Apostila - Joyse
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DISCIPLINA:
DOCENTE:
1.1 DEFINIÇÃO
Hospitais
Indústrias
Clínicas veterinárias
Laboratórios
Hemocentros
Universidades
Engenharia de Segurança
Medicina do Trabalho
Saúde do Trabalhador
Higiene Industrial
Controle Infecção Hospitalar
2.0 RISCOS
2.1 DEFINIÇÃO
Perigo – Expressa uma exposição relativa a um risco, que favorece a sua materialização em
danos.
Ex. 1. Um risco pode estar presente, mas pode haver níveis de perigo, devido às precauções
tomadas. Assim, um posto de enfermagem, possui riscos inerentes ao setor, pela presença
de materiais perfuro-cortante contaminado com sangue de pacientes. Há um alto nível de
perigo se esses materiais estiverem espalhados em locais indefinidos, ou até mesmo em um
lixo comum. O mesmo risco estará presente quando os materiais perfuro-cortantes
estiverem em um recipiente de descarte apropriado. Entretanto, o perigo agora será mínimo
para o pessoal.
2.2 TIPOS DE RISCOS (Portaria do Ministério do Trabalho, MT nº. 3214, de 08/06/78)
2.2.1 Riscos de Acidentes – Qualquer fator que coloque o trabalhador em situação de perigo
e possa afetar sua integridade, bem estar físico e moral. Exemplos: máquinas e
equipamentos sem proteção, probabilidade de incêndio e explosão, arranjo físico
inadequado, armazenamento inadequado, etc.
2.2.2 Riscos Ergonômicos – Qualquer fator que possa interferir nas características
psicofisiológicas do trabalhador causando desconforto ou afetando sua saúde. Exemplos:
levantamento e transporte manual de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia,
repetitividade, responsabilidade excessiva, postura inadequada de trabalho, etc.
2.2.3 Riscos Físicos – Consideram-se agentes de risco físico as diversas formas de energia
a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, ultra-som,
materiais cortantes e pontiagudos, etc.
Sobre os RISCOS BIOLÓGICOS é importante saber que estes podem ser distribuídos em
quatro (04) classes, por ordem crescente de riscos, segundo os seguintes critérios:
Níveis de Risco:
RISCO 1: escasso risco individual e comunitário Ex: bacillus subtilis
RISCO 2: risco individual moderado, comunitário limitado. Ex: HbC, HIV
RISCO 3: risco individual elevado, comunitário baixo. Ex: Mycrobacterium tuberculosis
RISCO 4: elevado risco individual e comunitário. Ex: vírus Ebola
Empregados para proteger o pessoal da área de saúde do contato com agentes infecciosos,
tóxicos ou corrosivos, calor excessivo, fogo e outros perigos.
Luvas - Não substitui a lavagem das mãos. As luvas protegem de sujidades grosseiras.
Devem ser utilizadas em procedimentos que envolvam sangue, fluídos corporais, secreções,
excreções, membranas mucosas, pele não íntegra e durante a manipulação de artigos
contaminados. As luvas devem ser trocadas após contato com material biológico, entre as
tarefas e procedimentos em um mesmo paciente, pois podem conter uma alta concentração
de microorganismos. Remova as luvas logo após usá-las, antes de tocar em artigos e
superfícies sem material biológico e antes de atender outro paciente, evitando a dispersão
de microorganismos ou material biológico aderido nas luvas. Lave as mãos imediatamente
após a retirada das luvas, para evitar a transferência de microorganismos a outros pacientes
e materiais, pois há repasse de microorganismos para as mãos mesmo com uso de luvas.
As luvas estéreis estão indicadas para procedimentos invasivos e assépticos. Luvas grossas
de borracha estão indicadas para limpeza de materiais e de ambientes.
Jalecos, Avental e gorro – O jaleco deve ser de mangas longas, em algodão ou fibra
sintética não inflamável. Protege contra salpicos, borrifos, gotas e impactos. O avental limpo
(não estéril) serve para proteger a pele e prevenir sujidade na roupa durante procedimentos
que tenham probabilidade de gerar respingos ou contato de sangue, fluidos corporais,
secreções ou excreções. O avental será selecionado de acordo com a atividade e
quantidade de fluidos encontrados (plástico ou tecido). O avental de plástico está indicado
para lavagem de materiais em áreas de expurgo. O avental sujo deve ser removido logo
após o descarte da luva, devendo as mãos ser lavadas para evitar transferência de
microorganismos para o ambiente e outros pacientes. O gorro estar indicado
especificamente para profissionais que trabalham com procedimentos que envolvam
dispersão de aerossóis, projeção de partículas e proteção de pacientes quando o
atendimento envolver procedimentos cirúrgicos. È o caso da equipe odontológica e outras
especialidades como oftalmologia, otorrinolaringologia, cirurgia geral, cirurgia vascular e
outras especialidades cirúrgicas.
Tanto o avental quanto o gorro podem ser de diferentes tecidos laváveis ou do tipo
descartável de uso único. A lavagem domiciliar de aventais contaminados deve ser
precedida de desinfecção, por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 0,02% (10 ml
de alvejante comercial a 2 a 2,5% para cada litro de água).
Calçados – Os calçados indicados para o ambiente com sujeira orgânica são aqueles
fechados de preferência impermeáveis (couro ou sintético). Devem-se evitar os de tecido
que umedecem e retém sujeira. É recomendável escolher calçados cômodos e do tipo
antiderrapante. Se o local tiver muita umidade, como em lavanderias, usar botas de
borrachas.
3.1.2 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA – EPC’s
Lavagem das Mãos – A lavagem rotineira das mãos com água e sabão, elimina além da
sujidade visível ou não, todos os microorganismos que se aderem à pele durante o
desenvolvimento das nossas atividades mesmo estando à mão enluvada. A lavagem das
mãos é a principal medida de bloqueio da transmissão de microorganismos. Devemos lavar
as mãos sempre, antes de iniciarmos uma atividade e logo após seu término, assim como
fazemos em nosso dia a dia antes das refeições e após a ida ao banheiro. Mantenha suas
unhas curtas e as mãos sem anéis para diminuir a retenção de microorganismos.
Roupas e Campos de uso do paciente – Manipule e transporte as roupas sujas com sangue,
fluidos corporais, secreções e excreções com cuidado. Transporte-as em sacos plásticos.
Os serviços de saúde que utilizam rouparia e campos reutilizáveis devem ter um sistema de
lavanderia, própria ou terceirizada que garanta a desinfecção dessas roupas.
Instrução inadequada
Supervisão ineficiente
Práticas inadequadas
Mau uso dos EPI’s
Ausência de Protocolos
Não observação das normas
Estresse
Sobrecarga de Trabalho
Agitação psicomotora do paciente
4.2 EXPOSIÇÃO À MATERIAL BIOLÓGICO NOS SERVIÇOS DE SAÚDE – FLUXO
Resíduos do Grupo A: são resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por
suas características de maior virulência ou concentração, podem apresentar risco de
infecção, não poderão ser dispostos no meio ambiente sem tratamento prévio que assegure
a eliminação das características de periculosidade do resíduo; a preservação dos recursos
naturais; o atendimento aos padrões de qualidade e de saúde pública.
Os Resíduos Sólidos do Grupo A estão divididos em cinco grupos: A1, A2, A3, A4, A5.
Grupo A3: peças anatômicas humanas (órgãos/tecidos), produto de fecundação sem sinais
vitais: peso menor que 500g, estatura menor que 25cm, idade gestacional menor que 20
semanas.
Resíduos do Grupo B: são resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar
risco à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de:
inflamabilidade
corrosividade
reatividade
toxicidade
Resíduos do Grupo C - Rejeitos Radioativos: quaisquer materiais resultantes de
atividades humanas que contenham Radionuclídeo em quantidades superiores aos limites
de eliminação especificados nas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN);
Ex: resíduos de varrição, restos de alimentos, papel de uso sanitário, poda de árvores,
resíduos de gesso.
1. Segregação: separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com
as características físicas, químicas, biológicas, com o seu estado físico e os riscos
envolvidos.
Acondicionar os resíduos comuns em recipientes fechados com tampa e pedal forrados com
saco plástico do tipo I. (NBR 9.190 / 1985).
grupo A grupo B
4. Transporte Interno: traslado dos resíduos dos pontos de geração até o local destinado ao
tratamento ou armazenamento.
Vidros
Químico Orgânicos
Biológico
8. Transporte Externo: é a remoção dos resíduos sólidos de saúde, em veículos especiais
até as unidades de tratamento e disposição final, devendo-se observar as Normas da ABNT
e ANVISA.
9. Disposição final: disposição dos resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los.