RELATORIO FINAL DE ESTAGIO Claudia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

ITINGA
2024
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

RELATÓRIO FINAL

ITINGA
2024
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI

RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO

Relatório de estágio apresentado à


disciplina Estágio Supervisionado,
do Centro Universitário FAVENI, no
curso de Segunda Licenciatura em
educação especial, como pré-
requisito para aprovação.

ITINGA
2024
1. INTRODUÇÃO
A atividade de estágio curricular em educação especial e inclusiva é uma
atividade que se constitui de análise crítica da realidade educacional, das
ações desenvolvidas no meio, dos procedimentos e recursos pedagógicos
utilizados e adaptados ás necessidades educativas dos educandos com
necessidades educacionais especiais, estabelecendo um olhar amplo e
sensível aos inseridos no cotidiano escolar da educação especial e inclusiva. O
estágio em educação especial e inclusiva é um marco de suma importância na
construção da identidade profissional, tanto do educador que atua há anos na
área da educação especial, quanto para o educador que está iniciando a sua
carreira profissional. O estágio concebe a realidade dos fatos no contexto
estagiado, como também, a reflexão e a análise crítica do âmbito educacional
especial e inclusivo, confrontando á realidade escolar com a realidade social. O
estágio curricular permite avaliar os diversos contextos educativos, uma vez
que permitem inúmeras reflexões em torno dos aspectos didático-pedagógicos,
administrativos, políticos, psicológicos, filosóficos, curriculares entre outros que
compõem a instituição escolar.

O estágio no curso de Especialização em Educação Especial e Educação


Inclusiva foi realizado por mim, acadêmica do curso de Licenciatura em
Educação Especial, Maria Lourdes Ramos Costa, iniciado em Agosto de 2024
na Escola Estadual Manoel da Silva Gusmão. O estágio em educação especial
e inclusiva teve por objetivo a análise e as implicações didático-pedagógicas,
quanto ao planejamento curricular, conteúdos, objetivos, métodos, avaliações e
relações pedagógicas no processo de inclusão dos educandos com
necessidades educacionais, possibilitando identificar os procedimentos e
recursos adaptados ás necessidades dos alunos, estabelecendo uma análise
crítica da realidade escolar atual, refletindo sobre a questão do professor frente
ás novas demandas no ensino regular no processo de inclusão social, e ás
possibilidades das novas tecnologias para a educação especial e inclusiva. O
estágio orienta positivamente professores, estudantes, pesquisadores, curiosos
e interessados em atividades de investigação da prática pedagógica no
contexto educacional inclusivo. Acredita-se, que a investigação é um dos
princípios científicos mais significativos para a construção do conhecimento,
sendo indispensável á formação docente, pois estagiar é sentir–se instigado
pela curiosidade, pelo desejo da busca e da superação, é saber trabalhar com
os indicadores que afloram durante a coleta de dados, visto que todo o
processo é importante, não somente o resultado alcançado, resumindo, o
estágio em contextos educativos privilegia o processo de aprendizagem do
futuro docente, levando–o a indagar sobre propostas adotadas pela escola
para com os alunos com necessidades educacionais especiais. O estágio
curricular em educação especial e inclusiva é um instrumento indispensável e
importantíssimo para a futura formação na área de especialização em
educação especial e educação inclusiva, pois através do estágio se analisa os
aspectos essenciais para a prática pedagógica na inclusão escolar e social
através de um currículo adaptado á construção de identidades e ao
reconhecimento da diversidade humana. O estágio na prática proporcionou
uma relevante aprendizagem ao possibilitar o contato real e direto com a
escola, professores, funcionários e principalmente com os educandos.

Através de observações e indagações, analisou-se que a proposta


metodológica elaborada pelos educadores da escola é baseada num ensino-
aprendizagem significativo e benéfico há todas as pessoas com limitações,
incluindo no processo de ensino o respeito aos diferentes ritmos de
aprendizagem.

Os itens que serão trabalhados nesse relatório incluem: A identificação e a


caracterização da escola estagiada, a caracterização da turma e dos
profissionais, o registro do perfil da turma observada, o registro dos descritivos
encontros realizados na instituição escolar, o relato dos educadores, a
descrição e a análise reflexiva das atividades de estágio curricular educação
especial e educação inclusiva, o roteiro de participação e observação na
escola, à elaboração do plano de aula a aplicação do mesmo e a elaboração
do plano de intervenção na instituição escolar.
2. DESENVOLVIMENTO

Para a complementação e o desenvolvimento do trabalho de estágio


supervisionado, realizei pessoalmente vários encontros na Escola Municipal
Tomé de Souza, onde participei das atividades juntamente com o professor e
com os seus educandos com necessidades educacionais especiais.

A visita na Escola Municipal Tomé de Souza foi essencial não somente para o
desenvolvimento do trabalho de Graduação em Educação Especial, mas foi
relevante e significativo o conhecimento que se obteve através da prática e da
observação em todo o contexto educacional.

O recreio na escola é de vinte minutos, para alunos e professores. Desde


então, observou-se no recreio que as turmas são educadas e fazem filas para
serem servidos. A alimentação é preparada pelas cozinheiras da escola e
servida por uma auxiliar que entrega o alimento aos educandos. No recreio a
turma aproveita lanchar, e ao mesmo tempo dialogam, sentam juntos nas
mesas do refeitório e auxiliam os colegas com necessidades ou limitações mais
severas que as suas.

A observação em sala de aula foi gratificante, analisei que a grade curricular é


composta por metodologias apropriada as necessidades dos educandos, onde
a carga de conteúdos fragmentados fora da realidade do aluno deixa de ser a
principal tarefa no currículo da escola, e prevalece à qualidade no ensino
oferecida aos estudantes. Nas aulas os trabalhos são realizados com total
dedicação dos alunos com necessidades educacionais especiais, entre os
trabalhos, encontram-se, artesanatos, pinturas, colagens, escritas com alfabeto
móvel, dominós, material dourado e trabalhos desenvolvidos com atividades
lúdicas entre outros. Os procedimentos metodológicos que o professor adotou
durante suas aulas facilitou a aprendizagem da turma, observei que os
materiais quando são diversificados tem como finalidade transformar ideias em
situações concretas, fazendo com que os alunos compreendam novos
conhecimentos. Nota-se, que a interação entre os educandos com
necessidades educacionais especiais e o professor em sala de aula foi
excelente, a turma foi bastante participativa e comunicativa. O diálogo
permaneceu durante as aulas, nas brincadeiras, nas trocas de ideias,
perguntas, respostas, debates, leitura, conhecimento das palavras e avaliação
contínua das atividades. Dessa forma, verificou-se que o diálogo é fundamental
no processo educativo dialético, tanto no encaminhamento metodológico como
na relação professor–aluno, no qual o educador e os educandos são sujeitos
ativos no processo de ensino–aprendizagem, produzem e constroem seu
próprio conhecimento.

O processo educacional da modalidade de educação especial e educação


inclusiva é um processo democrático, e inclusivo por parte dos educadores e
da escola, sendo um processo ético, de valor a diversidade humana. Alguns
educadores relatam que a escola é eticamente inclusiva, e tem sua proposta
curricular voltada a atender seu público alvo, onde as pessoas com
necessidade educacionais especiais são incluídas com democracia no
ambiente escolar, e que a escola junto com professores, pais, a comunidade
em geral, é capaz de desenvolver as funções cognitivas, as habilidades
motoras e o potencial de seus educandos gradativamente.

Com ênfase defendem o movimento chamado, inclusão direito á diversidade,


baseando–se no documento orientador chamado de (Educação Inclusiva:
Direito á diversidade), o mesmo elaborado pelo Ministério da Educação o MEC.
Os educadores esclarecem que os conceitos de educação especial e educação
inclusiva são complementares, sendo que se refere a um movimento que
compreende a educação como um direito humano, fundamental para a vida em
sociedade e base para um país mais justo com sua população, principalmente
com aqueles que possuem limitações específicas, preocupando–se em atender
todas as pessoas a despeito de suas características, desvantagens ou
dificuldades e habilitar todas as escolas para o atendimento na sua
comunidade, concentrando–se naqueles que têm sido mais excluídos das
oportunidades educacionais.

A Legislação educacional da instituição busca atender de maneira ética,


concreta e eficiente as necessidades educacionais de seus educandos. Com
base nisto, verifica-se os documentos legislativos específicos para a educação
especial. A Declaração de Salamanca (1994, p. 43), ressalta que, o princípio
fundamental de uma escola inclusiva está em que todos devem aprender
juntos. Cabe á escola “reconhecer e responder ás necessidades diversas de
seus alunos acomodando ambos os estilos e ritmos de aprendizagem e
assegurando uma educação de qualidade a todos através de um currículo
apropriado”.

A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção, estudantes com


deficiência física, os que têm deficiência mental, os superdotados e para todas
as crianças que são discriminadas por qualquer outro motivo. Na escola
estagiada a educação especial e inclusiva visa inserir todas as pessoas com
necessidades educacionais especiais no ensino regular, fundamentando-se na
Constituição Federal de 1988, a qual garante a todos o direto há igualdade (art.
5.).

No artigo 205, a Constituição trata do direito de todos há educação, visando ao


“pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL 2004). No artigo 206, inciso I,
coloca como um dos princípios para o ensino a “igualdade de condições, de
acesso e permanência na escola” (BRASIL 2004). Em conformidade com tal
Constituição, o Congresso Nacional, por meio do Decreto Legislativo n° 198 de
13 de junho do ano 2001, aprovou a lei baseada no disposto da Convenção de
Guatemala, que trata da eliminação de todas as formas de discriminação
contra a pessoa portadora de deficiência e deixa clara a impossibilidade de
tratamento desigual aos deficientes.

O Brasil, ao concordar com a Declaração Mundial de Educação para Todos,


proclamada em 1990 em Jontien, na Tailândia, e com os postulados da
Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais (acesso e
qualidade), realizada em 1994, em Salamanca, na Espanha optou pela
construção de um sistema educacional inclusivo. Declaração de Salamanca
(1994), A declaração ainda acrescenta:

Todas as crianças têm direito fundamental à educação e deve ser dada a


oportunidade de obter e manter um nível adequado de conhecimento. Cada
criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de
aprendizagem que lhes são próprias. Os sistemas educativos devem ser
projetados e os programas aplicados de modo que tenha em vista toda a gama
dessas diferentes características e necessidades. As pessoas com
necessidades educativas especiais devem ter acesso à escola regular que
deverão integrá-las numa pedagogia centrada na criança, capaz de atender a
essas necessidades. As escolas regulares, com essa orientação integradora,
representam os meios mais eficazes de combater as atitudes discriminatórias,
criando comunidades acolhedoras, construindo uma sociedade integradora e
alcançando educação para todos, além de proporcionar uma educação efetiva
à maioria das crianças e melhorar tanto a eficiência como a relação custo-
benefício de todo o sistema educativo. (UNESCO, 1994)

Deve-se preservar a diversidade cultural, utilizar a mesma como um elemento


enriquecedor da prática educativa, social e do desenvolvimento pessoal das
pessoas com necessidades especiais. A escola juntamente com seus
profissionais da educação devem promover um ensino-aprendizagem coletivo,
significativo, modificável e benéfico há todas as pessoas com limitações,
incluindo no seu processo de ensino o respeito aos diferentes ritmos de
aprendizagem.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio curricular supervisionado em educação especial desenvolveu-se com


base na observação á prática docente, na participação ativa, no auxílio ao
professor nas atividades e na produção de material. Analisou-se o método de
inclusão social, a relação professor – aluno, os estímulos do ambiente e do
brinquedo na conquista da Modificabilidade Cognitiva dos educandos com
necessidades educacionais especiais.

Na escola vivenciei muitas ações positivas/ significativas, através de ações


investigativas, entrevistas, saberes, diálogo, respeito, democracia, relações e
culturas diversas, encaminhamentos metodológicos, conteúdos e
conhecimentos específicos no processo de ensino – aprendizagem. O papel da
escola, da sociedade e da família é muito importante na luta em reverter esse
quadro de preconceitos e discriminação pela qual passam as pessoas com
necessidades especiais devidos á limitações específicas que possuem.

As adaptações pedagógicas devem ser constantes para que enriqueça os


saberes, a prática e as habilidades dos professores e dos educandos, para que
possam realizar com suas técnicas ações após uma organização tática e
coerente, podendo se inteirar dos objetivos, conhecendo os processos de
educação, e investindo em sua formação continuada para ampliar o ensino-
aprendizagem dos educandos, devendo sempre respeitar o desenvolvimento
cognitivo dos alunos, planejando e direcionando atividades que envolvam o
aluno como agente ativo do processo ensino-aprendizagem, como também,
analisando tudo o que o aluno faz: descobrindo o que ele domina, utilizando as
suas hipóteses para compreender a sua forma de pensar, isto é, valorizar o
que o aluno com necessidade educacional especial já possui de
conhecimentos.

A respeito das contradições decorrentes, o trabalho e a atuação do professor/


pedagogo muitas vezes é considerada uma ação isolada, não importante na
sociedade, por ser uma sociedade capitalista que muitas vezes valoriza
demasiada as estruturas da escola, os seus meios de comunicação,
acreditando que isso é fundamental e necessário para o conforto de seus
filhos, desvalorizando em alguns momentos o esforço e o desempenho do
professor (a), o trabalho do professor (a) que devem ser mais valorizado, não
digo que não está sendo, mas é preciso maior compreensão, reconhecimento
da formação, maior remuneração salarial a esse profissional, sendo que,
muitas vezes têm escolas com grandes recursos educacionais, mas não têm o
mais essencial à educação que é o professor, pois acontece que, muitas vezes
faltam professores para atuar nas escolas, e isso precisa ser mais debatido,
visto e refletido pela nossa sociedade em geral.

O estágio em educação especial forneceu-me um grande aprendizado e uma


sólida formação por conta da participação real ao contexto educativo “especial”,
por haver a reflexão da realidade ali exposta, onde se analisa os processos de
inclusão x exclusão e da capacidade de conquistarmos á modificabilidade
cognitiva humana, independentemente das limitações específicas de cada
pessoa. Em forma de conclusão do trabalho de estágio curricular, pode-se
afirmar que as contribuições trazidas pelo trabalho foram gradativamente
significativas á minha futura formação docente. Verificou-se que a inclusão
social é possível, e através dela se obtêm maiores oportunidades e capacidade
de estabelecer laços e se desenvolver fisicamente e cognitivamente todas as
pessoas com necessidades especiais.
Contudo, os estímulos da família, da escola e sociedade para com essas
pessoas, contribuem para que sejam membros ativos e autônomos na
construção de conhecimentos. Concluindo, os momentos de observações e
participação ativa no espaço estagiado foram momentos em que a descrição
dos sujeitos foi observada incluindo a cultura, posição social, os
comportamentos, as dificuldades encontradas, o modo de falar e outras
especificidades. A reconstrução do diálogo foi analisada, sendo que utilizei das
palavras dos sujeitos tornando o documento mais preciso e fidedigno, onde o
local estagiado foi detalhado da melhor forma possível.

Devemos buscar conhecimentos no que diz a respeito há educação especial e


inclusiva, pois é uma prática inovadora que está sendo enfatizada e necessita
sim, de qualidade no ensino-aprendizagem de todos os alunos, devemos exigir
que a escola se atualize diariamente, e que nós professores nos aperfeiçoamos
nas nossas práticas pedagógicas. É um novo paradigma que desafia o
cotidiano escolar brasileiro. São barreiras a serem superadas por todos:
profissionais da educação, comunidade, pais e alunos. Precisamos aprender
mais sobre a diversidade humana, a fim de compreender os modos
diferenciados que cada ser humano observa o mundo e a sociedade em que
vive.

4. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Política Nacional de


Educação Especial. Brasília, DF: Secretaria de Educação Especial, 1994.

____________.Constituição da República Federativa do Brasil, 1988


Brasília, DF, Poder Executivo, 05 de outubro de 1988

____________.Ministério Público Federal Fundação Procurador Pedro Jorge


de Melo e Silva organizadores.O acesso de alunos com deficiência às
escolas e classes comuns da rede regular. Brasília: Procuradoria Federal
dos Direitos do Cidadão, 2004.
BUDEL, Gislaine Coimbra. Mediação de Aprendizagem na educação
especial/ Gislaine Coimbra Budel, Marcos Meier. – Curitiba: InterSaberes,
2012. – (Série Inclusão Social)

DECLARAÇÃO deSalamanca e linha de ação sobre necessidades


educativas especiais. (1994, Salamanca). Brasília: CORDE, 1997.

FERREIRO, EMÍLIA. Alfabetização em processo. São Paulo: Cortez, 2004.

FEUERSTEIN, Reuven.A avaliação dinâmica da modificabilidade cognitiva:


a dispositiva propensão de aprendizagem: teoria, instrumentos e técnicas.
Jerusalém, Israel: ICELP Press, 2002.

FEUERSTEIN, Reuven. FALIK, Louis H. FEUERSTEIN, Rafi.As definições de


conceitos essenciais e termos:Um glossário de trabalho. Jerusalém, Israel:
ICELP Printshop de 2006. FEUERSTEIN

FREIRE, PAULO. Educação como prática de liberdade. Rio de Janeiro: Paz


e terra, 1967.

UNESCO.Declaração de Salamanca e linha de ação sobre necessidades


educativas especiais. Brasília, CORDE, 1994.

SANTOS, S.M.P.; CRUZ, D.R.M.O lúdico na formação do educador. In.


SANTOS, Santa Marli Pires (Org.). O lúdico na formação do educador. 3.ed.
Petrópolis: Vozes, 1999. p.11-17.

VYGOTSKY, LEVI.A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,


1989.

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Assinatura do Diretor da Escola e Carimbo

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