Caderno DIP II 24.2
Caderno DIP II 24.2
Caderno DIP II 24.2
Aula 1 - 19/08
Teoria Geral das Organizações Internacionais
→ Uma organização internacional é uma associação voluntária de sujeitos de direito
internacional constituída mediante atos internacionais e regulamentada nas relações entre as
partes por normas de direito internacional e que se concretizam numa entidade de caráter
estável dotado de um ordenamento jurídico interno e de órgãos próprios com a finalidade de
alcançar os objetivos comuns que foram estabelecidos pelos membros da organização.
OBS: ONGs - não são sujeitos de Direito Internacional, mas sim atores internacionais sem
personalidade no plano internacional.
Relevância Histórica
As organizações passaram a ter grande relevância no plano internacional no pós segunda
guerra mundial, onde a sociedade internacional que se apresentava até então no plano
estático, passa a ter uma dimensão muito mais rápida, dinâmica, com o aparecimento dos
vários sujeitos e atores internacionais, além da própria dimensão que se apresenta no plano
internacional a partir da universalização da sociedade e do direito internacional. Ainda sim
não podemos desprezar as ações realizadas nas etapas anteriores, mesmo que no momento
as organizações internacionais não eram reconhecidas como sujeitos de direito internacional,
apenas após alguns anos de criação da ONU que começaram essa identificação.
*sujeito de direito: todo ente capaz de contrair direitos e deveres em determinada ordem
jurídica.
Etapas históricas:
1) Constituídas ainda no século XIV, na Conferência de Viena, em 1814. Essa primeira
etapa se estende até a liga das nações, por força do tratado de versalhes início do séc
XX, 1919.
Na primeira etapa, conhecida como união postal universal, iniciaram os trabalhos que se
apresentam ainda nos dias atuais, de correios internacionais. Assim como a União
internacional de telecomunicações. Passamos a ter uma ideia de estabelecer no plano
internacional algo que pudesse juntar as estatais em algo de interesse comum, em
associação, para agir em assuntos específicos definidos por elas mesmas.
2) Uma etapa curta, que dura um pouco mais de 20 anos, se estende até a criação da
ONU, em 1945.
A estrutura da Liga das Nações permitiu o entendimento das organizações internacionais de
uma nova forma, esses alicerces permitiram posteriormente um processo evolutivo que
desencadeou na terceira era do Direito Internacional Vigente.
3) Etapa atual, se inicia a partir de 1945 com a criação da ONU e se estende até os dias
atuais.
Aula 2 - 26/08
1) Atos praticados pelas OIs
As OIs, por sua personalidade no direito internacional, detém prerrogativas relacionadas ao
exercício de direitos no sistema internacional. Um sujeito de direito internacional onde todos
os elementos abaixo são praticados pode ser uma OI ou um Estado, as organizações não
governamentais, mesmo aquelas na arena internacional não poderão praticar esses atos. Por
exemplo, o GreenPeace se projeta no plano internacional, Médicos sem Fronteiras Também,
FIFA, etc, também, mas eles não detém personalidade internacional. Uma ONG se rege pelo
direito interno de onde ela se encontra, enquanto uma OI pelo Direito Internacional. Uma
ONG passa a ser um ator internacional quando seus braços passam a atingir outras nações e
adquirem respeitabilidade, por seu volume ela começa a influenciar a tomada de decisões no
plano interno dos Estados em que ela se estabelece e no plano internacional, influenciando
na criação de tratados internacionais e influenciando nas políticas públicas e/ou até em
determinadas práticas no âmbito estatal, como quando a FIFA conseguiu fazer o Qatar
permitir a venda de bebidas alcoólicas. Mas, de novo, isso não gera personalidade
internacional.
Porém, existem duas grandes exceções, como a Cruz Vermelha e a Santa Sé, que são
situações atípicas. A cruz vermelha foi constituída como ONG por pessoas e os Estados
passaram a reconhecer a condição do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, que passou a
ser um depositário de tratados envolvendo a Cruz Vermelha, por isso ela pode praticar atos
da vida internacional. A Santa Sé teve sua personalidade jurídica internacional reconhecida
por força do Tratado de Latrão.
2) Financiamento
As OIs são financiadas pelos Estados membros, aqueles que integram os quadros da OI. Para
cada I existe um procedimento próprio estabelecido pelos Estados para manter esse custeio,
não há encaminhamento único de gerenciamento econômico. Para saber no caso específico,
deve-se verificar sua legislação. No caso da ONU, por exemplo, o orçamento é preparado pela
Secretaria Geral das Nações Unidas e varia todo ano conforme votação da Assembleia Geral
da ONU. O pagamento na ONU se apresenta na ordem de 22% a 0,01%, o maior pagador
não pode pagar mais que 22% e o menor menos que 0,01%, variando conforme a riqueza do
país, atualmente com os Estados Unidos no topo. Metade do orçamento da ONU vem de 5
países e para compelir o pagamento a ONU remove o direito de voto em caso de
inadimplência por mais de dois anos.
Não havendo pagamento, naturalmente a OI deixa de funcionar, essa é uma das
possibilidades de extinção da OI, como ocorreu com o Pacto de Varsóvia.
3) Sucessão
A sucessão está relacionada à extinção de uma OI e os efeitos desse ato, ela pode se extinguir
por não mais operar, por ter tempo de vigência determinado, por denúncia do tratado, etc.
Fato é, uma OI observa esses requerimentos para operar como organismo internacional.
4) Classificação
Existem várias outras classificações dependendo do doutrinador, no caso do Sidney Guerra,
ele classifica quanto às finalidades (atribuição geral, como ONU, e atribuições específicas
como a OTAN), extensão (pode ter alcance global ou regional, como OEA, corresponde a
dimensão territorial), duração (normalmente são constituídas sem que estabelece termo
final, momento para dissolução, mas também pode haver uma OI que venha a funcionar por
um determinado período sob previsão do tratado) e quanto a admissão (essas OIs podem ser
abertas ou fechadas).
Aula 3 - 09/09
Carta da ONU (1945)
→ Principal organização internacional do planeta. Apresenta como traço característico a
ideia de governança global, sendo um ator importante em matérias do sistema internacional
no modelo de governança global,
● Liga das nações veio anteriormente a ONU, constituída na primeira guerra mundial,
levava em consideração os aspectos de segurança e paz global , sendo uma inspiração
para a criação da ONU.
No pós guerra, 1945, foi instituída a ONU. embora formalmente tenha sido constituído nesse
ano, podemos identificar nos anos de guerra, alguns momentos importantes que
possibilitaram a criação desta
1. Um grande marco para que se estabelecesse essa visão no pós guerra foi o encontro
do ex -primeiro-ministro britânico Churchill e do ex -presidente dos Estados Unidos
Roosevelt em 1941. Houve um ataque por parte do japão em relação à frota marítima
norte americana os trazendo para a guerra, mesmo que não quisessem.
- gentleman agreement
Foi estabelecido um documento que ficou conhecido como Carta do Atlântico, uma
declaração de princípio em que os estados se comprometiam a deflagrar as ações dos
nazifacistas.
2. após esse encontro, no ano seguinte, 1942, há o encontro realizado entre estados
unidos, reino unido e união soviética em que o presidente dos estados unidos usa a
expressão de “nações unidas”
OBS: EUA não faz parte da liga das nações, pois o congresso norte americano não ratificou o
tratado de versalhes.
3. Esses mesmos países junto com a China se aprofundam nesse conceito em 1944. Ao
fim da guerra há o grande encontro que culminou na criação das nações unidas.
Esses países da ONU fazem parte do conceito de segurança das nações unidas como estados
permanentes e estes são aqueles detentores do poder de veto, eles passaram a ter um
protagonismo maior não só no curso da guerra, mas também no pós guerra.
A carta da ONU
● preâmbulo: motivos pelos quais os estados nacionais se convenceram sobre a
necessidade de se criar uma norma jurídica internacional, um tratado. Chamam
atenção pelas grandes guerras mundiais, das atrocidades praticadas em função disso.
A grande motivação se centrou exatamente nessa destruição causada principalmente
pelas guerras.
No dado momento houveram 51 países considerados membros originários das nações
unidas, atualmente são 193.
Requisitos
1. Os estados considerados amantes da paz e que conhecem e cumprem as
determinações e regras estabelecidas, estando devidamente integrados na
organização internacional são admitidos sem problemas.
● Art 1 (propósitos): Manter a paz e a segurança internacionais e, para esse fim:
tomar, coletivamente, medidas efetivas para evitar ameaças à paz e reprimir os atos
de agressão ou outra qualquer ruptura da paz e chegar, por meios pacíficos e de
conformidade com os princípios da justiça e do direito internacional, a um ajuste ou
solução das controvérsias ou situações que possam levar a uma perturbação da paz;
Desenvolver relações amistosas entre as nações, baseadas no respeito ao princípio de
igualdade de direitos e de autodeterminação dos povos, e tomar outras medidas
apropriadas ao fortalecimento da paz universal; 3. Conseguir uma cooperação
internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social,
cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos
e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou
religião; e 4. Ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a
consecução desses objetivos comuns.
Dentre esses propósitos, a maioria está relacionada às ações principais que são conferidas a
ONU
- A ONU é uma organização internacional que está voltada principalmente aos
aspectos do art 1 e dentro dessa estrutura, a segurança e paz internacional são as
principais atribuições da ONU.
- diante disso, o principal órgão das nações unidas é o conselho de segurança, no
qual 15 países se responsabilizam por ele, sendo que 10 mudam de 2 em 2 anos, e 5
são permanentes.
● Art 23 (composição): 1. O Conselho de Segurança será composto de quinze
Membros das Nações Unidas. A República da China, a França, a União das Rússia
Repúblicas Socialistas Soviéticas, o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte
e os Estados Unidos da América serão membros permanentes do Conselho de
Segurança. A Assembleia Geral elegerá dez outros Membros das Nações Unidas para
Membros não permanentes do Conselho de Segurança, tendo especialmente em vista,
em primeiro lugar, a contribuição dos Membros das Nações Unidas para a
manutenção da paz e da segurança internacionais e para os outros propósitos da
Organização e também a distribuição geográfica equitativa. 2. Os membros não
permanentes do Conselho de Segurança serão eleitos por um período de dois anos.
Na primeira eleição dos membros não permanentes do Conselho de Segurança, que
se celebre depois de haver-se aumentado de onze para quinze o número de membros
do Conselho de Segurança, dois dos quatro membros novos serão eleitos por um
período de um ano. Nenhum membro que termine seu mandato poderá ser reeleito
para o período imediato. 3. Cada membro do Conselho de Segurança terá um
representante.
- o Brasil foi o estado que mais ocupou as vagas rotativas
- estes 5 países permanentes têm a possibilidade de vetar nas questões me que
diretamente estejam envolvidos ou quando tem algum interesse, de maneira que a
matéria acaba não sendo submetida a votação. → elemento jurídico+elemento
político
- Todos os 15 votam, porém se um dos 5 vetar, acaba a votação ali.
Principais Órgãos da ONU:
→ Os órgãos são centros mínimos de competência, não são detentores de personalidade
jurídica, apenas o ente, nesse caso, a ONU. Servem para desenvolver as ações atribuídas por
lei e de responsabilidade do estado.
1. Conselho de Segurança → órgão mais importante por razão do dever da ONU de
proteger a paz e a segurança global.
2. Assembleia Geral → há a representação de todos os países que integram as nações
unidas, 193 estados participantes que fazem parte da assembleia geral das nações
unidas. Ela funciona como uma espécie de “poder legislativo”, por ser dotada de
atribuições correspondentes à produção normativa interna, ela se ocupa de
disciplinar o funcionamento e também as resoluções que venham a ser tomadas no
âmbito da ONU.
*Suas decisões passaram a ser consideradas como novas fontes do direito internacional por
conta dos efeitos que possuem no DI.
- Funções: admissão de novos membros; escolha de pessoas ou estados que venham
ocupar cargos na ONU; representação em órgãos colegiados quanto à indicação de
estados; votação do orçamento; etc.
O mecanismo encontrado para que os estados façam as contribuições necessárias foi a ideia
de que quem está inadimplente há mais de 2 anos, tem direito a voz, mas não pode votar
nem ser votado.
art 9 - 22
3. Conselho Econômico e Social → vai desenvolver atividades voltadas a atividades
econômicas, sociais, culturais, sanitárias, tem uma competência mais larga quanto ao
atendimento de prestação. Para desenvolver suas atividades, é constituído por
comissões funcionais e comissões econômicas regionais. EX: funcionais - comissão de
estatística, de população e desenvolvimento;sobre narcóticos;para o estatuto da
mulher;para a ciência e tecnologia. econômicas regionais - estabelecidas para atuar
em determinadas regiões, EX: comissão econômica para a europa; para a ásia e
pacifico; para a américa latina e caraíbas; para a áfrica.
art 23 - 32
4. Secretaria Geral → 2 aspectos: 1- natureza administrativa que é conferida a uma
secretaria, assim como logística, materiais, pessoal e outros. EX: são abertos editais
de concurso para que as pessoas possam se candidatar a vagas para o exercício de
atribuições para a ONU. Ao ser admitido, toda a parte burocrática inclusive, como
orçamento, se desenvolve neste âmbito. Atribuição conferida a cartório, como os
registros dos tratados internacionais. 2- natureza política;secretário geral, eleito por
um período de 5 anos (admit reeleição de igual período) acaba tendo também uma
representatividade política muito forte, por isso mesmo que o principal órgão seja o
conselho de segurança, o segurança encarna a ONU e representa o organismo
internacional.
art 97 -
5. Corte Internacional de Justiça → Sua sede fica em Haia, no palácio da Paz, sendo
constituído por 15 juízes eleitos pela assembleia geral das nações unidas e
chancelados pelo conselho para um período de 9 anos e admite reeleição de igual
período. Deve ter atuação exclusiva no tribunal como juiz da corte.
tem atribuicao 1- contenciosa (casos contenciosos que envolvem os estados) e 2- consultiva
(pareceres, consultas formuladas pela assembleia e conselho sobre determinada
circunstância que demandam uma resposta)
art 92-
6. O órgão “Conselho de Tutela” não existe mais, em 1994 foi extinto.
- Existem outros órgãos secundários em que são atribuídas ações específicas nesses
centros de competência, como o conselho de direitos humanos, que está ligado,
ramificado a assembleia geral.
Aula 4 - 23/09
Normas imperativas
→ Em direito Internacional as normas imperativas são aceitas e reconhecidas como obrigatórias e que
não admitem revogacao (art 53 Convenção de Viena de Tratados)
- Em plano geral as normas de DI são dispositivos, porém existem algumas normas que são
imperativas. A Convenção trata das normas imperativas, mas não tratou quais são, portanto
não podemos a partir de compreensão convencional que normas imperativas são essas.
● compreensão jurisprudencial: há um consenso de que são exemplos de normas
imperativas aquelas que estão voltadas à proteção dos direitos humanos e as voltadas
ao uso da força nas relações internacionais.
Uso da força - a força é vedada no DIA e viola uma norma imperativa, portanto o Estado que sofre
uma agressão estará legitimado a repelir a injusta agressão que a foi proferida quanto ao seu
território, pois corresponde ao direito de existência, de conservacao (territorial) e a soberania do
estado. Ou seja, os atos que eventualmente venham a ser praticados pelo estado que sofreu injusta
agressão são isentos de uma possível responsabilidade internacional por conta da excludente de
ilicitude.
1. direito de existência do estado
2. direito de conservacao do estado
3. soberania estatal
Na carta da ONU existe um mecanismo que está disposto no capítulo 7 que se relaciona ao uso da
força que é legitimada pelo DI, aquele empregado mediante uma deliberação tomada pelas nações
unidas. O órgão legitimado para tomar essas medidas é o Conselho de Segurança da ONU.
- Sempre que houver uma ruptura e/ou uma ameaça à paz internacional, o conselho de
segurança pode se reunir para verificar as medidas que podem ser tomadas para impedir e até
mesmo compelir o cumprimento daquela ordem internacional.
Os protagonistas alinhados com as potências que fazem parte do conselho de segurança de maneira
permanente, com seu poder de veto, passam a ter um conjunto de atores internacionais que se
igualam a eles, associados por um domínio militar (armas nucleares - Rússia, França, EUA, China,
Reino Unido, Coreia do norte, Irã, Paquistão, Israel e Índia.
- Aqueles países que não se associaram ao capitalismo ou socialismo (USA X União Soviética)
em grande maioria se dissolveram.
- A Suíça é uma exceção e inclusive não faz parte da União Europeia mesmo estando no coração
da Europa.
Quando a previsão normativa não basta para resolver a situação, pode haver uso de meios coercitivos
para compelir o cumpriemnto da obrigacao internacional, ou seja, o uso da força é legítimo no plano
internacional se ha o exercício da legítima defesa ou quando há ação que será deflagrada mediante
deliberação tomada pelo conselho de segurança das nações unidas.
- Normalmente, o direito não basta para resolver os problemas do mundo. EX: não basta uma
lei que proíba os incêndios no Brasil se não houver nenhuma movimentação para fazer com
que eles parem. Há uma mistura jurídica e política (englobando social, cultural, etc)
ARTIGO 44 - Quando o Conselho de Segurança decidir o emprego de força, deverá, antes de solicitar
a um Membro nele não representado o fornecimento de forças armadas em
cumprimento das obrigações assumidas em virtude do Artigo 43, convidar o referido Membro, se este
assim o desejar, a participar das decisões do Conselho de Segurança relativas ao emprego de
contingentes das forças armadas do dito Membro.
→ Em um primeiro momento, mediante deliberação do conselho de segurança, há sanção no plano
global, portanto, a última medida a ser tomada pelo conselho de segurança será o emprego de força
armada, o emprego da força militar para manutenção da paz ou restabelecimento da paz. Porém a
ONU não detém exército, então para que haja ação militar, precisa haver mobilização dos exércitos
dos estados que compõem a ONU, ou seja, a ação é chancelada pelas nações unidas, mas o exército é
de seus membros.
- Alguns estados podem dispor de tropas e equipamentos e outros não.
Até o art 51 tem pertinência quanto ao uso da força e da legítima defesa.
Aula 5 - 30/09
Proteção internacional do indivíduo
→ Hoje existe um posicionamento majoritário por parte da doutrina de que o indivíduo é sujeito de
direito internacional. Essa mudança veio em razão da própria evolução dos direitos humanos no
sistema intencional, por isso hoje, em uma perspectiva diferente dos estados e organizações
internacionais, que podem praticar atos de direito internacional, o indivíduo não tem direito a
celebração de tratados, direito de legação, demanda em tribunais internacionais ele se apresentada de
outra forma. Isso ocorreu principalmente na segunda metade do séc XX com a criação da ONU.
As três vertentes de proteção internacional da pessoa humana
● Direito Internacional dos Conflitos Armados (direito internacional humanitário): Século XIX
(1862) normas jurídicas internacionais aplicadas em situações de guerra ou conflitos armados
(são diferentes, a guerra pressupõe que haja em combate dois estados nacionais (ou mais) em
que há declaração formal de guerra que por conta de determinados interesses, declaram
estado de guerra (é possível inclusive estar em estado de guerra, mas nao haver combate,
como as coreias); nos conflitos armados podem haver outro atores que possam comentar e
trazer um estado para uma situação que ultrapasse os limites do estado envolvido até mesmo
no plano doméstico, como a situação de israel, não está em guerra contra o líbano, no qual
nao ha um ato que envolva estados nacionais, mas sim um grupo que tem equipamento
militar e começa a atacar um outro estado nacional).
- guerra tem dimensão internacional e pode se projetar no plano doméstico, conflito
de natureza interna contra o estado nacional.
- no rio de janeiro não há guerra, mas sim conflitos armados entre grupos paramilitares
(narcotráfico, milícia, tráfico, etc)
- o ato de guerra só gera destruição, miséria e morte, mas mesmo em situações
extremas como essas, o que se pretende é que mesmo havendo um ato considerado
hostil mas em conformidade com o direito, é não fazer isso da forma errada. Pode
matar, mas não de qualquer maneira, ou seja, aquele combatente é um inimigo que
precisa ser retirado de combate, nesse caso, diante dessa zona de confronto pode
matar. ruptura quando os estados nacionais não chegam em consenso e acaba
havendo uma ruptura completa, isso se tornou mais perigoso por conta do avanço
bélico que os países passaram a ter.
- deve haver um olhar mais humano mesmo em situações extremas como essas
principalmente quanto aos combatentes, enfermos, população civil, áreas protegidas,
por exemplo, os espaços de assistência humanitária não podem ser atacados.
Organismo criado em 1862 cria o comitê internacional de socorro aos militares feridos, em 1963
começam a adotar uma série de resoluções e passa a ter uma adesão de estados e 1866, esse comitê se
transforma no comitê internacional da cruz vermelha, havendo a aplicação de normas jurídicas
internacionais especificamente quanto às questões dos conflitos armados e guerras.
- sujeito internacional atípico pois em primeiro momento é constituído por acaso de pessoas
(ONG) e posteriormente estados aderem.
● Direito Internacional dos Refugiados: início séc XX
→ pessoas de elevada vulnerabilidade social passa a ser instrumentalizada a partir do fim da primeira
guerra mundial (1914-1918) por conta dos problemas que foram produzidos não só em relação ao
estado que envia mas também aos estados que recebiam os refugiados
● Direito Internacional dos Direitos Humanos: metade séc XX
→ A partir dele existem mudanças correspondentes a concepção de subjetividade da pessoa do direito
internacional. A pessoa humana passa a ser vista e reconhecida a partir do momento que se trabalha
com a vertente do direito internacional dos direitos humanos
Se estabelece a partir das mudanças do plano internacional no pós segunda guerra mundial e
portanto, com a criação da ONU.
- No caso da ONU, embora existam outros propósitos, um deles tem pertinência exatamente
com a proteção dos direitos humanos, logo no início do preâmbulo da carta de São Francisco.
A carta da ONU inaugura esse novo momento, há a manifestação de maneira clara e
inequívoca a partir da declaração dos direitos humanos (1948(não tem natureza de norma
cogente, mas ims de soft law))
1. Fase legislativa - produção de normas jurídicas internacionais em favor do indivíduo, gerais
(comum a todos ) e específicas (para atender determinadas categorias de indivíduos que por
conta de razão ou outra, estão em situação de vulnerabilidade social).
● Carta da ONU 1945 + Declaração de direitos humanos 1948 + pactos de 1966: pactos
de direitos civis e políticos (direitos individuais); e pacto de direitos econômicos,
sociais e culturais (direitos coletivos), que trouxeram natureza cogente aos direitos
humanos
- crescimento em normas internacionais de proteção de direitos, há criação de
um ramo jurídico próprio que tem normas, procedimentos, mecanismos,
voltados à proteção de direitos inerentes à pessoa humana.
2. Fase Promoção - Ato de promover, no sentido de enunciar, apresentar, os direitos humanos
para o mundo.
- se não há conhecimento, a participação efetiva se prejudica
3. Fase da Proteção - a partir do momento em que há um direito violado, precisa buscar o
amparo dos órgãos/instituições que possibilitem o resultado que será satisfatório a partir da
lesão produzida. No plano doméstico o caminho natural é o poder judiciário, mas no plano
internacional existem mecanismos, levando em consideração aspectos postos em convenções
internacionais, que garantam que sejam vinculados direitos em órgãos internacionais,
portanto fora dos limites do estado nacional. Sistema global de proteção dos direitos humanos
+ sistemas regionais de proteção dos direitos humanos (sistema interamericano de proteção
dos direitos humanos que garante a condenação do estado pelo descumprimento de normas
internacionais, existem mecanismos juridicos pra compleir o cumrpimeiro dessas obrigacoes
no plano inetrnacional e uma reparação a título pecuniário por isso).
- Conexão estreita de direito interno e internacional - há possibilidade de fazer com que
normas jurídicas internacionais que são internalizadas possam ser utilizadas da
mesma forma que quaisquer leis ou outras espécies normativas. Esse sistema de
proteção acaba tendo função bastante efetiva não só quanto a formação legislativa no
plano interno, mas a possibilidade de usar esses instrumentos fora do plano nacional.
OBSERVAÇÕES
muitas vezes se confunde humanitário com de direitos humanos, porém no âmbito do direito
internacional, temos em relação aos dois primeiros aplicabilidade de normas jurídicas internacionais
em situações muito particulares, em que estejamos diante de conflitos armado e quando há a figura do
refúgio, ou seja, precisa-se ter situações em que essas pessoas estão envolvidas nesses casos e estão em
condições de grande vulnerabilidade social. Entretanto, não precisa acontecer essa vulnerabilidade em
relação aos direitos humanos
>>Todas as pessoas, independente das circunstâncias, estão submetidas ao direito internacional dos
direitos humanos, seja em direito interno ou internacional.
- O comum entre as três especialidades que envolvem o indivíduo é o núcleo comum, a
salvaguarda de direitos da pessoa humana (dignidade humana), porém nos dois primeiros
caso precise de situações atípicas.
Aula 6 - 07/09
Direitos Humanos no Sistema Interamericano e o controle de convencionalidade
→ No plano da ONU não há tribunal internacional em plano global em matéria de direitos humanos,
existem órgãos e organismos que se dedicam a matéria. que faz pareceres, recomendações resoluções,
estudos, mas não tem natureza jurisdicional
O principal órgão relacionado aos direitos humanos que atua em matéria global é o conselho do dos
direitos humanos, que está subordinado à assembleia geral das nações unidas.
● Os Sistemas regionais de proteção dos direitos humanos acabam por ter uma
efetividade maior em razão das estruturas que se apresentam nesses sistemas internacionais e
há a predisposição efetiva para que esse sistema tenha um posicionamento que repercute de
forma mais adequada, pois os estados participantes demonstram uma predisposição para que
os sistemas que estejam fora dos limites dos estados nacionais possam não apenas existir.
- Muito se confunde com o Tribunal Penal Internacional - tem natureza de apreciar tão
somente crimes que são tipificados no estatuto de roam de 1988, como o grenocidio,
crimes de guerra. Portanto não é um tribunal de direitos humanos.
→ A despeito de existir o sistema de proteção global dos direitos humanos, verifica-se que o
funcionamento das instituições de âmbito regional tem se revelado bastante positivo na medida em
que os estados situados no mesmo contexto geográfico, histórico e cultural, têm maior probabilidade
de transpor os obstáculos que se apresentam em nível mundial.
● Estabelecidos a partir do momento em que se percebe uma grande virada no sistema
internacional em que o indivíduo passa a ser considerado um sujeito de direito internacional,
há uma preocupação com a proteção dos direitos humanos especialmente por conta das
atrocidades ocorridas na história.
Considerações Gerais
1. composição desses sistemas (número de estados que fazem parte)
2. leva-se em conta uma dimensão regional e que os estados e as pessoas que fazem parte deles,
tem traços que acabam por serem mais comuns
Criação do Sistemas Regionais de Proteção aos Direitos Humanos
Sistema interamericano - 1948
Sistema europeu- 1950
Sistema africano- 1981
- Estabelece-se um pouco depois pois os estados africanos sequer existiam como estados
nacionais quando os outros dois sistemas foram criados.
- A partir do florescimento dos direitos de primeira e segunda geração que acaba por refletir
que a produção normativa, se estabelece o sistema interamericano e europeu, porém no
sistema africano, surge uma preocupação que os estados tiveram quanto aos direitos de
terceira geração (os direitos difusos, que consagram a fraternidade de um grupo
indeterminado), pois os africanos foram explorados, suprimidos.
Direitos de:
1a geração - direito individuais e políticos
- Natureza Individual
2a geração - direitos sociais, econômicos e culturais
- Natureza Coletiva
3a geração - meio ambiente, autodeterminação dos povos, paz, etc
- natureza Difusa
● Se ocorre a violação de um direito, a pessoa entra com ação de responsabilidade civil em face
do estado (praticado ou deixado de ser realizado pelo estado, pela ação ou omissão)
(condenação no plano interno).
- Quando a pessoa vence essa ação, entra em uma fila chamada “precatória”, diferente
de uma condenação produzida em tribunal internacional, em que o cumprimento da
sanção, inclusive de natureza pecuniária, é imediato . Se o país não cumpre, acaba por
sofrer nos reveses no próprio sistema em que foi condenado
Para demandar no sistema interamericano, existem alguns aspectos que estão postos nos três
documentos acima. Demandar junto a um sistema de proteção de direitos humanos, alguns
pressupostos e requisitos precisam ser observados, não basta que haja mera violação de um direito.
- Diferentemente do sistema europeu, o indivíduo não pode demandar diretamente a corte no
sistema interamericano (a corte está em são josé, na costa rica e a comissão está em
washington, nos EUA)
- Se houver violação de um direito humano e o estado brasileiro, por ação ou omissão, não
tomar as medidas necessárias, a matéria poderá seguir ao sistema interamericano e nesse caso
o órgão que fará a verificação inicial do problema é a comissão interamericana dos direitos
humanos (NUNCA a corte).
● Convenção americana sobre direitos humanos artigo 44 - Qualquer pessoa ou grupo
de pessoas, ou entidade não-governamental legalmente reconhecida em um ou mais
Estados-membros da Organização, pode apresentar à Comissão petições que
contenham denúncias ou queixas de violação desta Convenção por um Estado-parte.
Requisitos: (art 46)
1. que hajam sido interpostos e esgotados os recursos da jurisdição interna, de acordo com os
princípios de Direito Internacional geralmente reconhecidos; → existem alguns pressuposto
para ir ao sistema interamericano, precisa percorrer a jurisdição interna e quando esgotar,
pode ir a internacional
- Em determinadas circunstâncias a jurisdição interna acaba por não ser materializada
em função de imbróglios jurídicos ou por omissão de determinados agentes
responsáveis pela apuração dos fatos (no âmbito da polícia ou pelo próprio poder
judiciário).
- Ou seja, apesar de ser o primeiro requisito, não pode ser vista como intocável, firme,
pois em determinadas circunstâncias pode haver a própria ausência do estado para
fazer a verificação.
2. que seja apresentada dentro do prazo de seis meses, a partir da data em que o presumido
prejudicado em seus direitos tenha sido notificado da decisão definitiva;
3. que a matéria da petição ou comunicação não esteja pendente de outro processo de solução
internacional; → que a matéria já tenha sido submetida a qualquer outra jurisdição
internacional
4. que, no caso do artigo 44, a petição contenha o nome, a nacionalidade, a profissão, o domicílio
e a assinatura da pessoa ou pessoas ou do representante legal da entidade que submeter a
petição. → precisa haver a indicação do fato, as pessoas vitimadas e naturalmente, a
qualificação devidamente apresentada para que a petição seja ao final, conhecida e
reconhecida como tal.
A comissão interamericana funciona como uma espécie de “juízo de admissibilidade” ou de
“ministério público”
- deve haver por parte dela a verificação de que as circunstâncias que envolveram a pessoa, bem
como a observância dos requisitos postos no tratado internacional foram analisados da
maneira devida e portanto o órgão se apresenta apto para fazer tudo aquilo que está sendo
encaminhado.
● Não há um processo internacional estabelecido, pois o processo vai ser instaurado a
partir do momento em que a matéria seja encaminhada para a corte e assim, não
houve resolução do problema no âmbito da comissão.
● Contexto histórico
- Adotada em 28 de julho de 1951, após a Segunda Guerra Mundial.
● Objetivo: responder à grande quantidade de pessoas deslocadas devido ao conflito.
● Definição de refugiado: Pessoa que, devido a temores fundados de perseguição por causa
de raça, religião, nacionalidade, filiação a um determinado grupo social ou opiniões políticas,
se encontra fora do país de sua nacionalidade e não pode ou, devido a tais temores, não quer
retornar a ele.
Direitos dos refugiados
1) Direito de não ser devolvido ao seu país de origem, onde sua vida ou liberdade estariam
ameaçadas.
2) Direito de acesso a direitos básicos, como educação, trabalho, moradia e saúde.
3) Direito de buscar asilo em outro país.
Responsabilidades dos Estados
1) Proteger os refugiados de danos e perseguição.
2) Respeitar seus direitos básicos.
3) Cooperar com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados ACNUR) na proteção
dos refugiados.
Importância da Convenção
● Estabeleceu um padrão global para a proteção dos refugiados.
● Inspirou a criação de outras leis e instrumentos internacionais sobre refúgio.
● Teve um impacto positivo na vida de milhões de refugiados em todo o mundo.
HÁ 3 SISTEMAS
1) Sistema Interamericano – criado em 1948
2) Sistema europeu - criado em 1950
3) Sistema Africano – criado em 1981
- Ocorre tardiamente pois os Estados africanos sequer eram compreendidos como
Estados à época da criação dos outros sistemas.
Há uma clara preocupação com relação aos direitos de terceira geração > são os direitos difusos
relacionados com a fraternidade.
- Os Estados africanos foram explorados ao longo da história, logo havia uma preocupação com
relação a esses aspectos que tem natureza difusa.
A partir do florescimento de direitos de primeira (liberdade) e segunda geração (igualdade) há forte
influência sobre a sociedade internacional e os sistemas de proteção.
● Direitos coletivos = é possível determinar o grupo
● Direitos difusos = grupo indeterminável
Direitos de:
1a geração - direito individuais e políticoS
- Natureza Individual
2a geração - direitos sociais, econômicos e culturais
- Natureza Coletiva
3a geração - meio ambiente, autodeterminação dos povos, paz, etc
- Natureza Difusa
O SISTEMA AMERICANO
Documentos principais:
● Carta da OEA ( Organização dos Estados Americanos)
● Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem
● Convenção Americana Sobre Direitos Humanos ( Pacto de São José da Costa Rica
1969)
→ A despeito de existir o sistema de proteção global dos direitos humanos verifica-se que o
funcionamento das instituições de âmbito regional tem se revelado bastante positivo na medida em
que os Estados situados no mesmo contexto geográfico histórico e cultural tem maior probabilidade
de transpor os obstáculos que se apresentam em nível mundial.
● Para demandar no sistema interamericano, existem alguns aspectos que estão postos nos três
documentos acima. Demandar junto a um sistema de proteção de direitos humanos, alguns
pressupostos e requisitos precisam ser observados, não basta que haja mera violação de um
direito.
- Diferentemente do sistema europeu, o indivíduo não pode demandar diretamente a
corte no sistema interamericano (a corte está em são josé, na costa rica e a comissão
está em washington, nos EUA)
- Se houver violação de um direito humano e o estado brasileiro, por ação ou omissão,
não tomar as medidas necessárias, a matéria poderá seguir ao sistema interamericano
e nesse caso o órgão que fará a verificação inicial do problema é a comissão
interamericana dos direitos humanos (NUNCA a corte).
- Quando a pessoa vence essa ação, entra em uma fila chamada “precatória”, diferente
de uma condenação produzida em tribunal internacional, em que o cumprimento da
sanção, inclusive de natureza pecuniária, é imediato . Se o país não cumpre, acaba por
sofrer nos reveses no próprio sistema em que foi condenado.
Lei 6.815/1980 (Estatuto Estrangeiro) - foi revogada em 2017 e não colocava o termo migrante
- muito ligado à segurança nacional, poderia haver expulsão do país por motivos muito simples
- Constituição de 88 art 12 não recepcionou essa lei (revogação tácita), estabelece os critérios de
nacionalidade
Em 2017 foi promulgada a lei 13.445/17 que mudou a figura do estrangeiro para migrante, ele busca
recepção ou integração maior na sociedade
- regulamentado pelo decreto 9199/2017 - ato do executivo, não especifica como vai funcionar
administrativamente.
Tipos de migrante
● Imigrante: pessoa nacional de outro país ou apátrida que se encontra no direito
internacional para se manter de forma permanente. É o termo usado para se referir a uma
pessoa que entra em um novo país com a intenção de residir lá
● Emigrante - pessoa que sai de seu país de origem para se estabelecer em outro lugar.
● Migrante - qualquer pessoa que se desloca de um lugar para outro, seja dentro de um país ou
entre países.
● Residente Fronteiriço - pode ser pessoa nacional ou apátrida que reside em um país e
trabalha em outro (art 25 lei 13.445/17)
Extradição - medida de cooperação internacional que consiste na entrega de uma pessoa a outro
país, para que seja submetida a um processo penal ou execução de sentença judicial. A extradição
pode ser ativa ou passiva: a ativa é quando o Brasil solicita a extradição de um foragido da Justiça
brasileira, e a passiva é o oposto.
→ STF entendeu que residente fronteiriço tem direito a defesa pela defensoria publica da uniao
- pode sofrer extradição em decorrência de crime que cometeu em outro país
- esfera penal
- via judicial
pode acontecer da pessoa ser procurada pela interpol e ter que voltar para responder
Deportação
→ expulsao que acontece quando o estrangeiro entra ilegalmente no país, ou sua permanência
torna-se ilegal.
Expulsão - ocorre depois de cumprimento de pena, quando o estrangeiro comete algum ato ilícito no
país.
- comum durante a lei 6815/1980
Jus solis - Também conhecido como "direito de solo", este critério atribui a nacionalidade a uma
pessoa com base no local onde nasceu.
Jus sanguinis - Também conhecido como "direito de sangue", este critério atribui a nacionalidade a
uma pessoa com base na sua ascendência.
Aula 8 - 04/11
Globalização e Empresas Internacionais
Globalização - Há um aumento de comunicacao, informacao, tecnologia
- alguns apresentam como fenômeno, outros como paradigma
● Quando surge?
→ A partir das mudanças no plano do direito internacional decorrente da segunda guerra mundial.
- Criação das Nações Unidas em 1945 é um marco, mas fazendo uma leitura histórica, existem
vários marcos teóricos
● Alguns autores dizem que a globalização estava presente nos grandes impérios, outros
indicam uma mudança no plano internacional decorrente das grandes navegações
- fomenta mercado e conquista de novos territórios (Espanha e Portugal)
● Outros autores falam de marcos com a quebra da bolsa de NY
● Integração regional
→ ações constituídas por estados nacionais/soberanos até para se contrapor aos produtos das
empresas
1) Área de livre comércio
2) União aduaneira
3) Mercado comum
4) Uniao economica e monetaria
3) Mercado Comum - indica livre circulação de bens, produtos e pessoas, mas contempla
várias outras liberdades
4) União Econômica e Monetária - em 2002 foi estabelecida moeda única (euro) e a lógica é
sempre fortalecer tratados