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ISABELLY COSTA RIBEIRO

PRODUÇÃO TEXTUAL INTERDISCIPLINAR INDIVIDUAL


ESTUDO DE CASO: LOGÍSTICA REVERSA NO SETOR DA RADIOLOGIA

SÃO PAULO – SP
2024

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ISABELLY COSTA RIBEIRO

ESTUDO DE CASO: LOGÍSTICA REVERSA NO SETOR DA RADIOLOGIA

Trabalho apresentado à Universidade


ANHANGUERA, como requisito parcial para
a obtenção de média semestral nas
disciplinas do 1º semestre de Radiologia.

Tutor EAD: Brunna Emanuella Franca


Robles

São Paulo- SP
2024

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 4
2 DESENVOLVIMENTO 5
2.1.2 Análise Crítica 6
2.1.3 Estratégias da Logística Reversa 7
2.2.1 Logística Reversa na Área da Saúde 8
2.2.2 Vantagens de Implantação 8
2.3 ATIVIDADE 3 9
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 12

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1 INTRODUÇÃO

O Projeto Integrado CST em Radiologia oferece uma análise abrangente da


evolução histórica da radiologia, destacando a popularização dos filmes de raios-X a
partir de 1914 e a introdução dos primeiros aparelhos no Brasil no final do século
XIX. José Carlos Ferreira Pires, pioneiro no país, instalou o primeiro aparelho de
raios-X no interior de Minas Gerais em 1897. O estudo ressalta a composição dos
filmes radiográficos, incluindo base, emulsão e camada protetora, fornecendo uma
visão detalhada da tecnologia.

O caso prático sobre Logística Reversa no Setor de Radiologia apresenta o


processo de reciclagem das radiografias, enfatizando a importância da separação,
lavagem e extração de prata, além do tratamento adequado da água utilizada. A
atividade subsequente propõe um plano de implementação de Logística Reversa no
setor de radiodiagnóstico, com foco em conscientização e sustentabilidade.

Os passos incluem análise de desafios, crítica da situação atual do setor e


elaboração de estratégias, abordando a conscientização do consumidor sobre a
sustentabilidade. Referências técnicas reforçam o embasamento teórico,
contemplando normas, gestão de resíduos e caracterização da Logística Reversa.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ATIVIDADE 1

2.1.1 Análise de Desafios

O gerenciamento adequado dos resíduos provenientes de serviços


radiológicos é uma preocupação crescente, com seu potencial impacto ambiental e
riscos à saúde pública. Diversas atividades humanas, especialmente nas áreas
urbanas, têm contribuído para a geração de resíduos, com implicações significativas
para o meio ambiente (Morais, 2011).
A problemática, no entanto, não reside apenas na quantidade de resíduos
gerados, mas também na inadequada destinação e tratamento desses materiais
(Morais, 2011). Disserta em sua obra Villar (2019), que os resíduos de serviços de
saúde (RSS) provenientes da prática radiológica são especialmente relevantes,
representando uma parcela pequena (1 a 3%) do total de resíduos sólidos urbanos,
mas com alto potencial de risco ambiental e à saúde. Esses resíduos são originados
principalmente de atividades odontológicas, onde são gerados materiais
perfurocortantes, produtos químicos e filmes radiográficos. A pesquisa realizada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que a maioria dos
municípios brasileiros não possui um sistema adequado para coleta, tratamento e
disposição final dos RSS (IBGE, 2000).
Para Pedrosa a disposição inadequada desses resíduos em aterros, lixões e
locais impróprios contribui para a contaminação do solo, água e ar. Além disso, a
falta de recursos financeiros e tecnológicos, especialmente em países em
desenvolvimento, agrava a situação, comprometendo o gerenciamento eficaz dos
RSS (MORAIS, 2011). Para Campos (2023), “no âmbito da odontologia, os resíduos
provenientes dos procedimentos radiográficos, como filmes radiográficos, soluções
reveladoras e fixadoras, apresentam desafios adicionais”. A prata presente nos
filmes radiográficos, por exemplo, é considerada um contaminante potencial, sendo
fundamental adotar práticas de reciclagem para minimizar impactos ambientais
(CAMPOS, 2023). A legislação brasileira, representada pela Resolução da Diretoria

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Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (RDC-ANVISA) nº 306/2004,
estabelece diretrizes para o gerenciamento dos RSS. O não cumprimento dessas
diretrizes pode acarretar punições, conforme estabelecido pela Lei nº 6.437/1977,
que prevê desde notificações até multas expressivas. Além disso, a Lei de Crimes
Ambientais (Lei nº 9.605/98) e a Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº
6.938/81) responsabilizam civil, administrativa e criminalmente aqueles que
contribuem para atividades lesivas ao meio ambiente (BRASIL, 2020).

2.1.2 Análise Crítica

A pesquisa bibliográfica sobre o tema revela uma situação preocupante no


que diz respeito ao gerenciamento dos resíduos provenientes de serviços
radiológicos. A ausência de infraestrutura adequada e práticas eficazes para o
descarte e destino correto desses rejeitos configura-se como um desafio não apenas
no âmbito nacional, mas também em contextos globais. A conscientização emerge
como um ponto crucial nesse cenário. Profissionais de saúde, notadamente aqueles
envolvidos em procedimentos radiológicos, carecem de um entendimento mais
aprofundado sobre os riscos associados ao descarte inadequado de resíduos.
Nesse contexto, a implementação de programas de educação ambiental se mostra
essencial para informar e sensibilizar esses profissionais, promovendo práticas
sustentáveis. A análise crítica aponta, ainda, para a carência de sistemas
apropriados para a coleta, tratamento e disposição final dos resíduos de serviços
radiológicos. Surge a necessidade de investimentos substanciais em infraestrutura,
possibilitando a criação de instalações especializadas capazes de lidar de maneira
segura com esses materiais. Além disso, a presença de materiais valiosos, como a
prata nos filmes radiográficos, destaca a importância de se incentivar práticas de
reciclagem. A implementação de incentivos financeiros e legislação específica para
a recuperação desses materiais pode tornar a reciclagem uma alternativa viável e
economicamente atrativa.
2.1.3 Estratégias da Logística Reversa

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No contexto do segmento de Radiologia, a implementação de estratégias
eficazes de Logística Reversa emerge como uma necessidade premente,
impulsionada pela urgência de lidar com os rejeitos e promover a sustentabilidade.
Como líder nesse setor, a responsabilidade transcende a excelência técnica,
abraçando também o compromisso ambiental. Nesse cenário, estratégias
abrangentes, tanto online quanto offline, se fazem indispensáveis.
A criação de uma plataforma online destinada à devolução de equipamentos e
materiais radiológicos desempenha um papel crucial. Essa abordagem proporciona
aos clientes a facilidade de solicitar a coleta de itens obsoletos ou danificados,
incorporando praticidade ao processo. Paralelamente, um programa de reciclagem
online pode ser instaurado, incentivando a devolução responsável de materiais,
como filmes radiográficos, por meio de pontos específicos ou retornos gratuitos.
Incentivos, como descontos em futuras aquisições, surgem como instrumentos
eficazes para motivar a participação ativa.
Além do âmbito digital, a formação de parcerias com centros de saúde e
clínicas, resultando na instalação de pontos físicos de coleta em locais estratégicos,
representa uma iniciativa offline valiosa. Esta medida simplifica o processo para os
profissionais da área e fomenta a disseminação da prática sustentável.
A conscientização, tanto online quanto offline, se mostra como um pilar
essencial. Campanhas veiculadas em mídias sociais, e-mails informativos e
materiais impressos em clínicas constituem ferramentas que ampliam a visibilidade
das ações de Logística Reversa. A disseminação do conhecimento sobre a
importância da devolução responsável de equipamentos e materiais permeia tanto a
esfera digital quanto o ambiente físico. No contexto educacional, a implementação
de programas de treinamento para profissionais de saúde destaca-se como uma
estratégia fundamental. Tais programas abordariam as melhores práticas de
logística reversa, incluindo a separação adequada de resíduos, o manuseio seguro e
a relevância do retorno responsável. Esta abordagem alinha os profissionais com os
princípios da sustentabilidade.

2.2 ATIVIDADE 2

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2.2.1 Logística Reversa na Área da Saúde

A Logística Reversa na área da saúde refere-se ao processo de


planejamento, implementação e controle do fluxo reverso de produtos, materiais e
resíduos, desde o ponto de consumo até o ponto de origem. Em contraste com a
logística tradicional, que gerencia o movimento direto de produtos da fonte para o
consumidor, a logística reversa lida com o retorno de itens, especialmente aqueles
que envolvem aspectos de saúde, como equipamentos médicos, medicamentos e
resíduos hospitalares.
A importância da Logística Reversa na área da saúde é multifacetada.
Primeiramente, ela contribui para o gerenciamento adequado dos resíduos gerados
no setor, promovendo práticas sustentáveis e atendendo às normativas ambientais.
A correta disposição de resíduos hospitalares é essencial para evitar impactos
adversos à saúde pública e ao meio ambiente, sendo a Logística Reversa um
instrumento vital nesse processo.
Além disso, a Logística Reversa na área da saúde é crucial para o
reaproveitamento de equipamentos médicos e a destinação apropriada de
medicamentos vencidos ou não utilizados. Essa prática não apenas reduz o
desperdício, mas também permite a recuperação de recursos valiosos, contribuindo
para a sustentabilidade econômica.

2.2.2 Vantagens de Implantação

Logística Reversa, no contexto da área da saúde, é uma abordagem


estratégica que visa gerenciar de forma eficiente o retorno dos produtos e resíduos
ao longo da cadeia de suprimentos, desde a fase pós-consumo até a destinação
final. Sua importância é evidente nas consequências positivas que traz para o meio
ambiente, a economia de recursos e a imagem corporativa das empresas.
Em primeiro lugar, a Logística Reversa desempenha um papel crucial na
sustentabilidade ambiental. Ao estabelecer processos adequados para a coleta,
transporte e tratamento dos resíduos, as empresas da área da saúde conseguem
mitigar impactos negativos decorrentes do descarte inadequado. Isso não apenas

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preserva ecossistemas sensíveis, mas também contribui para o cumprimento de
normativas ambientais, evitando sanções legais e reforçando a responsabilidade
socioambiental das organizações.
A economia de recursos é outra dimensão relevante proporcionada pela
Logística Reversa. A recuperação de materiais e equipamentos descartados viabiliza
a reutilização e reciclagem, reduzindo a necessidade de extração de matéria-prima
virgem. Esse aspecto não apenas resulta em benefícios econômicos, minimizando
custos associados à aquisição de novos insumos, mas também contribui para a
preservação de recursos naturais escassos.
A imagem corporativa positiva é uma terceira vantagem evidente da
implementação da Logística Reversa nas empresas da área da saúde. Ao adotar
práticas sustentáveis, as organizações não apenas atendem às expectativas
crescentes dos consumidores por responsabilidade ambiental, mas também
fortalecem sua reputação no mercado. A consciência do consumidor contemporâneo
valoriza empresas comprometidas com a sustentabilidade, tornando a Logística
Reversa uma estratégia que vai além dos aspectos operacionais, influenciando
diretamente na percepção do público em relação as marcas

2.3 ATIVIDADE 3

A implementação efetiva da RDC 330 pela prestação de serviços de


radiologia representa um passo significativo na garantia da segurança e eficácia dos
produtos relacionados à saúde, contribuindo para a proteção da saúde da
população, dos profissionais e do meio ambiente.
Em primeiro lugar, a RDC 330 estabelece requisitos específicos que visam
assegurar a qualidade dos produtos e serviços em radiologia. Ao cumprir essas
normativas, os serviços de radiologia garantem que os equipamentos e materiais
utilizados atendam a padrões rigorosos de desempenho, minimizando a ocorrência
de falhas ou defeitos que poderiam comprometer a segurança dos pacientes e
profissionais envolvidos.
Além disso, a RDC 330 aborda aspectos relacionados à proteção radiológica,
estabelecendo limites e controles para a exposição à radiação ionizante. Ao seguir

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essas diretrizes, os serviços de radiologia conseguem mitigar os riscos associados à
exposição desnecessária, protegendo tanto os pacientes quanto os profissionais de
saúde envolvidos nas práticas radiológicas. Outro ponto relevante é o impacto
ambiental. A normativa estabelece critérios para a gestão adequada de resíduos
radioativos e materiais contaminados, contribuindo para a preservação do meio
ambiente. A correta disposição desses resíduos minimiza os riscos ambientais e
protege ecossistemas sensíveis.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

No desfecho deste projeto integrado, constata-se que a abordagem da


Logística Reversa no setor de Radiologia emerge como um elemento crucial para a
promoção da sustentabilidade e o gerenciamento responsável de resíduos. A análise
crítica, embasada em fundamentos teóricos e práticos, revelou a relevância da
conscientização ambiental e da aplicação de estratégias eficazes. Ao longo deste
estudo, verificou-se que a Logística Reversa não apenas atende a exigências
regulatórias, como também se configura como uma ferramenta estratégica para a
eficiência operacional e a mitigação dos impactos ambientais. A Resolução da
Diretoria Colegiada (RDC) 330 e a Política Nacional de Resíduos Sólidos emergem
como balizadores fundamentais, contribuindo para a melhoria da segurança e
eficácia dos produtos radiológicos. A conscientização e a participação ativa da
sociedade, impulsionadas pela cidadania ambiental, são percebidas como
elementos propulsores de mudanças significativas.
A interconexão entre bioética, cidadania ambiental e práticas sustentáveis no
campo da Radiologia evidencia a necessidade de um compromisso ético e social na
construção de um ambiente saudável.
A contextualização histórica das preocupações ambientais e o debate sobre
cidadania transnacional proporcionaram uma compreensão mais ampla dos desafios
enfrentados pelo Brasil. A implementação de programas de logística reversa ganha
ainda mais importância diante do contexto político e das exigências normativas.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

VILLAR, Adriano; NIEUWENHOFF, Denise. A importância da Logística


Reversa no descarte de filmes radiológicos. 2019. OSELKA, Gabriel; GARRAFA,
Volnei; COSTA, Sergio Ibiapina Ferreira. Iniciação à bioética. In: Iniciação à
bioética. 1998. p. 302-302. VEIGA, José Eli. Meio ambiente & desenvolvimento /. 4ª
ed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2012

Morais l. Avaliação do plano de gerenciamento de resíduos de serviços de


saúde da área odontológica [dissertação]. Anápolis: Centro Universitário de
Anápolis; 2011
VEIGA, José Eli. Meio ambiente & desenvolvimento /. 4ª ed. – São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2012

BRASIL. Lei 12.305, de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos; altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Poder Executivo,
Brasília, DF, 03 ago. 2010. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Lei/L12305.html>. Acesso
em: 19 março. 2024

BRASIL. Lei Federal Nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as


sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao
meio ambiente, e dá outras providências. Disponível em
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.html >. Acesso em 18 março. 2024
BRASIL. Lei 6.938, de 31 de agosto de 1981.

SELKA, Gabriel; GARRAFA, Volnei; COSTA, Sergio Ibiapina Ferreira.


Iniciação à bioética. In: Iniciação à bioética. 1998. p. 302-302.

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