Portfólio Iesc - Renata Rose Loebel

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PORTFÓLIO – IESC 6ª etapa

UBS – STA. CECÍLIA

Discente: Renata Rose Loebel RA: 225404


Preceptora: Dr. Felipe Caires Santana

MEDICINA
2023
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 31/07/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Iniciamos o primeiro dia de IESC do 6º semestre na UBS Sta Cecília, onde fomos
recebidos pelo preceptor Dr. Felipe que nos acompanhará durantes as atividadades do
semestre.
Paciente 1 - Identificação: D.O., feminino, 75 anos.
Queixa Principal: “Dor em perna direita que sobe para coluna”
HDA: Paciente acompanhada pela filha (Vera), refere dor em MID que irradia para lombar,
diariamente. Melhora com fisioterapia. Filha refere que MID por vezes fica hiperemiado.
Faz uso de pregabalina. Nega alergias.Tem história de irisipela resolvida.
Exame físico: BEG, corada, hidratada, acianótica, eupneica em ar ambiente, consciente
e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV+ sem RA. Pulso pedioso
cheios e simétricos bilateralmente. Lasegue positivo.
HD: hérnia do nervo ciático
Conduta: Tylex (500mg+30mg), AAS 1cp no almoço, encaminhamento para vascular,
alongamento diário.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:
A hérnia discal lombar é o diagnóstico mais comum dentre as alterações degenerativas
da coluna lombar (acomete 2 a 3% da população) e a principal causa de cirurgia de coluna
na população adulta. O quadro clínico típico inclui lombalgia inicial, seguida de lombociatalgia
e, finalmente, de dor ciática pura. A história natural da hérnia de disco é de resolução rápida
dos sintomas (quatro a seis semanas). O tratamento inicial deve ser conservador, com manejo
medicamentoso e fisioterápico, podendo ser acompanhado ou não por bloqueios percutâneos
radiculares. O tratamento cirúrgico está indicado na falha do controle da dor, déficit motor
maior que grau 3, dor radicular associada à estenose óssea foraminal ou síndrome de cauda
equina, sendo esta última uma emergência médica. Uma técnica cirúrgica refinada, com
remoção do fragmento extruso, e preservação do ligamento amarelo, resolve a sintomatologia
da ciática e reduz a possibilidade de recidiva em longo prazo.
3. Autorreflexão:
Me senti muito bem acolhida pelo preceptor e também a vontade para fazer
questionamentos e tirar dúvidas durante as discussões dos casos. Saio entusiasmada
para o nosso trabalho em conjunto e certa que haverão muitas oportunidades de
aprendizado, contribuindo para a minha formação profissional como médica.

Referência bibliográfica

Vialle LR, Vialle E, Martins Filho DE. Seguimento de longo prazo após cirurgia de hérnia de
disco lombar. Grupo de Cirurgia da Coluna, Hospital Universitário Cajuru, PUC-PR. In: XII
Anais do Congresso Brasileiro da Coluna, Foz do Iguaçu, PR, 2007.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 07/08/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Hoje nos dividimos em dois grupos e pude realizar juntamente com meus colegas a
anamnese e exame físico da paciente antes da consulta com o Dr. Felipe.

Paciente 1 - Identificação: M.P, sexo feminino, 58 anos,


Queixa Principal: Retorno para avaliação de ECG e troca de antihipertensivo
HDA: Paciente retorna para avaliação de ECG. Hipercolesterolemia e aumento de ácido
úrico na última consulta. Refere episódios de estresse frequentes.
HPP: Asma, HAS e hérnia de disco.
Antecedentes pessoais: transplante de córnea há 6 anos. Alergia a losartana. Partos
normais.
Antecedentes familiares: mãe faleceu de CA de garganta. Filhos saudáveis.
História psicossocial: Filho Cleiton usuário de drogas. Mora com o marido. Não fuma.
Não consome bebida alcoólica.
Medicamentos em uso: Atenolol 25mg 2x/dia; Salbutamol 100mcg quando crise e
Alopurinol 100mg (tomou uma cx e parou).
Exame físico: BEG, corada, hidratada, acianótica, eupneica em ar ambiente, consciente
e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV+ sem RA. Pulso pedioso
cheios e simétricos bilateralmente. Panturrilhas livres.
HD: HAS, estresse e asma.
Conduta: Trocar atenolol por anlodipino; Repetir painel lipídico e ácido úrico. Suspender
alopurinol até resultado do exame. Atenolol 25mg 1x/noite, anlodipino 5mg 1cp pela manhã.
Controle pressórico 2x/dia. Retorno em 7 dias.

2. Autorreflexão:
Gostei muito da experiência de realizar a anamnese e exame exame físico antes da
consulta pois é uma forma de treinar o raciocínio clínico. Pudemos elencar as possíveis
hipóteses diagnósticas assim como a conduta e conseguimos traçar o mesmo
pensamento do preceptor. Fiquei satisfeita com o nosso desempenho.
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Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 14/08/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Hoje eu, juntamente com meu subgrupo, iniciamos as atividades realizando a triagem
dos pacientes. Este momento é uma oportunidade de já iniciarmos a avaliação destes
pacientes, sendo possível identificar alguma alteração e/ou algo que nos chame a atenção,
incluindo a forma que ele chega, a marcha, aparência, se está acompanhado ou não e/ou
alterações nos sinais vitais avaliados na triagem.

Paciente 1 - Identificação: F.F.S, sexo feminino, 64 anos.


Queixa Principal: Reavaliação para progressão do desmame de benzodiazepínico
HDA: Paciente retorna para continuidade no desmame de benzodiazepínico, no entanto
apresenta tosse persiste há 13 dias com piora há 5 dias. Passou no PS há 3 dias, onde foi
prescrito 2 AINES e 1 corticóide (prednisolona).
HPP: Asma
História psicossocial: Nega tabagismo ou consumo de álcool. Mora com o marido.
Medicamentos em uso: Nirtrazepina e alenia quando crise.
Exame físico: REG, corada, hidratada, acianótica, discretamente dispneica em ar
ambiente, consciente e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV
diminuídos em base pulmonar esquerda, presença de sibilos difusos.
HD: Pneumonia
Conduta: Diminuir nirtrazapina para ½ comprimido/dia; Clavulin 8/8h por 7 dias; Manter
prednisolona por mais 2 dias; Acetilcisteína 1 envelope/dia. Exames de rotina e retorno com
resultado. Paciente orientada a procurar PPA se dispnéia ou piora do quadro.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:
A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) constitui a principal causa de morte no
mundo. Apesar da vasta microbiota respiratória, o Streptococcus pneumoniae permanece
como a bactéria de maior prevalência dentre os agentes etiológicos. Apesar da redução
significativa das taxas de mortalidade por infecções do trato respiratório inferior nas últimas
décadas, a PAC ocupa o terceiro lugar como causa de mortalidade em nosso meio. Desde
a última publicação das Diretrizes Brasileiras sobre PAC da Sociedade Brasileira de
Pneumologia e Tisiologia (SBPT; 2009), houve importantes avanços na aplicação dos
exames de imagem, na investigação etiológica, na estratificação de risco à admissão e de
escores prognósticos evolutivos, no uso de biomarcadores e nas recomendações de
antibioticoterapia (e sua duração) e da prevenção por vacinas.
Indicações da vacina
• Adultos com idade igual ou superior a 60 anos;
• Indivíduos com idade entre 2 e 59 anos, com doença crônica cardíaca, pulmonar, doença
falciforme, diabetes, alcoolismo, cirrose hepática, fístulas cérebro-espinhais ou implantes
cocleares;
• Indivíduos com idade entre 2 e 59 anos, com doença ou condição imunossupressora, como
doença de Hodgkin, linfoma ou leucemia, insuficiência renal, mieloma múltiplo, síndrome
nefrótica, infecção por HIV ou AIDS, doença esplênica ou asplenia, e transplantados de
órgãos;
• Indivíduos com idade entre 2 e 59 anos que utilizem drogas imunossupressoras, como
tratamento com corticoides por longo prazo, drogas utilizadas no tratamento de câncer ou
que tenham passado por radioterapia;
• Adultos entre 19 e 59 anos, tabagistas ou portadores de asma;
• Residentes em casas de saúde e asilos de longa permanência.

3. Autorreflexão:
Hoje houve uma situação muito preocupante durante o atendimeno da paciente acima
descrita. O receituário prescrito pelo médico que a atendeu no PS estava completamente
fora do preconizado para a queixa da paciente, inclusive colocando em risco a saúde da
mesma, tendo em vista a prescrição e administração de 3 diferentes antiinflamatórios.
Além de um “bochecho” com xarope de dexametasona – o que não existe indicação!
Essa situação me fez refletir sobre a responsabilidade do médico em buscar
conhecimento e praticar a medicina baseada em evidências, e essa responsabilidade
deve começar durante a graduação, pois reflete o profissonal que estamos nos tornando
e qual tipo de conduta/postura profissonal teremos.

Referência
Recomendações para o manejo da pneumonia adquirida na comunidade. J Bras Pneumol.
2018;44(5):405-425.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 21/08/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Hoje meu subgrupo realizou a anamnese antes da chegada pro preceptor.


Particularmente gosto bastante dessa dinâmica pois é uma forma de treinar principalmente
o raciocínio clínico durante a anamnese.

Paciente 1 - Identificação: A.M., 70 anos


Queixa Principal: Veio para consulta de rotina trazendo resultado de USG de abdome mas
queixa-se de “dor do lado na perna esquerda”
HDA: Paciente refere dor em quadril E até terço medial da coxa há 2 ou 3 semanas.
HPP: HAS, osteoporose, “olho de peixe” em pé D.
História psicossocial: Mora com marido.
Exame físico: REG, corada, hidratada, acianótica, discretamente dispneica em ar
ambiente, consciente e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV
diminuídos em base pulmonar esquerda, presença de sibilos difusos.
HD: tendinite do quadril?
Conduta: Exames e retorno na próxima semana para retirada do “olho de peixe”.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:
A Verruga Plantar ou popularmente conhecido como olho de peixe, são lesões cutâneas,
habitualmente dolorosas, que se localizam na planta e/ou face plantar dos dedos dos pés.

Elas são causadas por vírus da família “Papiloma Humano” (Human Papilloma Virus –
HPV) muito frequente em crianças e adolescentes. Os principais sintomas são: o
aparecimento das verrugas e dor ao andar ou correr (quando a verruga estiver em uma área
de pressão como o calcanhar ou planta do pé).
3. Autorreflexão:
Optei por relatar o atendimento desta paciente pois o exame físico foi bem interessante,
considerando o exame do quadril e também o “olho de peixe” na planta do pé D.
Acho importante que o profissional médico saiba abordar o exame físico de todos os
seguimentos com segurança e esta é uma preocupação com a minha formação, pois quero
me sentir segura para resolver desde de uma IVAS até a realização de pequenos
procedimentos, como no caso deste “olho de peixe” que será removido pelo preceptor na
próxima semana.

Referência
Habif TP. Plantar warts. In: Clinical Dermatology: A Color Guide to Diagnosis and Therapy.
6th ed. Edinburgh, U.K.; New York, N.Y.: Elsevier; 2016.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 28/08/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Hoje eu, juntamente com o meu subgrupo, ficamos na triagem, momento este muito
importante no processo de atendimento do paciente, pois ali é possível identificar alterações
de sinais vitais, assim como avaliar como o paciente chega, como ele se comporta na
recepção, avaliar fácies de dor ou alterações na marcha, por exemplo.

Houve o atendimento de apenas um paciente no período, portanto não tivemos a


oportunidade de acompanhar atendimentos.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:
Os sistemas de triagem têm o objetivo de organizar a demanda de pacientes que
chegam à procura de atendimentos em serviços de urgências da atenção hospitalar e
pré-hospitalar, identificando os que necessitam de atendimento imediato e reconhecendo
aqueles que podem aguardar em segurança o atendimento, antes que haja a avaliação
diagnóstica e terapêutica completa. A triagem estruturada faz referência a um protocolo
de classificação válido, reproduzível e que permite a classificação dos pacientes,
baseado nos diferentes níveis de urgência e de priorização da assistência somado à
estrutura física e organização profissional e tecnológica adequada.
Os sistemas de triagem podem se distinguir em relação ao profissional que executa a
atividade, quanto à existência de algoritmos de triagem (árvores decisionais), à existência
de protocolos de atuação associados, ao número de categorias de urgência, ao ambiente
e contexto onde se aplicam e os recursos, equipamentos e meios que envolvem essa
atividade. Atualmente, os quatro sistemas de triagem estruturada mais utilizados são:
National Triage Scale (NTS) da Austrália, Canadian Emergency Department Triage and
Acuity Scale (CTAS) do Canadá, Manchester Triage System (MTS) do Reino Unido e
Emergency Severity Index (ESI) dos Estados Unidos.
3. Autorreflexão:

Como já citado, acredito que a avaliação do paciente se inicia na triagem, deste modo é
muito importante que o profissional que ali está tenha habilidade em identificar alterações
clínicas. Como estudante, é um momento de treinar habilidades na aferição de PA e
realização de dextro, por exemplo. Atentando-se para as variáveis que alteram os valores
dos SSVV, por exemplo o tamanho adequado do manguito ou o horário que o paciente se
alimentou, caso a glicemia no dextro esteja alta. O olhar clínico do profissional é fundamental
na triagem, podendo antecipar atendimentos de urgência e/ou evitar

Referência
Acosta AM, Duro CLM, Lima MAD da S. Atividades do enfermeiro nos sistemas de
triagem/classificação de risco nos serviços de urgência: revisão integrativa. Rev Gaúcha
Enferm [Internet]. 2012Dec;33(4):181–90. Available from: https://doi.org/10.1590/S1983-
14472012000400023
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 11/09/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Hoje iniciamos as atividades pela anamnese que foi feito pelo colega Pedro.

Paciente 1 - Identificação: E.H, 51 anos, sexo feminino


Queixa Principal: Retorno com exames (rx tórax – sem alterações, ECG – sem alterações
e USG transvaginal - mioma)
HDA: Refere que sente falta de ar
HPP: Retirada de nódulo no cérebro em 2005
Antecedentes pessoais:
Antecedentes familiares: Histórico de CA de mama, HAS e DM2.
História psicossocial: Não bebe, não fuma. Nega alergias. Casada, 2 filhos, dona do lar.
Mora com esposo e uma filha.
Medicamentos em uso: Quetiapina 25mg 1cp à noite, sertralina 50mg 1 cp pela manhã,
sinvastatina 40mg 1x à noite e metformina 500mg 1cp à noite.
Exame físico: BEG, corada, hidratada, acianótica, eupneica em ar ambiente, consciente
e orientada em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV+ sem RA. Pulso pedioso
cheios e simétricos bilateralmente. Panturrilhas livres.
HD: Insuficiência cardíaca?
Conduta: Encaminhamento ao cardiologista e retorno em 30 dias para repetir exames.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:

Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica complexa, na qual o coração é incapaz
de bombear sangue de forma a atender às necessidades metabólicas tissulares, ou pode
fazê-lo somente com elevadas pressões de enchimento. Tal síndrome pode ser causada por
alterações estruturais ou funcionais cardíacas e caracteriza-se por sinais e sintomas típicos,
que resultam da redução no débito cardíaco e/ou das elevadas pressões de enchimento no
repouso ou no esforço.
O termo "insuficiência cardíaca crônica" reflete a natureza progressiva e persistente da
doença, enquanto o termo "insuficiência cardíaca aguda" fica reservado para alterações
rápidas ou graduais de sinais e sintomas resultando em necessidade de terapia urgente.
Embora a maioria das doenças que levam à IC caracterizem-se pela presença de baixo débito
cardíaco (muitas vezes compensado) no repouso ou no esforço (IC de baixo débito), algumas
situações clínicas de alto débito também podem levar a IC, como tireotoxicose, anemia,
fístulas arteriovenosas e beribéri (IC de alto débito).
A IC pode ser determinada de acordo com a fração de ejeção (preservada,
intermediária e reduzida), a gravidade dos sintomas (classificação funcional da New York
Heart Association - NYHA) e o tempo e progressão da doença (diferentes estágios).
O ecocardiograma transtorácico é exame de imagem de escolha para o diagnóstico e o
seguimento de pacientes com suspeita de IC. Permite a avaliação da função ventricular
sistólica esquerda e direita, da função diastólica, das espessuras parietais, do tamanho das
cavidades, da função valvar, da estimativa hemodinâmica não invasiva e das doenças do
pericárdio. A ventriculografia radioisotópica pode ser útil em pacientes nos quais a janela
ecocardiográfica não é adequada, embora ela tenha perdido grande espaço na prática clínica
contemporânea. Outros exames de imagem, como a ressonância magnética e tomografia
computadorizada, podem ser usados quando os não invasivos forem inconclusivos, ou para
o diagnóstico de miocardiopatias específicas.

3. Autorreflexão:
Achei um dia muito proveitoso, penso que é muito importante que o médico investigue as
queixas de dispnéia aos pequenos e médios esforços, apesar de ser uma queixa inespecífica
e comum, devemos ter em vista que a insuficiência cardíaca é uma doença progressiva e
incapacitante. Deste modo, o quanto antes for identificada, melhor prognóstico e qualidade
de vida terá o paciente.

Referência
Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica e Aguda. Arq Bras Cardiol [Internet].
2018Sep;111(3):436–539. Available from: https://doi.org/10.5935/abc.20180190
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 25/09/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Hoje optei por registrar um atendimento que me marcou bastante, tendo em vista
que a queixa principal do paciente era algo completamente diferente do que se tornou
o foco do atendimento, mas devido a expertise e olhar abrangente do Dr. Felipe,
pudemos acompanhar uma abordagem com paciente que vivencia o luto e auxiliá-lo
nesse processo.

Paciente 1 - Identificação: F.J.H, 65 anos, sexo masculino


Queixa Principal: Veio encaminhado pelo oftalmologista para dar andamento a cirurgia de
catarata.
HDA: Paciente refere que passou no oftalmologista que confirmou diagnóstico de catarata,
agora necessita dar andamento aos exames pré operatórios e demais questões
burocráticas.
História psicossocial: Perdeu filho em acidente de moto há 4 meses
Medicamentos em uso: Nega
Exame físico: BEG, corado, hidratado, acianótico, eupneico em ar ambiente, consciente
e orientado em tempo e espaço. Humor triste. Choro fácil. Refere desatenção. Anedonia.
HD: Luto
Conduta: Sertralina 50mg iniciar ½ cp pela manhã por 15 dias e um 1cp após. Encaminhado
ao serviço de psicologia. Retorno em 15 dias.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:

Estágios de reação à perda, por Elizabeth Kübler- Ross (2005)

Ao abordarmos os estágios de reação à perda e as fases do luto descritas


respectivamente por Kübler-Ross (2005) e Bowlby (1990), percebe-se que as respostas
geradas pelo sofrimento da perda de um ente querido são respostas que os indivíduos
apresentam diante de um evento estressor. Portanto, a perda repentina de um ente querido
pode ser considerada um evento ameaçador à integridade física, psicológica e social de um
indivíduo. Devido a isso, como resposta de enfrentamento, alguns esquemas são ativados, e,
para amenizar os sentimentos provocados, os pacientes podem então hipercompensar, evitar
ou resignar tais esquemas.

No primeiro estágio, a negação e o isolamento servem como um mecanismo de defesa


temporário, um para-choque que alivia o impacto da notícia, uma recusa a confrontar-se com
a situação. Ocorre em quem é informado abruptamente a respeito da morte; embora
considerado o primeiro estágio, pode aparecer em outros momentos.

A raiva, segundo estágio, é o momento em que as pessoas externalizam a revolta que


estão sentindo. Neste caso, tornam-se por vezes agressivos. Há também a procura de
culpados e questionamentos, tal como: "Por que ele?", com o intuito de aliviar o imenso
sofrimento e revolta pela perda.

Já a barganha, percebida no terceiro estágio de reação à perda, é uma tentativa, de


negociar ou adiar os temores diante da situação; as pessoas buscam firmar acordos com
figuras que segundo suas crenças teriam poder de intervenção sobre a situação de perda.
Geralmente esses acordos e promessas são direcionados a Deus e mesmo aos profissionais
de saúde que a acompanham.

A depressão, quarto estágio, é divida em preparatória e reativa. A depressão reativa


ocorre quando surgem outras perdas devido à perda por morte, por exemplo, a perda de um
emprego e, consequentemente, um prejuízo financeiro, como também a perda de papéis do
âmbito familiar. Já a depressão preparatória é o momento em que a aceitação está mais
próxima, é quando as pessoas ficam quietas, repensando e processando o que a vida fez
com elas e o que elas fizeram da vida delas.

Por fim, o último estágio de reação à perda é o de aceitação. Quando se chega a esse
estágio, as pessoas encontram-se mais serenas frente ao fato de morrer. É o momento em
que conseguem expressar de forma mais clara sentimentos, emoções, frustrações e
dificuldades que as circundam. Quanto mais negarem, mais dificilmente chegarão a este
último estágio. Cabe ressaltar que, esses estágios não são um roteiro a ser seguido e que
podem sofrer alterações de acordo com cada perspectiva pessoal.
3. Autorreflexão:
Este atendimento foi especialmente importante de vivenciar pois o preceptor com seu
olhar sensível e atento pôde perceber que o paciente não estava emocionalmente bem, ainda
que não tivesse verbalizado. Isso fez o atendimento tomar um rumo completamente diferente
daquele que seria, caso a abordagem fosse apenas sobre o motivo da consulta. Tivemos a
oportunidade de ver na prática o que aprendemos e discutimos em teoria: sobre ter um olhar
cuidadoso, se atentar aos detalhes, conhecer o nosso paciente e saber abordar e manejar
questões emocionais, dando conduta baseada em critérios. E também valorizar questões
emocionais dos pacientes pois ela influencia diretamente na saúde física, no trabalho e
convívio social. O paciente sentiu-se cuidado e importante neste momento tão difícil de sua
vida. É esse tipo de médico que quero ter como exemplo, para me tornar uma profissional
que faz a diferença na vida das pessoas!

Referência
BASSO, Lissia Ana e WAINER, Ricardo.Luto e perdas repentinas: contribuições da Terapia
Cognitivo-Comportamental. Rev. bras.ter. cogn. [online]. 2011, vol.7, n.1, pp. 35-43. ISSN
1808-5687.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 02/10/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Hoje nosso grupo iniciou a anamnese dos pacientes, realizada pelo colega Rafael mas
achei mais interessante descrever o caso da criança que acompanhamos o atendimento,
já que o paciente que foi realizada a anmnese veio para retorno e não é comum o
atendimento de crianças.

Paciente 1 - Identificação: D.A, 7 anos, sexo masculino


Queixa Principal: Dor de barriga e vômito há 1 dia.
HDA: Criança acompanhada pela avó, refere dor abdominal com 3 episódios de êmese e
fezes pastosas há 1 dia.
História psicossocial: Avó refere que irmã do paciente ficou internada recentemente e
que notou alteração comportamental do neto “querendo chamar atenção”. Escola
encaminhou criança ao psicólogo há alguns meses.
Medicamentos em uso: Não faz uso
Exame físico: BEG, corado, hidratado, acianótico, eupneico em ar ambiente, consciente
e orientado em tempo e espaço. AC: BNF2t sem sopro. AR: MV+ sem RA. Abdome plano,
flácido, doloroso à palpação difusamente, RHA+. Descompressão brusca negativa.
Lapinsky negativo. Pulso pedioso cheios e simétricos bilateralmente. Panturrilhas livres.
HD: GECA
Conduta: Bromoprida 20 gotas até de 8/8h se náusea ou vômito, hidratação oral se diarréia
persistir. Avó orientada a procurar PS se piora do quadro.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:
Aqui algumas manobras que auxiliam no reconhecimento de apencidite durante o exame
físico:
Sinal de Blumberg: dor em fossa ilíaca direita (FID) à descompressão brusca do ponto de
McBurney.
Sinal de Rovsing: dor referida em FID, após a compressão sucessiva da fossa ilíaca
esquerda (o relato de dor decorre da movimentação do ar dentro da alça intestinal).
Sinal de Dunphy: Dor à percussão do ponto de McBurney ou dor ao tossir.
Sinal de Lapinski: Dor à compressão do ceco contra a parede posterior do abdome,
enquanto o doente eleva o membro inferior direito.
Sinal do Psoas: Dor à extensão da coxa direita sobre o quadril contra a resistência em
decúbito lateral esquerdo. Pode ser indicativo de apendicite.
Sinal do Obturador: Dor à rotação interna do quadril direito flexionado em decúbito.
Sinal do Martorelli: Dor referida no abdome ao realizar a punho percussão do calcâneo.

3. Autorreflexão:
É muito importante que a queixa da criança seja valorizada pois é comum que os adultos
não deêm a devida atençao nesses casos, podendo haver atraso no diagnóstico, no caso de
uma apendicite, por exemplo e gerar complicações. Imprescindível a realização de exame
físico com as manobras para descartar apendicite e também orientar o responsável sobre os
sinais de alerta pois pode se tratar de um quadro inicial e os sinais estarem “mascarados”.

Referência
Freitas, R. Apendicite aguda. Revista do hospital universitário Pedro Ernesto, UERJ.
Jun/2009. Acesso em 05/10/23. Disponível em:
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1337427821ApendAguda.pdf
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 09/10/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Paciente 1 - Identificação: A.C.S, sexo masculino, 58 anos.


Queixa Principal: Retorno com resultado de exames. Refere edema em tornozelos
bilateralmente.
HDA: Paciente retorna em consulta com resultado de exames. Raio-x de tórax sem
alterações. ECG sinusal. Urina 24h com microalbuminúria normal (10,0mg/24h)
Medicamentos em uso: Anlodipino 5mg 1cp 12/12h; enalapril 20mg 1 cp 12/12h;
hidroclorotiazida 25mg 1cp pela manhã; sinvastatina 40mg 1cp à noite.
Exame físico: BEG, corado, hidratado, anictérico, acianótico. BNF2t sem sopro. MV+ sem
RA. Edema 2++/4+ em tornozelos bilateralmente.
Conduta: Troca de anlodipino por nifedipina 10mg 1cp à noite devido edema em MMII.
Repetir perfil lipídico.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de aprendizado e


com a literatura:

A amlodipina é um fármaco vasodilatador. Sua ação é exercita através do bloqueio da


entrada de íons de cálcio nas células musculares dos vasos sanguíneos. Esse bloqueio dos
canais de cálcio provoca um relaxamento dos vasos sanguíneos, que, por sua vez, causa
uma vasodilatação e redução da resistência vascular periférica, levando à redução da
pressão arterial. O anlodipino também provoca uma vasodilatação das artérias coronárias,
o que aumenta o fornecimento de oxigênio para o miocárdio (músculo cardíaco).

Edema

O efeito adverso adverso mais comum é o surgimento de edema nos membros


inferiores. Cerca de 10% dos pacientes podem apresentar inchaço nas pernas, que costuma
surgir 2 a 3 semanas após o início do tratamento. Nos pacientes com insuficiência cardíaca,
o risco de edema dos membros inferiores é ainda mais alto, chegando próximo dos 30%.
Na maioria dos casos, a redução da dose de 10 mg para 5 mg é suficiente para reverter
esse edema. Diuréticos não ajudam a controlar o edema do anlodipino. Por outro lado, a
associação com um anti-hipertensivo da classe dos iECA ou ARAII costuma reduzir a
intensidade do inchaço.

A associação do anlodipino com a sinvastatina pode causar aumento da concentração


sanguínea deste último, elevando o risco de rabdomiólise (lesão muscular).

Se o paciente que está medicado com amlodipina precisar de uma estatina para controlar
o colesterol, a opção mais segura é a atorvastatina.

3. Autorreflexão:
Achei interessante relatar sobre o edema de MMII com uso de anlodipino, já que é uma
queixa comum dos pacientes e o médico deve estar atento a este efeito colateral.
É muito importante que o profissional médico saiba os efeitos adversos que possam
ocorrer de acordo com o medicamento prescrito, tendo em vista que ele precisa identifcar e
saber como manejar, afim de não colocar o paciente em risco pois a prescrição de
medicamentos são sempre baseadas na avaliação de risco x benefício ao paciente.

Referência
Amlodipine: Drug information – UpToDate.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 23/10/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Nos aproximamos do fim do IESC este semestre e hoje achei interessante
discorrer sobre uma paciente que apresentava hepatotoxicidade devido uso
de ervas por indicação da vizinha.

Paciente – Identificação – M.F.M.F., 65 anos, sexo feminino


Queixa Principal/HDA: Paciente deu entrada para verificar perfil lipidico
solicitado para acompanhamento de DLP. Refere que há 14 dias iniciou uso de
erva (não especificada) para baixar colesterol, refere que comprou em farmácia.
Exames Laboratoriais: TRIG: 153; TGO: 41; TGP: 119; CPK: 109; CT: 158;
HDL: 50; LDL: 77
Exame Físico Bom Estado Geral, corada, hidratada, acianótica, anicteríca;
Neurológico: consciente e orientada; Cardiovascular: BNF 2T sem sopro, pulso
palpavel e simétrico; Respiratório: MV + sem ruídos adventícios; Abdomen:
inocente. Extremidades livres, sem edema.
Medicações: Diazepam 10mg, Fenobarbital 100mg, Sertralina 50mg,
Atorvastatina 40mg, Carbonato de cálcio 500mg, Erva (Não especificada).
Conduta: Ultrassom de abdomen total; Diminuição de atorvastatina para 20mg
01cp/noite; Orientado sobre dieta e suspender erva que está em uso. Solicitado
TGO/TGP, FA/GGT, sorologia hepatite B e C.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de


aprendizado ecom a literatura:

A crença na "naturalidade inócua" dos fitoterápicos e plantas medicinais não


é facilmente contradita, pois as evidências científicas de ocorrência de
intoxicações e efeitos colaterais relacionados com o uso de plantas medicinais
consistem em informações que dificilmente chegam ao alcance dos usuários
atendidos nos serviços de saúde publica caracterizado como indivíduos de baixa
escolaridade e acervo cultural. O exercício da fitoterapia representa uma prática
sociocultural da comunidade, que vem sendo aceita e utilizada por médicos do
mundo todo, ainda que estes tenham sido formados em instituições pertencentes
a um modelo biomédico-farmacológico de atenção à saúde.
Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) 65 a 80% da população
mundial, especialmente em países em desenvolvimento, ainda confiam nos
produtos a base de plantas medicinais no tratamento de suas doenças, ou utiliza
a medicina tradicional (ou alternativa, não convencional, não ortodoxa ou
medicina complementar) na atenção primaria à saúde. Esses produtos são
utilizados para várias finalidades, sob diversas combinações (com
medicamentos alopáticos, homeopáticos, entre outros) baseados em evidências
históricas ou pessoais, onde geralmente não são atribuídos nenhum evento
adverso.

3. Autorreflexão:
A automedicação é um problema de saúde pública e a crença em
determinadas “soluções” e uso indiscriminado de ervas por ser entendido como
algo natural ocasiona diversos prejuízos à saúde, principalmente aos idosos que
comumente utilizam da polifarmácia. Hoje, por exemplo, a senhora nem
imaginava que poderia estar fazendo mal uso do chá que a vizinha recomendou
para diminuir o colesterol. Devemos como profissionais de saúde estar atentos
para todo e qualquer relato do paciente, e sermos firmes no questionamento do
uso de substâncias, ainda que naturais, pois podem afetar diretamente a saúde
do paciente e acarretar prejuízos.

Referência
- Veiga-Junior VF 2008. Estudo do consumo de plantas medicinais na Região
Centro-Norte do Estado do Rio de Janeiro: aceitação pelos profissionais de
saúde e modo de uso pela população. Rev Bras Farmacogn 18:308-313.
- Silva MIG, Gondim APS, Nunes IFS, Sousa FCF 2006. Utilização de
fitoterápicos nas unidades básicas de atenção à saúde da família no município
de Maracanaú (CE). Rev Bras Farmacogn 16:455-462.
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 30/10/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:

Paciente 1 - Identificação: J.B.S, sexo masculino, 44 anos


Queixa Principal: Retorna para avaliação da PA. Refere tontura, PA hoje
140x90mmHg.
HDA: HAS desde 2019
Medicamentos em uso: Captopril 25mg 12/12h; Hidroclorotiazida 25mg 1cp
pela manhã; Atenolol 25mg 1cp 12/12h.
Exame físico: BEG, corado, hidratado, acianótico, anictérico. Nega queixas
álgicas. BNF2t sem sopro. MV+ sem RA. Panturrilhas livres.
HD: HAS não controlada
Conduta: Troca captopril por enalapril 20mg 2x/dia; Orientação dieta e
exercício físico; Exames laboratoriais de rotina; Controle pressórico; RX tórax;
ECG e retorno em 8 dias.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de


aprendizado ecom a literatura:

A tontura é a ilusão de movimento do próprio indivíduo ou do ambiente que


o circunda. Este sintoma pode ser causado por uma disfunção em qualquer
segmento dos sistemas relacionados ao equilíbrio corporal. Quando a tontura,
que é considerada como um dos sintomas mais comuns entre adultos, adquire
caráter rotatório é denominada vertigem.
A elevada incidência de distúrbios labirínticos se deve em grande parte à
hipersensibilidade do labirinto a vários distúrbios como, por exemplo: hormonais,
metabólicos, cervicais e circulatórios. Estudos mostram que alterações auditivas
e vestibulares podem ser secundárias à hipertensão arterial sistêmica. Nas
vestibulopatias de origem vascular, pode-se observar sintomas otoneurológicos
leves, moderados ou graves, e a crise labiríntica pode preceder o
comprometimento cardíaco.

Todas as células vivas precisam de fornecimento adequado de oxigênio e


nutrientes para manterem suas funções, e tal fornecimento depende da
integridade funcional e estrutural do coração e dos vasos sangüíneos. A
hipertensão arterial pode facilitar alterações estruturais do coração e vasos
sanguíneos.

O comprometimento do aparelho circulatório pode prejudicar o ouvido


interno sendo que, dos mecanismos fisiopatológicos descritos é o aumento da
viscosidade sanguínea, que acarreta uma diminuição do fluxo sanguíneo capilar
e o transporte de oxigênio.

A patologia do aparelho circulatório pode afetar diretamente o ouvido interno


de muitas maneiras. Um dos mecanismos fisiopatológicos vasculares descritos
é o aumento da viscosidade sanguínea, a qual acarreta uma diminuição do fluxo
sanguíneo capilar que acaba por diminuir o transporte de oxigênio levando a
hipóxia tecidual.

3. Autorreflexão:
A queixa de tontura é identificada na literatura em diversas patologias, mas
especialmente na HAS deve-se estar atento pois pode indicar sinal de
descontrole pressórico, assim como ocasionar danos em outros sistemas que
não cardiovascular.
Queixas em pacientes jovens podem ser mais severas e sinalizar risco de
inclusive um acidente vascular cerebral em casos mais extremos.
Estes pacientes devem ser bem orientados, as medicações devem ser
ajustadas e o controle pressórico é muito importante.

Referência
Marchiori LL de M, Rego Filho E de A. Queixa de vertigem e hipertensão arterial.
Rev CEFAC [Internet]. 2007Jan;9(1):116–21. Available from:
https://doi.org/10.1590/S1516-18462007000100015
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 06/11/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Hoje pudemos acompanhar um teste de declínio cognitivo leve, e foi muito
interessante.
Paciente 1 - Identificação: D.A.M, sexo feminino, 68 anos.
Queixa Principal: Refere desatenção e cansaço
HDA: Paciente vem para retorno com resultado de exame de urina que
evidencia ITU por E. coli. Pediu para que fosse aplicado teste de DCL pois se
percebe muito esquecida. Demonstrou muita desatenção durante a aplicação
do teste, não aparenta ser declínio cognitivo e sim algo relacionado a
ansiedade.
HD: Ansiedade
Conduta: Encaminhada ao ginecologista; Sertralina 50mg 1x pela manhã e
retorno em 05/12.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de


aprendizado ecom a literatura:
` A cognição é o conjunto da capacidade de processar informações por
meio da percepção e dos conhecimentos adquiridos por meio da experiência e
da personalidade. A manutenção dessas habilidades é fundamental para que
uma pessoa tenha independência nas atividades da vida diária à medida que
envelhece. Contudo, as habilidades cognitivas frequentemente diminuem com a
idade. Como a expectativa de vida vem aumentando ao longo dos anos,
entender os efeitos da idade sobre a cognição é importante. O número de adultos
com mais de 65 anos está crescendo rapidamente e, por consequência, há
aumento da prevalência de demências neurodegenerativas associadas com a
idade.
O primeiro teste que o médico pode realizar é o miniexame do estado
mental, também conhecido como minimental, que foi desenvolvido para rastrear
Doença de Alzheimer (DA) e pode ser menos efetivo para outros tipos de
demência. Contudo, como a DA é a mais prevalente, o teste ainda se mostra
muito útil.

De forma avaliativa, ele é constituído em:

 Orientação temporal
 Orientação espacial
 Registro de 3 palavras
 Atenção e cálculo
 Evocação das 3 palavras
 Linguagem
 Capacidade construtiva visua

3. Autorreflexão:

É importante valorizar e identificar queixas e sinais que possam representar


alterações de cognição no idoso. Esta senhora, especialmente, aparentava
sinais mais de desatenção e ansiedade do que de fato algum nível de alteração
cognitiva. Também é muito importante que o profissional que está aplicando o
teste tenha a capacidade de identificar esses sinais para que seja feito um
diagnóstico mais preciso e adequado a cada caso.

Referência

Goldman-Cecil Medicine 25º Edition

https://neurovascular.fmrp.usp.br/mini-exame-do-estado-mental/
DIÁRIO SEMANAL DE ATIVIDADES

Nome do acadêmico: Renata Rose Loebel


Unidade de Saúde: Sta. Cecília Data: 13/11/2023
Docente: Dr. Felipe Caires Santana

1. Sobre as atividades realizadas na Unidade de Saúde:


Hoje além dos atendimentos da manhã também acompanhei a tarde afim
de repor uma falta que ocorreu no dia 16/outubro.
Hoje foi nosso último dia de acompanhamento de IESC do semestre.
Paciente 1 - Identificação: P.P.O, sexo masculino, 41 anos.
Queixa Principal: Dor de garganta há mais de um mês.
HDA: Refere odinofagia há mais de um mês, já foi ao PPA diversas vezes,
relata febre 2x e coriza. Há 3 dias refere que iniciou dor nas pernas e cefaléia.
Passou no otorrino que pediu nasofibrolaringoscopia, aguarda agendamento.
Exame físico: Oroscopia com presença de hiperemia.
HD: DRGE?
Conduta: Pantoprazol 40mg 1 cp em jejum por 2 meses; Retorno em 30 dias,
se não houver melhora, agendar EDA e gastro. Retorno imediato se piora.

2. Correlacione o que vivenciou e aprendeu com os outros eixos de


aprendizado e com a literatura:
Refluxo gastroesofágico é o retorno involuntário e repetitivo do conteúdo do
estômago para o esôfago.

Os alimentos mastigados na boca passam pela faringe, pelo esôfago (um


tubo que desce pelo tórax na frente da coluna vertebral) e caem no estômago,
situado no abdômen. Entre o esôfago e o estômago, existe uma válvula que se
abre para dar passagem aos alimentos e se fecha imediatamente para impedir
que o suco gástrico penetre no esôfago, pois a mucosa que o reveste não está
preparada para receber uma substância tão irritante. Crianças pequenas podem
apresentar episódios de refluxo em virtude da fragilidade dos tecidos existentes
na transição entre o estômago e o esôfago. Na maioria dos casos, o problema
desaparece espontaneamente.

Sintomas:
– azia ou queimação que se origina na boca do estômago, mas pode atingir a
garganta;
– dor torácica intensa, que pode ser confundida com a dor da angina e do infarto
do miocárdio;
– tosse seca;
– doenças pulmonares de repetição, como pneumonias, bronquites e asma.

Causas:
– alterações no esfíncter que separa o esôfago do estômago e que deveria
funcionar como uma válvula para impedir o retorno dos alimentos;
– hérnia de hiato provocada pelo deslocamento da transição entre o esôfago e o
estômago, que se projeta para dentro da cavidade torácica;
– fragilidade das estruturas musculares existentes na região.

Fatores de risco:
– obesidade: os episódios de refluxo tendem a diminuir quando a pessoa
emagrece;
– refeições volumosas antes de deitar;
– aumento da pressão intra-abdominal;
– ingestão de alimentos como café, chá preto, chá mate, chocolate, molho de
tomate, comidas ácidas, bebidas alcoólicas e gasosas.

Diagnóstico:
O diagnóstico leva em conta os sintomas clínicos. A endoscopia digestiva
alta e a pHmetria são exames importantes para estabelecer o diagnóstico
definitivo.

Tratamento:

O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. O clínico inclui a administração


de medicamentos que diminuem a produção de ácido pelo estômago e melhoram
a motilidade do esôfago. Paralelamente, o paciente recebe orientação para
perder peso, evitar alimentos e bebidas que agravam o quadro, fracionar a dieta,
não se deitar logo após as refeições e praticar exercícios físicos. A cirurgia pode
ser realizada de maneira convencional ou por laparoscopia e está indicada nos
casos de hérnia de hiato, para os pacientes que não respondem bem ao
tratamento clinico ou quando é necessário confeccionar uma válvula antirrefluxo.
Ela é sempre um procedimento adequado, quando a repetição do refluxo
gastroesofágico provoca esofagite grave, uma vez que a acidez do suco gástrico
pode alterar as células do revestimento esofágico e dar origem a tumores
malignos.

3. Autorreflexão:
Pacientes com DRGE podem apresentar diversas clínicas, incluindo queixas
inespecíficas que podem confundir o profissional ou mascarar o diagnóstico,
portanto deve sempre ser considerado, tendo em vista que é uma doença de
fácil manejo e resolução. Apesar de ser uma doença relativamente simples,
acomete muitas pessoas e tem um impacto significativo na vida dos pacientes,
como por exemplo, dificuldade de dormir, dor, queimação pós prandial e restrição
de alimentos.

Referência

Biblioteca virtual em saúde. Ministério da Saúde. Disponível em:


https://bvsms.saude.gov.br/refluxo-gastroesofagico/
REFLEXÃO FINAL

Finalizo mais esta etapa muito grata pelas oportunidades de aprendizado que tive, que
colaboraram muito para a minha formação médica.
Me senti muito bem recebida pelos colaboradores da unidade, assim como também tive
ótimo relacionamento interpessoal com o grupo – que tornou essa jornada mais leve.
Dr. Felipe é um excelente profissional e me ensinou muito. Tive muitas oportunidades de
acompanhar diversos pacientes e muitas vivências que com certeza levarei para a vida. A maneira
como o Dr. Felipe ouve, trata e acompanha os pacientes me chamou muito a atenção pois
demonstra que tem muito conhecimento e propriedade para manejar os casos, assim como respeito
aos indivíduos que ali estão, independentemente quem sejam. Foi gratificante acompanhá-lo neste
período!
Sinto que todas as experiências desse IESC me tornaram mais segura e preparada para o
quarto e último ano, antes do internato.
Renata Rose Loebel

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