Apostila Custos
Apostila Custos
Apostila Custos
Contabilidade
de
Custos
Apostila de Estudo
O ensino de custos nos meios acadêmicos, constitui um grande
desafio tendo em vista as dificuldades de proporcionar aos alunos, um
contato com uma realidade sensível.
Um sistema de custos não fornece um resultado de aplicação final e
imediata, porém se destina a proporcionar um conjunto de dados e
informações para suporte ao sistema decisório da empresa.
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................. 4
2. CONTABILIDADE DE CUSTOS.................................................................... 13
2.1. ORIGEM ......................................................................................................... 13
2.2. CONCEITO ..................................................................................................... 13
2.3. OBJETIVO ...................................................................................................... 14
8. MÉDOTOS DE CUSTEIO.........................................................................
8.1. CUSTEIO VARIÁVEL OU DIRETO
8.1.1. Características
8.1.2. A legislação brasileira e o custeio variável ou direto
8.1.3. Os Custos fixos e variáveis
8.1.4. Margem de Contribuição
8.1.5. Custo dos Estoques
8.1.6. Casos Práticos
8.2.. CUSTEIO POR ABSORÇÃO
8.2.1. Características
8.2.2. A legislação brasileira e o custeio por absorção
8.2.3. Custo Unitário
8.2.4. Custo dos Estoques
8.2.5. Comparação entre custeio variável e custeio por absorção
8.2.6. Casos Práticos
8.3. COMPARAÇÃO CUSTEIO DIRETO X ABSORÇÃO
8.3.1 Casos Práticos
8.4. CUSTEIO PADRÃO OU STANDARD
8.4.1. Conceito
8.4.2. Tipo de Custo Padão
8.4.3. Fixação do padrão e orçamento
8.4.4. Variações de Quantidades, Preços e Custo
8.4.5. Casos Práticos
8.5. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - “ABC”
8.5.1. Importância
8.5.2. Características
8.5.3. Identificação das Atividades
8.5.4. Custeando Produtos e Processos
8.5.5. Casos Práticos
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. INTRODUÇÃO
vista as dificuldades de proporcionar aos alunos, um contato com uma realidade sensível.
Ademais, o sistema cultural vigente, não atrai estas pessoas para a nova realidade
vivenciada no país.
Por várias décadas o país vivia uma realidade inflacionária, onde a grande
preocupação das empresas residia nos ganhos financeiros que, em muito sobrepujavam os
Isto posto, nesta Apostila se faz uma resumida apresentação do conteúdo de uma
2. CONTABILIDADE DE CUSTOS
2.1. ORIGEM
2.3 OBJETIVO
4.1. CUSTO
Custo é um gasto relativo a bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
serviços no momento da utilização dos fatores de produção (bens e serviços) para a
fabricação de um produto ou execução de um serviço. Exemplo: matéria-prima e mão de
obra.
4.2. DESPESA
As despesas são itens que reduzem o patrimônio líquido e que tem essa
característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Todas as
despesas são ou foram gastos. Porém alguns gastos, não se transformam em despesas ou só
se transformam quando de sua venda, como por exemplo, os terrenos que não são
depreciados. Algumas despesas derivam de gastos, outras passam pelos custos, gastos e se
tornam despesas. E existem despesas que fazem um percurso completo, iniciando como um
investimento, passando, por custos e gastos.
4.3. GASTO
Gasto é o valor dos insumos adquiridos pela empresa, independentemente de terem
sido utilizados ou não. Neste sentido, gasto se compreende em sacrifício financeiro com
que a entidade arca para obtenção de um produto ou serviço qualquer, sacrifício esse
representado por entrega ou promessa de entrega de ativos (normalmente dinheiro).
4.4. DESEMBOLSO
Se compreende como desembolso, o pagamento resultante da aquisição do bem ou
serviço. Pode ocorrer antes, durante ou após a entrada da utilidade adquirida, portanto
defasada ou não do gasto. Exemplo: pagamento de uma fatura
4.5. PERDA
Perdas são bens ou serviços consumidos de forma normal e involuntária. São itens
que vão diretamente para conta de resultado, assim como as despesas, mas não
representam sacrifícios normais ou derivados de forma voluntária das atividades destinadas
a obtenção da receita. Exemplo: perda com incêndio e obsoletismo de estoques.
4.6 SUCATA
São produtos que surgem da produção com defeitos ou danificados. Suas vendas
são esporádicas e realizadas por valor não previsível na data em que surgem na fabricação.
Não recebem custos e também não servem para redução de custos de produção. Quando
vendidas são contabilizadas como outras receitas operacionais. Exemplo: Peças com
defeito
5. CLASSIFICAÇÃO DE CUSTOS
Custos de Produção $
Matéria – Prima Consumida...................................................... 30.000,00
Seguros da Fábrica.................................................................... 12.000,00
Salários e Ordenados da Fábrica............................................... 8.000,00
Depreciação na Fábrica.............................................................. 10.000,00
Água, Luz e Telefone da Fábrica................................................ 6.500,00
Total dos Custos........................................................................ 66.500,00
Despesas Administrativas $
Material de Consumo – Escritório............................................. 2.500,00
Salários da Administração.......................................................... 4.500,00
Total das despesas administrativas............................................. 7.000,00
Despesas com vendas $
Comissões s/vendas................................................................... 1.000,00
Total das despesas com vendas................................................. 1.000,00
As despesas que não entraram no custo de produção, as quais totalizam R$ 8.000,00,
vão ser reconhecidas diretamente no resultado do período, sem serem alocadas aos
produtos.
6. MÉTODO POR CENTRO DE CUSTOS (Departamentalização)
Informações Contábeis
Contas Contábeis Total
Salários e Horas Extras (Fixo) 37.930,37
Provisões e Encargos (Fixo) 30.411,29
Benefícios (Fixo) 9.144,94
Treinamento (Fixo) 415,26
Outras Despesas c/pessoal (Fixo) 918,19
Depreciação (Fixo) 47.102,13
Comunicações (Variável) 989,18
Serviços de Terceiros (Fixo) 29.820,24
Energia (40% Fixo o restante variável) 11.518,28
Manutenção (Variável) 12.144,71
Ferramentas (Variável) 9.327,21
Transporte Interno (Variável) 6.364,57
Outras Despesas Operacionais (Variável) 1.515,93
Total Geral 197.602,30
Bases de Rateio:
Base para Rateio dos Centros de Custos Indiretos para os Centros de Custos Diretos
Centros de Quantidades
Custos Diretos Horas Trabalhadas Ordens de Serviço Colaboradores Req. de Materiais
Inspeção 788,5 63 5
Corte 498 64 2 46
Acabamento 913 222 3 118
Prensa 622,5 94 2 55
Usinagem 1328 189 4 202
Total 4150 632 16 421
Tempos de Produção:
Total das Horas de Produção 3.158 1.040 200 560 400 958
6.6 CONTABILIZAÇÃO
Para se realizar as contabilizações são necessárias algumas premissas como:
a) No grupo auxiliares do plano de contas, custo integrado, devem ser previstos as
seguintes contas:
b) Contas que registrem o custo em formação de cada produto;
c) Contas individualizadas em nome de cada departamento (centro de custo).
d) Os centros de custos produtivos terão subcontas para custos diretos e para custos
indiretos. O grau de detalhamento dependerá do interesse da empresa.
e) As contas correspondentes aos centros de custo auxiliares poderão conter apenas
subcontas para registrar sinteticamente os materiais, a mão-de-obra e os gastos gerais de
fabricação, nas quais serão registrados os custos diretos e indiretos do próprio
departamento.
f) Cada departamento poderá, ainda, ter uma conta específica para receber por
transferência os custos indiretos de outros departamentos.
Segue alguns exemplos de contabilização do custo departamental:
1. Materiais
Quando requisitados pelas seções produtivas:
debitam-se as contas próprias que registram o material direto ou indireto de cada seção
produtiva;
creditam-se as contas de estoque respectivas.
Requisições efetuadas pelas seções auxiliares;
debita-se a conta própria de cada seção auxiliar;
creditam-se as contas de estoque respectivas.
2. Mão de Obra
Incorrida nas seções produtivas:
debitam-se as contas que registram a mão-de-obra direta ou indireta, conforme o caso;
creditam-se as contas patrimoniais respectivas, conforme cada situação.
Incorrida nas seções auxiliares:
debitam-se as contas que registram a mão-de-obra de cada seção de serviço;
creditam-se as Contas Patrimoniais, conforme a situação.
3. Gastos Gerais de fabricação
Incorridos nas seções produtivas:
debitam-se as contas próprias que registram os gastos gerais diretos ou indiretos de
cada seção produtiva:
creditam-se as contas patrimoniais respectivas.
Incorridos nas seções auxiliares:
debitam-se as contas que registram os gastos gerais de fabricação de cada seção de
serviço;
creditam-se as contas patrimoniais respectivas.
Gastos comuns a todas as seções:
debitam-se as contas registram os respectivos gastos. O autor citado acima sugeri que a
contabilização seja feita no departamento administrativo , através das contas (aluguel
da fábrica, energia elétrica, água, telefones, prêmios de seguros, etc), para posterior
distribuição nas respectivas seções.
creditam-se as contas patrimoniais próprias.
4. Rateio dos Custos Indiretos de Fabricação comuns a todos as departamentos:
Os gastos com aluguel, água, energia elétrica, etc. que sejam comuns a todos os
departamentos devem ser rateados com base em critérios definidos pela empresa:
debitam-se as contas que registram os custos indiretos de cada departamento;
creditam-se as contas que registram os respectivos custos no departamento
administrativo.
5. Rateio dos Custos Indiretos de fabrição dos departamentos produtivos para os
produtos:
Os custos indiretos neste caso compreendem: os custos indiretos gerados no próprio
departamento mais os custos indiretos de fabricação recebidos por transferências dos
demais departamentos de serviços da empresa.
O total desses custos poderá ser registrado em uma ou várias contas conforme interesse da
empresa.
debitam-se as contas que representam o custo em formação de cada produto que passou
pela respectiva seção produtiva;
Credita-se a conta que registra o custo indireto do referido departamento produtivo.
7. SISTEMAS DE CUSTEIO
A produção por ordem ocorre quando a empresa programa a sua atividade produtiva a
partir de encomendas específicas de cada cliente. É o caso, por exemplo, da indústria
produtora de máquinas e equipamentos, navios, aviões, móveis e empresas de construção
civil.
O objeto de custo de um sistema de custeio por ordem de produção é, “uma encomenda,
que constitui um produto ou serviço perfeitamente identificável”.
Nesse tipo de atividade, os custos são acumulados numa conta específica para cada ordem
de produção (ou encomenda). Esta conta só pára de receber custos quando a ordem estiver
encerrada. Se um exercício terminar e o produto estiver ainda sendo fabricado, o saldo da
conta será totalmente classificado como produtos em elaboração. Uma vez pronto, o saldo
da conta relativa à ordem de produção será transferida para produtos acabados ou custo dos
produtos vendidos, conforme já tenha sido realizada ou não a receita.
O planejamento da produção começa com o recebimento da encomenda. Isto geralmente é
base para o preparo e remessa à fábrica a respeito das especificações do produto, período
de tempo de fabricação, roteiro da produção em andamento, máquinas a serem utilizadas,
etc.
Características do Sistema de Custeio por Ordem:
raramente serão encontrados estoques de produtos acabados;
produção não é padronizada;
as ordens de produção são emitidas e seus custos mantidos para cada lote de produto
fabricado. Estas ordens são controladas através da conta de produção em processo,
separando-se os custos diretos ou indiretos;
não se mantêm estoques regulares;
os gastos gerais de fabricação são lançados inicialmente às contas departamentais e,
posteriormente aplicados a cada ordem de produção concluída;
a produção não é contínua, ou seja, não existe um fluxo lógico de operações;
a conta de produtos em elaboração é usada para registrar os custos, os produtos
fabricados e o inventário dos produtos em processo;
o sistema exige maior trabalho burocrático para o registro e controle das unidades
produzidas;
a distinção entre custos diretos e indiretos é muito mais enfatizada nesse sistema do que
no sistema de produção contínua;
os produtos ou serviços são executados de acordo com as exigências ou projetos de cada
cliente;
nenhum serviço é iniciado sem que seja devidamente autorizado através de ordem de
produção com seu código correspondente;
há data para o término da produção e entrega ao cliente do produto acabado.
Vantagens, desvantagens e contabilização do sistema de produção por ordem.
Vantagens:
as ordens de serviços servem como base para futuras ordens de produção (OP), desde que
sejam iguais ou semelhantes;
permite a identificação dos produtos de maior e menor lucro;
acompanhamento do lançamento proporciona ao administrador um controle que
independe do levantamento físico de seus estoques;
fornece ao departamento financeiro meios para estabelecer as épocas mais apropriadas
para receber as parcelas de receitas dos clientes, de acordo com o andamento da ordem.
Desvantagens:
seu custo administrativo é elevado. É um sistema bastante custoso porque exige trabalho
burocrático para o registro das informações minuciosas nas ordens de produção;
um controle permanente é necessário para verificar se o material e a mão-de-obra foram
corretamente lançados na ordem de produção;
quando um embarque parcial é efetuado antes de se completar a ordem de produção é
necessário estimar os custos para determinação do custo de vendas.
Contabilização:
Primeiro, apropriam-se os custos diretos (Materiais, Mão de Obra e Outros) diretamente à
ordem, depois alocam-se os indiretos naquela seqüência de rateios, via departamentos, até
que sejam apropriados as Ordens de Produção, podendo ser de forma analítica,
acompanhando todos os passos, ou de forma sintética, transferindo os custos diretamente
às ordens, sem passar pelos Departamentos.
Exemplo:
Em Processo Acabadas Custo das Vendas Receita Vendas Contas a Pagar
97.690 (1) 175.220 (1) 382.094 (4) (5) 409.310 (2) 627.708
627.708 (2) 206.874 (3)
206.874 (3) 382.094 (4)
518.524 - 382.094 409.310 409.310
Produtos em Estoque
Nº Ordem Processo Acabados
A-250 32.450 -
A-260 65.240 -
A-270 - 175.220
TOTAL 97.690 175.220
O Rateio dos Custos Indiretos é feito com base nas Horas de produção de cada Ordem, e seu valor foi
$ 327.368
Somente Ordens de Produção abaixo, foram concluídas e vendidas no mês, a demais permaneceram
em processo.
Valor Venda
Nº Ordem R$
A-250 125.460
A-270 195.200
A-310 88.650
TOTAL 409.310
Produtos em Estoque
Nº Ordem Processo Prontos
100 12.450 -
110 32.490 -
120 25.640 -
130 16.730 -
140 - 38.990
150 - 44.450
160 - 37.200
170 - 125.870
TOTAL 87.310 246.510
O Rateio dos Custos Indiretos é feito com base nas Horas de produção de cada Ordem, e seu valor foi
$ 647.752
Somente Ordens de Produção abaixo, foram concluídas e Vendidas no mês, a demais permaneceram
em processo.
Valor Venda
Nº Ordem R$
100 152.800
110 134.570
120 139.600
180 138.790
220 35.540
230 138.660
TOTAL 739.960
O Sistema de custeio por processo é “um sistema de custeio no qual o custo de um produto
ou serviço é obtido pela distribuição dos custos por grandes quantidades de unidades
semelhantes ou iguais”.
O sistema de custeio por processo é usado constantemente na produção em massa.
Usualmente, em tais operações, todos os produtos são fabricados para estoque; uma
unidade de produção é idêntica à outra; os produtos são movimentados no processo de
produção continuamente, e todos os procedimentos da fábrica são padronizados. Nessas
condições, a identificação de qualquer custo específico não é relevante.
O custeio por processo é caracterizado pela acumulação dos custos de produção em cada
uma das etapas do processo contínuo de fabricação de produtos idênticos. Os custos
médios, acumulados durante uma etapa, são transferidos para as etapas seguintes. As
alocações são necessárias somente quando um material ou produto é dividido em dois ou
mais subprodutos.
Nesse sistema de custeio, a classificação por departamento ou processo de produção é
fundamental.
A ênfase do sistema de contabilização por processo é colocada na produção para um certo
período de tempo e no número de unidades (ou quantidades) completadas e em processo.
O cálculo equivalente de produção é importante no processo de produção contínua.
Significa o número de unidades “iniciadas” a que equivale, em custos, o quanto se gastou
para chegar até certo ponto de outro número de unidades “não acabadas”.
O sistema de custeio por processo é, portanto, muito usado em empresas de produção
padronizada, tais como: cimento, veículos, bebidas, alimentos, etc.
Características do Sistema de custeio por processo:
O sistema de custeio por processo é baseado na premissa de que o custo médio é típico das
operações de fabricação e que esse custo é de interesse fundamental para a gerência.
Os custos diretos e indiretos são acumulados nas contas de custos durante um
determinado período, sendo reclassificados por departamentos ou processo;
a produção é contínua ou em massa;
nos casos em que os produtos são transferidos para o departamento seguinte, de forma
que o custo total e o custo unitário vão sendo acumulados até que o produto esteja
terminado;
a produção em termos de unidade, toneladas, etc., é registrada diariamente ou
semanalmente, sendo preparado no final do mês um demonstrativo dos resultados finais;
produção é feita para o estoque e, a partir desse estoque, os produtos são vendidos para
qualquer cliente;
o custo total de cada processo é dividido pelo total da produção, obtendo-se um custo
médio por unidade para o período;
produção é contínua e consistente em unidades iguais, submetendo-se a cada unidade ao
mesmo procedimento;
se um produto é destruído durante o processo de fabricação em um determinado
departamento, esse departamento é responsável pelo seu refugo devendo ser por ele
debitado.
Vantagens, desvantagens e contabilização do sistema de produção por processo.
Vantagens:
melhor trabalho e custo;
maior facilidade para determinação dos componentes do custo;
maior conhecimento do processo produtivo;
melhor controle via departamentalização.
Desvantagens:
existência de variações acentuadas entre o custo real e o apurado, pois a base de cálculo é
o custo médio;
existência de distorções no cálculo da produção equivalente devido à avaliação do
estágio de produção (pode ter sido mal avaliado).
Contabilização:
A contabilização pode ser feita por produto, ou por Departamento, para posterior
transferência aos produtos.
Exemplo sem considerar Estoques Iniciais:
Em Processo Acabadas Custo das Vendas Receita Vendas Contas a Pagar
30.030 (1) 27.030 (2) 25.440 (3) (4) 29.760 (1) 30.030
27.030 (2) 25.440 (3)
3.000 1.590 25.440 29.760 30.030
1) A Industria de Aparelhos Celulares SEM XIADO S/A, utiliza-se do Sistema de Custeio de Produção por
Processo, e apresentou a seguinte situação no mês:
Unidades Estoque
Produção Iniciada 1.000 Acabados Processo
Não Acabada 150 Unidades
Venda á Vista 800 ao preço 37,20
Custo Custo
Produção Unitário Unitário Estoque Estoque
Custos Incorridos no Período Equivalente Acabados Processo Acabados Processo
Matéria Prima 13.483
Mão de Obra Direta 8.084
Custos Indiretos 8.463
TOTAL DOS CUSTOS 30.030
Sabendo que não existiam estoques no inicio do período, considere para os Produtos em Processo,
a seguinte utilização:
Unidades Estoque
Produção Iniciada 25.000 Acabados Processo
Produção Acabada 22.000 Unidades
Venda à Vista 20.000 ao preço 3,80
Custo Custo
Produção Unitário Unitário Estoque Estoque
Custos Incorridos no Período Equivalente Acabados Processo Acabados Processo
Matéria Prima 33.740
Mão de Obra Direta 18.320
Custos Indiretos 22.610
TOTAL DOS CUSTOS 74.670
Sabendo que não existiam estoques no inicio do período, considere para os Produtos em Processo,
a seguinte utilização:
8.1.1. Características
Custeio direto significa a apropriação de todos os custos variáveis, quer seja diretos
ou indiretos. Nesse método de custeio os custos fixos tem o mesmo tratamento das
despesas, pois são consideradas despesas do período independentemente se os produtos
foram vendidos ou não. É o método de custeio indicado para tomada de decisões, porém
um método que fere os princípios contábeis da realização, competência e confrontação,
porque como já citado os custos fixos são reconhecidos como despesas.
Exemplo:
Produtos "A" $ "B" $ Total $
Receita Total 18.000,00 33.000,00 51.000,00
Mão-de-Obra-Direta 2.000,00 3.000,00 5.000,00
Matéria-Prima 7.000,00 4.000,00 11.000,00
Custo Variável Total 9.000,00 7.000,00 16.000,00
Margem de Contribuição 9.000,00 26.000,00 35.000,00
Custos Fixos Totais 30.000,00
Resultado 5.000,00
Por sua natureza, os custos fixos existem independente da produção ou não de determinado
produto, custando assim, para que a empresa possa operar e ter a sua capacidade instalada,
do que para produzir uma unidade a mais de determinado produto, os custos fixos são na
maioria das vezes, distribuídos através de bases de rateio, que na sua maioria das vezes,
não são vinculados efetivamente a cada produto, onde na maioria das vezes penaliza
determinado produto e beneficia outro, por isto, com a utilização somente do custo
variável, que podem ser alocados diretamente aos produtos, não estaremos penalizando
determinado produto e beneficiando outro, indo a totalidade dos custos fixos como
despesas do período, e para os estoques, somente os custos variáveis.
Como por este método de custeio, todos os custos fixos, são considerados como despesa do
período, o custo dos estoques será somente a parcela do custo variável unitário,
multiplicado pelas quantidades físicas existentes nos estoques.
Considerando o exemplo acima, onde temos o custo total de cada Produto, e que foram
vendidas 1000 unidades de cada, e permaneceram em estoque, 500 unidades de produtos
acabados de cada, teremos:
1) A Industria Brasileira de impressoras, tem como seu único produto é vendido por $ 180,00 onde tem sua
Capacidade de Produção limitada a 160 Unidades a cada Mês.
Sabendo que a Produção de cada mês, é totalmente acabada, não permanecendo produtos em processo,
elabore a Demonstração do Resultado do Exercício, determinando o valor dos estoques finais, pelo Método do
Custeio Direto ou Variável.
2) Certa industria Siderurgica, tem as seguintes informações em seus registros, ao final do mês:
CUSTOS VARIÁVEIS
Unitários Diretos $ Totais Indiretos $
Matéria Prima 108,00 Energia Elétrica 390.250,00
Embalagens 22,00 Ferramentas de Produção 275.075,00
Lubrificante para Máquinas 238.550,00
TOTAL por UNIDADE 130,00 TOTAL 903.875,00
Tempo Unitário
Preço de Produção em Vendas em de Produção em
Produto Venda Unidades Unidades HORAS
XIS 175,00 3.000 1.600 1,20
BIS 350,00 4.700 4.200 6,50
GIS 480,00 3.600 3.100 10,60
Determine:
a) O LUCRO LÍQUIDO, apurado pelo Custeio Direto ou Variável por PRODUTO;
b) O Valor dos ESTOQUES FINAIS, apurado pelo Custeio Direto ou Variável por
PRODUTO.
8.2. CUSTEIO POR ABSORÇÃO
8.2.1. Características
Custeio por absorção é aquele que faz agregar ao custo dos produtos todos os custos
da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos
ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa
particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção
absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.
Como por este método de custeio, devemos apropriar os custos fixos aos produtos, o custo
dos estoques será a parcela do custo variável unitário adicionado a parcela do custo fixo
unitário, multiplicado pelas quantidades físicas existentes nos estoques.
Considerando o exemplo acima, onde temos o custo unitário de cada Produto, e
permaneceram em estoque, 500 unidades de produtos acabados de cada, teremos:
Produtos "A" R$ "B" R$ Total R$
Mão-de-Obra-Direta 2.000,00 3.000,00 5.000,00
Matéria-Prima 7.000,00 4.000,00 11.000,00
Custos Fixos (Diretos e Indiretos) 12.000,00 18.000,00 30.000,00
Custo Total 21.000,00 25.000,00 46.000,00
Quantidade Vendida 1.000 1.000
Custo Unitário Total 21,00 25,00
3. Debita ao segmento, cujo custo está 3. Debita ao segmento cujo custo está
sendo apurado, apenas os custos que sendo apurado os seus custos diretos e
são diretos ao segmento e veriáveis em também os custos indiretos através de
relação ao parâmetro escolhido como uma taxa de absorção.
base.
4. Os resultados apresentados sofrem 4. Os resultados apresentados sofrem
influência direta do volume de vendas. influência direta do volume de
produção.
1) A Industria Brasileira de impressoras, tem como seu único produto é vendido por $ 180,00 onde tem sua
Capacidade de Produção limitada a 160 Unidades a cada Mês.
Sabendo que a Produção de cada mês, é totalmente acabada, não permanecendo produtos em processo,
elabore a Demonstração do Resultado do Exercício, determinando o valor dos estoques finais, pelo Método do
Custeio Absorção.
2) Certa industria Siderurgica, tem as seguintes informações em seus registros, ao final do mês:
CUSTOS VARIÁVEIS
Unitários Diretos $ Totais Indiretos $
Matéria Prima 108,00 Energia Elétrica 390.250,00
Embalagens 22,00 Ferramentas de Produção 275.075,00
Lubrificante para Máquinas 238.550,00
TOTAL por UNIDADE 130,00 TOTAL 903.875,00
Tempo Unitário
Preço de Produção em Vendas em de Produção em
Produto Venda Unidades Unidades HORAS
XIS 175,00 3.000 1.600 1,20
BIS 350,00 4.700 4.200 6,50
GIS 480,00 3.600 3.100 10,60
Determine:
a) O LUCRO LÍQUIDO, apurado pelo Custeio Absorção por PRODUTO;
b) O Valor dos ESTOQUES FINAIS, apurado pelo Custeio Absorção PRODUTO.
8.3. COMPARAÇÃO CUSTEIO DIRETO X ABSORÇÃO
8.3.1 Casos Práticos
1) Certa industria fabricante de Garrafas Térmicas, tem capacidade de produzir mensalmente 15.000
unidades, e tem o preço de venda fixado em $ 58,00 , incide sobre o seu Preço de Venda, Impostos de
20% , e sobre o seu LUCRO LÍQUIDO, Imposto de Renda de 35%
Os Custos e Despesas MENSAIS são os seguintes:
CUSTOS
Variáveis $ Fixos $
Matéria Prima 15,00 Mão de Obra Indireta 77.000,00
Embalagens 4,00 Depreciações 28.000,00
Ferramentas de Produção 2,00 Manutenção 15.000,00
TOTAL por UNIDADE 21,00 TOTAL 120.000,00
DESPESAS
Variáveis $ Fixas $
Comissões 2,90 Despesa Administrativa 28.000,00
Promoções 1,16 Depreciações 4.500,00
TOTAL por UNIDADE 4,06 TOTAL 32.500,00
Na sua Produção, os produtos são totalmente Acabados no mês, não existindo estoques em Processo,
assim como não existiam ESTOQUES INICIAIS.
Sua produção e venda, em UNIDADES, foram as seguintes:
Produção Venda
Janeiro 15.000 12.000
Fevereiro 12.000 10.000
Determine:
a) A diferença em cada mês, do LUCRO LÍQUIDO, apurado pelo Custeio Direto e por Absorção;
b) A diferença dos ESTOQUES FINAIS, apurado pelo Custeio Direto e por Absorção;
2) A Cia TRAÇÃO LTDA, produz dois modelos de Eixos Diferenciais, para Opala e Chevette, e
apresentava as seguintes informações de determinado ano:
Custos e Despesas do Ano $
Depreciação de Equipamentos de Produção 300.000
Depreciação do Prédio da Fábrica 100.000
Mão de Obra Indireta Fixa 3.303.200
Aluguel da Fábrica 600.000
Lubrificantes Variáveis utilizados na Produção 350.000
Manutenção Variável das Máquinas de Produção 512.400
Energia Elétrica Variável consumida na Produção 790.000
Seguro dos Equipamentos de Produção e Fábrica 327.600
Despesas Fixas Comerciais 2.060.000
Despesas Fixas Administrativas 1.040.000
Material Consumido na Produção 6.244.000
Mão de Obra Direta Variável 5.647.200
Embalagens Consumidas na Produção 1.200.000
Informações Adicionais:
a) Tempo de Produção por Unidade em HORAS b) Os Materiais Consumidos na Produção são:
Tempo de Tempo
Produtos MOD Máquina Material Valor Quantidades
Eixo Opala 1,80 2,20 Tubos 3.960.000 200.000
Eixo Chevette 1,20 1,80 Discos 1.540.000 200.000
Componentes 744.000 620.000
TOTAL 6.244.000 1.020.000
c) As Quantidade consumidas por cada Produto são:
Eixo
Materiais Utilizados Eixo Opala Chevette
Tubos 2,00 2,00
Discos 2,00 2,00
Componentes 7,00 5,00
2) Sabendo que não existiam Estoques Iniciais, assim como, não permaneceram Estoques em Processo,
apure o valor dos Estoques pelos Critérios de Custeio Variável e Absorção, demonstrando a diferença
entre os dois Critérios.
8.3. CUSTO PADRÃO
8.3.1 Conceito
Custo padrão é o custo estimado, isto é, calculado antes mesmo de iniciar o
processo produtivo. É um custo estabelecido pela empresa como meta para os produtos de
sua linha de fabricação, levando em consideração as características tecnológicas do
processo produtivo de cada um, a quantidade e os preços dos insumos necessários para a
produção e o respectivo volume desta. Quanto maior for o detalhamento do padrão em
relação a cada elemento componente do custo, melhores resultados serão obtidos. A mais
eficaz forma de se controlar custo é a partir da institucionalização do custo-padrão, que
tanto pode ser usado com o absorção como com o variável.
Custo-Padrão Ideal
É um custo determinado da forma mais científica possível pela Engenharia de
Produção da empresa, dentro de condições ideais de qualidade dos materiais, de eficiência
da mão-de-obra, com o mínimo de desperdício de todos os insumos envolvidos. Pode ser
considerado como uma meta de longo prazo da empresa. Entretanto, a curto prazo, por
existirem na prática deficiências no uso e na qualidade dos insumos, apresenta muita
dificuldade de ser alcançado.
Custo-Padrão Estimado
Custo-padrão estimado é aquele determinado simplesmente através de uma
projeção, para o futuro, de uma média dos custos observados no passado, sem qualquer
preocupação de avaliar se ocorrerem ineficiência na produção, por exemplo, se o nível de
desperdício dos materiais poderia ser diminuído, se a produtividade da mão-de-obra
poderia ser melhorada, se os preços pagos pelos insumos poderiam ser menores.
Custo-Padrão Corrente
Para fixar o custo-padrão corrente, a empresa deve proceder a estudos para uma
avaliação da eficiência da produção. Ao contrário do ideal, ele leva em consideração as
deficiências que reconhecidamente existem mas que não podem ser sanadas pela empresa,
pelo menos a curto e médio prazos, tais como às relativas a materiais comprados de
terceiros, inexistência de mão-de-obra especializada. O custo-padrão corrente pode ser
considerado como um objetivo de curto e médio prazo da empresa e é o mais adequado
para fins de controle.
Finalidade do Custo-Padrão
A finalidade do custo-padrão é o controle dos custos, e para tal o custo-padrão
corrente é mais eficiente que os demais, já que obriga a levantamentos que irão em
confronto posterior com a realidade, apontar ineficiência e defeitos na linha de produção.
O principal objetivo do custo-padrão é fixar uma base de comparação entre o que
ocorreu de custo (custo real) e o que deveria ter ocorrido (custo ideal).
O custo-padrão não é uma outra forma de contabilização de custos (como absorção
e direto), mas sim um coadjuvante. A instalação do custo-padrão não significa a
eliminação de custos a valores reais incorridos (custo real); pelo contrário, só se torna
eficaz na medida em que exista um custo real, para se extrair, da comparação de ambos, as
divergências existentes. O custo-padrão é uma base de comparação como o custo real.
Desta forma, o custo-padrão não elimina o real, nem diminui sua tarefa; aliás, a
implantação do padrão só pode ser bem sucedida onde já exista um bom sistema de custo
real (quer absorção, quer direto ou qualquer combinação entre eles).
Uma outra finalidade do custo-padrão é o desafio para atingir as metas do padrão
corrente. Para tal é importante a participação dos responsáveis pela produção, para que seja
definido as metas do padrão corrente, pois se forem estabelecidas pelo padrão ideal, já se
saberá de antemão que o valor é inatingível, que todo e qualquer esforço jamais culminará
na satisfação máxima de objetivos alcançados, e poderá haver a criação de um espírito
psicológico individual e coletivo amplamente desfavorável.
O sucesso da utilização do custo-padrão vai depender do grau de seriedade que a
empresa der à localização e saneamento das diferenças entre o padrão e o real. E disso
precisa o mais alto escalão estar consciente e disposto a disseminar aos níveis inferiores.
Variação Total dos Materiais Diretos: (Custo Total Padrão - Custo Total Real)
Padrão Real Variação Total Tipo de Variação
Custo Total 12.000,00 13.860,00 (1.860,00) Desfavorável
Variação de Taxa = (Custo Hora Padrão - Custo Hora Real) X Horas Reais
Custo Hora Custo Hora Variação do Valor da
Centro de Custo Padrão Real Custo Hora Horas Reais Variação Tipo de Variação
Corte 12,00 12,50 (0,50) 460 (230,00) Desfavorável
Montagem 23,40 22,00 1,40 190 266,00 Favorável
Total Variação de Tempo 36,00 Favorável
FALTA
8.4. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES - “ABC”
8.4.1. Importância
O Custeio Baseado em atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing),
é pode ser conceituado como uma metodologia de custeio que procura reduzir
sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos.
O ABC pode ser aplicado, também, aos custos diretos, principalmente à mão-de-
obra, e é recomendável que o seja; mas não haverá, neste caso, diferenças significativas em
relação aos chamados “sistemas tradicionais”. A diferença fundamental está no tratamento
dado aos custos indiretos.
8.4.2. Características
No custeio ABC, as atividades são o foco do processo, a ênfase está nos fatores que
realmente são geridos. Os custos são investigados para podermos relacionar as atividades
aos produtos, com base na demanda por atividades pelo produto durante o processo de
produção.
Uma atividade é uma combinação de recursos humanos, materiais, tecnológicos e
financeiros para se produzirem bens ou serviços. É composta por um conjunto de tarefas
necessárias ao seu desempenho. As atividades são necessárias para a concretização de um
processo, que é uma cadeia de atividades correlatadas, inter-relacionadas.
Os principais objetivos da implantação de um sistema de gerenciamento de custos
com base nas atividades (ABC), estão relacionadas com facilidade e precisão que a
administração terá para:
Apurar e controlar seus custos reais de produção e principalmente, os custos
indiretos de fabricação;
Identificar e mensurar os custos da não qualidade (falhas internas e externas,
prevenção, avaliação, etc.);
Levantar informações sobre as oportunidades para eliminar desperdícios e
aperfeiçoar atividades;
Eliminar/reduzir atividades que não agregam ao produto um valor percebido
pelo cliente;
Identificar os produtos e clientes mais lucrativos;
Melhorar substancialmente sua base de informações para tomada de decisões;
Seja qual for a vantagem competitiva que a empresa pretenda criar e sustentar, a
gestão de cadeia de valor é fundamental, uma vez que permite identificar as atividades
estrategicamente relevantes. Usando a cadeia de valor, não só se torna visível o peso dos
custos de produção da empresa no valor final dos custos para o comprador, como se
reconhece que as diversas atividades não são independentes, mas interdependentes.
FALTA
8.4.5. Casos Práticos
FALTA
A apuração dos custos dentro de uma empresa deve não só se prestar para o seu registro
contábil, mas também para auxiliar os seus dirigentes na tarefa de decidir sobre:
Quando é melhor comprar ou produzir? Quando parar a fabricação de um produto ou
aumentar a de outro? Entre outras questões.
Talvez seja viável o uso das instalações que hoje servem à fabricação dos componentes
para a produção do produto final. Nesse caso haveria o acréscimo do volume de unidades
elaboradas (hipótese de que o mercado as absorveria, inclusive aos mesmos preços).
Como poderia ser discutido a decisão?
Se a empresa não produz maior número hoje, é porque está com sua capacidade limitada
(nesta situação não há cálculo da margem de contribuição por falta de limitação, pois
existe um único produto final). Parando de fabricar o componente, poderia adicionar em
volume e 175 un. do produto, passando então a 875 un. Vejamos:
700 un. de componentes X 0,5 hm/un = 350 hm (usadas na fabricação dos componentes).
350 hm / 2 hm/un. do produto = 175 un do produto com o uso das 350 hm.
Atualmente, antes da compra , a empresa produz 700 un. completas do produto ao custo
total de R$ 678,45 un., no total de R$ 474.915,00. Se produzir 875 unidades, comprando os
componentes, terá um custo total de:
Custo Variável do Componente comprado: R$ 94,00
Custo Variável do Produto: R$ 420,00/um
Custo Variável Total: R$ 514,00/un x 875 un.= 449.750,00
Custo Fixo Total: R$ 150.000,00
Custo Total: R$ 599.750,00
Logo, o custo unitário passará a R$ 599,75 com redução de R$ 78,70 em relação ao
anterior. Isso porque o custo variável unitário aumentará, passando de R$ 508,00 (R$
88,00 + R$420,00) para R$ 514,00 (R$ 94,00 + R$ 420,00); mas com o aumento do
volume de produção haverá uma redução do custo fixo por unidade.
Demonstrando a margem de contribuição fica mais fácil de entender. Suponhamos
que o preço do produto final seja de R$ 680,00/un. A margem de Contribuição anterior
seria de R$ 172,00 (R$ 680,00 – 508,00), mas com o volume de 700 un. Propiciava
Margem de Contribuição total de:
700 un. x R$ 172,00 = R$ 120.400,00
A nova margem seria de R$ 166,00 (R$ 680,00 – R$ 514,00) e a total de R$
145.250,00.
Para ambas alternativas o custo fixo é igual, portanto o interessante é a que
maximiza a MC total. Logo, deverá se decidir pela compra.
Para que a empresa tome uma decisão, foram necessárias, várias informações além dos
elementos de custos, como manutenção do preço de venda , absorção pelo mercado do
acréscimo de volume elaborado etc. Outras ponderações ainda precisariam ser feitas, tais
como: tem a empresa capital circulante suficiente para suportar um acréscimo de volume
de produção? Existe grande risco no fato de passarmos a depender de um fornecedor para a
obtenção de um componente de nosso produto? A qualidade desse componente é de fato
igual à do nosso? Etc. Essas hipóteses todas precisam ser muito bem analisadas. Os dados
de custos, não são totalmente suficientes, mas absolutamente necessários.