Experimento 2 - Física Exp 2

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

BACHARELADO INTERDISCIPLINAR EM CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS

FÍSICA EXPERIMENTAL – II

TURMA: 01 – 3M34

ITALLO RENAN RIBEIRO DA SILVA

JOÃO LUCAS LOURENCIO DE SOUSA

MARCO PAULO PIRES MARTINS JUNIOR

WESLEY FERREIRA COSTA

RESISTORES

São Luís

2024
ITALLO RENAN RIBEIRO DA SILVA

JOÃO LUCAS LOURENCIO DE SOUSA

MARCO PAULO PIRES MARTINS JUNIOR

WESLEY FERREIRA COSTA

RESISTORES

Relatório científico apresentado para a


Disciplina de Física experimental– II, pelo curso
de Bacharelado Interdisciplinar em Ciências e
Tecnologia (BICT) da Universidade Federal do
Maranhão (UFMA), ministrado pelo docente
Paulo Rogério.
SUMÁRIO

RESUMO 4
1. INTRODUÇÃO 5
2. ABORDAGEM TEÓRICA 6
3. OBJETIVO 9
4. METODOLOGIA 10
4.1 MATERIAIS 10
4.2 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 10
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES 11
6. CONCLUSÃO 16
REFERÊNCIAS 17
RESUMO

Neste relatório, apresentaremos os resultados de um experimento realizado com


resistores, componentes fundamentais em circuitos elétricos e eletrônicos. O objetivo
principal foi analisar suas propriedades, como resistência, tolerância, dissipação de
potência e comportamento em diferentes condições de operação. Para isso, utilizamos
resistores de diversos tipos e especificações, avaliando suas características teóricas e
práticas por meio de medições realizadas com instrumentos de precisão, como
multímetros e fontes de alimentação. O experimento baseou-se nos conceitos
fundamentais da Lei de Ohm e das associações em série e paralelo, permitindo verificar
a relação entre corrente, tensão e resistência em diferentes configurações. Além disso,
exploramos fatores que podem influenciar o desempenho dos resistores, como variações
de temperatura e desvios em suas especificações nominais. Ao longo deste relatório,
descreveremos detalhadamente os procedimentos realizados, apresentaremos os dados
coletados, analisaremos os resultados obtidos e discutiremos possíveis discrepâncias em
relação aos valores teóricos. Por fim, serão destacadas as conclusões gerais do
experimento e suas implicações para o estudo de circuitos elétricos.
1. INTRODUÇÃO

Resistores são dispositivos eletrônicos utilizados em circuitos elétricos para controlar


a passagem de corrente elétrica por meio do efeito Joule (também conhecido como efeito
térmico). Efeito Joule é uma lei da física que mostra a relação entre o calor gerado e a
corrente elétrica que percorre o condutor por um determinado período de tempo.

Expressa pela equação:

• Q é o calor gerado por uma corrente elétrica percorrendo uma determinada resistência
elétrica por determinado tempo;
• I é a corrente elétrica que percorre o condutor;
• R é a resistência elétrica do condutor;
• t é o tempo em que a corrente elétrica percorreu o condutor.

Caso a corrente não seja constante em relação ao tempo:

A lei tem esse nome por conta do físico britânico James Prescott Joule (1818-1889)
que estudou o fenômeno em 1840 e logo no ano seguinte publicou sua pesquisa na revista
Philosophical Magazine. Também conduziu estudos sobre a natureza do calor, o que o
direcionou para a teoria da conservação da energia (à primeira lei da termodinâmica).

Como dito antes, os resistores são dispositivos eletrônicos que resistem à passagem
de corrente elétrica por um condutor. São feitos a partir de materiais dielétricos (também
chamados de isolantes, são materiais com alta resistência a corrente elétrica, como:
borracha, plásticos, porcelana, madeira, vidro, carvão e muitos outros). Os dielétricos
fazem oposição à corrente, graças a sua característica química, nesses materiais os
elétrons estão fortemente ligados ao núcleo do átomo, logo não há elétrons livres,
impedindo a passagem de elétrons e impossibilitando a formação da corrente elétrica no
meio.

Os resistores são normalmente construídos com um tubo cerâmica no centro, que


é ligada a dois terminais metálicos, um em cada ponta do tubo, coberta por algum material
resistivo, como o carbono puro, envolto em um material isolante, onde podemos encontrar
as suas listras coloridas que indicam a resistência específica do resistor.

2. ABORDAGEM TEÓRICA

No começo do século XIX, Georg Simon Ohm (1787-1854) mostrou


experimentalmente que a corrente elétrica, em condutor, é diretamente proporcional a
diferença de potencial aplicada. Essa constante de proporcionalidade é a resistência do
material. Então de acordo com os experimentos de Ohm, temos que:

V = RI

R = Resistência
V = Tensão elétrica
I = Corrente elétrica
Quando o condutor está em equilíbrio eletroestático, o campo elétrico é nulo no
seu interior. No entanto, ao passar uma corrente elétrica por este condutor, ele deixa de
estar em equilíbrio eletroestático, fazendo com que as cargas se movam através dele,
impulsionadas pelo campo elétrico. Logo, o campo elétrico segue a mesma direção que a
corrente elétrica. A relação entre diferença de potencial e a corrente é chamada de
resistência de um segmento. Este segmento é chamado de resistor. A unidade de
resistência elétrica no Sistema Internacional de Unidades (SI), volt por ampère, é
denominada ohm (Ω).
𝐕
𝐑=
𝐈

Para diversos materiais, a resistência não está relacionada à diferença de potencial


ou à corrente elétrica. Os materiais que possuem essa propriedade, sendo muitos deles
metais, são conhecidos como materiais ôhmicos. Nestes materiais, a redução de tensão
entre as extremidades de um segmento de condutor é diretamente proporcional à corrente
elétrica. Logo, o gráfico representa uma reta, cuja inclinação corresponde ao valor da
resistência elétrica do material (Fig. X).

Para os materiais não-ôhmicos, a resistência depende da corrente, logo a tensão


não é diretamente proporcional à corrente. Para esses materiais, ao modificar a ddp nas
suas extremidades, altera-se a intensidade da corrente elétrica. No entanto, as duas
variáveis não se alteram de forma proporcional, e, portanto, não obedecem à lei de
Ôhm. Consequentemente, o gráfico não é linear (Fig. X).

Fig. 2 – Resistores Ôhmicos e Não Ôhmicos.

O carbono, com sua alta resistividade, é empregado nos resistores presentes em


aparelhos eletrônicos. Normalmente, os resistores são comercializados com faixas
coloridas indicando o valor de sua resistência (Fig. Y). As duas primeiras cores
simbolizam os dois primeiros dígitos no valor da resistência, a terceira cor indica a
potência de 10 pela qual o valor deve ser multiplicado, e a quarta cor representa a
tolerância no erro de fabricação.
Fig. 3 – Código de cores para os resistores.

Em um circuito, pode-se estruturar conjuntos de resistores ligados entre si,


processo conhecido como associação de resistores. Dois ou mais resistores estão em série
quando são posicionados de maneira que a extremidade do primeiro se conecte com a do
segundo, até o último resistor, permitindo que a mesma corrente percorra entre eles.
Como só há uma rota para a condução da corrente elétrica, ela é mantida ao longo de todo
o circuito. Ademais, nesta combinação de resistores, a diferença de potencial entre os dois
resistores é equivalente à soma das quedas de potencial entre os resistores de forma
individual.

V = I(Ri + Rj + ⋯ + Rn)

Logo, a resistência equivalente é igual à soma das resistências individuais:

Req = Ri + Rj + ⋯ + Rn

Na ligação em paralelo de resistores, todos os resistores estão sujeitos à mesma


diferença de potencial entre seus terminais, sendo conectados através de fios condutores
presos em suas extremidades, de forma que os resistores sejam paralelos. A operação
deste tipo de combinação faz com que a corrente seja dividida pelo número de resistores
associados, como aconteceria se dois resistores fossem combinados paralelamente, com
cada resistor recebendo a metade da corrente inicial. Ou seja:
I = Ii + Ij

A resistência equivalente para resistores em paralelo é aquela na qual a corrente


total (I) requer a mesma queda do potencial V e pode ser calculado por:
1 1 1
𝑅𝑒𝑞 = + + ⋯+
𝑅𝑖 𝑅𝑗 𝑅𝑛

Por fim, a associação simultânea de resistores em série e paralelo em um circuito


caracteriza a associação de resistores mistos. Para resolver um circuito dessa forma, é
essencial reconhecer os resistores em série e paralelo, pois, como mencionado, cada tipo
de associação tem uma regra específica para calcular sua resistência equivalente.

Depois de identificadas, é necessário simplificar as partes do circuito em série e


paralelo, a fim de determinar suas resistências equivalentes. Ao estabelecer a resistência
equivalente de cada grupo, pode-se substituí-la por um único resistor, reduzindo a
complexidade do circuito. Até que haja apenas um único resistor equivalente total no
circuito, este procedimento é repetido.

3. OBJETIVO

O objetivo principal é registrar e examinar os processos executados, os resultados


alcançados e as conclusões resultantes, visando reforçar o aprendizado e possibilitar a
replicabilidade do experimento.
4. METODOLOGIAS

4.1 MATERIAIS
• Painel de experimentação básica
• Multímetro

4.2 Procedimento Experimental

Neste experimento, analisou-se o comportamento de resistores em diferentes


configurações de circuitos. Iniciamos com a montagem de circuitos em série, conectando
inicialmente dois resistores e medindo a corrente total e as quedas de tensão em cada
componente. Em seguida, adicionou-se um terceiro resistor e repetiu-se as medições,
verificando como a resistência equivalente do circuito aumentava. Por fim, foi incluído
um quarto resistor em série, continuando a análise dos valores medidos em comparação
com os cálculos teóricos.

Na etapa seguinte, foram realizadas montagens de circuitos em paralelo. De início


com dois resistores conectados paralelamente, medindo a corrente total fornecida ao
circuito e a corrente em cada ramo. Posteriormente, foi incluído um terceiro resistor em
paralelo e, depois, um quarto, avaliando como a resistência equivalente diminuía e como
isso impactava as medições de corrente e tensão.

Por último, foram montados três circuitos mistos, combinando resistores em série
e paralelo. Para cada circuito, mediu-se a corrente total e as tensões em pontos específicos,
analisou-se o comportamento do sistema de maneira mais detalhada. Todas as medições
foram registradas e comparadas com valores teóricos, permitindo verificar a consistência
dos resultados e identificar possíveis desvios causados por tolerâncias dos resistores ou
limitações dos instrumentos utilizados.
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Tabela dos resistores individualmente

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 6,75 kΩ
R2 3,20 kΩ
R3 975 Ω
R4 980 Ω
R5 328 Ω
R6 326 Ω
R7 98 Ω
R8 99 Ω
R9 100 kΩ
R10 9,89 kΩ
R11 980 Ω
R12 98 Ω
R13 980 Ω

Tabela com dois resistores em série

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 9,95 kΩ
R2 + R3 4,21 kΩ
R3 + R4 1,96 kΩ
R5 + R6 0,65 kΩ
R6 + R7 0,42 kΩ
R7 + R8 197 Ω
R9 + R10 110 kΩ
R11+ R12 1,08 kΩ
R12 + R13 1,08 kΩ

Tabela com três resistores em série

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 + R3 10,92 kΩ
R2 + R3 + R4 5,20 kΩ
R5 + R6 + R7 0,75 kΩ
R6 + R7 + R8 0,52 kΩ
R11 + R12 + R13 2,06 kΩ
Tabela com quatro resistores em série

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 + R3 + R4 11,91 kΩ
R5 + R6 +R7 + R8 0,85 kΩ

Com esses dados foi possível observar que a resistência dos circuitos é igual a
soma da resistência dos resistores.

Tabela com dois resistores em paralelo

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 2,18 kΩ
R2 + R3 0,75 kΩ
R3 + R4 0,49 kΩ
R5 + R6 163,10 kΩ
R6 + R7 75,5 kΩ
R7 + R8 49,3 Ω
R9 + R10 8,96 kΩ
R11+ R12 89,5 kΩ
R12 + R13 89,4 kΩ

Tabela com três resistores em paralelo

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 + R3 0,67 kΩ
R2 + R3 + R4 0,43 kΩ
R5 + R6 + R7 62 Ω
R6 + R7 + R8 43 Ω
R11 + R12 + R13 82 Ω

Tabela com quatro resistores em paralelo

RESISTORES RESISTÊNCIAS
R1 + R2 + R3 + R4 400 Ω
R5 + R6 +R7 + R8 38 Ω

Com esses dados foi possível observar que o inverso da resistência dos
circuitos é igual a soma do inverso da resistência dos resistores.
Tabela com três circuitos mistos

CIRCUITOS RESISTENCIAS
CIRCUITO 1 2,67 kΩ
CIRCUITO 2 1,66 kΩ
CIRCUITO 3 8,45 kΩ

Com os mistos a resistência é obtida com a soma dos resistores em


paralelo para obter um equivalente e depois somar com o resistor em série.

ESQUEMÁTICO DE DOIS RESISORES EM SÉRIE:

ESQUEMÁTICO DE TRÊS RESISORES EM SÉRIE:


ESQUEMÁTICO DE QUATRO RESISORES EM SÉRIE:

ESQUEMÁTICO DE DOIS RESISORES EM PARALELO:

ESQUEMÁTICO DE TRÊS RESISORES EM PARALELO:


ESQUEMÁTICO DE QUATRO RESISORES EM PARALELO:

ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO MISTO 1:

ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO MISTO 2:


ESQUEMÁTICO DO CIRCUITO MISTO 3:

Foram usados apenas um modelo de representação para os resistores em série


e em paralelo com dois, três e quatro, porque eles possuem a mesma lógica de
montagem alterando somente os resistores utilizados.
6. CONCLUSÃO
Com as resistências de cada resistor adquiridas inicialmente, e depois
verificando que os resistores em série estão em uma mesma sequência, logo, a
corrente elétrica passa por todo o circuito enquanto a tensão varia, por isso a soma
dos resistores era equivalente com a resistência do circuito. Já os em paralelos, a
corrente elétrica está dividida em ramos pelo circuito e possuem a mesma
diferença de potencial, por isso, o inverso da resistência dos circuitos é igual a
soma do inverso da resistência dos resistores. Quanto aos mistos foi observado
que o cálculo desse circuito que consiste em somar os paralelos para obter um
equivalente e depois somar com o resistor em série foi aplicado.
No painel de experimentação, já tinha valores exibidos de cada resistor e
nos resultados obtidos foi observado uma pequena variação que se deve por algum
mau contato dos cabos no painel ou até mesmo pequenas impurezas, mas os
valores obtidos sempre estavam bem aproximados do esperado.
REFERÊNCIAS

YOUNG, Hugh D. & FREEDMAN, Roger A. Física III – (Eletromagnetismo),


14.ed. 205 São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2015.

Fonte: KitArduino. Disponível em:


https://www.kitsarduino.com.br/cmp/resistores.html . Acesso em: 16 nov. 2024.

Fonte: falandofisicamente. Disponível em:


https://falandofisicamente.wordpress.com/2020/04/07/resistencia-eletrica/.
Acesso em: 16 nov. 2024.

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