Dissolução Najara

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AO JUÍZO DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DE CURITIBA – ESTADO

DO PARANÁ

NAJARA REGINA FERREIRA DOS SANTOS, brasileira, operadora de loja, ,


inscrita no CPF sob o nº 029.922.619-04, Carteira de Identidade nº 7.356.282-
1/PR residente e domiciliada na Rua Santa Madalena Sofia Barat, nº 36 – Ap 08,
Bairro Alto, em Curitiba, CEP. 82.820-490, no Estado do Paraná, por intermédio
de seu procurador infra-assinado, com endereço profissional descrito no rodapé,
onde recebe notificações e intimações, nos termos do art. 77, inciso V, CPC “in
fine”, vêm perante Vossa Excelência, com o devido acato e respeito de estilo,
com fundamento nos artigos 1º, inciso III e artigos 226,§ 3º da CF/88, consoante
com artigos. 1.723 à 1.727, do Código Civil, art. 5º da Lei nº. 9.278/96,
combinados com art. 287 ; art. 319 ; art. 320 e art. 693 e segs. do Código de
Processo Civil (CPC) e demais previsões legais, propor a presente,

AÇÃO LITIGIOSA DECLARATÓRIA DE RECONHECIMENTO E


DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL

em face de DIOGO DA SILVA PEREIRA, brasileiro, ajudante de carpinteiro,


portador da Carteira de Identidade nº 12.851.692-1/PR, inscrito no CPF sob o nº
088.522.079-02, residente e domiciliado na Rua Minas Gerais, 3581, Bairro
Costeira/Gralha Azul, CEP. 83.709-000, em Araucária, Estado do Paraná, pelos
motivos de fato e de direito a seguir expostos:

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Rua Marechal Deodoro, 857, Sala 606. Centro. Curitiba/PR – CEP: 80.060-010
[email protected] (41) 99937-9529 / 98827-8017
PRELIMINARMENTE

DA JUSTIÇA GRATUITA

A requerente é pobre na acepção jurídica da palavra, portanto, não pode arcar


com as custas e honorários de advogado sem prejuízo de seu sustento e de sua
família. Desse modo, pugna pelo benefício da justiça gratuita nas formas do
artigo 99 do Novo Código de Processo Civil:

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na petição
para ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

§ 1o Se superveniente à primeira manifestação da parte na


instância, o pedido poderá ser formulado por petição
simples, nos autos do próprio processo, e não suspenderá
seu curso.

§ 2o O juiz somente poderá indeferir o pedido se houver


nos autos elementos que evidenciem a falta dos
pressupostos legais para a concessão de gratuidade,
devendo, antes de indeferir o pedido, determinar à parte a
comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.

§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência


deduzida exclusivamente por pessoa natural.

Afirmando a veracidade do alegado, sob as penas da lei, pedem que lhe seja
concedido o benefício de assistência judiciária, nas formas da Lei.
Não entendendo Vossa Excelência pelo deferimento da Justiça Gratuita, roga-
se pelo parcelamento das custas, nas formas do artigo 98 §6º do NCPC:

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§ 6o Conforme o caso, o juiz poderá conceder direito
ao parcelamento de despesas processuais que o
beneficiário tiver de adiantar no curso do
procedimento.
Caso Vossa Excelência não entenda pelo parcelamento das custas processuais,
requer o diferimento para realização do pagamento ao final do processo.

DOS FATOS

Da Convivência em União Estável

A requerente manteve com o requerido um relacionamento por um período de


aproximadamente, no período de maio de 2015 até meados de novembro de
2015, sob o ângulo jurídico de união estável, de forma exclusiva, pública, e
continuada, com o objetivo de formar uma família.

A requerente quando passou a conviver maritalmente com o requerido sempre


foi uma companheira dedicada ao trabalho em conjunto com seu companheiro.
Sempre foi cuidadosa, zelosa, amorosa e ainda cuidava dos afazeres do lar,
além, é claro, de ser apoio constante para seu companheiro nos momentos de
alegria e de tristeza.

Da ausência de filhos

Durante a convivência marital sob a condição de união estável, os conviventes


não conceberam filho (s).

Da ausência de Bens Imóveis Adquiridos desde o Início da União Estável

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De igual forma, os conviventes não adquiriram bens imóveis desde o início da
união estável.

Da Dissolução da União Estável

Com o passar do tempo, os conviventes por questões de divergências pessoais


de ambas às partes, inclusive, envolvendo família e trabalho, passaram a sofrer
atritos entre si, começando assim um desentendimento frequente de forma que
veio a prejudicar a relação do casal, afetando os sentimentos de cada um,
enfraquecendo a vida em comum do casal.

Muito embora, a requerente tenha buscado com insistentes tentativas, porém


todas frustradas, para que ambos pudessem encontrar uma forma de se
ajustarem e resolverem suas divergências, não foi suficiente.

Com as frequentes desavenças culminou com a ruptura do relacionamento para


continuidade da vida em comum, importa ressaltar que as partes conviventes já
se encontram separados de fato desde novembro de 2015.

Por sua vez, vendo o casal que realmente não há mais nenhuma possibilidade
de reconciliação, nem tão pouco para o convívio familiar sob o mesmo teto,
resolverão litigiosamente, por fim nesta relação conjugal para que cada um
possa reestruturar suas vidas pessoais.

Assim, visto que diante do fim do relacionamento e convívio conjugal do casal,


por mais de 04 (quatro) anos, resta apenas que se promova a dissolução da
união estável.

Depois de inúmeras tentativas de fazer a dissolução da união estável de forma


amigável, tendo a requerente suas pretensões resistidas e não logrando êxito
em nenhuma delas, não restou outra alternativa, senão buscar o Poder Judiciário

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para resolução da crise jurídica, ora instalada para que seja declarada a
dissolução da UNIÃO.

DO DIREITO

A Constituição Federal confere status de entidade familiar à união estável,


gozando, portanto, de tutela estatal, é o que estabelece em seu art. 226, § 3º:

Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial


proteção do Estado.

§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a


união estável entre o homem e a mulher como entidade
familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em
casamento

Por seu turno, afirma o Estatuto Civil brasileiro:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união


estável entre o homem e a mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida
com o objetivo de constituição de família.

No caso em estudo, está caracterizada a UNIÃO ESTÁVEL, pois estão


presentes todos os elementos ao instituto, bem como há a existência de escritura
pública de declaração de união estável, perfeitamente possível, assim, sua
dissolução. A união preteritamente descrita foi uma relação estável, pública,
contínua, duradoura e com o ânimo de constituir família.

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DOS ALIMENTOS

A requerente informa que não há necessidade de concessão de alimentos.

DOS PEDIDOS E REQUERIMENTOS FINAIS

Ante o exposto, pelos fatos e fundamentos correlatos e transcritos acima, serve


a presente para requerer a intervenção e prestação da tutela jurisdicional estatal,
para que Vossa Excelência digne-se em Declarar a dissolução da união estável
e:

a) a concessão da Justiça Gratuita, conforme documentação anexa, a


requerente, declara-se necessitada na forma da lei, não podendo prover
os custos do processo; nos termos do art. 5º, LXXIV da CFRB/88 e art. 98
e 99, CPC/2015;
b) a dispensa de audiência de conciliação por não haver tal interesse;
c) determinar a intimação do representante do Ministério Público estadual
com atribuições perante esse Juízo para intervir no feito, como fiscal da
lei;
d) seja o requerido citado para, querendo, contestar no prazo legal;
e) caso torne-se revel o Requerido, seja esta ação julgada nos moldes dos
artigos. 319 c/c 330, I, CPC, por não haver mais necessidade de
materialização probatória nos autos;
f) j) requer que a condenação do Requerido no pagamento das custas,
verbas de sucumbência e honorários advocatícios, conforme consignado
no art. 322, § 1o e art. 85, § 2o inciso III ,CPC/2015;
g) requer seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a ação, dissolvida
por sentença a UNIÃO ESTÁVEL entre os conviventes,

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Protesta a Requerente em provar o alegado através de todos os meios de prova
em direito admitidos, especialmente pela produção de prova documental e a
juntada de novos documentos que se façam indispensáveis à defesa do alegado.

Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais) para efeitos legais.

Nesses termos,

Pede deferimento.

Curitiba, data da inclusão no sistema.

ASSINADO DIGITALMENTE

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