Inclusão Escolar: Práticas Pedagógicas Na Educação Infantil: Eixo Temático 10: Educação e Infância
Inclusão Escolar: Práticas Pedagógicas Na Educação Infantil: Eixo Temático 10: Educação e Infância
Inclusão Escolar: Práticas Pedagógicas Na Educação Infantil: Eixo Temático 10: Educação e Infância
INFANTIL
Eixo Temático 10: Educação e Infância
Resumo
Este artigo aborda assuntos referentes a um tema bastante discutido. Refere-se à inclusão
escolar de pessoas com deficiência na educação regular e as estratégias pedagógicas que
auxiliam na educação infantil. As questões norteadoras consistem nas limitações que cercam a
temática. A pesquisa contemplou estudos bibliográficos. Enfocaram-se algumas fontes de
informações relacionadas aos procedimentos necessários que possam contribuir para a uma
educação inclusiva de qualidade, as orientações pedagógicas fundamentais, ou seja, o
aprimoramento do currículo, capacitação de professores e o projeto político pedagógico
voltado para diversidade. Nesse contexto, refletiu-se para o trato ideal para atender as
especificidades dos discentes, com abertura de espaços para reflexão onde as crianças sintam-
se respeitadas e possam sentir prazer em aprender e conviver em grupo.
Abstract
This article discusses issues related to a topic widely discussed. Refers to the educational
inclusion of people with disabilities in regular education and the teaching strategies that assist
in early childhood education. The guiding questions consist of the limitations surrounding the
issue. A bibliographic search included studies. Focused on a few sources of information
related to procedures that may contribute to an inclusive education of quality, fundamental
educational guidelines, or the improvement of curriculum, teacher training and the political
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Graduanda- PIBIX/ Pedagogia UFS [email protected]
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Graduanda- PIBIC/ Pedagogia UFS [email protected]
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Graduado em Geografia Licenciatura e Bacharelado pela Universidade Federal de Sergipe (UFS). Pós-graduado
em Didática e Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade São Luís de França. [email protected]
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project aimed at teaching diversity. In this context, reflected to the right tract to fit the
characteristics of students, with open spaces for reflection where children feel respected and
can take pleasure in learning and living in groups.
1- INTRODUÇÃO
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entre escola e comunidade. Deve ser entendido “como um dos principais instrumentos para a
organização do trabalho e das atividades da escola e, particularmente, para a definição de sua
própria organização pedagógica” (DOURADO, 2006, p. 56).
Por isso, a organização do trabalho pedagógico na escola é de fundamental
importância, a fim de que a escola cumpra a sua real função e o trabalho do professor seja
considerado na sua totalidade.
Logo, vale destacar também a importância da formação continuada de professores
no aperfeiçoamento da sua prática reflexiva na educação infantil. Perrenoud (1999) menciona
como uma das competências do professor a gestão de sua formação contínua, indicando o
surgimento de projetos de formação com os professores da unidade escolar, onde eles possam
pensar e buscar soluções através de ações discutidas em coletividade.
Nesse mesmo entendimento, Libâneo (2004) afirma que a formação continuada de
professores torna possível a reflexividade e a mudança da prática docente, ajudando os
professores a pensar sobre as suas dificuldades, compreendendo-as e elaborando maneiras de
enfrentá-las. Por isso deve ser um processo contínuo, que perpassa sua prática com os alunos
e considera o saber de todos os profissionais da educação no processo de inclusão.
É imprescindível, portanto, investir na criação de uma política de formação
continuada para os profissionais da educação com reuniões, abertura de espaços de reflexão e
escuta sistemática entre grupos, dispostos a acompanhar, discutir e interagir com o corpo
docente.
Assim, Bueno (2001, p. 15) coloca quatro desafios que a educação inclusiva
impõe à educação de professores:
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A fim de que se tenham espaços adequados para que se efetive uma prática
pedagógica inclusiva na educação infantil com qualidade, é necessário ter um ambiente
adequado para assegurar o acesso e permanência da criança com deficiência e materiais
apropriados disponíveis na escola para que o professor possa aplicar a atividade com todos os
alunos.
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alunos não progridem em virtude de suas dificuldades ou deficiências, e por isso necessitam
de uma intervenção educacional especial, para adotar estratégias de transformação das
condições sociais e ambientais.
Sabemos, entretanto, que a formação dos educadores nem sempre os prepara para
trabalhar com a diversidade encontrada em sala de aula, e muito menos para lidar com
situações relacionadas à mesma. Consequentemente, a falta de uma formação mais adequada
implica diretamente em problemas junto ao processo de inclusão social de todas as crianças,
bem como na construção de regras e princípios morais em relação a elas mesmas, suas
condições existenciais e em relação aos outros.
2- INCLUSÃO ESCOLAR
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retrata sobre “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”, no art. 208
ratifica atendimento educacional especializado as pessoas com deficiência, preferencialmente
na rede regular de ensino e nesse mesmo artigo no inciso IV aborda a “educação infantil, em
creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade”.
Além dos conhecimentos supracitados, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDB de 1996 em seu artigo 29 declara “a educação infantil, primeira etapa da
educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de
idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da
família e da comunidade”.
Com isso surgem documentos, planos, referencias curriculares, entre outros, com
o objetivo de garantir os direitos das crianças, a exemplo o documento Política Nacional de
Educação Infantil (BRASIL, 2006) que aborda as diretrizes, objetivos, metas e estratégias
para promover a melhoria da qualidade do atendimento e ensino em escolas de Educação
Infantil. Este documento tem como objetivo auxiliar os sistemas educacionais para modificar
as escolas públicas brasileiras em espaços inclusivos e de qualidade, que valorizem as
diferenças sociais, culturais, físicas e emocionais atendendo às necessidades educacionais de
cada aluno.
Neste sentido, a compreensão da educação no processo de inclusão educacional
numa perspectiva coletiva da comunidade escolar deve conduzir transformações nas
instituições escolares e que, principalmente impulsione mudanças de atitudes com relação aos
alunos. Por isso, vale destacar os Saberes e Práticas da Inclusão (BRASIL, 2006), que designa
princípios e fundamentos que exibe êxito no processo de inclusão no ensino regular na
educação infantil: a valorização da diversidade para conviver com as diferenças, o princípio
da identidade com a construção da pessoa humana, a construção de laços de solidariedade,
relações interpessoais positivas, interação e sintonia considerando as necessidades
educacionais de todos os alunos.
Além disso, o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI)
(BRASIL, 1998) ressalta a união entre cuidar e educar, respeitando a singularidade e
individualidade de cada criança: diferenças sociais, cognitivas, econômicas, culturais, étnicas
e religiosas.
Assim, “educar” significa propiciar situações de cuidado, brincadeiras e
aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o
desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e
estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito, confiança,
e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade
social e cultural. “Cuidar” significa ajudar o outro a se desenvolver como ser
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humano, valorizar e ajudar a desenvolver capacidades (BRASIL, 1998,
p.23).
• desenvolver uma imagem positiva de si, atuando de forma cada vez mais
independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas
limitações;
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• estabelecer vínculos afetivos e de troca com adultos e crianças,
fortalecendo sua autoestima e ampliando gradativamente suas possibilidades
de comunicação e interação social;
É preciso saber que a criança é um ser que tem potencialidades e a escola que
possuir uma boa proposta pedagógica poderá lhe proporcionar oportunidades de compreender
o mundo que a cerca.
Dessa forma, o professor deve conhecer seus alunos e propor situações que
tenham sentido e significado para a criança através de desenhos, músicas, pintura,
modelagem, brincadeiras, cuidados, socialização e educação, levando em consideração que
cada criança tem uma maneira específica de pensar, de agir e entender. Assim, cada aluno,
com deficiência ou não, possui necessidades específicas e os docentes têm que estar
pedagogicamente preparados para atender a diversidade, cumprindo com o seu papel de dar
condições para o educando construir seu conhecimento.
O ambiente da escola de educação infantil deve ser motivador, que estimule e
incentive a criação, o brincar, o descobrir, o conhecer, deve ser um local atrativo para a
criança. Com isso, Zabalza (1998) ressalta a importância e necessidade da criação de espaços
motivadores e desafiadores para que as crianças percebam no contexto escolar possibilidades
de criação e crescimento pessoal.
Os conteúdos a serem abordados deverão ser os mesmos para todos os alunos, o
que deve ser diferenciado são os recursos didáticos de acordo com as limitações dos alunos
com deficiência ou não. A escola deve sempre estar aberta e flexível, em todo momento,
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inclusive a seriedade da proposta pedagógica deverá estar clara para os pais bem como
conhecer o desenvolvimento dos filhos.
Madalena Freire (2001) mostra como é rentável uma prática pedagógica que siga
o mesmo fluxo que seus alunos e destaca a pré-escola como um período que a criança passa
de extrema importância na construção dos alicerces de sua afetividade, socialização e
inteligência. Assim, para que a escola possa contribuir no processo de construção de
conhecimento da criança, é necessário que cognitivo e afetivo caminhem juntos.
A infância é uma fase que representa os primeiros anos de vida da criança, seu
desenvolvimento, seus prazeres e dissabores. E como diz Madalena Freire (1893. p.15) “sem
paixão não poderia existir a condição do conhecimento”, assim, educar bem as crianças é um
desafio que pode mudar o futuro do Brasil.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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cidadão participativo, crítico e consciente de seu papel na sociedade. Também, destaca-se a
necessidade do comprometimento de professores, funcionários, alunos e família, requerendo,
ainda, grande parceria com a sociedade em que se insere nas responsabilidades de suas
tarefas.
Enfim, direciono as palavras de Rubens Alves associando a escola de educação
infantil a uma árvore cheia de oportunidades, esperanças, crescimento. Futuro.
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Rubens Alves é pedagogo, poeta e filósofo. Autor de diversos livros para crianças, e tem na educação um dos
temas que mais lhe causam inquietação. Seus livros levam a refletir sobre a desafiadora tarefa: educar o ser
humano para que ele possa desenvolve-se em sua plenitude.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
________. Política Nacional de Educação Infantil: pelo direito das crianças de zero a seis
anos à educação. Brasília: MEC, SEB, 2006. 32 p.
FARIA A. G. & PALHARES, M. S. (Orgs). Educação infantil pós- LDB: rumos e desafios.
Campinas: Autores Associados, 1999.
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FREIRE, M. A paixão de Conhecer o mundo. São Paulo: Paz e Terra, 2001.
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