Ficha - Logica 2024 Mangue Mangueza - 033446
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11a Classe
INTRODUÇÃO À LÓGICA
Introdução
A lógica de forma genérica examina as formas que a argumentação deve tomar, quais dessas são formas válidas e quais são
falaciosas. A lógica é a compreensão ou o pensamento que usamos todos os dias sobre as coisas, quer na escrita, conversa, debate
ou num discurso. A lógica pode ser espontânea ou científica. Ambas têm como fim o conhecimento da verdade.
A Lógica espontânea ou empírica, comum a todos os seres humanos, é a ordem que a razão humana segue naturalmente nos seus
processos de conhecer as coisas. Nela se mesclam (incorporam) muitos elementos culturais, que são resultado da nossa civilização
e da educação recebida; todo o homem, naturalmente conhece, tem ideias e raciocina de alguma maneira. Discute-se o uso do
raciocínio em alguma actividade. A Lógica científica é aquela que para conhecer a verdade procura é necessário afastar as
dificuldades, refutar os erros e os processos sofísticos (enganosos) das consequências imediatas e elevá-los aos princípios
universais. Resulta de um estudo normativo, é discutida principalmente nas disciplinas de filosofia, matemática, ciências de
computação e na teoria de argumentação.
3. A Finalidade da Lógica
A lógica pertence a filosofia normativa, por isso, tem por fim definir o que devem ser as operações intelectuais para satisfazer às
exigências de um pensamento correcto e estabelecer as condições da sua legitimidade. A lógica serve também para analisar os erros
de discurso.
Por isso, podemos dizer que a lógica é uma arte, arte de pensar, arte de raciocinar e compreender os nossos pensamentos e o seu
uso. A lógica é um método que permite bem-fazer uma obra segundo certas regras; é uma disciplina propedêutica a filosofia,
aquela que prepara o caminho para a filosofia.
4. As grandes divisões da Lógica: formal ou menor (validade formal) e material ou maior (validade verdade)
4.1. Lógica formal ou menor (validade formal) é a parte da lógica que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal
maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objectos do pensamento, quaisquer que
sejam. A lógica formal compreende três partes: a lógica da apreensão (do conceito),do juízo e do raciocínio. Esses são os três
grandes domínios da lógica.
Modelo de explicação da Comunicação em Roman Jakobson até hoje ensinado nas escolas onde acrescenta três outros
elementos: o contexto, código e o contacto e atribuiu uma função de linguagem a cada um dos elementos de comunicação.
Observações ao modelo de Roman Jakobson
▪ Numa proposição (frase ou enunciado) podemos encontrar duas ou mais funções de linguagens. Exemplo, quando o aluno diz ao
encarregado de educação “pai, acabou tinta a minha caneta”. Por um lado está a informar que já não tem caneta (função
referencial/informativa), por outro está a pedir ao pai que lhe compre uma caneta (função apelativa.
▪ A atribuição baseia-se na função mais predominante.
▪ São funções mais importantes para o estudo da lógica as funções referencial e persuasiva. A função informativa ou referencial,
permite-nos representar ou descrever factos, estados ou relações entre as coisas; os seus enunciados, frases ou expressões são
susceptíveis de serem verdadeiros ou falsos, conforme o seu conteúdo. A função persuasiva ou apelativa permite-nos combinar
enunciados, frases ou proposições e estruturar os respectivos argumentos justificativos ou comprovativos, os quais são susceptíveis
de serem válidos ou inválidos, se é que são ou não coerentes entre si.
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Apofântica: parte da lógica que trata do juízo; que enuncia uma relação susceptível de ser considerada
verdadeira ou falsa.
Conclusão: Entre a linguagem, pensamento e discurso há uma relação triádica na medida em que: com a linguagem conseguimos
exprimir os nossos pensamentos para proferirmos um determinado discurso. A linguagem regula o pensamento à medida que, só na
base dela podemos formular conceitos (ou ideias), juízos e raciocínios. O discurso que é uma exposição metódica sobre um
assunto, resulta de um conjunto de ideias organizadas por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio ou nos sentimentos
do ouvinte ou leitor.
Ex. 1. Dormir se você demais atrasará. / Ex. 2. Se você dormir demais, atrasará.
Ex. 3. Se você dormir demais, atrasará. Ora, você não dormiu demais. Logo, você não está atrasado.
Ex. 4. Se você dormir demais, atrasará. Ora, você não atrasou. Logo, você não dormiu demais.
9.1. Cibernética
A palavra cibernética tem origem grega kybernetiké. Platão usou o termo para designar a arte de pilotar navios. É ciência e técnica
do funcionamento e do controlo dos comandos electromagnéticos e das transmissões electrónicas nas máquinas de calcular e nos
autómatos modernos. Em 1942, para Norbert Wener, a cibernética tinha como objectivo “o controlo e comunicação no animal e na
máquina” ou “desenvolver uma linguagem e técnicas que nos permitam abordar o problema do controlo e a comunicação em
geral”. Um dos ramos mais importantes desta ciência tem sido a robótica, estudo e construção de máquinas inteligentes. Veja-se:
Alan Turing e John Von Neumann.
Vantagens e Desvantagens da Aplicação da Cibernética
Algumas vantagens: Criação de máquinas complexas que substituem os trabalhadores; redução das jornadas laborais, os trabalhos
complexos ou rotineiros passariam a ser das máquinas; No futuro não se contrataria pessoal “velho” e contratar-se-ia técnicos
jovens para a manutenção das maquinas; o conhecimento maior de como funcionam os sistemas complexos poderiam levar à
solução de problemas complexos na medicina, também complexos como a criminalidade em grandes cidades; emprego de meios
tecnológicos modernos no âmbito das Forças de Defesa e Segurança, tanto transito de informações de pessoas individuais,
colectivas assim como em organizações, etc..
Algumas desvantagens: redução do pessoal pela substituição de mão-de-obra humana por mão-de-obra robótica; eventualmente
aumentaria a desigualdade social, favorecendo quem tem recursos para adquirir e utilizar máquinas; os ricos ficariam mais ricos e
os pobres mais pobres; os países mais industrializados exerceriam um controlo ainda maior sobre os países com menos tecnologias,
que ficariam perigosamente dependentes dos primeiros.
Transformação de desvantagens em vantagens: ao se substituir a mão-de-obra humana por mão-de-obra robótica o homem
ficaria emancipado de trabalhos desagradáveis, incómodos, rotineiros, alienantes, perigosos, nocivos, degradantes; não haveria
razão para continuar como o sistema de exploração “do homem pelo homem”; aumentar cada vez mais e mais a cibernética e a
automatização, o chamado “desemprego” converter-se-ia no que os gregos chamam de “ócio” ou artes liberais. Etc.
9.2. Informática
A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos e electrónicos.
O termo tem sido usado para descrever o conjunto das ciências relacionadas ao armazenamento, transmissão e processamento de
informações emmeios digitais, estando incluídas neste grupo: a ciência da computação, a teoria da informação, o processamento de
cálculo, a análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e da modelagem dos problemas.
Estudiosos: Alan Turing, Kurt Godel, Alonzo Church. Foi Alexander Mikhailov que em 1966, utilizou o conceito “Informatika”
relacionado a uma disciplina que estuda, organiza e dissemina a informação científica. O meio mais comum de utilização da
informática são os computadores que tratam da informação de maneira automática.
A afirmação 1 é formalmente válida, correcta e legítima. Sintacticamente bem construída (sujeito, predicado e os seus
comprimentos: direito, indirecto e circunstanciais), não contém contradição em si mesma. Entre os seus elementos não se detecta
qualquer incoerência. Do ponto de vista da lógica, nada há a opor-se. Bem diferente é, no entanto, a questão da sua validade
material, da sua conformação com a realidade que autorizaria a reconhecê-la como verdadeira. Em 350 a. C. Platão já tinha
falecido; nesse tempo não se sonhava sequer com faxes.
Do enunciado 2, apesar da sua correcta construção sintáctica (sujeito, predicado e nome predicativo do sujeito), contém uma
impossibilidade formal, porque a definição de rectângulo implica a existência de quatro e não três ângulos.
Mais evidente é ainda a incompatibilidade e a contradição interna dos termos “triângulo” e “quatro ângulos” no enunciado 3.
Assim sendo, os enunciados 2 e 3 não têm validade formal e não têm validade material: são falsos. Conclusão
1º. Todo o pensamento verdadeiro implica a co-presença da validade formal e da validade formal.
2º. A Lógica ocupa-se da validade formal do pensamento, enquanto as outras ciências se ocupam da validade material.
3º. Mas, porque a verdade implica a co-presença da validade formal e material, as ciências não podem prescindir da Lógica, ou
seja, de proceder em conformidade com os princípios e as regras formais do pensamento.
4º. Assim sendo, a Lógica tem de ser tomada como uma ciência em si mesma e como um instrumento (organon) ao serviço das
demais ciências.
1. LÓGICA DO CONCEITO
Tradicionalmente há três principais domínios da lógica: lógica do conceito, lógica do juízo e lógica do raciocínio.
Em rigor a lógica diz particularmente respeito ao raciocínio, ou seja ao discurso correcto do pensamento no trânsito de umas
proposições a outras.
O raciocínio pressupõe juízos e estes conceitos. O que é um conceito?
As palavras mesa, cadeiras, belezas, etc., na linguística são signos que correspondem a um significado. A cada significado
determinada realidade. A cada palavra se refere objectos físicos de quer possuímos imagens ou objectos ideais ou realidades
abstractas de que temos noção ou ideia. Representamos mentalmente os objectos.
As palavras signo, significações, imagens, ideias, realidades, etc. mantêm, todas a relação com a palavra conceito (ou ideia). Os
conceitos em si só, não afirmam e nada negam. E para que isso aconteça elas devem formar juízos, os quais, sequenciados e
coerentes formam um raciocínio. Conceito é o acto mental pelo qual se confere uma certa qualidade ou qualificação a uma certa
classe de objectos com características comuns; é a apreensão pela mente da essência, ou seja, das características determinantes
de um objecto.
Por vezes opõe-se o conceito ao termo. O termo é a simples expressão verbal ou a manifestação exterior do conceito por meio da
palavra, tal como a linguagem é a exteriorização do pensamento. O termo pode ser mental, quando pensado e equivale ao conceito.
O termo pode ser oral ou escrito quando a palavra é falada ou escrita que exprime um conceito.
O conceito ou ideia chama-se também noção, quando se quer fazer conhecer a outrem coisas novas por intermédio da linguagem.
Segundo Sócrates, conceito, é a síntese das propriedades comuns aos seres que formam uma classe. Por consequência, o conceito
apresenta a soma dos conhecimentos que possuímos acerca de um determinado conjunto de seres. Assim, por exemplo, quando
digo cadeira, estou a falar de um conceito, isto é de uma representação, um desenho mental que reúne as características comuns de
uma classe de objectos singularmente diferentes pois há uma cadeira metálica, de madeira, de palha, de rodas, com encosto de
braços etc. Todas são cadeiras embora diferentes entre si, têm algo de comum pelo qual são diferentes de objectos da classe de
Mesa, carteira.
Todavia, é preciso dizer e frisar desde já que um termo não corresponde obrigatoriamente a uma palavra, pois um termo pode ser
formado por uma ou várias palavras, como por exemplo: beija-flor.
O mesmo exercício pode ser feito tendo em conta a extensão dos mesmos conceitos. Ou seja, podemos ordenar os mesmos
conceitos em extensão quer crescente quer decrescente. A via mais rápida e segura de o fazermos, é aplicar, sobre os conceitos já
ordenados acima, a regra da relação inversa da compreensão e extensão.
Ou seja, se o conceito ser tem menor compreensão, então terá, segundo a regra da relação inversa, maior extensão de todos os
conceitos. Igualmente, se o conceito moçambicano possui maior compreensão, também possui, segundo a mesma regra, menor
extensão de todos os restantes. Assim, seguir a ordem começando de ser (maior extensão) até moçambicano (menor extensão)
como está acima, corresponde à extensão decrescente. O inverso dessa ordem, na extensão, será crescente.
Extensão decrescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano.
Extensão crescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano
Conclusão: A compreensão e a extensão de um ( ou uma lista de) conceito(s) variam na ordem inversa, como mostra o exemplo
anterior. Isto é, quanto maior compreensão possuir um conceito, menor extensão ele tem; se for maior em extensão, menor será em
compreensão, vice-versa:
Compreensão crescente é de menor compreensão para maior compreensão
Compreensão decrescente é de maior compreensão para menor compreensão
Extensão crescente é de menor extensão para maior extensão
Extensão decrescente é de maior extensão para menor extensão; isto é:
Se a compreensão está a crescer, a extensão está a decrescer; e se a compreensão esta a decrescer, a extensão esta a crescer.
1.5. A DEFINIÇÃO
1.5.1. Noção: Etimologicamente a palavra definir provém do latim “definire”, vocábulo que inclui o termo “finis” que significa
limite e fronteira. Neste sentido definir significa demarcar, delimitar fronteiras de um conceito relativamente a outros. A definição
é uma operação lógica que consiste em delimitar com exactidão a compreensão dum conceito, a fim de o distinguir dos
outros, ou seja, explicitação e especificação do seu significado.
Exemplo: definir o “gato” é evidenciar ou determinar de forma rigorosa as características que o identificam ( ser animal que mia)
distinguindo-o deste modo de outros animais.
2ª A definição não deve ser circular ou o termo a definir não deve entrar na definição (regra da não circularidade)
Esta definição permite que a definição seja mais clara, ou seja, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu
conceito. Isto é o predicado não deve repetir o sujeito por outras palavras.
Exemplo: Agradável é aquilo que agrada; Ex.2: O homem é um ser humano.
Definir uma coisa pelo seu oposto é, muitas vezes, violar a regra da não circularidade.
Exemplo: Grande é o que não é pequeno. Ex. 2: Torto é o que não está direito.
12. Dada a definição: “Pobre é um individuo que não rico”. É inválida porque a
definição…
A. Não deve ser demasiada restrita. C. Deve ser demasiada longa.
B. Não deve ser negativa. D. Deve convir ao definido.
GRELHA DE RESPOSTAS
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