Passando Dos Limites - Semana 9

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CONHECIMENTOS

INTEGRADOS V
“ Passando dos limites”
Alunos: Camila Borges, Maria Eduarda Knupp,
Maysa Clara Leite, Poliana Miranda, Pedro Ivo,
Raquel Ludmilla, Waditon Coutinho.
Orientador/Professor: Danilo Flamini
Problema da Semana 9
“ Passando dos limites”
Principais Objetivos

NOME DO
Pedro Joaquim
PACIENTE

QUEIXA Realizou um tratamento endodôntico do dente 14. O caso evoluiu para um abscesso crônico
PRINCIPAL apical.

HISTORIA Ocorreu um erro na medida do comprimento de trabalho de um dos canais e a região apical foi
PREGRESSA DE ultrapassada pela lima, quando foi realizar o tratameto endodôntico do dente 14, levando um
SAÚDE grande número de contaminantes para a região periapical.

DIAGNÓSTICO E
ELEMENTOS DE Abscesso crônico apical
DIAGNÓSTICO

Tratamento endodôntico do dente 14


POSSIBILIDADES Capeamento Pulpar Direto
DE Odontometria
TRATAMENTO Abcesso crônico apical
Técnica de clark
Principais Objetivos

Tratamento endodôntico do dente 14.

1. Avaliação e diagnóstico.
- Radiografias: são tiradas para avaliar a extensão do problema e a raiz do tecido do dente.

2. Anestesia local: O dentista aplica anestesia local para garantir que a área próxima ao
dente esteja dormente.

PLANEJAMENTO 3. acesso à polpa:


OPERACIONAL - Preparação do dente: geralmente um campo de isolamento com um dente de borracha, é
POR ETAPA: colocado para manter seco e sem saliva
- Análise do dente: uma abertura é feita no dente para acessar o tecido pulp e raízes.

4. limpeza e desinfecção:
- Instrumentos: o dentista usa instrumentos endodônticos para limpar e desinfectar os canais
radiculares.

5. modelagem dos canais:


- Alargamento dos canais: modelagem do material de preenchimento a ser usado.
Principais Objetivos

6. Preenchimento dos canais:


- limpeza e preparação: os canais são então preenchidos com um material chamado gutta-
percha.
- selo: um selante é aplicado para fechar hermeticamente o dente.

PLANEJAMENTO
7. restauração do dente:
OPERACIONAL
- temporário: se o tratamento for feito em uma visita, um preenchimento temporário é
POR ETAPA:
colocado.
- permanente: nas visitas que seguem, restaurações como coroas são utilizadas.

8. Acompanhamento: talvez o dentista agende consultas para garantir o sucesso do


tratamento na recuperação. Cada caso é diferente e depende da condição do dente.
Principais Objetivos

Capeamento pulpar direto

Materiais Utilizados
1. Anestésico local – para controlar a dor e manter o conforto do paciente.
2. Espelho clínico – para visualização e inspeção da área tratada.
3. Sonda exploradora – para verificar a extensão da cavidade e exposição pulpar.
4. Pinça clínica – para manipulação de materiais.
PLANEJAMENTO 5. Brocas diamantadas/tungstênio – para remover tecido cariado e acessar a polpa.
OPERACIONAL 6. Solução anti-séptica (hipoclorito de sódio 2,5%) – para desinfetar a cavidade e eliminar bactérias.
POR ETAPA: 7. Material de capeamento (Hidróxido de cálcio ou MTA) – promove cicatrização e formação de
dentina reparadora.
8. Ácido fosfórico 37% (se for realizar condicionamento ácido) – utilizado na técnica adesiva.
9. Sistema adesivo – para promover a retenção da restauração.
10. Resina composta ou cimento ionômero de vidro – material restaurador final.
11. Fotopolimerizador – para a cura do material restaurador.
12. Rolo de algodão e sugador – para controle de umidade e isolamento do campo operatório.
Principais Objetivos

Passo-a-Passo do Procedimento

1. Exame clínico:
• Realize o exame clínico e verifique exposição da polpa, se está com muita hemorragia ou não, para
saber quais providências tomar adiante

2. Anestesia:
• Aplique anestesia local para garantir que o paciente esteja confortável durante o procedimento,
PLANEJAMENTO
especialmente se a exposição pulpar causar sensibilidade.
OPERACIONAL
POR ETAPA:
3. Isolamento do campo operatório:
• Use rolos de algodão ou um lençol de borracha (dique de borracha) para isolar o dente e garantir
um campo operatório livre de saliva e sangue, que podem interferir no capeamento.

4. Remoção do tecido cariado:


• Com uma broca esférica de baixa rotação ou manualmente (curetas), remova todo o tecido
cariado ao redor da cavidade até que a dentina sadia esteja exposta. Tenha cuidado ao se aproximar
da polpa para evitar mais exposições.
Principais Objetivos

5.Controle da hemorragia (se houver):


• Se houver sangramento pulpar leve, pode ser controlado com uma bolinha de algodão embebida
em solução de hipoclorito de sódio 2,5% e soro fisiológico. Pressione suavemente até o sangramento
cessar.

6. Desinfecção da cavidade:
• Limpe a cavidade com solução de clorexidina a 2%, evitando irrigantes mais agressivos, como o
hipoclorito de sódio, que podem danificar ainda mais a polpa.

PLANEJAMENTO
7. Aplicação do material de capeamento:
OPERACIONAL
• Hidróxido de Cálcio (Ca(OH)2):
POR ETAPA:
• Aplique uma pequena quantidade de hidróxido de cálcio na área exposta da polpa em pó, e depois
aplique por cima o cimento de hidróxido de cálcio. O hidróxido de cálcio promove a formação de
dentina reparadora e tem ação antimicrobiana.
• Certifique-se de que o material esteja em contato direto com a polpa.
• MTA (Agregado Trióxido Mineral):
• Alternativamente, o MTA pode ser usado. Ele tem uma excelente biocompatibilidade, estimula a
formação de dentina e tem vedamento superior ao hidróxido de cálcio.
• O MTA deve ser misturado e colocado sobre a exposição pulpar, formando uma camada de 1-2
mm.
Principais Objetivos

8. Proteção do material de capeamento:


• Após aplicar o material de capeamento, adicione uma pequena camada de cimento provisório,
como ionômero de vidro ou uma base de resina fluida, para proteger o material de capeamento e
fornecer uma base para a restauração final.

9. Condicionamento ácido (opcional):


• Se for utilizar uma restauração adesiva (resina composta), realize o condicionamento ácido da
dentina e esmalte com ácido fosfórico a 37% por 15 segundos, seguido de lavagem e secagem sem
desidratar a dentina.

PLANEJAMENTO
10. Aplicação do sistema adesivo:
OPERACIONAL
• Aplique o sistema adesivo na cavidade preparada, seguindo as instruções do fabricante.
POR ETAPA:
Fotopolimerize por 20 segundos.

11. Restauração final:


• Coloque a resina composta em incrementos ou cimento ionômero de vidro, modelando a anatomia
do dente.
• Fotopolimerize a resina composta conforme as instruções do fabricante.

12. Acabamento e polimento:


• Após a fotopolimerização completa, ajuste a oclusão e faça o acabamento com brocas de
acabamento e discos abrasivos para garantir uma restauração suave e bem ajustada.
Principais Objetivos

13. Orientações pós-operatórias:


• Explique ao paciente a importância da higiene oral e marque uma consulta de acompanhamento
para avaliar a vitalidade pulpar.

14. Acompanhamento clínico e radiográfico:


• Realize controles periódicos (3 a 6 meses) para verificar a evolução da cicatrização e formação de
dentina reparadora. Radiografias periapicais são úteis para acompanhar a saúde pulpar e verificar
se há sinais de necrose ou abscesso.
PLANEJAMENTO
OPERACIONAL
O sucesso do capeamento pulpar direto depende de vários fatores, como:
POR ETAPA:
• Seleção adequada do caso – deve ser feito apenas em dentes com polpa vital e sem sinais de
infecção pulpar ou necrose.
• Isolamento eficaz do campo operatório – para evitar contaminação.
• Uso correto do material de capeamento – o hidróxido de cálcio e o MTA são os materiais mais
comuns, sendo o MTA mais eficaz a longo prazo.

Este procedimento é conservador e visa manter a vitalidade do dente, evitando tratamentos


endodônticos mais invasivos.
Principais Objetivos

Odontometria
A odontometria é um procedimento utilizado para determinar o Comprimento Real do Dente (CRD),
sendo o quarto passo no tratamento endodôntico. Esse processo é essencial para garantir que a
instrumentação do canal radicular seja feita com precisão, evitando lesões e garantindo o sucesso
do tratamento.

Passo a Passo para Determinar o CRD e o CRT


1. Escolha da Lima:
PLANEJAMENTO
A primeira etapa consiste na escolha de uma lima, geralmente a #15 ou outra que se ajuste ao canal
OPERACIONAL
radicular. A lima serve como referência para medir o comprimento do canal.
POR ETAPA:

2. Introdução da Lima no Canal:


A lima é introduzida até o comprimento estimado do canal, com base em uma radiografia inicial, o
que chamamos de Comprimento Aparente de Trabalho (CAT).

3. Radiografia Odontométrica:
Após a introdução da lima, realiza-se uma radiografia odontométrica para verificar a posição da lima
em relação ao ápice radicular.
Principais Objetivos

4. Determinação do CRD:
A radiografia permite medir a distância entre a ponta do instrumento e o vértice radiográfico (ápice
do canal). Essa medida corresponde ao CRD, ou seja, o comprimento real do dente.

5. Ajuste para Determinar o CRT:


PLANEJAMENTO
O Comprimento Real de Trabalho (CRT) é obtido ajustando o CRD em 1 mm aquém do vértice
OPERACIONAL
radiográfico. Se a radiografia indicar que a lima está aquém ou além dessa marca, é necessário
POR ETAPA:
corrigir a medida (avançar ou recuar a lima) e realizar uma nova radiografia para confirmar a
precisão.

Este processo detalhado garante que o canal seja instrumentado e obturado com precisão,
assegurando a eficácia do tratamento endodôntico.
Principais Objetivos

Abscesso Crônico

O abscesso crônico apical: refere-se a uma inflamação de longa duração que se desenvolve na
região apical do dente, geralmente devido à infecção persistente no interior dos canais radiculares.
No caso de Pedro Joaquim, o dente 14 passou inicialmente por um capeamento pulpar direto, que é
uma tentativa de manter a vitalidade da polpa exposta.
PLANEJAMENTO
A evolução indica que o tratamento não foi bem sucedido em manter a vitalidade pulpar e o caso
OPERACIONAL
evoluiu para necrose, seguida de abscesso.
POR ETAPA:

Quando há um erro na odontometria, como ocorreu no caso, e a lima ultrapassa a região apical, há
um risco de levar contaminantes da câmara pulpar para o tecido periapical. Isso contribui para a
formação e agravamento do abscesso crônico, uma vez que a infecção bacteriana é transportada
para além da raiz do dente, afetando os tecidos ao redor. O acidente pode provocar a reagudização
do processo, provocando situações mais graves, como edema, dor, celulite.
Principais Objetivos

Técnica de Clark

As radiografias possuem algumas limitações na sua interpretação devido a imagem radiográfica ser
bidimensional, ou seja, ela só nos fornece informações no que se refere a altura e largura, faltando-
nos a profundidade. Em virtude disso, lança-se mão de alguns artifícios para suprir essa deficiência.
Um dos meios utilizados com essa finalidade é o método de Clark, técnica bastante antiga mas
PLANEJAMENTO pouco divulgada e que, se bem empregada, torna-se de grande valor nos casos de localização de
OPERACIONAL dentes retidos e supranumerários, de corpos estranhos e outros.
POR ETAPA:
A técnica de Clark é baseada na paralaxe. Para ser realizada, o técnico precisa fazer três tomadas
radiográficas. Primeiramente, é feito um raio-X na posição central. Em seguida, o serão feitas
radiografias com variações angulares, para a esquerda e para a direita. A ideia obter uma visão
ampla da mandíbula e da arcada dentária do paciente.
No caso houve um equívoco na interpretação das radiografias o que ocasionou que a região apical
fosse ultrapassada pela Lima
Principais Objetivos

SANTIAGO, Jamiles Rodrigues et al. Tratamento de perfuração endodôntica em clínica-escola: um


relato de caso. Archives Of Health Investigation, v. 7, 2018.

SILVA, C. M. A. et al. Materiais Utilizados para Capeamento Pulpar Direto: uma Revisão da
Literatura. Journal of Health Sciences, v. 19, n. 5, p. 209-209, 2017.
EVIDÊNCIAS
CIENTÍFICAS TROPE, M.; COHEN, S.; HARGREAVES, K. M. Caminho das polpas. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
PARA TOMADA 2017.
DE DECISÃO
(REFERÊNCIAS): DE AZAMBUJA, Taís W. Furlanetto et al. Abscesso crônico associado à fístula extra-oral: revisão de
literatura e apresentação de caso clínico e cirúrgico. Revista da Faculdade de Odontologia de
Porto Alegre, v. 39, n. 1, p. 9-13, 1998.

FREITAS, Claudio de; FENYO PEREIRA, Marlene; VAROLI, Osvaldo José. O método de Clark para
localização radiográfica. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent, p. 420-3, 1996.
Obrigado pela
atenção!

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