Portfólio Iesc - Renata Rose Loebel
Portfólio Iesc - Renata Rose Loebel
Portfólio Iesc - Renata Rose Loebel
MEDICINA
2023
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Iniciamos o primeiro dia de IESC do 6º semestre na UBS Sta Cecília, onde fomos
recebidos pelo preceptor Dr. Felipe que nos acompanhará durantes as atividadades do
semestre.
Paciente 1 - Identificação: D.O., feminino, 75 anos.
Queixa Principal: “Dor em perna direita que sobe para coluna”
HDA: Paciente acompanhada pela filha (Vera), refere dor em MID que irradia para lombar,
diariamente. Melhora com fisioterapia. Filha refere que MID por vezes fica hiperemiado.
Faz uso de pregabalina. Nega alergias.Tem história de irisipela resolvida.
Exame físico: BEG, corada, hidratada, acianótica, eupneica em ar ambiente, consciente
e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV+ sem RA. Pulso pedioso
cheios e simétricos bilateralmente. Lasegue positivo.
HD: hérnia do nervo ciático
Conduta: Tylex (500mg+30mg), AAS 1cp no almoço, encaminhamento para vascular,
alongamento diário.
Referência bibliográfica
Vialle LR, Vialle E, Martins Filho DE. Seguimento de longo prazo após cirurgia de hérnia de
disco lombar. Grupo de Cirurgia da Coluna, Hospital Universitário Cajuru, PUC-PR. In: XII
Anais do Congresso Brasileiro da Coluna, Foz do Iguaçu, PR, 2007.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Hoje nos dividimos em dois grupos e pude realizar juntamente com meus colegas a
anamnese e exame físico da paciente antes da consulta com o Dr. Felipe.
2. Autorreflexão:
Gostei muito da experiência de realizar a anamnese e exame exame físico antes da
consulta pois é uma forma de treinar o raciocínio clínico. Pudemos elencar as possíveis
hipóteses diagnósticas assim como a conduta e conseguimos traçar o mesmo
pensamento do preceptor. Fiquei satisfeita com o nosso desempenho.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Hoje eu, juntamente com meu subgrupo, iniciamos as atividades realizando a triagem
dos pacientes. Este momento é uma oportunidade de já iniciarmos a avaliação destes
pacientes, sendo possível identificar alguma alteração e/ou algo que nos chame a atenção,
incluindo a forma que ele chega, a marcha, aparência, se está acompanhado ou não e/ou
alterações nos sinais vitais avaliados na triagem.
3. Autorreflexão:
Hoje houve uma situação muito preocupante durante o atendimeno da paciente acima
descrita. O receituário prescrito pelo médico que a atendeu no PS estava completamente
fora do preconizado para a queixa da paciente, inclusive colocando em risco a saúde da
mesma, tendo em vista a prescrição e administração de 3 diferentes antiinflamatórios.
Além de um “bochecho” com xarope de dexametasona – o que não existe indicação!
Essa situação me fez refletir sobre a responsabilidade do médico em buscar
conhecimento e praticar a medicina baseada em evidências, e essa responsabilidade
deve começar durante a graduação, pois reflete o profissonal que estamos nos tornando
e qual tipo de conduta/postura profissonal teremos.
Referência
Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade. J Bras Pneumol.
2018;44(5):405-425.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Elas são causadas por vírus da família “Papiloma Humano” (Human Papilloma Virus –
HPV) muito frequente em crianças e adolescentes. Os principais sintomas são: o
aparecimento das verrugas e dor ao andar ou correr (quando a verruga estiver em uma área
de pressão como o calcanhar ou planta do pé).
3. Autorreflexão:
Optei por relatar o atendimento desta paciente pois o exame físico foi bem interessante,
considerando o exame do quadril e também o “olho de peixe” na planta do pé D.
Acho importante que o profissional médico saiba abordar o exame físico de todos os
seguimentos com segurança e esta é uma preocupação com a minha formação, pois quero
me sentir segura para resolver desde de uma IVAS até a realização de pequenos
procedimentos, como no caso deste “olho de peixe” que será removido pelo preceptor na
próxima semana.
Referência
Habif TP. Plantar warts. In: Clinical Dermatology: A Color Guide to Diagnosis and Therapy.
6th ed. Edinburgh, U.K.; New York, N.Y.: Elsevier; 2016.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Hoje eu, juntamente com o meu subgrupo, ficamos na triagem, momento este muito
importante no processo de atendimento do paciente, pois ali é possível identificar alterações
de sinais vitais, assim como avaliar como o paciente chega, como ele se comporta na
recepção, avaliar fácies de dor ou alterações na marcha, por exemplo.
Como já citado, acredito que a avaliação do paciente se inicia na triagem, deste modo é
muito importante que o profissional que ali está tenha habilidade em identificar alterações
clínicas. Como estudante, é um momento de treinar habilidades na aferição de PA e
realização de dextro, por exemplo. Atentando-se para as variáveis que alteram os valores
dos SSVV, por exemplo o tamanho adequado do manguito ou o horário que o paciente se
alimentou, caso a glicemia no dextro esteja alta. O olhar clínico do profissional é fundamental
na triagem, podendo antecipar atendimentos de urgência e/ou evitar
Referência
Acosta AM, Duro CLM, Lima MAD da S. Atividades do enfermeiro nos sistemas de
triagem/classificação de risco nos serviços de urgência: revisão integrativa. Rev Gaúcha
Enferm [Internet]. 2012Dec;33(4):181–90. Available from: https://doi.org/10.1590/S1983-
14472012000400023
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz
de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode
fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada por
alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos,
que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no
repouso ou no esforço.
O termo "insuficiência cardíaca crônica" reflete a natureza progressiva e persistente da
doença, enquanto o termo "insuficiência cardíaca aguda" fica reservado para alterações
rápidas ou graduais de sinais e sintomas resultando em necessidade de terapia urgente.
Embora a maioria das doenças que levam à IC caracterizem-se pela presença de baixo débito
cardíaco (muitas vezes compensado) no repouso ou no esforço (IC de baixo débito), algumas
situações clínicas de alto débito também podem levar a IC, como tireotoxicose, anemia,
fístulas arteriovenosas e beribéri (IC de alto débito).
A IC pode ser determinada de acordo com a fração de ejeção (preservada,
intermediária e reduzida), a gravidade dos sintomas (classificação funcional da New York
Heart Association - NYHA) e o tempo e progressão da doença (diferentes estágios).
O ecocardiograma transtorácico é exame de imagem de escolha para o diagnóstico e o
seguimento de pacientes com suspeita de IC. Permite a avaliação da função ventricular
sistólica esquerda e direita, da função diastólica, das espessuras parietais, do tamanho das
cavidades, da função valvar, da estimativa hemodinâmica não invasiva e das doenças do
pericárdio. A ventriculografia radioisotópica pode ser útil em pacientes nos quais a janela
ecocardiográfica não é adequada, embora ela tenha perdido grande espaço na prática clínica
contemporânea. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética e tomografia
computadorizada, podem ser usados quando os não invasivos forem inconclusivos, ou para
o diagnóstico de miocardiopatias específicas.
3. Autorreflexão:
Achei um dia muito proveitoso, penso que é muito importante que o médico investigue as
queixas de dispnéia aos pequenos e médios esforços, apesar de ser uma queixa inespecífica
e comum, devemos ter em vista que a insuficiência cardíaca é uma doença progressiva e
incapacitante. Deste modo, o quanto antes for identificada, melhor prognóstico e qualidade
de vida terá o paciente.
Referência
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol [Internet].
2018Sep;111(3):436–539. Available from: https://doi.org/10.5935/abc.20180190
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Por fim, o último estágio de reação à perda é o de aceitação. Quando se chega a esse
estágio, as pessoas encontram-se mais serenas frente ao fato de morrer. É o momento em
que conseguem expressar de forma mais clara sentimentos, emoções, frustrações e
dificuldades que as circundam. Quanto mais negarem, mais dificilmente chegarão a este
último estágio. Cabe ressaltar que, esses estágios não são um roteiro a ser seguido e que
podem sofrer alterações de acordo com cada perspectiva pessoal.
3. Autorreflexão:
Este atendimento foi especialmente importante de vivenciar pois o preceptor com seu
olhar sensível e atento pôde perceber que o paciente não estava emocionalmente bem, ainda
que não tivesse verbalizado. Isso fez o atendimento tomar um rumo completamente diferente
daquele que seria, caso a abordagem fosse apenas sobre o motivo da consulta. Tivemos a
oportunidade de ver na prática o que aprendemos e discutimos em teoria: sobre ter um olhar
cuidadoso, se atentar aos detalhes, conhecer o nosso paciente e saber abordar e manejar
questões emocionais, dando conduta baseada em critérios. E também valorizar questões
emocionais dos pacientes pois ela influencia diretamente na saúde física, no trabalho e
convívio social. O paciente sentiu-se cuidado e importante neste momento tão difícil de sua
vida. É esse tipo de médico que quero ter como exemplo, para me tornar uma profissional
que faz a diferença na vida das pessoas!
Referência
BASSO, Lissia Ana e WAINER, Ricardo.Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia
Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2011, vol.7, n.1, pp. 35-43. ISSN
1808-5687.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
3. Autorreflexão:
É muito importante que a queixa da criança seja valorizada pois é comum que os adultos
não deêm a devida atençao nesses casos, podendo haver atraso no diagnóstico, no caso de
uma apendicite, por exemplo e gerar complicações. Imprescindível a realização de exame
físico com as manobras para descartar apendicite e também orientar o responsável sobre os
sinais de alerta pois pode se tratar de um quadro inicial e os sinais estarem “mascarados”.
Referência
Freitas, R. Apendicite aguda. Revista do hospital universitário Pedro Ernesto, UERJ.
Jun/2009. Acesso em 05/10/23. Disponível em:
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337427821ApendAguda.pdf
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Edema
Se o paciente que está medicado com amlodipina precisar de uma estatina para controlar
o colesterol, a opção mais segura é a atorvastatina.
3. Autorreflexão:
Achei interessante relatar sobre o edema de MMII com uso de anlodipino, já que é uma
queixa comum dos pacientes e o médico deve estar atento a este efeito colateral.
É muito importante que o profissional médico saiba os efeitos adversos que possam
ocorrer de acordo com o medicamento prescrito, tendo em vista que ele precisa identifcar e
saber como manejar, afim de não colocar o paciente em risco pois a prescrição de
medicamentos são sempre baseadas na avaliação de risco x benefício ao paciente.
Referência
Amlodipine: Drug information – UpToDate.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
3. Autorreflexão:
A automedicação é um problema de saúde pública e a crença em
determinadas “soluções” e uso indiscriminado de ervas por ser entendido como
algo natural ocasiona diversos prejuízos à saúde, principalmente aos idosos que
comumente utilizam da polifarmácia. Hoje, por exemplo, a senhora nem
imaginava que poderia estar fazendo mal uso do chá que a vizinha recomendou
para diminuir o colesterol. Devemos como profissionais de saúde estar atentos
para todo e qualquer relato do paciente, e sermos firmes no questionamento do
uso de substâncias, ainda que naturais, pois podem afetar diretamente a saúde
do paciente e acarretar prejuízos.
Referência
- Veiga-Junior VF 2008. Estudo do consumo de plantas medicinais na Região
Centro-Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de
saúde e modo de uso pela população. Rev Bras Farmacogn 18:308-313.
- Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF 2006. Utilização de
fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município
de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn 16:455-462.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
3. Autorreflexão:
A queixa de tontura é identificada na literatura em diversas patologias, mas
especialmente na HAS deve-se estar atento pois pode indicar sinal de
descontrole pressórico, assim como ocasionar danos em outros sistemas que
não cardiovascular.
Queixas em pacientes jovens podem ser mais severas e sinalizar risco de
inclusive um acidente vascular cerebral em casos mais extremos.
Estes pacientes devem ser bem orientados, as medicações devem ser
ajustadas e o controle pressórico é muito importante.
Referência
Marchiori LL de M, Rego Filho E de A. Queixa de vertigem e hipertensão arterial.
Rev CEFAC [Internet]. 2007Jan;9(1):116–21. Available from:
https://doi.org/10.1590/S1516-18462007000100015
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Orientação temporal
Orientação espacial
Registro de 3 palavras
Atenção e cálculo
Evocação das 3 palavras
Linguagem
Capacidade construtiva visua
3. Autorreflexão:
Referência
https://neurovascular.fmrp.usp.br/mini-exame-do-estado-mental/
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES
Sintomas:
– azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a
garganta;
– dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto
do miocárdio;
– tosse seca;
– doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma.
Causas:
– alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria
funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;
– hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o
estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica;
– fragilidade das estruturas musculares existentes na região.
Fatores de risco:
– obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa
emagrece;
– refeições volumosas antes de deitar;
– aumento da pressão intra-abdominal;
– ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de
tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.
Diagnóstico:
O diagnóstico leva em conta os sintomas clínicos. A endoscopia digestiva
alta e a pHmetria são exames importantes para estabelecer o diagnóstico
definitivo.
Tratamento:
3. Autorreflexão:
Pacientes com DRGE podem apresentar diversas clínicas, incluindo queixas
inespecíficas que podem confundir o profissional ou mascarar o diagnóstico,
portanto deve sempre ser considerado, tendo em vista que é uma doença de
fácil manejo e resolução. Apesar de ser uma doença relativamente simples,
acomete muitas pessoas e tem um impacto significativo na vida dos pacientes,
como por exemplo, dificuldade de dormir, dor, queimação pós prandial e restrição
de alimentos.
Referência
Finalizo mais esta etapa muito grata pelas oportunidades de aprendizado que tive, que
colaboraram muito para a minha formação médica.
Me senti muito bem recebida pelos colaboradores da unidade, assim como também tive
ótimo relacionamento interpessoal com o grupo – que tornou essa jornada mais leve.
Dr. Felipe é um excelente profissional e me ensinou muito. Tive muitas oportunidades de
acompanhar diversos pacientes e muitas vivências que com certeza levarei para a vida. A maneira
como o Dr. Felipe ouve, trata e acompanha os pacientes me chamou muito a atenção pois
demonstra que tem muito conhecimento e propriedade para manejar os casos, assim como respeito
aos indivíduos que ali estão, independentemente quem sejam. Foi gratificante acompanhá-lo neste
período!
Sinto que todas as experiências desse IESC me tornaram mais segura e preparada para o
quarto e último ano, antes do internato.
Renata Rose Loebel