30291-Texto Do Artigo-88076-1-10-20170424
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30291-Texto Do Artigo-88076-1-10-20170424
http://dx.doi.org/10.23925/1983-3156.2017v19i1p297-325
Abstract
The object of study of this research is how the Theory of Semiotics Representation
Registers is evident in Brazilian scientific research therefore aims to reveal the level of
coverage, mathematical object, methodological procedures and aspects of Duval most
prevalent theory in these research. In this way, it is a bibliographical research design
with state of the art. The results show the predominance of Basic Education; the variety
of mathematical objects; the highlight of both sequences as Teaching of Mathematics
activities as methodological procedures used and the treatment and conversion
transformations as aspects of the more obvious Duval theory most evident in the mapped
research.
Keywords: Mathematics Education, Theory of Semiotics Representation Registers, State
of the art.
Métodos e Técnicas de Ensino, do Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes e Professora do Programa de
Mestrado e Doutorado - UEPG–PR, e-mail: [email protected]
3
Doutora em Educação – UNICAMP-SP Professora do Programa de Doutorado -UEPG–PR, e-mail:
[email protected]
4 A professora desta disciplina priorizou trabalhos desta natureza por considerar que o enfoque das
pesquisas na área da Educação privilegia o ensino, sendo assim defende que a aprendizagem também
merece ser olhada com atenção.
5 A tese será fundamentada na teoria de Paulo Freire, na concepção de Modelagem Matemática defendida
por Burak (1992, 2010) e na Teoria dos Registros de Representação Semiótica de Raymound Duval.
6 O professor Duval é filósofo e psicólogo. Trabalhou no IREM (Instituto de Pesquisa em Educação
Matemática) de 1970 a 1995 em Estrasburgo, França, onde desenvolveu estudos relevantes sobre Psicologia
Cognitiva. Atualmente é professor emérito na Universidade du Litoral Côte d’Opale, França.
298 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Analisamos os trabalhos publicados nos bancos de dados de dissertações e teses de
algumas instituições de ensino superior, assim como aqueles disponíveis nos periódicos
de Educação Matemática e de Educação, este último, editado na instituição de ensino das
autoras. O processo de busca e análise do total de sessenta e cinco publicações
encontradas, será esclarecido mais adiante.
A organização do presente trabalho foi estruturada em duas partes de forma que os
aspectos mais relevantes da Teoria dos Registros de Representação Semiótica,
fundamentam cada uma delas. Sendo assim, a primeira parte traz as considerações sobre
os procedimentos de coleta de dados. A segunda parte trata tanto da organização como da
análise dos dados e, para concluir, são apresentadas as considerações.
Metodologia
Procedimentos de coleta
Com este propósito, a coleta de dados foi direcionada em busca dos trabalhos publicados
no período de 2010 a 2015, visto que já existem três artigos semelhantes sobre o assunto.
O primeiro deles, de autoria de Colombo, Flores e Moretti (2008), aborda os estudos da
década de 1990 até o ano de 2005 que compreende o levantamento de teses e dissertações
localizados nos bancos de dados dos programas de pós-graduação do Brasil, totalizando
trinta publicações, sendo vinte e sete dissertações e três teses.
O segundo artigo, mostra um apanhado mais geral, visto que Brandt e Moretti (2014)
trazem, nesta produção, além de teses e dissertações, artigos publicados em periódicos e
em eventos da área da Educação Matemática, totalizando vinte e cinco dissertações,
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 299
quatro teses, sete artigos em periódicos e vinte comunicações científicas. Todas estas
publicações aconteceram no período compreendido entre 2006 e 2009.
Já no terceiro, Ferreira, Santos e Curi (2013) mapearam setenta e três dissertações e sete
teses que foram publicadas no período de 2002 a 2012 e estavam disponíveis no acervo
da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Ainda que haja um levantamento dos trabalhos realizados em um período que coincide
com um intervalo do recorte temporal da presente pesquisa (2010 a 2012), optamos por
mantê-lo, visto que as categorias analisadas não são as mesmas.
Uma consulta preliminar nos bancos de dados da CAPES (Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) e do BDTD (Biblioteca Digital Brasileira
de Teses e Dissertações), evidenciou o total de apenas vinte e cinco trabalhos entre
dissertações e teses, no recorte temporal de 2010 a 2014. Este resultado causou-nos
estranheza, principalmente, por não estar incluída nesta relação, as produções orientadas
por uma das autoras deste artigo. Deste modo, estes dados serviram de base para novas
buscas, uma vez que, por meio deles, pudemos observar quais instituições de ensino
superior, tinham em seu corpo docente, profissionais interessados na Teoria dos Registros
de Representação Semiótica. Esta constatação, direcionou-nos para os bancos de dados
das instituições evidenciadas, onde pudemos localizar cinquenta e um trabalhos, sendo
quarenta e quatro dissertações e sete teses.
As buscas se estenderam também, aos periódicos nacionais de Educação Matemática,
assim como, ao periódico editado na instituição de ensino onde as autoras estão
vinculadas, perfazendo quatorze artigos.
Sendo assim, esta pesquisa traz os aspectos mais relevantes encontrados nos resumos de
sessenta e cinco publicações no recorte temporal que foi estendido de 2010 a 2015.
Porém, para que fosse possível o acesso aos aspectos da Teoria dos Registros de
Representação Semiótica adotado nestas produções, houve a necessidade de consultar no
corpo de cada texto, o tópico que trazia subsídios sobre esta teoria, já que, no resumo, não
havia informações suficientes para análise.
Os dados obtidos nos sessenta e cinco trabalhos mapeados foram organizados em quadros
com informações sobre o nível de abrangência, objeto matemático, procedimentos
metodológicos e aspectos abordados da Teoria dos Registros de Representação
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Semiótica, que podem ser observados a seguir. A identificação destas pesquisas, feita por
meio dos números 1 ao 65, está disponível no quadro em anexo, que traz o endereço
eletrônico de cada um deles.
Segue a apresentação dos dados referente ao nível de abrangência das pesquisas
mapeadas, com sua respectiva análise.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 301
[...] em contato com os alunos em sala de aula, bem como com professores,
uma segunda linha de pesquisa, [...] se impôs a mim, aquela da importância e
da variedade das formas de linguagem nas atividades matemáticas. [...] Então
eu me voltei para um tipo de pesquisa que não parou de ganhar importância no
mundo da educação: as investigações sobre as aquisições matemáticas de fim
do ano, nos diferentes níveis de ensino do Collège (DUVAL, 2013 p. 12).
Quanto as aquisições matemáticas que o autor se refere, é importante discutir sobre os
dados a seguir (Quadro 2), que trata dos objetos matemáticos destacados nos trabalhos
mapeados. Este levantamento permitiu identificar que a escolha dos objetos matemáticos
foi feita pelos pesquisadores. Esta escolha se deu em virtude das dificuldades dos alunos
apresentadas em sala de aula; das dificuldades dos professores para organizar os
conteúdos matemáticos a serem ensinados; da relevância destes conteúdos matemáticos
e da preocupação dos professores em compreender como se dá o processo de
aprendizagem.
Alguns dados empíricos são reveladores quanto as razões que levaram os pesquisadores
a escolherem os objetos matemáticos trabalhados. Serão trazidos alguns destes dados para
exemplificar cada motivo que justifique esta escolha.
Sobre as dificuldades dos alunos, por exemplo, Felix (2014) aponta que “Embora tenha
sido utilizada mais de uma representação para uma mesma questão, alguns estudantes
302 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
apresentaram dificuldades em relação ao pensamento algébrico, bem como às operações
aritméticas” (p. 8).
Aqui, vale alertar que as dificuldades as quais os pesquisadores se referem podem ser
relacionadas a dois tipos de erros diferentes, que Duval (2012a) denomina de transitórios
e recorrentes. Os primeiros estão relacionados a um processo matemático particular, ou
seja, um conteúdo específico. Já os segundos são transversais a todos os conteúdos, são
manifestados em todos os níveis de ensino e muitos não são superados. Neste contexto,
Duval (2012a) pondera que os dois tipos de erros muitas vezes não são distinguidos pelos
professores, porque suas pesquisas se limitam às observações feitas em um curto intervalo
de tempo ou no período destinado ao cumprimento de uma sequência de atividades. Neste
caso, todos esses erros são assimilados como transitórios, já que os recorrentes só têm
condições de ser diagnosticados em períodos mais longos.
Os erros apresentados pelos alunos em determinado conteúdo matemático, podem ser
consequências de uma estratégia de ensino equivocada, e estabelecer a melhor forma de
conduzir o ensino deste conteúdo é um desafio para o professor. Isso pode ter motivado
os pesquisadores a definir o objeto matemático, a partir das dificuldades manifestadas
pelos professores para ensiná-los. Esta preocupação é revelada por Ferraz (2010), ao
afirmar que: “Nos estudos preliminares, sobretudo, na revisão bibliográfica, observou-se
que alguns trabalhos constatam as dificuldades que os professores encontram em ensinar
o conteúdo volume de prismas e pirâmides” (p.6).
Quanto à relevância que os pesquisadores dão ao objeto matemático escolhido, podemos
observar a consideração de Lutz (2012), ao pontuar que “Os Parâmetros Curriculares
Nacionais (1999) apontam o ensino de Estatística, a partir do Ensino Fundamental, como
uma necessidade para o entendimento das relações sociais, políticas e econômicas do
mundo globalizado” (p. 7).
Por fim, um exemplo que aponta a preocupação dos pesquisadores em compreender como
se dá o processo de aprendizagem de um objeto matemático específico, é o propósito de
Patrício (2012), ao declarar que “Nosso objetivo foi o de identificar e analisar as
dificuldades na produção e no tratamento de representações dos vetores que caracterizam
lacunas ao aprendizado do conceito desse objeto” (p. 8).
Cada um desses motivos elencados remete à organização do ensino e, por isso, as
pesquisas se voltaram para diferentes e variados procedimentos metodológicos, que estão
organizados no Quadro 3 a seguir. Salientamos que, para discutir cada um desses
procedimentos, serão abordados os dados empíricos coletados à luz da teoria de Duval.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 303
Quadro 3 – Categoria e sub-categorias dos procedimentos metodológicos da pesquisa
Categorias dos Sub-categorias dos procedimentos Identificação da pesquisa
procedimentos metodológicos utilizados na
metodológicos pesquisa
1, 2, 6, 12, 13, 16, 18, 19, 20, 23, 31,
Sequência Didática
3, 38, 61
11, 14, 15, 17, 24, 25, 26, 33, 34, 40,
Sequência Didática com uso de TICs
45, 55
Atividade Matemática 10, 57, 58
Atividade Matemática com uso de
Ensino e 62
TICs
Aprendizagem
Aulas teóricas, resolução de
46
exercícios e sua análise
Resolução de Problemas 7, 19, 41, 44, 47, 49, 50, 54
Objeto de Aprendizagem 9
Estudo do uso da linguagem
21, 42
matemática em sala de aula
Análise do Livro Didático 4, 20, 22, 28, 44, 51, 56
Livro Didático
Livro didático com uso de TICs 29
Investigação Diagnóstica 3, 5, 30, 32, 33, 36, 44, 49
Avaliação Investigação Diagnóstica com uso de
27, 35
TICs
Modelagem
7, 8, 52, 60
Matemática
Pesquisa
39
Bibliográfica
Currículo 43, 49
TICs 43, 48, 50
Revisão de Literatura 53, 59, 63
Análise Documental 59
Não especifica 64, 65
Fonte: Dados da pesquisa
A categoria Ensino e Aprendizagem, compreende as subcategorias Sequência Didática
(com ou sem TICs) e Atividades Matemáticas (com ou sem TICs), que lideram os
procedimentos metodológicos adotados nas pesquisas mapeadas. Um dos pesquisadores
apontou que seu “[...] trabalho relata uma pesquisa qualitativa, cujo objetivo é elaborar,
aplicar e analisar uma sequência didática que aborda a resolução algébrica e
gráfica dos sistemas lineares quadrados com o auxílio do software educacional Winplot”
(JORDÃO, 2011, p. 8). Já, Patrício (2012) revelou que “Para realizar esta tarefa contamos
com o referencial teórico de Raymond Duval [...] em aulas expositivas, atividades em
classe e na exploração de um maior número de representações do objeto matemático
Vetor” (p. 8).
Em que pese a relevância destas pesquisas, há que se deter às advertências de Duval
(2012a) quando alerta sobre a predominância das investigações em didática da
matemática. Nestes casos o autor afirma que, na maioria delas, o objetivo é a elaboração
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de sequência de atividades ou de “engenharia didática”, que visam construir um novo
conceito ou que buscam dados para validar estas sequências em um intervalo de tempo
limitado em apenas algumas sessões e sobre um conteúdo matemático específico. De
acordo com o autor, privilegiar os procedimentos metodológicos não dá conta de enfrentar
diferentes tipos de decalagens, isso leva ao que ele considera tripla razão para atrasos.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 305
Neste trabalho, foram investigadas representações gráficas de triângulos nos
livros didáticos de matemática destinados aos anos iniciais do ensino
fundamental [...] Como suporte teórico adequado para uma pesquisa relativa à
representação de objetos matemáticos recorremos à teoria dos registros de
representação semiótica de Raymond Duval, na qual a diversidade de
representação desempenha um papel central, não só no interior de um mesmo
registro semiótico como nas conversões entre registros distintos (p. 6)
306 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
compreender e de saber utilizar conhecimentos matemáticos para resolver problemas na
realidade” (p. 325).
Outra categoria contemplada no Quadro 3 é a Modelagem Matemática, o procedimento
metodológico adotado em 6% dos trabalhos mapeados. Tortola (2012) desenvolveu esta
metodologia de ensino, adotando os momentos defendidos por Almeida e Dias (2004) e
sintetizou-os utilizando o quadro elaborado por Almeida e Vertuan (2011, p. 28), exposto
a seguir:
Quadro 4 – Momentos da Modelagem Matemática defendidos por Almeida & Dias (2004).
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 307
matemáticos que busca retratar, ainda que parcialmente, aspectos da realidade a ser
modelada” (VIANA E BOIAGO, 2015, p.173).
Preocupamo-nos em discutir as categorias do Quadro 3 que mais se destacaram e no caso
específico da Modelagem Matemática, pelo motivo de ser a metodologia de ensino que
será adotada na tese de uma das autoras da presente pesquisa.
Todos os trabalhos levantados nesta pesquisa trazem subsídios da Teoria dos Registros
de Representação Semiótica, de acordo com as categorias estabelecidas no Quadro 5, que
serão discutidas a seguir.
Aprendizagem da 2, 4, 11, 13, 16, 19, 27, 31, 41, 51, 54, 56, 58, 59, 60,
geometria
Fonte: Dados da pesquisa.
Verificamos que as transformações de tratamento e conversão estão presentes em 95%
dos trabalhos analisados, o que requer uma atenção especial, já que se trata das atividades
cognitivas defendidas por Duval. Desta forma, discutiremos brevemente cada uma delas.
A formação é um traço ou uma união de traços que serve para exteriorizar uma
representação mental e pertence à sistemas semióticos já utilizados por outros. O “[...]
tratamento é uma transformação de representação interna a um registro de representação,
ou a um sistema”. É uma transformação que acontece no interior do mesmo registro. “A
conversão é então uma transformação externa em relação ao registro da representação de
partida” (Duval, 2009, p. 57 e 59). O autor (2009) entende que a atividade cognitiva de
conversão é frequentemente necesssária, visto a grande variedade de mudança de
registros presentes nos processos de ensino, principalmente, quando se utiliza de material
didático impresso, que contém textos, figuras, gráficos, etc. Portanto, alerta que “[...] a
ausência de coordenação entre diferentes registros cria muito frequentemente uma
deficiência para as aprendizagens conceituais” (Duval, 2009, p. 63).
Neste sentido, Moretti e Thiel (2012) reforçam que esta característica proporciona um
ensino hermético, e se apóia em Duval (1993) ao afirma que:
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Sem esta coordenação, o ensino se torna hermético: este fechamento sobre si
mesmo pode persistir mesmo em um ensino que utiliza diferentes registros de
representação. A razão disso se deve ao fato de que não é simplesmente o uso
de diferentes registros a condição necessária para a compreensão matemática,
mas a coordenação entre eles (p. 394).
E esta substituição, em geral, exige algumas condições para que haja sentido
no pensamento natural: a continuidade semântica e a associatividade entre as
expressões a serem substituídas. A distinção, por tudo isto que é considerado
como referencialmente equivalente, entre uma relação de congruência
semântica e uma relação de não congruência, comanda o problema da
significação em matemática: ela é corroborada por uma variação importante de
custo no tratamento cognitivo. Certas dificuldades de aprendizagem
matemática, aparentemente heterogêneas, encontram nesta perspectiva uma
interpretação precisa e fecunda. (DUVAL, 2012b, p. 99).
Já que estes aspectos da Teoria dos Registros de Representação Semiótica estão atrelados
ao discurso, não poderíamos deixar de trazer algumas considerações a respeito das
funções desse discurso, que representam outro aspecto presente em 11% das pesquisas
mapeadas.
As funções discursivas, que têm um potencial teórico significativo para embasar
pesquisas que abordam os processos de ensino e aprendizagem de matemática, aparecem
timidamente nos trabalhos identificados com os números 3, 4, 5, 11, 20, 22 e 44. Para
justificar a relevância deste aspecto da teoria de Duval, entendemos que é necessário
explorar alguns pontos fundamentais a esse respeito.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 309
Quando Duval (2004) se refere à função referencial de designação de objetos, cujo nome
já esclarece o que a função permite, ou seja, designar objetos, discute a importância dos
léxicos sistemáticos na matemática. Para tanto, esclarece que estes léxicos são restritos
porque designam objetos pertencentes a um determinado domínio e podem, inclusive ser
“[...] insuficientes para designar todos os objetos de um domínio particular (p. 97 –
tradução nossa). Os algarismos, que são suficientes para representar os números naturais,
por exemplo, não são suficientes para representar os números decimais, ou os números
inteiros. No primeiro caso, é necessário o uso da vírgula e no segundo, o uso do traço
horizontal para os números negativos, estas notações são símbolos incompletos e
sincategorimáticos, que não designam por si só. No entanto, modificam tanto a
significação como a referência. Podemos portanto, com o uso de apenas dois algarismos,
escrever, por exemplo, o número natural “34”. Porém, no caso dos números “3,4” e “ -
3,4”, é necessário também a utilização dos símbolos incompletos e sincategorimáticos.
A modificação que estes caracteres provocam na formação do número não são para o
aluno, de fácil compreensão e pode representar um custo importante para a aprendizagem.
Os léxicos sistemáticos permitem somente a operação de designação pura da função
referencial de designação de objetos. A referência dos objetos no discurso se efetua ou
“[...] pelo emprego de um signo de identificação que procede da operação de designação
pura, [...] ou bem pelo emprego de uma combinação de signos que provém das operações
(categorização ou descrição, e determinação)” (DUVAL, 2004, p. 99 – tradução nossa).
A operação de categorização simples “Consiste em identificar um objeto com base em
uma de suas qualidades [...]”, por meio de substantivos, verbos ou adjetivos. Por exemplo:
“Seja l a metade do segmento AB...” (DUVAL, 2004, p. 95 – tradução nossa).
A operação de determinação “Consiste em precisar o campo de aplicação da operação de
categorização [...]”. Por exemplo: “seja l a metade do segmento...” (DUVAL, 2004, p. 95
– tradução nossa).
A operação de descrição “Consiste em identificar um objeto cruzando os resultados de
várias operações de categorização”. Por exemplo: “seja l o ponto de interseção das alturas
de um triângulo” (DUVAL, 2004, p. 95 – tradução nossa).
No emprego da língua natural comum, a operação referencial de descrição é menos
recorrente do que no emprego na língua natural especializada. Logo, a operação de
descrição tem maior importância no emprego especializado (lógico-matemático) da
língua natural. Quando a operação de descrição é empregada na língua natural comum,
percebemos que não vai além da simples construção de complemento de um substantivo,
310 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
formando uma dupla substantivo-preposição. Para tanto, Duval (2004) se apropria do
entendimento de Grevisse (1986) e propõe os seguintes exemplos: “‘(lembranças de
sonhos)’ e ‘(o princípio da sanidade)’” (p. 102 – tradução nossa). Porém, quando a
operação de descrição é empregada na língua natural especializada, observamos
encadeamentos de complemento do substantivo. Para este caso, Duval (2004) dá o
seguinte exemplos “‘(o ponto de (cruzamento de (duas bissetrizes de um
triângulo)))...’”(p.102 – tradução nossa).
Duval (2004) esclarece que esta diferença não pode ser desprezada na aprendizagem e se
embasa na pesquisa de Tomassone (1990), feita a partir dos resultados do desempenho
dos alunos na avaliação nacional da França (setembro/1989), em matemática e na língua
francesa, que aponta uma oposição entre duas populações. Uma dessas populações
compreende os enunciados que têm uma constituição complexa, ou seja, que contém
expansões e encadeamentos, no entanto, não conhece bem a estrutura da frase. Já, a outra
população conhece bem a estrutura da frase, mas tem dificuldade na compreensão dos
enunciados complexos. Neste sentido, Duval alerta que o segundo grupo precisa de “[...]
uma aprendizagem específica desta prática recorrente para designar objetos” para que
tenha acesso ao emprego especializado da língua natural (2004, p. 104 – tradução nossa).
Especificidades sobre as demais funções discursivas, ou seja, sobre a função apofântica
de enunciado completo, a função de expansão discursiva e a função de reflexividade,
serão essenciais para a análise dos dados da tese de uma das autoras do presente trabalho.
Porém, não há no presente trabalho, espaço suficiente para esta discussão, que pode ser
consultada no segundo capítulo da principal obra do autor7.
Outro aspecto da teoria dos Registros de Representação Semiótica observado em 23%
dos trabalhos pesquisados se refere ao aprendizado da geometria. Neste sentido, Duval
(2011) coloca que “[...] para ver matematicamente uma figura ou um desenho é preciso
mudar o olhar sem que a representação visual no papel ou no monitor seja modificada”
(p. 86). Isto exige que sejam consideradas as dimensões das unidades figurais, ou seja,
3D para os cubos, pirâmides e esferas, 2D para os polígonos e círculos, 1D para as retas
e curvas e 0D para o ponto. Além disso “[...] é preciso também distinguir as
representações físicas dessas unidades figurais [...]” (DUVAL, 2011, p. 86).
Duval (2011) questiona a pertinência sobre a oposição feita entre desenho e figura ao
afirmar que essa oposição “[...] ignora a complexidade da maneira matemática de ver para
7 Semiosisy pensamento humano: registros semióticos y aprendizajes intelectuales. Colômbia: Peter Lang
S.A, 2004. Tradução M. V. RESTREPO.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 311
poder utilizar em um encaminhamento matemático o que é dado a ver” (p. 92). Sugere,
portanto, duas condições para que a aprendizagem promova essa consciência.
Em primeiro lugar, é preciso propor tarefas em que se exclua toda atividade de
medida e de cálculo. Para aprender a ver, os alunos devem aprender a trabalhar
sem recorrer primeiro aos aspectos métricos. [...] Em segundo lugar, a
organização de tarefas, não pode ser a mesma para as operações merológicas
de reconfiguração e para aquelas de desconstrução dimensional. As operações
merológicas de reconfiguração se apoiam sobre a percepção. [...] A
desconstrução dimensional se faz contra a percepção, isto é, contra o
reconhecimento imediato de unidades figurais [...] (DUVAL, 2011), p. 92 e
93).
Feitas as análise dos dados mais relevantes das pesquisas mapeadas nesta busca,
concluimos com as considerações a seguir.
Considerações
312 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
facilite o diagnóstico criterioso de suas compreensões e incompreensões. Isso possibilita
a elaboração de estratégias que são capazes de estimular os mecanismos intelectuais
necessários a solução dos problemas matemáticos, o que vem ao encontro da Modelagem
Matemática defendida por Burak (1992).
Pretendemos analisar os dados da tese em questão com embasamento no referencial
teórico discutido ao longo do trabalho, logo, as funções discursivas serão consideradas e
este aspecto da teoria foi abordado somente em 11% das publicações levantadas. Neste
sentido, as funções discursivas são somente citadas nos trabalhos identificados com os
números 11, 22 e 44. Os dados dos trabalhos 3, 4 e 5 são analisados de acordo com os
fundamentos da função de expansão discursiva, as demais funções discursivas não são
consideradas nestas pesquisas. O trabalho 20 somente cita as funções discursivas com
ênfase nos registros discursivos e nos registros não discursivos.
Não há qualquer pesquisa que adota a metodologia da Modelagem Matemática e que
aborda as funções discursivas da teoria de Duval.
Estas evidências indicam que o objeto de estudo da tese de uma das autoras do presente
trabalho tem um caráter inovador e apresenta contribuições tanto para a Educação
Matemática como para a prática docente.
Referências
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 313
COLOMBO, J. A. A.; FLORES, C. R; MORETTI, M. T. Registros de representação
semiótica nas pesquisas brasileiras em educação matemática: pontuando tendências.
Zetetiké – Revista de Educação Matemática, Campinas, v. 16, n. 29, p. 41-72, jan./jun.
2008.
314 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
MORETTI, M. T., THIEL, A.A. O ensino da matemática hermético: um olhar crítico a
partir dos registros de representação semiótica. Práxis Educativa. Ponta Grossa, v. 7 n.
2, p. 379 – 396, 2012.
SILVA, A. B. da. Triângulos nos livros didáticos de matemática dos anos iniciais do
Ensino Fundamental: um estudo sob a luz da teoria dos registros de representação
semiótica. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Pernambuco. Recife,
2014.
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 315
Anexos
PROFISSIONAL
TECNOLOGIA
GROSSA – PR
MESTRADO
02 2013
EDUCAÇÃO
03 2010
EDUCAÇÃO
EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA MATEMÁ´TICA
EDUCAÇÃO
ENSINO DE
funções
06 2011
EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS E
ENSINO DE
07 2012
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?view=vtls000181740
Fonte: Dados da pesquisa
316 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
MATEMÁTICA
DOUTORADO
EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS E
08 2013
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?view=vtls000182899
Estudo dos registros de representação Anágela Cristina Rosana Figueiredo
MESTRADO EM
MATEMÁTICA
EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS E
ENSINO DE
aprendizagem
09 2014
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?code=vtls000191248
LONDRINA – PR
MATEMÁTICA
EDUCAÇÃO
CIÊNCIAS E
ENSINO DE
http://www.bibliotecadigital.uel.br/document/?view=vtls000198985
Ensino e aprendizagem da integral de Claudete Cargin Rui Marcos de
EM EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
DOUTORADO
PARA A
http://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/642/1/UEM_PPGCM_D_Cargnin%2c%20Claudete_2013.pdf
Estudo dos registros de Representação Silvia Teresinha Clélia Maria
EM EDUCAÇÃO
MARINGÁ – PR
MATEMÁTICA
DOUTORADO
CIÊNCIA E A
http://www.pcm.uem.br/uploads/silvia-teresinha-frizzarini--17022014.compressed_1434860412.pdf
MARINGPA – PR
MATEMÁTICA
CIÊNCIA E A
EDUCAÇÃO
http://www.pcm.uem.br/uploads/flavia-cheroni-da-silva-brita--23042015_1436982877.pdf
Registros de representação semiótica e o José Roque Méricles Thadeu
MESTRADO EM
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
funções trigonométricas
14 2010
http://www.tede.ufsc.br/teses/PECT0124-D.pdf
Fonte: Dados da pesquisa
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 317
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
Luiz Moretti
UFSC – SC
15 2010
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/96199/310076.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Registros de representação semiótica e Nicélio José Gesser Méricles Thadeu
MESTRADO EM
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
Moretti
UFSC – SC
17 2012
http://www.tede.ufsc.br/teses/PECT0170-D.pdf
MESTRADO EM
Moretti
UFSC – SC
http://tede.ufsc.br/teses/PECT0183-D.pdf
Registros semióticos em Suelen Maggi Méricles Thadeu
MESTRADO EM
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
Scheffer Vieira
na resolução de problemas triparticionados
19 2013
http://tede.ufsc.br/teses/PECT0192-D.pdf
Práticas matemáticas no plano Afrânio Méricles Thadeu
EM EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
DOUTORADO
Moretti
UFSC – SC
http://tede.ufsc.br/teses/PECT0207-T.pdf
Fonte: Dados da pesquisa
318 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/101091/317384.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Da tinta ao Braille : estudo de diferenças Daiana Zanelato dos Méricles Thadeu
MESTRADO EM
TECNOLÓGICA
CIENTÍFICA E
EDUCAÇÃO
http://tede.ufsc.br/teses/PECT0249-D.pdf
Uma sequência didática para o ensino de Maurício Ramos João Feliz Duarte de
MESTRADO EM
MATEMÁTICA
ENSINO DE
modalidade PROEJA
23 2012
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/49625/000850523.pdf?sequence=1
Introdução às expressões algébricas na Anderson de Abreu Alvino Alves
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
24 2014
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/107253/000945624.pdf?sequence=1
Matemática dinâmica : uma abordagem Eliana Bevilacqua Maria Alice Gravina
MESTRADO EM
MATEMÁTICA
ESNINO DE
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/108425/000948600.pdf?sequence=1
Aprendizagem de estatística na EJA com Reinaldo Feio Lima Lori Viali
MESTRADO EM
EDUCAÇÃO EM
MATEMÁTICA
CIÊNCIAS E
http://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/6895/1/000462336-Texto%2bCompleto-0.pdf
Fonte: Dados da pesquisa
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 319
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
EDUCAÇÃO
27 2010
http://livros01.livrosgratis.com.br/cp137881.pdf
O tratamento dado ao conceito de função em Lígia Maria Silva Benedito Antônio da
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
28 2010
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11633
Sólidos arquimedianos e Cabri 3D: um Talita Carvalho Maria José Ferreira
MESTRADO EM
MATEMÁTICA
ENSINO DE
renascimento
29 2010
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=10963
Funções monotônicas: alunos da 3ª série do José Zucco Sônia Barbosa
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11490
Prisma e pirâmide: um estudo didático de Marcelo Cardoso Maria José Ferreira
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
31 2010
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11493
Representações gráficas: conhecimentos Marcelo Dugan Benedito Antônio da
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=11964
Fonte: Dados da pesquisa
320 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
MATEMÁTICA
MESTRADO
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12314
Um estudo sobre a função algébrica e gráfica Ana Lúcia Barbara Lutaif
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
Ensino Médio
34 2011
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12901
Uma abordagem funcional para o ensino de Fernando da Silva Barbara Lutaif
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
35 2011
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12905
MAATEMÁTICA
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12969
Um estudo exploratório das relações Edson Eduardo Barbara Lutaif
PROFISSIONAL
EM ENSINO DE
MATEMÁTICA
MESTRADO
http://www.sapientia.pucsp.br//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=12983
Sistemas de equações lineares: uma proposta Nilza Aparecida de Celina Aparecida
EM EDUCAÇÃO
PROFISSIONAL
MATEMÁTICA
MESTRADO
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=16654
Os signos peirceanos e os registros de Cintia Rosa da Silva Saddo Ag
EM EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
DOUTORADO
https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/10982/1/Cintia%20Rosa%20da%20Silva.pdf
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 321
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17020
As transformações geométricas em um jogo Ediedete Pinheiro Maria José Ferreira
EM EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA
DOUTORADO
41 2014
http://www.sapientia.pucsp.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=17825
SOROCABA – SP
CIÊNCIAS
EXATAS
42 2013
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=7013
Tânia Mara Amorim Paulo César Oliveira
MESTRADO EM
SOROCABA – SP
utilização do geogebra
43 2014
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=8383
EM EDUCAÇÃO
DOUTORADO
https://www.marilia.unesp.br/Home/Pos-Graduacao/Educacao/Dissertacoes/neres_rl_do_mar.pdf
(Res)significando a educação estatística no Everton José Monica Fürkotter
MESTRADO EM
PRUDENTE – SP
EDUCAÇÃO
PRESIDENTE
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bpp/33004129044P6/2010/estevam_ejg_me_prud.pdf
MATEMÁTICA E
CIENTÍFICA
http://repositorio.ufpa.br/jspui/bitstream/2011/2680/1/Dissertacao_DificuldadesRelacionadasAprendizagem.pdf
322 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Quadro 6 - Identificação da pesquisa CAPES e BDT (continuação)
TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO
http://repositorio.ufpe.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3808/arquivo48_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y
MATEMÁTICA E
TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO
Andrade
48 2010
http://repositorio.ufpe.br:8080/bitstream/handle/123456789/4038/arquivo85_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y
MATEMÁTICA E
TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO
http://repositorio.ufpe.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/3742/arquivo2882_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y
MATEMÁTICAA
TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO
http://repositorio.ufpe.br/bitstream/handle/123456789/3980/arquivo6777_1.pdf?sequence=1&isAllowed=y
MATEMÁTICA E
TECNOLÓGICA
EDUCAÇÃO
http://repositorio.ufpe.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/12557/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Amanda%20Barbosa%20da%20Silva.pdf?sequence=1&isAllowed=y
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 323
Quadro 7 - Identificação da pesquisa periódicos
Autor
52 2010
https://www.fe.unicamp.br/revistas/ged/zetetike/article/view/2800/2464
2014. V. 16, n. 2
http://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/17380/pdf
54 2015
Autor
http://revistas.pucsp.br/index.php/emp/article/view/25673/pdf
http://www.sbem.com.br/revista/index.php/emr/article/view/329/pdf
REVEMAT –
Deise Pedroso Maggio,
p. (38-47)
v. 5, n. 1,
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2010v5n1p38/21140
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2012v7n2p53/23453
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2012v7n2p266/23465
Fonte: Dados da pesquisa
324 Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017
Quadro 7 - Identificação da pesquisa periódicos (continuação)
REVEMAT – p. (177-193)
V. 8, n. 2 –
Uma reflexão teórica acerca do papel dos Fernanda Aparecida
Revista Eletrônica
registros de representação semiótica em Ferreira,
59 de Educação 2013
atividades de demonstrações matemáticas em Cintia Aparecida Bento dos
Matemática – ISSN:
Geometria Euclidiana Santos
1981 – 1322
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2013v8n2p177/26027
REVEMAT –
p. (162-182)
v. 10, n. 1,
https://periodicos.ufsc.br/index.php/revemat/article/view/1981-1322.2015v10n1p162/30048
ACTA SCIENTIAE
V. 13, n. 2,
Cristina Aparecida de
p. (55-70)
– Revista de Ensino
Registros de representação semiótica: um Melo Piza,
61 de Ciências e 2011
estudo sobre a parábola Angela Marta Pereira das
Matemática – ISSN:
Dores Savioli
2178-7727
http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/acta/article/view/13/11
Em teia: Revista de
Educação Articulando as representações algébricas e a
V. 2, n. 3,
p. (1-26)
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/4144/3214
p. (305-330)
V. 7, n. 2,
Práxis Educativa
Quais teorias e métodos para a pesquisa sobre
65 ISSN: 1809-4031 2012 Raymound Duval
o ensino da matemática?
e-ISSN:1809-4309
http://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/4694/3209
Fonte: Dados da pesquisa
Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.19, n.1, 297-325, 2017 325