Apostila Curso de Conselheiros

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2ª RD da A Pe

I Curso de Conselheiros da 2ª Região da APe.


04 de maio de 2003.
IASD de Jardim Paulista
Nome: __________________________________________ Fone: __________________
Clube: _________________________________________ Igreja: ___________________
Nossa História
Psicologia Infantil I e II
Qualidades de Um Líder
Para ser um bom Líder é preciso...
O Conselheiro e o Clube
Civismo
Ordem Unida
Arte de Acampar
Sinais Convencionais
Primeiros Socorros (Básico)
Nós e Amarras
Sistema de Unidades I e II
Fogo e Fogueira
Recreação Cristã

Programa:

08:00h - Abertura: Hasteamento


Hino
Ideais
Oração
08:15h - Meditação
08:30h – Aula 1
09:00h – Aula 2
09:30h – Aula 3
09:50h - Intervalo
10:00h – Aula 4
10:45h – Aula 5
11:30h – Aula 6
12:00h – Almoço
12:45h – Aula 7
13:30h – Aula 8
14:15h – Intervalo
14:25h – Aula 9
15:00h – Aula 10
15:40h – Aula 11
16:20h – Aula 12
17:00h - Encerramento

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NOSSA HISTÓRIA
Em apenas um século e meio a Igreja Adventista do Sétimo Dia tem crescido de um punhado de pessoas, que
diligentemente estudaram a Bíblia em procura da verdade, para uma comunidade mundial de mais de oito milhões de membros
e, outros milhões, que consideram a Igreja Adventista seu lar espiritual. Doutrinariamente, os Adventistas do Sétimo Dia são
herdeiros do supra-denominacional movimento Millerino da década de 1840. Embora o nome “Adventista do Sétimo Dia”
tenha sido escolhido em 1860, a denominação não foi oficialmente organizada até 21 de maio de 1863, quando o movimento
incluía cerca de 125 Igrejas e 3.500 membros.
Entre 1831 e 1844, William Miller - um pregador Batista e ex-capitão de exército da guerra de 1812 - lançou o “grande
despertar do segundo advento” o qual eventualmente se espalhou através da maioria do mundo cristão Baseado em seu estudo
da profecia de Daniel 8:14, Miller calculou que Jesus poderia retornar a terra em 22 de outubro de 1844. Quando Jesus não
apareceu os seguidores de Miller experimentaram o que veio a se chamar “O grande Desapontamento”.

A maioria dos milhares que haviam se juntado ao movimento, saiu em profunda desilusão. Uns poucos, no entanto
voltaram para suas Bíblias para descobrirem porque eles tinham sido desapontados. Logo eles concluíram que a data de 22 de
outubro tinha na verdade estado correta, mas que Miller tinha predito o evento errado para aquele dia. Eles se convenceram
que a profecia bíblica previa não o retorno de Jesus a Terra em 1844, mas que Ele começaria naquela data um ministério
especial no céu para Seus seguidores. Assim, eles continuaram a esperar pelo breve retorno de Jesus, como fazem os
Adventistas do Sétimo Dia ainda hoje.

Deste pequeno grupo que se recusou a desistir depois do “grande desapontamento” surgiram vários líderes que
construíram a base do que viria a ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Destacam-se dentre estes líderes um jovem casal -
Tiago e Ellen White - e um capitão de navio aposentado, José Bates. Este pequeno núcleo de “adventistas” começou a crescer -
principalmente nos estados da Nova Inglaterra na América do Norte, aonde o movimento de Miller havia começado. Ellen
White, apenas uma adolescente na época do “grande desapontamento”, desenvolveu-se em uma dotada escritora, oradora e
administradora, se tornando, e permanecendo, a conselheira espiritual de confiança da família Adventista por mais de 70 anos
até sua morte em1915. Os primeiros Adventistas vieram a acreditar - como têm os Adventistas desde então - que ela desfrutou
da direção especial de Deus enquanto ela escrevia seus conselhos para o crescente grupo de crentes.

Em 1860, em Battle Creek, Michigan, EUA, um punhado de congregações de Adventistas escolheu o nome
Adventista do Sétimo Dia e em 1863 organizaram formalmente o corpo da Igreja com um número de 3.500 membros. No
princípio, a atuação foi em grande parte limitada a América do Norte, até 1874 quando o primeiro missionário da Igreja, J.N.
Andrews, foi enviado para Suíça. A obra na África foi iniciada timidamente em 1879 quando Dr. H.P. Ribton, um recente
converso na Itália, se mudou para o Egito e abriu uma escola, mas o projeto terminou quando tumultos começaram a surgir nas
vizinhanças. O primeiro país cristão não-protestante a receber a Igreja foi à Rússia, aonde um ministro Adventista foi enviado
em 1886. Em 20 de outubro de 1890, a escuna Pitcairn foi lançada em São Francisco e logo designada para levar missionários
para as ilhas do Pacífico. Missionários Adventistas do Sétimo Dia entraram pela primeira vez em países não-cristãos em 1894 -
Costa Dourada (Gana), oeste da África, e Matalbeleland, África do Sul. No mesmo ano missionários vieram a América do Sul,
e em 1896 havia representantes no Japão. A Igreja hoje tem atuação estabelecida em 209 países.

A publicação e distribuição de literaturas foram os principais fatores no crescimento do movimento do Advento. A


Advent Review e o Sabbath Herald (hoje Adventist Review), órgão geral de comunicação da Igreja, foram lançados em Paris,
Maine, em 1850; o Youth’s Instructor em Rochester, Nova Iorque, em 1852; e o Signs of the Times em Oakland, Califórnia,
em 1874. A primeira casa publicadora denominacional em Battle Creek, Michiga começou a operar em 1855 e foi devidamente
incorporada em 1861 com o nome de Associação de Publicação Adventista do Sétimo Dia.

O Instituto de Reforma da Saúde, conhecido mais tarde como Sanatório Battle Creek, abriu suas portas em 1866, e a obra da
sociedade missionária foi estabelecida a nível estadual em 1872, e 1877 viu a formação das Associações das Escolas Sabatinas
em todo o estado. Em 1903, a sede da denominação se mudou de Battle Creek, Michigan, para Washington, D.C., e em 1989
para Silver Spring, Maryland, aonde ela continua a formar o nervo central do trabalho sempre em expansão.

 Só recorre aos gritos aqueles que não triunfaram com a razão.

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O trabalho que pesa sobre a Igreja Adventista do 7º Dia é a Salvação e treinamento de nossas almas.
Cientistas dizem-nos que a moldagem do cérebro da criança é formado até os 12 anos de idade, fazendo-se imperativo
que durante a formação, hábitos corretos, pensamentos, motivos, práticas, disposições e atitudes sejam estabelecidas. Séculos
atrás as Escrituras diziam: “Ensina o menino no caminho que deve andar e quando crescer nunca se desviará dele”. Isto é mais
do que uma frase (feita), é uma fórmula científica.
Existem muitas vozes chamando a juventude hoje. Televisão, rádio, a imprensa e outros meios estão fazendo
incursões na consciência e subconsciente de cada um de nós. Isto é particularmente verdadeiro na criança, as quais tem suas
mentes como cera para recepção e como bronze para a gravação. A infância é sempre a idade de veneração do herói, e o
exemplo correto deve ser colocado a sua frente para ser imitado.
Pais e protetores dos jovens devem estar alertas para enfrentar este desafio.
A Igreja, a qual é composta de famílias, deve associar-se com um programa para capturar a atenção do jovem,
apontando-os os perversos do mundo e providenciando para eles prazeres inocentes os quais não tentarão ou corromperão sua
moral.Está é a área em que os Clube dos Desbravadores ocupa o mais importante lugar.
A Igreja deve aceitar um crescente grau de responsabilidade e influenciamento da criança para Cristo por causa do
colapso (desmoronamento) da estatura social com ou sem a Igreja. Na Igreja Adventista do 7º Dia o último levantamento
indica que 40,5% de todos os lares Adventistas estão quebrados ou divididos.
Isto significa que há somente um dos pais para providenciar o encorajamento e incentivos necessários para guiar a
criança para Cristo. Freqüentemente a mãe trabalha fora (como empregada), dispensando pouco tempo com as crianças. Isto
reduz a eficácia da influência do lar e adiciona ou aumenta a responsabilidade que pesa sobre a Igreja.
É estimados que 50% das crianças Adventistas da 1ª a 8ª série estudam na escola da Igreja, e em algumas associações
a porcentagem é menor. A Igreja deve tentar alcançar aquelas crianças de lares Adventistas que são atendidas por escolas
públicas, e o Clube dos Desbravadores é um recurso para atingir isto. O clube dos Desbravadores, uma Igreja-centro
recreacional-espiritual, programa consignado para meninos e meninas de 10 a 15 anos.
Ele preenche com ação, aventura, desafio e atividade em grupo que produzem em espírito de equipe e lealdade para a
Igreja. Enquanto o Clube de Desbravadores existe para meninos e meninas, um de seus propósitos básicos é também ajudar a
cumprir a mensagem de Elias e Malaquias no qual o coração dos pais converteriam na direção dos seus filhos e o coração dos
seus filhos se tornariam na direção dos pais.
Como pais no serviço leigo, trabalhando e brincando junto com o jovem a tão falada geração de lacuna desaparece
com um laço de experiências em comum. Acampando juntos, comendo juntos, planejando juntos, executando juntos resulta em
belo relacionamento no qual constrói-se a confiança e vínculo do jovem com sua Igreja. Crianças apresem melhor por exemplo
do que por preceito.
Toda a filosofia dos Desbravadores está montada nessa afirmação, assim que, é importante que espiritualidade, e
dedicação dos líderes nos mais altos princípios e atitudes corretas sejam escolhidas no trabalho com os Desbravadores.
Muitos dos programas do Clube de Desbravadores são ações físicas. A razão disto é que meninos e meninas de 10 a15
anos de idade estão em fase de crescimento.
Os ideais dos Adventistas do 7º Dia deve ser atrair através de um programa de atividades com o qual atrai a esta idade
inquieta que não pode “parar sentada”. Desbravadores são preparados para a ação e é sugerido a diretoria do clube que elimine
as cadeiras da sala de reunião para que os membros (da diretoria) não sejam tentados a sentar-se durante o encontro de Clube.
A aprendizagem alcança maior efeito numa atmosfera de alegria. O clube dos Desbravadores é assim, uma importante
parte do programa de educação da Igreja que providencia o lugar, a forma e a oportunidade para levar as crianças para fora da
sala de aula, para o meio da natureza, através de aventuras ao ar livre. O clube organiza para eles através de um grupo de
atividades atrativas.
Basicamente a filosofia dos Desbravadores requer que o Líder dos Desbravadores:
1. Ajude os jovens a entender que a Igreja ama-os. Levá-los a conhecer que são necessários no programa total.
2. Assegurar aos Desbravadores o destino que Deus tem planejado para cada um deles. Pô-los através da cortina do futuro e
deixar seus corações viverem vivos com o conhecimento que Deus tem um lugar para eles, um que somente eles podem
ocupar. Assim eles contemplando os grandes fatos do dever e destino suas mentes irão expandir e o conhecimento das suas
partes no grande Plano da Salvação fará que eles queiram viver na expectativa da esperança de Deus para as suas vidas.
3. Treinar e organizar jovens para um ativo serviço missionário “Treinar a juventude para torna-se verdadeiros soldados do
Senhor Jesus Cristo é o mais nobre serviço dado ao homem”. Conselhos aos pais, professores e estudantes. Pág. 166.
Ensinando-os que testemunhar a outros sua fé cristã não é projeto para ser executado uma vez por semana, mas é um modo
diário de viver. É claro, existem projetos especiais do clube com seu lugar e um grande impacto pode se ter quando unido
esforços assim como a “Voz Juvenil”, conferência, conjuntos, serviços para a comunidade e outros esforços são feitos.
4. Trabalhar pela salvação de cada Desbravador. Um inventário prova que 70% de todos os meninos e meninas adventistas
que eventualmente venham a ser membros da Igreja tomam suas
decisões antes dos 14 anos, com 12 anos de idade é o ano melhor para o Batismo. “Crianças de 8, 10 ou 12 anos são
suficientemente velhas para decidirem-se no assunto da religião pessoal. Não ensine suas crianças com referência a algum
período futuro quando eles serão suficientes para arrepender e acreditar na verdade. Se instruídas corretamente, muito cedo as
crianças devem ter correta visão de seu estado como pecadores e o caminho da salvação através de Cristo”. Testemunhos Vol.1

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5. Construir na vida do Desbravador uma apreciação e amor pelo segundo livro de Deus, a Natureza. A importância disto é
enfatizado na seguinte citação:
“A fim de que crianças e jovens tenham saúde, alegria e vivacidade e bom desenvolvimento dos músculos e mente, eles devem
estar muito ao ar livre, e ter bem regulado seu trabalho e divertimento.” Conselho aos pais, professores e estudantes. Pág. 83.
“A atenção disposta ao recreio e à cultura física, indubitavelmente, por vezes interromperá a rotina usual do trabalho
escolar; esta interrupção, porém, não se revelará como um verdadeiro estorvo. Será centuplicadamente pago o emprego do
tempo e esforço no sentido de robustecer o espírito e o corpo, alimentar a abnegação, unir aluno e professor pelos laços do
interesse comum e amistosa associação.
Uma abençoada expansão se proporcionará àquela irrequieta energia que tantas vezes é uma fonte de perigo à mocidade.
Como salvaguardar contra o mal a preocupação do espírito com o bem vale mais do que inúmeras barreiras de lei ou
disciplina.” Educação Pág. 213.
“Crianças responderão com disposta obediência a lei do amor. Elogie suas crianças sempre que você puder. Faça suas vidas
tão alegres quanto for possível. Providencie as ocupações inocentes.” Conselhos para pais, professores e estudantes Pág. 114.
“Deve ser dado as crianças alguma coisa para fazer, que não os conserve somente ocupados, mas interesse-os.” Idem Pág.
146.
Desbravadores tem muitas oportunidades de dispender tempo com o segundo grande livro da revelação de Deus - O Livro da
Natureza, e estudando as especialidades da natureza, o Desbravador aprende de primeira mão acerca do poder criativo de Deus,
assim ele contempla árvores majestosas, o canto dos pássaros, a abundante cor das borboletas. Este estudo da natureza
desenvolve uma comunhão com o Deus que criou os céus e a terra, ele trata com reverência aquilo que Deus santificou. Ele é
cuidadoso para proteger a santa Bíblia, para andar levemente na Igreja. Ele reconhece os Dízimos de seus rendimentos como
pertencentes a Deus.
Estas são algumas das lições vitais que ele aprende da natureza.
6. Ensinar aos Desbravadores habilidades específicas e hábeis que farão sua vida mais significativa e ocuparão seu tempo
com proveitosas realizações. Desbravadores deliciam em usar suas mãos para fazerem artigos úteis de madeira, plástico,
ferro, argila, feltro, corda e outros materiais. Traz-lhes grande satisfação fazer um engenho que corra um rádio que toque. É
nessa área que o valor das especialidades J.A. e classes J.A. vem a manifestar-se. O clube de Desbravadores deve ter um
contínuo programa de envolvimento com cada Desbravador na prática destas classes.
7. Ajudam a manter os Desbravadores fisicamente.
“Um entendimento da filosofia da saúde é uma salvaguarda contra muitas das tentações que são continuamente crescente...
Ensine as (crianças) a importância do cuidado do corpo; a casa em que eles vivem.” Conselhos para pais, professores e
estudantes Pág. 138
“As crianças precisam ser instruídas a respeito de seus corpos.
... Ensine suas crianças a estudar sobre causa e efeito; mostre-os que se elas violarem as leis de seus seres devem pagar o
castigo com sofrimento de doença... Continuando a ensinar as suas crianças o respeito pelos seus próprios corpos e como
cuidar deles. Negligência no respeito a saúde do corpo tende a negligência no caráter mora.” Testemunhos, vol. 2 Págs 536 e
537.
“Desde que o espírito e a alma encontram expressão mediante o corpo tanto o vigor mental quanto o espiritual dependem em
grande parte da força e atividade física. O que promova a saúde física, promoverá o desenvolvimento de um espírito robusto e
um caráter bem equilibrado. Sem saúde
ninguém pode compreender distintamente suas obrigações, ou completamente cumpri-las para consigo mesmo, seus
semelhantes ou seu Criador. Portanto a saúde deve ser tão fielmente conservada como o caráter. Um conhecimento de
fisiologia e higiene deve ser a base de todo esforço educativo.” Educação Pág.195.
Quão importante é que o Desbravador tenha o sinal da promessa de temperança, determinando a nunca corromper seus corpos
com drogas, álcool, fumo ou alguma outra coisa que é prejudicial a saúde. Eles devem negar o desejo para o presente e devem
ter força e resistência para as emergências da vida e assim preservar seus corpos com um sacrifício vivo para o Criador.
8. Dar oportunidade para desenvolvimento da liderança. O clube dos Desbravadores é uma organização democrática onde os
membros devem aprender a trabalhar juntos em iguais responsabilidades de liderança. Eles aprenderão disciplina,
obediência, resolução, patriotismo e processo de dinâmica de grupos. O alvo dos Desbravadores não incluem um treinamento
para moldar cada menino e menina em um só molde, mas de preferência a ajudar, ajudem a cada Desbravador desenvolver o
melhor de sua capacidade para a plenitude da virilidade e feminilidade. O programa do Clube dos Desbravadores não deve
ser planejado exclusivamente por adultos na reunião da diretoria, mas os Desbravadores e Desbravadoras, através de seleção
de liderança , devem ser incluídos em todos os planejamentos, e na execução desses planos. (Conselheiros de unidades).
9.Levar a um harmonioso desenvolvimento físico, mental, social e espiritual da vida do Desbravador.
Lucas 2:52 diz: “E Jesus crescia em sabedoria, estatura e graça perante Deus e os homens”. Comentando sobre este plano de
educação Christ’s Object Lessons, Pág. 330 diz: “Verdadeira educação é o preparo físico, mente e forças moral para o
cumprimento de cada dever; isto é o treinamento do corpo, mente e alma para o serviço divino. Esta é a educação que durará
até a vida eterna”. Desbravadores são a matéria-prima de muitas famílias que vem para o Clube de Desbravadores para ser
processado (trabalhado).
Liderança deve preocupar-se que existe este desenvolvimento harmonioso de cada Desbravador a ser assegurado, e que a
criança venha a ser um bom cidadão deste mundo e do mundo que está a vir.

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PSICOLOGIA INFANTIL I
I - INTRODUÇÃO:

1. Devemos ter a idéia de que o clube é organizado para o benefício dos seus membros.
2. Ajudá-los a crescerem na experiência cristã
3. O Líder, o conselheiro deve invadir e compreender o mundo do desbravador.
4. Procurar através das programações e organização do Clube, desenvolver individualmente o juvenil.
5. Lucas 2:52 Modelo Jesus - SABEDORIA, ESTATURA E GRAÇA.
6. Reconhecer a importância da consagração individual para poder aconselhar aos juvenis.

II - COMO ACONSELHAR CRIANÇAS

Ao contrário dos adultos, que fazem uso da conversação para discutir seus sentimentos e frustrações, as crianças pequenas,
como vimos, se comunicam muitas vezes não verbalmente, observando a criança no lar, contando com a participação dos
pais, e pedir-lhes que contem histórias ou façam algumas brincadeiras, e ficar atento quando elas desenham ou brincam de
casinha. As crianças são espontâneas, e as vezes revelam abertamente suas preocupações e aborrecimentos, igualmente são as
perguntas úteis sobre:
1. O que a torna mais feliz ou infeliz.
2. Qual é a coisa mais engraçada ou mais triste em que pode pensar.
3. O que desejaria se pudesse pedir três coisas.
4. Perguntar similares que possam ter respostas reveladoras.

Embora o alvo dos conselheiros de crianças dependam largamente dos problemas declarados e identificados, os conselheiros
buscam com freqüência:
1.Reduzir os temores irracionais e o distúrbio de comportamento.
2. Resolver os conflitos, aumentar a capacidade da criança para expressar seus sentimentos.
3. Melhorar os relacionamentos interpessoais no lar ou na escola.
4. Ensinar habilidades.

Ao aconselhar criança:
1. O conselheiro deve ser bondoso mas firme.
2. Compassivo sem deixar-se manipular facilmente.
3. Em tudo isto lembre-se as crianças são pessoas.
4. Elas tem sentimento.
5. Inseguranças e necessidades.
6. Elas respondem ao amor e firmeza, mas devem ser também tratadas com sensibilidade,
empatia, calor, consideração e respeito.
7. Não devendo ser olhadas com superioridade ou desprezadas pelo adulto.

III - ACONSELHAMENTO DE PAIS:

1.O primeiro contato geralmente é com a criança-problema e depois com os pais, ou na maioria das vezes são os pais
que provocam este acontecimento procurando ajuda.
2.Quando feito o aconselhamento de uma criança, a presença dos pais é extremamente importante, uma vez que o
trabalho pode ser rapidamente destruído por pais desinformados ou que não colaborem.
3.Ajudar os pais é também útil examinar a criança, com isso pode ser a melhor maneira de ajudar a criança e influenciar
indiretamente a família.

Várias diretrizes gerais para trabalhar com os pais sem levar em conta o problema específico.
a) COMPREENDA A SITUÇÃO DOS PAIS - Não adianta, portanto culpar, criticar ou diminuir os pais, tome como ponto
de partida a idéia de que os pais tentaram melhorar a situação da criança, mostre desejo de colaborar com ambos, procurando
ajudá-los e ajudar seus filhos.
b) USE DIFERENTES ABORDAGENS - Alguns pais precisam ser simplesmente informados, ou entendê-los melhor. Outro
necessitam de recomendações, apoio, encorajamento ou sugestões de alternativas para tratar o problema, alguns sabem o que
fazer mas precisam que o conselheiro os empurre, e só depois de observar e ouvir o que os conselheiros podem geralmente
decidir quanto às táticas de orientação adequadas.

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c) SEJA SENSÍVEL AS NECESSIDADES DOS PAIS - Ao criarem seus filhos, os pais podem sentir dúvida, sobre a sua
competência, uma sensação de opressão, competição, ciúme, medo de perder os filhos ou necessidades de ter autoridade e
controle sobre a família, elas podem resultar em tensão quando não satisfeitas são intensas.
d) MODELE O PAPEL DE PAIS - Não tratar os pais como se fosse crianças, mas dar exemplo de boa vontade em
compreender, transmitir habilidades em algumas vezes, mostrar firmeza bondosa.
e) RECONHEÇA SUA UTILIDADE TEMPORÁRIA - O objetivo final do aconselhamento é promover um relacionamento
amadurecido centralizado em Cristo, entre os membros da família. Todas as recomendações aos pais devem ser feitas na
ausência dos filhos, para que não podendo cumpri-las não sejam criticados.

PSICOLOGIA INFANTIL II
IV - MENINICE (7 - 11 ANOS)

1. Freud falou deste período como lactência - dormência, calmaria.


2. Período onde se forma novas amizades e descobrem-se modos novos de jogos e trabalhos
com outros, também estabeleceram-se liderança e a popularidade que se torna importantes.
3. Consolidação na área dos relacionamentos sociais, calmo mas não vazio.
4. Torna-se capaz de raciocinar.
5. Idade áurea de memória pode decorar com facilidade.
6. Idade de alerta muito ansiosa de investigar e aprender.
7. Amantes das histórias e dos bons livros.
8. Coleções - 90% de todas as crianças desta idade, coleciona uma ou outra coisa.

2. COMPORTAMENTOS
a) Dizem que esse é o período mais feliz da existência; ativa, curiosa, alegre, participativa, gosta de brincar com outras
crianças, aprecia jogos, os colecionadores, acredita nas pessoas que ela ama, tem um potencial muito grande, só precisa ser
orientada.
b) Já dos 9-12 anos ocorre uma eclipse de imaginação; não significa a perda de curiosidade, mas uma diminuição
sensível da imaginação fantasiosa.
c) Fator social; formação de turmas, deve ser formadas espontaneamente por critérios e interesses próprios da idade, ela
gosta da companhia das crianças.
d) É comum uma criança não ser aceita pelo grupo;

VÁRIOS MOTIVOS:

1. As vezes não correspondem aos valores sociais dos participantes; outras vezes é muito agressiva, carente, sempre
chamando à atenção sobre si ou é possuidora de algum defeito físico ou moral. Deve-se trabalhar com a criança - que ela
mesmo facilita ser aceita pelo grupo.
2. Com o grupo - A facilitação deles para aceitação do outro. É difícil estabelecer padrões fixos a serem seguidos na
transformação de determinados comportamentos porém, observa-se que as crianças que se separam do grupo na tentativa
de não interação (fuga) - Há um ponto comum, essa criança possui baixa auto-estima. Sente-se repelida, fracassada, sem
valor algum, possui uma péssima imagem de si mesma, é preciso reaver seus valores como pessoa, como potencial, como
alguém capaz, e ninguém melhor para ajudá-la do que o conselheiro que está próximo e que talvez tenha ouvidos capazes
de ouvir sensibilidade tal capaz de sentir, e amor altruísta, que o capacite a repartir, acima de tudo deixe-a ter sucessos.

1. CARACTERISTICAS
FÍSICAS
a) Crescimento lento sem grandes acelerações até a puberdade, as capacidades motoras globais continuam a se aprimorar e
assim a criança dessa idade consegue andar de bicicleta, jogar bola e fazer outras atividades que requerem considerável
coordenação.
b) Período irrequieto da vida, a criança não pode sentar-se quieta e ser boa.
c) Possuem uma vivacidade.
d) No caso das meninas, começam repentinamente a crescer, outras continuam baixas durante tanto tempo que ficam
preocupadas.
e)Ajudar a menina a alcançar crescente compreensão e apreciação de seu corpo.
f)O interesse sexual parece estar submerso. (Freud)

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SOCIAIS
a) Gosta de códigos secretos e de aventuras.
b) Está aprendendo a trabalhar em grupo.
c) O forte desejo de vaguear, matar aulas, impulso natural dessa idade, e não delinqüência moral.
d) Uma idade de grande adoração aos heróis.
e) Os companheiros torna-se muito importantes, mas quase todos os grupos são de crianças do mesmo sexo, o único
problema é a pressão dos mais velhos que dão péssimos exemplos. As crianças estão aprendendo e explorando seus papéis
sexuais e os meninos parecem se centralizar mais nos modelos do que as meninas.
f) Nesta idade há muito mais meninas interessadas em atividades de meninos do que o inverso.
g) A ligação afetiva com os pais é menos visível mas presumivelmente, ainda existe.
h) Desenvolvem-se ligações afetivas com amigos especiais.

ESPIRITUAIS
a) Gosta de participar na Igreja, explorar isto.
b) Oportunidades para tomar sua decisão pelo batismo.
c) Gosta de histórias bíblicas, tem um papel importante para cultivar a religião no meio deles.
d) Nos acampamentos, os momentos de partilhar tua fé, ao lado da fogueira.
e) Atividades comunitárias - ajudar em campanhas, gosta desse sentimento, espírito de serviço.

V - PRÉ-ADOLESCÊNCIA (12 - 14 ANOS)

1. Focaliza não só a expansão das operações formais e as novas capacidades sociais, mas o desenvolvimento de uma nova
identidade.
2. Período da tempestade e tormenta, cheia de tensão, ele precisa atuar segundo novos padrões e regras, novas maneiras de
interagir com os pais e com os outros, mas depois que a transição se completa, o período que prossegue não é terrivelmente
tempestuoso para a maioria dos adolescentes.
3. Eles entram num padrão bastante estável de relacionamento familiar e de amizades, alguns são populares outros não;
alguns são estudiosos outros não; alguns gostam de esportes outros não; mas para todos há um padrão de desenvolvimento
que continua ocorrendo. (não sou criança).

2. COMPORTAMENTO
1. Período de NEGATIVISMO, nada da certo, esquisito, feito tudo tem defeito, nada está bom, este período.
2. Momento obscuro, ocorre a fuga dos pais, que de grandes heróis passam a ser quadrados, ignorantes, não aceita nada que
os pais falam.
3. As angústias, as incertezas, dúvidas e questionamentos, levam o adolescente a não aceitação dos valores vigentes e a não
aceitação de si mesmo; quase sempre sentem-se como vítima da incompreensão dos adultos e da sociedade pré-dispondo-o
a adquirir vícios como: fumo, álcool, drogas, masturbação, indiscriminado uso de sexo, buscando sempre a auto-afirmação.

3. CARACTERÍSTICAS
1. Físicas
Estirão acelerado, o crescimento acompanhado de tremendo apetite, havendo uma tendência para o desalinho e a falta de
jeito, os órgãos sexuais se desenvolvem, ocasionadas por rápidas mudanças biológicas.
Nas meninas - bico dos seios, marcados por coceira e muita sensibilidade a dor, o surgimento de pêlos nas axilas e zona
pubiana, segue o ritmo rápido de mudanças, preparando o organismo para a menarca ou primeira menstruação.
Excesso de gordura ou magreza excessiva.
Nos meninos - crescimento disforme, ombros largos, pés e mãos exagerados em relação ao crescimento do tronco, mudança
da voz se torna notória, ora grossa, ora fina, acompanhada de desafinos ao cantar, seu corpo começa a sofrer mudanças,
pêlos, endurecimento dos seios, preocupação com pênis.

2. Sociais
Formação de turmas - lealdade ao grupo, busca da aprovação do grupo.
Procura mais liberdade individual, quer passear, sair com a turma, por isso é importante o sistema de unidade.
Anseio de ganhar dinheiro e fugir da escola.
É comum o surgimento dos primeiros namoros. Fortuitos - (cuidar).
Começa uma preocupação com a aparência física.
Frequente mudança de opinião, não sabe o que quer, não se pode confiar plenamente.
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Gosta de desejos competitivos, passeios, excursões, música barulhenta.
Excentricidades.
a) Fortes gostos e aversões na alimentação.
b) Predileção pelo atletismo.
c) Senso humanitário, humorístico, as meninas ri sem motivo e coloca a mão na boca.
3. Espirituais
Os interesses pelas coisas espirituais decresce, mais é influenciado pelo grupo, suas atitudes.
13 anos é idade do grupo em que a seguir se batiza em nossa igreja.
Realçar e manter a importância de manter sempre diante dos jovens, juvenis o seu destino missionário, e que a participação
não é para o futuro, HOJE, na conclusão da obra do evangelho.
A menos tendências para o grupo dessa idade demonstrar seus sentimentos sobre questões espirituais.
Há conflitos com a consciência, o que é correto ou não.
Ensinar princípios.

VI - ADOLESCÊNCIA MENOR (14 - 16 ANOS)

1. Produz menor mudança, mas o adolescente tem que se adaptar a sua nova identidade como indivíduo num corpo adulto,
impulso sexuais continuam intensos e difíceis de controlar em face das pressões do grupo e dos valores de uma
sociedade, considera o auto controle como sendo importante.
2. Existe um grande desejo de ser aceito identificar-se com a linguagem em voga entre adolescentes assim como heróis,
maneiras de vestir-se, formas de diversões, hobby.

COMPORTAMENTOS
Ego difuso, inseguro, o mundo se abre e não sabe onde se apegar, falta de decisão e objetividade, mais não sabe o que
fazer.
Crise de identidade, falta de coerência, procura esconder-se ora em sonhos e de vaneios e ora em sorriso cínico e
zombeteiros de gozações, tentando esconder a intranqüilidade, o desequilíbrio.
Incoerência reinante em seu interior, sente-se perdido. Não se sente totalmente adulto, por isso procura tomar atitudes de
adultos.
Cria alguns mecanismos para dirigir a sua vida, idéias ecológicas, idéias de justiça social.
Erótico, por isso precisa de bons modelos.

CARACTERÍSTICAS
1. Físicas
1.1 - Crises psicológicas acentuadas: São devidas ao funcionamento das glândulas sexuais que até a terceira infância
permaneceram inatas. Tireóide - Controla o metabolismo, isto é, o consumo de oxigênio pelo organismo,
provindo da respiração.
1.2 - Hipertireoidismo:
a) Pouca atividade glandular - provoca, engorda, preguiça, canseira excessiva e atraso mental.
b) Muita atividade - Produz magreza, inquietação, nervosismo, taquicardia, excesso de transpiração, apetite descontrolado
e tremores do corpo, se ocorrida eficiência no desenvolvimento sexual é devido a deficiência da tireóide.
1.3 - Nesta fase começa no adolescente uma erotização da personalidade, seu corpo,
sua postura, por isso é preciso dar uma boa orientação.
1.4 - Simplesmente sendo um amigo de confiança do adolescente, abrindo o jogo sobre doenças venéreas,
AIDS, riscos do aborto e outros temas ligados a preservação
e a dignidade da vida humana.
1.5 - Orientação e preparo para o namoro, casamento.
1.6 - Neste período o adolescente não tem aquela disposição de antes para as atividades físicas da pré-
adolescência.
1.7 - Mudar um pouco as atividades, como jogos coletivos e individuais.
1.8 - Neste período sente o desejo grande de ser amado.

2 - Sociais
1. Os grupos de companheiros, torna-se mistos ao invés de grupos, do mesmo sexo aparecendo também os casais.
2. A maturação precoce contribui para aumentar a popularidade entre os companheiros devido ao espírito crítico, gosta de
discussões e reuniões de grupos fechados, discussões de temas polêmicos, especialmente ligados aos fatores sociais.

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3. Leituras e filmes preferidos, aventuras, violência, e grandes descobertas, bem como a vida de grandes personagens da
história ou ciência, começa a pensar em profissão.
Sua participação é um tanto discreta, porque se acha o bom.

3 - Espirituais
1. Não se preocupa tanto com o estudo da bíblia, não trazer a Bíblia à igreja.
2. Gostam apenas de assistir debates relacionados com assuntos polêmicos.
3. Sua participação na igreja é discreta, apático, pensa que não precisa mais, pois já está maduro.
4. Deve ser tratado como um membro jovem da igreja, sem ridicularizá-la perante os demais.

QUALIDADES DE UM LÍDER
• AMAR A DEUS ACIMA DE TUDO. Só líderes Cristãos podem produzir homens e mulheres Cristãos. Além disso,
devem os conselheiros dos Desbravadores ser homens e mulheres cuja vida é caracterizada pelo viver centralizado em
Cristo. Devem demonstrar o que esperam que os meninos e meninas se tornem. Essa experiência se manifestará na alegre
realização de todo dever conhecido e no espírito de confiança e otimismo, no que tange à edificação do reino de Deus na
Terra.

• AMAR SINCERAMENTE AS CRIANÇAS. O único motivo satisfatório para servir no clube de Desbravadores , é o
amor aos meninos e meninas em crescimento. Tal amor se expressará mais em atos que em palavras. É facilmente
transmitido ao coração do Desbravador quando o conselheiro alegremente partilha seu tempo, energia e companheirismo
com o jovem em formação. Os meninos e meninas compreendê-lo-ão mais facilmente nos programas para eles planejados e
na paciente compreensão revelada quando enfrentam problemas. Demonstrar-se-á perseverantemente esse amor mesmo
quando os juvenis não apreciam ou aparentemente negligenciam o conselho dado.

• SERVIR COM ENTUSIASMO. Uma personalidade alegre e agradável e de grande ajuda ao conselheiro dos
Desbravadores. O entusiasmo é contagioso e os meninos e meninas seguem depressa a liderança otimista. O líder de êxito
salienta o lado positivo e apóia o programa com energia e desenvoltura.

• POSSUIR ESTABILIDADE EMOCIONAL. O verdadeiro líder é senhor de suas emoções. A demonstração de sua
personalidade revela equilíbrio. Isso se alcança pela disciplina própria, por uma vida sóbria, pela fé e confiança em Deus e
o senso de responsabilidade. Qualquer explosão de mau gênio, ira, ou depressão destruirá a devida imagem do líder que o
menino ou a menina deve possuir.

• APRECIAR O AR LIVRE. Muitas das atividades do Clube de Desbravadores devem ser exercidas ao ar livre. O
conselheiro de êxito dos Desbravadores será homem do ar livre. Aceitará toda oportunidade de fazer novas experiências nas
montanhas, nos vales, nos prados, a beira dos lagos e regatos. Deleitar-se-á em descobertas na natureza, aumentando, em
cada oportunidade, seu conhecimento das obras das mãos de Deus. Saudará com satisfação o privilégio de fazer
acampamentos ou escaladas, e aprenderá as habilidades requeridas. Procurará ter algo novo e fresco para introduzir em seu
clube ou unidade.

• CONHECER OS CARACTERÍSTICOS ESSENCIAIS DOS JUVENIS. A idade dos Desbravadores envolve os pré-
adolescentes e crianças de desenvolvimento precoce. É necessário que o líder de êxito compreenda os fatores e pressões
que afetam os juvenis e os característicos comuns do grupo dessa idade. Será muitíssimo proveitoso ler livros, fazer
observações e procurar trabalhar em harmonia com a inclinação prevalecente, em vez de direta oposição a ela.

• APRENDER VÁRIAS HABILIDADES. Toda habilidade dominada pelo líder é uma chave adicional que pode ser usada
para abrir algum coração fechado. É extremamente valioso ser versátil e ter experiências variadas para que sempre possa ter
alguma coisa nova a apresentar a seu grupo. É de desejar que o líder vá muito além das atividades em que lidera seus
Desbravadores. O líder sempre se conserva na dianteira no desenvolvimento de habilidades. Em cada curso de preparo para
Líderes de Desbravadores, deve o líder ser capaz de descobrir a alegria de novas experiências.

• DESENVOLVER A CAPACIDADE DE ORGANIZAR. Todo líder que realiza algo deve saber organizar. O
organizador estabelece algo, depois avalia todos os fatores que possa convocar para alcançar esse alvo. A seguir, apresentar
certos passos definidos que devem ser dados, na realização de sua tarefa. Então delega responsabilidades aos capazes,
usando tantas pessoas e fatores favoráveis quantos for capaz de mobilizar. Coordena, então esses aliados e, passo a passo,
incentiva o progresso, até ter alcançado o objetivo. Isso é organização.
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• MANTER RELAÇÕES AGRADÁVEIS COM SEUS COOPERADORES. Essa questão de relações pessoais é
sobremaneira importante. O segredo é o amor fraternal, preferir outras pessoas a si mesmo. Deve o conselheiro aprender a
manter as relações agradáveis com seus iguais e que estão servindo no mesmo nível. Deve ser capaz de se regozijar no
êxito, na promoção de seus colegas conselheiros ou nas honras que lhes são concedidas. Seja qual for o êxito que tenha ou
honra que lhe seja conferida, devem ser aceitos com modéstia e domínio próprio. Deve o líder incentivar boas relações com
seus superiores. Seja lá onde for que estejamos hoje, haverá outros que são nossos superiores nas responsabilidades.
Devemos fazer o que pudermos para lhes ser leais para trabalhar em harmonia e em cooperação com eles. Se tivermos
idéias divergentes, devemos considerar a questão pessoalmente com o superior, em vez de falar com os nossos
companheiros conselheiros ou com os Desbravadores. Quando um líder se encontra em cargo de supervisão, deve manter
boas relações com os que lhe estão subordinados. Não deve nutrir inveja alguma, nem demonstrar qualquer parcialidade.
Devem seus esforços visar ao fortalecimento de cada líder que está sob sua supervisão. Deve lembrar-se de que o êxito de
cada subordinado é seu êxito também. Também se deve lembrar de que é responsável pelo preparo dos que estão aos
seus cuidados para que possam substituir.

• IRRADIAR TÃO FORTE DIGNIDADE DE PRESENÇA QUE ASSEGURE A ORDEM. Num clube de
Desbravadores deve o conselheiro ter uma personalidade de comando. Significa isso que deve ter uma dignidade que torne
fácil aos desbravadores disciplinarem a si mesmo. Ao mesmo tempo deve o líder ter um porte tão atraente que inspire
confiança e crie amizade. É desastroso ter bondade sem firmeza. É completamente fora de lugar ter firmeza sem bondade.

• SENSO DE HUMOR. Todo líder que lida com meninos e meninas deve ter acurado senso de humor. Há muitos incidentes
que tendem a irritar ou contrariar o líder. Os meninos e meninas são prontos a criticar alguns hábitos dos adultos. O líder
que tem senso de humor não dá atenção a tais coisas.

• TER RECURSOS E ESPÍRITO CRIADOR. É indispensável que o líder seja capaz de alcançar seus objetivos mesmo
que haja obstáculos e dificuldades no caminho. O expediente habilitá-lo-á a ter planos alternados, caso a maneira mais
desejável seja bloqueada. Observará com rapidez, pensará com lógica. É um homem que ou acha ou abre um caminho.

DIFERENÇAS DO " CHEFE" E DO "LÍDER" ?

CHEFE LÍDER
Manda orienta
Amedronta entusiasma
Diz: Vá! diz: Vamos!
Faz o trabalho ficar aborrecido faz o trabalho ficar interessante
baseia-se na autoridade baseia-se na cooperação
diz : "eu" diz : "nós"
Atrapalha ajuda
procura culpados assume responsabilidades
faz mistérios comunica
Fiscaliza confia
promete e não cumpre não promete o que não pode cumprir
CARICATURAS DOS TIPOS DE LÍDERES?
O patriarca tem o prestígio da idade.
o modelo todos querem imita-lo
o tirano domina
o objeto do amor todos lhe querem bem
o objeto da agressão é o saco de pancadas do grupo
o organizador impõe-se pela ordem
o sedutor ningúem lhe resiste
o herói vive em função de títulos e glória
a boa influência domina através da bondade

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a má influência domina através da corrupção

01. Dirijo meus Desbravadores sugerindo : Vamos fazer isto, em lugar de mandar.
02. Animo-os quanto à limpeza pessoal, e do Uniforme.
03. Sou imparcial no meu tratamento com os Desbravadores.
04. Promovo o interesse dos Desbravadores em todas as atividades do Clube.
05. Considero todos os problemas cuidadosamente, procurando solucioná-los.
06. Mostro pronta voluntariedade para ajudar, mesmo em tarefas não programadas.
07. Cumpro todos os deveres prontamente e dou relatório em tempo.
08. Sou consciencioso na liderança de minha unidade.
09. Tomo tempo para ajudar o capitão da unidade em desenvolver a liderança.
10. Revelo interesse em manter o moral do clube e não partilho as críticas ao diretor.
11. Demonstro que realmente aprecio ser um conselheiro dos desbravadores.
12. Os desbravadores gostam realmente de estar em minha unidade.
13. Providencio um substituto quando não estou presente.
14. Tenho um senso de humor.
15. Não me torno irritado ou irado quando sob tensão.
16. Tenho confiança e modéstia quando converso com os pais.
17. Sou respeitado pelos outros conselheiros.
18. Sou cuidadoso com minha aparência pessoal e com o meu uniforme.
19. Vivo princípios da Lei do Desbravador.
20. Sou cuidadoso quanto aos hábitos de saúde e eficiência.
21. Mostro interesse em aprender e me desenvolver dentro da área.
22. Leio literatura que será de ajuda para mim.
23. Promovo o Clube do Livro.
24. Demonstro genuíno interesse pelos outros.
25. Mostro habilidade em fazer a troca de experiência.

Para ser um bom líder é preciso:


1 -Espiritualidade
No duelo de Golias e Davi venceu o mais fraco. José é um dos 11 filhos de Jacó, e era o mais cristão. Os outros eram
mais velhos, mais experientes, mais fortes, mais astutos, mas Deus escolheu a José para comandar o Egito. Não precisa ser
muito inteligente para descobrir que em todas as histórias da Bíblia, a vitória era daqueles que estavam nas fileiras de Jeová.
Vence o melhor e o melhor é o que está do lado certo, do lado de Jesus. Acima de tudo, o Capitão precisa ser um líder
espiritual, precisa experimentar o poder de Deus em sua vida, precisa viver os princípios da Fé em seus atos. Para ensinar
alguma coisa, primeiro deve praticar. O comandante da unidade deve ser o exemplo da unidade. Para ensinar a honestidade,
precisa ser honesto. Para defender a verdade, precisa só dizer a verdade. Para falar do amor de Jesus, deve conhecer e viver o
amor.
O comandante de um grupo geralmente determina o rumo da caminhada. Como Capitão e comandante da unidade em
que rumo está levando o seu grupo? Entre tantas influências e sinais de pista errados, só indo com um experiente guia que
conheça bem o caminho. Esse guia é Deus que deve estar presente, deve ser sempre solicitado. Este foi o segredo de Davi,
segredo que Golias não conhecia. E você já conhece a Jesus?

2 - Organização
É fácil conhecer se uma pessoa é organizada ou desorganizada. Pense alguns detalhes da pessoa: sua roupa, sua mochila, seu
caderno,... O que mais? Pense mais coisas.
Agora pense em você e dê uma nota no final deste teste.
Obs: coloque sim ou não, depois conte quantos sim e dê sua nota.
· Quando usa um objeto você coloca novamente no lugar? ( )
· Consegue arrumar sua mochila de forma que encontre as coisas sem demorar? ( )
· Você tem lugar certo para guardar suas coisa em casa? ( )
· Aprendeu a usar o relógio só para olhar as horas e deixar o tempo rolar, ou já aprendeu a distribuir o tempo para as atividades
como: estudo, tarefas, recreação, etc? ( )
· Você costuma anotar as coisas como: recado, telefones, datas, números, ou deixa por conta da memória? ( )
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· É capaz de controlar o dinheiro, não gasta tudo de uma vez? ( )
· Consegue fazer uma compra para sua mãe com vários itens, e depois trazer as notas e trazer o troco certo? ( )
· Ao sair com a unidade você organiza em fila indiana? ( )
Então o que achou de si mesmo? Que nota? Pense bem é melhor ser organizado ou enrolado?
A organização simplifica as coisas, facilita a vida e aumenta a capacidade de realização de qualquer pessoa.

3 - Liderança e comando
O grupo é o espelho do Capitão
Conselheiro firme Unidade Firme
Conselheiro fraco Unidade Fraca
Conselheiro amigo Unidade Amiga
Conselheiro chato Unidade Chata
Conselheiro alegre Unidade Alegre
Conselheiro pessimista Unidade Pessimista
Conselheiro corajoso Unidade Corajosa
Conselheiro medroso Unidade Medrosa
Conselheiro honesto Unidade Honesta

Tem gente que pensa que para exercer o comando precisa ser aquele durão e para se destacar como líder precisa ter ares
superiores. Outros pensam que para ganhar o grupo deve concordar com tudo e procura a agradar a todos. Uns são durões e
superiores, outros bonzinhos demais, qual o mais errado? Pense um pouco, qual você parece ser mais? Seja honesto.
Será que as pessoas gostam de tipos sem personalidade, “Maria vai com as outras?” Por outro lado as pessoas se sentem bem
dirigidas por alguém sabichão ou “Coronel Dureza”?
Conselheiro, a palavra certa é “equilíbrio”, porque ninguém gosta de “molengas” e nem de “metidos”. Tem que ser legal, mas
firme, ser amigo e saber dizer não, ser camarada sem dar jeitinhos, brincar na hora de brincar, cobrar na hora de cobrar, alegria
sem algazarra, firmeza sem chatice. Nunca volte atrás, sua palavra deve ser uma ordem. Nunca permita que sua ordem seja
negligenciada, mas não de ordens absurdas.
Sabe, logo a unidade vai sentir firmeza, vai perceber que escolheram a pessoa certa, um líder legal e comandante. Quando a
unidade precisa de um amigo, quando quiserem saber o certo, quando buscarem a verdade, saberão a quem procurar? A você, o
Conselheiro!
4 - Disciplina
“Sem disciplina não se chega a lugar algum”.
Não precisa ser muito inteligente para descobrir que tudo funciona melhor com disciplina.
EX: Conta-se que em um resgate de pessoas atingidas por uma forte enchente. A equipe de socorro usava um barco a motor, e
quando todas as pessoas acabaram de se acomodar no barco, o líder repetias as instruções que deviam ser seguidas a riscas:
ninguém deve se levantar, todos devem se segurar bem ao barco, pois lá no meio a corredeira é forte e vai balançar mais. Mas
o motor é possante e o barco é novo. Tudo entendido? Alguma pergunta? Não. Vamos lá! Disse o Líder. Todos se seguravam
firmemente, todos permaneciam sentados, até que, no meio da corredeira um velho gordo resolve desobedecer às instruções e
tentou levantar. Conseguimos controlá-lo, mas ele se arriscou e colocou a vida dos outros em risco.
Disciplina é fazer as coisas certas de modo certo na hora certa.
Disciplina é sabermos cumprir ordens mesmo que não nos agradem muito ou não entendamos de ponto.
Disciplina é trabalharmos pelo grupo, mas não para nós mesmos.
Disciplina é sacrificar-se pelo sucesso da missão.
5 - Honestidade
 A verdade e os direitos acima dos interesses pessoais.
 Compromisso com o que é certo.
 Honestidades nas coisas grandes e nas pequenas, nos detalhes que pessoas humanas não vêem. “Sobre o
pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei”.
 Falar a verdade ou ouvir a verdade nem sempre agrada, mas devemos nos acostumar à verdade para nós
e para os outros.
6 - Lealdade
“Um por todos e todos por um”.Diante da unidade você é um representante e defensor da diretoria, diante da diretoria
você representa e defende sua unidade. Nunca aceite acusação contra alguém que não está presente e não pode se defender.
Deixe bem claro que ainda resta ouvir o outro lado para tirar conclusões.

O CONSELHEIRO E O CLUBE
1 - Filosofia e estrutura do Clube
Trilhas nos bosques, caminhadas nas montanhas, acampamentos, ordem unida, camporis,... Afinal você já parou para
pensar por que a igreja montou estes programas? Já imaginou quanto é gasto com todas estas atividades? Será que as pessoas
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que participam ou até dirigem estão sabendo por que estão fazendo tudo isto? Você acha inteligente sair por aí fazendo mil
coisas sem saber por que? Só pelo entusiasmo, sem saber a verdadeira finalidade? Muitas coisas saem erradas porque as
pessoas não têm a visão do porque estão fazendo as coisas. Tudo com gosto de aventura, movimentação, alegria, comandos,
apelos aos sentidos, situações que facilmente podem descambar para o lado emocional e perder de vista o objetivo que é:
“Salvar as crianças”.

2 - Organograma e hierarquia

3 - Classes e especialidades
As Classes Desbravadoras e as especialidades são materiais pelos quais são alcançados os crescimentos físicos, mentais,
sociais e espirituais dos juvenis.
Elas estão direcionadas para as faixas etárias diferentes, visando satisfazer suas necessidades.
As Classes dos Desbravadores estão divididas da seguinte maneira:

Classes Regulares Cor Classes Avançadas Cor Idade


Amigo Azul Amigo da Natureza Azul e Amarelo 10
Companheiro Vermelho Companheiro de Excursão Vermelho e Amarelo 11
Pesquisador Verde Pesquisador de Campo e Bosque Verde e Amarelo 12
Pioneiro Preto ou Cinza Pioneiros de Novas Fronteiras Cinza e Amarelo 13
Excursionista Vinho Excursionista da Mata Vinho e Amarelo 14
Guia Amarelo Guia de Exploração Amarelo e Branco 15

Classes Especiais
Líder 16 Anos
Líder Máster 18 Anos
Líder Máster Avançado 18 Anos

Padrões de Capacidade Física


Medalha de Prata Acima de 14 Anos
Medalha de Ouro Acima de 16 Anos

Atualmente no Brasil temos cerca de 250 especialidades traduzidas. As especialidades são divididas nas seguintes áreas:
AREA E HABILIDADES COR DE FUNDO
Habilidades Domésticas Fundo Amarelo
Artes e Habilidades Manuais Fundo Azul Claro (Royal)
Atividades Agrícolas Fundo Marrom
Atividades Missionárias Fundo Azul escuro
Ciência e Saúde Fundo Violeta
Estudo da Natureza Fundo Branco
Atividades Profissionais Fundo Vermelho
Atividades Recreativas Fundo Verde
Especialidades Regionais Fundos Diversos
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4 - Uniforme
O uniforme de Desbravadores ajuda a tornar o programa dos Desbravadores mais real e visível. É representativo dos ideais e
padrões do Clube em todo mundo. Cada membro, individualmente, se torna um representante muito importante da
organização, e o uso do uniforme ajudarão a alimentar essa consciência de pertencer a um Clube que representa corretamente o
jovem adventista hoje. Se o uniforme for usado de maneira como uma outra roupa qualquer, falhará em seu propósito.
O uniforme deve ser usado nas seguintes ocasiões:
Em todas as reuniões dos Desbravadores;
Em qualquer atividade pública onde ajam como mensageiros, recepcionistas, guarda de honra, porta-bandeiras, etc;
Em ocasiões especificadas pela diretoria do Clube;
Durante os serviços especiais dos Desbravadores;
Quando engajados em atividades missionárias, ou serviços à comunidade, como distribuição de alimentos, flores, literatura,
etc.
O uniforme não deve ser usado:
Por quem não é membro do Clube;
Quando engajados em venda ou pedidos de doação para benefício pessoal, ou propósitos comerciais ou políticos;
Em qualquer tempo ou lugar onde seu uso deturpa a organização e rebaixa sua dignidade e valor, tornando-o ordinário.
“Os membros usam uniforme dos Desbravadores, com suas insígnias para todas as funções do Clube, inclusive a reunião
semanal, as férias e os acampamentos dos Desbravadores e a ida à igreja, aos sábados de manhã, no Dia Mundial dos
Desbravadores”.Manual da Igreja - pág. 130.

CIVISMO

Quando está desfraldada usa-se no centro e acima da cabeça

. Quando for número impar de bandeiras coloca-se a Bandeira do Brasil no meio e mais alta

Quando for número par coloca-se na seguinte ordem Bandeira do Estado, Bandeira do Brasil,
Bandeira dos Desbravadores e a Bandeira do seu Clube ou Visitante.

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Em desfile carrega a Bandeira Nacional com duas pessoas segurando-a em ambas extremidades da
bandeira.

Ou também carregue com porta - bandeiras nas seguintes posições: junto ao corpo ou sobre o ombro

Em saudações civis deve ficar na posição de sentido e alinhados.

ARTE DE ACAMPAR
A Unidade vai ao Campo

Preparação
Um Desbravador que não sabe como viver feliz e confortável nos campos e florestas, dificilmente pode ser chamado de
desbravador. E, dificilmente uma Unidade de Desbravadores é uma verdadeira Unidade se não sai tantas vezes quantas puder
para acampar por sua própria iniciativa.
Muitas coisas podem ser feitas nas reuniões do Clube antes da Unidade ir ao Campo (de ônibus, de carro, de bicicleta, de trem
ou caminhando com as mochilas nas costas). Exemplo:

Praticar arrumar a mochila


Aprender a fazer cama com cobertores
Treinar nós e amarras
Arquivo de desenhos de pioneiros
Prática de cozinha
Projetos de Acampamentos
Fazer bolsa para primeiros socorros
Prática de sinalização e sinais de pista
Preparar cardápio
Fazer totem da patrulha para colocar na entrada do Acampamento
 Objetivos do acampamento
 Ajudar jovens e juvenis a sentirem a proximidade de Deus e se tornarem familiarizados com Ele através da
criação.
 Preparar nossos juvenis para o tempo de tribulação vindoura.
 Aumentar a familiarização dos acampantes.
 Aprender a viver ao ar livre.
 Ensinar confiança própria.
 Satisfazer o espírito de aventura.
 Desenvolver o vigor físico.
 Por em prática os ensinamentos aprendidos no Clube.

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 Como escolher um bom local para acampar:
Um bom local para acampar deve ter água potável próximo ao local do acampamento, o terreno deve escoar a água da
chuva com facilidade. Deve ser de fácil acesso, porém não próximo das cidades, a fim de evitarmos visitas inesperadas. O local
deve oferecer segurança aos acampantes. Deve ter lenha próxima. Antes de qualquer coisa, deve se obter o máximo de
informação sobre o local onde você irá levar sua unidade ou Clube, por meio de mapas, cartas topográficas, ou informações de
amigos e pessoas que conheçam o local. Assim fazendo, a unidade ou Clube evitará maiores problemas quando for acampar no
local. Devemos sempre evitar terrenos que sejam pedregosos, pois dificulta a armação das barracas, abrir valetas e torna
desconfortável ao dormir. Terreno encharcado deixa o local enlameado trazendo dificuldades em acender fogo, ao caminhar e
etc... O terreno arenoso torna difícil a montagem das barracas, por não oferecer resistência na colocação dos espeques. As
encostas de morros trazem problemas com enxurradas e deslizamentos, e a crista de morros por ventar forte. Não devemos
acampar debaixo de árvores, a fim de evitarmos queda de galhos, e por ser a árvore um para raio natural. Devemos armar
nossas barracas com a frente virada para onde o vento sopra, e não de frente para o vento.
 Alimentação
Antes de acampar o primeiro passo a dar é a elaboração do cardápio, preparando a seguir a lista de compras. Os
alimentos devem ser variados, nutritivos e de fácil preparo. Deve ser organizada uma escala de serviço, de maneira que todos
possam participar do preparo da alimentação, bem como da limpeza dos utensílios da cozinha. Lembre-se de que todos devem
participar não só na cozinha, mas, em toda e qualquer atividade do acampamento, pois o que comanda e lidera não é aquele
que faz tudo sozinho, mas aquele que motiva outros a fazer.
 Latrinas
Deve se cavar uma vala ou trincheira com 60 cm de profundidade, 90 cm de comprimento e 30 cm de largura para
servir de latrina. Este local deve ser cercado com lona ou plástico escuro e ficar pelo menos a 100 m da cozinha e bem
escondido. Sua localização deve estar de maneira que o vento não traga o cheiro de volta para o acampamento. Deverá haver
também um mictório, que se faz escavando um buraco, enchendo-o de pedras até o meio, facilitando assim o escoamento da
urina.

= Material da unidade
A unidade deve ter duas barracas, machadinha, facão, lanterna, corda de 20 m, cordinhas finas, estojo de primeiros
socorros, utensílio de cozinha, plástico ou lona para cobrir a cozinha e outro para abrigar da chuva ou do sol forte.

 Material individual do desbravador


Cada desbravador ao acampar deve levar: Bíblia, hinário, lição, seu uniforme completo, sua mochila, sua lanterna, um
agasalho, roupa de uso pessoal, chinelo, colchonete, saco de dormir ou cobertor, prato e copo de plásticos, garfo e colher,
estojo de costura e material de higiene. Todo esse material deve estar acondicionado em saco plástico, evitando molhar em
caso de chuva.
 Dividir responsabilidades
Cada membro da unidade ou do clube deve saber de antemão o que fazer ao chegar ao local do acampamento. Deve-
se dar tarefas a todos, de maneira que cada um tenha responsabilidade em fazer algo em prol do acampamento, evitando-se a
sobrecarga de tarefas e a demora na montagem do acampamento. Tudo deve ser feito com alegria, mesmo as mais ingratas
tarefas. O verdadeiro desbravador vai acampar com espírito de união.

Aqui está uma boa maneira de distribuir as tarefas:


Planejar a planta do acampamento. A unidade se reúne em Conselho de modo que as idéias de
Todos sejam ouvidos. O Conselho decide qual o local para cada coisa.
- Barracas num solo nivelado
- Armá-las à Barlavento da cozinha e da latrina (lugar aonde não vai o vento)
- Fossa de gordura bem marcada
- Depósito de lenha

Armar as barracas (Quatro desbravadores - regra geral)


- Abotoar ou amarrar as suas portas ou aberturas
- Colocar 4 espeques dos 4 cantos
- Colocar os pólos ou esteios das barracas, em posição.
- Enterrar no solo os espeques e amarrar os esteios aos cabos
- Cravar os espeques
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- Fixar os espeques dos panos das paredes
 As últimas coisas a fazer á noite
Antes de dormir deve-se escovar os dentes, proteger a água, os alimentos e a lenha, cobrir as brasas do fogão de
maneira que tenhamos algumas brasas vivas pela manhã. Veja se nada foi deixado ao sereno. Afrouxe os cabos da barraca.
Faça o culto e ore antes de dormir.
 Ao acordar
Assopre o fogo, reavivando-o, ponha mais lenha e a água para ferver, escove os dentes, estique os cabos das barracas,
pendure ao sol a roupa de dormir, prepare o desjejum, limpe e arrume a barraca, passe uma revista no local de acampamento
para ver se tudo está em ordem, faça o culto matinal e hastie a bandeira.
 A água
Quando se acampa, devemos escolher um local que tenha água boa para beber, mas mesmo assim todo cuidado é pouco. Coe a
água em pano limpo, ferva-a, e se for preciso purifique-a com cloro, iodo, ou com produtos químicos apropriados.

Durante o Acampamento
Tudo no acampamento deve ser feito como um divertimento, como um jogo, inclusive cavar a latrina, apanhar a lenha, a água,
cozinhar, lavar os pratos e talheres e deixar as panelas limpas e brilhantes. Quem não vai para um acampamento com este
espírito de achar tudo excelente e divertido, inclusive uma chuva torrencial, ou não gosta de acampamentos ou ainda precisa
aprender muito sobre companheirismo, sobrevivência, trabalho em conjunto, em unidade. Os desbravadores são camaradas que
podem cuidar bem de si mesmos e ainda ajudar a outros na floresta tropical, no deserto, numa montanha ou explorando o pólo.

Enquanto fazem um verdadeiro acampamento, há tempo bastante para a Unidade fazer algumas atividades e alguns
jogos:
Sinais de pista - metade da unidade segue a “pista” feita pela outra metade.
Fazer uma série de modelos em gesso de pegadas de animais e pássaros e identificá-los.
Fazer um mapa botânico do local de seu acampamento com todas as árvores que puder identificar.
Fazer uma coleção e identificação de todas as flores silvestres e tipos de capim ou grama.
Construir abrigo no chão ou numa árvore com materiais naturais.
Fazer um mapa do local.
Treinar pela prática, um método de avaliação de distância.
Sinalização em grandes distâncias.

** LEMBRE-SE: Mantenha a sua unidade engajada e ocupada. É o ócio que leva a indisciplina.

 No final do acampamento
“DEIXE NADA” exceto seus agradecimentos e, quem sabe uma muda de árvore plantada.
Há anos atrás, um Coordenador da UEB dos Desbravadores deveria visitar um Clube que estava acampando, mas,
devido a uma confusão de datas, ele chegou somente no dia em que o Clube havia se retirado do local há algumas horas antes.
Mais tarde, na sede do Clube, ele disse: “cheguei tarde para ver o acampamento, e procurei durante duas horas por todo o local,
mas não pude encontrar onde o Clube estava acampado”.
Não pode haver maior elogio do que este. Deixe o local de acampamento pelo menos como você gostaria de encontra-lo
quando chegasse. Antes de sair queime todo o lixo. Amasse as latas e enterre-as junto com que for de vidro, ou leve
para casa de volta. Aterre as latrinas, assinalando o local, e as demais valas feitas. Replante a grama. Apague totalmente
o fogo, não deixando nenhum vestígio no local. Passe um pente fino final, recolhendo tudo o que não fizer parte da
natureza ““.

 O pessimista queixas-se do vento, o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas.

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ORDEM UNIDA

1. OBJETIVOS DA ORDEM UNIDA


Dentre outros, destacamos três objetivos principais:

 O próprio desdobramento da palavra resume os principais objetivos da ordem unida: ORDEM= Ordem e Disciplina /
UNIDA= União e Conjunto.
 Proporcionar meios que permitam os desbravadores serem comandados, se deslocarem e até mesmo se apresentarem, com
ordem, disciplina e beleza.
 Permitir aos desbravadores, participação em desfiles e paradas, como instrumentos de testemunho e apresentação pública.

2. O QUE A ORDEM UNIDA NÃO É

 Meio de ministrar aos desbravadores, atividades militares.


 Instrumento ditatorial e de rudeza, à disposição de seus instrutores.
 Meio de humilhar o desbravador ou exigir dele mais do que atenção, dedicação e disciplina.

3. DICAS PARA O INSTRUTOR(A)


Seguem 12 dicas práticas para o Instrutor ou Instrutora de Ordem Unida e Marcha:

 Usar voz firme, porém respeitosa.


 Desenvolver ambiente de amizade e cooperação.
 A atenção e concentração, são responsáveis pela boa execução dos comandos. Mas o desbravador não deve ter que
suportar mais de 30 minutos em rígida atenção e concentração. Quando for necessário longos ensaios, deve haver
intervalos e momentos de menor concentração.
 Todo comando deve ser executado, no exato instante, da enfática entonação da sílaba tônica da palavra de ordem.
 O uso de apitos ou cornetas, requer maior tempo de ensaio e nível de atenção. Os comandos básicas têm definições de
‘silver’ (som emitido pelo apito) pré estabelecidos, para os apitos. E com a corneta, baseamos em toques semelhantes aos
do exército brasileiro.
 O Clube de Desbravadores não aprova o uso de castigos (como o famoso ‘Paga Dez’)para desbravadores que errem na
execução dos comandos.
 A diferença de idade entre Desbravadores do mesmo grupo (pelotão); dificulta a execução da Ordem Unida. Se este
problema for detectado, a solução é: Os maiores seguem o limite de passos e braços dos menores.
 O tom de voz gritado não ajuda a conseguir obediência. Tom de voz alto, claro e bem diccionado, alcança melhores
resultados.
 Os desbravadores são voluntários, e devem ser respeitados com tal.
 Cuidado com brincadeiras e gracejos na hora de exercer comando. Mantenha no entanto, ambiente agradável.
 O Instrutor deve ser o que melhor sabe executar.
 Ordem Unida é detalhe. Nisto consiste o seu maior segredo.

4. VALORES BÁSICOS
Os quatro pilares básicos da Ordem Unida no Clube, são:

 MORAL: Pela determinação em atender aos comandos, superando muitas vezes até mesmo, necessidades físicas, com
honestidade e domínio próprio.
 DISCIPLINA: Pela presteza e atenção com que obedecem os comandos.
 ESPÍRITO DE UNIDADE: Pela apresentação do grupo e uniformidade, na prática dos exercícios de execução coletiva.
 EFICIÊNCIA: Pela exatidão nas execuções.

5. OS 20 TERMOS MAIS COMUNS

 À VONTADE- Comando que possibilita os desbravadores se mexerem, e relaxarem o posicionamento, sem no entanto
saírem do lugar. O pé esquerdo pode ser usado como marcação de posicionamento.
 ALINHAMENTO- É a disposição de vários desbravadores, enfileirados em uma mesma linha ou direção lateral.
 CAUDA- É o desbravador ao fim de cada coluna.
 CERRA-FILA- Nome que se dá ao desbravador, colocado à retaguarda, que encerra uma fileira.

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 COBERTURA- Disposição de vários desbravadores, voltados para a mesma direção, de modo que um fique exatamente
atrás do outro.
 COBRIR- Ordem que se dá para que todos, estendam o braço, e acertem seu alinhamento, frontal e lateral. Levando em
consideração à base.
 COLUNA- Quando os desbravadores estão um atrás do outro, independente da distância, sem intervalo entre blocos ou
grupos.
 COLUNA POR ...- (Por 1, 2, 3, etc) O número a frente da palavra coluna, indica a quantidade de colunas que se quer, na
formação do grupo. Normalmente separamos as colunas por: a) Sexo e tamanho. Sendo os maiores à frente. B) Por
unidades; sendo o Capitão da Unidade à frente.
 DISTÂNCIA- É o espaço entre os elementos do grupo. A distância média entre desbravadores em forma, deve ser de 80
cm, medido pelo braço esquerdo estendido à frente, tocando com a ponta dos dedos, o ombro do companheiro. Para as
testas de fileira (1º de cada coluna), o braço esquerdo, deve ser estendido para o lado esquerdo, até o ombro do
companheiro; exceto para a extrema esquerda, que permanece em posição de ‘sentido’. (Para melhor compreensão, veja
na letra ‘H’, a explicação de Homem-Base)
 EM FORMA- Desbravadores dispostos em posicionamento de Ordem Unida ou Marcha.. Alinhados, em forma e sob
comando.
 FILEIRA- É a soma de colunas , alinhadas, eqüidistantes e com todos olhando em um ponto a frente.. (sugerimos olhar a
nuca do companheiro da frente)
 FORA DE FORMA- Comando para que os Desbravadores saiam de forma, e deixem de estar sob comando de Ordem
Unida ou Marcha.
 FORMAÇÃO- Termo usado para o processo de entrar em forma.
 FRENTE- Nome que se aplica ao início de cada Coluna ou Fileira. Direção em que está a ‘Testa’ da Coluna ou Fileira..
 HOMEM-BASE- É o desbravador que regula o grupo, quanto ao posicionamento e quanto a marcha. Em uma coluna, o
Homem-Base, é o da ‘testa’ da coluna ou fileira, designado como Homem-Base ou Coluna-Base, ou ainda Unidade-Base.
Pode ser ao centro, à esquerda, ou à direita. O Homem-Base também cobre, esticando a mão à sua esquerda Quando não
for designado, a base será naturalmente o da direita.
 INTERVALO- Espaço entre desbravadores, fileiras ou unidades, de uma mesma formação. O intervalo normal é de
80cm, e mede-se por um braço estendido. Intervalo reduzido, é de uma distância média de 25cm, e mede-se pelo braço
curvado, com o punho fechado, colocado à cintura. Dispositivo usado para distanciamento lateral.
 LINHA- Quando os desbravadores estão dispostos um ao lado do outro. Fileira refere-se a profundidade e linha a vista
lateral, de um mesmo grupo.
 PELOTÃO- Modo Militar de chamar o grupo em forma. Não aconselhamos o uso deste nome, preferimos que use
referências como: ‘Agrupamento’, ‘Grupo’ ou ‘Clube’. Ou ainda um nome que identifique o grupo: Clube, Unidade,
Desbravadores, Paulistana, etc.
 PROFUNDIDADE— Espaço e desbravadores posicionados entre a testa e a cauda, o começo e o fim de uma coluna ou
fileira.
 TESTA- É o desbravador à frente de cada coluna. A soma da testa de cada coluna, forma a testa da fileira e do
agrupamento.

6. MEIOS DE COMANDO
Há quatro meios, que podem ser usados para comandar, em Ordem Unida ou Marchas:

 Voz
 Apito
 Corneta
 Gesto

7. COMANDOS DE VOZ
Está dividido em três partes:

 Voz de Advertência (Chamando a atenção do grupo)


 Voz de Comando (O comando em si – ex. Direita, Esquerda, etc.)
 Voz de Execução (Volver, Marche, ou a sílaba tônica enfatizada)

Entre a voz de comando, e a execução, deve-se dar pequena pausa, para assimilação do comando.
Ao dar o comando, o Instrutor ou Diretor, deverá estar olhando para o Clube, e de Preferência na frente do grupo. O instrutor
deve estar em local visível a todo o Grupo. Em marcha o posicionamento é a frente do Grupo.

8. COMANDOS POR APITO


O comando por apito, se dá com o uso de silvos longos para advertência e silvos curtos para a execução. É usado
principalmente para comandos de Marcha.
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Nota: Silvo= Som que sai do apito.

 ATENÇÃO- Um silvo longo.


 ORDINÁRIO, MARCHE- Um silvo longo, acompanhado de outro curto. (A execução é no silvo curto)
Nota: O termo Ordinário: Refere-se ao tipo de passo; que pode ser, ordinário ou acelerado.
 ALTO- O mesmo tipo de silvo de Ordinário Marche.
 APRESSAR PASSO- Silvos curtos e repetidos.
 SEM CADÊCIA- Dois silvos curtos.
 PASSO DE ESTRADA (Passo livre)- Três silvos longos.

Outros comando poderão ser combinados com o Clube.


Pode ser combinado ainda para fins de exibição, Marcha com Evolução, e outras execuções combinadas por tempo ou número
de passos.

9. COMANDOS COM CORNETA

 Os principais toques que usamos, sãos baseados nos toques das Forças Armadas. (Cof. Manual FA 13)
 O Clube pode ainda combinar toques específicos.

10. COMANDOS POR GESTO


O comando por gesto, é usado principalmente para comandos de Marcha e para Reunir o grupo.

 ATENÇÃO- Com o braço direito levantado verticalmente, com mão espalmada, e a palma para a frente. Este deve ser o
início de qualquer comando por gesto.
 ALTO- A partir do ‘Atenção’, abaixa-se à mão direita, à altura do ombro, e com a palma da mão para a frente, erguendo
em seguida o braço à posição de Atenção.
 APRESSAR O PASSO- Semelhante ao Diminuir o Passo, mas com o punho fechado.
 DIMINUIR O PASSO- A partir de Atenção, baixar lentamente o braço, com a palma da mão para o solo, até altura do
ombro; e retornar a posição de Atenção. Repetir o gesto, algumas vezes.
 DIREÇÃO À DIREITA (ou ESQUERDA)- A partir do gesto de atenção, baixar o braço até a altura do ombro, e girar
lentamente para a direção a ser seguida (direita, ou esquerda); acompanhando com o movimento do próprio corpo na
conversão. Quando estiver na direção desejada, elevar vivamente o braço, e estendê-lo na direção definitiva.
 EM FORMA- A partir de Atenção, girar o braço no ar, fazendo círculos acima da cabeça. E a seguir, baixá-lo na direção
a ser seguida na marcha, ou que o grupo deverá posicionar sua frente.
 Em Frente, Marche- A partir do comando de ‘Atenção’, abaixa-se o braço à frente, com a palma da mão voltada para o
solo, até a altura do ombro; e retorna o braço ao alto, em ‘Atenção’.
 COLUNA POR ... (1, 2 OU 3, etc)- Na posição de atenção, manter a mão formando com os dedos, o número de colunas
que se deseja.

11. PASSOS DE MARCHA

 CADÊNCIA- Refere-se à quantidade de passos dados por compasso. Podendo ser em passo ordinário ou acelerado.
 MARCHE- Palavra usada como Voz de Execução, para os comandos de marcha. Pode ser precedido pelo tipo de passo
(Ordinário ou Acelerado ou Sem Cadência ou Passo de Estrada) ou ainda pela direção a seguir (em direção a ... Direita ou
Esquerda)
 PASSO SEM CADÊNCIA- Termo usado, para indicar que o desbravador não deve fazer marcação com o bater dos pés
ao marchar. No entanto, conserva-se a distância, o alinhamento e o movimento.
 PASSO DE ESTRADA- Permite liberdade de passo, devendo apenas ser observado seu lugar na marcha, e a
regularidade.
 PASSO ACELERADO- Passos longos e em ritmo acelerado.
 PASSO ORDINÁRIO- Passos e ritmos normais de marcha. Os passos devem ser de 75cm de extenção, à 116 passos por
minuto, e as mãos se deslocam a cerca de 30 cm da coxa, enfatizando igual e fortemente a batida para os dois pés. O
primeiro passo é de cerca de 40cm e sempre com o pé esquerdo.

12. OUTROS COMANDOS DE MARCHA


Existem outros valores a serem observados na marcha.

 ROMPIMENTO DE MARCHA- O início da marcha é chamado de rompimento de marcha, e deve ser feito sempre com
o pé esquerdo. A cadência dos pés, deve ter ênfase igual nos dois pés.

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 MOVIMENTO DE MARCHA- Deve ser feito com o elevar do pé à frente, e deixar o pé cair naturalmente. Os dois pés
devem ser batidos com igual intensidade; e com as mãos espalmadas os braços devem se movimentar com cadência
marcada, em movimentos acentuando levemente ao modo natural de andar.
 ALTO- Deve ser usado uma voz de advertência antes, pois Alto, é a Voz de Execução. Preferencialmente o comando Alto
é dado no pé esquerdo. Porém, independente do pé em marcha, quando o comando for dado no Passo Ordinário ou em
Marcar Passo, conta-se dois passos a partir do pé direito; 1o-direito, 2o-esquerdo, e une-se os pés, levando o direito com
energia, junto ao esquerdo, e as palmas das mãos batidas contra as coxas. A posição seguinte é Sentido. Quando o grupo
estiver em Passo de Estrada, se comada: Sem Cadência, Marche; para depois proceder o alto, em passo ordinário e sem
cadência. Se o grupo estiver em Passo Acelerado, se comanda alto quando o grupo estiver no pé esquerdo, e após o
comando, o grupo dá ainda mais quatro passos, e ajunta o pé direito em posição de sentido, com forte energia.
 MARCAR PASSO- Seguindo as cadências do passo ordinário, e executando-se com a mesma forma que o Alto, até o
bater dos calcanhares, e palmas das mãos. Deve ter curta duração, e os pés são levemente erguidos do chão. Os braços se
posicionam ao lado do corpo sem movimento. O término do marcar passo, é executado com o pé esquerdo. O rompimento
do marcar passo, pode ser dado por Alto, ou em Frente Marche.
 EM FRENTE- Deve ser orientado, sempre com o pé esquerdo no chão. A seguir se bate o pé direito, e na vez do pé
esquerdo se inicia a marcha, batendo-o à frente.
 ACERTE O PASSO- Serve para corrigir o passo e a cadência. Deve ser imperceptível ao público e pode ser executado de
duas formas: Discreta e rapidamente parando e recomeçando a marcha; ou melhor ainda, batendo a ponta do pé que está
no alto, ao chão, junto do outro calcanhar, rapidamente, repetindo o passo seguinte com o mesmo pé que estava no chão.
 MARCHA COM FANFARRA- o Bombo deve ser batido com o bater do pé direito. Se ensaiado, pode-se romper marcha
logo após o bater do Bombo, em conjunto com os repiques, e quando o Bombo voltar a bater, o grupo estará exatamente
no pé direito. Outra opção, é o Bombo esperar o início da Marcha, e entrar quando o Grupo, estiver batendo o pé direito no
chão.

13. VOLTAS EM MARCHA

 DIREITA (ESQUERDA OU MEIA VOLTA) VOLVER- Comando dado no bater do pé igual a direção pretendida, e
executado por todo o grupo ao mesmo tempo; girando o corpo de acordo com o comando, na sola do pé contrário a
direção a ser seguida, sendo o próximo passo, com o pé que estiver à frente, como se fosse o contra-pé, com o corpo já na
nova direção, continua-se em frente. A Meia Volta, é sempre feita pela esquerda.
 OITAVO À ... (Direita ou Esquerda) MARCHE- Semelhante ao comando de direção, porém a volta é de apenas 45º,
que equivale a um oitavo de volta.
 EM DIREÇÃO À ... (Direita ou Esquerda) VOLVER- O Grupo executa a partir da testa das fileiras, uma espécie de
arco, sendo Homem-Base, o que estiver na extremidade da testa, do lado a ser direcionado. Este marca passo, e a partir dos
próximos o passo vai se tornando mais longo, ate que a extremidade contrária, seja o passo mais longo de toda a testa.
Quando o grupo estiver na direção desejada, deve-se então comandar: Em Frente, Marche!
 OLHAR A .... (Esquerda ou Direita)- É executado a partir do bater do pé esquerdo no solo. O diretor do grupo, pode se
posicionar com Posição para Saudação. O movimento consiste de permanecer marchando em frente, enquanto se vira a
cabeça cerca de 45º na direção orientada. Sendo que a Testa da Coluna-Base, não executa. O comando termina com a
ordem: Olhar, Frente.
 OBSTÁCULO EM MEIO A MARCHA- Quando o grupo em marcha se depara com algum obstáculo, que o impeça
prosseguir na direção em marcha, o grupo passa a Marcar Passo, até que outra Voz de Comando seja dada, para que se
contorne o obstáculo.
 (Número: 1, 3, 5, etc.) PASSOS A FRENTE, MARCHE- Usado para deslocamentos curtos. Se orienta certo número
de passos à frente, ou laterais, seguido do comando: Marche.. Devem ser ordenados sempre passos em número ímpar.

14. ORDEM UNIDA A PÉ FIRME (PARADOS)


A Ordem Unida, caracteriza-se pelo grupo estar parado, a pé firme, em posição disciplinadamente igual. As principais
posições de Ordem Unida para os desbravadores são:

 SENTIDO- Voz de comando: ‘Sentido’. O desbravador fica imóvel, em silêncio, olhando ponto à frente, os calcanhares
se unem, com o bater do calcanhar direito e as mãos batidas na coxa. As pontas dos pés abertas em 45º , as mãos
espalmadas, na altura das coxas, mantendo os braços levemente dobrados, com os cotovelos na direção do corpo, retos.
Busto aprumado e cabeça e ombros erguidos, Esta posição é a base de todas as outras na Ordem Unida.
 DESCANSAR- Voz de comando: ‘Descansar’. Este comando só pode ser dado a partir da posição Sentido, e para sair
dele a posição volta a ser Sentido. Com o mover e bater do pé esquerdo para o lado, mantendo o corpo confortavelmente
distribuído entre os dois pés distanciados cerca de 30 cm. Simultaneamente, a mão esquerda segura a mão direita
espalmada, em posição confortável (diferenciamos do exército nesta posição; por não ser confortável, e nem compatível
com os desbravadores, o símbolo de combate, da mão fechada, usado pelo exército para o Descansar). O desbravador
permanece em silêncio e em forma. Esta é a posição usada para entrar em forma. As mulheres podem obedecer menor
abertura das pernas.
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 À VONTADE- Voz de Comando: ‘À Vontade’. A partir da posição Descansar, Mantendo a posição, e em forma; permite
o desbravador ficar a vontade, podendo falar e se mexer, mantendo a posição do pé direito como base.
 FRENTE PARA... (A RETAGUARDA, A DIREITA ou A ESQUERDA)- Voz de Comando: ‘Frente para a
Retaguarda‘. Com o grupo em Descansar, após o comando, todos dão um pulo, fazendo um giro no ar de Meia Volta, e
dando um grito característico, conforme designado pelo comando (ex.: Rei ou Rá), sem no entanto, deixarem a posição
Descansar.
 EM FORMA- Voz de Comando: ‘Em Forma’. Rapidamente os desbravadores se deslocam para o seu lugar, e se
posicionam em Descansar. Ficam dispostos em posicionamento de Ordem Unida ou Marcha.. Alinhados e sob comando.
Quando o grupo já está em forma, o desbravador deve, após a saudação Maranata, pedir permissão para o Instrutor, para
entrar em forma. Entra-se em forma a partir Cauda (retaguarda), até sua posição no grupo. Os que estiverem atrás
se adeqüam, afastando-se uma posição. Todos devem estar em posição: ‘Descansar’. O desbravador se posiciona,
Cobre e Firme, e se põe em Descansar.
 FORA DE FORMA- Voz de Comando: ‘Fora de Forma; Marche’. Para que saiam de Forma. O desbravador bate
fortemente seu pé esquerdo no chão, à frente, como no ‘Rompimento de Marcha’; levando a mão direita ao ar. Pode-se
combinar um grito característico. (ex.: Com o grito de Desbravadores; Fora de Forma, Marche – E o grupo grita:
Desbravadores)
 PARA O VOTO; POSIÇÃO- Não usamos o Apresentar Armas. Em lugar disto, usamos posição para o Voto, ou ainda,
quando fora do uso do Voto, se queira saudar, por exemplo, uma Autoridade: Para Saudação; Posição. A partir da
posição Sentido. O desbravador levanta sua mão direita, à frente, rente ao corpo, até a altura do ombro, com a palma da
mão para a frente, os dedos unidos, e o dedão cruzando a palma da mão. (Que significa Maranata; e os quatro dedos, são
os quatro ‘A’ da palavra Maranata: Amar, Anunciar, Apressar e Aguardar a Volta de Cristo). Sendo a Contra-Ordem:
Firme.
 FORMAÇÃO EM COLUNA- Voz de Comando: ‘’Coluna Por... (No. de Colunas Desejado)’. A Testa (já explicado à
cima), deverá ter o número de Desbravadores solicitados, para as colunas. Normalmente, os mais altos, ficam à frente, e
quem entra em forma, o faz pela cauda da coluna.
 FORMAÇÃO PARA INSPEÇÃO- Nesta formação, o espaço entre desbravadores dobra (para cerca de dois passos).
 COBRIR- Voz de Comando: ‘Cobrir’. A partir da posição Sentido, a contra-ordem é ‘Firme’; que faz voltar em sentido.
Se o comando for dado em outra posição, os desbravadores fazem Sentido, seguido de Cobrir. Esta ordem se dá para que
todos, estendam o braço, e acertem seu alinhamento, frontal e lateral. A distância média entre desbravadores, deve ser de
80 cm, medido pelo braço esquerdo estendido à frente, com a palma da mão para baixo, tocando com a ponta dos dedos, o
ombro do companheiro. Para as testas de coluna (1º de cada coluna), o braço esquerdo, deve ser estendido para o lado
esquerdo, até o ombro do companheiro, e o acerto de posicionamento lateral, pode provocar mover para a esquerda; o
desbravador da extrema esquerda, permanece em posição de ‘sentido’. No alinhamento correto, quando se olha o grupo, só
se pode ver o desbravador imediatamente à frente. Pode-se optar por: Sem Intervalo, Cobrir! E os Testas cobrem sem
Intervalo.
 PERFILAR- Partindo do ‘Descansar’ e estando o grupo em linha (Testa maior que a Profundidade), para retificar o seu
alinhamento, será dado o comando: “COM BASE NO DESBRAVADOR TAL, PELA DIREITA (ou Pela Esquerda, ou
Pelo Centro); PERFILAR!” Após enunciar: “Base Tal Desbravador”- o comando dá uma pausa, para que o Desbravador
se identifique dizendo alta e energicamente seu nome, e erguendo seu braço direito; a seguir o comando continua: “Pela
Direita” (Centro ou Esquerda)- e dá nova pausa, para que o grupo tome posição de ‘Sentido’; e só então o comando
completa: “Perfilar!”. <<<Portanto, este comando é dado em três tempos: Ex. (Se o desbravador Homem-Base se chama
João e está no Centro) Com Base no desbravador João (Espera ele erguer o braço direito e gritar: João)... Pelo Centro
(Espera o Grupo excutar Sentido)... Perfilar! Os Testas Cobrem (Inclusive o João) e a Coluna do João também Cobre a
frente; todos os que não são da Coluna do João, olham para o desbravador que está em sua mesma linha na Coluna do João
(Inclusive a Testa). >>>
A execução se faz com toda a Testa e a Coluna do Homem-Base, posicionando-se em Cobrir, e ao mesmo tempo,
todos os que não da Coluna-Base voltarão vivamente seu rosto, na direção do desbravador da Coluna-Base que estiver em sua
mesma linha. E corrigirão sua distância e intervalos, mesmo que sem erguer o braço. Pode-se optar por Sem Intervalo Pela
Direita (Esquerda ou Centro), o que seguirá o procedimento de Sem Intervalo, para o cobrir da Testa. A Contra-Ordem é:
“Firme”.
 SEM INTERVALO- Este comando serve para Cobrir ou Perfilar e indica que a cobertura lateral, diminui de 80cm. Para
25cm. Os Testas cobrem com o braço esquerdo dobrado, na altura da cintura, com a mão fechada. Na profundidade a
cobertura permanece sem alteração, com o braço esticado. A Contra-Ordem é: Firme!
 RETOMAR OS ITERVALOS- Para retomar os Intervalos deve ser comandado: Com Intervalo, Cobrir! Ou: Com Base
no Desbravador Tal, Pela Direita (Esquerda ou Centro), Perfilar!

15. VOLTAS EM ORDEM UNIDA

 DIREITA (ESQUERDA OU MEIA VOLTA); VOLVER- Usando o calcanhar do lado comandado como apoio, para
fazer o pião, e impulsionado pela ponta do outro pé, gira o corpo de acordo com o comando, na direção a ser seguida,
sendo a próxima posição, Sentido. A Meia Volta é sempre pela Esquerda.
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 OITAVO À ... (Direita ou Esquerda); VOLVER- Semelhante ao comando de Direção (Direita, etc.) Só que com rotação
de 45º.

16. FINAL

Estas informações, são apenas um resumo. Há outros Comandos, que não são básicos, e nem comumente usados.
A íntegra dos comandos que podemos usar, está no Manual de Ordem Unida do Exército Brasileiro, adaptados no entanto, aos
civis.
Cuidado com longas cessões de Ordem Unida.
A roupa usada para treinamento de Ordem Unida, deve ser confortável e que permita a pele respirar.
Esta instrução requer dom, afeição e respeito. Tem que se ter verdadeira liderança, ou a cooperação não será suficiente para
alcançar o sucesso.
É missão do bom Instrutor, ajudar com verdadeiro respeito, até que todos consigam atingir o objetivo, com excelência.

SINAIS CONVENCIONAIS
ATENÇÃO » Levantar o braço direito na vertical, mão espalmada, palma da mão voltada p/ frente.

REUNIÃO, VENHAM CÁ » Braço estendido acima da cabeça, girar a mão na horizontal.

RÁPIDO... CORRAM » Punhos cerrados, à altura do ombro, erguê-los e baixá-los várias vezes, verticalmente.

FORMAÇÃO POR UNIDADE EM COLUNA » Braço estendido a frente com as mãos espalmadas

FORMAÇÃO DA UNIDADE EM LINHA » Braços abertos de frente para o grupo, levemente inclinado.

COBRIR » Com a palma da mão, braços abertos e estendidos para baixo.

FIRME » Braço levantado na altura do ombro e descer até a perna.

ROMPER FILAS, DEBANDAR » Braços acima da cabeça cruzando-os acima.

FORMAÇÃO FERRADURA » Braços estendidos p/ baixo na vertical.

FORMAR EM CÍRCULO » Braços estendidos para baixo e movimentá-los para frente e para trás

EM COLUNA P/ ORDEM DE TAMANHO » Braço esquerdo mais alto e direito mais baixo, estendidos na horizontal.

FORMAÇÃO EM DUAS COLUNAS » Punhos cerrados, estendidos na horizontal formando um ângulo de 15º.

FORMAÇÃO EM DUAS COLUNAS MASC. E FEM. » Punhos cerrados estendidos na horizontal com o polegar p/ baixo
(coluna das meninas), polegar p/ cima (coluna dos meninos).

FORMAÇÃO CERRADA » Punhos cerrados na frente do rosto voltados p/ o grupo. Clube em coluna, unidades em fila.

PARA FRENTE, SIGAM-ME - Da posição de sentido, girar o braço a 270º até chegar à altura do ombro.

ALTO » Colocar a mão direita aberta dedos unidos à altura do ombro com a palma da mão voltada p/ frente em seguida
estende o braço vivamente na vertical.

DIMINUIR OS PASSOS » Na posição de atenção, baixar lentamente o braço, estendendo a palma da mão voltada para o solo
até o prolongamento da linha dos ombros e aí oscilá-lo p/ cima e p/ baixo.

SENTEM-SE, ABAIXEM-SE » Braços estendidos à frente do corpo, baixá-lo lentamente.

COMANDO POR APITO

a) Ordinário Marche: 1 longo e 1 curto


b) Atenção: Um silvo longo
c) Alto: 1 longo e 1 curto
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d) Apressar o passo: curtos repetidos
e) Sem Cadência: 2 longos
f) Passo de Estrada: 3 longos
USO DO BASTÃO

1. Útil ao equipamento do Desbravador


2. Travessia de montanhas
3. Locais pedregosos
4. Atividades noturnas
5. Acampamentos
6. Caminhadas
7. Escaladas
8. Atividades de Unidade
9. Investiduras
10. Para conter uma multidão
11. Pular sobre um fosso
12. Verificar a profundidade de um rio
13. Manter sua Unidade junta no escuro
14. Ajudar o desbravador a passar sobre um muro
15. Usando vários bastões pode-se construir uma ponte leve
16. Fazer cabanas
17. Fazer mastro de bandeira
Deve ser à altura do nariz do Desbravador, marcado centímetros e decímetros para tomar medidas.

VOZ DE COMANDO

a) Voz de Advertência - chamar a atenção do grupo (atentos para o comando)


b) Comando - Indicar o movimento a executar. (Ex. Direita...).
c) Voz de Execução - determina o início da execução (Volver ou marche)
* Quem comanda deve estar na posição de sentido e com o rosto voltado para o grupo de comando.

MEIOS DE COMANDO
a) Voz
b) Gesto
c) Corneta (clarim)
d) Apito

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PRIMEIROS SOCORROS BÁSICOS
FERIMENTOS:
Lave com água e sabão, desinfete com água oxigenada. Se houver algum corpo estranho (caco de vidro, farpa, espinho, etc.)
remova-o com a pinça, se puder fazê-lo com facilidade, se não, deixe esta tarefa para o médico. Depois da aplicação de água
oxigenada, seque o ferimento com um pouco de algodão e aplique Mercúrio Cromo. Se o ferimento for pequeno cubra com um
Band-Aid, se for maior coloque uma atadura de gaze esterilizada e prenda com esparadrapo. Quando o ferimento for um pouco
profundo ou não muito pequeno pode se aplicar um pó cicatrizante após ter passado o Mercúrio Cromo, cobrindo então com a
atadura.
TEMPERATURA:
A temperatura é o grau do calor que o corpo possui. Quando a temperatura de uma pessoa está alta (o normal está entre 36,5 e
37 graus centígrados), dizemos que ela está com febre. A febre, em si mesma, não é uma doença, mas pode ser o sinal de
alguma doença. Pode-se identificar vários sintomas de febre:
· Sensação de frio; · Mal-estar geral; · Respiração rápida; · Rubor de face; · Sede; · Olhos brilhantes e lacrimejantes; · Pele
quente.
A febre alta é perigosa, pois pode provocar delírios e convulsões. Quando uma pessoa tiver febre, pode-se tomar as
providências a seguir.
· Se estiver acamada, retire o lençol ou cobertor. Se for criança pequena, desagasalhe-a, deixando apenas roupa leve até que a
temperatura chegue ao normal.
· Ofereça líquidos à vítima. Toda pessoa com febre deve beber bastante líquido, como sucos.
· É importante saber quando a febre começa, quanto tempo ela dura e como acaba, para melhor informar ao médico.
· Ponha panos molhados com água e álcool (meio a meio) sobre o peito e a testa. Troque-os com freqüência, para mantê-los
frios, e continue fazendo isso até que a febre abaixe.
· Se houver condições, dê um banho morno prolongado, em bacia, banheira ou chuveiro. Você pode ter idéia da temperatura
colocando as costas de uma de suas mão na testa da pessoa doente e a outra na sua testa, Se a pessoa doente tiver febre, você
sentirá a diferença. A febre muito alta e persistente é perigosa, se não for controlada e abaixada. Dependendo do caso, você
deverá procurar socorro médico.
ENTORSE:
Os ossos do esqueleto humano estão unidos aos outros através dos músculos, mas as superfícies de contato são mantidas umas
de encontro às outras por meio dos ligamentos. A vítima de entorse sente dor intensa na articulação afetada. Acompanhando a
dor, surge o edema (inchação). Quando os vasos sangüíneos são rompidos a pele da região pode ficar, de imediato, com
manchas arroxeadas. Quando a mancha escura surge 24 ou 48 horas após o acidente, pode ter havido fratura e, nesses casos,
deve-se providenciar ajuda médica, de imediato. As entorses mais comuns são as do punho, do joelho e do pé. O Socorrista de
uma vítima com entorse deve imobilizar a articulação afetada como no caso de uma fratura, e pode colocar gelo ou compressas
frias no local antes da imobilização. Podemos também imobilizar a articulação através de enfaixamento, usando ataduras ou
lenços. Não se deve permitir que a vítima use a articulação machucada. Após o primeiro dia, pode-se fazer compressas quentes
e mergulhar a parte afetada em água quente, na temperatura que a vítima suportar. Fazendo aplicações de calor várias vezes
por dia e mantendo-a imóvel, a articulação atingida por uma entorse normalmente recupera-se dentro de uma semana. Isso se
não houver outras complicações, como derrame interno, ruptura dos ligamentos ou mesmo fratura.
HEMORRAGIAS:
Conceito: É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo.
HEMORRAGIA EXTERNA - É resultante de um ferimento com exteriorização sangüínea.
Primeiros socorros: Compreensão a distancia, elevação de membro, tamponamento e garrote.
HEMORRAGIA INTERNA - É resultante de um ferimento profundo com lesão de órgão interno.
Sintomas: Pulso fraco e rápido, pele fria, suadores, sede e tonteira.
TIPOS DE HEMORRAGIA INTERNA:
ESTOMATORRAGIA:
Hemorragia proveniente da boca: Dar líquidos gelados para a vitima beber.
Primeiros socorros: Manter a vítima em repouso. Aplicar compressas geladas ou bolsas de gelo sobre o baixo ventre.
Providenciar socorro médico.
HEMOPTISE:
Hemorragia proveniente dos pulmões: O sangue sai em golfadas pela boca, vermelho vivo e espumoso.
Primeiros socorros: Bolsa de gelo no tórax. Deitar a vitima de forma que a cabeça fique mais baixa que o corpo. Garrote em
três membros em rodízio no intervalo de 2 minutos.
HEMATÊMESE:
Hemorragia proveniente do estômago.
Sintomas: O sangue sai pela boca como se fosse borra de café, pode vir ou não com restos de alimentos.
Primeiros socorros: Bolsa de gelo abaixo do umbigo.

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OTÓRRAGIA:
Hemorragia proveniente do ouvido. Classificação: Simples, Composta - TCE (traumatismo crânio encefálico).
Simples - Sangra muito e o sangue sai normal.
Primeiros socorros: Compressão a distancia (temporal ou facial). Tapar com algodão ou gaze seca.
Composta - Sangra pouco e o sangue sai com liquor.
Primeiros socorros: Lateralizar a cabeça de forma que o sangue saia.
EPISTAXE:
Hemorragia proveniente do nariz
Primeiros socorros: Jamais vire a cabeça para trás, pois o sangue pode descer para o pulmão. Tapar com algodão ou gaze seco.
Comprimir a narina.
AFOGAMENTO:
Afogar-se não é risco exclusivo dos que não sabem nadar. Muitas vezes até um bom nadador se vê em apuros por algum
problema imprevisto: uma cãibra, um mau jeito, uma onda mais forte. Outras vezes a causa é mesmo a imprudência de quem
se lança na água sem saber nadar. E pode ocorrer, ainda, uma inundação ou enchente, daí surgindo vítimas de afogamento.
Existem dois tipos de materiais que servem para auxiliar a retirar da água uma vítima de afogamento: materiais nos quais a
vítima pode agarrar-se para ser resgatada: cordas, pedaços de pau, remo, etc. materiais que permitem que a vítima flutue até
chegar o salvamento: barcos, pranchas, bóias, etc.
Evidentemente ninguém irá atirar-se à água ao primeiro grito de socorro que ouvir. Você deve proceder de modo exposto a
seguir. Providencie uma corda, barco, bóia ou outro material que possa chegar até a vítima. Caso não disponha de nada disso,
parta para outras alternativas. Se souber nadar bem, procure prestar socorro adequadamente. Verifique a existência ou não de
correnteza ou de água agitadas. Certifique-se do estado da vítima: se estiver imóvel ou debatendo-se. Mesmo os melhores
nadadores encontrarão dificuldades em nadar contra uma correnteza e águas agitadas e qual a melhor maneira de chegar até a
vítima. Uma vítima de afogamento pode estar desacordada quando o salvamento chegar. Se não estiver inconsciente e
desacordada, certamente estará em pânico e terá grande dificuldade de raciocinar. Procure segurá-la por trás, de forma qual a
mesma não possa se agarrar a você e impedi-lo de nadar. Quando você chegar à margem com a vítima, seu trabalho de
salvamento ainda não terá terminado. Caso o afogado esteja consciente e só tenha engolido um pouco de água, basta confortá-
lo e tranqüiliza-lo. Se estiver sentindo frio, procure aquecê-lo. Em qualquer circunstância, é aconselhável encaminhá-lo a
Socorro médico. Se a vítima, no entanto, estiver inconsciente, é muito provável que apresente a pele arroxeada, fria e ausência
de respiração e pulso. Nesses casos, a reanimação tem de ser rápida e eficiente, e pode começar a ser feita enquanto você
estiver retirando a vítima da água. Vire-a e passe a aplicar-lhe a respiração boca-a-boca. Se necessário, faça também massagem
cardíaca. Assim que a vítima estiver melhor e consciente, providencie sua remoção para um hospital. É um acidente de asfixia,
por imersão prolongada em um meio liquido com inundação e enxarcamento alveolar. O termo asfixia, indica concomitância
de um baixo nível de oxigênio e um excesso de gás carbônico no organismo. Classificação e sintomas do grau de afogamento:
Grau I ou Benigno: É o chamado afobado. É aquele que entra em pânico dentro d'água, ao menor indicio de se afogar. Esse
afogado, muitas das vezes, não chega a aspirar a água, apenas apresenta: Nervosa Cefaléia (dor de cabeça), Pulso rápido,
Náuseas/vômitos, Pálido, Respiração e Trêmulo.
Primeiros Socorros: Muitas das vezes, o afogado é retirado da água, não apresentando queixas. Neste caso, a única
providência é registrá-lo e orientá-lo. O Repouso e o Aquecimento.
Grau II ou Moderado: Neste caso já são notados sinais de agressão respiratória e por vez, repercussão no Aparelho Cárdio
Circulatório, mas consciência mantida, os sintomas são: Ligeira Cianose, Secreção Nasal e Bucal com pouca espuma, Pulso
Rápido, Palidez, Náuseas/vômitos, Tremores, Cefaléia.
Primeiros Socorros: Repouso, Aquecimento, Oxigênio e observação no CRA.
Grau III ou Grave: Neste caso o afogado apresenta os seguintes sintomas: Cianose, Aumento de secreção Nasal e Bucal,
Dificuldade Respiratória, Alteração Cardíaca, Edema Agudo do Pulmão, Sofrimento do Sistema Nervoso Central.
Primeiros Socorros: Deitar a vítima em decúbito dorsal e em declive. Aquecimento, Hiper - estender o pescoço, Limpar
secreção Nasal e Bucal, Providenciar remoção para CRA.
Grau IV ou Gravíssimo: A vítima apresenta-se em parada Cárdio - Respiratória, tendo como sintomas: Ausência de
Respiração, Ausência de Pulso, Midríase Paralítica, Cianose, Palidez Primeiros Socorros: Desobstrução das Vias Aéreas
Superiores. Apoio Circulatório. Apoio Respiratório. Providenciar remoção para CRA.
CHOQUE ELÉTRICO:
Os choques elétricos podem acontecer com freqüência, mesmo porque vivemos cercados por máquinas, aparelhos e
equipamentos elétricos. Em casos de alta voltagem, os choques podem ser fortes e causar queimaduras fortes ou até mesmo a
morte. Os choques causados por correntes elétricas residenciais, apesar de apresentarem riscos menores, devem merecer
atenção e cuidado. Em qualquer acidente com corrente elétrica, o tempo gasto para prestar socorro é fundamental. Qualquer
demora poderá ocasionar sérios problemas. Muitas vezes a pessoa que leva um choque elétrico fica presa à corrente elétrica.
Não toque na vítima sem antes desligar a corrente elétrica. Se o Socorrista tocar na pessoa, a corrente irá atingi-lo também. Por
isso, é necessário tomar todo o cuidado. Antes de qualquer coisa, o Socorrista deve desligar a chave geral, ou tirar os fusíveis
ainda, desligar a tomada. Se por acaso não for possível tomar nenhuma dessas providências, há ainda alternativas: afastar a
vítima do fio elétrico com um cabo de vassoura ou com uma vara de madeira, bem seca. Antes, porém, verifique se os seus pés
estão secos e se você não está pisando em chão molhado. Para afastar a vítima, use algum material que não conduza corrente
elétrica, como, por exemplo, madeira seca, borracha, etc. Em seguida, inicie imediatamente o atendimento à vítima. Deite-a e
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verifique se ela está respirando, ou se precisa de respiração artificial e/ou massagens cardíacas. Se necessário, aja
imediatamente. Observe se a língua não está bloqueando a passagem do ar. Logo após, verifique se a vítima sofreu alguma
queimadura. Cuide das queimaduras, de acordo com o grau que elas tenham sido atingidas. Tendo prestado os primeiros
socorros você deve providenciar a assistência médica. As correntes de alta tensão passam pelos cabos elétricos que vemos nas
ruas e avenidas. Quando ocorre em fios de alta tensão, na rua, só a central elétrica pode desligá-los. Nestes casos, procure um
telefone e chame a central elétrica, os bombeiros ou a polícia. Indique o local exato em que está ocorrendo o acidente.
Procedendo desta maneira você poderá evitar novos acidentes. Enquanto a corrente não for desligada, mantenha-se afastado da
vítima, a uma distância mínima de 4 metros. Não deixe que ninguém se aproxime ou tente ajudá-la. Somente após a corrente
de alta tensão ter sido desligada você deverá socorrer a vítima.
CONVULSÃO EPILÉTICA:
A crise convulsiva caracteriza-se pela perda repentina de consciência, acompanhada de contrações musculares violentas. A
vítima de uma crise convulsiva sempre cai e seu corpo fica tenso e retraído. Em seguida ela começa a se debater violentamente
e pode apresentar os olhos virados para cima e os lábios e dedos arroxeados. Em certos casos, a vítima baba e urina. Estas
contrações fortes duram de dois a quatro minutos. Depois disto, os movimentos vão enfraquecendo e a vítima recupera-se
lentamente. A crise convulsiva pode acontecer em conseqüência de febre muito alta, intoxicação ou, ainda, devido à epilepsia
ou lesões no cérebro. Diante de um caso de convulsão, tome as providências seguintes: Deite a vítima no chão e afaste tudo o
que esteja ao seu redor e possa machucá-la (móveis, objetos, pedras, etc.) não impeça os movimentos da vítima. Retire as
próteses dentárias, óculos, colares e outras coisas que possam se quebradas ou machucar a vítima. . Para evitar que a vítima
morda a língua ou se sufoque com ela, coloque-lhe um lenço ou pano dobrado na boca entre os dentes. No caso de a vítima já
ter cerrado os dentes, não tente abrir-lhe a boca. Desaperte a roupa da vítima e deixe que ela se debata livremente; coloque um
pano debaixo de sua cabeça, para evitar que se machuque. A pessoa que está tendo convulsões apresenta muita salivação. O
estado de inconsciência não permite que ela engula a saliva. Por isso, é preciso tomar mais uma providência para evitar que
fique sufocada: deite-a com a cabeça de lado e fique segurando a cabeça nesta posição. Desta forma a saliva escoará com
facilidade. Não dê a vítima nenhuma medicação ou líquido pela boca, pois ela poderá sufocar. Cessada a convulsão, deixe a
vítima em repouso até que recupere a consciência. Após a convulsão, a pessoa dorme e este sono pode durar segundo ou horas.
Coloque-a na cama ou em algum lugar confortável e deixe-a dormir. Em seguida, encaminhe-a a assistência médica. Nunca
deixe de prestar socorro à vítima de uma crise epilética convulsiva, pois sua saliva (baba) não é contagiosa.
INSOLAÇÃO:
Pode manifestar-se de diversas maneiras: subitamente, quando a pessoa cai desacordada, mantendo a pulsação e a respiração;
ou após o aparecimento de sintomas e sinais como tonturas, enjôos, dor de cabeça, pele seca e quente, rosto avermelhado, febre
alta, pulso rápido, respiração difícil. Os sintomas e sinais de insolação nem sempre aparecem ao mesmo tempo. Normalmente
podemos verificar apenas alguns. O importante então é que você saiba exatamente o que fazer no caso de uma pessoa passar
muito tempo exposta ao sol e apresentar algum sinal de insolação. Enquanto você aguarda o socorro médico, procure colocar a
vítima à sombra, fazer compressas frias sobre a sua cabeça e envolver seu corpo em toalhas molhadas. Isso é feito para baixar a
temperatura. Em seguida deite a pessoa de costas, apoiando a cabeça e os ombros para que fiquem mais altos que resto do
corpo. O ideal é que a temperatura desça lentamente, para que não ocorra o colapso, próprio de quedas bruscas de temperatura.
Após ter prestado os primeiros socorros, deve procurar ajuda médica, com urgência.
QUEIMADURAS:
Denomina-se queimadura toda e qualquer lesão ocasionada no organismo humano pela ação curta ou prolongada de
temperaturas extremas sobre o corpo humano. As queimaduras podem ser superficiais ou profundas e é possível dividi-las em
diferentes tipos, de acordo com a gravidade. A gravidade de uma queimadura não se mede somente pelo grau de lesão, mas
também pela extensão da área atingida. São consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 15% do corpo, no
caso de adultos. Para crianças de até 10 anos, são consideradas grandes queimaduras aquelas que atingem mais de 10% do
corpo. Para avaliar melhor a gravidade de uma queimadura, você pode adotar a tabela abaixo Cabeça 9% Pescoço 1% Tórax e
abdômen, inclusive órgãos genitais 18% Costas e região lombar 18% Membro superior direito (braço) 9% Membro superior
esquerdo (braço) 9% Membro inferior direito (perna) 18% Membro inferior r esquerdo (perna) 18% Se o socorrista souber
classificar uma grande queimadura e encaminhar a vítima para um pronto socorro, já será de grande valia. Vamos conhecer e
especificar cada caso e saber como agir em cada um deles.
Queimadura de 1º Grau - É a queimadura mais comum, geralmente deixa a pele avermelhada e provoca ardor e ressecamento
da pele. Uma queimadura de 1º grau nem sempre é grave. Porém se ela atingir mais da metade do corpo, pode vir a tornar-se
ate muito grave. Se uma queimadura de 1º grau não for muito extensa, o socorrista pode tomar algumas medidas: Oferecer
água, para hidratar a vítima; · Em seguida, tentar aliviar a dor, deixando um tempo em água fria (chuveiro, torneira) ou
aplicando compressas de água fria.
Queimadura de 2º Grau - As queimaduras de 2º grau são aquelas que atingem as camas um pouco mais profundas da pele.
Caracterizam-se geralmente pela formação de bolhas e desprendimento das camadas da pele; provocando dor e ardência local.
Estas queimaduras são mais graves que as de primeiro grau porque a perda de água que elas podem provocar eventualmente
leva à desidratação. Nesses casos, dê líquidos por via oral, aplique compressas frias no local e providencie assistência médica
imediatamente.
Queimadura de 3º Grau - As queimaduras de 3º grau são aquelas em que todas as camadas da pele são atingidas, podendo
ainda alcançar os músculos e os ossos, provocando feridas profundas e dores muito fortes. As queimaduras de 3º grau são as
mais graves e representa sérios riscos para a vítima, sobretudo se atingirem grande extensão do corpo. Para tratar de
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queimaduras, em geral, mantenha a vítima deitada. Lave bem as mãos antes de tratar das queimaduras, para não provocar
infecções. Em seguida, corte todas as roupas que estão perto das regiões queimadas. Não desloque ou retire a roupa que ficou
sobre as queimaduras, para não aumentar as feridas. Cubra as feridas com gaze ou com um pano limpo, sem apertar,
umedecendo continuamente. Não use outro tipo de material, porque pode grudar e piora ainda mais o estado da vítima. Nunca
fure as bolhas nem toque na parte queimada. Isto poderá causar uma infecção e piorar o estado da vítima. Se a vítima estiver
consciente, dê-lhe de beber bastante água (de preferência com sal) e providencie ajuda médica. Não aplique nenhuma
substância sobre a queimadura, que não seja hidratante.
QUEIMADURA POR FOGO:
Quando a queimadura for causada por fogo e as roupas estiverem se incendiando, a primeira providência é, naturalmente,
apagar o fogo. Dependendo do local do acidente e dos recursos disponíveis, de imediato pode-se usar um cobertor para sufocar
as chamas ou rolar a vítima no chão. Se as queimaduras atingirem o tórax, abdômen ou costas, pode-se jogar água fria sobre as
feridas, para aliviar as dores. Em seguida, remover a vítima para um hospital. Se a vítima estiver consciente, dê-lhe bastante
líquido para beber: água, chá ou sucos. Anime-a e tranqüilize-a.
QUEIMADURA POR SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS: (tintas, ácidos, detergentes, etc.).
Antes de cuidar dos ferimentos, é preciso molhar todas as peças de roupa que estejam impregnadas pela substância para
remove-las sem causar maiores danos. Isso porque o contato com a roupa pode gerar novas queimaduras. Depois, devemos
lavar o local queimado com água em abundância,
Durante 10 a 15 minutos, para que não reste qualquer resíduo da substância química e, em seguida, proteger as feridas com
gaze ou pano limpo. A queimadura nos olhos é um caso muito especial. A ação deve ser rápida, para evitar a perda parcial o
total da visão. Neste caso, devemos lavar o olho da vítima com bastante água. Depois que a ferida estiver limpa, deve-se
colocar sobre ela um curativo de gaze ou pano limpo.
CORPOS ESTRANHOS
Pequenas partículas de poeira, carvão, areia ou limalha, grãos diversos, sementes ou pequenos insetos (mosquitos, formigas,
mosca, besouros, etc.), podem penetrar nos olhos, no nariz ou nos ouvidos. Se isso ocorrer, tome os seguintes cuidados:
Olhos - Nunca esfregue o olho Não tente retirar corpos estranhos encravados no globo ocular. Primeira providência Faça a
vítima fechar os olhos para permitir que as lagrimas lavem e removam o corpo estranho. Se o processo falhar, lave bem as
mãos e adote as seguintes providências: pegue a pálpebra superior e puxe para baixo, sobre a pálpebra inferior, para deslocar a
partícula; Irrigue o olho com água limpa, de preferência usando conta-gotas peça à vítima para pestanejar. Se, ainda assim não
resolver passe às terceiras providências: Puxe para baixo a pálpebra inferior, revirando para cima a pálpebra superior,
conforme ilustração: descoberto o corpo estranho, tente retirá-lo com cuidados, tocando-o de leve com a ponta úmida de um
lenço limpo. SE O CISCO ESTIVER SOBRE O GLOBO OCULAR, NÃO TENTE RETIRÁ-LO. COLOQUE UMA
COMPRESSA OU PANO LIMPO E LEVE A VÍTIMA AO MÉDICO. OS MESMOS CUIDADOS DEVE, SER TOMADOS
QUANDO SE TRATAR DE CORPO ESTRANHO ENCRAVADO NO OLHO.
Nariz - Comprima com dedo a narina não obstruída. Com a boca fechada tente expelir o ar pela narina em que se encontra o
corpo estranho. Não permita que a vítima assoe com violência. Não introduza instrumentos na narina (arame, palito, grampo,
pinça etc.). Eles poderão causar complicações. Se o corpo estranho não puder ser retirado com facilidade, procure um medico
imediatamente.
Ouvidos - Não introduza no ouvido nenhum instrumento (ex: arame, palito, grampo, pinça, alfinete), seja qual for à natureza
do corpo estranho a remover. No caso de pequeno inseto, o socorro imediato consiste em colocar gotas de azeite ou óleo
comestível no ouvido, a fim de imobilizar e matar o inseto. Conserve o paciente deitado de lado, com o ouvido afetado voltado
para cima. Mantenha-o assim, com o azeite dentro, por alguns minutos, após os quais deve ser mudada a posição da cabeça
para escorrer o azeite. Geralmente, nessa ocasião, sai também o inseto morto. Se o copo estranho não puder ser retirado com
facilidade melhor mesmo é procurar logo o médico.
FRATURAS
Fratura é uma lesão em que ocorre a quebra de um osso do esqueleto. Há dois tipos de fratura, a saber: a fratura interna e a
fratura exposta.
Fratura interna ou fechada - Ocorre quando não há rompimento da pele. Suspeitamos de que há fratura quando a vítima
apresenta: · Dor intensa; · Deformação do local afetado, comparado com a parte normal do corpo; · Incapacidade ou limitação
de movimentos; · Edema (inchaço) no local; este inchaço poderá ter cor arroxeada, quando ocorrem rompimentos de vasos e
acúmulo de sangue sob a pele (hematoma); · Crepitação, que provoca a sensação de atrito ao se tocar no local afetado. A
providência mais recomendável a tomar nos casos de suspeita de fratura interna é proceder à imobilização, impedindo o
deslocamento dos ossos fraturados e evitando maiores danos. Como imobilizar · Não tente colocar o osso "no lugar";
movimente-o o menos possível. Mantenha o membro na posição mais natural possível, sem causar desconforto para a vítima.
Improvise talas com o material disponível no momento: uma revista grossa, madeira, galhos de árvores, guarda-chuva, jornal
grosso e dobrado. Acolchoar as talas com panos ou qualquer material macio, a fim de não ferir a pele. O comprimento das talas
deve ultrapassar as articulações acima ou abaixo do local da fratura e sustentar o membro atingido; elas devem ser amaradas
com tiras de pano em torno do membro fraturado. Não amarrar no local da fratura. Toda vez que for imobilizar um membro
fraturado deixe os dedos para fora, de modo a poder verificar se não estão inchados, roxos ou adormecidos. Se estiverem
roxos, inchados ou adormecidos, as tiras deves ser afrouxadas. Em alguns casos, como no da fratura do antebraço, por
exemplo, deve-se utilizar uma tipóia, dobre um lenço em triângulo, envolvendo o antebraço, e prenda as pontas deste atrás do
pescoço da vítima. Observe atentamente a ilustração. Para imobilizar uma perna, você também deve utilizar duas talas longas.
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Elas devem atingir sempre o joelho e o tornozelo, de modo a impedir qualquer movimento destas articulações. Muitos
cuidados devem ser tomados em relação à vítima com perna fraturada. Não deixe que ela tente andar. Se for necessário
transportá-la, improvise uma maca e solicite a ajuda de alguém para carregá-la. NOS CASOS DE FRATURAS DE
CLAVÍCULA, BRAÇO E OMOPLATA, BEM COMO LESÕES DAS ARTICULAÇÕES DE OMBRO E COTOVELO, DEVE-SE
IMOBILIZAR O OSSO AFETADO COLOCANDO O BRAÇO DOBRADO NA FRENTE DO PEITO E SUSTENTANDO-O
COM UMA ATADURA TRIANGULAR DOBRADA COMO INDICA A ILUSTRAÇÃO.
Fratura exposta ou aberta - A fratura é exposta ou aberta quando o osso perfura a pele. Nesse caso, proteja o ferimento com
gaze ou pano limpo antes de imobilizar, a fim de evitar a penetração de poeira ou qualquer outra substância que favoreça uma
infecção. Não tente colocar os ossos no lugar. Ao contrário, evite qualquer movimento da vítima. Procure atendimento médico
imediato.
FRATURAS ESPECIAIS:
Há casos que exigem cuidados especiais. São as fraturas de crânio, coluna, costelas, bacia e fêmur. É muito importante que o
socorrista saiba identificar os sintomas e sinais prováveis de cada uma dessas fraturas. Fratura do crânio Dores, inconsciência,
parada respiratória, hemorragia pelo nariz (Epistaxe), boca (Estomatorragia) ou ouvido (otorragia) Fratura de coluna Dores,
formigamento e incapacidade de movimento dos membros (braços e pernas).
Fratura de costelas - Respiração difícil, dor a cada movimento respiratório.
Fratura de fêmur e bacia - dor no local, dificuldade de movimentar-se e de andar. Ao suspeitar de uma dessas fraturas:
Mantenha a vítima imóvel e agasalhada; · Não mexa nem permita que ninguém mexa na posição da vítima até a chegada de
pessoal habitado (médico ou enfermeiro). Caso não seja possível contar com pessoal habitado, transporte à vítima sem dobrá-
la, erguendo-a horizontalmente com a ajuda de três pessoas. Coloque a vítima deitada de costas sobre uma superfície dura,
como: maca, porta, tábuas, etc. Observe a respiração e verifique o pulso da vítima. Se necessário, faça massagem cardíaca e
respiração artificial. No caso de fratura no crânio, os procedimentos devem ser os mesmos, mas com o cuidado de não
movimentar a cabeça da vítima, de jeito nenhum. Providencie transporte adequado e atendimento médico assim que tiver
terminado a imobilização. Lembre-se de que a vítima sempre deve ser transportada deitada. Durante o transporte, peça ao
motorista para evitar freadas bruscas ou buracos, que poderão agravar o estado da vítima.
CÂIBRA
O estímulo nervoso possui determinada eletricidade que, em contato com uma substância gelatinosa que banha o músculo,
encaminha uma partícula de cálcio para dentro das fibras; o cálcio, então, ativa enzima própria do músculo que quebram a
ATP. A única questão é haver moléculas de ATP em quantidade suficiente. Existem três fontes de ATP. A primeira seria uma
espécie de estoque particular do músculo. A segunda é a glicólise: reações dentro do músculo transformam a glicose das fibras
ou trazidas pelo sangue em ATP e ácido lático. Esta é uma substância inibidora que, ao se acumular nas fibras, causa tanta dor
que a pessoa não agüenta mais contrair o músculo. Esse processo produz grande quantidade de energia, mas por tempo
limitado. Por isso, é um metabolismo para atividades que exigem velocidade. Os atletas atenuam os efeitos do ácido lático e
por isso suportam melhor um acúmulo de da substância. Mas quem não é atleta cede a dor e logo pára. Do contrário, corre o
risco de sentir uma cãibra. Nesses casos de cãibra, dá-se açúcar (glicose) para o paciente, para que rapidamente acabe com a
cãibra. A Cãibra também atacam em plena madrugada, quando se está quieto, dormindo. Mas aí, o problema é neurológico,
uma ordem equivocada para o músculo se contrair a toda velocidade, provocada muitas vezes por estresse psicológico.

 O PREÇO DA PERFEIÇÃO É A PRATICA CONSTANTE


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NÓS E AMARRAS
Os nós têm uma função muito importante nos acampamentos.

Nó Simples - É o nó mais usado por todos.

Nó Cego - Escorrega e é praticamente inútil. Aprendemos para nuca fazê-lo.

Nó Direito - Não escorrega nem aperta, sendo fácil de desata. Deve ser usado ao amarrar

embrulhos, é valioso em primeiros socorros, etc.

Nó de Cirurgião - Usado pelos médicos para atar os pontos de uma incisão.

Nó corrediço - É usado para amarrar um cavalo a um poste. O nó escorrega, mas quando atado, se

torna mais apertado.

Nó Duplo - É o que se faz para amarrar os cordões do sapato.

Nó Catau - Muito importante para encurtar um cabo, cujo dois extremos estejam

presos.

Nó de Pescador - Muito prático para ligar cabos finos, como linhas de pescar.

Nó de Fateixa - Útil por ser fácil de executar e não fugir sob qualquer esforço.

Nó Volta do Fiel - É o nó usado para amarrar as cordas das barracas, usa-se ainda para ligar uma

estaca a outra.

Nó Volta da Ribeira - Usado para transportar ou levantar vigas ou pedaços pesados de

madeira.

Nó de Escota - Usado para ligar a escota à vela de um navio. Usado também para amarrar dois
cabos de diferentes grossuras.

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Nó Ordinário - Usado para amarrar dois cabos de içar.
Nó Lais de Guia - Para prender uma pessoa ou animal quando há necessidade, como quando se desce alguém de um prédio
incendiado ou quando se puxa um animal à guia. É um nó que não corre, nem aperta e tem grande valor.

Existem quatro tipos de amarras:

1. Amarra Plana - Para unir varas em ângulos retos ou em cruz.


2. Amarra Diagonal - Para unir duas varas em forma de X ou em diagonal.
3. Amarra Circular - Para unir duas varas em paralelo.
4. Amarra Contínua - Para prender várias varas em ângulos sempre retos transversais em outra vara.

AMARRA PLANA

A - Coloque as duas varas na posição mostrada na figura 1.


B - Dê um nó volta do fiel com uma extremidade da corda na vara vertical, fazendo passar a extremidade mais comprida da
corda pelo laço, conforme mostra a figura 2, o que fortalece o nó.
C - Mantenha firmemente unidas às varas, passando a corda por baixo e em frente à vara horizontal, então por trás e para cima,
de novo em torno e pela frente, de modo que a corda volta a posição inicial. Repetir esse enlaçamento pelo menos três vezes,
firmando fortemente a marra. Não cruzar a corda sobre e centro das varas ou no topo ou em baixo.
D - Termine por apertar bem, isto é feito enrolando a corda entre as duas varas e puxando firmemente para uni-las com a
primeira volta.
E - Termine com qualquer dos seguintes nós:
Volta do Fiel, Nó Direito, Fateixa em volta de uma vara e unindo as extremidades da corda com uma escota.

AMARRA DIAGONAL

A - Coloque duas varas na posição mostrada pela figura 1, formando um X. Mantenha-se nesta posição continuamente.
B - Comece com o nó volta do fiel com mostra na figura 2. Dê três ou quatro voltas em torno das forquilhas.
C - Dê três ou Quatro voltas em trono da varas, na direção oposta ao cruzamento. Puxe firme cada volta para que fique bem
apertado.
D - Aperte três vezes entre as varas e termine como na amarra plana.

AMARRA CONTÍNUA

A - Corte as varas no tamanho desejado e apare as extremidades. Entalhe a vara de armadura, como na figura 1, encaixe as
outras varas na posição correta.
B - Com o meio da corda dê um nó volta do fiel na vara de estrutura, passando as extremidades do corte sob cada vara
conforme a figura 2. O nó deve ser feito de modo que as extremidades da corda apertem a laçada enquanto passam ao longo da
vara de estrutura.
C - Com uma extremidade da corda em cada mão, puxe sobre o cruzamento e por baixo da vara de estrutura.
D - Cruze a corda formando um X, como mostra a figura3, puxando bem para apertar.
E - Traga de novo para cima sobre o cruzamento, repetindo a operação até passar por todos os cruzamentos.

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F - Termine com o nó direito, fateixa ou volta do fiel, e enfie as extremidades da corda por baixo da ultima

vara.

AMARRA CIRCULAR

A - Faça um nó volta do fiel em torno de uma vara.


B - Coloque a segunda vara paralela, fazendo com a outra extremidade da corda várias voltas paralelas até que ambas as varas
estejam firmes.
C - Dê três voltas bem apertadas em torno da corda entre as varas, como se vê na figura, apertando bem cada volta.
D - Termine com o nó direito, volta do fiel ou fateixa.

 UM GRAMA DE EXEMPLO VALE MAIS QUE UMA TONELADA DE CONSELHOS.


 O BOM CARATER POSSIBILITA A CONFIANÇA, A CONFIANÇA POSSIBILITA A LIDERANÇA.

Sistema de Unidades I
“Em todos os casos, com um passo decisivo para o sucesso, recomendaria muitíssimo o uso de sistema de patrulha”.
Isto é a formação de pequenos grupos, permanentes, cada um sob a responsabilidade de um rapaz ou moça
encarregados de liderança.
Unidade: Um grupo de pessoas com o mesmo fim.
Objetivo: O principal objetivo do sistema de unidades é dar responsabilidade real a todos quanto seja possível. Isto faz com
que cada juvenil sinta que tem, pessoalmente alguma função, pelo bem da unidade e a leva a ver sua participação definida para
o bem do Clube. Através do Sistema de unidade os Desbravadores aprendem que tem uma considerável participação em tudo
que seu Clube faz. O Sistema de Unidade é uma característica essencial do treinamento do desbravador. O sucesso é
absolutamente seguro desde que ele seja convenientemente aplicado. E não pode ser de outro modo. Atribuindo-se
responsabilidade a um individuo, obtêm-se uma avaliação do desenvolvimento do seu caráter. A simples indicação de um
Capitão como dirigente responsável por uma unidade, é um passo para prepara-lo para substituir o Conselheiro.
“Aquele que coopera com o propósito de Divino ao transmitir a juventude o conhecimento de Deus, e ao lhe
moldar o caráter em harmonia com o Seu, realizam uma elevada e nobre missão”.Educação, 19.

VALOR DO SISTEMA DE UNIDADE


É de suma importância que o líder reconheça o extraordinário valor do sistema de unidade e saiba avaliar o que pode
obter de sua utilização.

O que é a unidade para o Conselheiro?

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Ele é a melhor garantia para a vida e o sucesso do clube. Ele também alivia o líder de uma grande parte dos pequenos
trabalhos de rotina que, de outro modo, pesariam sobre seus ombros. Porém, principalmente e, sobretudo: A unidade é a
escola de caráter para cada um. Ao Conselheiro, ela proporciona exercício de responsabilidade e de liderança. Aos
Desbravadores concede a oportunidade de submeter seus próprios interesses aos do conjunto (o que constitui os primeiros
passos no caminho da dedicação e auto-domínio) representado pelo espírito do grupo, de cooperação e de boa camaradagem.
Mas, para serem obtidos resultados de tal ordem, deste sistema, você tem que dar aos seus jovens Conselheiros, verdadeira
liderança de ação, e integral responsabilidade. Se você lhes der somente responsabilidade parcial, também só receberá
resultados parciais.
O principal objetivo não é tanto diminuir o trabalho do líder, mas realmente dar responsabilidade aos jovens porque este é o
melhor e todos os meios para desenvolver-lhes o caráter.
O líder, que deseja obter sucesso, deve, não somente ler e estudar o que se tem escrito sobre sistema de unidades, e seus
métodos, mas, sobretudo “por em prática o que tiver lido”. É a execução dessas coisas que tem importância e somente a
constante e longa prática dará experiência aos seus conselheiros, e Desbravadores. Quanto mais oportunidades lhes derem e
praticarem, mais experiências adquirirão, e mais fortificarão seu caráter.
COMO DIRIGIR SUA UNIDADE
Esta é uma tarefa para ser feita em conjunto com o Amigo Jesus, ore a Deus para que o ajude a ser um companheiro
que ensine aos meninos qual o caminho a seguir, com consciência e responsabilidade. Em suma:

a) Conheça seus desbravadores: Um passo muito importante para o conselheiro, é o de conhecer os “meninos” com
que vai trabalhar. O conselheiro deve fazer uma visita para os pais a fim de conhece-los e ver a realidade da vida dos
meninos, e o mais importante é adquirir confiança e a credibilidade dos pais para os eventos do clube que a unidade
realizará.

b) Crie e incentive o espírito de unidade: (Ver o espírito de unidade).

c) Ser amigo de todos os Desbravadores: Para ser um conselheiro de êxito, você deve realmente ser um amigo dos
meninos, mas um amigo que eles confiem plenamente seus segredos, mas para isso você deve descer do patamar onde
você se encontra a ir falar a linguagem do menino, quer dizer, se for necessário você jogar bolinha de gude para
entende-lo, então jogue, se tiver que brincar de boneca para entende-la então brinque, mas lembre-se você não deve
dar ou deixa-lo com liberdades abusivas, ele deve ver sempre em você um amigo para todas as horas, mas acima de
tudo você é o seu conselheiro, e ele deve respeita-lo como tal.

d) Ser um bom Exemplo: Todos na unidade vão olha-lo como exemplo deles, isso quer dizer que tudo o que você fizer
eles estarão atentos e muitos seguirão os seus passos. Observe como você age em certas situações, e com passar do
tempo você verá que quem o substitui tem as mesmas atitudes. Ser um bom exemplo é fundamental, porque você está
formando caráteres, lembra-se da história de Elias e Eliseu? Eliseu não deixou a Elias nem por um instante, até que a
carruagem de fogo os separou e mesmo assim, Elias deixa para Eliseu o seu manto e a porção dobrada do seu espírito,
eis uma amostra de um bom exemplo de discípulo. Ser um bom exemplo também nas atividades materiais, pois é você
fazendo primeiro que eles se sentirão motivados a fazer o mesmo.

e) Ser um Instrutor: Após você ter aprendido qual a sua missão e onde adquirir conhecimento, deve instruí-los. Existe
muita coisa a ser ensinada e como vimos antes você deve estar um passo a frente, portanto, não perca mais tempo,
pois se a sua unidade se reuniu e eles saírem sem aprender nada, você perdeu tempo precioso para o aprendizado dos
meninos.
Mas lembrem-se eles passam mais ou menos 25 horas por semana em uma sala de aula na escola, seja criativo ao dar
sua instrução, porque se eles apreciarem, vão aprender muito mais e você terá sucesso.

f) Colabore com a direção do seu Clube: Não faça nada sem aprovação da direção do seu Clube, toda programação
deve ser passada pela aprovação do comando do clube, para evitar atritos com o programa do Clube, região e
associação.

A UNIDADE E O CLUBE: A unidade é uma parte do Clube e não pode ser bem sucedida sem a fraternidade que deve existir
nela. É muito importante a amizade das outras unidades, uma vez que o Clube não deve ser uma máquina de treinar unidades
para os grandes jogos da associação, como Camporis, Olimpíadas e outros eventos. “Sua unidade não terá o verdadeiro espírito
de unidade a menos que tenha o espírito de clube estando ela disposta a ajudá-lo em qualquer atividade que precise, com
carinho, amor e lealdade a ele e aos seus líderes”.

A UNIDADE E AS ATIVIDADES DO CLUBE: Deve ser assegurada a participação de sua unidade em todas as atividades
do Clube, com lealdade e entusiasmo e assim elevar o nome de JESUS e dos Desbravadores (seu clube). A unidade se isolar do
Clube é a mesma coisa que se isolar da associação, NÃO FUNCIONA E ACABA MORRENDO.

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O ESPIRITO DE UNIDADE: O Espírito de Unidade faz com que todos desejem o êxito, e como unicamente dependem de
seus membros, esforçam-se por consegui-lo. Cada desbravador sacrifica sentimentos pessoais em proveito dos interesses da
unidade, que sempre se coloca no primeiro lugar. Você conselheiro deve criar, desenvolver e conservar o Espírito de Unidade.
Vamos ver fatores que criam e fortalecem o espírito de unidade:
1. Personalidade exemplar do conselheiro (ver ser um bom exemplo).
2. As coisas próprias da unidade que continuam sua tradição e a distingue das demais unidades (ver tradição da
unidade).
3. As coisas que são de sua propriedade, seus bens comuns, como por exemplo, o local do Recanto da Unidade (Seu
QG), equipamento e materiais que são de todos e que todos utilizam juntos. Atividades promovidas pela unidade (ver
programa da unidade).
4. Por último, os cargos internos da Unidade, onde cada Desbravador cumpre com as suas responsabilidades (ver cargos
da unidade).

Para se entender o Espírito de Unidade basta lembrarmos de um time de vôlei, primeiro o jogador sinaliza para o grupo
indicando qual será a jogada, segundo o jogador recepciona a bola para o jogador que levanta a bola para o atacante cortar.
Após o bom resultado, todos se agrupam para comemorar o ponto conquistado, ou seja, são todos por um e um por todos. Os
objetivos são os mesmos e a realização envolve a todos. Eles precisam entender que um depende do outro para se alcançar um
objetivo. Um jogador de vôlei jamais conseguirá a vitória sobre um time completo, são necessárias seis pessoas. O conselheiro
deve ser inteligente e criativo para desenvolver formas de incentivar o Espírito de Unidade.
• Passar um Espírito de Unidade sem rivalidade.
• Fazer ser a melhor unidade com esforço de cada um.

A UNIDADE E SUA ORGANIZAÇÃO: Compostas de seis pessoas no mínimo e de oito no máximo, com idade oscilante
entre 10 e 15 anos que foram escolhidas para trabalhar e jogar juntos como uma equipe. Evite colocar um Desbravador em uma
1unidade que ele não queira pertencer. Dentro do possível distribua as idades mais próximas, 10/11 – 12/13 – 14/15.
Funções na Unidade:

1- Conselheiro – Escolhido pela comissão executiva do clube. Pessoa que entenda o juvenil e o ame.
2- Capitão – Deve ter magnetismo pessoal (que atrai seus companheiros para o trabalho e para os jogos) e
tomar conta da Unidade na ausência do Conselheiro. Deve ser escolhido pelos colegas (eleição direta), a
permanência deve ser entre 3 meses e um ano.
3- Secretário – Faz as anotações no livro da unidade, chamadas, relatórios. Coloca a documentação em dia.
4- Tesoureiro – Recolhe todas as cotas e dinheiro da Unidade.
5- Almoxarife – Controla todo o material da Unidade, com cadastro do patrimônio da unidade.
6- Ajudante de almoxarife – Como o próprio nome sugere dá uma força ao almoxarife por se tratar de um
cargo literalmente pesado.
7- Padioleiro – Adestramento nas habilidades de enfermagem, primeiros socorros, atendimento, curativos, etc.
8- Esportes – Atividades esportivas e sociais para os membros da Unidade.
9- Capelão – Momentos de meditação, oração, leitura do Clube do Livro, ano bíblico, concursos, etc.
10- Sinalizador – Adestra a unidade na especialidade de comunicação.
11- Museólogo – Zela por coleções, amostras, animais que a unidade preserva para exposições especialidades,
etc.
12- Bibliotecário – Incentiva a leitura e guarda dos livros pertencentes à unidade, como por exemplo, os livros
do curso de leitura do ano (caso a unidade venha compra-los).
13- Escudeiro – Responsável por preservar o bandeirim. Se o clube tem cede o bandeirim fica guardado nela, se
não o capitão/escudeiro, leva pra casa.

NOME DA UNIDADE: Deve ser imponente o qual deve ser mantido pelo clube enquanto ele funcionar. Existem alguns
nomes que são tradicionais e que já possuem seus emblemas.
Fica a critério do conselheiro dar a unidade liberdade de escolher o nome, sendo que ao escolher o nome deve atender as
seguintes orientações:
• Escolha o nome de um animal ou ave.
• O nome escolhido deve ter um significado, ou seja, o porque do animal ou ave.
• Ao escolher um animal, por exemplo, você deve saber tudo sobre o animal, seus hábitos, seu grito, forma de andar,
etc.

O GRITO DE GUERRA: O grito de guerra deve ser uma das marcas registradas da unidade, vocês verão mais na frente que a
primeira coisa a se fazer antes de se iniciar o programa da unidade é dar o grito de guerra, para que todos saibam que a unidade
X vai começar sua reunião.

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O LEMA DA UNIDADE: O lema deve ser criado se possível pelos próprios meninos, como por exemplo, a unidade Leões,
seu lema pode ser “Paciência, força e velocidade acima de tudo” e vai por aí a fora, tudo dentro das normas cristãs.

O BANDERIM: Dentro das medidas padrão, o banderim deve ser o orgulho de cada unidade, sendo que o desenho ou
símbolo escolhido fique na parte branca usando um espaço de 12,5 cm x 12,5 cm, e na parte azul o nome da sua unidade na
posição vertical.

O EMBLEMA: Da mesma maneira que existe o emblema dos Desbravadores e o emblema do seu clube, existe o emblema
criado pelos Desbravadores, podendo colocar estampado no banderim, em camisetas, nas capas dos cadernos, na capa do
álbum, etc.

O ÁLBUM: Todos os eventos que a unidade realizou devem ficar registrados em um álbum com todos os dados do evento e
suas respectivas fotos, e é claro, seu comentário. Esse álbum é parte da história da unidade e ao passar o tempo os
Desbravadores do início do álbum, quando mais velhos terão boas recordações.

O LIVRO SECRETO: É a vida da unidade, onde é anotado todo o sucesso e fracasso da mesma, ele só pode ser visto por
Desbravador e somente os que já foram investidos em lenço, ele poderá ser mostrado a um amigo visitante se o conselheiro
aprovar, e deverá ser mostrado ao diretor do clube, ou a outro superior quando em visita a unidade.
Dentro dele deve ter:
• Capa com emblema, lema e nome da unidade.
• Uma pequena monografia sobre o emblema
• O cântico da unidade
• Historia do Clube
• Historia da unidade
• Voto e Lei dos Desbravadores.
OBS: Todos os itens deverão ser a introdução do livro secreto.
1. Composição da unidade: Nomes, endereços, telefones dos Desbravadores, datas de aniversários, números das
carteirinhas, datas das investiduras de lenço, classes e especialidades conseguidas, nomes de seus pais, enfim, tudo o
que se refere a cada membro da unidade.
2. Cargos e atribuições de cada membro da unidade em uma página especial.
3. Inventário dos equipamentos da unidade.
4. Lista dos Livros da Biblioteca da unidade.
5. Ata das reuniões, excursões, acampamentos, conselho de unidade, competições, sem omitir festas e as resoluções
tomadas.
Este livro poderá ser um de capa dura ou como sua unidade preferir.

O TEMA: Escolher o tema para o trimestre baseado no programa do clube para ser trabalhado em cima dele.

O chamado: Deve ser aprendido pelos membros da unidade; todos devem saber emitir o chamado ou grito do animal de sua
Unidade. É por este sinal que eles podem se comunicar entre si quando escondidos ou em atividades noturnas. Pode ser usado
apito de animais.

O símbolo: São as coisas boas que a Unidade sempre tem feito. Porém, o peso das tradições nunca deve saturar a vitalidade
ou desenvolvimento de uma Unidade, matando a iniciativa e a inovação.

REUNIÃO DA UNIDADE (extra-clube)


O erro cometido por certos Conselheiros consiste em encararem a sua reunião de unidade como espécie de reunião do
Clube em modelo reduzido. Esperam um padrão típico de comportamento e da ordem para sede do clube, e crêem que algo
esteja errado quando não obtém.
É como se o capitão de uma equipe de futebol esperasse que os seus homens demonstrassem numa pelada amistosa, o
mesmo desejo de vencer que demonstram na disputa de uma taça.
É verdade que o conselheiro é responsável pela administração, disciplina, adestramento e atividades, não apenas
manter cada coisa debaixo do seu controle, mas levar em conta os puros interesses e prazeres de uma reunião de unidade. Isso
não é argumento contra a disciplina de uma boa ordem, mas apenas um lembrete de que o relacionamento feliz entre o
Conselheiro e seus Desbravadores é de primeira importância. A amizade e camaradagem criam a disciplina da reunião.
As reuniões da unidade devem ser bem divertidas. Se não o forem, mais cedo ou mais tarde, algum juvenil mais
lúcido, que não suporta situações cansativas e aborrecidas, há de querer anima-la introduzindo uma brincadeira ou uma piada
por sua própria conta e é assim que principia a confusão.
Um bom conselheiro é o primeiro a por na reunião, por iniciativa própria, uma porção de divertimentos.

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Supondo-se que as reuniões devem dar aos Desbravadores uma oportunidade de se divertirem juntos, segue-se daí que
a maior parte das reuniões será realizada ao ar livre. Por que? Por ser mais fácil divertir-se ao ar livre do que num interior de
uma sala. Muitas vezes você poderá verificar que uma só atividade torna a unidade feliz durante todo o tempo duma reunião ao
ar livre, enquanto que, dentro de casa, serão necessárias mudanças freqüentes do programa para conservar vivo o interesse dos
Juvenis.

Modelo da Reunião da Unidade


Deve ser baseada no programa trimestral do clube e cumprimento dos requisitos exigidos pelo clube. Abaixo segue
sugestão para uma reunião de unidade:

- Grito de guerra (antes de entrar na sala)


- Cânticos se houver e oração
- Meditação (com historia especial)
- Palavras do conselheiro
- Um jogo calmo (pelo social)
- Adestramento (classe ou especialidade)
- Estudo da bíblia e outro texto que os eleve espiritualmente.
- Oração de encerramento.

O clube deve dar no mínimo uma hora para a unidade fazer o seu Cantinho de Unidade. Lembrando que as unidades devem
treinar para os jogos e eventos, como feiras, Camporis, Olimpíadas, etc.

SISTEMA DE UNIDADE II
DISCIPLINA DA UNIDADE:

• Ao discutirmos um pouco sobre a disciplina devemos deixar de lado todos os preconceitos relacionados com este
assunto e pensarmos em disciplina como uma coisa própria de cada um, sendo uma questão de autodisciplina própria;
que parte de dentro para fora, usando um método de Cristo que primeiro tocava o coração, e esse toque se tornava a
diferença no comportamento exterior.
• “O objetivo da disciplina é ensinar a criança o governo de si mesma”.Educação pág. 287.
• “As regras demasiadas são tão ruins como a deficiência delas. O esforço para se quebrar à vontade de uma criança é um
erro terrível”.Educação pág. 288.
• “Enquanto sob a autoridade, as crianças podem assemelhar-se a soldados bem disciplinados; falhando, porém, esse
governo, notar-se-á a falta de força e firmeza no caráter, não tendo nunca aprendido a governar-se”.Educação pág. 288.
• Existem dois tipos:
a) Externa: (mentalidade católica) - Geralmente a disciplina colocada por uma hierarquia, onde tem que ter uma
pessoa visível, onde ela está a constante fiscalizar a conduta das pessoas. Um conjunto de regras por onde ela possa
seguir. No caso dos fariseus também era assim.
“A contínua censura confunde, mas não reforma”.Uma criança freqüentemente censurada por alguma falta especial
vem a considerar aquela falta como uma peculiaridade sua, ou alguma coisa contra que seria em vão esforçar-se.
Assim se cria o desânimo e falta de esperança, muitas vezes ocultos sob a aparência de indiferença ou revolta.
Educação pág. 291.

b) Interna: (mentalidade protestante) - Não importa quem está olhando, mas somente um está observando tudo. Está
envolvida com relacionamento individual com Cristo. Eu faço porque isto é melhor para mim. Porque sou o
melhor juvenil do mundo. Quando possui auto-disciplina não importa o que os outros façam, o que eu estou
fazendo e porquê está a fazer. Isto é levar o juvenil a ver a sua falta e em detrimento das regras por ele
estabelecidas particularmente.
“Esta é a obra mais delicada e mais difícil que se tem confiado os seres humanos. Exige o mais delicado tato, a
maior susceptibilidade, conhecimento da natureza humana e, uma fé e paciência oriundas do céu... Os que desejam
governar a outrem devem primeiramente governar-se a si mesmos”.Educação pág. 292.

NA PRÁTICA:

Há várias maneiras de conseguir esta autodisciplina simplesmente estabelecendo princípios de conduta.


1. Toda unidade em sentido, então o Conselheiro juvenil dita todas as regras, os regulamentos e castigos. Todos
entendem sim, mas ninguém acredita em nada.

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2. Toda unidade junta, são os melhores juvenis do mundo e para ser a melhor unidade do mundo nós precisamos de
regras boas.

3. Alguns níveis para obter êxito com a disciplina:


Sistema de pontuação: Sem ficar com raiva, mas chama o garoto e mostra a ele que o seu comportamento não está
de acordo com o que se espera de um Desbravador, mas se pode melhorar da próxima vez. Vou tirar 5 pontos.
Retirar Privilégios: Dentro da programação da unidade; olha a unidade está saindo para uma atividade e você não
pode ir porque estou lhe pedindo há algum tempo e você até agora não está mostrando um bom comportamento.
Tirar algum Cargo: Não serve para todos. Toda reunião você está mal, você tem que dar a outra pessoa que consiga
realizar.
Comunicar aos pais: Na próxima semana a unidade irá fazer uma caminhada até a cachoeira; mas por gentileza
queridos pais queremos que o “João” fique em casa neste dia e não nos acompanhe.
“Você ainda não é o melhor juvenil do mundo, vai ter que esperar que seu comportamento melhore, vai ter que
ficar em casa”.Neste caso começa a doer, e o pai vai ficar curioso para saber o que está acontecendo, e vai
procurar o líder, conselheiro, e dizer a unidade do seu comportamento.
Pedir a retirada: Mais sério neste caso.
I - João vai embora, simplesmente.
II - Tem que mostrar que está se fechando, e entender isto, neste momento pega sua ficha individual, o seu
progresso, seus problemas... Vou até sua casa falar com seus pais que ele não tem interesse nenhum em ser um
desbravador. Acho que seria melhor que ficasse 3 meses em casa e depois se desejar voltar será recebido. Se ele
mudar o comportamento, reconsiderar. Não estamos fechando a porta, mas a decisão é do menino e dos pais.

4. Espírito de Unidade:
Cada rapaz deve sentir uma parte essencial de uma unidade autônoma, completa e perfeita, em que cada membro
deve cumprir sua parte para que se consiga atingir a perfeição do todo.
Ao adentrar a uma unidade ele não é simplesmente um desbravador, mas um “Falcão”, uma “Gaivota”, um
“Crocodilo”, uma “Raposa”, não só ser cada um desses, mas aprender imediatamente os hábitos de cada um.
Aprendendo seu grito, símbolo, estas coisas insignificantes, podem parecer, mas se tornam importantes.

5. Cantinho da Unidade:
Pode ser realizado na reunião do Clube aos domingos, mas podem ser também em outro horário, só os membros na
casa de alguém. Previamente combinado, e uma das oportunidades para colocar o conselheiro em contato com os
desejos e aspirações dos desbravadores que dirige, para que possa agir, tanto quanto possível de acordo com eles.
Nestas reuniões convidar a unidade a decidir sobre determinadas atividades, com este procedimento acaba trazendo
um bom espírito de cooperação.
O que fazer no Cantinho:
I - Eventos do Clube - com respeito a sua participação;
II - Problemas de membros faltosos;
III - Acampamentos de Unidades;
IV - Visitas Ilustres;
V - Debates;
VI - Toda a atividade da unidade, especialidade, classes J.A.;
VII - Dedicar tempo para a aquisição do conhecimento técnico para poder prestar auxílio a quem quer que seja.
É essencial o comparecimento pontual dos membros da Unidade.

ATIVIDADES DA UNIDADE
CLUBE ATIVO
O ideal é que o Clube se reúna, no mínimo, uma vez por semana e que a unidade também tenha a sua reunião semanal (reunião
separada de cada unidade com o seu Conselheiro)

UM CLUBE VIVO E ATIVO FAZ:


Campismo
Recreações ao ar livre
Cerimônias e solenidades cívicas
Artes manuais e especialidades J.A.
Estudos de Natureza
Atividades Culturais (passeios à museus, exposições, mostra de vídeos, etc.)
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Feira de Desbravadores
Camporis
Planos e materiais para serviços à comunidade
Fanfarra

PROJETOS MISSIONÁRIOS E ESPIRITUAIS:


Num Clube modelo e numa Unidade exemplar, as atividades espirituais e missionárias permeiam todas as outras.

Visitação (Líderes do Clube, Ancião, Pastor, Idosos, Órfãos, Doentes, etc.).


Recepção na Igreja
Recolta de Donativos
Cursos “como deixar de fumar”
A “Voz Juvenil”
Vigílias e Koinonias - Debates
Semana de oração Infanto-Juvenil
Batismo dos Desbravadores - todos uniformizados
Distribuição de folhetos
Gincana Bíblica (Maquetes, Mímicas, Teatro, Oratória).

ATIVIDADES SÓCIO-CULTURAIS:
Visitas a Zoológico, Museus, Aquário Público, Planetário, etc.
Palestras e Exposições
Visita a uma Estação Posto de Meteorologia ou Observatório
Visita a uma Usina Hidrelétrica
Visita a uma Fábrica de Alimentos
Conhecer uma Base Aérea
Oferecer uma Recepção para os Pais
Fazer festinha dos membros da Unidade uma vez ao mês. Cada mês na casa de um, após fazer os acertos com os
pais.
Atuação em rádio (entrevistas, anúncio de alguma programação dos Desbravadores, contatos com radioamadores,
etc.).
Publicar uma coluna em um jornal.

PROJETOS DE ACAMPAMENTO E ATIVIDADES AO AR LIVRE:

Excursões de sobrevivência no Campo


Excursões noturna, com sinalização por lanternas
Prática de subir em árvores usando cordas
Construir uma jangada
Explorar uma caverna (com ajuda de conhecedor)
Caminhada em dia chuvoso - acender fogo
Armar e acender um fogo sobre uma jangada flutuando sobre a água
Construir forno de Acampamento
Praticar técnicas de salvamento
Seguimento de pistas
Estudar pegadas de animais, tipos de árvores, de solos, penas de aves, etc.
Fazer acampamento dedicado à boas maneiras

39
AR
+
CALO
R +
COMBUSTÍV
EL =
FOGO

Retire
Retire um um dos elementos
dos elementos da
dos elementos
formula
da fórmula do
dofogo
fogoe ele não
e ele existirá.
não
existirá.

Fogo Refletor Fogo Estrela Fogo Caçador Fogo Trincheira

Altar de Cozinha Cercadura de Pedra Cama Rápida Fogo do Conselho

O que é uma fogueira?

É uma atividade mais recriativa do que recreativa.


É uma emoção sentida no coração e refletida no rosto.
É um lugar onde o fogo, o círculo de amigos, o incentivo do programa dos dirigentes, juntam -se causando
um impacto sobre o coração dos acampantes.
É a hora, quando as "gerações" se encontram num mesmo solo e o passado vive no presente e orienta os
sonhos do futuro.
É um momento solene do dia do acampante, cujo menor detalhe, deixa duradouras impressões.

40
MECHA
A mecha é formada por palha de palmeira ou de coqueiro, gravetos bem finos
e madeira fina ou cortada de maneira que facilite a combustão.
Deve ser arrumada de maneira que o oxigênio circule e mantenha a chama acesa.

Se você poder manter o núcleo sempre bem aquecido, não haverá obstáculos na
hora de reacender a chama.

Deve-se limpar uma área de pelo menos 1 metro ao


redor da fogueira para evitar que o fogo se espalhe.

Manter sempre um desbravador cuidando


e alimentando a fogueira.
1metro

Manter uma distância segura de acordo


1metro

com o tamanho da fogueira.

Quando for levantar acamamento,


molhe e enterre a fogueira.
Construa um abrigo e separe a madeira de forma Fazendo isso, você estará evitando prováveis incêndios.
que você tenha seu material de fogo bem organizado
e seco.

TODO CUIDADO É POUCO


Não use inflamáveis como álcool, gasolina,
querosene, etc...
O máximo cuidado ainda é pouco quando se
trabalha com fogo.
Antes de montar acampamento verifique a A uso incorreto destes infamáveis podem causar
posição do vento para armar a barraca e a sérios acidentes.
fogueira de modo que a fumaça não entre
na barraca.
41
Kit

FO
GO
Para montar seu kit fogo, é muito fácil, siga primeiro as regras de segurança e depois mãos a obra.

REGRAS DE SEGURANÇA
✓ Não brinque com fogo, principalmente dentro de casa;
✓ Sempre que possível tenha próximo de você um agente de combate para apagar o fogo;
✓ Oriente as pessoas que estão perto demais para que tomem uma distancia segura;
✓ Observe as regras de segurança para fogueiras.
✓ Sempre que tiver dúvidas, pare e pergunte.
✓ Seja honesto com você mesmo, não use materiais que possam causar acidentes.

MATERIAL PARA O KIT FOGO


Fósforo
Vela
Bastões de Papelão
Bombril
Pilhas ou Bateria
Algodão

MONTANDO SEU KIT FOGO


(espaço para anotações)

42
A reunião à noite, após as horas de atividades e trabalho do dia, ao redor do Fogo do Conselho, constitui
um dos mais encantadores atrativos do acampamento.

Como muitos outros, é um hábito tirado dos índios, que ao redor do fogo formavam os seus grupos, onde
os velhos chefes, cheios de nobreza, cobertos de cicatrizes ganhas nas grandes lutas da tribo, faziam
ouvir os seus conselhos.

Também ao redor do fogo reuniam-se para folgar e dançar, para ouvir as histórias das longas viagens, de
sóis a sóis, através da matas acompanhando o serpentear dos rios, e para escutar e contar as façanhas
realizadas nas guerras a caçadas.

Assim é o fogo do conselho dos acampantes desbravadores.

Em frente ao mastro no meio do largo círculo das barracas, ergue-se, a fogueira preparada.
O trabalho do dia terminou, o espírito está vivo, alegre pelas novas impressões recebidas durante as
horas de atividades do acampamento. Todos anseiam pela hora do conselho.

Faz-se então ouvir o sinal. todos correm, sentando-se no chão, formando um grande círculo. As unidades
estão agrupadas, com os bandeirins.

O líder da ao guarda do fogo o sinal de acender. As chamas começam a crepitar, a princípio fracas,
depois mais e mais fortes, até se erguerem bem altas, iluminando alegremente, com tons avermelhados,
as carinhas felizes dos desbravadores que sorriem.

As fagulhas correm, tocadas pelo vento, e deixam no ar uma poeira de fogo. No fogo do conselho
combinam o programa do dia seguinte, se houver necessidade de alguma alteração, regulamentam jogos,
organizam as normas para exploração e trabalhos.

E seguem-se os cânticos, as representações, as histórias, as anedotas, todos se alternando com espírito,


revestindo aquela hora ao redor do fogo. As unidades preparam de antemão cenas improvisadas para
representar.

Lançam desafios ao violão, mas os cânticos tolos, sem sentido são banidos do fogo do conselho
No fogo do conselho não se cozinha, é um fogo simbólico, é fogo da paz, é o fogo da amizade.

ABERTURA DA FOGUEIRA

Há várias maneiras de iniciar uma fogueira. Vamos pensar em algumas maneiras, pois tais ocasiões
requerem algo especial.

Ao lado do círculo da fogueira coloca-se um grande cartaz de fogo, pouco antes da hora da fogueira. As
letras são feitas de sarrafos finos de madeira macias cobertos com tiras de pano que foram previamente
embebidas em cera líquida de parafina. O tamanho das letras pode ser de 60 a 80 cm, colocadas na
distância certa e amarradas firmemente em cima e embaixo sobre fios (arame).Deve colocar dois postes
altos bem fincados no chão para que o letreiro fique preso nele.

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O letreiro pode ser coberto com um pano ou plástico escuro, para que ninguém leia o que está escrito
antes da hora. Não conte a ninguém sobre a surpresa. Quando já estiver escuro, o pano poderá ser
removido. Na hora de acender o letreiro deverá ser tocado em vários lugares pela chama de uma vela ou
fósforo bem comprido.

Obs.: Pessoas adultas que devem ser indicadas para acender o letreiro.

No letreiro estará escrito "BOAS VINDAS". As letras chamejantes contra a escuridão da noite será um boa
hora de começar a acender a fogueira.

FOGOS COLORIDOS E MÁGICOS

Fogos coloridos são bonitos , fáceis de fazer e servem para uso ocasional. Há vários pós e grânulos
químicos, os quais produzem fogo multicoloridos quando colocados sobre a tora principal do fogo ou
salpicados no fogo quando está queimando.

CORES PRODUZIDAS POR COMPOSTOS:


• Vermelho - Cloreto de estrôncio
• Alaranjado - Cloreto de cálcio
• Amarelado - Cloreto de sódio
• Azul - Óxido de cobre
• Verde - Cloreto de cobre ou cloreto de bórax ou ácido bórico
• Verde mar ou púrpura - Sulfato de cobre ou cloreto de cobre
• Roxo - Cloreto de potássio
• Carmesim - Cloreto de lítio Misturado - Sal ( peter )
ENCERRAMENTO DA FOGUEIRA:

Ao contrário da abertura alegre da fogueira, o encerramento deve ser tão tranqüilo quanto possível.
Não é necessário que o programa inteiro da fogueira seja de cunho religioso, mas convém guardar os
últimos momentos para uma comunhão tranqüila e meditativa.

Cuidemos para não desconsiderar o valor de um pequeno grupo ocasional de acampantes, podemos fazer
muito para trazer uns mais perto de outros e todos mais perto de Deus. Antes de terminar o programa
regular da fogueira divida os desbravadores em pequenos grupos, para juntos considerar seus ideais,
alvos, ambições, esperança e orarem juntos.

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Filosofia da Recreação Cristã
1- Conceitos de recreação, recriação, diversão/divertimento.

BIBLIA:

“Não sabeis, não ouviste que o eterno Deus, o SENHOR, o Criador dos confins da Terra, nem se cansa, nem se
fadiga? Não se pode esquadrinhar o seu endendimento.” (Is. 40:28)

“Faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor.”

“Os jovens se cansam e se fadigam, e os moços de exaustos caem, mas os que esperam no SENHOR renovam as suas
forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fadigam.” (Is. 40: 29-31)

“Para o insensato praticar a maldade é divertimento, para o homem inteligente, o ser sábio.” (Pv. 10:23)

“Mas regozigem-se todos os que confiam em ti, foguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se
gloriem os que amam o teu nome.” (Sl. 5:11)

ESCRITOS DE ELLEN G. WHITE

A DEFINIÇÃO DE RECREAÇÃO – “A recreação, na verdadeira acepção do termo recriação, tende a fortalecer e construir.
Afastando-nos de nossos cuidados e ocupações usuais, proporciona descanso ao espírito e ao corpo, e assim, nos habilita a
voltar com novo vigor ao sério trabalho da vida.” (Mensagem aos Jovens, p 362)

2- Recreação como um estilo de vida

A RECREAÇÃO É NECESSÁRIA

“O recreio é necessário aos que se acham ocupados em labor físico, e mais ainda, essencial àqueles cujo trabalho é
essencialmente mental. Não é essencial à nossa salvação, nem para a gloria de Deus, manter o espírito em continuo e excessivo
labor, mesmo sobre temas religiosos.” (Mensagem aos Jovens, p 392)

“É privilégio e dever dos cristãos procurar refrigerar o espírito e revigorar o corpo mediante inocente recreação, com o intuito
de empregar energias físicas e mentais para a glória de Deus.” (Mensagem aos Jovens, p 364)

Deveríamos prover prazeres inocentes. “Não se podem fazer os moços tão quietos e graves como as pessoas de idade, a criança
tão séria como o pai. Conquanto as diversões pecaminosas sejam condenadas, como devem ser, provejam os pais, os mestres
ou pessoas delas encarregadas, no lugar das mesmas, prazeres inocentes, que não mancham nem corrompem a moral. Não
cinjais os jovens a rígidas exigências e restrições que os induzam a sentir-se oprimidos, e a infrigi-las, precipitando-se em
caminhos de loucura e destruição.” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág 355)

ANALISE DE RECREAÇÃO
1- É Recreativa?
a. Fortalece a mente o corpo e os nervos?
b. Poe em exercício as faculdades pouco congregadas?
c. Produz descanso aos nervos e aos músculos fatigados?
d. Deixa um saldo de energia física e espiritual?
e. Requer participação ativa?
2- É social?
a. Podem todos participar do entretenimento?
b. Desenvolve uma atmosfera social sã?
c. Pode tomar parte qualquer pessoa, isto é, de diferente idade e sexo?
d. Desenvolve o trabalho coletivo e a cooperação?
e. Exerce influencia benéfica?
3- É educativa?
a. Edifica o caráter?
b. Desenvolve nos participantes a lealdade, o ânimo e a confiança em si mesmos?
c. Ensina o domínio próprio e a disciplina?
d. Incentiva a oportunidade de expressar-se espontaneamente?

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4- É espiritual?
a. É de natureza edificante?
b. Proporciona satisfação mental e social?
c. Não é sua atração meramente física e sensual?
d. Contribui para o bem da vida religiosa?

5- É prática?
a. Exibe o mínimo de ostentação e preparação?
b. Pode-se aprende-la e repeti-la diversas vezes?
c. Pode ser mantida dentro da capacidade financeira dos que participam dela?
d. Exerce influencia benéfica?

3- Jogos educativos

TESTES DE GENUINA RECREAÇÃO

“Julgai todas as coisas, retendo o que é bom” (I Tes. 5:21). Será você capaz de suplicar a bênção de Deus sobre a recreação que
irá praticar?

Ela aproxima você de Deus ou lhe rouba o desejo de orar? (Mensagem aos Jovens, p 407 e 408).

Promove integridade e autocontrole? (Mensagem aos Jovens, p 412,425 e 416)

Facilita a resistência a tentação? (Parábolas de Jesus p. 49 e 50)

Que influencia terá sobre a saúde física e mental? (Mensagem aos Jovens, p 379).

Prepara melhor para os deveres diários? Tem a tendência de refinar, purificar, nos tornar virtuosos ou contribui para o orgulho
no vestuário, com vulgaridade?

Vale a pena gastar o tempo que requer? (Mensagem aos Jovens, p 373 e 379).

Desenvolve a cortesia, a generosidade e mais respeito pelos outros ou fere o auto-respeito das pessoas?

Estimula a bondade ou conduz a uso de força e brutalidade? (Educação p 210)

RECREAÇÃO OU DIVERSÃO?

“Existe diferença entre recreação e divertimento. Recreação, quando fiel a seu nome – recriação – tende a fortalecer e erguer.
A diversão, por outro lado, é procurada como fonte de prazer e, muitas vezes, é levada ao excesso; absorve as energias que
seria necessárias ao trabalho útil e assim representa um obstáculo ao verdadeiro sucesso na vida.” (Educação p 207)

“Entre a associação dos seguidores de Cristo em busca de recreação cristã e as reuniões mundanas que buscam prazer e
divertimento, deve existir assinalado contraste. Em lugar de oração e da menção do nome de Jesus e das coisas sagradas, ouvir-
se-ão dos lábios dos mundanos o riso néscio e a frívola conversação. A idéia é fruir um período de grande divertimento geral.
Suas diversões começam em estultícia e terminam em vaidade. As nossas reuniões devem ser tal que, ao voltarmos para casa,
possamos ter a consciência livre de ofensa para com Deus e o homem”. (Mensagem aos Jovens, p 385 e 386)

“Toda diversão em que vos puderdes empenhar pedindo sobre ela, com fé, a benção de Deus, não será perigosa. Mas todo
divertimento que vos torna inaptos para oração particular... ou para tomar parte nas reuniões de oração não é seguro, mas
perigoso.” (Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, p. 337)

DIVERSOES QUE SÃO DESACONSELHADAS AOS CRISTÃOS

Jogos nos quais acaba sendo envolvido dinheiro


(Mensagem aos Jovens, p. 392)

Jogos de cartas e outros jogos de azar


(Mensagem aos Jovens, p. 379, 380 e 392)

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Freqüência ao teatro e ópera
(Patriarcas e Profetas, p. 459 e 460)

Danças
(Mensagem aos Jovens, p. 390 e 392)

Eventos esportivos e competições comercializadas.


(Mensagem aos Jovens, p. 213)

Televisão e vídeo com apresentações teatrais ou produções que não esteja de acordo com os padrões cristãos.
(Patriarcas e Profetas, p. 459 e 460)

Lembre-se que a batalha atual é exercida em relação a mente e quem conseguir controlá-la, também controlará a pessoa.
Somos transformados pela contemplação. Muitas vezes isso ocorre de modo inconsciente e imperceptível, até que a pessoa
passa a aceitar aquilo que uma vez rejeitava. A televisão modificou a forma de pensar do mundo ocidental, especialmente, e a
Igreja Adventista do Sétimo Dia tem sido de forma especial afetada por ela. Temos de “cingir os lombos de entendimento”,
conforme Paulo admoestou.

TRABALHO E LAZER

1. Vida no campo é um lazer.


2. A pratica agrícola é um lazer.
3. A vida campestre
4. Pesquisa e coleções
5. Cultivo de plantas

5.1 Horticultura
5.2 Floricultura
5.3 Especialidades também é recreação
5.4 O cultivo de plantas medicinais
5.5 Chás e ungüentos

PLANEJAMENTO DAS REUNIÕES RECREATIVAS

1- Introdução

Decidir tipo de recreação

a. Gincana
b. Jogo ao ar livre
c. Jogos de salão
d. Esporte

2- Reunião de diretoria

a. Tema
b. Pessoal de apoio
c. Materiais

3- Data, hora e tempo de duração

a. Data – útil par todos


b. Hora – conforme o grupo (Desbravadores, JA, Famílias).
c. Duração – Para jovens (1:30 a 2:00); Clube (15 a 30 minutos).

4- Lugar, ornamentação, divulgação

a. Ligar – apropriado para o tipo de recreação


b. Ornamentação conforme a recreação (Clube, Pais ou tipo de festa típica)
c. Divulgação: Promoção, tipo de roupa, o que levar, informar para que não choque com outra programação da
igreja.
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5- Recepção

a. Pessoas elegantes e corteses


b. Que conheçam do programa para informações
c. Transmitam a diretoria qualquer imprevisto
d. Descubram os visitantes e de onde são.
e. Clubes: levantar a auto-estima dos desbravadores. Motivar os conselheiros.

6- Brincadeiras e jogos

a. Recreativas: Festas, jogos, jogos de mesa, brincadeiras, gincanas, musicas, aplausos, etc.
b. Sociais: Serenatas, jantares, visitas, enquetes, mímicas, festivais, fogueiras, programa cômico, filme, etc.
c. Educacionais: Oficinas, exposições, caminhadas ecológicas, manualidades, classes da natureza, plantação e
colheita, etc.
d. Espirituais: Concursos, gincanas bíblicas e missionárias, filmes, devocionais, louvor, dinâmica e grupos, etc.

7- Refrescos

Dependendo do tipo de reunião se decide o tipo de lanche.

8- Financiamento

a. Cota do clube
b. Ajuda dos pais
c. Colaboração de voluntários
d. Inscrições

COMO DIRIGIR UMA REUNIÃO SOCIO RECREATIVA

1- Perfil do dirigente

a. Cristão
b. Sociável
c. Cortes
d. Dinâmico
e. Conhecedor do tipo do grupo e recreações.

2- Atitudes do líder

a. Saber princípios da recreação


b. Trabalhar dentro de um horário específico.
c. Ter ordem crescente nos jogos
d. Não perder de vista os princípios religiosos.
e. Fazer uma lista de jogos antecipadamente.
f. Realizar jogos de acordo com a idade e sexo dos participantes.
g. Ter a maior participação possível de todos.
h. Começar e terminar com oração
i. Ter uma lista de amigos presentes para contato missionário.
j. Ter uma equipe de ajudantes.

3- Seleção de jogos

a. De acordo com o tipo de pessoas.


b. De acordo com o tempo disponível
c. De acordo com o ambiente disponível

Como escolher um jogo correto


1- Tenha segurança
a. Conheça o tipo de jogo
b. Lugar de jogos
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c. Se muda o jogo, considere a segurança
d. Ter equipe de primeiros socorros
e. Ter a permissão dos pais.
f. Outros...

2- Idade, tamanho e sexo


3- Personalidade e habilidade
4- Propósito

5- Tempo de mudar de jogos

a. Em qualquer situação de jogos, a dinâmica é não demorar muito em um só estilo de jogo.


b. Quando grande parte dos participantes ou em sua totalidade tenha participado do jogo, deve-se mudar para
outros tipos de brincadeira.

6- Ordem e disciplina
Ver como lidar co pessoas de difíceis.

a. O astuto trapaceiro - tenta evitar o assunto.


b. O inocente ofendido - Os que nunca sabem das coisas, afirmam não ser culpados.
c. A culpada Compulsiva - É a “tudo eu”, assume a culpa mas não a responsabilidade.
d. O anjinho - Transfere para os outros.
e. O advogado - Sempre tem a razão e cita as normas.
f. A raposa silenciosa - Pouco fala, posição passiva e defensiva.
g. O chorão – Qualquer momento produz lagrimas, confia nos simpatizantes que tem medo de lagrimas.
h. A demissionária – Resolve tudo pedindo demissão.
i. A depressiva – Chama atenção sobre sua depressão e seus remédios.
j. O pugilista – Transforma tudo em ringue e discussão.

7- Participação de todos.

a. Faça o possível para que todos participem.


b. Cuidado com as transferências de simpatias... Somente “aquele/a” participa mais.
c. Delegue responsabilidade a outros.
d. Não faça tudo. Deixe outros colaborarem.

8- Avaliação
Durante a reunião

a. Supervisione primeiro tudo ou delegue para outro.


b. Quem está fora do jogo? Por que?
c. Sua equipe de trabalho
Depois da reunião
a. A assistência
b. O programa
c. Finanças
d. Espírito cristão e missionário
e. Equipe de trabalho
f. Materiais

PROGRAMA RECREATIVO MODELO

1- Recepção
2- Abertura
3- Brincadeiras lentas
4- Brincadeiras rápidas
5- Brincadeiras ao ar livre
6- Dinâmica de grupo.

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Anotações:
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Disponível em https://www.concursobiblico.com.br/2023/09/17-apostilas-para-lideres-de.html
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