolveram” por desenvolveu manteria a correção gramatical do texto.
Comentários:
O sujeito da oração em apreço é o coletivo partitivo “menos de um terço das companhias” (3º parágrafo).
Nesse caso, o verbo pode ir tanto para o plural, como consta no texto, quanto para o singular, como consta
na substituição proposta na assertiva. Questão correta.
(CESPE / MP-CE / 2020)
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o período “A inocuidade dos
alimentos contribui para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura,
o acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.” fosse reescrito da seguinte forma: A
integridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade econômica,
agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.
Comentários:
Há um erro básico de concordância, o núcleo é singular e o verbo ficou no plural.
A integridade dos alimentos contribuem...
A INTEGRIDADE dos alimentos CONTRIBUI
—Ah, eu não poderia concordar com o determinante “dos alimentos”?
—Claro que não, essa possibilidade só existe quando temos expressão partitiva, não é o caso. A concordância
por regra é feita com o núcleo. Questão incorreta.

Concordância numerais determinados em geral


(porcentagens, decimais, frações)
De modo geral, temos o mesmo raciocínio das expressões partitivas e coletivas. Então teremos duas

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possibilidades: uma concordância lógica, mais gramatical, com o núcleo do sujeito, ou uma concordância
mais semântica, com o termo especificador.
Nos percentuais, a concordância é feita com a porcentagem ou com o determinante. Da mesma forma, com
numerais decimais, com vírgula, a concordância é feita com a parte inteira ou com o determinante. Ex.:
4,2% do grupo de mulheres entrevistadas concordaram.
4,2% do grupo de mulheres entrevistadas concordou.
1,4% das pessoas é de classe média.
2,4% das pessoas são de classe média.
80% da população é alfabetizada.
80% da população são alfabetizados.

Se o termo numérico vier precedido por um determinante, o verbo concordará em número


e pessoa com esse determinante (geralmente o artigo ou pronome). Ex.:
Os 80% mais velhos da população viverão ainda mais.
Esses 10% mais pobres da humanidade são analfabetos.
OU seja, se veio um artigo antes do numeral, a concordância é feita com o artigo.

Se o numeral for decimal não determinado, teremos a concordância obrigatória no plural somente a partir
do número dois. Na verdade, isso é bem lógico, pois plural indica justamente “dois ou mais”. Ex.:
1,5 milhão foi gasto. (Sem determinante, concorda com o numeral)
1,5 milhão de dólares foi gasto. Com determinante, singular ou plural
1,5 milhão de dólares foram gastos.
Seu 1,99m de altura intimida; os 2,20m dele intimidam mais ainda.

Obs.: 1,5 Milhões não existe. Sendo menor que dois, é singular. Veremos isso em concordância nominal.
Obs.: A palavra “milhar” é masculina, então teremos: Os milhares de mulheres jovens que saíram... (Errado:
as milhares de mulheres)
Obs.: Com numerais fracionários, a concordância é feita com o numerador da fração: Ex.: "Um quinto dos
bens cabe ao menino."
No entanto, é registrada também a concordância com o determinante, conforme ressalva específica feita
pelo gramático Cegalla:
“Não nos parece, entretanto, incorreto usar o verbo no plural, quando o número fracionário, seguido de

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substantivo no plural, tem o numerador 1, como nos exemplos:


"Um terço das mortes violentas no campo acontecem no sul do Pará."
“Um quinto dos homens eram de cor escura.”

Concordância com Milhão, Bilhão, Trilhão...


Aqui se aplica a regra geral dos numerais seguidos de determinantes. O verbo concorda com o núcleo do
sujeito ou do adjunto. Em outras palavras, pode concordar com o numeral ou com seu determinante.
Também é facultativo. Ex.:

1 milhão de torcedores assistiram à Copa do Mundo.

1 milhão de torcedores assistiu à Copa do Mundo.

A concordância é feita com parte inteira, se igual ou maior que 2, vai para o plural, se menor, fica no singular:
1,9 milhão. 2,1 milhões.
Se o numeral vier com um adjunto, a concordância pode ser feita com o núcleo do sujeito ou do adjunto. Ex.:
1,4 Milhão de brasileiros foi/foram às ruas protestar.

Obs.: Milhões, Bilhões e Milhares são usados como substantivos masculinos, então a concordância do
artigo/pronome/numeral que os precede é feita no masculino. Se forem seguidos de determinante feminino,
é possível o adjetivo/particípio concordar no feminino:
Alguns/os/dois milhões de pessoas enganadAS (ou enganadOS) todo dia... (as/algumas milhares de pessoas
está errado!)
Veja o resumo a seguir da concordância com sujeito formado por coletivos:

CONCORDÂNCIA TIPO DE SUJEITO EXEMPLOS

Coletivos ou partitivos especificados A metade dos servidores públicos


entrou/entraram em greve
(A maioria de, a minoria, de, um
bando, matilha etc.) A matilha de lobos
atravessou/atravessaram a montanha.

Numerais / porcentagens + 20% do eleitorado ficou revoltado.


determinante 20% do eleitorado ficaram revoltados.
(O verbo concorda com o próprio
FACULTATIVA 1 milhão de torcedores assistiram à Copa do
numeral ou com o determinante. Se o Mundo.
numeral vier determinado, a
concordância tem que ser feita com o 1 milhão de torcedores assistiu à Copa do
determinante) Mundo.
Os 20% do eleitorado ficaram revoltados.

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Aquele milhão de brasileiros ficou


revoltado.

Mais de um, menos de dois, cerca de, Mais de um cliente se queixou. /


menos de... + NUMERAL
CONCORDÂNCIA Mais de dois clientes se queixaram.
COM O
Menos de dois clientes se queixaram. /
NUMERAL Cerca de mil pessoas se queixaram.

Numeral decimal não determinado, 1,5 milhão foi gasto.


teremos a concordância obrigatória no 1,5 milhão de dólares foi gasto.
CONCORDÂNCIA
plural somente a partir do número dois
OBRIGATÓRIA 1,5 milhão de dólares foram gastos.
NO PLURAL
Seu 1,99 m de altura intimida; os 2,20m
dele intimidam mais ainda.

(CESPE / PF / 2018)
Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o
acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento
baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (L.2) fosse flexionada no plural:
acreditam.
Comentários:
Havendo expressão partitiva seguida de determinante, verbo pode concordar com o sujeito (a maioria aceita)
ou com o determinante (os laboratórios acreditam). Portanto, na questão, singular ou plural estariam
igualmente corretos. Questão correta.
(CESPE / ANVISA / 2016)
Ao combater a febre amarela, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da
população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com roupas, suor, sangue e secreções de
doentes.
A forma verbal “acreditava” (ℓ.2) está flexionada no singular para concordar com a palavra “parte” (ℓ.1), mas
poderia ser substituída sem prejuízo à correção gramatical pela forma verbal acreditavam, que estabeleceria
concordância com o termo composto “dos médicos e da população” (ℓ.1-2).
Comentários:
Exatamente. Em expressões partitivas, o verbo pode concordar no singular com o núcleo do sujeito (parte)
ou no plural com o determinante (dos médicos e da população). Questão correta.

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Concordância com verbos ter e vir e seus derivados


Os verbos ter, vir e seus derivados (manter, deter, entreter, advir, provir), quando na terceira pessoa do
plural, devem trazer um acento diferencial de número: Eles têm/vêm/mantêm/provêm. Lembre-se de que
esses verbos derivados, se estiverem na terceira pessoa do singular, são acentuados também, por serem
oxítonas com terminação “em”. Ex.:
Ele mantém um orfanato.
Eles mantêm um orfanato.
Ele e ela mantêm uma ONG, mas não sabem de onde provêm os recursos.
Veja um quadro resumo desses verbos:
PRESENTE DO INDICATIVO
3a pessoa singular 3a pessoa plural
TER Tem Têm
VIR Vem Vêm
MANTER Mantém Mantêm
ADVIR Advém Advêm
VER Vê Veem
REVER Revê Reveem

O detalhe que a banca gosta de explorar é a concordância desses verbos na voz passiva
sintética.
Ex.: ONGs são mantidas por doações X ONGs mantêm-se por doações.
Voz Passiva Analítica Voz Passiva Sintética

Muita atenção agora a essa próxima regra, já que os verbos haver e existir são muitíssimos cobrados. São
questões fáceis. Não vacile!

Concordância com Haver, Existir e equivalentes


O verbo haver, com sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e, por isso, permanece sempre na
terceira pessoa do singular: Há. O verbo haver tem apenas objeto.
Por outro lado, o verbo existir é pessoal, tem sujeito e se flexiona para concordar em número e pessoa com
ele. O mesmo vale para outros sinônimos de haver, como ocorrer e acontecer. Ex.:
Há dias que faz chuva, dias que faz sol e há dias que tanto faz.

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Existem pessoas que só dizem não.


(O verbo existir é intransitivo. O termo sublinhado é seu sujeito)
Houve vários incidentes estranhos no evento.
(Vários incidentes é objeto; o verbo haver permanece no singular, mesmo com objeto no plural.)
Ocorreram vários incidentes estranhos no evento.
(Vários incidentes é sujeito, por isso, obriga a concordância do verbo no plural.)
Essa regra também vale para outros casos de verbos impessoais, indicando fenômenos da natureza e
passagem do tempo. Ex.:
Choveu torrencialmente nas últimas noites. (Chover não tem agente!)
Faz dois anos que terminei a graduação. (“Fazem 2 anos” é errado!)

Obs.: Em sentido figurado, um verbo que indica fenômeno da natureza passa a concordar
com seu sujeito. Ex.:
Choveram críticas ao trabalho.
Hoje eu amanheci de mau humor!
“De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.” Vinícius de Morais

(CESPE / TJ-PA / 2020)


Todas as atividades realizadas no país e todas as pessoas que estão no Brasil estão sujeitas à lei. A norma
vale para coletas operadas em outro país, desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a
brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de informações pelo Estado para a segurança pública.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “há” poderia ser
substituída por
a) existe. b) ocorre. c) têm. d) tem. e) existem.
Comentários:
Há exceções=Existem exceções. O verbo haver fica no singular, por ser impessoal. Existir faz concordância
normal com o sujeito Exceções. Gabarito letra E.
(CESPE / EMAP / 2018)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego
aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação

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de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.


A forma verbal “haja” (L.2) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a correção
gramatical e os sentidos do texto.
Comentários:
O verbo haver, no sentido de existir, é impessoal e não vai ao plural. Questão incorreta.

Concordância com expressões com pronome que, tendo


núcleo do sujeito no singular e núcleo do adjunto no
plural
Aqui temos outro caso de dupla concordância. Vale a regra acima, o verbo pode concordar com qualquer
um dos núcleos, do 1sujeito ou do 2adjunto (determinante). DESDE QUE O SENTIDO PERMITA.
Prestem atenção no exemplo, mais do que na regra. Ex.:
Seremos 1nós 2aqueles que herdarão o reino dos céus. (aqueles herdarão)
Nuc.Suj. N.Adj.

Seremos 1nós 2aqueles que herdaremos o reino dos céus. (nós herdaremos)
Nuc.Suj. N.Adj.
Vejam outros exemplos dessa regra:

O efeito das catástrofes que se verificaram. / O efeito das catástrofes que se verificou.
Não sou um daqueles que pensam na morte. /Não sou um daqueles que pensa na morte.
Cuidado, que essa regra só é válida se o sentido permitir e não causar incoerência no texto. Ex.:
Lerei muito sobre atos de terceiro que sejam considerados crime.
*Lerei muito sobre atos de terceiro que seja considerado crime.
Não haveria como concordar no singular, pois apenas o ato pode ser considerado crime, não o terceiro.
Então, o “que” não pode retomar “terceiro”.
*Ex.: Quais de nós teríamos pensado nisso?
*Ex.: Quais de nós teriam pensado nisso?
* Caso especial: não há pronome relativo que, mas o raciocínio é o mesmo.

Concordância com “que” e “quem”


Essa regra vale para expressões como: Eu que fiz/Fui eu quem fiz/ Fui eu quem fez.
Em sujeitos modificados por pronome relativo “que”, o verbo deve concordar com o antecedente do “que”.
O verbo deve concordar com o antecedente do “que”. Ex.:

A menina que convidou você para a festa é tímida.

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Todos aqueles que estudaram lá foram aprovados


Se o sujeito for o pronome “quem”, o verbo deve concordar com o próprio “quem”, ficando na 3º pessoa do
singular. Essa é a regra! Ex.:

Fui eu quem convidou você para a festa.


Porém, embora a preferência seja concordar diretamente com “quem” também é possível concordar com o
antecedente do “quem”, geralmente um pronome reto (eu, ele, nós...). Ex.:

Fomos nós quem convidamos você para a reunião.


Veja mais alguns exemplos.

Fomos nós quem convidou você para a reunião. (preferência)

Fui eu quem recitou o poema durante a aula. (preferência)


Fui eu quem recitei o poema durante a aula.
Só não vale misturar: Foi eu que fiz...

Concordância com “predicativos”


O predicativo do sujeito é um termo que atribui uma característica, estado, qualidade a um substantivo, que
poderá ser sujeito ou objeto. Normalmente, o predicativo do sujeito vem após um verbo de ligação (ser,
estar, parecer, ficar, tornar-se).
Ex.: Ela é bipolar
Suj. VL qualidade
Predicativo
Ex.: Ele foi o mais rápido
Suj. VL qualidade
Predicativo
Ex.: Ele foi o primeiro que correu
Suj. VL qualidade
Predicativo
Se houver um predicativo, a concordância do verbo depois do “que” pode ser feita com o 1sujeito da oração
ou com o 2predicativo.
Ex.: Fui eu o último que consegui a vaga.
Ex.: Fui eu o último que conseguiu a vaga. (concordância com o predicativo, termo sublinhado)

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Obs.: Só para aprofundar: isso ocorre porque podemos considerar qualquer dos núcleos como “antecedente”
do “que”. Assim como nas expressões partitivas e coletivas com determinantes.

No caso de um predicativo do objeto, a concordância é feita normalmente com o objeto:


Ex.: Achei as aulas boas. (Achar é transitivo direto; “as aulas” é o objeto direto; “boas” é uma
qualidade atribuída a “aulas”, ou seja, é um predicativo do objeto “aulas”. A concordância é feita
normalmente, pois “boas” é um adjetivo.)
Ex.: Considerei fáceis as questões e os simulados. (“questões e simulados” é o objeto direto do verbo
“considerar”; “fáceis” é o predicativo desse objeto; por ser adjetivo, concorda normalmente com os
substantivos.)

(CESPE / IFF / 2018)


Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é
composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar
em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de
estudos e concilie a graduação com um emprego.
No texto, a forma verbal “têm” concorda com o termo
a) “pedagoga”. b) “maioria”. c) “alunos”. d) “adultos”. e) “crianças”.
Comentários:
Quando temos o pronome relativo “que”, a concordância é feita com seu antecedente. Aí você precisa
localizar: “quem tem maior capacidade de concentração ao estudar em casa”? Os adultos! Então o
antecedente do “que” é os adultos e o verbo concorda com ele no plural. Gabarito letra D.
(CESPE / STJ / 2018)
Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a
sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” para o singular — deixava — não comprometeria a correção
gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria seu sentido original.
Comentários:
Quando temos pronome relativo “que” na função de sujeito, a concordância é feita com seu antecedente.
Contudo, a depender do contexto, podemos ver mais de um possível antecedente.
No texto original, “deixavam” concorda no plural com “pessoas”:
a dor daquelas pessoas que não me deixavam esquecê-las.
Se o autor usasse o verbo no singular, deixaria claro que o antecedente pretendido seria “dor”, substantivo
também singular:

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a dor daquelas pessoas que não me deixava esquecê-las.


Então, ao trocar o verbo, trocaríamos também de antecedente, o que mudaria o sentido do texto.
Questão correta.

Concordância com sujeito oracional


Em diversas ocasiões na língua, o sujeito do verbo é uma oração. Ela será chamada de subordinada
substantiva subjetiva justamente por exercer essa função de sujeito. Ela pode ser substituída pelo pronome
ISTO, e, por essa razão, leva a concordância para o singular. Essa oração com função de sujeito pode
aparecer introduzida pela conjunção integrante “que/se” ou vai aparecer reduzida, numa forma de infinitivo
(fazer, falar, correr, pular, estudar). Ex.:
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.
Sujeito (isto)

Atenção, muitas vezes essa oração vai ser um sujeito paciente. Fique atento ao “SE” apassivador. Ex.:
Espera-se que a economia melhore. (isto é esperado)
Sujeito (isto)
Parece que o concurso será este ano. (isto parece)
Sujeito (isto)

Obs.: o verbo “parecer” pode também aparecer flexionado, numa locução verbal. Nesse caso, ele não forma
uma outra oração:
Ex.: Os meninos parecem estar felizes.
Então, a banca normalmente insere o verbo “parecer” ao lado do verbo da oração subjetiva para “simular”
uma locução verbal. Veja:
Ex.: Os alunos parecia ouvirem a professora
A leitura da oração acima é:
Os alunos parecia que ouviam a professora
Parecia que os alunos ouviam a professora. >>> Parecia (isto)
Portanto, no caso acima temos sujeito oracional e o verbo fica no singular. Nas locuções verbais, só o verbo
auxiliar se flexiona e ambos os verbos têm o mesmo sujeito.

(CESPE / CGE-CE / 2019)


Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de praça.

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Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes.
Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
c) o termo “custoso” (L.3).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso. Gabarito letra A.

Concordância na voz passiva


Na passagem da voz ativa para a voz passiva, o que era objeto direto vira o sujeito paciente.
Deve-se localizar o sujeito paciente e fazer a concordância do verbo com ele. Ex.:
Casas são vendidas no Grajaú = Vendem-se casas no Grajaú
Casa é vendida no Grajaú = Vende-se casa no Grajaú
Observe que o particípio (vendidas) concorda em gênero e número com o sujeito, como um adjetivo.

(CESPE / CGE-CE / 2019)


“Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico”, julgue a opção cuja proposta de
reescrita, além de estar gramaticalmente correta, preserva os sentidos originais do texto.
Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, encontra-se administradores públicos cujas ações se
assemelham muito às do império babilônico de Nabucodonosor.
Comentários:
…encontra-se encontraM-se administradores (o verbo deveria estar no plural, para concordar com o sujeito
plural administradores) Questão incorreta.

Concordância na locução verbal

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Em regra, nas locuções verbais (verbo auxiliar + verbo principal), o verbo auxiliar se flexiona e o principal fica
invariável, no singular.
No entanto, o verbo haver, com sentido de existir, “contamina” a concordância do verbo auxiliar, fazendo-o
ficar impessoal também. Veja:
Deve haver 15 anos que não estudo isso.
Devem existir várias soluções para esse problema.
Isso vale também para os outros verbos impessoais, como “fazer”.
Fique atento a outros sentidos do verbo haver, quando ele será um verbo pessoal, conjugado normalmente:

VERBO HAVER PESSOAL

SENTIDO EXEMPLOS

TER/DEVER Ele há de ser um policial/Eles hão de ser heróis.


Todos haverão de ser aprovados/Hei de vencer a banca no dia da
prova.

COMPORTAR-SE, PROCEDER, SAIR-SE Meus filhos se houveram bem na casa da vó.

AJUSTAR CONTAS, ENTENDER-SE Se ele não for aprovado, vai se haver comigo.

PENSAR, ACHAR CONVENIENTE, Assim, houveram por bem pedir o divórcio.


JULGAR

Obs.: Outro verbo campeão de incidência em prova é o verbo tratar-se. Seu sujeito não aparece, é
indeterminado.
Ex.: Trata-se de doenças endêmicas, não há muito o que se fazer.

Não confunda a expressão invariável Tratar-se “de” com a voz passiva do verbo tratar, que
é transitivo direto.
Ex.: Trata-se de pessoas que não querem de fato estudar. (Tem preposição: sujeito
indeterminado)
Ex.: Tratam-se diversas doenças cardiovasculares aqui. (Voz passiva: doenças são tratadas)

(CESPE / MPE PI / 2018)


Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que parece ter contagiado o planeta.

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Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.


Comentários:
“Devem ser” é uma locução verbal, então o verbo principal, no infinitivo, não deve ir ao plural.
Questão correta.
(CESPE / EMAP / 2018)
O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano,
na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau
de complexidade da sociedade.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal “Houve” (L.2)
fosse substituída por Ocorreram.
Comentários:
Embora sejam sinônimos, haveria um problema de concordância (ocorreram uma ampliação), pois o sujeito
é singular e o verbo tem que ficar no singular:
Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.
Ocorreu, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade. Questão incorreta.
O verbo “houve” está no singular porque “haver”, com sentido de “ocorrer” é impessoal, constitui oração
sem sujeito e, portanto, não vai ao plural.

Concordância com Nomes Próprios no plural


A concordância do verbo segue o artigo.
Minas Gerais exporta leite para a Europa. / As Minas Gerais são um grande exportador.
Os Estados Unidos declararam guerra ao terror. / Estados Unidos é um país de consumo.

Para entender: a ausência do artigo indica que o termo foi utilizado de forma neutra, genérica, sem ênfase
no componente plural do nome. Por isso, é considerada uma entidade única e leva o verbo para o singular.

Concordância com mais de um, menos de dois, cerca de,


menos de...
A concordância segue o numeral. Ex.:
Mais de um cliente se queixou.
Mais de dois clientes se queixaram.
Menos de dois clientes se queixaram.
Observe que não há muita lógica semântica, é uma concordância puramente sintática, que gera um
contrassenso. Observe os exemplos (errados):
Mais de um= dois ou mais clientes se *queixou! e Menos de dois= um se *queixaram.

Concordância com pronomes de tratamento e silepse

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Os pronomes de tratamento concordam com a terceira pessoa, seguindo o padrão do pronome “você”. Os
adjetivos concordam com o sexo da pessoa a que se refere o tratamento. Ex.:
Vossa Excelência perdeu sua carteira? (não é vossa carteira!)
Senador, Vossa Senhoria está cansado! (não é cansada!)
A propósito, chamamos de silepse essa concordância que acontece não com o que está explícito na frase,
mas com o que está mentalmente subentendido, com o que está oculto. Portanto, trata-se de uma
concordância ideológica, que ocorre com a ideia que o falante quer transmitir. Isso causa de o verbo estar
em gênero e número diferente do seu referente:
Depois de um dia de estudo, a gente fica cansado.
(Silepse de gênero: o adjetivo “cansado” concordou com a “ideia” de um falante homem, mas não
concordou com seu referente explícito feminino “gente”)

O povo indígena é uma vítima histórica, já que foram muito perseguidos.


(Silepse de número: perseguidos se refere a “índios” e não concorda com “povo” no singular”)

A concordância siléptica tem fundamento semântico e estilístico. Exceto em casos mais “populares” como
“a gente vamos” e semelhantes, não é considerada erro. Então, havendo exemplos como esses acima, a
concordância é considerada correta.

Concordância com infinitivos


Esse é um dos assuntos mais controvertidos da gramática. Os autores apenas registram “preferências”, pois
há grande liberdade e não há regras absolutas e unânimes. Dito isso, vamos ver as principais informações
sobre o tema.
O infinitivo pessoal é aquele que deve ser flexionado para concordar com uma pessoa, o agente daquele
verbo está claro, explícito.
Já o infinitivo impessoal não é flexionado, não concorda com pessoa nenhuma, pois não está claro o sujeito:
Viver é perigoso (quem vive? O agente é indeterminado, por isso o infinitivo fica invariável).
Dessa forma, quando não há um sujeito explícito, a flexão do infinitivo pode indicar o agente, pela flexão e
concordância com a pessoa do sujeito. Ex.:
Está na hora de fazer a cama.
(Não se sabe quem fará a cama. Ação genérica, com agente indeterminado.)

Está na hora de fazermos a cama.


(Nós faremos a cama, foco no agente, acentuado pela concordância.)

Por isso, a flexão pode acabar com ambiguidades, pois revela de fato quem é o agente daquele verbo.
No entanto, se o sujeito for claro e único, a concordância deve ser feita com ele. Ex.:
Faço isso para ela não me julgar um fracassado.

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(Observe que não é possível grafar: ela não me julgarem...)

Faço isso para eles não me julgarem um fracassado.


(Observe que não é possível grafar: eles não me julgar...)

Em outros casos, de modo geral, após as preposições sem, de, a, para ou em, o infinitivo pode ou não ser
flexionado. Contudo, as gramáticas preveem algumas regras preferenciais:
Usa-se infinitivo impessoal, sem concordância com um sujeito explícito, em locuções preposicionadas com
“de” ou “para”, quando complementos de adjetivos ou substantivos. Veja os exemplos:

Com sua explicação, as soluções são fáceis de enxergar.


Brasileiros têm propensão a comprar mesmo na crise.

O que é essencial para a prova? Devo flexionar ou não? É livre a escolha? Bem, há algumas
regras mais rígidas e, nos demais casos, não há obrigatoriedade.
Segundo alguns gramáticos de renome, como Celso Cunha, basicamente, flexionamos o
infinitivo para dar ênfase ao agente, concordando com ele; ou não flexionamos, quando a
intenção é dar foco na ação em si, deixando-a genérica. Então, nesses casos, se houver um
possível sujeito no plural, é possível o infinitivo estar em forma de singular ou plural. Ex.:
É importante estudar (foco na ação, o sujeito não aparece)
É importante estudarmos (foco no sujeito—nós)
Por outro lado, nas locuções verbais, o infinitivo deve ficar invariável, pois a flexão vai
estar no outro verbo. Essa é a regra principal! Ex.:
Devo continuar estudando para o concurso.
Vocês poderiam ter dito antes.
Tornou a faltar água no bairro.
A notícia acabou de passar na televisão.
Também deve ficar invariável quando o pronome oblíquo átono “o” for sujeito desse
infinitivo, com os verbos causativos (deixar, fazer, mandar) e sensitivos (ver, ouvir, sentir).
Ex.:
Mandei-os sair.
Deixei-os entrar.
Ela não os fez desistir.
Se em vez do pronome tivermos um substantivo plural, a flexão volta a ser opcional:
Mandei os meninos sair/saírem.
Essas duas regras acima são fundamentais, pois não dependem da intenção de quem
escreve. Nas demais, há grande flexibilidade e as bancas quase sempre cobram casos

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facultativos. Revisem esse quadro!


Esse assunto é polêmico, as regras não são rígidas; então busquem sempre a melhor
resposta!

(CESPE / MPU / 2018)


É necessário compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões na vida das pessoas e
que apenas uma minoria se beneficia com a acumulação de riqueza e de poder.
A substituição da forma verbal “compreender” por compreendermos prejudicaria a correção gramatical do
texto, assim como alteraria os seus sentidos originais.
Comentários:
Aqui, temos que perceber que a banca a concordância com o infinitivo:
É necessário [compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [ISTO]
A oração entre colchetes é subordinada substantiva subjetiva, ou seja, um sujeito oracional. Dentro dessa
oração com função de sujeito, nada impede que o infinitivo se flexione para concordar com um suposto
sujeito oculto “nós”:
É necessário [compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [(NÓS) compreenderMOS que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [ISTO]
Ambas as formas são corretas, a diferença é que usar “compreender”, de forma não flexionada, deixa a ação
mais genérica, ao passo que que a forma “compreenderMOS", flexionada para concordar com “nós”, dá
ênfase ao agente, ao sujeito. Essa é a lógica geral da concordância facultativa do infinitivo, depende da
intenção de destacar o número do sujeito. Questão incorreta.

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CONCORDÂNCIA COM O SUJEITO COMPOSTO


O sujeito composto é aquele que tem mais de um núcleo.
Ex.: João1 e Maria2 correram no parque.
(Sujeito) (Verbo)
O sujeito, sintaticamente, é um só. Porém, é chamado de sujeito composto, pois há dois núcleos, dois
agentes para a ação. João e Maria equivale a “eles”, terceira pessoa do plural, por isso, a concordância do
verbo deve ser na 3ª pessoa do plural.
Veja a diferença do sujeito simples que já tínhamos estudado:
Ex.: Mudaram as estações, nada mudou.
(Verbo) (Sujeito)

Regra geral
Se o sujeito composto for anteposto ao verbo, a concordância com os dois núcleos, no plural, torna-se
mandatória.

Ex.: A planta e a flor morreram.


Caso tenhamos o sujeito posposto ao verbo, em geral, é facultativa a concordância com o núcleo mais
próximo (atrativa) ou com o total (plural). Ex.:
Morreu a planta e a flor. (Concordância atrativa)

Morreram a planta e a flor. (Concordância gramatical ou total)

Morreram a planta e as flores. (Concordância gramatical ou total)

Morreram as plantas e a flor. (Concordância atrativa)

(CESPE / IPHAN / 2018)


Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos, postos a julgamentos sobre suas
finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como as regras que regem a oferta de trabalho. O
perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos

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estudos do momento.
A forma verbal “impõem” (ℓ.4) está no plural porque concorda com o termo “instituições” (ℓ.4).
Comentários:
Na verdade, concorda com o sujeito composto (O perfil e a política das instituições em que estão inseridos):
O perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos
estudos do momento. Questão incorreta.

Núcleos unidos por coordenação


Regra geral, se os núcleos estiverem coordenados, o verbo fica no plural. Ex.:
Carro, casa e comida vão subir de preço.
Veja alguns casos especiais:

ESPECIFICAÇÃO DO SUJEITO COMPOSTO EXEMPLOS

Concordância pode ser Carinho e afeto é essencial ao


atrativa, com o núcleo mais casamento.
Núcleos: palavras sinônimas
próximo; ou pode ser total Carinho e afeto são essenciais ao
casamento.

Núcleos: infinitivos antônimos O verbo concordará na terceira Viver e morrer devem ser uma
formando sujeito oracional pessoa do plural. realidade conhecida.
composto Gastar ou poupar se alternam em
minhas prioridades.

Infinitivos modificados por um Segue a regra básica de O viver e o morrer devem ser uma
artigo, significa que são concordância no plural, com realidade conhecida.
substantivados ambos os núcleos

Infinitivos que formam um Segue a regra geral do sujeito Comer, rezar e amar se tornou meu
sujeito oracional e não forem oracional, que é a lema.
antônimos concordância no singular

Verbos que indicam ações recíprocas


Se os verbos são recíprocos, isso significa que ambos os núcleos praticam e sofrem a ação, o que leva o verbo
para o plural para concordar com eles. Ex.:
Abraçaram-se o leão e o cordeiro. / Os estagiários se digladiavam.

Concordância com palavras em gradação


O sujeito composto por palavras em gradação também é um caso de sujeito com núcleos coordenados, por
isso, concorda no singular, com o mais próximo, ou no plural, com o sujeito inteiro. O mesmo ocorre se as
palavras forem sinônimas. Ex.:
Para mim, um minuto, um ano, um século ainda parece/parecem pouco.

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Concordância com sujeito composto formado por pessoas


diferentes
Pessoas diferentes, como Eu, tu e Ele, Você e eu, levam o verbo para a primeira do plural, pois Eu + tu + Ele
= Nós; Ela e Eu = Nós. Isso ocorre porque há a presença da primeira pessoa entre os núcleos, gerando
semanticamente um sujeito “nós”. Observe:

Porém, no caso de Tu + Ele, a concordância pode ser com a segunda pessoa do plural (vós) ou com a terceira
(eles). Isso ocorre porque não há a presença da primeira pessoa (eu) entre os núcleos, não sendo possível
formar semanticamente o sentido de “nós”. Havendo “tu” e “ele” entre os núcleos, também não se pode
pensar no sentido de “nós”, que é inclusivo da pessoa que fala. Ex.:
Tu e ele serão aprovados. (vocês serão aprovados)
Tu e ele sereis aprovados. (vós sereis aprovados)

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Concordância com termos coesivos resumidores


Ao final de enumerações, é comum usarmos um termo de coesão, um aposto resumidor ou recapitulador
daquela lista. Os mais comuns são termos como tudo, nada, isso, cada um, nenhum, todos. Nesse caso, a
concordância segue a regra normal, concorda com o termo resumitivo, no singular. Ex.:
“Seu rosto, seu cheiro, seu gosto, tudo que não me deixa em paz...”
Alimentação, gasolina, aluguéis, nada vai ficar mais barato.

Núcleos unidos por conectivos aditivos


Nesse caso, teremos dois casos de concordância, um mais sintático, outro mais semântico.
Em um sujeito composto com núcleos unidos pela preposição “com”, se a preposição com indicar inclusão
dos núcleos na ação, a concordância é feita no plural, pois terá claro sentido aditivo (sentido de “E”). Ex.:
Eu com meu amigo instalamos o roteador.
Ela com os primos formavam uma banda completa.

Num segundo caso, mesmo que semanticamente se entenda que mais de uma pessoa está praticando a
ação, se a preposição com estiver isolada, entre vírgulas, o sujeito estará sozinho e no singular, então a
concordância será também no singular. Ex.:
Ela, com os primos, formava uma banda completa.
A presença dessas vírgulas impede a concordância, pois entenderemos que esse termo deslocado é um
adjunto adverbial de companhia e deve ser capaz de ser retirado sem prejuízo da concordância. Ex.:
Elaborou o presidente, com seus ministros, um plano de emergência.
Veja na ordem direta: O presidente, com seus ministros, elaborou um plano...

Em sujeitos compostos formados por “bem como”, “assim como”, “tanto quanto”, a preferência é a
concordância com o primeiro termo do sujeito.
Com séries aditivas enfáticas (não só...como/mas também), o verbo concorda com o mais próximo ou vai ao
plural (o que é mais comum quando o verbo vem depois do sujeito). Ex.:
O gato, assim como o cão, ama/amam o dono.
“Tanto o lidador como o abade havia/haviam seguido para o sítio que ele parecia buscar com toda a
precaução”
Não só o idoso mas também o jovem precisa/precisam cuidar da saúde.

Núcleos unidos pela conjunção “ou”


Para o “ou” aditivo ou inclusivo, ou quando unir palavras antônimas, a regra é a mesma do “nem”, e o verbo
se flexiona no plural. Ex.:

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O arquiteto ou o engenheiro não saberão consertar isso. /


(Ambos não saberão)

O gênio e o idiota aprenderão a lição igualmente.


(Ambos aprenderão)

Quando “ou” indicar uma situação excludente, uma retificação ou um caso de sinonímia, o verbo vai ficar
no singular, já que só teremos um núcleo praticando a ação. Ex.:
Ou o conservador ou o radical será eleito presidente. (Só um será)
O homem ou homo sapiens descobriu o fogo cedo demais. (Retificação)
A inteligência ou a dedicação predomina no sucesso. (Só uma pode predominar)

Núcleos unidos pela conjunção “Nem”


Assim como no caso acima, nem significa uma adição (Nem = e não), e, portanto, deve haver concordância
no plural. Ex.:
Nem eu nem ela sabemos cantar o hino
“Nem poder, nem dinheiro o corrompiam”.

No caso do sujeito posposto ao verbo, as duas possibilidades são aceitas, havendo preferência pelo singular.
Ex.:
Não faltava motivação nem disciplina naquele modo de estudar.
Porém, para Ulisses Infante, o nem pode ter sentido de exclusão, em contextos em que só um poderia
praticar aquela ação (alternância ou mútua exclusão); nesse caso concorda no singular. Nesse exemplo
ultraespecífico, “nem” funciona exatamente como a conjunção “ou”. Ex.:
“Nem você nem ele será o novo representante da classe” (Ulisses Infante).

(CESPE / ANATEL / 2014)


A solicitação de portabilidade ou a demonstração da intenção de trocar os serviços pelos oferecidos por uma
concorrente que ofereça condições melhores têm-se mostrado boas estratégias, visto que as empresas
comumente dispõem de vantagens para não perder seus consumidores.
Considerando as ideias e estruturas do texto, julgue o item seguinte.
O emprego da forma verbal “têm”, na 3ª pessoa do plural, justifica-se pela concordância com sujeito

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composto unido pela conjunção “ou”, de valor inclusivo.


Comentários:
Quando os núcleos do sujeito composto forem unidos por ou com sentido de inclusão ou adição, o verbo
deve ir para o plural. No caso do “ou” exclusivo, deve vir no singular, pois a semântica nos diz que só um
núcleo praticará de fato a ação. No caso da questão, tanto a “solicitação de portabilidade” quanto a
“demonstração da intenção de trocar os serviços” são estratégias que se mostraram boas. Questão correta.

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CONCORDÂNCIA DO VERBO SER


O verbo ser é um verbo de ligação, liga o sujeito ao seu predicativo, que é uma especificação desse sujeito,
de forma bem semelhante aos adjuntos, que especificam os núcleos do sujeito sem um verbo de ligação (VL).
Ex.:
Vandercleverson é engenheiro.
Sujeito VL Predicativo

Ele é engenheiro.
Sujeito VL Predicativo

O problema surge quando temos sujeito e predicativo do sujeito em número e pessoa diferentes. Ex.:
Vandercleverson é prejuízos mensais garantidos.
Sujeito VL Predicativo
Para os casos acima, como pronomes retos e sujeito “pessoa”, o verbo ser concorda normalmente com o
sujeito. Se sujeito e predicativo forem personativos, o verbo ser poderá concordar com o predicativo
também. Ex.:
Vandercleverson é/são muitos personagens ao mesmo tempo.
Sujeito VL Predicativo
Se tivermos sujeito representado pelos pronomes tudo, nada, isso, aquilo, ou tivermos sujeito “coisa”,
teremos a possibilidade de concordar com o sujeito ou com o predicativo do sujeito (preferência), conforme
os exemplos abaixo:

Nem tudo são alegrias/ Nem tudo é alegrias


Seu lema era os provérbios hindus/Seu lema eram os provérbios hindus.

Se o sujeito for “que” ou “quem”, como pronomes


interrogativos
O verbo ser concorda com o predicativo! Ex.:

Quem foram os vikings?


Que são ativos imobilizados?

Tempo e distância
O verbo ser concorda com o predicativo! Ex.:
Está quente hoje.

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É meio dia.
Acorda, são 9 horas!
Da sua casa para a minha são poucos metros.

Quantidade, distância indicados com as palavras tudo,


nada, muito, pouco, mais, menos, bastante, suficiente...
O verbo ser concorda no singular! Ex.:
Cem dias é suficiente para ler isso, 300 dias é muito.
Dois rounds é pouco para nocauteá-lo, é menos do que preciso.

Para datas, há duas concordâncias corretas:


Hoje são 10 de março ou Hoje é 10 de março.

(CESPE / IPHAN / 2018)


Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da
seguinte maneira: São a velocidade das transformações que caracterizam, principalmente, a sociedade
contemporânea.
Comentários:
Aproveito essa questão para trazer mais uma regra do verbo “SER”:
REGRA: A locução expletiva “é que” (ser+que) é invariável. Contudo, se o “ser” vier separado do “que”, o
verbo varia e concorda com núcleo (não preposicionado) que vier entre eles:
As pessoas de visão é que moldam seus destinos. Questão incorreta.
São as pessoas de visão que moldam seus destinos.
É a velocidade das transformações que caracteriza, principalmente, a sociedade contemporânea

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CONCORDÂNCIA NOMINAL
Os determinantes do substantivo (termos que se referem a ele) devem concordar com ele em gênero e
número, conforme observamos nesse esquema.

Há algumas exceções que devemos saber, vamos a elas:

Um adjetivo se referindo a dois ou mais substantivos


Concordarão com o mais próximo (concordância atrativa) ou com todos os substantivos (concordância total
ou gramatical), salvo quando o adjetivo estiver anteposto aos substantivos, caso em que só se admite
concordância com o termo mais próximo. Ex.:
Tenho alunos e alunas dedicadas.
Tenho alunos e alunas dedicados.

Na função de predicativo, é possível a concordância no plural, além da atrativa. Ex.:


Estavam enferrujados as facas e os garfos.
Estavam enferrujadas as facas e os garfos.

Com nomes próprios e indicativos de parentesco, usamos só plural. Ex.:


Encontrei as lindas irmã e avó de João. (Parentesco)
Encontrei as lindas Paula e Marina. (Nomes próprios)

Na função de predicativo do objeto, o adjetivo concorda com ambos os substantivos. Ex.:


Encontrei cansados o aluno e aluna.
Julgou culpados a esposa e o marido.
OBS: Cegalla e Bechara consideram que o adjetivo (como predicativo do objeto) anteposto aos substantivos
pode concordar com o mais próximo: Julgou culpaldA a esposa e o marido.

Concordância/flexão do adjetivo composto

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Com adjetivo composto, em regra somente o segundo termo da composição varia. Ex.:
As condições econômico-financeiras não são favoráveis.
Os cidadãos afro-brasileiros foram recebidos na embaixada.

Se houver um substantivo na composição, o adjetivo fica “invariável”:


Camisas vermelho-sangue, ternos cinza-escuro, gravatas amarelo-ouro, sofás marrom-terra
Obs.: São invariáveis sempre: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-
musgo, cor-de-rosa, zero-quilômetro

Particípios
O particípio funciona como um adjetivo, ou seja, concorda em gênero e número com o substantivo. Porém,
se estiver em locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal), permanece invariável. Ex.:
José Aldo e Anderson Silva foram nocauteados.
Quando tocou o sinal, eu já tinha resolvido as questões.

Advérbios x Adjetivos
Às vezes uma mesma palavra pode ter duas classes gramaticais. Quando se referir ao um verbo, adjetivo ou
outro advérbio, temos um advérbio; quando se referir a um substantivo ou qualquer palavra de valor
substantivo, temos um adjetivo.
Paguei caro pela moto. X Comprei aquela moto cara.
Ando meio desligado. X Comprei meio metro de pedra.
Fica junto ao muro. X Juntos venceremos.
Gosto muito deles. X Gosto de muitos amigos.
Estamos sós (sozinhos). X João só estuda.
Obs.: Bastante, quando pronome indefinido adjetivo, concorda com o substantivo. Funciona como a palavra
“muito”.
Estudo bastante. X Estudo bastantes matérias.
Estudo muito. X Estudo muitas matérias.

Substantivos com valor contextual de adjetivo


Muitas vezes os substantivos são usados para qualificar, funcionando como adjetivos impróprios. Nesse caso,
não vão ser flexionados como adjetivos, vão permanecer invariáveis. Ex.:
Estou com umas dores de cabeça monstro.
A Alemanha realizava ataques surpresa contra os soviéticos.
Comprei várias camisas laranja.

Mais... Possível

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Nas expressões superlativas com mais e possível a concordância é feita com o artigo. Ex.:
As questões são as mais ambíguas possíveis.
Estude o mais cedo possível.
Os materiais em PDF são os mais atualizados possíveis.

É bom, é necessário, é proibido (e expressões similares)


As expressões acima são invariáveis, mas, se vierem com artigo, o adjetivo concordará com ele. Ex.:
Cafeína é bom para os nervos.
A cafeína é boa para os nervos.
É proibida a presença de animais.
É proibido fumar. (* O verbo fica no singular porque o sujeito é oração!)

Anexo e apenso
Anexo e apenso são adjetivos e concordam em gênero e número com o termo substantivo a que se referem.
As expressões “em anexo” e “em apenso” são invariáveis. Ex.:
Seguem anexas (ou em anexo) as planilhas. / Segue anexo (ou em anexo) o documento.
Os demonstrativos estão apensados ao processo. / Os demonstrativos estão em apenso.
GRAVE: “em apenso”; “menos” e “alerta” são invariáveis.
Anexo – Obrigado – Mesmo – Próprio – Incluso – Quite (variáveis)

Tal e qual
Tal concorda com o antecedente e qual com o termo seguinte. Ex.:
Esses funcionários são tais quais os patrões. / Esse funcionário é tal quais os patrões.
Esse funcionário é tal qual o patrão. / Esses funcionários são tais qual o patrão.

(CESPE / STJ / 2015)


Consta do preâmbulo da Constituição Federal que a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual
a harmonia social e a liberdade. Nos demais artigos da Carta Magna, esse termo costuma vir associado à
ideia de justiça social. Assim, o primeiro inciso do artigo terceiro da Constituição estabelece que a construção
de uma sociedade que seja justa é um objetivo fundamental da República Federativa do Brasil. Ao
circunscrever a justiça no espaço da sociedade, o texto constitucional estabelece, em síntese, que a promoção
da justiça na sociedade é um fim do Estado brasileiro.
Em relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto A justiça social como norma constitucional, julgue o
seguinte item.

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Na linha 1-2, sem prejuízo para a correção gramatical, a expressão “tal qual” poderia ser flexionada no plural,
para concordar com “valores supremos”.
Comentários:
Analisemos essa sentença:
...a justiça é um dos valores supremos da sociedade, tal qual a harmonia social e a liberdade.
Como vimos, o “tal” concorda com seu antecedente (a justiça), e o “qual” concorda com o termo que o
sucede (a harmonia). Também poderíamos ter uma concordância total, no plural, com os núcleos a harmonia
social e a liberdade: “tal quais a harmonia1 e a liberdade2”; porém, não é possível “qual” concordar com
“valores supremos”, pois esse termo vem antes dele, não depois. Errado.

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QUESTÕES COMENTADAS CESPE


1. (CESPE / MP-CE / 2021)

No trecho “arrastou-se até a porta para ver o que havia acontecido por ali” (Linha. 10 e 11), a substituição
da forma verbal “havia” por teria não prejudicaria a correção gramatical do texto, mas poderia alterar o seu
sentido original
Comentários:
Esta questão trabalha com os usos do verbo "haver".
O verbo "haver" pode ser usado como auxiliar, no sentido de "ter". Note, porém, que a substituição proposta
trará uma modificação no sentido expresso pela frase. Observando as frases, temos:
“arrastou-se até a porta para ver o que havia acontecido por ali”
“arrastou-se até a porta para ver o que teria acontecido por ali”
Podemos identificar, na primeira frase, o uso do pretérito imperfeito como forma de transportar o leitor para
o momento do acontecimento; por outro lado, a substituição pelo futuro do pretérito resulta em dúvida em
relação ao acontecimento, mudando o sentido da mensagem.
Desta forma, apesar da substituição não interferir na correção gramatical, ela interfere no sentido
transmitido pelo texto.
Questão correta.
2. (CESPE / SEED-PR / 2021)
No trecho “Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar
os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à
consciência”, do texto 15A2-II, a forma verbal “obrigam” estabelece concordância com
a) o termo “cobiças”.
b) os termos “trapos”, “rasgões” e “remendos”.
c) o termo “a gente”.
d) os termos “olhar”, “contraste” e “luta”.
e) os termos “opinião”, “interesses” e “cobiças”.
Comentários:
O verbo "obrigam" foi corretamente flexionado na terceira pessoa do plural para concordar com os núcleos
do sujeito composto "olhar", "contraste" e "luta" (note que a concordância se dá com o núcleo do sujeito e
não com o seu complemento, como seria o caso das palavras (opinião", "interesses" e "cobiças").

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Gabarito letra D.
3. (CESPE / SEED-PR / 2021)
Socorro
Socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.
Sem prejuízo do sentido original do texto 5A2-I, a forma verbal “tem”, no verso “tem tantos sentimentos”,
na terceira estrofe poderia ser corretamente substituída por
a) contêm.
b) possuem.
c) aparecem.
d) há.
e) existe.
Comentários:
No poema, o verbo TER ("tem tanto sentimento") foi utilizado de modo informal e expressa o significado de
existir, haver.
Portanto, na forma como foi utilizado, o verbo deve ser substituído por HÁ ("há tantos sentimentos") de
acordo com a norma padrão da língua portuguesa para utilização do verbo HAVER quando expressa sentido
de EXISTIR.
Gabarito letra D.
4. (CESPE / MP-CE / 2020)

A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” (l. 22) fosse substituída por existir.
Comentários:
O verbo só pode ficar no plural, pois concorda com “traços”:
apesar de não existirem, nos animais, traços de preconceito ou discriminação propriamente dita
apesar de traços de preconceito ou discriminação propriamente dita não existirem...
Por isso, o singular seria incorreto.
Questão incorreta.

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5. (CESPE / SEFAZ-DF / 2020)

Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “restam” (l. 26) poderia
ser substituída por mantém-se.
Comentários:
O sujeito é “muitas empresas”, então o verbo deve concordar NO PLURAL com o núcleo “empresas”. A forma
verbal sugerida apresenta flexão de singular (mantém-se) em vez de plural (mantêm-se), o que implica erro
de concordância verbal no período; logo, a correção gramatical ficaria prejudicada com a substituição.
Questão incorreta.
6. (CESPE / SEFAZ-DF / 2020)
Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD concluíram que,
ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática e pelos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as iniciativas nas empresas deixam a desejar. Na
pesquisa, eles constataram que menos de um terço das companhias desenvolveram casos de negócios claros
ou proposições de valor apoiadas em sustentabilidade.
A substituição da forma verbal “desenvolveram” por desenvolveu manteria a correção gramatical do texto.
Comentários:
O sujeito da oração em apreço é o coletivo partitivo “menos de um terço das companhias” (3º parágrafo).
Nesse caso, o verbo pode ir tanto para o plural, como consta no texto, quanto para o singular, como consta
na substituição proposta na assertiva.
Questão correta.
7. (CESPE / MP-CE / 2020)
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o período “A inocuidade dos
alimentos contribui para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura,
o acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.” fosse reescrito da seguinte forma: A
integridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade econômica,
agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.
Comentários:
Há um erro básico de concordância, o núcleo é singular e o verbo ficou no plural.
A integridade dos alimentos contribuem...
A INTEGRIDADE dos alimentos CONTRIBUI
Não é possível concordar com o determinante “dos alimentos”, pois essa possibilidade só existe quando
temos expressão partitiva, não é o caso. A concordância por regra é feita com o núcleo do sujeito.
Questão incorreta.
8. (CESPE / TJ-PA / 2020)

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Todas as atividades realizadas no país e todas as pessoas que estão no Brasil estão sujeitas à lei. A norma
vale para coletas operadas em outro país, desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a
brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de informações pelo Estado para a segurança pública.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “há” poderia ser
substituída por
a) existe. b) ocorre. c) têm. d) tem. e) existem.
Comentários:
Há exceções = Existem exceções. O verbo HAVER fica no singular, por ser impessoal. EXISTIR faz concordância
normal com o sujeito Exceções.
Gabarito letra E.
9. (CESPE / SEFAZ-RS / 2019)
Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi possível
que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-política da
humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-
la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados.
O referente da forma verbal “passassem” é o termo “as pessoas”.
Comentários:
Correto. O referente da forma verbal “passassem” é o termo “as pessoas”. A lógica é: As pessoas passaram
a constituir uma sociedade de fato.
Questão correta.
10. (CESPE / PGE-PE / 2019)
A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a
organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e
XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram
gerações inteiras.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” fosse substituída por
representam.
Comentários:
O sujeito é singular: “tudo isso”, então o verbo não pode ficar no plural. Esta é a regra da concordância com
elementos resumitivos, mas que não foge da regra geral de concordância com o núcleo do sujeito.
Questão incorreta.
11. (CESPE / CGE-CE / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de praça.
Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes.
Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).

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b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).


c) o termo “custoso” (L.3).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
Comentários:
Temos caso típico de sujeito oracional:
[Acreditar que morasse alguém naquele cemitério] era custoso.
[ISTO] era custoso.
Gabarito letra A.
12. (CESPE / CGE-CE / 2019)
“Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico”, julgue a opção cuja proposta de
reescrita, além de estar gramaticalmente correta, preserva os sentidos originais do texto.
Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, encontra-se administradores públicos cujas ações se
assemelham muito às do império babilônico de Nabucodonosor.
Comentários:
…encontra-se encontraM-se administradores (o verbo deveria estar no plural, para concordar com o sujeito
plural administradores).
Questão incorreta.
13. (CESPE / CGE-CE / 2019)
“Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico”, julgue a opção cuja proposta de
reescrita, além de estar gramaticalmente correta, preserva os sentidos originais do texto.
Existe, ainda hoje em muitos rincões do nosso país, administradores públicos cujas ações são muito
semelhantes às do rei Nabucodonosor, do império babilônico
Comentários:
Existe, ..., administradores (o verbo deveria estar no plural, para concordar com o sujeito plural
administradores – Existem administradores).
Questão incorreta.
14. (CESPE / STM / 2018)
Grandes jornais seriam levados à falência por difamações involuntárias, exércitos inteiros seriam
imobilizados por manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de estudantes seriam
desencaminhadas por cartilhas ambíguas e fórmulas de química incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” por desencaminhados manteria a correção gramatical e
a coerência textual, caso em que passaria a concordar com “estudantes”.
Comentários:
A concordância é feita com o núcleo do sujeito “gerações”, então não é correto concordar com “estudantes”,

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que não é o sujeito, é apenas um determinante.


Questão incorreta.
15. (CESPE / STM / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.
Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria necessário
alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
Comentários:
“Tratar-se DE” é expressão invariável, não vai ao plural, pois a estrutura VTI+SE configura sujeito
indeterminado. O verbo fica, portanto, na terceira pessoa do singular: trata-se DE; “uma visão
revolucionária” ou “ideias revolucionárias” seriam meros objetos indiretos, que não afetam a concordância.
Questão incorreta.
16. (CESPE / STM / 2018)
O grupo tende a escolher como líder a pessoa que lhe pode dar maior assistência e orientação (que defina ou
ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para que alcance seus
objetivos.
Há uma ambiguidade quanto ao antecedente do sujeito elíptico da forma verbal “alcance”, que poderia ser
dirimida caso essa forma verbal fosse flexionada no plural — alcancem —, estabelecendo-se concordância
ideológica com a palavra “grupo”.
Comentários:
Não há ambiguidade alguma, quem vai alcançar os objetivos é “o grupo”, por isso o verbo fica no singular. A
concordância poderia, em tese, ser feita no plural, caso houvesse um coletivo geral seguido de um
determinante. Mas não é o caso aqui.
Questão incorreta.
17. (CESPE / EBSERH / 2018)
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados dispositivos
legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
Comentários:
Organizando, temos: dispositivos legais foram adotados (SER + Particípio — voz passiva analítica)
Na conversão para a voz passiva sintética, o verbo continua no plural, concordando com o sujeito passivo
“dispositivos legais”, de modo que a forma correta seria “adotaram-se dispositivos legais”.
Questão incorreta.
18. (CESPE / IHBDF / 2018)

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O sujeito da forma verbal “parou” (l. 7) é “fábrica”.


Comentários:
Quem/o que parou? Parou “o futebol ininterrupto que jogávamos com bola de borracha na porta da fábrica
em frente”. Todo esse “monstro” é o sujeito, mas seu núcleo é apenas “futebol”, por isso o verbo fica no
singular.
Questão incorreta.
19. (CESPE / EMAP / 2018)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego
aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação
de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
A forma verbal “haja” (L.2) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a correção
gramatical e os sentidos do texto.
Comentários:
O verbo HAVER, no sentido de existir, é impessoal e não vai ao plural.
Questão incorreta.
20. (CESPE / CAGE-RS / 2018)
Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por
exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo; a melhoria na expectativa de vida; o
aumento do número de jovens nas escolas, entre outros.
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A10BBB seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
(l.1) fosse substituída por
a) existiu. b) aconteceu. c) sucederam. d) tiveram. e) houveram.
Comentários:
Ocorrer é sinônimo de suceder. As letras A e B não poderiam ser a resposta, porque os verbos estão no
singular e o sujeito é “diversos avanços”. Tiveram, na letra D, é informal. Houveram, na letra E, causaria erro
de concordância, uma vez que o verbo haver impessoal, no sentido de suceder, não vai ao plural.
Gabarito letra C.
21. (CESPE / PF / 2018)
Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o
acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento
baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (L.2) fosse flexionada no plural:
acreditam.
Comentários:
Havendo expressão partitiva seguida de determinante, o verbo pode concordar com o sujeito (a maioria
aceita) ou com o determinante (os laboratórios acreditam). Portanto, na questão, singular ou plural estariam
igualmente corretos.
Questão correta.

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22. (CESPE / IFF / 2018)


Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é
composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar
em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de
estudos e concilie a graduação com um emprego.
No texto, a forma verbal “têm” concorda com o termo
a) “pedagoga”. b) “maioria”. c) “alunos”. d) “adultos”. e) “crianças”.
Comentários:
Quando temos o pronome relativo “que”, a concordância é feita com seu antecedente. Aí você precisa
localizar: “quem tem maior capacidade de concentração ao estudar em casa”? Os adultos! Então o
antecedente do “que” é os adultos e o verbo concorda com ele no plural.
Gabarito letra D.
23. (CESPE / STJ / 2018)
Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a
sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” para o singular — deixava — não comprometeria a correção
gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria seu sentido original.
Comentários:
Quando temos pronome relativo “que” na função de sujeito, a concordância é feita com seu antecedente.
Contudo, a depender do contexto, podemos ver mais de um possível antecedente.
No texto original, “deixavam” concorda no plural com “pessoas”:
a dor daquelas pessoas que não me deixavam esquecê-las.
Se o autor usasse o verbo no singular, deixaria claro que o antecedente pretendido seria “dor”, substantivo
também singular:
a dor daquelas pessoas que não me deixava esquecê-las.
Então, ao trocar o verbo, trocaríamos também de antecedente, o que mudaria o sentido do texto.
Questão correta.
24. (CESPE / PF / 2018)
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma
fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e
Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” fosse
substituída por levaram.
Comentários:
A regra de concordância quando temos o pronome “que” como sujeito é concordar com o seu
“antecedente”. Contudo, sabemos que o antecedente depende do contexto. Na redação original, o verbo
está no singular porque concorda com “expansão”, considerado então como antecedente. Contudo, ao levar
o verbo para o plural, o antecedente passa a ser “conquistas”. Ambas as formas seriam corretas, apenas o

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termo retomado seria diferente.


Quanto à coerência, não haveria nenhuma incoerência em fazer essa alteração, pois a “expansão” é
justamente o conjunto de conquistas, então seria também lógico pensar que as conquistas territoriais é que
levaram a língua a remotas regiões.
Questão correta.
25. (CESPE / MPE PI / 2018)
Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que parece ter contagiado o planeta.
Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.
Comentários:
“Devem ser” é uma locução verbal, então o verbo principal, no infinitivo, não deve ir ao plural.
Questão correta.
26. (CESPE / EMAP / 2018)
O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano,
na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau
de complexidade da sociedade.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal “Houve” (L.2)
fosse substituída por Ocorreram.
Comentários:
Embora sejam sinônimos, haveria um problema de concordância (ocorreram uma ampliação), pois o sujeito
é singular e o verbo tem que ficar no singular:
Houve, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.
Ocorreu, em resumo, uma ampliação no grau de complexidade da sociedade.
O verbo “houve” está no singular porque “haver”, com sentido de “ocorrer” é impessoal, constitui oração
sem sujeito e, portanto, não vai ao plural.
Questão incorreta.
27. (CESPE / PF / 2018)
Julgue o item a seguir quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
Comentários:
O verbo HAVER é impessoal nesse contexto, pois possui sentido de “existir”; então o verbo auxiliar que forma
locução verbal com ele também não pode ir para o plural:
pode não mais haver impressões digitais.
podem não mais existir impressões digitais.
Questão incorreta.
28. (CESPE / MPU / 2018)
É necessário compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões na vida das pessoas e

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que apenas uma minoria se beneficia com a acumulação de riqueza e de poder.


A substituição da forma verbal “compreender” por compreendermos prejudicaria a correção gramatical do
texto, assim como alteraria os seus sentidos originais.
Comentários:
Aqui, temos que perceber que a banca a concordância com o infinitivo:
É necessário [compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [ISTO]
A oração entre colchetes é subordinada substantiva subjetiva, ou seja, um sujeito oracional. Dentro dessa
oração com função de sujeito, nada impede que o infinitivo se flexione para concordar com um suposto
sujeito oculto “nós”:
É necessário [compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [(NÓS) compreenderMOS que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões]
É necessário [ISTO]
Ambas as formas são corretas, a diferença é que usar “compreender”, de forma não flexionada, deixa a ação
mais genérica, ao passo que que a forma “compreenderMOS", flexionada para concordar com “nós”, dá
ênfase ao agente, ao sujeito. Essa é a lógica geral da concordância facultativa do infinitivo, depende da
intenção de destacar o número do sujeito.
Questão incorreta.
29. (CESPE / IPHAN / 2018)
Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos, postos a julgamentos sobre suas
finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como as regras que regem a oferta de trabalho. O
perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos
estudos do momento.
A forma verbal “impõem” (ℓ.4) está no plural porque concorda com o termo “instituições” (ℓ.4).
Comentários:
Na verdade, concorda com o sujeito composto (O perfil e a política das instituições em que estão inseridos):
O perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos
estudos do momento.
Questão incorreta.
30. (CESPE / IPHAN / 2018)

Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da
seguinte maneira: São a velocidade das transformações que caracterizam, principalmente, a sociedade

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contemporânea.
Comentários:
Aproveitamos essa questão para trazer mais uma regra do verbo “SER”:
REGRA: A locução expletiva “é que” (ser + que) é invariável. Contudo, se o “ser” vier separado do “que”, o
verbo varia e concorda com núcleo (não preposicionado) que vier entre eles:
As pessoas de visão é que moldam seus destinos.
São as pessoas de visão que moldam seus destinos.
É a velocidade das transformações que caracteriza, principalmente, a sociedade contemporânea
Questão incorreta.

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LISTA DE QUESTÕES CESPE


1. (CESPE / MP-CE / 2021)

No trecho “arrastou-se até a porta para ver o que havia acontecido por ali” (Linha. 10 e 11), a substituição
da forma verbal “havia” por teria não prejudicaria a correção gramatical do texto, mas poderia alterar o seu
sentido original
2. (CESPE / SEED-PR / 2021)
No trecho “Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar
os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à
consciência”, do texto 15A2-II, a forma verbal “obrigam” estabelece concordância com
a) o termo “cobiças”.
b) os termos “trapos”, “rasgões” e “remendos”.
c) o termo “a gente”.
d) os termos “olhar”, “contraste” e “luta”.
e) os termos “opinião”, “interesses” e “cobiças”.
3. (CESPE / SEED-PR / 2021)
Socorro
Socorro, alguém me dê um coração,
que esse já não bate nem apanha.
Por favor, uma emoção pequena,
qualquer coisa que se sinta,
tem tantos sentimentos,
deve ter algum que sirva.
Sem prejuízo do sentido original do texto 5A2-I, a forma verbal “tem”, no verso “tem tantos sentimentos”,
na terceira estrofe poderia ser corretamente substituída por
a) contêm. b) possuem. c) aparecem. d) há. e) existe.
4. (CESPE / MP-CE / 2020)

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A correção gramatical do texto seria mantida caso a forma “existirem” (l. 22) fosse substituída por existir.
5. (CESPE / SEFAZ-DF / 2020)

Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “restam” (l. 26) poderia
ser substituída por mantém-se.
6. (CESPE / SEFAZ-DF / 2020)
Em pesquisa com dez setores industriais ao longo de três anos, os dois professores do IMD concluíram que,
ao contrário do otimismo gerado pelo Acordo de Paris para combater a mudança climática e pelos Objetivos
de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, as iniciativas nas empresas deixam a desejar. Na
pesquisa, eles constataram que menos de um terço das companhias desenvolveram casos de negócios claros
ou proposições de valor apoiadas em sustentabilidade.
A substituição da forma verbal “desenvolveram” por desenvolveu manteria a correção gramatical do texto.
7. (CESPE / MP-CE / 2020)
A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam mantidos caso o período “A inocuidade dos
alimentos contribui para a segurança alimentar, a saúde humana, a prosperidade econômica, a agricultura,
o acesso ao mercado, o turismo e o desenvolvimento sustentável.” fosse reescrito da seguinte forma: A
integridade dos alimentos contribuem com a segurança alimentar, saúde humana, prosperidade econômica,
agricultura, acesso ao mercado, turismo e desenvolvimento sustentável.
8. (CESPE / TJ-PA / 2020)
Todas as atividades realizadas no país e todas as pessoas que estão no Brasil estão sujeitas à lei. A norma
vale para coletas operadas em outro país, desde que estejam relacionadas a bens ou serviços ofertados a
brasileiros. Mas há exceções, como a obtenção de informações pelo Estado para a segurança pública.
Sem prejuízo da correção gramatical e do sentido original do texto, a forma verbal “há” poderia ser
substituída por
a) existe. b) ocorre. c) têm. d) tem. e) existem.
9. (CESPE / SEFAZ-RS / 2019)
Desse modo, o poder de tributar está na origem do Estado ou do ente político, a partir da qual foi possível
que as pessoas deixassem de viver no que Hobbes definiu como o estado natural (ou a vida pré-política da
humanidade) e passassem a constituir uma sociedade de fato, a geri-la mediante um governo, e a financiá-
la, estabelecendo, assim, uma relação clara entre governante e governados.
O referente da forma verbal “passassem” é o termo “as pessoas”.

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10. (CESPE / PGE-PE / 2019)


A invenção das técnicas para controlar o fogo, o início da agricultura e do pastoreio na Mesopotâmia, a
organização da democracia na Grécia, as grandes descobertas científicas e geográficas entre os séculos XII e
XVI, o advento da sociedade industrial no século XIX, tudo isso representa saltos de época, que desorientaram
gerações inteiras.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “representa” fosse substituída por
representam.
11. (CESPE / CGE-CE / 2019)
Candeia era quase nada. Não tinha mais que vinte casas mortas, uma igrejinha velha, um resto de praça.
Algumas construções nem sequer tinham telhado; outras, invadidas pelo mato, incompletas, sem paredes.
Nem o ar tinha esperança de ser vento. Era custoso acreditar que morasse alguém naquele cemitério de
gigantes.
No texto CB1A1-I, o sujeito da oração “Era custoso” (L.3) é
a) o segmento “acreditar que morasse alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
b) o trecho “alguém naquele cemitério de gigantes” (L. 3 e 4).
c) o termo “custoso” (L.3).
d) classificado como indeterminado.
e) oculto e se refere ao período “Nem o ar tinha esperança de ser vento” (L. 3).
12. (CESPE / CGE-CE / 2019)
“Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico”, julgue a opção cuja proposta de
reescrita, além de estar gramaticalmente correta, preserva os sentidos originais do texto.
Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, encontra-se administradores públicos cujas ações se
assemelham muito às do império babilônico de Nabucodonosor.
13. (CESPE / CGE-CE / 2019)
“Ainda hoje, em muitos rincões do nosso país, são encontrados administradores públicos cujas ações em
muito se assemelham às de Nabucodonosor, rei do império babilônico”, julgue a opção cuja proposta de
reescrita, além de estar gramaticalmente correta, preserva os sentidos originais do texto.
Existe, ainda hoje em muitos rincões do nosso país, administradores públicos cujas ações são muito
semelhantes às do rei Nabucodonosor, do império babilônico
14. (CESPE / STM / 2018)
Grandes jornais seriam levados à falência por difamações involuntárias, exércitos inteiros seriam
imobilizados por manuais de instrução militar sutilmente alterados, gerações de estudantes seriam
desencaminhadas por cartilhas ambíguas e fórmulas de química incompletas.
A substituição da forma verbal “desencaminhadas” por desencaminhados manteria a correção gramatical e
a coerência textual, caso em que passaria a concordar com “estudantes”.
15. (CESPE / STM / 2018)
Trata-se de uma visão revolucionária, já que o convencional era fazer o elogio da harmonia e da unidade.

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Se a expressão “uma visão revolucionária” fosse substituída por ideias revolucionárias, seria necessário
alterar a forma verbal “Trata-se” para Tratam-se, para se manter a correção gramatical do texto.
16. (CESPE / STM / 2018)
O grupo tende a escolher como líder a pessoa que lhe pode dar maior assistência e orientação (que defina ou
ajude o grupo a escolher os rumos e as melhores soluções para seus problemas) para que alcance seus
objetivos.
Há uma ambiguidade quanto ao antecedente do sujeito elíptico da forma verbal “alcance”, que poderia ser
dirimida caso essa forma verbal fosse flexionada no plural — alcancem —, estabelecendo-se concordância
ideológica com a palavra “grupo”.
17. (CESPE / EBSERH / 2018)
Durante o período do Estado Novo (1937-1945), no governo de Getúlio Vargas, foram adotados dispositivos
legais para fortalecer a família numerosa, por meio de diversas medidas...
A substituição de “foram adotados” por adotou-se preservaria a correção e o sentido do texto.
18. (CESPE / IHBDF / 2018)

O sujeito da forma verbal “parou” (l. 7) é “fábrica”.


19. (CESPE / EMAP / 2018)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativamente o tráfego
aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em que haja intensa movimentação
de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
A forma verbal “haja” (L.2) poderia ser flexionada no plural — hajam —, preservando-se a correção
gramatical e os sentidos do texto.
20. (CESPE / CAGE-RS / 2018)
Embora, infelizmente, tais metas não tenham sido atingidas, ocorreram diversos avanços, como, por
exemplo, a diminuição da mortalidade infantil e do analfabetismo; a melhoria na expectativa de vida; o
aumento do número de jovens nas escolas, entre outros.
A correção gramatical e os sentidos do texto 1A10BBB seriam preservados caso a forma verbal “ocorreram”
(l.1) fosse substituída por
a) existiu. b) aconteceu. c) sucederam. d) tiveram. e) houveram.
21. (CESPE / PF / 2018)
Na realidade, cada cientista recebe vários casos ao mesmo tempo. A maioria dos laboratórios acredita que o
acúmulo de trabalho é o maior problema que enfrentam, e boa parte dos pedidos de aumento no orçamento
baseia-se na dificuldade de dar conta de tanto serviço.
Seria mantida a correção gramatical do texto caso a forma verbal “acredita” (L.2) fosse flexionada no plural:
acreditam.

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22. (CESPE / IFF / 2018)


Além de participar das oficinas, é preciso ter dedicação. A pedagoga acrescenta que a maioria dos alunos é
composta por adultos, que, diferentemente das crianças, têm maior capacidade de concentração ao estudar
em casa. Apesar das exigências, o método de ensino permite que o aluno organize seu próprio horário de
estudos e concilie a graduação com um emprego.
No texto, a forma verbal “têm” concorda com o termo
a) “pedagoga”. b) “maioria”. c) “alunos”. d) “adultos”. e) “crianças”.
23. (CESPE / STJ / 2018)
Era preciso colocar no papel e compartilhar a dor daquelas pessoas que, mesmo ao fim do processo e com a
sentença prolatada, não me deixavam esquecê-las.
A alteração da forma verbal “deixavam” para o singular — deixava — não comprometeria a correção
gramatical do período em que tal forma aparece, mas modificaria seu sentido original.
24. (CESPE / PF / 2018)
Cerca de três séculos depois, Portugal lançou-se em uma expansão de conquistas que, à imagem do que Roma
fizera, levou a língua portuguesa a remotas regiões: Guiné-Bissau, Angola, Moçambique, Cingapura, Índia e
Brasil, para citar uns poucos exemplos em três continentes.
A correção gramatical e a coerência do texto seriam preservadas caso a forma verbal “levou” fosse
substituída por levaram.
25. (CESPE / MPE PI / 2018)
Saiu a mais nova lista de coisas que devem ou não ser feitas, moda que parece ter contagiado o planeta.
Na linha 1, seria incorreto o emprego do verbo “ser” no plural — serem.
26. (CESPE / EMAP / 2018)
O comportamento fundamental dessa mudança localiza-se no aumento das possibilidades do agir humano,
na diversificação dos papéis sociais e na abertura para o futuro. Houve, em resumo, uma ampliação no grau
de complexidade da sociedade.
Seriam mantidos a correção gramatical e os sentidos originais do texto, caso a forma verbal “Houve” (L.2)
fosse substituída por Ocorreram.
27. (CESPE / PF / 2018)
Julgue o item a seguir quanto à correção gramatical e à coerência e à coesão textual.
Nos casos de cadáveres de vítimas carbonizadas, podem não mais haver impressões digitais.
28. (CESPE / MPU / 2018)
É necessário compreender que a desigualdade se expressa em diferentes dimensões na vida das pessoas e
que apenas uma minoria se beneficia com a acumulação de riqueza e de poder.
A substituição da forma verbal “compreender” por compreendermos prejudicaria a correção gramatical do
texto, assim como alteraria os seus sentidos originais.
29. (CESPE / IPHAN / 2018)
Dentre elas, podem ser destacadas as de financiamento de estudos, postos a julgamentos sobre suas
finalidades e objetivos por comissões de alto nível, bem como as regras que regem a oferta de trabalho. O

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perfil e a política das instituições em que estão inseridos, entre outros aspectos, impõem a agenda dos
estudos do momento.
A forma verbal “impõem” (ℓ.4) está no plural porque concorda com o termo “instituições” (ℓ.4).
30. (CESPE / IPHAN / 2018)

Sem prejuízo dos sentidos e da correção gramatical do texto, o primeiro parágrafo poderia ser reescrito da
seguinte maneira: São a velocidade das transformações que caracterizam, principalmente, a sociedade
contemporânea.

GABARITO
1. CORRETA 7. INCORRETA 13. INCORRETA 19. INCORRETA 25. CORRETA
2. LETRA D 8. LETRA E 14. INCORRETA 20. LETRA C 26. INCORRETA
3. LETRA D 9. CORRETA 15. INCORRETA 21. CORRETA 27. INCORRETA
4. INCORRETA 10. INCORRETA 16. INCORRETA 22. LETRA D 28. INCORRETA
5. INCORRETA 11. LETRA A 17. INCORRETA 23. CORRETA 29. INCORRETA
6. CORRETA 12. c INCORRETA 18. INCORRETA 24. CORRETA 30. INCORRETA

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