Resumo Geral Electronica Industrial

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1.

Conversores DC/DC
Os conversores DC/DC são circuitos eletrónicos que convertem uma tensão
DC num outro nível de tensão DC. São amplamente utilizados em diversas
aplicações, incluindo:
 Fontes de Alimentação: Conversores DC/DC são usados em fontes de
alimentação para computadores, telemóveis e outros dispositivos
eletrónicos para fornecer tensões DC estáveis e reguladas.

 Controlo de Motores DC: Conversores DC/DC podem ser usados para


controlar a velocidade de motores DC, ajustando a tensão aplicada ao
motor.
 Carregadores de Bateria: Os conversores DC/DC são usados em
carregadores de bateria para converter a tensão da fonte de
alimentação para a tensão de carga apropriada para a bateria.

 Sistemas de Energia Solar: Conversores DC/DC são usados em


sistemas de energia solar para converter a tensão DC dos painéis
solares para a tensão DC necessária para a carga ou para
armazenamento em baterias.
Os conversores DC/DC podem ser classificados de várias maneiras, incluindo:
 Topologia do Circuito: Existem várias topologias de circuito diferentes
para conversores DC/DC, como buck, boost, buck-boost e Cuk. Cada
topologia tem as suas próprias características e é adequada para
diferentes aplicações. Por exemplo, um conversor buck produz uma
tensão de saída inferior à tensão de entrada, enquanto um conversor
boost produz uma tensão de saída superior à tensão de entrada. Os
conversores buck-boost e Cuk podem produzir tensões de saída
maiores ou menores que a tensão de entrada.
 Modo de Operação: Conversores DC/DC podem operar em dois modos
distintos: modo de condução contínua (CCM) e modo de condução
descontínua (DCM). Em CCM, a corrente na bobina (ou indutor) do
conversor flui continuamente durante todo o ciclo de comutação. Em
DCM, a corrente na bobina cai para zero durante parte do ciclo de
comutação.
 Isolamento: Conversores DC/DC podem ser isolados ou não isolados.
Conversores isolados usam um transformador para isolar
galvanicamente a entrada da saída, enquanto conversores não
isolados não. O isolamento é importante em aplicações onde há uma
diferença significativa de potencial entre a entrada e a saída ou onde é
necessário segurança.
2. Duty Cycle
O duty cycle (ciclo de trabalho), muitas vezes representado pela letra D ou α,
é uma relação fundamental nos conversores DC/DC. É definido como a razão
entre o tempo em que o interruptor está ligado (ton) e o período total de
comutação (T):
Duty Cycle (D ou α) = t<sub>on</sub> / T
O duty cycle controla a quantidade de energia transferida da fonte de entrada
para a carga de saída. Ao variar o duty cycle, é possível regular a tensão de
saída do conversor DC/DC.

3. PFM: Pulse Frequency Modulation


(Modulação de Frequência de Impulso)
A PFM é uma técnica de modulação usada em conversores DC/DC para
regular a tensão de saída, variando a frequência dos pulsos de comutação,
mantendo a duração do pulso constante.

Em PFM, a frequência de comutação é ajustada de acordo com a diferença


entre a tensão de saída real e a tensão de saída desejada. Se a tensão de
saída for inferior à desejada, a frequência de comutação é aumentada para
transferir mais energia para a saída. Se a tensão de saída for superior à
desejada, a frequência de comutação é reduzida para transferir menos energia
para a saída.
A PFM tem a vantagem de ser relativamente simples de implementar, mas
pode resultar em maior ruído e ondulação na saída em comparação com outras
técnicas de modulação, como a PWM.

4. PWM: Pulse Width Modulation (Modulação


de Largura de Impulso)
A PWM é uma técnica de modulação amplamente usada em conversores
DC/DC para regular a tensão de saída, variando a largura dos pulsos de
comutação, mantendo a frequência de comutação constante.

Em PWM, a largura do pulso é ajustada de acordo com a diferença entre a


tensão de saída real e a tensão de saída desejada. Se a tensão de saída for
inferior à desejada, a largura do pulso é aumentada para transferir mais energia
para a saída. Se a tensão de saída for superior à desejada, a largura do pulso
é reduzida para transferir menos energia para a saída.
A PWM oferece várias vantagens sobre a PFM, incluindo:
 Menor Ruído e Ondulação na Saída: Como a frequência de comutação
é constante, é mais fácil filtrar os harmónicos de comutação e obter uma
tensão de saída mais limpa.
 Melhor Resposta Dinâmica: A PWM permite um controlo mais rápido e
preciso da tensão de saída em comparação com a PFM.
 Maior Eficiência: A PWM pode operar com maior eficiência em
comparação com a PFM, especialmente em altas frequências de
comutação.
A PWM é a técnica de modulação mais comumente usada em conversores
DC/DC modernos devido às suas vantagens em termos de desempenho,
eficiência e controlo.

Observações Adicionais
 As fontes fornecidas fornecem uma descrição detalhada do
funcionamento de conversores DC/DC em diferentes modos de
operação e quadrantes. No entanto, a análise dos filtros LC é
relativamente superficial e pode ser aprofundada em outras fontes.
 A implementação prática de conversores DC/DC requer a consideração
de vários fatores adicionais, como a seleção de componentes, o projeto
de controlo e a gestão térmica.
 As técnicas de modulação PFM e PWM são apenas duas das muitas
técnicas de modulação usadas em conversores DC/DC. Outras técnicas,
como a modulação por deslocamento de fase e a modulação sigma-
delta, também são usadas em aplicações específicas.

5. Conversor DC/DC Buck


O conversor DC/DC Buck, também conhecido como conversor abaixador, é um
circuito eletrónico que converte uma tensão DC de entrada num nível de tensão
DC de saída mais baixo. O seu objetivo principal é fornecer uma tensão
contínua à carga com um valor médio inferior à tensão de alimentação.
A sua operação baseia-se na comutação de um interruptor semicondutor
(tipicamente um MOSFET ou IGBT) para controlar o fluxo de corrente da fonte
de entrada para a carga de saída. O ciclo de trabalho (duty cycle) do
interruptor, representado por D, define a porção de tempo em que o interruptor
está ligado, controlando assim a quantidade de energia transferida para a
saída.
A tensão de saída do conversor Buck é diretamente proporcional ao duty cycle
e à tensão de entrada, expressa pela seguinte equação:
V<sub>out</sub> = D * V<sub>in</sub>
onde:
 Vout é a tensão de saída
 D é o duty cycle
 Vin é a tensão de entrada
O conversor Buck inclui tipicamente um indutor (L) e um capacitor (C) para
filtrar os harmónicos de comutação e fornecer uma tensão de saída mais
suave.

6. Conversor DC/DC Buck: Condução Lacunar


(DCM)
A condução lacunar, também designada como modo de condução descontínua
(DCM), ocorre quando a corrente no indutor do conversor Buck cai para zero
durante uma parte do ciclo de comutação. Isto acontece quando a energia
armazenada no indutor durante o período em que o interruptor está ligado é
completamente transferida para a carga antes do próximo ciclo de comutação.
Em DCM, a corrente na carga apresenta uma forma de onda pulsada, com
períodos de corrente nula entre os pulsos. A tensão de saída no modo de
condução lacunar é mais difícil de regular e apresenta maior ondulação em
comparação com o modo de condução contínua.
As condições para a ocorrência de condução lacunar dependem de fatores
como a indutância, a corrente de carga, o duty cycle e a frequência de
comutação.

7. Conversor DC/DC Buck: Condução Contínua


(CCM)
A condução contínua, também designada como modo de condução contínua
(CCM), ocorre quando a corrente no indutor do conversor Buck nunca cai para
zero durante o ciclo de comutação. Isto significa que o indutor está sempre
armazenando ou liberando energia.
Em CCM, a corrente na carga apresenta uma forma de onda mais suave, com
ondulação menor em comparação com DCM. A tensão de saída no modo de
condução contínua é mais fácil de regular e apresenta menor ondulação.
As condições para a ocorrência de condução contínua também dependem de
fatores como a indutância, a corrente de carga, o duty cycle e a frequência de
comutação.

8. Conversor DC/DC Buck com Filtro LC


O filtro LC num conversor Buck é usado para suavizar a tensão de saída,
removendo os harmónicos de comutação gerados pela comutação rápida do
interruptor. O filtro LC consiste num indutor (L) e um capacitor (C) conectados
em série entre o interruptor e a carga.
A introdução de um filtro LC num conversor DC/DC Buck visa aproximar o fator
de forma da corrente na carga da unidade. Em outras palavras, o filtro LC ajuda
a tornar a corrente na carga mais constante e próxima a uma forma de onda
DC ideal.
O indutor no filtro LC resiste a mudanças na corrente, enquanto o capacitor
armazena energia e a libera para suavizar a tensão de saída. O filtro LC é
projetado para ter uma frequência de corte muito menor que a frequência de
comutação do conversor, de forma a atenuar efetivamente os harmónicos de
comutação e fornecer uma tensão de saída limpa para a carga.
A escolha dos valores do indutor e do capacitor no filtro LC depende da
frequência de comutação, da corrente de carga e dos requisitos de ondulação
da tensão de saída.

9. Conversor DC/DC Buck Regenerativo


Um conversor DC/DC Buck Regenerativo é uma variante do conversor Buck
tradicional que permite o fluxo de energia bidirecional, tanto da fonte para a
carga como da carga para a fonte. Esta capacidade de regeneração de energia
é especialmente útil em aplicações como veículos elétricos e sistemas de
armazenamento de energia, onde a energia de frenagem pode ser recuperada
e devolvida à fonte.
A operação do conversor Buck Regenerativo baseia-se na utilização de
interruptores bidirecionais (tipicamente MOSFETs) e diodos para controlar o
fluxo de corrente. Ao comutar os interruptores apropriadamente, o conversor
pode operar em dois modos:
 Modo de Retificação: A energia flui da fonte para a carga, semelhante a
um conversor Buck tradicional.
 Modo de Inversão: A energia flui da carga para a fonte, permitindo a
regeneração de energia.
O controle do conversor Buck Regenerativo é mais complexo que o do
conversor Buck tradicional, exigindo um circuito de controle que monitore a
direção da corrente e ajuste o duty cycle dos interruptores para garantir a
operação em modo de retificação ou inversão conforme necessário.
As fontes fornecidas focam principalmente em conversores Buck tradicionais e
não fornecem detalhes específicos sobre a implementação de conversores
Buck Regenerativos. Para informações mais detalhadas sobre este tópico,
seria necessário consultar fontes adicionais.

10. Conversor DC/DC Buck Regenerativo:


Condução Lacunar (DCM)
Em um conversor Buck Regenerativo, a condução lacunar (DCM) ocorre
quando a corrente no indutor cai para zero durante uma parte do ciclo de
comutação. Isto pode acontecer tanto no modo de retificação como no modo de
inversão.
As condições para a ocorrência de DCM em um conversor Buck Regenerativo
são semelhantes às do conversor Buck tradicional, dependendo da indutância,
da corrente de carga, do duty cycle e da frequência de comutação. No entanto,
a análise de DCM em um conversor Buck Regenerativo é mais complexa
devido à bidirecionalidade do fluxo de energia.

11. Conversor DC/DC Buck Regenerativo:


Condução Contínua (CCM)
A condução contínua (CCM) em um conversor Buck Regenerativo ocorre
quando a corrente no indutor nunca cai para zero durante o ciclo de
comutação. Novamente, isso pode acontecer tanto no modo de retificação
como no modo de inversão.
As condições para a ocorrência de CCM em um conversor Buck Regenerativo
também são semelhantes às do conversor Buck tradicional. A análise de CCM
em um conversor Buck Regenerativo, no entanto, também é mais complexa
devido à natureza bidirecional do fluxo de energia.

12. Conversor DC/DC Buck Regenerativo com


Filtro LC
Um filtro LC em um conversor Buck Regenerativo serve para suavizar a
tensão de saída e reduzir os harmônicos de comutação, tanto no modo de
retificação como no modo de inversão. O projeto do filtro LC para um conversor
Buck Regenerativo é semelhante ao do conversor Buck tradicional, levando em
consideração a frequência de comutação, a corrente de carga e os requisitos
de ondulação da tensão de saída.
No entanto, o filtro LC em um conversor Buck Regenerativo deve ser capaz de
lidar com o fluxo bidirecional de energia. Isto pode exigir a utilização de
capacitores com características especiais ou a implementação de circuitos
adicionais para garantir a operação adequada do filtro durante a regeneração
de energia.

13. Conversor DC/DC Buck Bidirecional


Um conversor DC/DC Buck Bidirecional, como o nome indica, permite o fluxo
de energia em ambas as direções, tanto da fonte para a carga (retificação)
como da carga para a fonte (regeneração). Esta característica é essencial em
aplicações onde a reversibilidade do fluxo de energia é necessária, como
em veículos elétricos, sistemas de armazenamento de energia e conversores
de ligação à rede.
A estrutura básica de um conversor Buck Bidirecional é similar à de um
conversor Buck tradicional, mas com a adição de interruptores e diodos
adicionais para permitir o fluxo bidirecional de corrente. A sua implementação
usual envolve quatro interruptores semicondutores, tipicamente MOSFETs,
dispostos numa configuração de ponte H.

14. Conversor DC/DC Buck Bidirecional:


Funcionamento no 1º Quadrante
No primeiro quadrante de operação, tanto a tensão como a corrente na carga
são positivas, o que implica um fluxo de energia da fonte para a carga. Neste
modo, o conversor Buck Bidirecional funciona de forma similar a um conversor
Buck tradicional, onde um dos interruptores (S1) é controlado por um sinal
PWM, enquanto o interruptor complementar (S4) é mantido desativado.
A tensão de saída é controlada pelo ciclo de trabalho do interruptor S1, e a
corrente flui através do indutor para a carga, sendo filtrada pelo capacitor para
produzir uma tensão de saída DC suave.

15. Conversor DC/DC Buck Bidirecional:


Funcionamento no 1º Quadrante - Condução
Lacunar (DCM)
No modo de condução lacunar, a corrente no indutor cai para zero durante
parte do ciclo de comutação. Isto ocorre quando a energia armazenada no
indutor durante o tempo em que o interruptor S1 está ligado é completamente
transferida para a carga antes do próximo ciclo de comutação.
Em DCM, a tensão de saída é mais difícil de regular e apresenta maior
ondulação em comparação com o modo de condução contínua. As condições
para a ocorrência de DCM dependem da indutância, da corrente de carga, do
ciclo de trabalho e da frequência de comutação.

16. Conversor DC/DC Buck Bidirecional:


Funcionamento no 1º Quadrante - Condução
Contínua (CCM)
No modo de condução contínua, a corrente no indutor nunca cai para zero
durante o ciclo de comutação. Isto significa que o indutor está sempre
armazenando ou liberando energia.
Em CCM, a corrente na carga apresenta uma forma de onda mais suave, com
menor ondulação em comparação com DCM. A tensão de saída é mais fácil
de regular e apresenta menor ondulação. As condições para a ocorrência de
CCM também dependem da indutância, da corrente de carga, do ciclo de
trabalho e da frequência de comutação.

17. Funcionamento no 4º Quadrante

No 4º quadrante de operação, o conversor DC/DC Buck Bidirecional opera no


modo de regeneração, onde a energia flui da carga para a fonte. Isto significa
que a tensão na carga (Uc) é positiva, enquanto a corrente na carga (Ic) é
negativa.
De acordo com a fonte, para operar no 4º quadrante, o interruptor S4 é
comandado pelo sinal PWM, enquanto o interruptor S1 é mantido desativado.
Este modo de funcionamento assemelha-se ao do conversor DC/DC Buck
regenerativo, com as mesmas premissas de funcionamento (tensão na carga,
UE > 0, e tangente do ângulo de fase, tan(φ) > 0).
A fonte reforça este conceito, afirmando que o objetivo neste modo de
funcionamento é transferir energia da carga para a fonte, aplicando à carga
uma tensão inferior à da fonte, com uma corrente negativa na fonte e na carga.

18 & 19. Condução Lacunar vs. Condução


Contínua
As fontes e detalham o funcionamento do conversor no 4º quadrante para os
modos de condução lacunar e contínua. As principais diferenças entre os dois
modos residem no comportamento da corrente na bobina (iL):
Condução Lacunar (DCM):
 A corrente na bobina cai para zero durante parte do ciclo de comutação.
 Todos os semicondutores estão desativados durante o intervalo em que
a corrente é zero.
 A regulação da tensão de saída é mais complexa e a ondulação na
tensão é maior.
Condução Contínua (CCM):
 A corrente na bobina nunca atinge zero durante o ciclo de comutação.
 O indutor está sempre a armazenar ou libertar energia.
 A regulação da tensão de saída é mais simples e a ondulação na tensão
é menor.
As condições para a ocorrência de DCM ou CCM dependem de parâmetros
como a indutância, a corrente de carga, o ciclo de trabalho e a frequência de
comutação. As fontes fornecem fórmulas detalhadas para calcular estes
parâmetros e determinar o modo de condução.
Detalhes Adicionais sobre o Funcionamento no 4º Quadrante
As fontes também fornecem informações relevantes sobre o comportamento do
conversor no 4º quadrante, nomeadamente:
 As formas de onda da corrente e da tensão nos diferentes componentes
do circuito.
 As expressões matemáticas para calcular a tensão e a corrente em cada
instante do ciclo de comutação.
 A influência do ângulo de fase φ na condução dos semicondutores e na
transferência de energia.

20. Conversor DC/DC Buck de 4 Quadrantes:


Controlo Total do Fluxo de Energia
Um Conversor DC/DC Buck de 4 quadrantes é uma topologia de conversor de
potência que permite controlar a tensão e a corrente na carga em ambos os
sentidos e polaridades, abrangendo os quatro quadrantes do plano V-I. Esta
característica é essencial em aplicações que exigem reversibilidade total do
fluxo de energia e controlo preciso da tensão e corrente de saída.
Princípio de Funcionamento e Estrutura
A estrutura básica deste conversor é uma ponte H, composta por quatro
interruptores semicondutores (normalmente MOSFETs ou IGBTs), como
ilustrado nas fontes e nas nossas conversas anteriores. A combinação da
ativação e desativação destes interruptores permite controlar o fluxo de
corrente através do indutor e do capacitor de saída, regulando assim a
tensão e a corrente na carga.
Quadrantes de Operação
Os quatro quadrantes de operação correspondem às diferentes combinações
de polaridade da tensão e da corrente na carga:
 1º Quadrante (Uc > 0 e Ic > 0): Fluxo de energia da fonte para a carga,
com tensão e corrente positivas na carga.
 2º Quadrante (Uc < 0 e Ic > 0): Fluxo de energia da carga para a fonte,
com tensão negativa e corrente positiva na carga.
 3º Quadrante (Uc < 0 e Ic < 0): Fluxo de energia da fonte para a carga,
com tensão e corrente negativas na carga.
 4º Quadrante (Uc > 0 e Ic < 0): Fluxo de energia da carga para a fonte,
com tensão positiva e corrente negativa na carga.

21. Funcionamento no 1º Quadrante: Análise


Detalhada
No 1º quadrante de operação, o conversor transfere energia da fonte para a
carga, fornecendo uma tensão de saída positiva e inferior à tensão de entrada.
O funcionamento neste quadrante é similar ao de um conversor Buck
tradicional.
Estratégia de Comando
Para operar neste quadrante, o interruptor S1 é controlado por um sinal PWM,
enquanto o interruptor S2 é mantido permanentemente ativado. O interruptor
S4 é mantido desativado.
Análise dos Intervalos de Comutação
A fonte descreve em detalhe os diferentes intervalos de comutação e as
equações que governam o comportamento do conversor no 1º quadrante. Os
principais pontos a destacar são:
 0 < ωt < 2πα: S1 e S2 estão ativados, a corrente flui através do indutor
para a carga, e a tensão no capacitor aumenta.
 2πα < ωt < (2π ou 2πβ): S1 está desativado, a corrente continua a fluir
através do indutor e do diodo D4 para a carga, e a tensão no capacitor
diminui.
 2πβ < ωt < 2π (condução lacunar): Todos os interruptores estão
desativados, a corrente na bobina é zero, e a tensão no capacitor
permanece constante.
Condução Contínua vs. Lacunar
Tal como nos conversores Buck tradicionais, o conversor Buck de 4 quadrantes
pode operar em modo de condução contínua (CCM) ou lacunar (DCM). A fonte
fornece as equações para determinar o modo de condução e calcular a
ondulação da corrente e da tensão de saída.
Controlo da Tensão de Saída
A tensão de saída é controlada pelo ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado ao
interruptor S1. A fonte apresenta as expressões para calcular a tensão média
de saída em função do ciclo de trabalho, tanto em CCM como em DCM.

22.- Funcionamento Detalhado do Conversor


DC/DC Buck de 4 Quadrantes no 2º Quadrante
O Conversor DC/DC Buck de 4 Quadrantes, como já explorado em nossas
conversas, permite controlar a tensão e a corrente na carga em todas as
direções e polaridades. No 2º quadrante de operação, o conversor opera no
modo de regeneração, transferindo energia da carga para a fonte. A tensão na
carga (Uc) é negativa e a corrente na carga (Ic) é positiva, como descrito na
fonte.
Estratégia de Comando para o 2º Quadrante
Para operar no 2º quadrante, a estratégia de comando descrita na fonte
consiste em:
 Apenas o interruptor S2 recebe o sinal de comando PWM.
 Os restantes interruptores (S1, S3 e S4) permanecem desativados.
Análise Detalhada dos Intervalos de Comutação
A fonte detalha o funcionamento no 2º quadrante, definindo os intervalos de
comutação e as equações que os governam:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S2 está em condução juntamente com o diodo D4.
 A corrente flui da carga através do diodo D4, da bobina e do interruptor
S2 para a fonte.
 A tensão na bobina aumenta linearmente.
 A corrente na bobina também aumenta, mas com uma forma de onda
exponencial, influenciada pela resistência da carga (R) e pela tensão na
carga (Uc).
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S2 é desativado.
 A corrente continua a fluir da carga através do diodo D3 e do diodo D4
para a fonte, mantendo a continuidade do fluxo de energia.
 A tensão na bobina diminui linearmente.
 A corrente na bobina diminui exponencialmente.
3. 2πβ < ωt < 2π (Condução Lacunar):
 Todos os interruptores estão desativados.
 A corrente na bobina é zero.
 Não há fluxo de energia entre a carga e a fonte.
 A tensão no capacitor permanece constante.
Condução Contínua vs. Lacunar no 2º Quadrante
Tal como nos outros quadrantes, o conversor Buck de 4 quadrantes pode
operar em modo de condução contínua (CCM) ou lacunar (DCM) no 2º
quadrante. A fonte fornece as equações para determinar o modo de condução,
que dependem de fatores como a indutância, a corrente na carga, o ciclo de
trabalho e a frequência de comutação.
Controlo da Tensão de Saída no 2º Quadrante
A tensão de saída é controlada pelo ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado ao
interruptor S2. A fonte fornece as expressões matemáticas para calcular a
tensão média de saída, considerando tanto o modo CCM como o DCM.
Considerações Adicionais
 É importante notar que as análises apresentadas nas fontes são
baseadas em modelos idealizados, que não consideram as perdas nos
componentes nem os tempos de comutação dos interruptores, o que
pode afetar o desempenho real do conversor.
 Para uma análise mais completa, seria necessário considerar estes
fatores, realizar simulações ou testes experimentais.
 A fonte destaca a similaridade do funcionamento no 2º quadrante com o
conversor Buck regenerativo, onde a energia flui da carga para a fonte.
Importância do Funcionamento no 2º Quadrante
O funcionamento no 2º quadrante é crucial para aplicações como veículos
elétricos e sistemas de armazenamento de energia, onde a regeneração de
energia é fundamental para aumentar a eficiência e prolongar a vida útil da
bateria. Por exemplo, durante a frenagem regenerativa num veículo elétrico, o
motor funciona como gerador, convertendo energia cinética em energia elétrica,
que é devolvida à bateria através do conversor DC/DC operando no 2º
quadrante.

23.- Operação Detalhada do Conversor DC/DC


Buck de 4 Quadrantes no 3º Quadrante
O Conversor DC/DC Buck de 4 Quadrantes oferece controlo completo sobre a
tensão e corrente da carga, permitindo a operação em todos os quatro
quadrantes do plano V-I. No 3º quadrante de operação, o conversor transfere
energia da fonte para a carga, assim como no 1º quadrante. No entanto, a
diferença reside na polaridade da tensão e da corrente na carga. Neste caso,
tanto a tensão na carga (Uc) quanto a corrente na carga (Ic) são negativas.
Estratégia de Comando para o 3º Quadrante
De acordo com a fonte, a estratégia de comando específica para o 3º
quadrante é a seguinte:
 S3 é controlado pelo sinal PWM.
 S4 é mantido permanentemente ativado.
 Os interruptores S1 e S2 permanecem desativados.
Análise Detalhada dos Intervalos de Comutação
A fonte detalha o funcionamento no 3º quadrante através da definição dos
seguintes intervalos de comutação e das respetivas equações:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S3 e S4 estão em condução.
 A corrente flui da fonte através do interruptor S3, da bobina e do
interruptor S4 para a carga.
 A tensão na bobina aumenta linearmente.
 A corrente na bobina também aumenta, mas com uma forma de onda
exponencial influenciada pela resistência da carga (R) e pela tensão na
carga (Uc), que é negativa.
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S3 é desativado.
 A corrente continua a fluir da fonte através do diodo D2 e do interruptor
S4 para a carga.
 A tensão na bobina diminui linearmente.
 A corrente na bobina diminui exponencialmente.
3. 2πβ < ωt < 2π (Condução Lacunar):
 Todos os interruptores estão desativados.
 A corrente na bobina é zero.
 Não há fluxo de energia entre a fonte e a carga.
 A tensão no capacitor permanece constante.
Condução Contínua vs. Lacunar no 3º Quadrante
Similarmente aos outros quadrantes, o conversor Buck de 4 quadrantes pode
operar em modo de condução contínua (CCM) ou lacunar (DCM) no 3º
quadrante. As equações para determinar o modo de condução, fornecidas na
fonte, dependem da indutância, da corrente na carga, do ciclo de trabalho e da
frequência de comutação.
Controlo da Tensão de Saída no 3º Quadrante
O ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado ao interruptor S3 controla a tensão
de saída. A fonte apresenta as expressões matemáticas para calcular a tensão
média de saída, tanto em CCM como em DCM.
Considerações Adicionais
 As análises apresentadas nas fontes baseiam-se em modelos
idealizados que não consideram as perdas nos componentes e os
tempos de comutação dos interruptores. Na prática, estes fatores podem
afetar o desempenho real do conversor.
 A fonte salienta que se existir uma força contra-eletromotriz na carga,
esta deve ter polaridade oposta à tensão aplicada pelo conversor para
garantir a operação no 3º quadrante.
Importância do Funcionamento no 3º Quadrante
A capacidade de operar no 3º quadrante é relevante em aplicações onde é
necessário fornecer tensões e correntes negativas à carga. Alguns exemplos
incluem:
 Controlo de motores DC em ambas as direções: Permite inverter a
polaridade da tensão e da corrente aplicada ao motor, possibilitando a
sua rotação nos dois sentidos.
 Sistemas de carregamento de baterias: Em certos casos, pode ser
necessário aplicar uma corrente negativa à bateria para realizar uma
descarga controlada.
 Conversores com múltiplas saídas: A possibilidade de gerar tensões
negativas permite a criação de saídas com diferentes polaridades num
único conversor.

24.- Análise Completa do Conversor DC/DC


Buck de 4 Quadrantes no 4º Quadrante
O Conversor DC/DC Buck de 4 quadrantes proporciona um controlo versátil
sobre a tensão e corrente fornecidas à carga, permitindo a operação em todos
os quatro quadrantes do plano V-I. No 4º quadrante de operação, o conversor
atua no modo de regeneração, semelhante ao 2º quadrante. Neste caso, a
tensão na carga (Uc) é positiva e a corrente na carga (Ic) é negativa.
Estratégia de Comando no 4º Quadrante
A estratégia de comando para o 4º quadrante, como descrito na fonte, envolve:
 S4 é controlado pelo sinal PWM.
 Os restantes interruptores (S1, S2 e S3) permanecem desativados.
Detalhes dos Intervalos de Comutação
A fonte explica o funcionamento no 4º quadrante, definindo os intervalos de
comutação e as equações que os regem:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S4 está em condução juntamente com o diodo D2.
 A corrente flui da carga através do diodo D2, da bobina e do interruptor
S4 para a fonte.
 A tensão na bobina aumenta linearmente.
 A corrente na bobina também aumenta, mas com uma forma de onda
exponencial, influenciada pela resistência da carga (R) e pela tensão na
carga (Uc).
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S4 é desativado.
 A corrente continua a fluir da carga através do diodo D1 e do diodo D2
para a fonte, assegurando a continuidade do fluxo de energia.
 A tensão na bobina diminui linearmente.
 A corrente na bobina diminui exponencialmente.
3. 2πβ < ωt < 2π (Condução Lacunar):
 Todos os interruptores estão desativados.
 A corrente na bobina é zero.
 O fluxo de energia entre a carga e a fonte é interrompido.
 A tensão no capacitor permanece constante.
Comparação entre Condução Contínua e Lacunar
Tal como nos outros quadrantes, o conversor Buck de 4 quadrantes pode
operar em modo de condução contínua (CCM) ou lacunar (DCM) no 4º
quadrante. As equações para determinar o modo de condução, presentes na
fonte, dependem de fatores como a indutância, a corrente na carga, o ciclo de
trabalho e a frequência de comutação.
Controlo da Tensão de Saída
A tensão de saída é controlada ajustando o ciclo de trabalho do sinal PWM
aplicado ao interruptor S4. A fonte fornece as fórmulas para calcular a tensão
média de saída em ambos os modos, CCM e DCM.
Importância da Operação no 4º Quadrante
A capacidade de operar no 4º quadrante é crucial em aplicações onde a
regeneração de energia é essencial para aumentar a eficiência e a
autonomia. Exemplos disso incluem:
 Veículos elétricos: Durante a frenagem regenerativa, o motor atua
como gerador, convertendo a energia cinética em energia elétrica, que é
devolvida à bateria através do conversor DC/DC operando no 4º
quadrante.
 Sistemas de armazenamento de energia: A energia armazenada num
sistema, como uma bateria ou um supercapacitor, pode ser devolvida à
fonte durante a descarga, usando o conversor no 4º quadrante.
 Aplicações com cargas regenerativas: Certas cargas, como motores
DC em algumas condições de funcionamento, podem gerar energia, que
pode ser recuperada usando um conversor DC/DC operando no 4º
quadrante.
As fontes fornecem uma análise matemática detalhada dos diferentes modos
de operação do conversor Buck de 4 quadrantes, mas é importante salientar
que estas análises são baseadas em modelos idealizados. As perdas nos
componentes e os tempos de comutação dos interruptores podem afetar o
desempenho real do conversor. Para um estudo mais aprofundado, seria
necessário considerar estes fatores e realizar simulações ou testes
experimentais.
Funcionamento Detalhado do Conversor
DC/DC Buck de 4 Quadrantes no 4º
Quadrante: Condução Descontínua vs.
Contínua
O conversor DC/DC Buck de 4 quadrantes destaca-se pela sua capacidade de
controlar a tensão e corrente na carga em todas as direções e polaridades,
operando em todos os quatro quadrantes do plano V-I. No 4º quadrante, o
conversor funciona no modo de regeneração, transferindo energia da carga
para a fonte. Isto significa que a tensão na carga (Uc) é positiva, enquanto a
corrente na carga (Ic) é negativa. As fontes fornecem uma análise detalhada
do funcionamento deste conversor.

25. Condução Descontínua (DCM) no 4º


Quadrante
A condução descontínua, ou modo de condução lacunar, ocorre quando a
corrente na bobina (iL) cai para zero durante o ciclo de comutação. Este modo
de operação é caracterizado por três intervalos distintos, como descrito nas
fontes:
Intervalos de Comutação em DCM:
1. 0 < ωt < 2πα: O interruptor S4 está em condução juntamente com o
diodo D2. A corrente flui da carga, através do diodo D2, da bobina (L) e
do interruptor S4, para a fonte. Durante este intervalo, a tensão e a
corrente na bobina aumentam.
2. 2πα < ωt < 2πβ: O interruptor S4 é desativado. A corrente continua a
fluir da carga para a fonte, mas agora através dos diodos D1 e D2,
garantindo a continuidade do fluxo de energia. A tensão e a corrente na
bobina diminuem durante este período.
3. 2πβ < ωt < 2π: Todos os interruptores estão desativados. A corrente na
bobina atinge zero e permanece nesse estado até o próximo ciclo de
comutação. Neste intervalo, não há fluxo de energia entre a carga e a
fonte. A tensão no capacitor (C) permanece constante.
Características da DCM:
 Corrente na bobina: A corrente na bobina atinge zero durante o ciclo de
comutação, resultando num intervalo de tempo em que não há fluxo de
corrente na bobina.
 Ripple de corrente: O ripple de corrente, ou seja, a variação da
corrente durante o ciclo de comutação, é maior em DCM em
comparação com o modo de condução contínua (CCM). Isto pode ser
observado nos gráficos de corrente da bobina (iL) apresentados nas
fontes.
 Tensão de saída: A tensão de saída (Uc) é influenciada pela corrente de
carga e pelo valor da indutância. À medida que a corrente de carga
diminui, o efeito da indutância na tensão de saída torna-se mais
pronunciado, resultando numa maior variação da tensão de saída.

26. Condução Contínua (CCM) no 4º


Quadrante
A condução contínua ocorre quando a corrente na bobina nunca atinge zero
durante o ciclo de comutação. Este modo de operação é caracterizado por dois
intervalos principais:
Intervalos de Comutação em CCM:
1. 0 < ωt < 2πα: Tal como na DCM, o interruptor S4 conduz com o diodo
D2, a corrente flui da carga para a fonte, e a tensão e a corrente na
bobina aumentam.
2. 2πα < ωt < 2π: O interruptor S4 é desativado. A corrente continua a fluir
da carga para a fonte através dos diodos D1 e D2. No entanto, ao
contrário da DCM, a corrente na bobina nunca atinge zero durante este
intervalo. A tensão e a corrente na bobina diminuem, mas a corrente
permanece acima de zero.
Características da CCM:
 Corrente na bobina: A corrente na bobina (iL) flui continuamente
durante o ciclo de comutação. Isto resulta num menor ripple de corrente
e numa operação mais suave.
 Ripple de corrente: O ripple de corrente é menor em CCM em
comparação com a DCM, o que contribui para uma menor ondulação na
tensão de saída e uma menor probabilidade de interferência
eletromagnética.
 Tensão de saída: A tensão de saída (Uc) é mais estável e menos
suscetível a variações na corrente de carga em comparação com a
DCM. Esta característica é vantajosa em aplicações que requerem uma
tensão de saída precisa e regulada.
Comparação entre DCM e CCM no 4º Quadrante
A escolha entre DCM e CCM depende dos requisitos específicos da aplicação
e do compromisso entre as características de cada modo de operação:
Característica DCM CCM
Corrente na bobina Atinge zero durante o ciclo Flui continuamente
Ripple de corrente Maior Menor
Influenciada pela corrente de
Tensão de saída Mais estável
carga
Eficiência Geralmente menor Geralmente maior
Complexidade de
Mais simples Mais complexo
controlo
Considerações para a Escolha do Modo de Operação:
 Corrente de carga: Para baixas correntes de carga, a DCM pode ser
mais eficiente devido à sua menor corrente média na bobina. Para altas
correntes de carga, a CCM é preferível para minimizar as perdas por
condução.
 Frequência de comutação: A DCM é mais adequada para altas
frequências de comutação, pois permite o uso de indutores menores. A
CCM é mais eficiente em baixas frequências de comutação, pois
minimiza as perdas por comutação.
 Requisitos de ondulação: Se a aplicação exigir uma baixa ondulação
na tensão de saída, a CCM é a melhor escolha. A DCM pode ser
aceitável se a ondulação não for crítica.
Controlo da Tensão de Saída
Tanto em DCM como em CCM, a tensão de saída (Uc) é controlada ajustando
o ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado ao interruptor S4. Um maior ciclo de
trabalho resulta numa maior tensão de saída. As fontes fornecem as fórmulas
para calcular a tensão média de saída em ambos os modos de condução.
Importância da Operação no 4º Quadrante
A capacidade de operar no 4º quadrante é crucial em aplicações onde a
regeneração de energia é importante. Exemplos disso incluem:
 Veículos elétricos: Durante a frenagem regenerativa, o motor atua
como gerador, convertendo a energia cinética em energia elétrica. O
conversor DC/DC, operando no 4º quadrante, permite que esta energia
seja devolvida à bateria, aumentando a autonomia do veículo.
 Sistemas de armazenamento de energia: Em sistemas que
armazenam energia, como baterias ou supercapacitores, a energia
armazenada pode ser devolvida à fonte durante a descarga. O
conversor DC/DC no 4º quadrante possibilita esta transferência de
energia, maximizando a utilização da energia armazenada.
 Aplicações com cargas regenerativas: Em algumas situações, as
cargas podem gerar energia, como motores DC em determinadas
condições de funcionamento. Um conversor DC/DC operando no 4º
quadrante permite que esta energia seja recuperada e utilizada,
aumentando a eficiência global do sistema.
Considerações Adicionais
É fundamental lembrar que as análises apresentadas nas fontes são baseadas
em modelos idealizados, desconsiderando perdas nos componentes e tempos
de comutação dos interruptores. Na prática, estes fatores não-idealizados
podem afetar o desempenho real do conversor, resultando em diferenças entre
os resultados teóricos e práticos.
Para uma análise mais aprofundada e precisa, é recomendado realizar
simulações ou testes experimentais, considerando os parâmetros reais dos
componentes e as condições de operação específicas da aplicação.

27. Conversor DC/DC Boost: Introdução e


Objetivo
O conversor DC/DC Boost, também conhecido como conversor elevador, tem
como objetivo fornecer à carga uma tensão contínua (DC) de valor médio
superior à tensão de alimentação. O seu princípio de funcionamento baseia-se
no armazenamento de energia numa bobina (indutor) durante um intervalo de
tempo e na subsequente transferência dessa energia para a carga durante
outro intervalo. Este processo de carga e descarga da bobina é controlado por
um interruptor eletrónico (transistor) que opera em alta frequência, permitindo a
elevação da tensão.

28. Conversor DC/DC Boost: Condução


Lacunar na Fonte
A condução lacunar na fonte, também conhecida como Modo de Condução
Descontínua (DCM), ocorre quando a corrente na bobina (iL) cai para zero
durante parte do ciclo de comutação. Este fenómeno é influenciado por
diversos fatores, incluindo a indutância da bobina, a corrente de carga, a
tensão de entrada e o ciclo de trabalho (duty cycle) do sinal de controlo.
Funcionamento em DCM:
1. 0 < ωt < 2πα: O interruptor S está em condução, o diodo D está
bloqueado e a corrente flui da fonte de alimentação para a bobina,
armazenando energia no campo magnético da bobina. Neste intervalo, a
tensão na bobina é igual à tensão de entrada (Vin). A carga é alimentada
pela energia armazenada no capacitor de saída (C).
2. 2πα < ωt < 2πβ: O interruptor S é desligado. A energia armazenada na
bobina força o diodo D a conduzir, permitindo a transferência da energia
da bobina para o capacitor de saída e para a carga. A corrente na bobina
diminui gradualmente até atingir zero.
3. 2πβ < ωt < 2π: A corrente na bobina permanece em zero até o próximo
ciclo de comutação. A carga é alimentada exclusivamente pelo capacitor
de saída.
Características da Condução Lacunar:
 Maior ripple de corrente na bobina e na corrente de entrada, o que pode
aumentar as perdas e gerar interferência eletromagnética.
 Tensão de saída mais sensível às variações na corrente de carga e na
indutância da bobina.
 Possibilidade de utilizar bobinas com menor indutância, o que pode
reduzir o tamanho e o custo do conversor.

29. Conversor DC/DC Boost: Condução


Contínua na Fonte
A condução contínua na fonte, também conhecida como Modo de Condução
Contínua (CCM), ocorre quando a corrente na bobina (iL) nunca atinge zero
durante o ciclo de comutação. Neste modo de operação, a corrente na bobina
flui continuamente, proporcionando uma transferência de energia mais suave e
estável.
Funcionamento em CCM:
1. 0 < ωt < 2πα: O interruptor S está em condução, o diodo D está
bloqueado e a corrente flui da fonte de alimentação para a bobina,
aumentando a energia armazenada na bobina.
2. 2πα < ωt < 2π: O interruptor S é desligado. A energia armazenada na
bobina força o diodo D a conduzir, transferindo a energia da bobina para
o capacitor de saída e para a carga. A corrente na bobina diminui, mas
nunca atinge zero antes do próximo ciclo de comutação.
Características da Condução Contínua:
 Menor ripple de corrente na bobina e na corrente de entrada, resultando
em menor ruído e perdas.
 Tensão de saída mais estável e menos afetada por variações na
corrente de carga e na indutância da bobina.
 Necessidade de bobinas com maior indutância, o que pode aumentar o
tamanho e o custo do conversor.
Considerações sobre os Modos de Condução
A escolha entre condução lacunar (DCM) e condução contínua (CCM) depende
dos requisitos específicos da aplicação, considerando fatores como:
 Nível de corrente de carga: DCM é geralmente mais eficiente para
baixas correntes, enquanto CCM é preferível para altas correntes.
 Frequência de comutação: DCM é mais adequada para altas
frequências, permitindo o uso de bobinas menores. CCM é mais
eficiente em baixas frequências, minimizando as perdas por comutação.
 Requisitos de ondulação: Se a aplicação exigir baixa ondulação na
tensão de saída, CCM é a melhor escolha. DCM pode ser aceitável se a
ondulação não for crítica.
Controlo da Tensão de Saída
A tensão de saída do conversor Boost é controlada ajustando o ciclo de
trabalho do sinal PWM aplicado ao interruptor S. Um maior ciclo de trabalho
resulta numa maior tensão de saída. As fontes fornecem fórmulas para calcular
a tensão média de saída em ambos os modos de condução, lacunar e
contínua.
Aplicações do Conversor Boost
O conversor Boost é amplamente utilizado em diversas aplicações, incluindo:
 Elevação da tensão em sistemas de energia solar fotovoltaica:
Convertem a baixa tensão dos painéis solares para uma tensão mais
alta, adequada para alimentar inversores ou carregar baterias.
 Fontes de alimentação: Utilizados em fontes de alimentação para
computadores, telemóveis e outros dispositivos eletrónicos para gerar
tensões mais altas a partir de uma fonte de baixa tensão.
 Iluminação LED: Elevam a tensão para alimentar LEDs de alta
potência, proporcionando maior eficiência energética em comparação
com lâmpadas tradicionais.
 Carregadores de bateria: Utilizados para carregar baterias de lítio,
chumbo-ácido e outros tipos, ajustando a tensão e a corrente de carga
de forma precisa.

Considerações Finais
É importante salientar que as descrições e análises apresentadas baseiam-se
nas informações fornecidas nas fontes, que podem apresentar modelos
idealizados, ignorando perdas nos componentes e tempos de comutação.
Simulações ou testes experimentais são recomendados para uma análise mais
completa e precisa do conversor Boost, considerando os parâmetros reais dos
componentes e as condições de operação da aplicação.

30. Conversor DC/DC Buck-Boost: Uma Visão


Geral
O conversor DC/DC Buck-Boost, também conhecido como conversor "step-
down/step-up", é uma topologia de conversor de energia que permite a
obtenção de uma tensão de saída DC que pode ser maior ou menor do que a
tensão de entrada DC. A principal aplicação deste conversor é em fontes de
alimentação reguladas, onde se pode necessitar de uma saída de polaridade
negativa em relação ao terminal comum da tensão de entrada e a tensão de
saída pode ser ajustada para valores superiores ou inferiores à tensão de
entrada.
Ao contrário dos conversores Buck e Boost, que operam apenas em um
quadrante do plano de tensão-corrente de saída, o conversor Buck-Boost pode
operar em dois quadrantes, permitindo que a corrente de saída flua em
ambos os sentidos. Esta característica torna o conversor Buck-Boost mais
versátil em aplicações onde a regeneração de energia é necessária, como em
sistemas de acionamento de motores DC.
O conversor Buck-Boost é composto por um interruptor (transistor), um
diodo, uma bobina (indutor) e um capacitor. A operação do conversor
baseia-se na comutação do interruptor em alta frequência, controlando o
fluxo de energia entre a entrada, a bobina, o capacitor e a saída. A tensão de
saída é regulada ajustando o ciclo de trabalho (duty cycle) do sinal de
controlo aplicado ao interruptor.

31. Conversor DC/DC Buck-Boost:


Funcionamento Buck (Tensão de Saída Inferior
à Tensão de Entrada)
No modo Buck, a tensão de saída do conversor é inferior à tensão de
entrada. Neste modo, a energia é transferida da entrada para a saída em dois
estágios, controlados pela comutação do interruptor:
 Estágio 1 (Interruptor Ligado): Quando o interruptor está ligado, a
corrente flui da fonte de entrada para a bobina, armazenando energia
no campo magnético da bobina. O diodo é polarizado reversamente,
bloqueando o fluxo de corrente para a saída. A carga é alimentada pela
energia armazenada no capacitor.
 Estágio 2 (Interruptor Desligado): Quando o interruptor é desligado, a
energia armazenada na bobina força o diodo a conduzir, permitindo que
a corrente flua da bobina para o capacitor e para a carga.
A tensão de saída é regulada ajustando o tempo em que o interruptor
permanece ligado (duty cycle). Um ciclo de trabalho maior resulta em uma
tensão de saída mais próxima da tensão de entrada.
O funcionamento Buck do conversor Buck-Boost é similar ao do conversor
Buck com filtro LC, como mencionado na fonte. No entanto, a presença do
diodo e a possibilidade de inversão da corrente de saída tornam o conversor
Buck-Boost mais versátil.
Importante:
 As fontes fornecem uma análise detalhada do conversor Buck-Boost,
incluindo as equações que descrevem o seu comportamento em
diferentes modos de operação e condições de carga.
 A fonte menciona que a análise do funcionamento do conversor Buck-
Boost pode ser complexa, especialmente quando se considera a
condução lacunar (descontínua). No entanto, a análise pode ser
simplificada considerando que a tensão na carga é aproximadamente
constante, devido à presença do capacitor de filtro.
Recomenda-se a consulta às fontes fornecidas para uma análise mais
completa do conversor DC/DC Buck-Boost, incluindo os seus diferentes modos
de operação, as equações que descrevem o seu comportamento e exemplos
de cálculo dos parâmetros do circuito.

32. Funcionamento Boost (Tensão na Carga


Superior à Tensão da Fonte)
O conversor Buck-Boost, quando operando no modo Boost, atua como um
conversor elevador de tensão, fornecendo uma tensão de saída DC superior à
tensão de entrada DC. Este modo de operação é caracterizado pela
transferência de energia da fonte de entrada para a carga em dois estágios
distintos, controlados pela comutação do interruptor S2 (enquanto S1
permanece em condução), conforme descrito na fonte:
Estágio 1 (S2 Ligado): Quando o interruptor S2 está ligado, a corrente flui da
fonte de entrada para a bobina (L), armazenando energia no campo magnético
da bobina. O diodo (D2) é polarizado reversamente e permanece bloqueado.
Neste estágio, a tensão na bobina é igual à tensão de entrada (Vin), e a carga
é alimentada pela energia armazenada no capacitor (C).
Estágio 2 (S2 Desligado): Quando o interruptor S2 é desligado, a energia
armazenada na bobina (L) induz uma tensão que polariza diretamente o diodo
(D2), permitindo que a corrente flua da bobina para o capacitor (C) e para a
carga. A tensão total aplicada à carga é a soma da tensão de entrada (Vin) e a
tensão induzida na bobina. A corrente na bobina diminui gradualmente até o
próximo ciclo de comutação.
A tensão de saída é regulada ajustando o ciclo de trabalho (duty cycle) do sinal
de controlo aplicado ao interruptor S2. Um ciclo de trabalho maior resulta numa
tensão de saída mais elevada. A fonte apresenta as equações que descrevem
o comportamento do conversor Buck-Boost no modo Boost, incluindo a relação
entre a tensão de saída, a tensão de entrada e o ciclo de trabalho.

33. Conversor Buck-Boost com Apenas um


Interruptor Eletrónico
É possível implementar um conversor Buck-Boost utilizando apenas um
interruptor eletrónico (transistor), em vez dos dois interruptores (S1 e S2) da
topologia tradicional. Esta configuração simplificada reduz o número de
componentes e o custo do conversor. No entanto, o controlo da tensão de
saída e o comportamento do conversor tornam-se mais complexos.
Funcionamento do Conversor com um Interruptor:
 0 < ωt < 2πα: O interruptor (S) está em condução, e a corrente flui da
fonte de entrada para a bobina (L), armazenando energia no campo
magnético da bobina. O diodo é polarizado reversamente e permanece
bloqueado. A carga é alimentada pela energia armazenada no capacitor
de saída (C).
 2πα < ωt < 2π (ou 2πβ, caso a condução na bobina seja lacunar): O
interruptor (S) é desligado. A energia armazenada na bobina (L) induz
uma tensão que polariza diretamente o diodo, permitindo que a corrente
flua da bobina para o capacitor (C) e para a carga.
A tensão de saída é regulada ajustando o ciclo de trabalho do sinal de controlo
aplicado ao interruptor (S). Tipicamente, a tensão na carga é inferior à tensão
da fonte para valores de duty cycle inferiores a aproximadamente 50% e
superior à tensão da fonte para valores de duty cycle superiores a
aproximadamente 50%.
Análise do Funcionamento:
A fonte menciona que a análise do funcionamento do conversor Buck-Boost
com um interruptor pode ser bastante complexa. No entanto, a análise pode ser
simplificada considerando que a tensão na carga é aproximadamente
constante devido à presença do capacitor de filtro.
Considerações Importantes:
 A utilização de apenas um interruptor no conversor Buck-Boost pode
resultar em maior ripple na corrente de entrada e na corrente da bobina.
 A eficiência do conversor com um interruptor pode ser menor em
comparação com a topologia tradicional com dois interruptores, devido
às perdas adicionais no diodo e no interruptor.
As fontes fornecem uma análise detalhada do conversor Buck-Boost, incluindo
equações e exemplos de cálculo dos parâmetros do circuito. Recomenda-se a
consulta a estas fontes para uma compreensão aprofundada do funcionamento
do conversor Buck-Boost, tanto na configuração tradicional com dois
interruptores como na configuração simplificada com um interruptor.

34.- Conversor Boost DC/DC Bidirecional


As fontes fornecidas não oferecem uma descrição específica de um conversor
boost DC/DC bidirecional. Contudo, podemos construir uma compreensão
detalhada deste tipo de conversor com base nos princípios de funcionamento
dos conversores boost, buck-boost e na estrutura de "braço" utilizada em
conversores de quatro quadrantes, todos eles abordados nas fontes.
Princípios Fundamentais:
 Conversor Boost: Um conversor boost aumenta a tensão de saída em
relação à tensão de entrada. Este processo é realizado armazenando
energia num indutor e, em seguida, liberando-a para a saída a uma
tensão mais alta. As fontes fornecem detalhes sobre o funcionamento do
conversor boost.
 Conversor Buck-Boost: Um conversor buck-boost pode fornecer uma
tensão de saída maior ou menor do que a entrada, dependendo do ciclo
de trabalho. O buck-boost de um único interruptor demonstra a
capacidade de controlar a direção do fluxo de energia, dependendo do
estado do interruptor e do diodo. As fontes fornecem informações sobre
o funcionamento e as características do conversor buck-boost.
 Estrutura de Braço: As fontes introduzem o conceito de "braço" usado
em conversores de quatro quadrantes. Um braço é composto por dois
interruptores semicondutores e dois díodos em antiparalelo, permitindo o
controlo bidirecional da corrente e da tensão.
Concebendo o Conversor Boost Bidirecional:
Com base nestes princípios, podemos inferir que um conversor boost DC/DC
bidirecional seria estruturado de forma semelhante a um conversor buck-boost
bidirecional, com dois braços interligados por um indutor. A saída de cada braço
seria conectada a um capacitor para estabilizar a tensão de saída. A fonte
refere que este conversor combina o funcionamento dos conversores DC/DC
boost e boost regenerativo.
Modos de Operação:
Um conversor boost DC/DC bidirecional teria dois modos principais de
operação:
1. Modo Boost: Neste modo, o objetivo é elevar a tensão da carga em
relação à tensão da fonte. A energia flui da fonte para a carga. Um dos
braços controlaria o fluxo de energia, enquanto o outro permaneceria
inativo.
o Fase de Armazenamento de Energia: O interruptor no braço
ativo é ligado, permitindo que a corrente flua da fonte para o
indutor, armazenando energia no seu campo magnético.
o Fase de Libertação de Energia: O interruptor é desligado. A
energia armazenada no indutor, juntamente com a tensão da
fonte, é liberada para a saída através de um diodo, resultando
numa tensão de saída superior à tensão de entrada. A fonte
descreve este processo de forma similar para o conversor boost
unidirecional.
2. Modo Boost Regenerativo: Neste modo, o objetivo é transferir energia
da carga de volta para a fonte, enquanto a tensão de saída permanece
superior à tensão de entrada. A corrente flui da carga para a fonte. O
braço que opera no modo boost unidirecional seria usado para controlar
o fluxo de energia reverso.
o Fase de Absorção de Energia: O interruptor no braço ativo é
desligado. A corrente proveniente da carga, com uma tensão
superior à da entrada, flui através de um diodo para o indutor,
armazenando energia no seu campo magnético.
o Fase de Transferência de Energia: O interruptor é ligado,
liberando a energia armazenada no indutor para a fonte de
entrada. A fonte descreve um intervalo de condução semelhante
para regimes de condução lacunares.
Controlo:
A Modulação por Largura de Pulso (PWM) aplicada aos interruptores de cada
braço regularia a magnitude e a direção do fluxo de energia. As fontes referem
a utilização de PWM em conversores DC/DC. Ajustando o ciclo de trabalho dos
interruptores, seria possível controlar a tensão e a corrente de saída, bem
como a direção do fluxo de energia.
Considerações Adicionais:
É importante salientar que a implementação prática de um conversor boost
DC/DC bidirecional envolveria considerações adicionais não abordadas nas
fontes, nem nesta descrição, como:
 Seleção de Componentes: A escolha adequada dos interruptores,
díodos, indutores e capacitores é crucial para a eficiência, fiabilidade e
desempenho do conversor. As fontes mencionam a importância da
seleção de componentes em conversores de potência.
 Projeto do Circuito de Controlo: O circuito de controlo deve ser
projetado para garantir a estabilidade do conversor, a precisão do
controlo da tensão e corrente de saída, e a transição suave entre os
modos de operação. As fontes abordam a importância do controlo em
conversores DC/DC.
 Mitigação de Perdas de Comutação: As perdas de comutação,
inerentes ao processo de ligar e desligar os interruptores, afetam a
eficiência do conversor. Técnicas de mitigação, como a utilização de
interruptores com baixas perdas de comutação e a otimização do circuito
de controlo, são necessárias. As fontes referem a importância de
minimizar as perdas de comutação.
 Interferência Eletromagnética (EMI): A comutação rápida dos
interruptores pode gerar EMI, que pode interferir com outros
equipamentos eletrónicos. Técnicas de filtragem e blindagem são
necessárias para reduzir a EMI. As fontes mencionam a necessidade de
mitigar a EMI em conversores de potência.
Sugestões para Pesquisa Adicional:
Recomenda-se a consulta de literatura especializada em eletrónica de potência
para obter uma descrição mais detalhada e uma análise completa de
conversores boost DC/DC bidirecionais. Palavras-chave como "bidirectional
DC-DC converter," "four-quadrant operation," "regenerative braking" e "boost
converter" podem ser úteis na sua pesquisa.
Nota:
As informações fornecidas nesta descrição são baseadas em inferências e
extrapolações a partir das fontes fornecidas. É crucial que as informações
sejam verificadas e complementadas com pesquisa adicional em literatura
especializada para garantir a sua precisão e completude.

35.- Funcionamento Boost em Conversores


DC/DC Bidirecionais

Um conversor DC/DC boost bidirecional combina as funcionalidades de um


conversor boost convencional e um conversor boost regenerativo numa única
estrutura. Isso permite a transferência de energia em ambas as direções: da
fonte para a carga (modo boost) e da carga para a fonte (modo boost
regenerativo).
Funcionamento Boost:
O modo boost de um conversor DC/DC bidirecional assemelha-se ao
funcionamento de um conversor boost tradicional. Neste modo, o objetivo é
fornecer uma tensão de saída positiva superior à da fonte, com correntes
positivas na fonte e na carga.
O controlo do fluxo de energia é realizado comutando o semicondutor S4 de
acordo com um sinal PWM, enquanto S3 é mantido permanentemente
desligado. O funcionamento pode ser dividido em três intervalos principais:
1. 0 < ωt < 2πα: O semicondutor S4 está em condução e o condensador
está a descarregar. Durante este intervalo, a corrente flui da fonte para o
indutor, armazenando energia no seu campo magnético. O condensador
fornece energia à carga. As equações que descrevem o comportamento
do circuito neste intervalo são:
dUc(t)/dt = -iC(t)/C
diL(t)/dt = UIN - UC(t) - R*iL(t)
iC(t) = iL(t) - i(t)
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ): O semicondutor S4 está desligado, e o diodo
D3 entra em condução devido à energia armazenada no indutor. Este
intervalo divide-se em dois: um em que o condensador fornece energia à
carga e outro em que o condensador descarrega. A energia armazenada
no indutor, juntamente com a tensão da fonte, é libertada para a saída,
resultando numa tensão de saída superior à tensão de entrada. As
equações que regem o circuito durante este intervalo são:
dUc(t)/dt = -iC(t)/C
diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
iC(t) = iL(t) - i(t)
3. 2πβ < ωt < 2π: O semicondutor S3 e o diodo D1 estão desligados. A
corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga. Este
intervalo ocorre apenas em regimes de condução lacunar, ou seja,
quando a corrente no indutor atinge zero durante parte do ciclo de
comutação. As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
dUc(t)/dt = -i(t)/C
diL(t)/dt = 0
iC(t) = -i(t)
Controlo do Modo Boost:
O ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado a S4 determina a quantidade de
energia transferida da fonte para a carga e, consequentemente, a tensão de
saída. Ao ajustar o ciclo de trabalho, a tensão de saída pode ser regulada para
o valor desejado.
Considerações Adicionais:
 A implementação prática de um conversor boost DC/DC bidirecional
requer a consideração cuidadosa da seleção de componentes, projeto
do circuito de controlo, mitigação de perdas de comutação e
interferência eletromagnética (EMI).
 As equações fornecidas oferecem uma visão geral do comportamento
do circuito durante o modo boost. A análise detalhada do conversor
envolveria a resolução destas equações para diferentes condições de
funcionamento.

36.- Funcionamento Boost Regenerativo em


Conversores DC/DC Bidirecionais
O funcionamento boost regenerativo num conversor DC/DC bidirecional visa
transferir energia da carga de volta para a fonte, mantendo uma tensão de
saída superior à tensão de entrada. Este modo de operação é análogo à
inversão do funcionamento de um conversor DC/DC buck com filtro LC.
Como descrito nas nossas conversas anteriores, o conversor boost DC/DC
bidirecional é construído com base na estrutura de "braço", similar aos
conversores de quatro quadrantes. A fonte também descreve este conversor
como uma combinação dos conversores DC/DC boost e boost regenerativo.
Estratégia de Comando:
Para o funcionamento boost regenerativo, o semicondutor S3 é comutado de
acordo com um sinal PWM, enquanto S4 é mantido permanentemente
desligado.
Intervalos de Funcionamento:
O funcionamento do conversor boost regenerativo pode ser dividido em três
intervalos principais, ilustrados na fonte:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S3 está em condução.
 O condensador está a carregar ou a descarregar, dependendo da
energia armazenada na bobina e da necessidade da carga.
 As equações que descrevem o comportamento do circuito neste
intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) - i(t)
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S3 está desligado e D4 entra em condução devido à energia
armazenada na bobina.
 O período é dividido em dois: o primeiro com o condensador a
descarregar, e o segundo com o condensador a carregar.
 A energia armazenada na bobina é transferida para a fonte, resultando
num fluxo de energia da carga para a fonte.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = UIN - UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) - i(t)
3. 2πβ < ωt < 2π:
 S3 e D1 estão desligados.
 A corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga.
 Este intervalo ocorre apenas em regimes de condução lacunar, ou seja,
quando a corrente na bobina atinge zero durante parte do ciclo de
comutação.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -i(t)/C
 diL(t)/dt = 0
 iC(t) = -i(t)
Controlo da Corrente e Tensão:
O ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado a S3 controla a quantidade de
energia transferida da carga para a fonte. Ao ajustar o ciclo de trabalho, a
tensão e a corrente de saída podem ser reguladas, bem como a quantidade de
energia regenerada para a fonte. A fonte demonstra como calcular a tensão no
condensador e a corrente na fonte com base nos parâmetros do circuito e no
ciclo de trabalho.
Importância do Filtro LC:
O filtro LC é crucial no funcionamento boost regenerativo. Ele estabiliza a
tensão na carga e, por consequência, a corrente na carga. A fonte enfatiza que
o filtro LC permite replicar o funcionamento de um conversor buck regenerativo,
mesmo quando a tensão de saída é superior à tensão de entrada.
Considerações Adicionais:
 A implementação prática de um conversor boost DC/DC bidirecional com
funcionamento boost regenerativo requer atenção à seleção de
componentes, projeto do circuito de controlo, mitigação de perdas de
comutação e interferência eletromagnética (EMI).
 As fontes fornecem informações sobre conversores boost, buck-boost e
estruturas de braço, que foram utilizadas para inferir o funcionamento
boost regenerativo de um conversor DC/DC boost bidirecional. No
entanto, nenhuma das fontes descreve este tipo de conversor
explicitamente. Para uma compreensão completa, recomenda-se a
consulta de literatura especializada em conversores DC/DC
bidirecionais.

37.- Bidirectional DC/DC buck boost converter


Um conversor DC/DC buck-boost bidirecional é uma topologia de conversor de
energia que permite a transferência bidirecional de energia entre duas fontes
DC, com a capacidade de aumentar ou diminuir a tensão de saída em relação
à tensão de entrada. Esta versatilidade torna-o adequado para aplicações
como sistemas de armazenamento de energia, veículos elétricos e fontes de
alimentação ininterruptas (UPS).
O conversor buck-boost bidirecional baseia-se na estrutura de "braço" com dois
pares de interruptores (transistores e díodos), similar à utilizada em
conversores DC/DC de quatro quadrantes, como o conversor Ponte H (). Esta
estrutura permite controlar o fluxo de corrente em ambas as direções,
possibilitando os quatro modos de funcionamento principais:
Modos de Funcionamento:
1. Buck: A tensão de saída é menor que a tensão de entrada e a corrente
flui da fonte para a carga.
2. Buck Regenerativo: A tensão de saída é menor que a tensão de
entrada e a corrente flui da carga para a fonte.
3. Boost: A tensão de saída é maior que a tensão de entrada e a corrente
flui da fonte para a carga.
4. Boost Regenerativo: A tensão de saída é maior que a tensão de
entrada e a corrente flui da carga para a fonte.
Estrutura do Conversor:
O conversor buck-boost bidirecional típico inclui os seguintes componentes:
 Dois "braços" de comutação: Cada braço consiste num transistor e
um diodo em antiparalelo ().
 Uma bobina: Conecta o ponto médio dos dois braços e armazena
energia magnética ().
 Um condensador: Filtra a tensão de saída e fornece um caminho para
a corrente quando os interruptores estão desligados ().
Controlo do Conversor:
O controlo do conversor buck-boost bidirecional é realizado através da
modulação por largura de pulso (PWM) dos transistores nos braços. O ciclo de
trabalho do sinal PWM determina a quantidade de energia transferida e a
tensão de saída. A seleção dos interruptores a serem ativados em cada
instante define o modo de funcionamento do conversor ().
Exemplo de Funcionamento:
Considerando um conversor buck-boost bidirecional operando no modo boost
regenerativo, a tensão de saída é maior que a tensão de entrada e a energia
flui da carga para a fonte. Neste modo, o interruptor S3 é controlado pelo sinal
PWM, enquanto o S4 permanece desligado (). A fonte descreve este modo de
funcionamento como sendo similar à inversão do funcionamento de um
conversor buck com filtro LC ().
Vantagens do Conversor Buck-Boost Bidirecional:
 Transferência bidirecional de energia: Permite o fluxo de energia em
ambas as direções entre a fonte e a carga.
 Aumento ou diminuição da tensão: A tensão de saída pode ser maior
ou menor que a tensão de entrada.
 Controlo preciso da tensão e corrente: Através do ajuste do ciclo de
trabalho do sinal PWM.
Desvantagens do Conversor Buck-Boost Bidirecional:
 Complexidade do circuito de controlo: O controlo dos quatro modos
de funcionamento requer uma lógica de controlo mais complexa.
 Maior número de componentes: Em comparação com os conversores
unidirecionais, o buck-boost bidirecional utiliza mais componentes,
aumentando o custo e a complexidade do circuito.
Aplicações do Conversor Buck-Boost Bidirecional:
 Sistemas de armazenamento de energia: Permite carregar e
descarregar baterias em sistemas de armazenamento de energia.
 Veículos elétricos: Facilita a frenagem regenerativa, convertendo a
energia cinética do veículo em energia elétrica para carregar a bateria.
 Fontes de alimentação ininterruptas (UPS): Permite a transferência
bidirecional de energia entre a rede elétrica, a bateria e a carga,
garantindo o fornecimento de energia mesmo em caso de falha na rede.
Considerações Adicionais:
 A implementação prática de um conversor buck-boost bidirecional exige
atenção à seleção de componentes, projeto do circuito de controlo,
mitigação de perdas de comutação e interferência eletromagnética
(EMI).
 É importante observar que as fontes fornecidas abordam conceitos
relacionados a conversores DC/DC, como boost, buck-boost, buck
regenerativo e boost regenerativo, mas não fornecem uma descrição
detalhada de um conversor buck-boost bidirecional. Para um
aprofundamento no tema, a consulta de literatura especializada em
conversores DC/DC bidirecionais é recomendada.

38.- Funcionamento do Conversor DC/DC


Buck-Boost Bidirecional no 1º Quadrante
No primeiro quadrante de operação, um conversor DC/DC buck-boost
bidirecional funciona de forma semelhante a um conversor DC/DC buck
convencional com um filtro LC na saída. Neste modo, a energia flui da fonte
para a carga, a tensão de saída é positiva e inferior à tensão de entrada, e a
corrente na fonte e na carga é positiva.
Estratégia de Comando:
O interruptor S1 é controlado por um sinal PWM, enquanto os restantes
interruptores (S2, S3 e S4) são mantidos desligados.
Intervalos de Funcionamento:
O funcionamento no primeiro quadrante pode ser dividido em três intervalos:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S1 está em condução, conectando a bobina à fonte de entrada.
 O condensador descarrega, fornecendo corrente para a carga.
 A corrente na bobina aumenta linearmente, armazenando energia
magnética.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) - i(t)
Onde: * Uc(t) é a tensão no condensador * iC(t) é a corrente no condensador *
iL(t) é a corrente na bobina * i(t) é a corrente na carga * R é a resistência da
carga * C é a capacitância do condensador * L é a indutância da bobina
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S1 está desligado e D4 entra em condução devido à energia
armazenada na bobina, fornecendo um caminho para a corrente da
bobina.
 O período é dividido em dois: o primeiro com o condensador a carregar,
e o segundo com o condensador a descarregar.
 A energia armazenada na bobina é transferida para a carga e para o
condensador.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t)
 iC(t) = iL(t)
3. 2πβ < ωt < 2π:
 S1 e D4 estão desligados.
 A corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga. Este
intervalo ocorre apenas em regimes de condução lacunar, quando a
corrente na bobina atinge zero durante parte do ciclo de comutação.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -i(t)/C
 diL(t)/dt = 0
 iC(t) = -i(t)
Controlo da Tensão de Saída:
A tensão de saída é controlada ajustando o ciclo de trabalho do sinal PWM
aplicado a S1. Um ciclo de trabalho maior resulta numa tensão de saída mais
alta. A relação entre a tensão de entrada, a tensão de saída e o ciclo de
trabalho (D) para um conversor buck-boost ideal é dada por:
Vout = Vin * D / (1 - D)
No entanto, esta equação é apenas válida para o regime de condução
contínua. No regime de condução descontínua, a relação entre a tensão de
saída e o ciclo de trabalho é mais complexa e depende também da indutância
da bobina, da capacitância do condensador e da resistência da carga.

39.- Funcionamento do Conversor DC/DC


Buck-Boost Bidirecional no 2º Quadrante
No segundo quadrante de operação, o conversor DC/DC buck-boost
bidirecional facilita o fluxo de energia da carga para a fonte. Neste modo, a
tensão de saída é positiva, mas inferior à tensão de entrada, e a corrente na
fonte é negativa, enquanto a corrente na carga permanece positiva. Este modo
de operação assemelha-se ao funcionamento de um conversor DC/DC buck
regenerativo, como mencionado na fonte .
Estratégia de Comando:
 O interruptor S2 é controlado pelo sinal PWM.
 O interruptor S3 é mantido permanentemente em condução.
 Os restantes interruptores (S1 e S4) são mantidos desligados.
Intervalos de Funcionamento:
Tal como no primeiro quadrante, o funcionamento no segundo quadrante pode
ser dividido em três intervalos:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S2 e S3 estão em condução.
 O condensador carrega, absorvendo energia da carga.
 A corrente na bobina aumenta linearmente, armazenando energia
magnética.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) + i(t)
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S2 é desligado, e D1 entra em condução devido à energia armazenada
na bobina, proporcionando um caminho para a corrente da bobina.
 Novamente, o período divide-se em duas partes: a primeira com o
condensador a descarregar e a segunda com o condensador a carregar.
 A energia armazenada na bobina é transferida para a fonte.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) + UIN
 iC(t) = iL(t)
3. 2πβ < ωt < 2π:
 D1 é desligado.
 A corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga. Tal como
no primeiro quadrante, este intervalo apenas ocorre em regimes de
condução lacunar, quando a corrente na bobina atinge zero durante
parte do ciclo de comutação.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -i(t)/C
 diL(t)/dt = 0
 iC(t) = -i(t)
Controlo da Tensão de Saída:
A tensão de saída é regulada através do ciclo de trabalho do sinal PWM
aplicado a S2. Um ciclo de trabalho maior leva a uma maior transferência de
energia da carga para a fonte.
É importante salientar que as fontes fornecem uma descrição detalhada do
funcionamento do conversor buck-boost bidirecional no segundo quadrante,
mas não exploram em detalhe o cálculo da tensão de saída neste modo de
operação. Para uma análise mais aprofundada, seria necessário consultar
literatura especializada em conversores DC/DC buck-boost regenerativos.
40.- Funcionamento do Conversor DC/DC
Buck-Boost Bidirecional no 3º Quadrante
No terceiro quadrante de operação, o conversor DC/DC buck-boost
bidirecional, como descrito na fonte , assemelha-se a um conversor buck com
filtro LC operando de forma invertida. A energia flui da carga para a fonte,
enquanto a tensão de saída é positiva e superior à tensão de entrada. Tanto a
corrente na fonte como na carga são negativas neste modo de funcionamento.
A fonte ilustra este conceito através do funcionamento boost regenerativo.
Estratégia de Comando:
 O interruptor S3 é controlado pelo sinal PWM.
 Os restantes interruptores (S1, S2 e S4) permanecem desligados.
Intervalos de Funcionamento:
O funcionamento no terceiro quadrante, à semelhança dos quadrantes
anteriores, pode ser dividido em três intervalos:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S3 está em condução.
 O condensador carrega, recebendo energia da carga.
 A corrente na bobina aumenta, acumulando energia magnética.
 As equações que governam este intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) + i(t)
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S3 desliga-se e D1 entra em condução, conduzindo a corrente da bobina
e transferindo a energia acumulada na bobina para a fonte.
 Existem duas malhas de circulação de corrente independentes:
o A primeira, destacada na fonte , determina o valor de β quando a
corrente se extingue.
o A segunda, na malha da carga, extingue-se quando UC=UE,
embora seja menos provável devido à elevada capacidade do
condensador.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = UIN
 iC(t) = iL(t)
3. 2πβ < ωt < 2π:
 S3 e D1 estão desligados.
 A corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga. Este
intervalo, tal como nos quadrantes anteriores, só existe em regimes de
condução lacunar.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -i(t)/C
 diL(t)/dt = 0
 iC(t) = -i(t)
Cálculo da Tensão de Saída:
A fonte fornece as seguintes equações para o cálculo da tensão de saída (UC)
no terceiro quadrante:
Para α < 1:
UC = (-R * UIN * α * π) / (ωLC - UE) ± √((R * UIN * α * π) / (ωLC - UE))^2 + (4 *
R * UIN^2 * α * π) / (ωLC)
Para α > 1:
A corrente na fonte é contínua e:
UC = -R * I_IN_AV
Onde:
 I_IN_AV = (UIN * I_IN) / UC

41.- Funcionamento do Conversor DC/DC


Buck-Boost Bidirecional no 4º Quadrante
No quarto quadrante de operação, um conversor DC/DC buck-boost
bidirecional funciona de maneira similar a um conversor boost convencional,
como descrito na fonte. A energia flui da fonte para a carga, a tensão de saída
é positiva e superior à tensão de entrada. Tanto a corrente na fonte quanto na
carga são positivas neste modo de funcionamento.
Estratégia de Comando:
 S4 é controlado pelo sinal PWM.
 S1 é mantido permanentemente em condução.
 S2 e S3 são mantidos desligados.
Intervalos de Funcionamento:
O funcionamento no quarto quadrante pode ser dividido em três intervalos,
como nos quadrantes anteriores:
1. 0 < ωt < 2πα:
 S4 e S1 estão em condução, permitindo que a corrente flua da fonte
para a bobina.
 O condensador descarrega, fornecendo energia à carga.
 A corrente na bobina aumenta.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = UIN - UC(t)
 iC(t) = iL(t) - i(t)
2. 2πα < ωt < (2π ou 2πβ):
 S4 desliga-se e D3 entra em condução.
 O período é dividido em duas partes: a primeira com o condensador a
carregar, recebendo energia da bobina, e a segunda com o
condensador a descarregar, fornecendo energia à carga.
 A energia armazenada na bobina durante o primeiro intervalo é
transferida para a carga e o condensador.
 As equações que regem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -iC(t)/C
 diL(t)/dt = -UC(t) - R*iL(t)
 iC(t) = iL(t) - i(t)
3. 2πβ < ωt < 2π:
 S4 e D3 estão desligados.
 A corrente circula entre o condensador do filtro LC e a carga.
 Este intervalo só existe para regimes de condução lacunares.
 As equações que descrevem o circuito neste intervalo são:
 dUc(t)/dt = -i(t)/C
 diL(t)/dt = 0
 iC(t) = -i(t)
Controlo da Tensão de Saída:
Ajustando o ciclo de trabalho do sinal PWM aplicado a S4, a tensão de saída
pode ser controlada.
Observações:
 A fonte enfatiza que, neste quadrante, o conversor buck-boost
bidirecional opera de forma semelhante a um conversor boost
convencional.
 A fonte detalha a estratégia de comando para o quarto quadrante,
destacando que S1 é mantido permanentemente em condução.
 As equações apresentadas são baseadas na análise dos circuitos
equivalentes para cada intervalo de funcionamento, tendo em
consideração a condução dos interruptores e díodos.

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