P1 Parasito
P1 Parasito
P1 Parasito
animais venenosos → animais que têm veneno mas não conseguem inoculá-lo
animais peçonhentos→ a peçonha é uma substância tóxica produzida e passível de ser inoculada em outro animal, por
aparato inoculatório próprio do ser produtor
cerca de 30% dos casos ocorrem por picadas sem veneno inoculado
Aracnídeos
Distribuição
escorpiões são os que mais causam acidentes no Brasil, seguidos pelas serpentes e aranhas
no Brasil → 500 famílias e 10.000 espécies, especialmente na floresta amazônica mas também em outros ambientes
Classificação zoológica
pertencem ao Filo Arthropoda, sub-filo Chelicerata e a classe Arachnida
Opiliões
são aracnídeos que possuem o prossoma fundido com o opistossoma, um par de olhos centrais e um par de glândulas
odoríferas nas laterais do prossoma
variam de 0,5 a 2 cm
Lacraias
artrópodes terrestres quea presentam um par de antenas, um par de forcípulas e o corpo segmentado dividido em cabeça
e tronco
essas patas não são usadas para caminhar, ficando suspensas do solo
os acidentes que ocorrem por piolho de cobra são por sensibilidade aos fluidos corporais do piolho de cobra, causando
dermatite superficial
as aranhas têm esse segmento unido pelo pedicélio → estrutura flexível que permite movimentação
constituídos por dois segmentos: um basal e uma extremidade diferenciada conforme as ordens (varia em formato)
nos escorpiões, são pequenas pinças usadas para macerar a presa (a picada é cada pela cauda)
tem 6 segmentos
nos escorpiões, os palpos são as garras (seguram a presa para dar a picada)
pedipalpos
Opistossoma (abdome)
região posterior do corpo, relacionada à digestão, absorção, respiração, excreção e reprodução
Glândulas de veneno
são geralmente duas glândulas contendo abertura externa por onde é liberado
Alimentação
são carnívoros → alimentam-se de animais vivos
Reprodução
possuem sexo separado e a fecundação pode ser interna ou externa
Sentidos
a visão não é nítida
mecanorreceptores → pelos na parte ventral das patas que percebem deslocamentos mínimos
Importância ecológica
se alimentam de pragas
Importância médica
os aracnídeos de importância médica são representados por aranhas e escorpiões que possuem veneno tóxico para o homem
Aranhas
dividem-se em Mygalomorphae e Araneomorphae
Mygalomorphae
Araneomorphae
Importância médica
precisa saber nome popular e nome científico! 3 famílias de aranhas são perigosas, principalmente 3 gêneros
🕷️ a região Sul é muito afetada por acidentes com aranhas, especialmente em Santa Catarina!
veneno → é neurotóxico (causa muita dor e afeta diversas partes do sistema nervoso)
geralmente não matam adultos, mas deve-se tomar cuidado com crianças
o bloqueio anestésico local dura no máximo 4 horas, sendo que o efeito da picada dura 8 horas
não tem importância em saúde pública, mas se parece muito com a armadeira → importante diferenciar para que a pessoa
não tome o soro desnecessariamente
comportamento → hábitos errantes (diurnos e noturnos), sendo frequentemente encontradas em gramados ou jardins
em vez de corações no dorso do abdome, tem uma seta; tem riscos laterais, e não centrais
teia emaranhada
a picada é indolor, mas após alguns dias surge lesão e necrose local (dermonecrótico)
diagnóstico diferencial → diferenciar a Loxosceles laeta da Scytodes fusca pelo desenho de violino no cefalotórax
essa aranha tem soro só dela (soro antiloxoscélico), porém aplicar só se houver certeza que foi a causadora da lesão →
evitar que ocorra sensibilização do paciente
única das aranhas clinicamente relevantes que faz teia para prender as presas → características sedentárias
teia tridimensional
temperamento → não é agressiva; acidentes acontecem quando ela é atacada/ameaçada de alguma forma
veneno → neurotóxico
tratamento → analgésicos e relaxantes musculares (para dor), bloqueio local e soro específico
mesmo sem soro, assim como a armadeira, dificilmente vai matar um adulto sem comorbidades (porém crianças e idosos
têm risco maior)
edema de pálpebra
Latrodectus mactans
diagnóstico diferencial
atividade noturna
6 cm de corpo e 15 cm de envergadura
os pelos que ela possui no abdome são urticantes; em contato com mucosas podem causar alergia
Escorpiões
somente o gênero Tityus é de importância médica no Brasil
tamanho → 6 a 7 cm de corpo
veneno → neurotóxico
triângulo no dorso
Escorpionismo grave
tempestade autonômica → variação brusca entre o simpático e parassimpático em um primeiro momento
Prevenção de acidentes
comportamento → se alimentam de folhas, vivem em florestas mas podem ser encontradas no meio rural e na vegetação de
áreas urbanas
manchas brancas
por isso, é necessário verificar o tempo de coagulação para ver se o corpo voltou à normalidade
prevenção
Serpentes
maior índice de letalidade entre os animais peçonhentos
suas atividades decorrem da busca de alimentos, reprodução, controle da temperatura corpórea e repouso
não mastigam
sentidos
🐍 a cobra coral é uma exceção da regra → não possui fosseta loreal e é extremamente venenosa
Serpentes venenosas
temperamento: agressivo, é a serpente que mais causa acidentes no sul e sudeste do Brasil
características do acidente
local → processo inflamatório, edema local, equimose, dor e adenomegalia regional progredindo, ao longo do membro,
para bolhas (conteúdo seroso ou serohemorrágico) e, eventualmente, para necrose
sistêmico → alteração da coagulação, sangramentos espontâneos, náuseas, vômito, sudorese, hipotensão e choque
exames complementares
VHS: aumentado;
mais tóxica dentre as jararacas, com a exceção da jararaca ilhoa, três vezes mais peçonhenta
dimensões: é a maior serpente peçonhenta das Américas (até 4,5m), compresas de até 3,5cm
veneno: muito semelhantes ao venenobotrópico, a diferença se dá na presença de alterações vagais (náuseas, vômitos,
cólicas, diarréia, hipotensão e choque)
temperamento: agressivo, quando irritadas produzem som característico ao agitarem a cauda (chocalho ou guizo)
dimensões: até 1m
veneno: neurotoxina muito potente, combloqueio da junção neuromuscular e mortepor insuficiência respiratória aguda
Caracterização
os parasitas podem ser divididos em protozoários (unicelulares) e metazoários (helmintos e artrópodes, pluricelulares)
artrópodes → são animais invertebrados caracterizados por possuírem membros rígidos, articulados, com vários pares de
pernas, que variam em número de acordo com as classes
a maioria apresenta uma função indireta na doença humana, pois transmite, mas não produz
artrópodes de interesse médico: carrapato, ácaros (escabiose), piolho, pulga, barbeiro, mosquito, mosca (larvas)
Carrapato
Amblyomma sp., da família Ixodidae
sinais clínicos: eczema (lesão de pele), anemia, febre maculosa (causada pela bactéria
Rickettsia rickettsii) e doença de Lyme (Borrelia burgdorferi)
Febre maculosa
transmitida pelo carrapato-estrela da espécie Amblyomma cajennense infectado pela bactéria Rickettsia rickettsii
o carrapato precisa ficar fixado na pessoa de 4 a 8 horas para transmitir uma quantidade significativa de bactéria
Doença de Lyme
também chamada de borreliose, meningopolineurite e eritema migratório
é uma bactéria espiroqueta, ou seja, tem o corpo enrolado em hélice, movendo-se com movimentos tipo "saca-rolhas"
cuidado para retirar: se o carrapato for queimado, ele irá salivar mais antes de se soltar; o correto é utilizar uma pinça de
ponta fina e torcer a base dele no sentido anti-horário
tratamento: antibioticoterapia que tenha ação sobre Gram - (doxiciclina, amoxicilina, outros)
Ácaros — sarnas
agentes → Sarcoptes scabiei var. hominis (F. Sarcoptidae), Demodex folliculorum/D. brevis (F. Demodicidae)
caracteriza-se por intenso prurido (à noite, quando o ácaro sai dos túneis para se reproduzir)
áreas propensas para verificar as lesões: regiões interdigitais, punhos, axilas, região peri-umbilical, sulco inter glúteo e órgãos
genitais
locais preferenciais são: couro cabeludo, pele do rosto, testa, sobrancelhas, cílios, bochechas e os canais do ouvido externo
Tratamento
individualizado, tópico ou oral
Monossulfiram
Benzoato de benzila
Permetrina
Piolho — pediculose
agentes → Pediculus humanus (F. Pediculidae) e Phthirus pubis (F. Pthiridae)
transmissão
sintomatologia
infecções secundárias
Pulgas
principais
Tungíase — bicho do pé
as pupas podem aguardar mais de um ano por um hospedeiro e sobreviver 125 dias sem alimentar-se
banhar os animais com inseticidas, associar produtos com poder residual de 30 dias (spot on) e pulverizar o ambiente
podem ser hematófagos (transmitem doenças), predadores (que se alimentam de outros insetos) e fitófagos
Rhodnius
🪲 têm o comportamento peculiar de defecar durante a alimentação; o protozoário está nas fezes do inseto
Transmissão
ocorre através da picada (que, ao coçar, permite a entrada do protozoário pelas fezes do inseto)
transplante de órgãos
via oral → seria uma das principais formas de contaminação no Brasil atualmente; ocorre ao ingerir alimentos contaminados
Sinais clínicos
a doença tem diferentes fases (aguda, indeterminada e crônica)
Reservatórios do Trypanosoma
gambás (marsupiais) e roedores (Rattus rattus – rato comum, Rattus norvergicus – ratazana do esgoto, Mus musculus–
camundongo)
vigilância epidemiológica
Mosquitos
prof. recomenda fazer armadilhas em vez de estimular “não deixar água parada”
os ovos são resistentes à dessecação por vários meses até que haja contato com a água
o macho tem mais pelos nas antenas que as fêmeas e tem os palpos maiores e com tridentes
Culex sp.
transmite elefantíase no norte do país
é o mosquito comum
Culex sp.
Lutzomyia longipalpis
Anopheles
transmissor da malária → protozoário Plasmodium
Aedes sp.
o correto é falar “edes”
Moscas
Família Calliphoridae
Subfamília Chrysomyinae
Gênero Cochliomyia
causadora de miíase
Espécie Cochliomya hominivorax
uso → é uma das mais efetivas e eficientes maneiras de se realizar o debridamento (limpeza) de feridas infectadas e
gangrenadas em comparação com muitos outros tratamentos recomendados
indicações
osteomielite crônica
úlceras crônicas
mudança no pH da ferida
🪰 as larvas ficam consideravelmente maiores após ingerir o tecido, ficando fácil removê-las
PROTOZOÁRIOS FLAGELADOS
01) GIARDIA
Domínio: Eukaria
Ela foi primeiramente descrita em 1681 por Anthon van Leeuwenhoek em suas Reino: Protista
próprias fezes e raspando os seus dentes. Além disso, a Giardia acomete uma ampla Subreino: Protozoa
variedade de hospedeiros: mamíferos (zoonose = doença infecciosa de animais capaz de ser Filo: Sarcomastigophora
naturalmente transmitida para o ser humano), aves, répteis, anfíbios. Diante disso, o estreito Subfilo: Mastigophora
relacionamento entre homem/animal favorece a transmissão. Classe: Zoomastigophora
Inclusive, esse é o flagelo mais comum do trato digestivo humano, e ocorre cerca de Ordem: Diplomonadida
280 milhões de novos casos por ano (OMS), os quais possuem distribuição mundial. Família: Hexamitidae
Paralelamente a isso, essa é uma das causas mais comuns de diarreias em crianças. Gênero: Giardia
Espécie: Giardia lamblia
Flagelado: 6-8 flagelos e simetria bilateral
Formas evolutivas: cistos e trofozoítos
Os cistos possuem formas esféricas, com 2 a 4 núcleos e restos fibrilares das organelas do trofozoíto. Além disso, é
nesta forma que a giárdia resiste ao pH do nosso trato gastrointestinal, diante disso, a forma cística é a que encontramos nas
fezes.
Existem mais de 40 espécies descritas do gênero Giardia, mas somente 5 são consideradas importantes:
Giardia lamblia – Também denominada G. intestinalis ou G. duodenalis, parasita amplo grupo de animais
domésticos e silvestres além do homem.
G. muris – Roedores
G. psitacci e G. ardeae – Aves
G. agilis – Anfíbios
Luiza Salatino – Turma 107
O parasita vive no intestino delgado e o seu disco adesivo adere às células do epitélio intestinal (o protozoário possui
um disco suctorial que se fixa no intestino e provoca lesões conforme o parasita vai se locomovendo). Além disso, os parasitas
são móveis graças aos flagelos e, também, locomovem-se conforme o movimento peristáltico. Ademais, os trofozoítos se
dividem por fissão binária e, inclusive, um único hospedeiro é capaz de eliminar bilhões de parasitas. Quando os parasitas
chegam ao intestino grosso, eles sofrem um processo de transformação do formato trofozoíto para o cístico, se enrolando sobre
si mesmos (cistos novos podem ter dois núcleos e os mais antigos, quatro).
Outrossim, a infecção se dá pela ingestão da forma cística (presente em alimentos e água). Já a eliminação do parasita
se dá de forma intermitente, diante disso, solicitamos 3 exames de fezes para aumentar as chances do parasita ser encontrado
(agente etiológico).
Ciclo Biológico:
O ciclo é monoxênico (parasitas realizam seu ciclo de vida em um único hospedeiro, portanto a fase de reprodução e
desenvolvimento ocorre em somente um animal, não sendo necessário que o parasita seja repassado a outro indivíduo).
Inicialmente, ocorre a ingestão do cisto (forma infectante) e, no duodeno, o cisto se transforma na sua forma ativa, o trofozoíto.
Os trofozoítos fixam-se às células da mucosa (por mecanismo de sucção) e, geralmente, não são arrastados com as fezes. Estes,
então, colonizam o intestino delgado, fazendo diversas divisões binárias, podendo, assim, causar uma inflamação na mucosa
intestinal, resultando em diarréia. Alguns trofozoítos transformam-se em cistos, que são formas resistentes, porém inativas, que
são arrastadas e excretadas com as fezes. No exterior, os cistos resistem por, aproximadamente, 3 meses. Se os cistos forem
ingeridos por algum animal, são ativados durante a passagem pelo seu estômago e transformam-se em trofozoítos,
completando seu ciclo de vida biológico.
Epidemiologia do Parasita:
O ciclo é direto – Monoxênico
A via normal de infecção é a ingestão de
cistos
Os cistos são eliminados pelas fezes por 1 a
2 semanas após a infecção
Cistos são resistentes no meio ambiente por
longos períodos
Doença é altamente contagiosa
Transmissão ocorre:
Pela água sem tratamento
Por alimentos contaminados (frutas e
verduras cruas mal lavadas)
Pelo contato com animais e entre
pessoas (mãos contaminadas)
Sinais Clínicos:
Sintomas são inespecíficos, o que dificulta o
diagnóstico; diante disso, devemos conciliar
sintomas clínicos com exames laboratoriais
Diarréia (2-4 semanas)
Cólicas abdominais
Náuseas
Distensão abdominal (flatulência)
Eliminação de fezes gordurosas, fétidas
(esteatorréia)
Perda de peso
Fisiopatologia: As lesões mais evidentes são encontradas na mucosa intestinal, dentre elas, temos:
Atrofia das vilosidades
Hipertrofia das criptas
Dificuldade na absorção (carboidratos, gorduras e vitaminas)
Inflamação da mucosa intestinal
Diagnóstico: Feito pelo exame microscópico de fezes. OBS: Deve-se examinar 3 amostras de fezes colhidas em dias
alternados (eliminação intermitente). Ademais, a presença de cistos é mais comum, mas a presença de trofozoítos facilita o
diagnóstico.
Trofozoítos – Direto com fezes frescas
Cistos – Coloração com lugol, iodo tricrômico ou hematoxilina férrica
Tratamento:
Feito com derivados Imidazólicos
Luiza Salatino – Turma 107
Metronidazol 500mg/bid/5dias (mais barato, mas deve ser tomado por mais dias)
Secnidazol 2000mg/dose única
Tinidazol 2000mg/dose única
Benzimidazólicos (Albendazol) 400mg/5dias (não é o mais indicado, mas aumentado a dose e o número de dias, ele faz
efeito) – Atua mais em vermes redondos
Profilaxia:
O principal obstáculo – potencial zoonótico (reservatório animal)
Saneamento básico (água e esgoto tratado)
Alimentos livres de contaminação (insetos podem ser vetores)
Bons hábitos de higiene (lavar as mãos)
Vacina canina Reino: Protista
Filo: Euglenozoa
02) TRYPANOSOMA Classe: Kinetoplastea
Ordem: Trypanosomatida
É um protozoário flagelado que possui a forma tripomastigota (forma infectante). Família: Trypanosomatidae
Além disso, é uma antroponose (são doenças em que o ser humano é o único reservatório, Gênero: Trypanosoma
suscetível e hospedeiro) frequente nas Américas e que recebe nomes como: Doença de Espécie: Trypanosoma cruzi
Chagas, Tripanossomíase Americana ou Esquizotripanose.
Essa doença possui evolução crônica e debilitante, constituindo grande problema social devido à sobrecarga para os
órgãos previdenciários. Além disso, no Brasil, ela predomina, principalmente, nas regiões Nordeste, Sudeste e Sul, devido à sua
intima relação com más condições das moradias (favorecem a nidificação dos hemípteros triatomíneos).
O vetor é o triatomíneo conhecido pelo nome de Barbeiro, fincão, entre outros dependendo da região.
Tripomastigota – Forma infectante, encontrada extracelularmente na corrente sanguínea, pois possui flagelo, nada, se
movimenta e nada entre as células sanguíneas. Também podemos encontrar a forma Tripomastigota dentro do intestino do
vetor (barbeiro).
Amastigota – Forma intracelular, sem organela de locomoção. Encontrada, principalmente, nas células musculares. Nesta
forma, temos a invaginação do flagelo, formando uma forma mais arredondada. Além disso, essa é a forma crônica, ou seja,
a forma encontrada nos tecidos.
Formas de Transmissão:
O ciclo biológico do T. cruzi é do tipo heteróxeno (ciclos que são caracterizados por só serem completos quando temos
dois ou mais hospedeiros), passando o parasito por uma fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado e
extracelular no inseto vetor (triatomíneo).
O parasito, na natureza, existe em diferentes populações de hospedeiros vertebrados, tais como seres humanos,
animais silvestres e animais domésticos, e os invertebrados, a exemplo dos insetos vetores. T. cruzi possui variações
morfológicas e funcionais, alternando entre estágios que sofrem divisão binária e as formas não replicativas e infectantes. Como
formas replicativas estão incluídas os epimastigotas presentes no tubo digestivo do inseto vetor e amastigotas observados no
interior das células de mamíferos. As formas não replicativas e infectantes, os tripomastigotas são encontrados nas fezes e urina
do inseto vetor e os tripomastigotas circulantes no sangue de mamíferos.
Durante a fase no hospedeiro invertebrado, o T. cruzi se transforma em epimastigota, e então, no intestino posterior,
diferencia em tripomastigota, o qual, eliminado pelas fezes e urina do inseto vetor, é capaz de infectar o hospedeiro vertebrado.
Ademais, o parasita não penetra a pele intacta, somente infecta o hospedeiro via mucosa ou ferimentos na pele. Nos
mamíferos, os parasitos se desenvolvem no interior das células na forma amastigota e são liberados para o sangue na forma
tripomastigota após as células do hospedeiro se romperem.
Durante a alimentação do inseto, as formas tripomastigotas que se encontram no sangue do hospedeiro vertebrado
infectado, são ingeridas pelos insetos. Alguns dias após a alimentação do inseto, os parasitas se transformam em epimastigotas.
Uma vez que a infecção seja estabelecida no estômago do inseto vetor, as formas epimastigotas do parasito se dividem
repetidamente por divisão binária e podem aderir às membranas das células intestinais. Em grande número, os epimastigotas se
ligam à cutícula retal e se diferenciam em tripomastigotas. Além disso, ambas as formas, diferenciadas ou não, podem ser
eliminadas pelas fezes e urina.
Forma Indeterminada – Paciente assintomático e sem sinais de comprometimento do aparelho cardiocirculatório. Além
disso, esse quadro poderá perdurar por toda a vida da pessoa infectada (parasito vai para dentro dos tecidos e para de se
reproduzir por tempo indeterminado) ou pode evoluir tardiamente para a forma cardíaca e/ou digestiva.
Sintomas aparecem depois de vários anos ou décadas e incluem:
Alterações cardíacas: arritmia, miocardiopatia (taquicardia, cardiomegalia, hipotensão, insuficiência cardíaca).
Alterações digestivas: dificuldade de deglutição, regurgitação, dor epigástrica, tosse, disfagia (megaesôfago), megacólon,
megaduodeno, obstipação intestinal grave, hepatomegalia, emagrecimento acentuado, fecaloma.
Sistema Nervoso: meningoencefalite
Dispneia e soluços
Diagnóstico: Clínico, Epidemiológico e Laboratorial
Fase Aguda:
Exame direto do sangue periférico – Formas tripomastigotas
Método de concentração (microhematócrito) – Maior sensibilidade
Exames Sorológicos (IgG e IgM)
Diagnóstico molecular (PCR)
Exames sorológicos (ELISA, IFD, IFI)
Exames complementares (hemograma completo com plaquetas, função hepática, radiografia de tórax, eletrocardiograma,
provas de coagulação, endoscopia digestiva alta, ecodopplercardiografia e exame de líquor).
Tratamento
Forma Aguda – Benznidazol ou Nifurtimox. Eficácia acima de 60% para curar totalmente a doença.
Forma Crônica – Benznidazol associado ao de suporte (dietas específicas, digitálicos, transplante cardíaco, células tronco =
para regredir as lesões provocadas pelos protozoários).
Tratamento:
Deve ser administrado tanto nos pacientes como nos seus
parceiros sexuais
Derivados Nitroimidazólicos (metronidazol, ornidazol, tinidazol
ou nimorazol)
OBS: Mulheres devem fazer uso
concomitante de medicação
local
Profilaxia:
Uso de preservativos
Uso individual de roupas
íntimas
Esterilização de aparelhos
ginecológicos
Higiene dos sanitários públicos
Tratamento dos indivíduos
portadores
Evitar troca de parceiros
04) LEISHMANIOSE
Domínio: Eukariota
A Leishmaniose apresenta dois tipos: a leishmaniose visceral, que ataca os órgãos Reino: Protista
internos, e a leishmaniose tegumentar que ataca a pele e mucosas. Além disso, o agente Filo: Sarcomastigophora
mais comum da leishmaniose visceral no continente americano é a Leishmania chagasi. Já a Classe: Zoomastigophorea
principal espécie causadora da leishmaniose tegumentar é a Leishmania braziliensis. Ordem: Kinetoplastida
Convém ressaltar que o protozoário causador da Leishmaniose é parente do Trypanosoma.
Família: Trypanosomatidae
Vetor: Flebotomídeos – (Ordem Díptera, Família Psychodidae, Sub-família
Gênero: Leishmania
Phlebotominae), especialmente à subespécie Lutzomya longipalpis no Novo Mundo e ao
gênero Phlebotomus no Velho Mundo.
Luiza Salatino – Turma 107
Morfologia da Leishmania:
Formas amastigotas – São ovais ou esféricas. No citoplasma, podemos encontrar vacúolos, um único núcleo e o
cinetoplasto em forma de um pequeno bastão. Não há flagelo livre.
Formas promastigotas – São alongados e apresentam um flagelo livre. No citoplasma existe a presença de granulações
e pequenos vacúolos. O núcleo situa-se na região central da célula. O cinetoplasto apresenta-se situado entre a
extremidade da região anterior e o núcleo.
Formas paramastigotas – São ovais ou arredondadas com cinetoplasto margeado o núcleo ou posterior a este, e um
pequeno flagelo livre. São encontradas aderidas ao epitélio do trato digestivo do vetor.
Transmissão:
Diagnóstico:
Pesquisa do parasito (Giemsa) – raspado das bordas das úlceras cutâneas recentes, imprint e aspiração (formas
amastigotas)
Pesquisa do parasita – exame histopatológico (HE)
Inoculação em hamsters – lesões em 1 mês
Diagnóstico imunológico – reação intradérmica de Montenegro (pode apresentar-se negativa nos casos recentes e
avançados de leishmaniose visceral), imunofluorescência indireta, ELISA.
Leishmaniose visceral – punção aspirativa de medula óssea, linfonodos, fígado e baço.
Epidemiológico – importante identificar a espécie envolvida para o prognóstico e epidemiologia da doença. Ex: Se
diagnosticado L. chagasi – pensar em Lu. Longipalpis e cães.
Tratamento:
Antimoniais pentavalente (glucantine) – droga de primeira escolha, 20mg/Kg/IM ou IV, por, no mínimo, 20 dias.
Pentamidinas (lomedine) – poder curativo inferior e mais tóxicas, 4mg/Kg/IM, de 5 a 25 semanas.
Anfotericina B – se houver resposta insatisfatória dos antimoniais. Dose de 1 mg/Kg/IV/dia até um máximo de 50 mg.
PROTOZOÁRIOS APICOMPLEXOS
(Cryptosporidium sp., Toxoplasma gondii)
São protozoários, seres unicelulares sem sistema locomotor bem desenvolvido, mas com sistema de penetração bem
desenvolvido.
Luiza Salatino – Turma 107
Domínio: Eukariota Domínio: Eukariota Domínio: Eukariota
Reino: Protista Reino: Protista Reino: Protista
Filo: Apicomplexa Filo: Apicomplexa Filo: Apicomplexa
Classe: Coccidea Classe: Sporozoasida Classe: Sporozoasida
Ordem: Eucoccidiorida Ordem: Eucoccidiorida Ordem: Eucoccidiorida
Família: Cryptosporidiidae Família: Sarcocystidae Família: Sarcocystidae
Gênero: Cryptosporidium Subfamília: Sarcocystinae Subfamília: Toxoplasmatinae
Gênero: Sarcocystinae Gênero: Toxoplasma
Cryptosporidium é um coccídio. Antigamente, não se dava muita atenção para ele porque os
laboratórios não detectavam esse protozoário. Além disso, os seres humanos ingerem esse protozoário,
mas o sistema imune mantém esse parasito sob controle. Hoje em dia, esse coccídio é um problema de
saúde. A sua forma infectante está em suspensão na poeira e os indivíduos podem respirar o oocisto.
Gênero: Cryptosporidium
Espécies:
Cryptosporidium parvum – mamíferos = zoonose
Cryptosporidium hominis – homem
C. muris – mamíferos com vários genótipos
C. meleagridis – aves
C. baileyi – aves
C. felis – gatos
C. canis – cães
C. nasorum – peixes
C. serpentis - répteis
É reconhecida como uma das principais causas de diarreia em crianças pré-escolares ou logo após a amamentação
exclusiva. Além disso, a forma infectante é o oocisto maduro, esférico ou ovóide, com diâmetro de 4 a 6 μm e com quatro
esporozoítos eliminados nas fezes. OBS: Os oocistos são eliminados já com potencial infectante (esporulados).
O parasita é intracelular, extracitoplasmático (= porque é muito pequeno e acaba ficando nas membranas da célula, ou
seja, é um parasita superficial) e possui um período de incubação de 4 a 14 dias. Ademais, a principal forma de infecção é a
ingestão de material fecal contendo oocistos de indivíduos enfermos ou portadores. Os oocistos também podem ser veiculados
pela água (penetração via digestiva) ou pela poeira (penetração via respiratória).
Biologia do Parasita:
Ao ingerir oocistos, ocorre ruptura do oocisto e saída dos esporozoítos, os quais entram em contato com o epitélio do
trato gastrointestinal e penetram nas nossas células e realizam esquizogonia ou merogonia, que são reproduções assexuadas
diferentes da divisão binária. Esses indivíduos se repartem em muitos outros, os merozoítos (de 4 a 8) que irão invadir outras
células. Esse processo, eles conseguem repetir por 2 ou 3 gerações.
A partir da terceira geração, eles realizam a gametogonia, que é a reprodução sexuada, a qual também ocorre nas
células epiteliais. Com isso, uma parte dos merozoítos é estimulada a se diferenciar em microgametócitos (machos) e em
macrogametócitos (fêmeas). Após essa diferenciação, os microgametócitos vão atrás dos macrogametócitos para realizar a
fecundação. Diante disso, temos a formação do oocisto com quatro esporozoítos no seu interior. A ruptura do oocisto libera,
novamente, esporozoítos e o ciclo se repete.
Convém ressaltar que os oocistos são eliminados com potencial infectante, ou seja, assim que eliminados já permitem a
transmissão fecal-oral ou inalatória.
Multiplicação assexuada → Esquizogonia ou Merogonia
Multiplicação sexuada → Gametogonia com formação de Microgametócitos (masculinos) e Macrogametócitos (femininos)
Aspectos Clínicos:
Parasitose oportunista, acometendo, principalmente, crianças e imunodeprimidos
Imunocompetentes – Diarreia autolimitante (em torno de 2 semanas), cólicas, flatulência, anorexia, febre, náusea, vômito e
perda de peso.
Imunodeprimidos – Cronicidade, diarreia profusa, desidratação e choque (morte por choque hipovolêmico)
Diagnóstico:
Envolve sinais clínicos e epidemiologia, pois não temos nenhum sinal patognomônico da doença
O exame de fezes para protozoários deve ser solicitado (caso contrário, laboratório procura apenas por nematoides)
Luiza Salatino – Turma 107
Exames a fresco – Difícil visualização, só em infecções maciças (flutuação)
Reação de imunofluorescência direta (RIFD) – Excelente sensibilidade e especificidade
PCR, histopatológico, microscopia eletrônica
Coloração pela safranina – (Ziehl-Neelsen) – Oocistos nem sempre se coram
Tratamento:
Imunocompetentes –
doença é autolimitante,
diante disso, devemos
apenas hidratar esses
pacientes
Imunodeprimidos –
Espiramicina,
paramomicina e
azitromicina diminuem a
gravidade da infecção
(diminuem a população de
parasita)
Terapia de suporte –
Fluidoterapia,
antidiarreicos
Epidemiologia:
Atualmente reconhecida
como importante causa de
diarreia no homem
Zoonose
Clinicamente semelhante à
giardíase
Altamente resistente aos
produtos químicos usados
no tratamento da água
potável
Pasteurização (71,7°C/15s)
inviabiliza oocistos
Profilaxia:
Água – tratada, filtrada e
fervida
Destino adequado às fezes
– esterqueiras, fossas,
esgotos sanitários
Cuidados com os alimentos
– Insetos podem veicular
oocistos em suas patas
Educação sanitária –
Difundir entre os
profissionais ligados à
educação infantil, saúde e
agropecuária.
02) Toxoplasma gondii
Esse parasito é um apicomplexo mais patogênico que o Cryptosporidium e possui distribuição cosmopolita. Como
hospedeiros, temos:
Definitivos – Felídeos, principalmente o gato (sempre que fizer reprodução sexuada – gametogonia)
Intermediários – Mamíferos e aves (reprodução assexuada – esquizogonia ou merogonia nos coccídios)
No homem – Maioria de natureza benigna
O hospedeiro definitivo é o gato, contudo, devemos nos preocupar com gatos imunodeprimidos (gatos de rua,
desnutridos, estressados). Além disso, a grande fonte de contaminação é pela ingestão de carne mal passada. Inclusive,
devemos nos preocupar com mulheres grávidas que nunca tiveram contato com o Toxoplasma gongii (tomar cuidado com os
gatos, água tratada, legumes, frutas, entre outros).
Luiza Salatino – Turma 107
O elemento infectante também se chama oocisto, com dois esporocistos e, dentro de cada esporocisto temos 4
esporozoítos. Ademais, os oocistos nas células epiteliais do intestino dos felídeos encontra-se não esporulado. Já nas fezes,
temos oocistos imaturos/não esporulados e oocistos maduros/esporulados (10-12 μm).
Este é um parasito intracelular obrigatório, ou seja, ele invade tecidos e possui um tropismo maior por células da
musculatura estriada, retina e SNC.
Ciclo Biológico:
O gato libera oocistos fecais que contaminam outros animais como: ratos, aves, porcos, ovelhas, humanos, entre
outros. Já o gato não infectado, ao caçar animais como ratos e aves, ingere oocistos que vão se reproduzir no seu intestino. OBS:
O parasito modifica o comportamento do roedor, pois ele perde o medo do gato e se sente atraído pelo felino; com isso, o gato
termina sendo infectado.
Esse parasito possui três formas infetantes: oocistos, bradizoítos e taquizoítos.
O ciclo de vida do T. gondii é heteroxeno facultativo e possui reprodução assexuado nos hospedeiros definitivos e
intermediários, e sexuada apenas nos felinos, incluindo o gato doméstico. Os hospedeiros intermediários se infectam através da
ingestão de oocistos esporulados nos alimentos contaminados. Estes oocistos, uma vez no organismo, invadem o epitélio
intestinal e outras células. Multiplicam-se por reprodução assexuada, formando taquizoitos. Os troquizoitos livres, quando na
fase inicial, podem ser transmitidos de forma vertical para os fetos. Então, os troquizoitos se aderem ao epitélio, não sendo
assim arrastado pelas fezes, mas alguns se transformam em cistos, que são formas resistentes inativas, os quais são eliminados
nas fezes.
Já nos hospedeiros definitivos, além da forma assexuada, o T. gondii também pode assumir a forma sexuada. Esta fase
ocorre no intestino dos felinos. Os felinos se contaminam através da ingestão de animais contaminados por taquizoítos ou
bradizoítos. Na fase assexuada, o parasita passa por um processo chamado esquizogonia, onde o núcleo do parasita se divide
várias vezes formando o esquizonte. Este passa por um outro processo chamado gametogonia, onde esses esquizontes se
dividirão em gametas femininos e masculinos (masculino sai e fecunda o feminino), gerando zigotos (oocistos).
Transmissão:
Ingestão de carne crua ou mal cozida (bradizoítos)
Ingestão de verduras cruas contaminadas com oocistos (esporulados)
Ingestão de leite não pasteurizado (taquizoítos)
Transmissão congênita (taquizoítas)
Transplante de órgãos (bradizoítos)
Patogenia:
T. congênita - coriorretinite, estrabismo, cegueira, convulsões, retardo mental, microcefalia, hidrocefalia, abaulamento de
fontanela, meningoencefalite, hepatoesplenomegalia, erupção cutânea, petéquias, icterícia e pneumonia.
T. adquirida imunocompetentes - incomum, pode se apresentar na forma linfoglandular e evoluir com pneumonia,
miocardite, pericardite, encefalite ou coriorretinite.
T. ocular - coriorretinite (visão borrada, escotomas, fotofobia, dor e lacrimejamento).
Luiza Salatino – Turma 107
T. adquirida imunossuprimidos - principalmente encefalite e pneumonia. Podem ainda ocorrer - hepatite, miocardite,
orquite e pancreatite.
Diagnóstico clínico: Sugestivo
Diagnóstico laboratorial:
Fase aguda:
Parasitológico – Pesquisa do parasito (sangue, liquor e aspirado medula óssea)
Isolamento em cultura de células
Inoculação de animais de laboratório
Sorológico – Elisa e IFI (IgM – IgG)
Molecular – PCR
Fase crônica:
Sorológico – Elisa ou IFI
Tratamento:
Sulfonamidas – Sulfadiazina, sulfamerazina, sulfametazina e sulfapirazina, dose oral de 125mg/Kg ao dia (em altas doses
podem levar ao surgimento de cálculos renais)
Pirimetamina – Em associação com as sulfas, dose oral de 100mg/Kg/dia
Clindamicina – 450mg/oral/6-6horas/seis semanas, associada com pirimetamina
Espiramicina – 3g/dia/adultos, 30-40mg/Kg/dia/crianças
OBS: Nos curamos da doença, mas o parasito não é eliminado. Ele continua em algum tecido e no futuro, em alguma
situação de imunodepressão, ele pode se manifestar e causar complicações.
Epidemiologia: Prevalência, no mundo, de 25 a 50%. No Brasil, temos uma prevalência entre 50 e 80%. Além disso,
dados epidemiológicos indicam que gatos se infectam caçando roedores parasitados. Inclusive, podem, também, se infectarem
ao revolver a terra nos locais que defecam, ou ao lamberem as patas ou os pelos contaminados com oocistos.
Profilaxia:
Maior risco provém do consumo de carnes mal cozidas (cozinhar 65°C/5min) ou congelar (72 horas)
Manter boa higiene (lavar as mãos antes de manipular alimentos)
Gatos – alimentar com comida industrializada (ração)
Consumir água potável de fonte confiável ou filtrar (filtro classe A ou B retém oocistos) ou ferver antes do consumo
Limpar a caixa de areia diariamente (antes dos oocistos esporularem)
Tanques de areia para recreação das crianças devem ser protegidos dos felinos
O agente transmissor é o mosquito do gênero Anopheles, conhecido também como: pernilongo, mosquito prego,
carapanã. Outras formas de transmissão incluem: compartilhamento de seringas, transfusão e congênita.
O mosquito transmite esporozoítos pela saliva. Esses esporozoítos fazem a primeira esquizogonia (divisão
assexuada)nas células hepáticas. Ali eles se dividem, rompem as células e passam de esporozoitos para merozoitos, que tem o
segundo órgão alvo – o sangue (eritrócitos). A segunda esquizogonia ocorre nos eritrócitos. Ademais, a fase trofozoítica (fase do
anel) é a fase do diagnóstico.
Então, chega um momento que a célula não aguenta mais e se rompe. Quando os merozoítos caem na corrente
sanguínea, temos o pico febril = febre cíclica. Depois desse pico febril, os protozoários invadem outras células.
Alguns indivíduos fazem gametogonia e vão formar macrogametócitos e microgametócitos.
Luiza Salatino – Turma 107
Ademais, um mosquito, ao picar uma pessoa infectada, ingere o macrogametócito e o microgametócito, os quais, no
intestino do mosquito, vão formar o oocisto, que posteriormente, se rompe e forma esporozoítos (que vão contaminar as
pessoas com a saliva).
Epidemiologia:
A Malária cresceu mais de 50% no BR em 2018
42% da população mundial vive em áreas onde há risco de transmissão da Malária
Abrange 107 países e territórios
No Brasil, incide, fundamentalmente, na região da bacia amazônica, incluindo Acre, Amazonas, Roraima, Amapá, Rondônia,
Pará, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Sinais clínicos:
O período de incubação varia de 7 a 30 dias
Depois desse prazo: um mal-estar que inclui dores de cabeça, dor no corpo, tremores e calafrios; em seguida, vêm os
calafrios e tremores intensos, seguidos por febre alta duradoura e vômitos.
A pele fica bastante corada e a pessoa, às vezes, delira e apresenta sudorese.
Estes sintomas se repetem com intervalos diferentes, de acordo com a espécie do Plasmodium.
A forma mais grave de Malária, causada pelo Plasmodium falciparum, acarreta: vômitos repetidos e fraqueza aguda;
pouca urina, cor escura (desidratação grave); anemia grave (destruição 25% hemácias); tromboses/embolias (agregação
eritrocitária); pode acarretar diversos e sérios problemas de saúde, tais como icterícia, insuficiência dos rins, convulsões, coma e
morte daí a importância do tratamento imediato nas primeiras 24 horas).
Diagnóstico:
Exame microscópico da gota espessa de sangue, corada pelo método de Giemsa
Detecção de antígenos específicos
PCR
OBS: A principal causa de morte por malária se deve ao diagnóstico tardio, pela falta de profissionais familiarizados com o
quadro da doença fora da região endêmica.
Profilaxia:
Luiza Salatino – Turma 107
Ainda não existe vacina que confira proteção contra a malária, mas a OMS anunciou o primeiro teste, em grande escala, da
vacina contra a Malária.
Resta, portanto, medidas de ordem pessoal, ou seja, a utilização de repelentes químicos, mosquiteiros sobre as camas ou
redes de dormir, telas nas janelas e portas das habitações.
Evitar a permanência ao ar livre nos horários em que o mosquito se apresenta em maior quantidade como o amanhecer e o
anoitecer.
A atuação conjunta do poder público – governos federal, estaduais e municipais da comunidade é fundamental para o
sucesso se afastar ou eliminar o mosquito.
OBS: Quem tem anemia falciforme, tem ausência de uma proteína que impede que a malária se instale nos glóbulos
vermelhos.
02) AMEBÍASE
Amebas possuem vida livre – águas (fresca, salobra, salgada), fezes, solo úmido e vegetação em decomposição. Além
disso, podem ser simbiontes ao homem.
Gêneros: Entamoeba, Acanthamoeba e Naegleria.
GÊNERO ENTAMOEBA
Patogenia:
Depende da extensão de invasão dos tecidos
Infecções assintomáticas
Infecções sintomáticas:
Amebíase intestinal (desinteria, colite não-disentérica)
Amebíase extra-intestinal (hepática – não supurativa aguda e abscesso hepático; pulmonar e outros focos)
Transmissão:
Alimentos e água infectados
Contatos sexuais anal-oral
A virulência está diretamente ligada a fatores do hospedeiro como: resposta imune, idade, peso, resistência, sexo, estado
nutricional, dentre outros.
Sinais Clínicos: Os sintomas da amebíase variam muito, indo desde diarreias agudas (e com sangue) até dores
abdominais mais fracas. Enterite amebiana.
Tratamento:
Formas intestinais: Secnidazol – Adultos – 2g, em dose única. Crianças – 30mg/kg/dia, VO, não ultrapassando máximo de
2g/dia. 2º opção – Metronidazol, 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se
35mg/kg/dia, divididas em 3 doses, durante 5 dias.
Formas graves: (Amebíase intestinal sintomática ou Amebíase extra-intestinal) - Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia,
durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. Cirúrgico - Centese abscessos hepáticos.
Luiza Salatino – Turma 107
Prevenção:
GÊNERO ACANTHAMOEBA
Patogenia:
Colonização nas fossas nasais – Cefaléia, resfriados, epistaxe frequente e sinosite (imunodeprimidos)
Ulcerações de córnea – Acanthamoeba polyphaga
Acantamebíase (meningoencefalite amebiana) – infecção crônica Acanthamoeba spp.
Ciclo Biológico: Possuem duas formas, os cistos (forma de resistência) e os trofozoítos (forma reprodutiva) e se
reproduzem por mitose. Além disso, podem ser encontrados no solo, ar, água salgada, poeira e, principalmente, em rios, lagos,
piscinas e água parada.
Diagnóstico:
Sinais clínicos – Ceratoconjuntivites = começa com edema, eritema e surge uma mancha branca na córnea (processo de
destruição da córnea)
Citologia de impressão ou esfoliativa
Cultura de amostras
Microscopia (Gram, Giemsa, Papanicolau, Ziehl-Nielsen)
PCR
Luiza Salatino – Turma 107
Tratamento:
Ainda motivo de estudos
Combinação de: Isotionato de
propamidina a 0,1% com
polihexametilbiguanida a 0,02% a cada
trinta minutos nas primeiras 12 horas e
depois a cada hora por pelo menos três
dias reduzindo-se a frequência de
acordo com a resposta clínica.
Prevenção:
GÊNERO NAEGLERIA
Naegleria fowleri – Negleríase
Domínio: Eukariota
Ameba uninucleada, corpo em forma cilíndrica, emite pesudópodes e apresenta
Reino: Protista
fase flagelada. Além disso, é causadora da meningoencefalite amebiana primária.
Filo: Protozoa
Paralelamente a isso, essa ameba possui predileção por águas quentes e distribui-se pelas
Classe: Lobosa
fontes hídricas de todo o planeta. Paralelamente a isso, geralmente a pessoa se contamina
aspirando águas paradas. Ordem: Amoebida
No ciclo vital desse microrganismo, distinguem-se três formas evolutivas: Família: Vahlkampfidae
Gênero: Naegleria
Trofozoítos – Uninucleados com 8 a 15 μm de diâmetro nos tecidos infectados, que Espécie: Naegleria fowleri
multiplicam-se por divisão binária simples.
Cistos – Medindo de 7 a 12 μm.
Formas Flageladas – Medindo de 12 a 18 μm, nas quais se observam dois flagelos que se movimentam livremente na água,
responsáveis, provavelmente, pela capacidade do microrganismo se dispersar no ambiente.
Acredita-se que o protozoário invada a mucosa nasal, atravessando a lâmina cribiforme do etmoide pela bainha do
nervo olfatório, penetrando e invadindo o encéfalo. Instala-se, a partir de então, um quadro de meningoencefalite purulenta,
com áreas hemorrágicas e necrosantes. Além disso, as regiões mais acometidas são o lobo frontal e o bulbo olfatório, devido à
proximidade da “porta de entrada” para o SNC.
Sinais Clínicos – Manifesta-se, clinicamente, por início abrupto com sinais e sintomas de acometimento
meningoencefálico, tais como:
Febre alta
Cefaleia intensa
Vômitos “em jato”
Sinais de irritação meníngea (convulsões), os quais evoluem rapidamente (em torno de uma semana) para coma e óbito,
caso o enfermo não seja tratado rapidamente.
Diagnóstico:
Sinais clínicos
Análise do líquor (citológico, aumento de polimorfo nucleados e pesquisa do parasita a fresco entre lâmina e lamínula)
Cultura microbiana e fúngica do LCR (negativa)
Tratamento:
Letalidade próxima dos 95%
Anfotericina B, dose de 1mg/Kg/IV a cada 24 horas
Prevenção:
Saneamento básico e higiene pessoal
Luiza Salatino – Turma 107
Evitar nadar em lagos de águas termais, que recebem dejetos de indústrias ou que não sejam monitorados pela secretaria
de saúde local.
📝
Aula 28/09 | Helmintos: classe trematoda
Gabriele Jobim | Turma 116 | 2023.2
faltei essa aula
Características
geralmente de corpo chato e não segmentado
hermafroditas
exceção: Schistosomatidae
os trematódeos digenéticos apresentam um ciclo biológico heteroxeno, tendo como regra a participação de um molusco
como primeiro hospedeiro
Esquistossomose
Classificação científica
Subclasse: Digenea
Ordem: Strigeiformes
Família: Schistosomatidae
Gênero: Schistosoma
Morfologia
trematódeos alongados e dioicos
tem o canal ginecóforo (onde a fêmea permanece durante grande parte de sua vida)
Características
hospedeiro definitivo: homem e bovinos, mas podem ser encontrados em roedores e animais silvestres
Epidemiologia
afeta 200 milhões de pessoas em países tropicais e sub-tropicais (3 a 4% da população)
exame de fezes
ELISA
Sinais clínicos
Fase aguda Fase crônica
coceiras geralmente assintomática
emagrecimento
Tratamento
praziquantel na dose única de 50mg/kg em adultos e 60mg/kg para crianças
💉 a vacina contra esquistossomose estará disponível no SUS em 2025 → a Fiocruz está no processo final de produção da
Schistovac
evite contato com a água represada ou de enxurrada que pode estar infestada pelo parasita
combate aos caramujos: por controle biológico, químico e das condições do meio ambiente
use roupas adequadas, botas e luvas de borracha se tiver que entrar em contato com águas supostamente infectadas
educação sanitária
Características gerais
maiores parasitos que o homem pode ter
são as Tênias
3 regiões distintas
proglotes → os mais proximais (jovens) contêm órgãos sexuais mal definidos; os proglotes mais distais (maduros) são
hermafroditas
mecanismo de alimentação: absorvem os nutrientes através da pele; não “mordem” como outras classes
longevidade: as tênias vivem por muitos anos se não forem eliminadas (25-30 anos)
ciclo biológico: os que parasitam o homem possuem ciclos biológicos complexos, envolvendo o hospedeiro intermediário (HI)
e o hospedeiro definitivo (HD)
Teníase e cisticercose
Taenia solium e Taenia saginata
no Brasil há um índice mais elevado, especialmente no Sul, pelo hábito de comer carne malpassada
há sintomas comuns
tipos — patogenia:
cisticercose músculo-esquelética
cisticercose cardíaca
cisticercose ocular
neurocisticerco
T. solium
requer como hospedeiro intermediário (HI) um suíno
ao ingerir os ovos, eles irão eclodir e se instalar nos tecidos do suíno, formando os cisticercos → Cysticercus cellulosae
se a carne do suíno não estiver bem preparada ao ser ingerida por humanos, os cisticercos na forma viável são ingeridos
já se o homem é o hospedeiro definitivo e faz o papel do suíno, ao ingerir água ou alimentos contaminados, são ingeridos
ovos embrionados da Taenia
assim, a tênia eclode e se migra nos tecidos humanos e forma sua forma intermediária → cisticercose
pode se desenvolver nos tecidos (como a cisticercose muscular), olho (cisticercose ocular), cérebro (neurocisticercose)…
ventosas laterais
têm ganchos
Ciclo biológico
T. saginata
requer um hospedeiro intermediário (HI), que é o bovino
adquire-se teníase
ventosas dorsais
Ciclo biológico
Patogenia
tipos: cisticercose músculo-esquelética, cisticercose cardíaca, cisticercose ocular, neurocisticercose
Diagnóstico
pode ser pela presença de ovos ou proglotes nas fezes
cisticercose: depende do órgão atingido, do número de larvas que infectaram o indivíduo, da fase de desenvolvimento dos
cisticercos e da resposta imunológica do hospedeiro
Tratamento
teníase: praziquantel 10mg/kg dose única
Profilaxia
higiene dos alimentos
Hidatidose
causada por Echinococcus granulosus, que tem como HD o cão
Aspectos da hidatidose
causada por Echinococcus granulosus e E. vogeli (mais rara)
HD: cão
a forma de alimentação dos ovinos é o principal fator para que sejam contaminados → pastam muito “rente” aos
solos, contraindo os ovos com mais facilidade
Ciclo biológico
Patogenia
o cisto hidático, pela expansão, provoca necrose compressiva dos tecidos adjacentes
o cisto não pode ser rompido durante a cirurgia → líquido altamente proteico, que quando cai na cavidade é
rapidamente absorvido → choque anafilático
ossos → fraturas
hidatidose cerebral
Tratamento
cistos pequenos podem ser tratados com albendazol 10mg/kg/12 em 12 horas por 4 semanas
Profilaxia
controle da infecção canina → impedir que se alimentem de vísceras dos ovinos, vermifugação sistemática dos caninos
ovos: variados; podem ser simples (casca lisa), operculados, bioperculados, larvados
formas de infecção: picadas de inseto, ingestão de ovos, ingestão de larvas, penetração ativa das larvas na pele, ingestão do
hospedeiro intermediário
formas evolutivas:
L1 (nascidos do ovo)
L2 (eclodem)
L4 (já no organismo, fase tecidual → nessa fase, não consegue-se matar com vermífugos)
L5 e se torna adulto
Principais famílias
família Trichuridae
é um nematoide fusiforme, dióico (tem macho e fêmea) e acomete vários humanos e primatas
Características
corpo → aspecto característico, com o segmento posterior alargado
boca → com abertura simples, sem lábios, com esôfago longo e delgado (2/3 do comprimento)
esôfago longo
Biologia
grande fecundidade → a fêmea coloca muitos ovos por dia
nas fezes, os ovos sempre são eliminados morulados → ainda não é infectante
no meio ambiente em contato com oxigênio, em torno de 4 semanas é formada a larva → é infectante
Ciclo biológico
o homem ingere ovos já larvados do parasita → dentro do intestino, ele irá eclodir e liberar larvas → as larvas se instalam na
luz intestinal → se tornam adultas e produzem mais ovos que voltarão a ser eliminados no ambiente
Patogenia
pouca quantidade de parasitos → assintomático
causa aumento do peristaltismo e redução da reabsorção pela hipersensibilidade aos produtos metabólicos produzidos
diarreia, disenteria
Sinais clínicos
enterite
infecção moderada → dor epigástrica, diarreia, náuseas e vômitos, cefaleia, flatulência e perda de peso
infecção grave → anemia, retardo no crescimento, tenesmo, caquexia, diarreia mucosa, sangramento retal, prolapso retal
Diagnóstico
pesquisa de ovos nas fezes → reconhecer pelo formato característico
Tratamento
albendazol → 400mg dose única
a fase L4, no entanto, segue viva → no entanto, essa fase evolui e se torna L5 em alguns dias
Profilaxia
saneamento básico
educação sanitária
Necator americanus: exclusivo do homem (alguns primatas), com distribuição pelas Américas, África, Ásia e Oceania
Ancylostoma duodenale: possui dois pares de dentes quitinosos, parasito habitual do homem no Mediterrâneo, Europa,
África e Ásia
Biologia do parasito
fêmeas → medem cerca de 1cm, corpo cilíndrico e extremidade posterior termina em ponta fina
L1 e L2 → rabditóide
ciclo de LOSS
quanto o parasito penetra o organismo, pega um vaso sanguíneo → fígado → coração → pulmão → muda para L4 no
pulmão → faz broncopneumonia → a secreção vem à boca e é deglutida → vai para o intestino → passa para L5, L6 e
adulto
fica em nível subcutâneo e vai fazendo “desenhos” na pele (por isso, chamada bicho geográfico)
Epidemiologia
Patogenia
depende da fase
Fase aguda
se caracteriza pela penetração larval na pele e migração para os pulmões e fixação das formas adultas na mucosa intestinal
pele e pulmões
penetração → dermatite
migração pelo respiratório → náuseas, vômitos, tosse, dispneia, irritação da faringe e ronquidão (doença de
Wakana)
Fase crônica
a alotrofagia é causada pois o parasita espolia e a criança não adquire os nutrientes necessários → a criança tenta suprir
de outras formas
anemia, amarelão (parasito espolia muita proteína e não deixa a bilirrubina conjugada)
Sinais clínicos
lesão cutânea → irritação local, edema e prurido, comum na parte superior dos pés, pernas, nádegas e interdigitais
lesão pulmonar → focos hemorrágicos nos pontos de perfuração dos alvéolos, edema pulmonar, tosse e febre
lesão da mucosa intestinal e espoliação sanguínea → cólicas, melena (enterite), alotrofagia, caquexia, retardamento físico
e mental (crianças)
Diagnóstico
pode ser coletivo quando realizado a partir da observação epidemiológica da população ou individual (através da anamnese
e associação de sintomas cutâneos, pulmonares e intestinais, com ou sem anemia)
os ovos de ancilostomídeos costumam ser abundantes na matéria fecal dos pacientes (métodos de centrífugo-flutuação no
sulfato de zinco, técnica de Willis)
Tratamento
Albendazol → 400mg, via oral, durante 03 dias
Tratamento complementar → administração deferro, boa alimentação (rica em proteínas evitaminas), fluidoterapia
Profilaxia
educação sanitária (construções de moradias, higiênicas, dotadas de água tratada e instalações sanitárias adequadas)
tratamento estratégico em áreas endêmicas (deve ser repetido com intervalo de seis meses, durante dois anos)
Morfologia
verme longo, cilíndrico e de extremidades afiladas
ovos: formato quase esférico (oval), medem 60x45µm, envolvidos por casca
grossa
cor castanha-amarelada
Epidemiologia
homem é a principal fonte de parasitos, sendo a população infantil a mais intensamente infectada
os ovos, devido a casca espessa e impermeável, resistem muito a insolação e dessecação, permanecendo viáveis por
mais de ano, em condições favoráveis
Biologia
HD: homem
infecção maciça = focos hemorrágicos e de necrose hepática, síndrome de Löffler (tosse, febre, eosinofilia), bronquite,
asma até broncopneumonia
infecção intestinal
na maturidade pode ocasionar cólicas intermitentes, dor epigástrica, náuseas, emagrecimento, irritabilidade, sono
intranquilo, ranger de dentes ao dormir e quadros de abdome agudo (obstrução – evolui a óbitos 8,6%, perfuração e
intussuscepção, apendicite aguda)
Diagnóstico
sinais clínicos e RX pulmonar → sugestivo
lavados broncopulmonares
Tratamento
Albendazol 400 mg 1 vez ao dia, durante 3 dias.
No caso de infecção maciça, as drogas indicadas são a Piperazina, 50 a 100 mg/kg/dia + óleo mineral, 40 a 60 ml/dia por 2
dias.
As drogas citadas acima são mais eficazes contra vermes adultos do que contra larvas
Por isso, após 3 meses, o paciente deve ser novamente testado para ascaridíase
Profilaxia
Educação sanitária
Saneamento básico, com ênfase para o destino adequado das fezes humanas (esgoto tratado)
Higiene pessoal
Combate aos insetos domésticos, pois moscas e baratas podem veicular os ovos