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FICHA DE INTRODUÇÃO À FILOSFIA 2024

11a Classe

ESCOLA SECUNDÁRIA HEROIS MOCAMBIÇANOS


Filosofia 11ª Classe II Trimestre 2024

UNIDADE DIDÁTICA 4 A LÓGICA

INTRODUÇÃO À LÓGICA

Introdução
A lógica de forma genérica examina as formas que a argumentação deve tomar, quais dessas são formas válidas e quais são
falaciosas. A lógica é a compreensão ou o pensamento que usamos todos os dias sobre as coisas, quer na escrita, conversa, debate
ou num discurso. A lógica pode ser espontânea ou científica. Ambas têm como fim o conhecimento da verdade.
A Lógica espontânea ou empírica, comum a todos os seres humanos, é a ordem que a razão humana segue naturalmente nos seus
processos de conhecer as coisas. Nela se mesclam (incorporam) muitos elementos culturais, que são resultado da nossa civilização
e da educação recebida; todo o homem, naturalmente conhece, tem ideias e raciocina de alguma maneira. Discute-se o uso do
raciocínio em alguma actividade. A Lógica científica é aquela que para conhecer a verdade procura é necessário afastar as
dificuldades, refutar os erros e os processos sofísticos (enganosos) das consequências imediatas e elevá-los aos princípios
universais. Resulta de um estudo normativo, é discutida principalmente nas disciplinas de filosofia, matemática, ciências de
computação e na teoria de argumentação.

1. Definição etimológica da Lógica


O termo lógico vem do grego logos que significa razão. Enquanto ciência do logos, a Lógica pode ser definida como ciência da
razão, ou do pensamento ou ainda ciência que estuda a dimensão racional do discurso.

2. Objecto de Estudo da Lógica


A lógica, do ponto de vista da sua natureza, tem como objecto de estudo as leis e formas de pensamento válido. Preocupa-se em
estabelecer as condições de pensamento coerente para que estas não contenham uma contradição interna e estrutural da linguagem
e do pensamento. A Lógica ocupa-se sobretudo do problema da exactidão do raciocínio.

3. A Finalidade da Lógica
A lógica pertence a filosofia normativa, por isso, tem por fim definir o que devem ser as operações intelectuais para satisfazer às
exigências de um pensamento correcto e estabelecer as condições da sua legitimidade. A lógica serve também para analisar os erros
de discurso.
Por isso, podemos dizer que a lógica é uma arte, arte de pensar, arte de raciocinar e compreender os nossos pensamentos e o seu
uso. A lógica é um método que permite bem-fazer uma obra segundo certas regras; é uma disciplina propedêutica a filosofia,
aquela que prepara o caminho para a filosofia.

4. As grandes divisões da Lógica: formal ou menor (validade formal) e material ou maior (validade verdade)
4.1. Lógica formal ou menor (validade formal) é a parte da lógica que assegura o acordo do pensamento consigo mesmo, de tal
maneira que os princípios que descobre e as regras que formula se aplicam a todos os objectos do pensamento, quaisquer que
sejam. A lógica formal compreende três partes: a lógica da apreensão (do conceito),do juízo e do raciocínio. Esses são os três
grandes domínios da lógica.

4.2. Lógica material ou maior (validade verdade)


É a parte da lógica que determina as leis particulares as regras especiais que decorrem da natureza dos objectos a conhecer;
estudamos as leis a que devem obedecer as operações da inteligência para serem válidas e poderem atingir a verdade. Na
lógica material podemos ligar o estudo das condições de certeza ou dos sofismas pelos quais o falso se apresenta sob as aparências
do verdadeiro.

6. EVOLUÇÃO DA LÓGICA (HISTÓRIA)


A LÓGICA não teve sempre o aspecto que hoje apresenta; desde os gregos até os nossos dias surgiram muitas ideias a este
respeito, das quais referiremos as principais.
Na Antiguidade Clássica, Sócrates e Platão consideravam a lógica como a arte de discutir, de persuadir e de ensinar em forma de
diálogo – era a dialéctica. Aristóteles, aproveitando elementos dialécticos anteriores, deu-lhes uma sistematização rigorosa e criou
a teoria do silogismo (Silogismo é um raciocínio formado por três proposições de tal modo dispostas que, expressas as duas
primeiras premissas se segue a terceira chamada conclusão.). Para ele, a lógica é um conjunto de leis, de valor universal e absoluto,
reguladoras de todo o raciocínio. O seu “Organon” que contém estas leis é uma espécie de código do pensamento, ao qual toda a
inteligência, para pensar correctamente, tem de obedecer e nenhum conhecimento poderia escapar à sua aplicação. Era por
conseguinte, uma lógica dedutiva “ a priori” de carácter silogística. Esta lógica dedutiva – silogística foi retomada na Idade
Média e latinizada em alguns dos seus aspectos, mas sem alterar os princípios básicos estabelecidos por Aristóteles. (Na Grécia
Antiga a logica foi estabelecida como disciplina por Aristoteles, na sua obra Organon, onde dividiu a logica em formal e material).
- Na Época moderna, era das ciências experimentais, os investigadores põem de parte a lógica dedutiva, empregam novos
processos de investigação. Aparece, assim, uma nova lógica fundada na observação e na experimentação, que pode definir-se
como um conjunto de processos ou métodos para atingir a verdade em cada ciência. É uma lógica indutiva, a “ a posterior”
de carácter experimental.
A lógica formal de Aristóteles perde o predomínio em benefício da metodológica. Esta nova lógica foi desenvolvida por Francis
Bacon que na sua obra “ Novum organon”, substitui a de dedução silogística pela indução amplificante, que permite passar dos
factos às leis.
Vinte anos depois Descartes no seu livro “ Discours de la Méthode” afirmou que a lógica aristotélica não permite fazer quaisquer
descobertas científica, e, por outro lado, não chegava as bases experimentais para o desenvolvimento das ciência s, era necessário
usar a razão, esboçando um novo processo dedutivo, diferente dos silogístico a chamada dedução matemática ou construtiva que,
consiste em vez de proceder sempre do geral para o particular, pode passar do geral para o mais geral. Este raciocínio foi mais tarde
usado por Poincaré, que via nele uma espécie de “virtude criadora” e precisado por Globot.
A lógica moderna é predominantemente uma lógica indutiva e emprega uma nova forma de dedução – a dedução matemática.
Ainda na Idade Moderna, Leibniz aplica à lógica o cálculo matemático e cria símbolos ou algoritmos que evitassem as deficiências
das expressões verbais usadas na lógica de Aristóteles e permitissem raciocinar à maneira algébrica.
Na Idade Contemporânea Boole, Peano e Russell, dão origem à logística ou lógica matemática que hoje tem inúmeras aplicações
em diversos estudos.

7.1. LÓGICA E GRAMÁTICA


É frequente aproximar a lógica, que se ocupa das regras do pensamento válido, da gramática, que estuda as regras para exprimir
correctamente esse pensamento. Há certa correspondência entre as categorias lógicas e as categorias gramaticais. Assim, à
categoria lógica substância corresponde a categoria gramatical substantivo; à qualidade, o adjectivo; à quantidade o
numeral; à acção e relação o verbo; ao lugar e tempo o advérbio, etc.
No entanto a lógica é mais rica do que a gramática, pois as vezes não conseguimos exprimir convenientemente o nosso
pensamento. Foi isso, a lógica procurou uma expressão mais rigorosa do pensamento por meio dos símbolos próprios o que
constitui o objecto da logística. Há uma só lógica para muitas línguas e muitas gramáticas. Podemos concluir que a lógica perfeita
deve utilizar uma linguagem correcta e a gramática deve apoiar-se nas leis da razão.u

7.2. LÓGICA E A PSICOLOGIA


A lógica distingue-se da psicologia, pois, esta estuda todos os fenómenos do espírito, tais como eles se nos manifestam, pela
observação e experiência; considera o espírito não apenas quando pensa, mas também quando sente e actua. É a ciência dos
fenómenos psíquicos, como são, considerados na sua realidade.
A lógica estuda somente as operações intelectuais ou a inteligência, indicando como esta deve proceder para atingir a
verdade; aprecia o valor da inteligência em relação a uma norma, que é a verdade. A psicologia é positiva, descritiva e
indutiva; a lógica é prática normativa e dedutiva. As leis psicológicas são positivas, ligam factos; as leis lógicas são ideais
ligam ideias.
A psicologia estuda o pensamento concreto, para conhecer as suas leis e as condições da sua existência e desenvolvimento; mostra-
nos como de facto pensamos, descrevendo o mecanismo real do espírito. A lógica trata do pensamento abstracto nas suas
relações com a verdade, para determinar as regras e as condições da sua legitimidade. Mostra-nos como devemos pensar. A
psicologia formula juízos de realidade sobre os fenómenos psíquicos, a lógica estabelece juízos de valor em relação à verdade,
rejeitando as que “não valem”. A psicologia descreve, a lógica prescreve.
Concluindo: embora diferentes; a psicologia é bastante útil à lógica. Permite ao lógico conhecer os factores psicológicos que podem
falsear o exercício válido das actividades psíquicas tais como: os interesses, os complexos, os hábitos, as paixões, etc. Só assim o
homem poderá evitar os pensamentos falsos e procurar os verdadeiros. A psicologia é um excelente auxiliar da lógica.
8. LINGUAGEM COMO FUNDAMENTO DA CONDIÇÃO HUMANA: Linguagem e comunicação. Linguagem
pensamento e discurso.
A linguagem faz parte essencial do quotidiano do homem. Pois não há actividade humana que não comporte, na sua essência, o uso
da linguagem que resulta da necessidade que o homem tem de se comunicar com os outros. O homem nasce dotado de um
potencial genético que o permite aprender a linguagem para uma necessidade humana: a comunicação

8.1. Linguagem e Comunicação


Os homens aprendem a linguagem para, através da língua articulada verbal e não-verbal, exprimir seus pensamentos, isto é,
comunicar. A Linguagem, em geral, é entendida como o conjunto de sinais ou sons que torna possível a aquisição ou emprego
correcto de qualquer língua – linguagem falada ou articulada - (conjunto do vocabulário de um idioma, e das suas regras
gramaticais). Por isso, tudo é linguagem: a mímica, o riso, as lágrimas, a pintura, o cinema, o código de estrada, o canto das aves, o
jogo de futebol são linguagem.
A linguagem humana é a base de toda a cultura e o fundamento da nossa humanidade. Podemos dizer que a linguagem tem um
estatuto antropológico, uma vez que é ela que assegura a constituição do ser humano no seu processo antropológico e cultural,
manifestando-se nos actos de fala próprios de cada comunidade onde nascemos ou crescemos. A forma mais comum da linguagem
é a palavra, que através dela os homens se comunicam. A linguagem serve para a comunicação.
Enquanto a Comunicação é o acto mediante o qual um ser vivo perante outrem põe em comum as suas opiniões e partilha os seus
pontos de vista, sobre um determinado assunto; entenda-se a comunicação no sentido restrito comunicação verbal, aquela em que
há uma intenção de comunicar e que se realiza na base da linguagem articulada. Por exemplo, há comunicação quando
conversamos, gesticulamos, ouvimos rádio, vemos a TV, telefonamos, enviamos um fax, usamos a internet, etc.
Para que a comunicação possa existir são necessários três elementos fundamentais que são: fonte (emissor, ser humano, um animal
ou uma maquina) que emite uma mensagem (uma frase, um gesto, um grito, um filme…) e alvo (receptor, um interlocutor, um
espectador…), que recebe a mensagem.
No fenómeno comunicação encontramos vários modelos ou esquemas, desde os de Shanon e de Weayer e de Lasswell.
Críticas aos modelos anteriores:
- Não levam em consideração o contexto social em que se encontram os intervenientes da comunicação.
- Reduzem a relação da comunicação a uma relação causa – efeito ou, na linguagem behaviorista (comportamentista de uma
relação estímulo-resposta.

Modelo de explicação da Comunicação em Roman Jakobson até hoje ensinado nas escolas onde acrescenta três outros
elementos: o contexto, código e o contacto e atribuiu uma função de linguagem a cada um dos elementos de comunicação.
Observações ao modelo de Roman Jakobson
▪ Numa proposição (frase ou enunciado) podemos encontrar duas ou mais funções de linguagens. Exemplo, quando o aluno diz ao
encarregado de educação “pai, acabou tinta a minha caneta”. Por um lado está a informar que já não tem caneta (função
referencial/informativa), por outro está a pedir ao pai que lhe compre uma caneta (função apelativa.
▪ A atribuição baseia-se na função mais predominante.
▪ São funções mais importantes para o estudo da lógica as funções referencial e persuasiva. A função informativa ou referencial,
permite-nos representar ou descrever factos, estados ou relações entre as coisas; os seus enunciados, frases ou expressões são
susceptíveis de serem verdadeiros ou falsos, conforme o seu conteúdo. A função persuasiva ou apelativa permite-nos combinar
enunciados, frases ou proposições e estruturar os respectivos argumentos justificativos ou comprovativos, os quais são susceptíveis
de serem válidos ou inválidos, se é que são ou não coerentes entre si.

Modelo de explicação de Dell Hymes


Para Dell Hymes todo o discurso é uma série de eventos e actos de fala que ocorrem dentro de um contexto cultural. Sendo assim, a
palavra é um fenómeno sociocultural. O seu modelo – SPEAKING – resulta do uso que o autor faz das primeiras letras de termos
ingleses componentes de discurso como se demonstra:

Descrição do modelo de “SPEAKING”


Setting and Scene (Situação) – é o quadro físico e cenário psicológico em que ocorre a comunicação. A comunicação pode ocorrer
de manhã, ao meio-dia, a tarde ou a noite (quadro físico) e o nosso estado psicológico depende, em grande parte do tempo em que
nos encontramos.
Participants (Participantes) – são os envolvidos no processo de comunicação: emissor ou orador e receptor ou auditório.
End (Finalidade) – são as intenções de quem comunica (ou diz algo a alguém) e os resultados dessa comunicação.
Acts (actos) – são a expressão do conteúdo da mensagem (a informação veiculada, o tema) e a forma como a comunicação é feita
(como um discurso, um poema, ou uma notificação).
Key (Tom) – é a tonalidade da voz que na comunicação sofre sucessivas alterações dependendo daquilo que pretendemos exprimir.
Na comunicação uma simples saudação (ex. Bom dia!) pode transformar-se num ataque frontal ao nosso interlocutor, dependendo
da tonalidade da nossa voz.
Instrumentalities (Instrumentos) – são os canais e a forma de palavra. Enquanto os canais são os meios de transmissão da
mensagem, a forma da palavra é o conjunto de sinais que na comunicação são comummente partilhados entre intervenientes.
Norms (Normas) – são os auxiliadores da interacção e da interpretação. São as normas de interacção que permitem que a
comunicação ocorra normalmente. Permite-nos ainda saber quando devemos falar ou ouvir o que o outro fala. As normas da
interpretação estão estritamente ligadas aos hábitos culturais dos interlocutores. Por exemplo o saudar o professor quando passa.
Gendre (Género) – é a categoria formal em que se enquadra uma comunicação (conversa, conferência, debate, etc.).
O modelo de comunicação sugerido por Dell Hymes enriquece o de Jakobson, ao introduzir novas e fundamentais noções: as
finalidades e as normas. De facto, estas novas noções ou factores tornam a comunicação menos mecânica. Pois chamam a nossa
atenção para os aspectos psicossociológicos e pragmáticos da compunção.
Observações ao modelo de Dell Hymes
● Permite maior interacção entre os intervenientes no processo de comunicação;
● Enriquece o modelo de Roman Jakobson, ao introduzir noções como finalidades e normas.

8.4. LINGUAGEM, PENSAMENTO E DISCURSO


Entre a linguagem, pensamento e discurso há uma relação triádica.
8.4.1. Linguagem e Pensamento
Existirá uma relação entre linguagem, pensamento, conhecimento e comunicação?
Haverá uma relação entre linguagem, pensamento e discurso?
● A primeira função da linguagem humana é a comunicação. Ela serve de instrumento ou meio de exteriorização do pensamento
sendo no entanto indissociáveis.
● A linguagem é o suporte do pensamento. É na linguagem que o pensamento “corre” tal como um programa de processamento de
texto nos nossos computadores só pode “correr” sobre um sistema operativo de base.
● A linguagem desempenha a função de reguladora do próprio pensamento. É em sede da linguagem e de discurso que se aprende a
pensar, que se clarifica o pensamento e que se desenvolvem as competências lógico-discursivas. A linguagem desempenha ainda,
um papel importante na produção do conhecimento, ou seja, na apreensão cognoscitiva da realidade.
● A linguagem determina modelos de pensamento, motivações sociais e padrões culturais, funcionando como filtro cognitivo
(intelectivo) que informa o modo como os indivíduos de uma comunidade adquirem experiências da realidade. O pensamento do
homem é auxiliado na sua grande parte pela linguagem.

8.4.2. Pensamento como Discurso


Em Filosofia o conceito discurso guarda, antes de mais, uma relação privilegiada com a realidade do pensamento. Para o filósofo, o
pensamento outra coisa não é que o discorrer da razão acerca da realidade. O discurso seria, nesse sentido, o curso ou percurso
feito pela razão na passagem de uma proposição a outra proposição, ou seja, um raciocínio. Leibniz definiu discurso como
“passagem de uma frase a outra, segundo uma certa ordem, uma consequência… com método”.

8.4.3. A Pluridimensionalidade dos Discursos humanos.


Os discursos humanos apresentam-se como realizações comunicativas multidimensionais complexas, cuja análise implica a
mobilização de uma pluralidade de saberes disciplinares. Eis algumas definições do discurso segundo as disciplinas que estudam
essas dimensões. O discurso é tem uma dimensão:
a) lógico-racional quando se trata do discorrer da razão ou do pensamento; b) linguística quando todo o discurso é um acto
individual de fala em que um dado emissor actualiza a língua em palavras. c) apofântica1 ou representativa quando nos permite
referir a verdade ou falsidade das coisas ou dos acontecimentos tal como se apresentam. O nosso discurso traduz sempre a nossa
representação do real; d) expressiva ou subjectiva quando todo o discurso humano é sempre expressão pessoal e subjectiva, dos
pontos de vista, das razões, dos argumentos, dos diversos sujeitos; e) intersubjectivas ou comunicacional quando o discurso
humano é normalmente partilhado entre os sujeito ou públicos; f) comunitária e institucional quando é fruto da comunidade onde
nascemos; g) sintáctica quando há articulação das palavras entre si; h) semântica relação das palavras com a realidade; i)
pragmática relação das palavras com o uso e efeito; j) ética quando há pretensão de verdade, justiça e respeito; k) argumentativa
quando o sujeito na situação do discurso apresenta razões, argumentos, provas para justificar as posições que defende; l) textual
quando o produto final do discurso é sempre uma sequência de enunciados que são coerentemente ordenados e que se materializam
num texto escrito ou oral.
De entre as várias dimensões do discurso que existem, interessam para a filosofia as dimensões: sintáctica, semântica e pragmática
no processo de comunicação.
8.3.1. Dimensão Sintáctica
A palavra sintáctica deriva da palavra sintaxe de origem grega sýntaxis que quer dizer ordem. A dimensão sintáctica trata da forma
gramatical da linguagem, obedece a um conjunto de regras convencionais próprias de cada língua, de que as respectivas gramáticas
dão conta. Ex. sejam as palavras: papá, caneta, acabou, minha, tinta. Podemos ordenar da seguinte maneira: Papá, a
minha caneta acabou a tinta.

8.4.3.2. Dimensão semântica


A semântica, do grego semantiké, literalmente quer dizer a arte da significação. É a parte da linguística que se ocupa da
significação das palavras e da evolução do seu sentido. Na dimensão semântica, todo o discurso humano comporta necessariamente
um determinado significado.
No exemplo anterior, as palavras da frase “Papá, a minha caneta acabou atinta”, podem nos levar a dois ou vários sentidos ou
significados como: dar outra caneta; dar dinheiro para comprar outra caneta, etc.

8.4.3.3. Dimensão pragmática


A palavra pragmática deriva do grego pragmatiké que quer dizer acção, actos. Nesta dimensão pragmática, todo o discurso se
concretiza ainda na conformidade com um conjunto de regras também convencionais que regulam o uso social dos signos e dos
enunciados. Trata da relação entre os signos com os seus utilizadores, num determinado contexto.
As três dimensões do discurso não podem ser isoladas e são intrinsecamente indissociáveis pelas seguintes razões:
● a sintaxe preocupa-se com a forma gramatical da linguagem.
● a semântica coloca fundamentalmente o problema do significado das palavras e frases que constituem os nossos enunciados
discursivos.
● a pragmática preocupa-se com o uso que fazemos da linguagem num dado contexto.

1
Apofântica: parte da lógica que trata do juízo; que enuncia uma relação susceptível de ser considerada
verdadeira ou falsa.
Conclusão: Entre a linguagem, pensamento e discurso há uma relação triádica na medida em que: com a linguagem conseguimos
exprimir os nossos pensamentos para proferirmos um determinado discurso. A linguagem regula o pensamento à medida que, só na
base dela podemos formular conceitos (ou ideias), juízos e raciocínios. O discurso que é uma exposição metódica sobre um
assunto, resulta de um conjunto de ideias organizadas por meio da linguagem de forma a influir no raciocínio ou nos sentimentos
do ouvinte ou leitor.
Ex. 1. Dormir se você demais atrasará. / Ex. 2. Se você dormir demais, atrasará.
Ex. 3. Se você dormir demais, atrasará. Ora, você não dormiu demais. Logo, você não está atrasado.
Ex. 4. Se você dormir demais, atrasará. Ora, você não atrasou. Logo, você não dormiu demais.

9. Novos Domínios da Aplicação da Lógica


A lógica hoje tem sua aplicação prática nas novas ciências tecnológicas como a cibernética, a informática, a telemática, a robótica e
a inteligência artificial. Constituem novos domínios da aplicação lógica para o nosso estudo a cibernética, informática e a
inteligência artificial. Isto revelam-nos que a lógica não se cinge apenas à aplicação teórica, mas também prática, ou seja, técnico-
científica.

9.1. Cibernética
A palavra cibernética tem origem grega kybernetiké. Platão usou o termo para designar a arte de pilotar navios. É ciência e técnica
do funcionamento e do controlo dos comandos electromagnéticos e das transmissões electrónicas nas máquinas de calcular e nos
autómatos modernos. Em 1942, para Norbert Wener, a cibernética tinha como objectivo “o controlo e comunicação no animal e na
máquina” ou “desenvolver uma linguagem e técnicas que nos permitam abordar o problema do controlo e a comunicação em
geral”. Um dos ramos mais importantes desta ciência tem sido a robótica, estudo e construção de máquinas inteligentes. Veja-se:
Alan Turing e John Von Neumann.
Vantagens e Desvantagens da Aplicação da Cibernética
Algumas vantagens: Criação de máquinas complexas que substituem os trabalhadores; redução das jornadas laborais, os trabalhos
complexos ou rotineiros passariam a ser das máquinas; No futuro não se contrataria pessoal “velho” e contratar-se-ia técnicos
jovens para a manutenção das maquinas; o conhecimento maior de como funcionam os sistemas complexos poderiam levar à
solução de problemas complexos na medicina, também complexos como a criminalidade em grandes cidades; emprego de meios
tecnológicos modernos no âmbito das Forças de Defesa e Segurança, tanto transito de informações de pessoas individuais,
colectivas assim como em organizações, etc..
Algumas desvantagens: redução do pessoal pela substituição de mão-de-obra humana por mão-de-obra robótica; eventualmente
aumentaria a desigualdade social, favorecendo quem tem recursos para adquirir e utilizar máquinas; os ricos ficariam mais ricos e
os pobres mais pobres; os países mais industrializados exerceriam um controlo ainda maior sobre os países com menos tecnologias,
que ficariam perigosamente dependentes dos primeiros.
Transformação de desvantagens em vantagens: ao se substituir a mão-de-obra humana por mão-de-obra robótica o homem
ficaria emancipado de trabalhos desagradáveis, incómodos, rotineiros, alienantes, perigosos, nocivos, degradantes; não haveria
razão para continuar como o sistema de exploração “do homem pelo homem”; aumentar cada vez mais e mais a cibernética e a
automatização, o chamado “desemprego” converter-se-ia no que os gregos chamam de “ócio” ou artes liberais. Etc.

9.2. Informática
A informática é a disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos e electrónicos.
O termo tem sido usado para descrever o conjunto das ciências relacionadas ao armazenamento, transmissão e processamento de
informações emmeios digitais, estando incluídas neste grupo: a ciência da computação, a teoria da informação, o processamento de
cálculo, a análise numérica e os métodos teóricos da representação dos conhecimentos e da modelagem dos problemas.
Estudiosos: Alan Turing, Kurt Godel, Alonzo Church. Foi Alexander Mikhailov que em 1966, utilizou o conceito “Informatika”
relacionado a uma disciplina que estuda, organiza e dissemina a informação científica. O meio mais comum de utilização da
informática são os computadores que tratam da informação de maneira automática.

9.3. Inteligência Artificial


Desde É a inteligência semelhante à humana exibida por mecanismos ou softwares. Estuda e projecta agentes inteligentes”. O
termo foi cunhado em 1956 por John MacCarthy definindo a IA como a ciência e engenharia de produzir máquinas inteligentes.
Trata-se de uma área de pesquisa da computação dedicada a buscar métodos ou dispositivos computacionais que possuam ou
multipliquem a capacidade racional do ser humano de resolver problemas, pensar ou, de forma ampla, ser inteligente, com o
objectivo de executar funções que, caso um ser humano fosse executar, seriam considerados inteligentes.
As linhas de investigação são essencialmente três: simulação das funções superiores da inteligência; modelização das funções
cerebrais explorando dados da anatomia fisiologia ou até da biologia molecular; reprodução da arquitectura neuronal de um
cérebro humano, de forma a produzir numa máquina condutas inteligentes.
São características dos sistemas de IA: a capacidade de raciocínio – aplicar regras lógicas a um conjunto de dados disponíveis
para chegar a uma conclusão; a aprendizagem – aprender com erros e acertos de forma e no futuro agir de maneira mais eficaz;
reconhecer padrões – sejam padrões visuais e sensoriais, como sejam comportamentais; Inferências – capacidade de conseguir
aplicar o raciocínio nas situações do nosso quotidiano.
Tratadistas: Isaac Asimov em “O homem Bicentenário”; Jean – François Lyotard em “O Pós-Humano”; Sharry Turkle em “O
Segundo Eu: Os computadores e o Espírito Humano; Daniel Dennott em “Consciencia Explicada”.

10. Validade formal e Validade Material


O grande objectivo da lógica é determinar a validade de um pensamento enquanto este se orienta para o conhecimento da realidade
e não determinar se o seu conteúdo é ou não verdadeiro. Em lógica, entende-se por validade a estrutura a estrutura lógica ou o
encadeamento formal ou lógico de um raciocínio. Um argumento ou raciocínio é válido de obedecer a determinadas regras e
inválido se não obedecera tais regras.
Em qualquer asserção ou enunciado pode fazer – se análise sintáctica e semântica, ou seja, verificar os seus aspectos formais e
materiais, torna-se imperioso, em termos lógicos distinguir a validade formal (ou simplesmente validade) da validade material (ou
validade verdade, diz respeito ao acordo do conteúdo com a realidade).
1º. Um pensamento (juízo ou raciocínio) tem validade formal, quando os elementos que constituem (conceitos no juízo, juízos no
raciocínio) formam um todo coerente, sem contradição interna e sem incompatibilidade. A forma refere-se à estrutura do raciocínio
ou do pensamento, sendo como tal sujeito à validade ou à não validade.
2º. Um pensamento (juízo ou raciocínio) tem validade material quando o seu conteúdo ou matéria se conforma com a realidade;
dizemos, então, que se trata de um pensamento (juízo ou raciocínio) verdadeiro.
Para tal, consideremos os seguintes exemplos:
1. Em 350 a. C. Platão enviou um fax ao seu discípulo Aristóteles.
2. O rectângulo é um polígono de três ângulos.
3. Este triângulo tem quatro ângulos.

A afirmação 1 é formalmente válida, correcta e legítima. Sintacticamente bem construída (sujeito, predicado e os seus
comprimentos: direito, indirecto e circunstanciais), não contém contradição em si mesma. Entre os seus elementos não se detecta
qualquer incoerência. Do ponto de vista da lógica, nada há a opor-se. Bem diferente é, no entanto, a questão da sua validade
material, da sua conformação com a realidade que autorizaria a reconhecê-la como verdadeira. Em 350 a. C. Platão já tinha
falecido; nesse tempo não se sonhava sequer com faxes.
Do enunciado 2, apesar da sua correcta construção sintáctica (sujeito, predicado e nome predicativo do sujeito), contém uma
impossibilidade formal, porque a definição de rectângulo implica a existência de quatro e não três ângulos.
Mais evidente é ainda a incompatibilidade e a contradição interna dos termos “triângulo” e “quatro ângulos” no enunciado 3.
Assim sendo, os enunciados 2 e 3 não têm validade formal e não têm validade material: são falsos. Conclusão
1º. Todo o pensamento verdadeiro implica a co-presença da validade formal e da validade formal.
2º. A Lógica ocupa-se da validade formal do pensamento, enquanto as outras ciências se ocupam da validade material.
3º. Mas, porque a verdade implica a co-presença da validade formal e material, as ciências não podem prescindir da Lógica, ou
seja, de proceder em conformidade com os princípios e as regras formais do pensamento.
4º. Assim sendo, a Lógica tem de ser tomada como uma ciência em si mesma e como um instrumento (organon) ao serviço das
demais ciências.

11. Princípios da Lógica


Na lógica, chama-se de princípios o que está na origem de uma operação dedutiva como sua condição necessária, ou seja, a
proposição, muitas vezes implícita, que orienta a actividade e serve de norma aos juízos práticos.
11.1. Princípios da Razão ou Racionais ou ainda princípios primeiros.
Chama-se princípios primeiros ou leis gerais porque determinam todos os procedimentos racionais em que se caracteriza o
pensamento do correcto discurso racional. Estes são três: o princípio da identidade, de não contradição e de terceiro excluído.
a) Princípio da Identidade.
Enunciados do princípio de Identidade: I – Uma coisa é o que é; II – O que é, é; e o que não é, não é; III – A é A (A designando
qualquer objecto de pensamento).
Em termos de proposições: IV – Uma proposição é equivalente a si mesma. Ex. “Eu sou eu e as minhas circunstâncias”.
b) Princípio de não contradição e a negação das proposições.
Enunciação: I – Uma coisa não pode ser e não ser ao mesmo tempo, segundo uma mesma perspectiva.
Em termos de preposições: II – Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo (...).;
Ex. Todo homem é mortal / Nenhum homem é mortal.
III – Uma proposição e a sua negação não pode ser simultaneamente verdadeiras (...)
Ex. Sendo proposição “Todo homem é mortal” Verdadeira, a proposição “ Nenhum homem é mortal” será Falsa.
IV – Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.
Ex. Sendo proposição “Todo homem é mortal” Verdadeira, sua contraditória será “ Algum homem é mortal”. Esta será Falsa.

c) Princípio do meio excluído ou terceiro excluído e a negação dos conceitos.


I – Uma coisa deve ser, ou então não ser; não há uma 3ª possibilidade (o terceiro excluído).
Este princípio diz que só há dois e apenas dois valores de verdade: o verdadeiro e o falso. Não há um valor de verdade alternativo.
Em termos de proposições, temos os enunciados:
II – Uma proposição é verdadeira, ou então é falsa; não há outra possibilidade.
Ex. A proposição “Todo homem é mortal” é Verdadeira ou é Falsa. Não há outra possibilidade.
Introduzindo a negação:
III – Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a outra é falsa, não meio-termo.
Ex. Se a proposição “Todo homem é mortal” for Verdadeira, a proposição “ Nenhum homem é mortal” será Falsa.
Em termos de proposições contraditórias temos:
IV – De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira a outra é falsa e se uma é falsa, a outra é verdadeira, não há meio-
termo.
Ex. Se a proposição “Todo homem é mortal” for Verdadeira, a proposição “ Nenhum homem é mortal” será Falsa.
Concluindo:
Numa lógica bivalente em que todo o juízo é necessariamente verdadeiro ou falso, os três princípios fundamentais da lógica são
estreitamente solidários: não são verdadeiramente distintos, mas três formulações de uma mesma exigência.
Sinteticamente enunciam-se deste modo:
Duas proposições contraditórias, quer dizer, que são a negação uma da outra, não podem ser ambas verdadeiras nem ambas falsas;
se uma é verdadeira a outra é falsa, e, reciprocamente se uma é falsa, a outra é verdadeira.
Este princípio garante o funcionamento e a coerência do pensamento, o uso do verdadeiro e do falso e impede-o de se contradizer.

Cap. I – A Lógica Formal


A lógica formal estuda as leis a que devem obedecer as operações da inteligência para serem válidas e poderem atingir a
verdade. Ela compreende três partes: a apreensão (conceito ou ideia), o juízo e o raciocínio.
Na apreensão falamos da lógica do conceito, pela qual se obtém uma ideia ou conceito (ex. João); no juízo trata-se da lógica do
juízo pelo qual se afirma ou nega uma relação entre duas ideias, (ex. O João é inteligente.) e no raciocínio (lógica do raciocínio)
pelo qual, de dois ou mais juízos conhecidos, concluímos um outro juízo desconhecido que daqueles deriva necessariamente. Ex.
Todo o inteligente é dedicado. Ora, o João é inteligente. Logo, o João é dedicado.

1. LÓGICA DO CONCEITO
Tradicionalmente há três principais domínios da lógica: lógica do conceito, lógica do juízo e lógica do raciocínio.
Em rigor a lógica diz particularmente respeito ao raciocínio, ou seja ao discurso correcto do pensamento no trânsito de umas
proposições a outras.
O raciocínio pressupõe juízos e estes conceitos. O que é um conceito?
As palavras mesa, cadeiras, belezas, etc., na linguística são signos que correspondem a um significado. A cada significado
determinada realidade. A cada palavra se refere objectos físicos de quer possuímos imagens ou objectos ideais ou realidades
abstractas de que temos noção ou ideia. Representamos mentalmente os objectos.
As palavras signo, significações, imagens, ideias, realidades, etc. mantêm, todas a relação com a palavra conceito (ou ideia). Os
conceitos em si só, não afirmam e nada negam. E para que isso aconteça elas devem formar juízos, os quais, sequenciados e
coerentes formam um raciocínio. Conceito é o acto mental pelo qual se confere uma certa qualidade ou qualificação a uma certa
classe de objectos com características comuns; é a apreensão pela mente da essência, ou seja, das características determinantes
de um objecto.
Por vezes opõe-se o conceito ao termo. O termo é a simples expressão verbal ou a manifestação exterior do conceito por meio da
palavra, tal como a linguagem é a exteriorização do pensamento. O termo pode ser mental, quando pensado e equivale ao conceito.
O termo pode ser oral ou escrito quando a palavra é falada ou escrita que exprime um conceito.
O conceito ou ideia chama-se também noção, quando se quer fazer conhecer a outrem coisas novas por intermédio da linguagem.
Segundo Sócrates, conceito, é a síntese das propriedades comuns aos seres que formam uma classe. Por consequência, o conceito
apresenta a soma dos conhecimentos que possuímos acerca de um determinado conjunto de seres. Assim, por exemplo, quando
digo cadeira, estou a falar de um conceito, isto é de uma representação, um desenho mental que reúne as características comuns de
uma classe de objectos singularmente diferentes pois há uma cadeira metálica, de madeira, de palha, de rodas, com encosto de
braços etc. Todas são cadeiras embora diferentes entre si, têm algo de comum pelo qual são diferentes de objectos da classe de
Mesa, carteira.
Todavia, é preciso dizer e frisar desde já que um termo não corresponde obrigatoriamente a uma palavra, pois um termo pode ser
formado por uma ou várias palavras, como por exemplo: beija-flor.

1.2. Importância dos Conceitos


O papel dos conceitos é indispensável e decisivo para o entendimento da realidade e para a produção do discurso sobre a realidade.
É por seu intermédio que pensamos e exprimimos a (não) existência da realidade, a relação, a quantidade, a qualidade, etc.
Os conceitos vão desde ideias sobre as coisas muito simples até as complexas que exigem abstracção de alto nível dos objectos. O
pensamento, o progresso e o desenvolvimento em todos os domínios da actividade humana dependem da exactidão dos nossos
conceitos. Não podemos pensar bem em qualquer campo de conhecimento sem conhecermos os conceitos sistemáticos em que esse
campo assenta. Os níveis avançados em qualquer disciplina baseiam-se em conceitos complexos, especializados e muitas vezes
difíceis de compreensão

1.3. Extensão e Compreensão dos Conceitos


a) Noções: A lógica considera nas noções e termos duas propriedades essenciais: a extensão e a compreensão.
A extensão ou denotação de um conceito ou termo é o conjunto de seres, indivíduos ou objectos aos quais a ideia se aplica, ou que
a ele abrange.
A ideia de homem convém a moçambicanos, portugueses, franceses brancos amarelos, Manuel, Rosa, etc.
A Compreensão (conotação ou intenção) de um conceito ou termo é o conteúdo que a análise descobre nessa ideia, ou seja, o
conjunto das suas qualidades ou características que esse conceito designa.
A compreensão da ideia de homem implica os seguintes caracteres: ser, animal, vertebrado, mamífero, racional, etc.
Denomino homem a João, Pedro, etc. Os seus avós tinham aquela mesma denominação; chamar-se-á assim também aos seus
descendentes. O conjunto dos objectos dos quais se pode dizer que são homens, eis a extensão do termo. Mas para que João, Pedro,
Paulo e outros indivíduos possam chamar-se homens, cumpre que possuam todas certas qualidades: que sejam seres vivos, animais,
vertebrados, bímanos entre os mamíferos. A soma destas qualidades é a compreensão do termo homem.
b) Como ordenar os conceitos em compreensão e extensão crescente e decrescente.
Tal como já dissemos; podemos comparar a compreensão de vários conceitos entre si, e ordenar esses conceitos começando
daquele que possui menor até ao que tem maior compreensão, como também iniciando do conceito com maior até ao com menor
compreensão.
Comparemos e ordenemos, por exemplo, os conceitos segundo a sua compreensão cresça e decresça: ser, animal, homem, ser vivo,
africano e moçambicano. O que observamos é que o conceito ser continua a ter menor compreensão que os restantes, seguido pelos
conceitos ser vivo, homem, africano até ao conceito moçambicano que possui a maior compreensão de todos. A esta ordem de
compreensão chamamos crescente. Ou seja:
Compreensão crescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano.
Compreensão decrescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano.

O mesmo exercício pode ser feito tendo em conta a extensão dos mesmos conceitos. Ou seja, podemos ordenar os mesmos
conceitos em extensão quer crescente quer decrescente. A via mais rápida e segura de o fazermos, é aplicar, sobre os conceitos já
ordenados acima, a regra da relação inversa da compreensão e extensão.
Ou seja, se o conceito ser tem menor compreensão, então terá, segundo a regra da relação inversa, maior extensão de todos os
conceitos. Igualmente, se o conceito moçambicano possui maior compreensão, também possui, segundo a mesma regra, menor
extensão de todos os restantes. Assim, seguir a ordem começando de ser (maior extensão) até moçambicano (menor extensão)
como está acima, corresponde à extensão decrescente. O inverso dessa ordem, na extensão, será crescente.
Extensão decrescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano.
Extensão crescente: ser, ser vivo, animal, homem, africano, moçambicano

Conclusão: A compreensão e a extensão de um ( ou uma lista de) conceito(s) variam na ordem inversa, como mostra o exemplo
anterior. Isto é, quanto maior compreensão possuir um conceito, menor extensão ele tem; se for maior em extensão, menor será em
compreensão, vice-versa:
Compreensão crescente é de menor compreensão para maior compreensão
Compreensão decrescente é de maior compreensão para menor compreensão
Extensão crescente é de menor extensão para maior extensão
Extensão decrescente é de maior extensão para menor extensão; isto é:
Se a compreensão está a crescer, a extensão está a decrescer; e se a compreensão esta a decrescer, a extensão esta a crescer.

e) Relação entre Extensão e Compreensão dos Conceitos


a). Quando se pede para organizar vários conceitos por ordem crescente de compreensão (do menos compreensivo para o de maior
compreensão), isso corresponde a organizá-los de mais extenso para o menos extenso;
b). Quando se pede para organizar vários conceitos por ordem decrescente de compreensão (do mais compreensivo para o de menor
compreensão), isso corresponde a alinhá-los do menos extenso para o mais extenso.
Entre a extensão e a compreensão de um conceito estabelece-se uma relação qualitativa que varia na sua relação inversa: quanto
maior for a extensão, menor será a compreensão, quanto menor for a extensão, maior será a compreensão.
Exemplo: entre os conceitos ser, ser vivo, animal e Homem.
A ideia de maior extensão chama-se género, (ser) em relação à de extensão menor, (ser vivo) e esta denomina-se espécie em
relação àquela. Ou seja, o conceito ser tem maior extensão que o conceito ser vivo. Logo aquele é género e este é espécie.
O género diz-se próximo ou supremo, consoante o grau da sua generalidade. O género próximo é a ideia de generalidade
imediatamente superior à ideia que é espécie (animal em relação a homem); o género supremo representa as grandes classes dos
seres ou as grandes divisões do ser. Às ideias que constituem os géneros supremos chamam-se categorias.
A diferença específica é a característica que se junta ao género próximo para constituir a espécie, aumentando-lhe a compreensão
(racional que se junta ao género animal para constituir a espécie homem). O género próximo e a diferença específica são os
caracteres essenciais de qualquer ser. Ex: o homem (espécie), é um animal (género próximo) racional (diferença específica).

1.4. Classificação dos Conceitos ou Termos


Os conceitos podem s er classificados de acordo com os vários critérios constantes no quadro seguinte:
1.4.1. Quanto à compreensão: simples ou compostos e concretos ou abstractos.
A. simples ou compostos. Simples são os não têm (não podem ter) partes. Ex. ser (ideia de ser). Compostos são aqueles que são
divisíveis ou que têm partes. Ex. Homem, animal, planta, etc.
B. Concretos ou abstractos. Os concretos são aqueles que são aplicáveis à realidade tangíveis, sujeitos ou objectos. Ex: cão, mesa,
caderno. Os abstractos são os que se aplicam a qualidades, acções, pensamentos ou estados. Ex: Paixão, amor, amizade, alegria,
tristeza.
1.4.2. Quanto à extensão: singulares, particulares e universais
Os conceitos singulares são aqueles que se aplicam apenas a um individuo. Ex. António, José, esta flor, etc. os conceitos
particulares são os que se aplicam apenas a parte de um todo, ou classe. Ex: certos alunos; alguns pais; estes cadernos e os
conceitos universais aqueles que se aplicam a todos os elementos de um conjunto ou classe. Ex: homem, filosofo, mesa, caneta.
1.4.3. Quanto à relação mútua: Contraditórios, contrários, relativos, privativos, idênticos ou tautológico e equivalentes.
Contraditórios são os que se opõem e se excluem mutuamente. Ex: ser/não ser; branco/não branco. Contrários são os que que se
opõem, mas não se excluem. Ex: branco/preto; alto/baixo; avarento/pródigo. Relativos são os que não são sem o outro (há uma
implicação mútua) Ex: pai/filho; direita/esquerda; esposo/esposa. Privativos quando tem uma nota essencial tirada a outro. Ex.
Cego/visual; surdo/ouvido; mudo/fala. Idênticos ou tautológicos quando significam a mesma coisa e tem a mesma compreensão e
extensão. Ex. Homem/ animal racional. e equivalentes quando têm a mesma extensão mas compreensões diversas. Ex. Animal
racional/ animal bípede e implume (sem penas).
1.4.4. Quanto à significação: unívocos, equívocos e análogos.
Unívocos são aqueles conceitos que se aplica-se a vários objectos distintos com o mesmo sentido. Ex. homem (dito a Pedro,
João…); Animal (homem, cão…). Equívocos dizem-se os termos homónimos, que têm significação diversa. Ex. Selar a sela/
selar o selo. Aplica.se a vários objectos sentidos/ significados diferentes. Ex. cão (animal ou constelação). Os conceitos são
Análogos quando há uma relação de semelhanças. Ex. Aplicável a diversos objectos num sentido que não é totalmente idêntico
nem totalmente distinto. Ex. Saudável (aplicado ao corpo ou dito dos alimentos).
1.4.5. Quanto à perfeição: claros e obscuros. Os conceitos claros são os que nos permitem reconhecer o objecto com nitidez e os
obscuros são os não nos permitem reconhecer o objecto com nitidez
conceitos relativos; h) 2 conceitos privativos; i) 2 conceitos idênticos; j) 2 conceitos equívocos; k) 2
conceitos unívocos; l) 2 conceitos análogos.

1.5. A DEFINIÇÃO
1.5.1. Noção: Etimologicamente a palavra definir provém do latim “definire”, vocábulo que inclui o termo “finis” que significa
limite e fronteira. Neste sentido definir significa demarcar, delimitar fronteiras de um conceito relativamente a outros. A definição
é uma operação lógica que consiste em delimitar com exactidão a compreensão dum conceito, a fim de o distinguir dos
outros, ou seja, explicitação e especificação do seu significado.
Exemplo: definir o “gato” é evidenciar ou determinar de forma rigorosa as características que o identificam ( ser animal que mia)
distinguindo-o deste modo de outros animais.

1.5.2. Significado e importância da definição.


A definição é uma das operações fundamentais do pensamento e um instrumento indispensável na organização dos saberes.
Assume uma importância determinante na sistematização do conhecimento em geral e na produção do conhecimento científico e
filosófico em particular. O rigor científico e qualquer trabalho de investigação e publicação científica dependem do rigor dos
conceitos utilizados e das definições que traduzem com precisão esses conceitos.
1.5.3. Como Definir um Conceito?
Em geral, a definição de um conceito faz-se enumerando as qualidades essenciais, para que a sua noção seja tão clara e precisa que,
sabendo com exactidão o que ele é, o distingamos com nitidez do que ele não é. A formulação da filosofia tradicional dizia que
para uma boa definição devia-se indicar o género mais próximo (o que há de comum) do conceito que pretendemos definir e a sua
diferença específica (o que lhe é próprio), pelo qual se distingue uma dada espécie das outras do mesmo género. Exemplo: O
homem (definido ou espécie) é animal (género próximo) racional (diferença especifica).

1.5.4. Tipos ou Espécies de Definições: Real e Nominal


a) Definição real dá-nos as propriedades ou qualidades reais do objecto que o conceito representa. Permite distinguir uma coisa de
outra. Ela pode ser: Essencial ou metafísica, descritiva, final e operacional.
Definição Real, Essencial ou metafísica, é a que se faz indicando as notas essenciais: género próximo e diferença específica. Ex:
Triângulo é um polígono de três lados. Ex2 Maputo é a capital de Moçambique.
Definição Real, Descritiva: Faz-se pela enumeração das características físicas relevantes e significativas. Por exemplo:
Ex.1 Água é um líquido transparente, incolor, insípido, inodoro que entra em ebulição a cem graus centígrados.
Ex.2 Núcleo é a região central do átomo, muito pequena, onde está concentrada a massa do átomo e onde se encontram partículas
elementares da carga positiva.
Definição Real, Final: aquela que define o objecto mediante a sua finalidade. Ex.1 Faca é um instrumento que serve para cortar as
coisas; Ex.2 Balança é o aparelho que serve para avaliar a massa de um corpo.
Definição Real, Operacional: Consiste em definir um conceito através dos meios pelos quais se procede à sua avaliação. Ex.1 A
idade mental é a medida da inteligência calculada por testes. Ex.2 O ácido é um composto aquoso que avermelha o papel azul de
tornesol.
b) Definição nominal resulta da análise etimológica de um palavra ou conceito. Pode ser: etimológica, sinonímica e estipulativa.
A definição nominal etimológica esclarece o sentido da palavra a definir, pelo recurso à origem, isto é, étimo da palavra. Ex.1
Geografia é o estudo da terra. Ex.2 Filosofia é o amor do (pelo) saber. A definição nominal sinonímica é aquela que se faz
recorrendo a outra palavra com o mesmo significado. Ex.1 Uma cama é um leito. Ex2. Cárcere é uma prisão. A definição nominal
estipulativa é a que define o significado que se atribuiu convencionalmente a palavra. Ex.1 Água é H20.
Ex.2 Força é o produto da massa pela aceleração. Ex.3 Q.I.. é a idade mental a dividir pela idade cronológica.

1.5.6. Regras da Definição


Para que uma definição seja considerada logicamente correcta deve obedecer incondicionalmente as regras seguintes:
1ª A definição deve convir a todo o definido e só ao definido. (regra da reciprocidade)
A definição não pode ser muito restrita nem muito ampla para permitir a reciprocidade. Ou seja, a definição é válida quando aquilo
que se atribui ao sujeito pertence só e só a ele. Corresponde ao predicado.
Exemplo: O gato é animal que mia.

2ª A definição não deve ser circular ou o termo a definir não deve entrar na definição (regra da não circularidade)
Esta definição permite que a definição seja mais clara, ou seja, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu
conceito. Isto é o predicado não deve repetir o sujeito por outras palavras.
Exemplo: Agradável é aquilo que agrada; Ex.2: O homem é um ser humano.
Definir uma coisa pelo seu oposto é, muitas vezes, violar a regra da não circularidade.
Exemplo: Grande é o que não é pequeno. Ex. 2: Torto é o que não está direito.

3ª A definição não deve ser expressa em termos figurativos ou metafóricos.


Uma definição baseada em linguagem figurativa, por maior criatividade, inteligência e humor, não nos dá o significado preciso e
claro do termo a definir, mesmo que seja um “resultado elegante” para o que é extremamente difícil de definir.
Ex.: a) “O futebol é a alegria do povo” b) O amor é fogo que arde sem se ver”.

4ª A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa.


A razão que subjaz nesta regra é o facto de alguns termos ou conceitos serem essencialmente negativos quanto ao seu significado.
Nesses casos, a definição será necessariamente negativa. Ex.: órfão é o ser humano que não tem pai nem mãe.
Contudo, numa definição exige-se que se determine o que algo significa em vez de se dizer o que não significa.
Ex.: a) “ O homem é o ser que não é anjo nem besta”. b) “ um cravo não é uma árvore”.

1. 5.6. Conceitos Indefiníveis


Existem três conceitos indefiníveis que são:
a). Os indivíduos: estes são apenas descritos (alto, baixo, gordo, de olhos amarelos), mas não se define devido a sua complexidade
(excesso de compreensão) não é possível descobrir num indivíduo uma característica que baste para distinguir de qualquer outro
indivíduo;
b). O género supremo devido ao excesso da sua extensão (Mundo, Humanidade, Deus), isto porque toda a definição começa pela
inclusão de um espécie e um género, e os géneros supremos não tem género que possa incluir-se
c). Os dados imediatos da experiência (o prazer, o amor, a dor), não são possíveis de obter dos dados da experiência uma
definição que torne mais claros. Finalmente, sublinhemos um facto importante: não é possível tudo definir, ou, por outras palavras,
há termos indefiníveis (...)
(...)Trata-se, por exemplo, do conceito indivíduo. Porque é que é indefinível? Porque, se bem que possui um género próximo, a
espécie última carece de diferença específica. O que equivale a dizer que a sua compreensão é infinita e inesgotável no terreno dos
conceitos.
11ª Classe CD 1ª A.C.S Filosofia II Trimestre\ 2024

Seleccione APENAS a alternativa correcta em cada uma das questões seguintes:

1. Dada a definição: filósofo é aquele que filosofa. A definição:


A. É válida porque foi definida de forma negativa.
B. É válida porque não infringe nenhuma regra da definição.
C. Não é válida porque o definido entrou na definição.
D. Não é válida porque é uma definição demasiado curta.

2. O pai da Lógica como ciência é:


A. Descartes B. Aristóteles C. Sócrates D. Platão.

3. O conjunto de seres ou objectos que são compreendidos ou abrangidos por um


determinado conceito leva o nome de…
A. Validade formal. C. Extensão do conceito
B. Compreensão do conceito D. Lógica do conceito.

4. O discurso tem 3 dimensões fundamentais:


A. Sintáctica, semântica e pragmática. C. Sintáctica, sintaxe e verbo.
B. Pragmática, sintáctica e linguagem D. Sintaxe, verbo e pragmática. Meu caderno de actividades

5. Qual das alíneas completa a seguinte definição: “Triângulo é:


A. uma espécie de três lados. C. um polígono de três lados.
B. uma figura geométrica D. é um quadrilátero de três lados.

6. Entre os conceitos indefiníveis temos:


A. Os indivíduos, géneros supremos, diferença específica.
B. Os indivíduos, dados imediatos da experiência, espécies.
C. As espécies, género próximo, diferença específica.
D. Os géneros supremos, dados imediatos da experiencia, indivíduos.

7. O professor é pessoa que dá instrução a crianças”. A definição é inválida porque:


A. O professor deve apenas ensinar a pessoas adultas
B. Viola a regra da reciprocidade
C. Não permite a reciprocidade entre o definido e o género próximo
D. Viola a regra de não contradição

8. “O cavalo é um animal mamífero”. A definição é inválida porque:


A. A definição e o definido não têm a mesma extensão
B. O definido tem maior extensão
C. Viola os princípios da razão
D. A definição tem maior compreensão

9. A ordem das palavras é um dos traços característicos da dimensão do discurso


humano. Uma série de palavras expostas ao acaso não é uma frase. De que dimensão
se trata?
A. Semântica B. C. Sintáctica D. Gramatical
10. Em termo de proposição, uma proposição é equivalente a si mesma. Estamos
perante um principio de/o...
A. Identidade B. Contradição C. Terceiro excluído D. Razão suficiente

11. Os conceitos são realidades da esfera ideal. Por isso, ...


A. São verdadeiros C. São falsos
B. Não são verdadeiros nem falsos D. São falsificáveis

12. Dada a definição: “Pobre é um individuo que não rico”. É inválida porque a
definição…
A. Não deve ser demasiada restrita. C. Deve ser demasiada longa.
B. Não deve ser negativa. D. Deve convir ao definido.

13. A validade formal refere-se a:


A. conteúdo do raciocínio C. falsidade do raciocínio
B. estrutura do raciocínio D. verdade do raciocínio.

14. A Lógica enquanto ciência da razão, consiste no estudo das condições do


pensamento:
A. formalmente inválido. C. formal e materialmente inválido.
B. formal e materialmente válido D. materialmente válido.

15. O que é um conceito?


A. Expressão verbal do termo. C. Representação do raciocínio.
B. Expressão verbal do juízo. D. Representação mental da realidade.

16. Ordem correcta da extensão decrescente dos conceitos é:


A. flor, rosa, vegetal, ser vivo, ser. C. ser, ser vivo, vegetal, rosa, flor.
B. rosa, ser vivo, flor, ser, vegetal. D. Ser, ser vivo, vegetal, flor, rosa.

17. Que conceito reduz a extensão do termo homem:


A. Carlos. B. Animal C. Ser vivo. D. Ser.

18. A dimensão pragmática trata da relação dos signos…


A. entre si. B. e o seu significado
C. e a realidade. D. e os utilizadores.

19. Que conceito reduz a extensão de “mamífero”?


A. animal B. homem C. ser vivo D. Ser.

20. O espírito científico é…


A. crítico, mítico e analítico. C. positivo, dogmático e analítico.
B. crítico, religioso e analítico D. positivo, crítico e analítico.

21. Os níveis do conhecimento são:


A. Senso comum, filosófico, científico B. Teológico, religioso, maduro.
C. Dúvida, certeza, ignorância D. científico, religioso, senso comum.

22. O conhecimento científico possui as seguintes características:


A. Universalidade, positividade, carácter paradigmático. C. Dignidade, porosidade, inexacto.
B. Racionalidade, crítico, estático. D. Crítico, analítico, escrito.
23. A positividade da ciência significa:
A. Uso rigoroso do raciocínio formal. C. Os seus resultados devem ser universais.
B. Verificação empírica dos seus resultados. D. Ter uma importância na sociedade.

24. A dúvida metódica caracteriza-se por ser:


A. Um posicionamento definitivo da mente que nega.
B. O momento em que o espírito conhece.
C. Provisória e abre espaço para melhor examinar os juízos.
D. Definitiva e investigativa.

25. Os níveis do conhecimento são:


A. Senso comum, filosófico, científico B. Teológico, religioso, maduro.
C. Dúvida, certeza, ignorância D. científico, religioso, senso comum.

GRELHA DE RESPOSTAS

P 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25

Nome do aluno ………………………………………………… Turma ……….. N°…… Sala ……….

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